3. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS
Definição: “Economia é uma ciência social que estuda a
administração dos recursos escassos entre usos
alternativos e fins competitivos” (Paul Samuelson).
4. POLÍTICA ECONÔMICA
Definição: “...é a intervenção do governo na economia
com o objetivo de manter elevados níveis de emprego e
elevadas taxas de crescimento econômico com
estabilidade de preços” (Amauri Patrick Gremaud).
6. FORMAS DE POLÍTICAS ECONÔMICAS
Política Monetária;
Política Fiscal;
Política Cambial;
7. POLÍTICA MONETÁRIA
“Pode ser definida como o controle da oferta de moeda e
das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos
os objetivos da política econômica global do governo.
Alternativamente, pode também ser definida como a
atuação das autoridades monetárias, por meio de
instrumentos de efeito direto ou induzido, com o
propósito de controlar a liquidez do sistema
econômico” (Lopes & Rossetti)
8. O BANCO CENTRAL E A POLÍTICA
MONETÁRIA
O BACEN é o órgão que controla a oferta monetária no
país e os assuntos a ela relacionados.
9. A EMISSÃO MONETÁRIA
É uma das alternativas de financiar o déficit do
setor público.
10. FUNÇÕES DO BACEN
Controlar a oferta monetária. Possui o monopólio da
emissão da moeda nacional;
Zelar pelo valor da moeda nacional;
Regular e fiscalizar o sistema financeiro
11. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
- Controle das taxas de juros (Taxa Selic);
- Fixação da Taxa de Reservas (Reservas Compulsórias);
- Redesconto ou Empréstimos de Liquidez;
- As Operações de Mercado Aberto (Open Market);
- Persuasão Moral.
12. POLÍTICA FISCAL
“É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a
definição e a aplicação da carga tributária exercita
sobre os agentes econômicos, bem como a definição
dos gastos do governo, que tem como base os tributos
captados” (Eduardo Fortuna).
13. OBJETIVOS DA POLÍTICA FISCAL
Função distributiva - Corresponde à função do
governo em arrecadar impostos (reduzir a renda) de
determinadas classes sociais ou regiões para transferi-
los a outras.
14. OBJETIVOS DA POLÍTICA FISCAL
Função estabilizadora – aumentar o nível de emprego e
obter crescimento econômico com estabilidade de preços.
15. OBJETIVOS DA POLÍTICA FISCAL
Função alocativa – tem-se a ação do governo
complementando a ação do mercado no que diz respeito à
alocação de recursos na economia.
16. POLÍTICA EXTERNA
Representam o conjunto de medidas que
tem por objetivo manter o equilíbrio de
balanço de pagamento a outros países,
protegendo setores em desenvolvimento
e desenvolver relações comerciais
internacionais.
17. DIVISÃO DA POLÍTICA EXTERNA
Política Cambial
Baseada na administração da taxa de câmbio e no controle
das Operações cambiais e devem ser cuidadosamente
administrada no que tange ao seu impacto sobre a política
monetária (exportações e importações).
Atualmente no Brasil é utilizado o sistema de cambio
flutuante (desde de 1999 início Plano Real).
18. DIVISÃO DA POLÍTICA EXTERNA
Política Comercial
É o conjunto de medidas que afetam o comércio do
Brasil com os outros países, através de adoção de cotas,
abertura de linhas de crédito para importação e
exportação.
Cotas – limites quantitativos para importação.
19. POLÍTICA DE RENDAS
Conjunto de medidas em que o Governo exerce
controle direto sobre os
preços-chaves da economia como: salários, depreciação,
lucros, dividendos, produtos intermediários e finais.
20. EXEMPLOS DE POLÍTICA DE RENDAS DO BRASIL
A política de preços mínimos – utilizada na área
rural que garante um preço mínimo aos produtos
agropecuários
Política de controle de preços;
Política Salarial;
Programa de renda mínima.
