2. Plasmócitos:
Linfócitos B ou Células B são células do
sistema imune, onde sua principal função é a
produção de anticorpos, em repouso iniciam
a síntese de DNA estimuladas pela
interleucina 4 (IL-4), proliferam com IL-5 e
diferençam-se em plasmócitos com IL-6.
3. A IL-6 é um importante fator de crescimento
para as células do mieloma. Foram
detectados níveis elevados de IL-6 em
pacientes com mieloma progressivo, em
contraste com os que apresentam GMII.
4. A função dos plasmócitos é produzir e libertar
proteínas designadas anticorpos ou
imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD, IgE), que
combatem e ajudam a eliminar os agentes
causadores de infecção, como as bactérias
ou os vírus.
5.
6. No mieloma múltiplo estas células
plasmocitárias sofrem alterações ficando
anormais (neoplásicas) e aumentam em
quantidade, passando a comprometer o
funcionamento da medula óssea na produção
normal dos glóbulos brancos, glóbulos
vermelhos e plaquetas.
7. O plasmócito anormal do mieloma ainda irá
produzir um anticorpo único e anormal,
denominado proteína M, que pode ser
detectada por meio de testes laboratoriais
(eletroforese de proteínas e imunofixação de
proteínas) no sangue e/ou urina.
8. O mieloma múltiplo é uma doença sanguínea,
é um câncer onde um clone de plasmócitos
anormais multiplicam- se, formando tumores
na medula óssea produzindo uma grande
quantidade de anticorpos anormais que se
acumulam no sangue ou na urina
demonstrando uma proteína monoclonal
anormal.
9. E quase sempre invade o osso adjacente
produzindo extensa destruição do esqueleto.
É muitas vezes esta proteína maligna, ou
monoclonal, que é detectada e monitorizada
quando a doença é descoberta.
10. O mieloma é representado por menos de 1 a
2% de todas as neoplasias em adultos na
América do Norte, a incidência aumenta com
o envelhecimento (a partir dos 61 anos) e é
duas vezes, mas comum em negros.
11. Não há dados completos sobre as causas de
Mieloma porém é conhecido que fatores
como a exposição à radiação, benzeno e
outros solventes orgânicos sejam
correlacionados a sua causa.
É relatada a ocorrência em grupos familiares
de dois ou mais parentes de primeiro grau e
gêmeos idênticos.
12. Ao contrário dos linfomas, não existe um
nódulo ou gânglio. As células cancerígenas
são encontradas na medula óssea/osso –
coluna, crânio, costelas, ossos longos – e a
proteína monoclonal produzida pode causar
sintomas como :
Dor óssea (iniciada pelo movimento);
Fadiga;
Hipercalcemia;
13. Anemia (por dificultar a produção de hemácias
saudáveis);
Trombocitopenia
Fraturas ósseas;
Insuficiência renal;
Infecções repetitivas/graves;
Crioglobulinemia;
Amiloidose.
14. Ao exame físico o mais frequente é a palidez,
pode ocorrer hepatoesplenomegalia, e em
alguns casos pode ocorrer o surgimento de
plasmocitomas extramedulares ( fora da
medula óssea , que ocorre numa fase tardia
da doença).
15. O diagnóstico faz-se em função da detecção
da proteína monoclonal, bem como da
identificação das lesões provocadas pelo
Mieloma Múltiplo nos chamados órgãos-alvo.
É necessário investigar esta proteína
monoclonal no sangue e na urina, bem com é
necessário fazer um aspirado da medula
óssea, para que possam identificar os
plasmócitos anormais.
Biópsia Medular
16. Os critérios mínimos para o diagnóstico de
mieloma múltiplo consistem em medula óssea
contendo mais de 10% de plasmócitos ou
plasmocitoma;
Raio-x para a identificação de fraturas
ósseas no esqueleto;
Exames de sangue para verificar o nível de
cálcio, proteína total e função renal;
17. Hemograma completo
Exames de sangue e urina para identificação
de proteínas ou anticorpos (imunofixação);
Exames de sangue para medir com rapidez e
precisão o nível específico de certas
proteínas chamadas imunoglobulinas
(nefelometria).
18. O mieloma é incurável, mas onde é possível
ter acesso a tratamentos que visam debelar
ao máximo a doença, podendo ficar largos
períodos sem necessidade de tratamentos e
sem sintomas ou complicações. O tratamento
é adaptado a cada doente
Corticoterapia (cortisona);
Radioterapia
19. Quimioterapia oral ou intravenosa
Alta dose de quimioterapia seguida de auto-
transplante de medula óssea;
O auto-transplante de medula óssea é um
procedimento que permite aos doentes suportar
altas doses de quimioterapia, sendo depois
transfundidos com as células progenitoras
hematopoiéticas, previamente recolhidas, para
que a medula volte a produzir novamente os
componentes sanguíneos.
20. Bifosfonatos ( ↓↓ Remodelação Óssea)
Pode ainda ser necessário recorrer ao
tratamento cirúrgico para estabilização de
faturas ou tratamentos anti-dor.
22. O diagnóstico depende da presença de níveis de
proteína M > 3g/dl no soro e de mais de 10% de
plasmócitos na medula óssea, na ausência de
anemia, insuficiência renal o lesões esqueléticas.
Com frequência, verifica-se pequena quantidade
de proteína M na urina, e a concentração sérica
das imunoglobulinas normais está diminuída. O
índice de marcação dos plasmócitos apresenta-
se baixo. O MML deve ser identificado, porque os
pacientes não devem receber tratamento, a
menos que ocorra progressão.
