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Colecção

                                   A P O I OS    EDUCATIVOS

                                                  n.º1
                                   Transição para a Vida Adulta
                           Jovens com Necessidades Educativas Especiais

                                                  n.º 2
                                        Organização e Gestão
                                       dos Apoios Educativos

                                                  n.º 3
                               O Aluno Surdo em Contexto Escolar
                                  A especificidade da Criança Surda
                           Estratégias de Intervenção em Contexto Escolar

                                                  n.º 4
                                  Os Alunos com Multideficiência
                                   nas Escolas de Ensino Regular

                                                  n.º 5
                                        Aprendizagem Activa
                                  na criança com Multideficiência
                                         Guia para educadores

                                                  n.º 6
                                   Contributos para o estudo da
                                 Intervenção Precoce em Portugal

                                                  n.º 7
                                    Compreender a Baixa Visão

                                                  n.º 8
                            Normas de Acessibilidade na Informática

                                                  n.º 9
                                 Comunicação, Linguagem e Fala
                Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar
                                            -Fundamentos-




A tradução Portuguesa foi efectuada com a autorização do Ministério de Trabajo y Asuntos Sociales -
Instituto de Migraciones y Servícios Sociales, Centro Estatal de Autonomía Personal y Ayudas Técnicas e
Confederación Coordinadora Estatal de Minusválidos Físicos de España
Introdução
1. Acessibilidade ao suporte físico (hardware)
1.1. O poder do software sobre o hardware
1.2. Botões e reguladores ergonómicos
1.3. Periféricos
1.4. Percepção do som
2. Acessibilidade ao suporte lógico (software)
2.1. Requisitos gerais
2.1.1. Mensagens
2.1.2. Redundância do canal
2.1.3. Textos e gráficos
2.1.4. A introdução de dados
2.1.5. Personalizar o teclado
2.1.6. Ícones
2.1.7. Janelas
2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador
2.2. Ambiente operativo
2.2.1. Serviços do sistema
2.2.2. Controlador do teclado
2.2.3. Controlador do rato
2.3. Aplicações
3. Acesso hipermedia às autoestradas da informação (Internet)
3.1. Navegadores
3.2. Páginas Web
4. Acessibilidade à documentação
5. Bibliografia
O acesso à informática, no seu sentido mais amplo, é hoje
crucial para a população em geral, incluindo os alunos que
apresentam necessidades educativas especiais.
A informática utilizada como tecnologia de apoio deve
constituir-se como uma ferramenta essencial no acesso à
informação e participação de todos os alunos contribuindo
decisivamente para a garantia de um direito básico de
cidadania. Neste sentido a utilização da informática, enquanto
tecnologia de apoio, pressupõe a construção de contextos de
comunicação e de participação facilitadores da autonomia e
do pensamento crítico.
Com a presente publicação pretende-se, de uma forma
sintetizada, explicitar os princípios e os conteúdos das normas
sobre acessibilidade à informática, editadas pelo Instituto
Português da Qualidade. Tentamos que essas normas sejam, de
um modo geral, acessíveis a um amplo sector da população,
mais especificamente aos docentes que trabalham com
alunos com necessidades educativas especiais.
Ao sensibilizarmos para a utilização de tecnologias pensadas
para todos, perspectivamos a criação de ambientes
facilitadores do desenvolvimento das capacidades dos alunos
com necessidades educativas especiais, potencializando a
interacção no seu tempo de trabalho e lazer tornando-os mais
ricos e adaptados.


                              A   Secretária   de   Estado   da
Educação



                                    (Mariana Cascais)
Actualmente o computador é considerado uma ferramenta
imprescindível para qualquer actividade, tanto laboral como
social e de lazer. Este instrumento beneficiou as pessoas com
deficiência, passando as mesmas a fazer parte dos seus mais
fiéis utilizadores. O computador permite-lhes desenvolver
tarefas que antes não podiam realizar. No entanto, a própria
informática está a colocar barreiras que impedem, algumas
vezes, o uso dos computadores e dos seus programas por
pessoas que têm alguma limitação física, psíquica ou sensorial.
Estas barreiras poder-se-iam eliminar facilmente se fossem
seguidos critérios simples no desenho dos produtos informáticos.