21. SINERGIA DAS POLÍTICAS
As medidas adotadas no âmbito de cada uma
dessas políticas – monetária, fiscal, externa
e de renda – acabam influenciando as
demais e gerando reflexo na área de atuação
de cada uma delas.
22. Veja um exemplo dessa inter-relação:
Quando ocorre uma queda na taxa de juros
(política monetária), essa queda pode
influir na cotação do câmbio (política
externa), pois o país ficará menos atrativo
ao capitais estrangeiros. Por outro lado, o
recuo das taxas de juros poderá aquecer a
economia (política de expansão), mas
também incentivará o consumo, levando as
pressões inflacionárias (política
monetária)
23. EXERCÍCIOS
1. Política econômica é o conjunto de medidas tomadas
pelo governo de um país com os objetivos de promover o
desenvolvimento econômico, o pleno emprego, o
equilíbrio do volume financeiro das transações econômicas
com o exterior dentre outros. Ela pode ser chamada de
estabilização conjuntural quando a intenção do governo é:
a) combater a escassez de produtos;
b) modificar a estrutura econômica do país;
c) acelerar o desenvolvimento econômico;
d) extinguir ou criar empresas públicas;
e) alterar a distribuição de rendas.
24. 2. Correlacione a primeira coluna com a segunda.
I- Política fiscal ( ) Políticas cambial e comercial
II- Política externa ( ) Controle da liquidez
III- Política de rendas ( ) Gastos e arrecadação do governo
IV-Política monetária ( ) Garantia de renda mínima
25. a) garantir a expansão econômica e o pleno emprego;
b) ajustar a distribuição de renda de forma justa;
c) minimizar a inflação;
d) equilibrar a balança de pagamentos.
26. 4. Correlacione a primeira coluna com a segunda:
I - Política
( ) Queda generalizada e contínua dos preços
monetária
II - Meta de
( ) Indicador de variação dos preços
inflação
III – Inflação ( ) Controle da liquidez da economia
IV - Índice de
( ) Alta generalizada e contínua dos preços
Inflação
( ) Nível máximo de inflação que o país
V – Deflação
espera alcançar
VI - Base ( ) Indicador que expressa a oferta de moeda
monetária na economia
27. 5. São objetivos da política fiscal, exceto:
a) função alocativa;
b) função fiscalizadora;
c) função distributiva;
d) função estabilizadora.
28. 6. São considerados princípios da política fiscal, exceto:
a) eqüidade;
b) abrangência;
c) progressividade;
d) neutralidade;
e) simplicidade.
29. 7. Assinale a alternativa correta:
a) política externa é aquela que afeta a garantia de
renda mínima das famílias;
b) a política fiscal tem como objetivo o controle da
liquidez da economia;
c) o Programa de Garantia de Preços Mínimos é um
exemplo de política comercial;
d) o controle da inflação é uma das metas da política
fiscal;
e) o controle da quantidade de dinheiro que circula
na economia é uma das características da
economia monetária.
30. 8. São objetivos da política externa, exceto:
a) manter o equilíbrio da balança de pagamentos;
b) proteger setores em desenvolvimento;
c) promover a liquidez dos mercados externos;
d) desenvolver relações comerciais com outros países.
31. 9. Com relação ao sistema cambial do Brasil, pode-se dizer que:
a) de um sistema de câmbio livre, visando a manter a taxa de
câmbio, passou-se para um sistema de bandas cambiais, logo
substituído por um sistema de câmbio fixo;
b) se passou, de uma política de câmbio fixo, com a moeda
nacional subvalorizada, para um sistema cambial administrado,
sem a adoção de qualquer outro regime entre eles;
c) de um sistema de intervenção no mercado cambial, passou-se a
um sistema de câmbio flutuante;
d) em nenhum momento adotou-se uma política de banda
cambial;
e) se passou, abruptamente, de uma taxa de câmbio variável, com
a moeda nacional sobrevalorizada, para um sistema de câmbio
fixo.
32.
