Este documento discute os diferentes níveis educacionais de acordo com a Classificação Internacional Padrão da Educação (ISCED), incluindo educação pré-primária, primária, secundária e terciária. Também aborda a Declaração de Bolonha de 1999 que estabeleceu um sistema de três ciclos de graduação, mestrado e doutorado na Europa.
1. José Palazzo Moreira de Oliveira Comissão de Educação da SBC Professor Titular, Instituto de Informática – UFRGS http://palazzo.pro.br Formação de Recursos Humanos 1
3. Programas Educacionais em Nível Universitário - Terciário tipo A, ISCED 5A São fortemente baseados em teoria e planejados para oferecer qualificação suficiente para a entrada em programas avançados de pesquisa e em profissões com altos requisitos de competências. Programas terciários do tipo A têm uma duração mínima de três anos em tempo integral apesar de durarem, tipicamente, quatro ou mais anos. 3
4. Programas Educacionais Vocacionais Avançados - Terciários tipo B, ISCDE 5B Estes programas são tipicamente mais curtos que os terciários do tipo A e focados em competências práticas, técnicas ou ocupacionais para a entrada direta no mercado de trabalho apesar de que algumas fundamentações teóricas possam ser cobertas pelos respectivos programas. Estes programas têm uma duração mínima de dois anos com dedicação exclusiva. 4
5. Qualificação Avançada de Pesquisa ISCDE 6 Este nível corresponde aos programas que levam diretamente para um título de qualificação em pesquisa avançada como Ph.D. A duração destes cursos é de três anos em dedicação exclusiva, na maioria dos países atingindo um total de sete anos de dedicação exclusiva no nível terciário apesar de o tempo de matrícula ser tipicamente mais longo. Estes programas são dedicados para estudo avançado e pesquisa original. 5
6. Programas Educacionais Pós-secundários não Terciários - ISCDE 4 Estes programas se sobrepõem à fronteira entre o secundário superior e a educação pós-secundária na definição internacional. Os mesmos podem ser classificados como secundário superior ou pós-secundário em diferentes países. Apesar do seu conteúdo não ser significativa-mente mais avançado do que os programas secundários superiores eles servem para ampliar o conhecimento adquirido pelos participantes no secundário superior. Os estudantes matriculados tendem a ser mais velhos do que os matriculados no nível secundário superior. 6
7. Declaração de Bolonha - 1999 No essencial pretende-se assegurar de forma equilibrada o incremento da mobilidade a todos os níveis, estabelecer uma política de reconhecimento de graus e diplomas, baseada numa “estrutura europeia de qualificações” simples e assente em três ciclos (Bacharelato ou Licenciatura-“Master”- Doutoramento) explicitada numa linguagem comum de competências e de garantia de qualidade. Graduação 3 Master2 Doutorado 2(3) LongLifeLearning 7
8. Problemas - Ensino ? ? T. U. ? Secundário Tecnologia Tecnologia Superior Bacharelado Superior Mestrado Profissional Secundário Acadêmico Doutorado Acadêmico Mestrado Acadêmico Universidades Os novos Institutos Federais atuarão em todos os níveis e modalidades da educação profissional, com estreito compromisso com o desenvolvimento integral do cidadão trabalhador, e articularão, em experiência institucional inovadora, todos os princípios formuladores do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). 8
11. A Universidade Huboltdiana não é o modelo geral a ser adotado por todas as Instituições.
12. Falta coragem para enfrentar a decisão de ser bom na sua opção de formação.
13. Não faz sentido reclamar da CAPES que avalia os PGs acadêmicos. 10
14. Problemas - Indústria Na entrevista com Jorge Gerdau Johanpeter, presidente do Grupo Gerdau e presidente do Conselho Superior do PGQP publicada no encarte Qualidade RS 2006 da Zero Hora, Porto Alegre, página 12 encontramos esta pergunta e resposta:. Pergunta – "No Brasil seria baixo o envolvimento das empresas na busca da inovação. As universidades podem cumprir um papel nesse sentido e estariam preparadas para isto?" 11
15. Resposta – "Apenas 11% dos 80 mil pesquisadores estão ligados a empresas privadas que mantêm atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O motivo em primeiro lugar, é que o retorno dessa atividade vem a médio e longo prazo e a instabilidade da economia brasileira desestimula os investimentos na área. Uma pesquisa sobre inovação liderada pela Fundação Dom Cabral mostra que, enquanto em 2004 o setor privado brasileiro investiu 14 dólares per capita em P&D, na Coréia do Sul esse valor foi de 254 dólares. 12
16. A fundação também verificou que, em 2005, 85% das empresas brasileiras se mostravam preocupadas com o tema da inovação, mas apenas 15% delas faziam alguma coisa nessa direção. Apesar das empresas ainda terem um caminho longo a percorrer nessa área, o trabalho desenvolvido pelas universidades tem sido fundamental, pois está focado em grandes descobertas, analisadas a médio e longo prazo, mostrando tendências e inovações de grande importância”. 13
17. Para discussão Precisamos uma real parceria entre empresas, governo e instituições de ensino/pesquisa Aumento da participação das empresas em P/D; Capital de risco disponível para start-ups; Reconhecimento do desenvolvimento tecnológico pelos órgãos de avaliação acadêmica; Aceitação da existência de perfis diferentes de ensino sem preconceito de qualidade; É necessária uma liberação da legislação e acompanhamento de projetos; Exemplos ... 14