2. Porque ler literatura?
• “Porque a literatura é a arte da palavra e a nossa
mente humana é lingüística, não há nenhuma outra
coisa. Nascemos predispostos para a estética da
palavra. Nós pensamos o mundo só com palavras e isso
é o que mais desenvolve o cérebro: quando lemos,
quando falamos... é só com palavras. É quando o
cérebro tem a máxima atividade mental, quando
melhor pensamos... É o que nos ajuda a entender,
quando o mundo se faz inteligível sem dizer que nos faz
inteligentes! Também a filosofia o faz, outras
disciplinas conseguem fazê-lo, mas a literatura tem
sido muito eficaz.
3. Lista de livros recomendados
• O cortiço - Aloísio Azevedo
• Laços de família – Clarice Lispector
• Canaã – Graça Aranha
• Vidas secas – Graciliano Ramos
• Bagagem – Adélia Prado
• Romance d'A Pedra do Reino -Ariano Suassuna
• O Vampiro de Curitiba - Dalton Trevisan
• O Grande Sertão Veredas Sagarana - Guimarães Rosa
• O Coronel e o Lobisomen - José Cândido de Carvalho
• Tremor de Terra - Luiz Vilela
4. O cortiço Aluísio azevedo
• O Cortiço é um livro que foi escrito no ano de 1890,
por Aluísio de Azevedo. Na época do seu lançamento,
chegou a ofuscar livros de autores como Machado de
Assis, devido a pertencer a escola naturalista, de
grande prestígio na Europa.
• A obra O Cortiço é narrada em terceira pessoa, com o
narrador onisciente, ou seja, que tem conhecimento de
todos os acontecimentos. O narrador tem total poder
na estrutura da história e aparentemente parece ser
imparcial, mas na realidade ele entra diretamente em
diversos pontos da narrativa.
5. Casos de família Clarice Lispector
• A obra Laços de família, lançada em 1960,
constitui o ápice da carreira literária de Clarice
Lispector, além de constar do cânone literário
nacional como um dos melhores livros de
contos da história da literatura brasileira. Suas
treze narrativas enfocam particularmente o
universo da vida em família na classe média
do Rio de Janeiro.
6. Canaã Graça Aranha
• Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois
jovens imigrantes alemães que se
estabelecem em Porto do Cachoeiro, ES.
Amigos e antagônicos ao mesmo tempo,
Milkau é a integração e a paz, admirando o
Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra,
pensando no dia que a Alemanha invadirá e
conquistará aquela terra.
7. Vidas Secas Graciliano Ramos
Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos,
escrito entre 1937 e 1938, publicado
originalmente em 1938.Retrata fielmente a
realidade brasileira não só da época em que o
livro foi escrito, mas como nos dias de hoje
tais como injustiça social, miséria, fome,
desigualdade, seca, o que nos remete a idéia
de que o homem se animalizou sob condições
sub-humanas de sobrevivência.
8. Bagagem Adélia Prado
• "Bagagem" é o livro de estreia da escritora cearense Adélia
Prado e foi publicado em 1976 sob recomendação do
grande poeta Carlos Drummond de Andrade. A obra é
dividia em quatro grandes seções: a primeira e maior delas
é "O modo poético", que, como o próprio nome diz, tem
diversos poemas onde a principal preocupação é a
definição da linguagem, do fazer poético e também de
buscar e definir o papel da autora como mulher e poetisa;
em seguida tem-se "Um jeito e amor", com grandes
poemas amorosos; a terceira e quarta seções são
chamadas "A sarça ardente" e divididas em parte 1 e 2, e
trazem poemas cuja temática básica é a memória. Por
fim, há uma quinta parte, "Alfândega", que é composta por
somente um poema homônimo.
9. Romance d'A Pedra do Reino Ariano
Suassuna
• É inspirado em um episódio ocorrido no século XIX, no
município sertanejo de São José do Belmonte, a 470
quilômetros do Recife, onde uma seita, em 1836,
tentou fazer ressurgir o rei Dom Sebastião -
transformado em lenda em Portugal depois de
desaparecer na (Batalha de Alcácer-Quibir):sob
domínio espanhol, os portugueses sonhavam com a
volta do rei que restituiria a nação tomada à força. O
sentimento sebastianista ainda hoje é lembrado em
Pernambuco, durante a Cavalgada da Pedra do Reino,
por manifestação popular que acontece anualmente no
local onde inocentes foram sacrificados pela volta do
rei.
10. O Vampiro de Curitiba Dalton Trevisan
• O vampiro de Curitiba talvez seja o livro mais
conhecido de Dalton Trevisan. Dedicando-se
exclusivamente ao conto (só teve um romance
publicado: A Polaquinha), Dalton Trevisan
acabou se tornando o maior mestre brasileiro
no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio
Ministério da Cultura de Literatura pelo
conjunto de sua obra.
11. O Grande Sertão Veredas Sagarana
Guimarães Rosa
• Grande sertão: veredas foi publicado pela
primeira vez em 1956 e reeditado no ano de
1958, texto este que permaneceu definitivo.
João Guimarães Rosa é conhecido por fazer
sua literatura em forma de prosa, porém este
é o único romance do autor que simboliza sua
prosa mais extensa com mais de 600 páginas e
ausente de capítulos. Foi esta obra a maior e
mais importante realização de Guimarães
Rosa como escritor.
12. O grande sertão veredas
• Em Grande Sertão: veredas, o autor conseguiu
fundir uma linguagem experimental dotada de
metáforas e expressões linguísticas regionais
características do sertão mineiro. Essa fusão de
elementos linguísticos denota a primeira geração
do modernismo e a temática regionalista refere-
se à segunda geração do modernismo. Por esses
motivos, percebe-se o porquê desta obra rosiana
ser considerada a maior realização do autor e
uma inovação para a literatura brasileira.
13. O Coronel e o Lobisomen José Cândido
de Carvalho
• Esse realismo "fantástico" ou "mágico" que aproxima
José Cândido de Carvalho de autores importantes de
ficção latino-americana (Gabriel Garcia Marques,
Vargas Losa etc) pode ser entendido como a resposta
artística ao fenômeno de desmagicização do mundo,
resultado do violento choque entre o Ocidente que
avança e os povos extra-europeus que se rebelam,
tentando consciente ou inconscientemente , defender
suas criaturas autóctones. É ainda uma vez, a luta do
instinto contra a civilização; do primitivo contra o
moderno, do mágico contra o racional, do surreal
contra o real.
14. Tremor de Terra Luiz Vilela
• Nesta obra destaca-se a feição realista de Vilela, nas
narrativas memorialistas, focalizando um episódio
marcante vivido pelo menino de então e que o
narrador adulto recupera em seu discurso do presente.
Ainda que não seja um fato extraordinário, ele
representou, na vida daquele que narra, um momento
de mudança ou de ruptura que alterou uma condição
existencial anterior (de inocência, de ingenuidade) e
colaborou para a sua formação e seu amadurecimento
pessoal, como a morte do avô, no conto "Felicidade", e
a conversa do diretor da escola com o menino que o
flagrara num ato de pederastia, em "Com os próprios
olhos".