33. 10. São exemplos da política de rendas, exceto:
a) Bolsa Família;
b) Política Salarial;
c) Programas de Renda Mínima;
d) Programa Brasil Sorridente;
e) Política de Preços Mínimos.
34. Questões discursivas
1. O que é e qual a finalidade do depósito compulsório?
2. Qual é a base monetária que o Banco Central usa para
controlar a oferta total de moedas no país? Justifique.
3. O que é poupança interna? Como ela afeta o
crescimento do país?
4. Qual a diferença entre o Resultado Fiscal Primário e o
Resultado Fiscal Nominal?
5. Qual a diferença entre a Política Cambial e a Política
Comercial?
35. INDICADORES ECONÔMICOS
Os reflexos da política econômica de um país são
expressos por indicadores econômicos, que formam
um conjunto de dados que dão uma idéia da situação
econômica em determinado período de tempo.
Também são conhecidos como indicadores de
conjuntura e podem ser utilizados nas análises
econômicas isoladamente ou de forma combinada.
36. INDICADORES ECONÔMICOS
Os principais indicadores econômicos são:
Produto Interno Bruto (PIB);
Produto Nacional Bruto (PNB);
Índice de inflação;
Taxa de Câmbio, e
Taxa Selic.
37. Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB corresponde à soma de tudo o que é produzido
dentro de um espaço geográfico, em determinado
período de tempo, independentemente de quem o
produziu, seja agente econômico nacional ou
estrangeiro.
Geralmente, o período de tempo utilizado na
apuração do PIB é de um ano, mas pode ser trimestrais
e semestrais.
O PIB pode ser calculado pela ótica da produção, da
renda ou do dispêndio.
38. Cálculo do PIB pela ÓTICA DA PRODUÇÃO
Na produção de um automóvel são utilizadas várias
peças e componentes, como pneus, amortecedores,
rodas, motor, etc. Para o cálculo do PIB ou se
consideram os valores desses componentes, OU do
automóvel pronto. Não podem ser consideradas as
duas escolhas ao mesmo tempo, sob pena de PIB ficar
artificialmente inchado.
39. Cálculo do PIB pela ÓTICA DA PRODUÇÃO
Quando for considerado o valor do bem pronto para o
consumo, dizemos que o PIB é um valor agregado
dos bens e serviços finais produzidos dentro de um
espaço geográfico.
40. Cálculo do PIB pela ÓTICA DA RENDA
Pela ótica da renda, o que ocorre é que todo o valor
adicionado acaba nas mãos de alguém, seja de um
trabalhador (salário), de um empresário (lucro) ou
do governo (impostos), logo, é calculado a partir das
remunerações pagas sob a forma de salários, aluguéis,
juros (é uma função indireta dos investimentos) e
lucros, levando-se em conta, também, a depreciação
do capital. Depois dessa soma subtraem-se os
subsídios.
41. Cálculo do PIB pela ÓTICA DO DISPÊNDIO
Diz respeito à maneira com que toda a riqueza gerada
em uma economia é gasta, esse indicador econômico é
apurado a partir dos gastos das famílias e dos
governos, somados às variações dos estoques, da
formação bruta de capital fixo e das exportações,
menos importações de mercadorias e serviços. O PIB
assim obtido é também conhecido por Despesa
Interna Bruta.
42. Uma equação muito conhecido nas salas de aula de
economia, é a seguinte:
Y = C + G + I + (X – M)
onde Y = PIB,
C = Consumo das famílias,
G = Consumo do governo,
I = Investimento,
X = Exportações,
M = Importações.
43. Na produção de um pão. Como calcularíamos o PIB gerado
pela produção de um pãozinho?
