A Primeira Guerra Mundial começou com o assassinato do arquiduque da Áustria-Hungria em Sarajevo, levando à entrada em guerra das principais potências europeias divididas em duas alianças. A guerra de trincheiras resultou em um longo desgaste com o uso de novas tecnologias de matança. Os Estados Unidos entraram na guerra em 1917, o que, junto ao colapso dos Impérios Centrais, levou ao fim do conflito em 1918 com a derrota da Alemanha e seus aliados.
2.
Entre 1870 e 1914, ocorreu na Europa um período de
paz armada, no qual as diversas potências
equipavam suas forças armadas e treinavam seus
exércitos.
Tensão crescente
3.
No inicio do século XIX, os povos de língua alemã na
Europa dividiam-se em muitos Estados. Os dois maiores eram a
Áustria e a Prússia .
O governo da Prússia, sob comando do ministro Otto von
Bismarck, conseguiu neutralizar as ambições austríacas. Em
1871, os prussianos lideraram os estados alemãs em vitoriosa
guerra contra a França, sob o comando do rei prussiano,
Guilherme I, coroado Kaiser (imperador) da Alemanha
unificada. Bismarck fez alianças com os governos da Itália,
Áustria-Hungria. Estava formada a Tríplice Aliança, que
isolava a França.
A politica de alianças de Bismarck
4.
Os Bálcãs: ”barril de pólvora”
da Europa
No início do século XIX, a região era ocupada por povos de
etnias, culturas e religiões diferentes, na maior parte,
dominados pelo o Império Otomano.
O enfraquecimento do poder otomano, porém , permitiu que
alguns povos conquistassem a independência, como a Sérvia
( 1804 ) e a Grécia ( 1821 ) , e despertou a ambição das
potências europeias. O governo da Áustria – Hungria
anexou a Bósnia, enquanto eslavo da região cristã ortodoxa
que pretendia dominar toda a região.
5. Ao longo do século XIX, consolidou-se na Europa a ideia de
que os povos que possuíam a mesma língua, os mesmos costumes e
as mesmas tradições formavam uma nação, e que toda nação tinha
o direito de viver de maneira autônoma em um Estado
independente.
O nacionalismo gerava situações de tensão no Império
Austro-Húngaro, Estado que reunia povos muito diversos, como os
tchecos, eslovacos, bósnios, croatas, eslovenos, italianos, poloneses,
etc.
Os poloneses, que habitavam um território dividido entre
prussianos, russos e austríacos no século XVIII, lutavam para
recuperar sua autonomia e construir um Estado independente.
Os ideais nacionalistas chocavam-se com a s pretensões
imperialistas das grandes potências e contribuíram para o aumento
da tensão na Europa.
O nacionalismo
6.
No inicio do século XX, a Alemanha, unificada desde 1871,
era uma potencia industrial e militar em franco crescimento,
o que alarmava as demais potencias, principalmente a França
e a Inglaterra.
A produção de carvão aumentou 800%, quase atingindo
a produção inglesa. À vésperas da Primeira Guerra, a Alemanha
produzia dois terços do aço de toda a Europa e gerava mais
eletricidade que a Grã-Bretanha, a França e a Rússia juntas.
Enquanto a Alemanha crescia economicamente, a
Grã-Bretanha administrava seu imenso Império colonial, onde o
“sol nunca se punha”.
Uma potência emergente
7. A concorrência econômica envolvia também a disputa por
colônias na África e na Ásia.
Para conquistar colônias , o governo alemão investiu na
construção de uma poderosa marinha de guerra , capazes de
enfrentar os ingleses.
Em 1904 , ingleses e franceses assinaram um acordo em relação
à politica colonial. Ficou estabelecido que a Inglaterra manteria
sua influencia no Egito, e a França no Marrocos.
O avanço alemão também aproximou ingleses e russos, que
disputavam a hegemonia na Ásia .Em 1907 , esse dois países
resolveram suas diferenças: a Inglaterra dominou o Afeganistão, e
a Rússia, o . O Irã foi dividido entre esses dois países.
Entre 1870 e 1914 a maioria dos países europeus adotou o
serviço militar obrigatório e equipou Exército e Marinha.
A luta por um império
colonial
8.
A Sérvia ,em campanha pela união dos povos
eslavos dos Bálcãs, pretendia anexar a Bósnia, em
poder da Áustria-Hungria.
A sociedade secreta pró-Sérvia “Mão Negra”
,apoiada por militares sérvios, assassinou o casal
imperial no dia de sua chegada a Saravejo.