23. Presença de mais de 20% de plasmócitos no
sangue periférico
Leucemia Plasmocitária Primária
Manifestações clínicas mais comuns:
Hepatoesplenomegalia, linfadenopatia,
plaquetas ↑↑, Lesões ósseas ↓↓. O
tratamento é insatisfatório mas respostas
parciais foram alcançadas com melfalan e
prednisona.
Leucemia Plasmocitária Secundária
Não reponde a quimioterapia pois já estão
resistentes a mesma.
24. Os pacientes com mieloma não secretor não
apresentam proteína M no soro nem na urina e
constituem apenas 1% dos pacientes com
mieloma. Para o diagnostico deve-se identificar
uma proteína M nos plasmócitos através dos
métodos de imunofluorescência. Já se descreveu
mais de uma dúzia de pacientes em que não foi
possível detectar nenhuma proteína M na célula
do mieloma.
25. Aumento de IgD
Presença de proteína M menor que em outros
tipos de mielomas
Proteinúria de Bence Jones tipo ג
Normalmente o diagnóstico é tardio quando a
doença já está num estágio muito avançado.
26. Esta síndrome é caracterizada por
polineuropatia, organomegalia, endocrinopatia,
proteína M e alterações cutâneas.
Manifestações Clínicas
Polineuropatia desmielinizante inflamatória
crônica, com incapacidade motora e lesões
escleróticas do esqueleto.
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Linfadenopatia
27. Hiperpigmentação
Hipertricose
Ginecomastia e atrofia testicular
Baqueteamento dos dedos das mãos e dos
pés
Trombocitose
Diagnóstico
É confirmado pela identificação de
plasmócitos monoclonais obtidos em uma
biópsia de lesão osteosclerótica.
28. Tratamento
Lesões em área limitada: Radioterapia.
Lesões disseminadas: Quimioterapia com
melfalan e prednisona.
29. O Diagnóstico dessa doença baseia-se em
evidencias histológicas de tumor constituído por
plasmócitos monoclonais idênticos aos
observados no mieloma múltiplo.
As radiografias de todo o esqueleto não devem
revelar outras lesões de mieloma; o aspirado
da medula óssea não deve exibir sinais de
mieloma múltiplo, e a imunoeletroforese ou
imunofixação do soro e da urina concentrada
não devem revelar nenhuma proteína M.
O tratamento consiste em irradiação na faixa de
40 a 50 Gy.
30. É um tumor plasmocitário que surge fora da
medula óssea.
O tumor é observado nas vias aéreas
superiores em cerca de 85% dos casos,
sobretudo na cavidade nasal e seios
paranasais, nasofaringe e laringe.
Também podem ocorrer no trato
gastrintestinal,no sistema nervoso central, na
bexiga, na tireoide, na mama, nos testículos,
nas glândulas parótidas e em linfinodos.
31. O diagnóstico baseia-se no achado de tumor
plasmocitário em local extramedular, na
ausência de mieloma múltiplo no exame da
medula óssea, radiografias e estudos
apropriados do sangue e da urina.
O tratamento consiste em irradiação
tumoricida.
33. - Risco de infecção
FR: imunossupressão.
- Fadiga
FR: anemia, estado de doença.
CD: relato de cansaço, letárgico, falta de
energia.
- Risco de trauma
FR: fraqueza .
34. Risco de Sangramento
FR: Efeitos secundários relacionados ao
tratamento, trauma, história de quedas.
Risco de baixa autoestima crônica
FR: Evento traumático, falta percebida de
pertencimento.
Autocontrole ineficaz da saúde
FR: Barreiras percebidas, complexidade do
regime terapêutico, gravidade percebida
CD: Expressão de desejo de controlar a
doença
35. Monitoração de sinais vitais
Avaliação diária de exames laboratoriais (
hemograma, leucograma, coagulograma, urina,
glicemia, etc)
Manter a pele hidratada
Verificar integridade de pele e mucosas
Atentar-se à náuseas e vômitos bem como suas
complicações
Atentar para sangramentos
36. Avaliar dor através da escala padrão da
instituição
Promover conforto do paciente
Mudança de decúbito
Promover repouso e sono adequados
Estimular a verbalização de medos e dúvidas
do paciente e da família
Desenvolver a empatia
Monitorar balanço hídrico
Monitorar sinais e sintomas de embolia
37. Promover ingesta de água
Monitorar eliminação intestinal e intervir
conforme prescrições
Manter grade elevadas
Manter higiene do leito e de regras
antissépticas
Promover aceitação das refeições e oferecer
dieta adequada sem ingestão hídrica.
Enfatizar a importância de um estudo
nutricional coadjuvante
38. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação
2012-2014. NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. -
Porto Alegre: Artmed, 2013.
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO,Dennis. Cecil – Tratado de Medicina
Interna. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
O valor da imunofenotipagem para o diagnóstico do Mieloma Múltiplo
e na avaliação da doença residual mínima. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842007000100003&Scr
ipt=sci_arttext>. Acesso em 23/11/2014.
Subconjunto de conceitos da classificação internacional para a
prática de enfermagem para o cuidado aos pacientes com mieloma
múltiplo.Disponível em:<http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/32/TDE-
2013-07-24T123043Z-3862/Publico/Luiz%20Fernandes%20Goncalves%
20Fialho.pdf>. Acesso em 18/11/2014.