Em um sistema de produção simples, primeiro colhe-se o
trigo, que é vendido ao moageiro por 400 unidades de
dinheiro. (u.d)
Após moer o trigo, o moageiro vende a farinha para o padeiro
por 700 u.d.,
que produz e vende os pães por 1500 u.d.
tendo ainda que pagar um imposto incidente sobre a venda de
pães de 10% sobre o valor
44. Vejamos agora, o resultado do PIB pelas óticas da
produção e da renda :
45. Origem dos fatores de produçãode
No cálculo do PIB, ignora-se a origem dos fatores
produção, levando-se em conta apenas o seu local de
estabelecimento fixo, ou seja, tudo o que as empresas
estrangeiras produzem aqui no Brasil entra no
cálculo do PIB.
Enquanto, que o dinheiro que os brasileiros ganham
no exterior não faz parte do PIB. Para esse caso,
existe um outro conceito, o de Produto Nacional
Bruto, como veremos a seguir.
46. Produto Nacional Bruto (PNB)
Se o PIB considera o que foi feito dentro de um país, o
PNB considera, para seu cálculo, o que foi produzido
pelos agentes econômicos nacionais, fora do país, em
qualquer parte do mundo.
47. Por exemplo, se uma empresa brasileira
constrói uma estrada na Inglaterra, o
faturamento relativo a essa estrada entra
no PNB (produto de uma empresa
brasileira, em qualquer parte do mundo),
mas não entra no PIB (não foi feito no
Brasil).
48. Por outro lado, se a grife italiana Gucci
vende uma bolsa no Brasil, o valor da
venda entra no PIB brasileiro, mas não
no PNB de nosso país.
Em geral, os países desenvolvidos
possuem um PNB maior que o PIB, ao
contrário que acontece com países em
desenvolvimento.
49. A fórmula para o cálculo do PNB a partir
do PIB é a seguinte:
PNB = PIB + RLRE− RLEE
onde:
PNB = Produto Nacional Bruto
PIB = Produto Interno Bruto
RLRE = Renda Líquida Recebida do Exterior
RLEE = Renda Líquida Enviada ao Exterior
50. O comportamento do PIB é um dos
indicativos da saúde econômica de um
país, além de influenciar, dentre outras
coisas, a determinação do risco país e a
cotação de papéis no mercado
internacional.
51. Risco-país
É a possibilidade de perdas em razão da situação
econômica e política do país onde se realizou o
investimento.
54. Índices de inflação
Os índices de inflação correspondem à média das
variações dos preços dos produtos consumidos pelas
famílias, das várias faixas de renda, em diversas
regiões brasileiras.
55. exemplo: uma família onde cada pessoa tem
hábitos de consumo diferentes, onde,O pai
compra os seus ternos, a mãe, os vestidos, a
filha, a maquiagem, todos esses produtos
variam de preços. Com isso, cada pessoa "gera"
a sua própria inflação.
Da mesma forma, as cidades e regiões do país
consomem artigos diferentes ou
quantidades diferentes dos mesmos
artigos. E, para se apurar a inflação, os
órgãos responsáveis fazem médias de
consumo das famílias, e, por extensão, das
cidades, regiões etc.
56. No Brasil, são vários os índices de inflação, cada um
mostrando a variação dos preços em determinada
região ou segmento. Quando o índice é positivo,
dizemos que houve inflação, e quando é negativo,
chamamos de deflação.
Sobre deflação, vale observar que pode parecer ótimo
que haja deflação. Afinal, quem não quer que os preços
caiam? Mas a persistência de uma deflação pode
representar estagnação ou retração da economia.
57. No Brasil, existem vários índices que registram a
inflação. Isto acontece porque o nosso país, além de
possuir dimensões continentais e grande
diversidade de riquezas e atividades, durante anos
foi obrigado a conviver com uma inflação muito
elevada, e, para acompanhá-la, vários índices foram
criados.
58. Os índices de inflação podem ser divididos em
dois grandes grupos
Índices de preços ao consumidor (IPC)
Índices Gerais de Preços (IGP)
59. Índices de preços ao consumidor
Possuem cobertura nacional, sendo apurados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dividem-se
em duas categorias, a saber:
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
60. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
É o índice oficial adotado no Brasil, por ser considerado um
indicador relevante do ponto de vista da política monetária.