A solução pelas armas
9. As autoridades austríacas descobriram a existência de uma
ligação entre a “Mão Negra” e o governo sérvio. Após o
atentado, a Áustria-Hungria apresentou quinze exigências à
sérvia, que acatou todas, menos uma: o julgamento dos
culpados por uma comissão composta por representantes da
Áustria e da sérvia, o que culminou com a declaração de guerra
pelos austríacos.
Os franceses apoiaram a Rússia e, em resposta, os alemães
invadiram a Bélgica, um pais neutro, para dali atacarem a
França, que até então mantinham-se neutros, declararam guerra
à Alemanha. Começava assim a Primeira Guerra Mundial.
Todos os governos envolvidos acreditavam que a guerra seria
uma solução rápida. No entanto, Edward Grey, ministro das
Relações Exteriores da Grã-Bretanha, temendo consequências
maiores.
As declarações de guerra
10.
O estado-maior do exercito alemão pôs em prática o
plano Schrieffer, Tática ofensiva e defensiva que
movimentava o exército em duas frentes: a ocidental,
contra a França, e a oriental, contra a Rússia. Devido
à agilidade do ataque alemão, após invadir a Bélgica,
em setembro de 1914, os alemães estavam a 70 km de
Paris.
A guerra de movimento
11.
Cobiçando as colônias alemãs da Oceania , o Japão
aliou-se à Entente, em agosto de 1914. Por sua vez, o
Império Otomano ambicionava limitar a influencia
russa no Oriente. Em outubro de 1914, o governo
otomano entrou para a Aliança, fortalecendo a frente
oriental contra a Rússia.
Apenas em maio de 1915, a Itália saiu da
neutralidade, abandonando a Aliança e juntando-se
à Entente, com a promessa de receber territórios nos
Bálcãs no final do conflito.
O crescimento da Entente e da
Aliança
12. O rápido avanço alemão não durou, porém, muito
tempo, sendo contido pelos franceses na batalha do Marne.
O poder de fogo dos exércitos entrincheirados impedia o
avanço de ambas as partes, imobilizando milhares de
soldados. As trincheiras eram escavadas diretamente no
solo, medindo em geral quase dois metros de altura por 1,80
m de largura, protegidas por sacos de areia e arame farpado.
Nas trincheiras, os soldados esperavam meses para poder
avançar alguns metros. O cotidiano de milhões de soldados
na Primeira Guerra era composto de frio, fome, doenças,
ratos, poucas horas de sono e tiroteios constantes. Na
primeira batalha do Marne, morreram quase 250 mil
soldados.
O desgaste nas trincheiras
13.
Para conter as ofensivas alemãs, a Rússia perdeu – entre
mortos, feridos e prisioneiros – cerca de 1 milhão e 700 mil
soldados. A Áustria-Hungria vingava-se da Sérvia e impunha
derrotas à Itália. Até 1915, a vantagem na guerra era da Tríplice
Aliança, dominada pelos Impérios Centrais, como eram
chamados os impérios Alemão e Austro-húngaro.
Em julho, a entente reagiu. Contudo apesar de os aliados
possuírem uma artilharia bem equipada e de apresentarem
novidades, como os tanques de guerra, a Alemanha resistiu. O
desgaste e o cansaço das tropas eram visíveis. Alguns grupos
pacifistas, como os socialistas, exigiam o fim da guerra, vista
como um conflito entre capitalistas que sacrificava inutilmente
o povo.
Forças em impasse
14.
A Primeira Guerra Mundial estimulou o
desenvolvimento de máquinas com alto poder letal.
Algumas armas, como metralhadoras e as granadas,
já existiam desde o século XIX, mas foram
aperfeiçoadas nesse grande conflito. Outros
armamentos, como os tanques de guerra, foram
utilizados pela primeira vez.
Tecnologia a serviço da morte
15.
A metralhadora foi utilizada na Guerra de secessão dos Estados
Unidos, entre 1861 e 1865, e na guerra franco-prussiana, entre
1870 e 1871. As metralhadoras acabaram com ataques frontais
de artilharia e de cavalaria, já ineficientes.
Os primeiros tanques de guerra eram tratores reforçados com
placas de aço, os tanques aceleravam os ataques de infantaria
porque resistiam às balas, destruíam os arames farpados e
ultrapassavam trincheiras. A Entente conseguiu uma
importante vantagem militar e tecnológica.
O gás de cloro foi utilizado pela primeira vez pelos alemães,
em 1915, na frente ocidental. Em 1917, na batalha de Ypres, os
alemães lançaram gás mostarda, que queimava os tecidos,
provocava cegueira e até a morte.
Armas terrestres
16.
Os submarinos alemães, chamados U-boat,
causaram estragos na Marinha inglesa e, pela
primeira vez na história, os submarinos foram
utilizados para afundar navios mercantes. U-boat
afundaram 430 navios, mercantes e de guerra. Isso
provocou a entrada dos Estados Unidos na Entente.