É mais abrangente, mais amplo, verifica a variação dos preços
dos produtos consumidos pelas famílias que possuem renda
entre 1 e 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas
de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto
Alegre,Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, município
de Goiânia e DF
61. Por essa razão, o IPCA foi escolhido pelo Conselho
Monetário Nacional como referência para o sistema
de metas de inflação, que começou a valer a partir de
junho de 1999.
Meta de Inflação é o nível máximo de inflação que o
país pode ter ou, em outras palavras, é o que o país
persegue em termos de inflação máxima.
62. Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
Já o INPC é muito utilizado nos dissídios salariais, por
representar a variação de preços das famílias que
ganham até 6 salários mínimos, cujo chefe de
família é assalariado em sua ocupação principal e
residente nas áreas urbanas, faixa onde se situa a
maioria dos trabalhadores brasileiros.
63. Índices Gerais de Preços
Os Índices Gerais de Preços são apurados pela Fundação
Getulio Vargas (FGV), e também se dividem em duas
categorias:
Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M),
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna
(IGP-DI).
64. A "família IGP" é muito utilizada no mercado
financeiro, foi concebida para balizar as correções
de alguns títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e
Depósitos Bancários com renda pós-fixada acima de
um ano.
Posteriormente passou a ser o índice utilizado para a
correção de contratos de aluguel e como indexador
de algumas tarifas, como energia elétrica.
65. O IGP-DI é o mais antigo dos índices de preços
brasileiros em nível nacional, ele data de 1944,
abrangendo 12 regiões metropolitanas.
O IGP-M analisa as mesmas variações de preços
consideradas no IGP-DI, ou seja o Índice de Preços
por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o
Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso
de 30%, e o Índice Nacional Custo de Construção
(LNCC), representando 10% do IGP-M.
66. O que difere o IGP-M e o IGP-DI é que as variações de
preços consideradas pelo IGP-M referem ao período
do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês em
referência, e o IGP-DI refere-se a período do dia 1º ao
dia 30 do mês em referência.
67.
68.
69. Taxa de Câmbio
Taxa de câmbio é o valor que a moeda de um país
possui em relação a outra moeda.
Além de conhecer o conceito da taxa de câmbio, é
importante conhecer também o conceito de Mercado
de Câmbio e relembrar o de Política Cambial.
70. Mercado de câmbio
É o ambiente onde se realizam as operações de câmbio entre
os agentes autorizados pelo BACEN e seus clientes.
agentes autorizados: bancos, corretoras, distribuidoras,
agências de turismo, etc.
O ambiente pode ser físico ou virtual, pois as trocas de
moeda podem ser feitas também por meio eletrônico, sem a
presença física dos participantes
71. Política cambial
É o conjunto de medidas e ações do governo que influem
no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de
câmbio.
A taxa de câmbio, apesar do nome, não é uma taxa (um
percentual), é um valor.
Existe a taxa de compra e a taxa de venda. É importante
notar que a compra e a venda de moeda ocorrem sob a ótica
dos agentes autorizados, não sob a ótica da pessoa física ou
jurídica que compra ou vende.
72. Quando falamos em "dólar de compra", por
exemplo, estamos nos referindo ao valor pelo qual um
agente financeiro (banco, casa de câmbio etc.) compra
a moeda.
E quando se fala em "dólar de venda", estamos
falando do valor pelo qual o agente financeiro vende a
moeda.
Existem ainda três expressões bastante difundidas
quando se fala de câmbio: câmbio comercial, do
câmbio turismo e do câmbio paralelo.
73. Câmbio comercial
o câmbio comercial é também chamado de câmbio
livre. Nesse mercado, são realizadas as operações:
Decorrentes de comércio exterior, ou seja, de
exportação e importação;
Relacionadas às atividades dos governos, nas esferas
federal, estadual e municipal.
74. Relativas aos investimentos estrangeiros no país e aos
empréstimos a residentes sujeitos a registro no Banco
Central;
Referentes aos pagamentos e recebimentos de serviços.
75. Câmbio turismo
Também chamado de câmbio flutuante. Apesar de
consagrado, o termo turismo é utilizado de forma
inadequada, pois, além das operações relativas a
compra e venda de moeda estrangeira para o turismo
internacional, nesse mercado, podem ser realizadas
transferências não relacionadas ao turismo, tais
como doações, heranças, aposentadorias e
pensões, tratamento de saúde, contribuições etc.
76. Câmbio paralelo
É também chamado de câmbio negro, sendo o mercado
ilegal de divisas estrangeiras.
77. Regime cambial ou Sistema cambial
Se referem ao grau de intervenção da autoridade
monetária do país no mercado de câmbio.
São três os regimes cambiais:
flutuante, fixo e misto.
No Brasil vigora o regime de câmbio flutuante, ou
seja, a cotação da moeda estrangeira flutua, conforme
o comportamento do mercado.
78. No regime de câmbio fixo, como o próprio nome indica, a
cotação é permanente, foi o que ocorreu na Argentina.
Durante muitos anos 1 peso valia 1 dólar.
Já nos regimes mistos, como o de bandas cambiais, as
cotações podem flutuar dentro de determinado
intervalo. No foi adotado no Brasil quando da implantação
do Plano Real, em 1994, e vigorou até o início de 1999,
quando passou a adotar o regime de câmbio flutuante.
79. Taxa Selic
É a taxa média ponderada e ajustada das operações de
financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos
federais.
Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Representa o serviço coordenado pelo BACEN, destinado à
custódia de títulos públicos federais e de títulos públicos
estaduais e municipais emitidos até 1992, bem como ao
registro e à liquidação de operações com os referidos
títulos
80. Selic Meta, ou Taxa Básica de Juros, é o objetivo que as
autoridades perseguirão para a taxa Selic, num determinado
período de tempo.
Ela é definida mensalmente pelo Comitê de Política
Monetária do Banco Central (Copom).
É a partir dessa taxa é que o governo vai oferecer ao mercado
os seus títulos. Caberá ao mercado aceitá-la, ou não.
81. Viés
significa tendência, direção. Indica o que pode acontecer
entre uma reunião e outra do Copom
Na prática o viés dá poderes ao presidente do BACEN para
fixar, antes da próxima reunião do Copom, um novo valor
para a taxa Selic no sentido do viés.
82. Tipos de viés
• De baixa: o presidente do BACEN pode mover a taxa para
baixo.
• De alta: o presidente do BACEN pode mover a taxa para cima
a qualquer momento.
• Neutro ou sem viés: a taxa permanece a mesma até a
próxima reunião.
83. Fatores externos e internos que influenciam o
Copom
No âmbito internacional, leva-se em conta o nível de
instabilidade/estabilidade, principalmente das economias
emergentes (Argentina, Chile, China, Índia, países do
Sudeste Asiático, entre outras), e da economia dos Estados
Unidos.
Como o Brasil depende de capitais externos para financiar
sua dívida, nossa taxa de juros terá que ser sempre maior do
que a americana para atrair esses capitais para o nosso país.
84. No âmbito interno, são avaliados os indicadores de preço,
que mostram o comportamento da inflação no passado. Mas
o Copom, tem como principal preocupação o
comportamento futuro da inflação. Por isso, os
integrantes do comitê também avaliam o comportamento de
itens que podem impactar a trajetória da inflação no futuro,
como, por exemplo, o preço do barril do petróleo, tarifas
públicas, períodos de safra-entressafra, entre outros.
85. O Copom também pode levar em conta na hora de baixar a
taxa Selic o nível de consumo da sociedade. Em outras
palavras, se as pessoas estiverem indo muito às compras, o
BACEN pode elevar a taxa básica de juros para conter o
consumo e estimular a poupança com taxas de juros mais
altas, os crediários também ficam mais pesados na hora de
pagar. E, ao mesmo tempo, a remuneração das aplicações
financeiras fica mais atraente.