Armas navais
17.
No inicio da Primeira Guerra Mundial, os aviões
eram utilizados para reconhecimento prévio do
terreno, mas ao longo da guerra, começaram a ser
usados com metralhadoras ou para bombardear as
trincheiras.
O famoso barão vermelho, o aviador alemão
Manfred von Richthofen, tronou-se uma lenda
depois de abater 80 aviões da Entente
Armas aéreas
18.
Em janeiro de 1917, o alto comando alemão inicio
uma campanha submarina para aniquilar a Marinha
inglesa e interromper o abastecimento dos países da
Entente. A ação dos U-boat alemães estendeu-se a
navios de todas as nacionalidades, e muitos navios
mercantes dos Estados Unidos foram afundados.
O presidente norte-americano, Woodrow Wilson
defendia a neutralidade dos EUA, mas, diante dos
ataque marítimos, pediu ao Congresso que
aprovasse a entrada do pais na guerra, ao lado da
Entente. O pedido foi prontamente atendido.
O mundo reorganizado
19.
A Rússia não estava preparada para enfrentar a máquina
de guerra alemã. A população russa realizava
manifestações diárias pedindo “Pão, paz e terra”. O
grupo socialista russo conhecido como bolchevique
derrubou os sociais democratas e implantou um governo
socialista.
As exigências da Alemanha para a saída da Rússia foram
definidas na paz de Brest- Litovski. As condições eram
duras: a Rússia perdeu a Polônia, Lituânia, Letônia,
Estônia, Finlândia e Ucrânia. A Entente foi surpreendida
por um poderoso ataque alemão que lhe custou 90 mil
prisioneiros.
A saída da Rússia e o fim da
frente oriental
20.
Em 1918, chegaram aas primeiras tropas norte-
americanas. Em setembro do mesmo ano já havia 1
milhão e 200 mil soldados, bem alimentados,
relativamente bem treinados e com armas novas.
A inexperiência das tropas norte-americanas era
compensada pela força de sua indústria.
Em 1917, a produção de aço dos Estados Unidos era
3 vezes maior que a produção dos impérios centrais.
Os Estados Unidos na
Primeira Guerra Mundial
21.
O ano de 1918 não deixou dúvidas em relação ao
enfraquecimento da força militar da Tríplice Aliança.
Em outubro de 1918, a Turquia se rendeu. No mês
seguinte, Áustria-Hungria, pressionada pela Itália,
também se rendeu. As tropas da Entente
aproximavam-se das fronteiras alemães. Diante do
caos social e da possível derrota, em 9 de novembro
do kaiser Guilherme II renunciou e fugiu para a
Holanda.
A rendição da Tríplice Aliança
22.
Embora tenham lutado juntos na Tríplice Aliança,
cada país derrotado teve a sua paz negociada
separadamente. As principais determinações dos
acordos foram: O Império Austro-Húngaro deixou
de existir e as diversas nações constituíram estados
independentes, como a Áustria, a Hungria, a
Tchecoslováquia e a Polônia.
Os tratados de paz
23.
A paz com a Alemanha foi negociada no tratado de
Versalhes, em 1919, e dominada pelo espirito de
revanche.
O tratado de Versalhes
24.
Em 1904, Rússia e Japão entraram em guerra pelo
domínio da Coreia e da Manchúria, região da China
rica em ferro e carvão.
Em 1914, o Japão entrou na Primeira Guerra ao lado
da Entente para conquistar as colônias da Alemanha.
Nas negociações de Versalhes, os japoneses
retiraram, pois não receberam as colônias
pretendidas .
A ascensão do Japão
25.
No inicio do século XX, a mesma tecnologia
metalúrgica que produzia instrumentos cirúrgicos,
locomotivas e projetores de cinema permitiu que
fossem construídos canhões e metralhadoras de
inédito poder destruidor.
O mesmo arame farpado usado para proteger o gado
nas pastagens servia para ferir e prender os combates
que se arrastavam pelo solo.
A indústria a serviço da vida e
da morte
26.
Eles cavavam buracos dentro das trincheiras para
serem usados como “banheiros “ e, depois que
ficavam cheios, cobriam-nos com terra.
Muitas vezes, os combatentes passavam fome
porque os suprimentos não chegavam às trincheiras,
isoladas pelo fogo inimigo.
O cotidiano dos enterrados
vivos
27. Componentes:
Bruno Diego Nº 06
Claudio Douglas Nº 07
Cleiane Nº 08
Marlilia Nº 23
Pedro Junior Nº 26
Vanessa Nº 31
Vitória Nº 29
Wellington Francisco Nº 32