Para se fazer uma ideia real de como os utilizadores cegos
utilizam o computador, convidamo-lo a apagar o monitor e,
seguidamente, continuar a trabalhar. Muitos destes utilizadores
usam os programas denominados “leitores de ecrã” para
interagir com o computador. Estes “leitores de ecrã”
proporcionam uma descrição falada ou em Braille das janelas,
menus, textos e de qualquer outra informação que possa
aparecer no ecrã.
Alguns utilizadores com limitações no domínio sensorial - visão
usam diferentes métodos para aumentar o tamanho, o
contraste ou as características gerais de visibilidade. As
situações mais utilizadas são os monitores grandes, letra de
tamanho grande, alto contraste e a ampliação do software de
determinadas zonas do ecrã.


As pessoas com limitações no domínio sensorial - audição têm
problemas com determinados níveis de frequência, o que as
impede de perceber e distinguir alguns sons. Normalmente
utilizam, já integrada em alguns sistemas operativos, uma
opção para reforço visual perante os sons de alarme ou aviso.


As dificuldades das pessoas com limitações no domínio motor
costumam reflectir-se na falta de coordenação, falta de força,
dificuldade para alcançar os objectos ou impossibilidade de
mover os membros superiores. Estes utilizadores podem ou não
necessitar de usar dispositivos específicos para manipular o seu
computador. Alguns exemplos são os interruptores (switchs)
controlados com a cabeça, os teclados tácteis, os sistemas de
reconhecimento de voz e os ponteiros alternativos (licórnios,
ponteiros de mão, etc.).


  As dificuldades de acesso ao computador de qualquer
  utilizador foram tidas em conta no desenvolvimento das
  normas do IPQ de acessibilidade na informática.

O Instituto Português da Qualidade editou duas normas cujo
âmbito de aplicação pode influenciar positivamente os
programadores informáticos, os desenhadores de sistemas
operativos ou de páginas Web e os fabricantes de qualquer
computador ou periférico. O seu cumprimento exige a
utilização de múltiplos canais de entrada/saída, configurações
personalizáveis, interfaces ergonómicos e requisitos de
compatibilidade.
A denominação técnica destas normas é:
prNP 4429:2003

Informática para a saúde. Aplicações informáticas para
pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das
plataformas informáticas.
Suporte físico (hardware).
prNP 4430:2003
Informática para a saúde. Aplicações informáticas para
pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das
plataformas informáticas.
Suporte lógico (software).



Este livro pretende fazer uma explicação dos principais
conteúdos das referidas normas, de forma a que resultem
compreensíveis para um amplo sector da população. A versão
completa das normas pode conseguir-se através do IPQ
(Instituto Português da Qualidade).
O que denominamos posto de trabalho informático é,
habitualmente, composto por: unidade central, monitor,
teclado, rato, impressora, disquetes, CD-ROMs, etc. As
principais directrizes da norma orientam o fabrico de produtos
mais fáceis de utilizar por parte de qualquer utilizador.


1.1. O poder do software sobre o hardware

Os problemas de acessibilidade ao hardware centram-se,
sobretudo, nas dificuldades em manipular os botões,
interruptores, reguladores e todos aqueles controlos dos
dispositivos que compõem o posto de trabalho informático.
Muitos dos problemas seriam resolvidos se estes elementos
fossem controlados através de um programa, que pudesse
ligar, desligar e regular todos os componentes físicos do
computador.


Alguns exemplos actuais são:
ligar e configurar a impressora,
desligar o computador ou
mesmo expulsar a disquete.
Estes programas de controlo
deveriam ser fornecidos pelos
fabricantes dos equipamentos
ou serem incorporados no
sistema operativo.
1.2. Botões e reguladores ergonómicos


É especialmente importante que os botões para ligar e desligar
estejam situados na parte frontal de todos os dispositivos. Assim,
torna-se muito mais fácil encontrar o botão para ligar um
aparelho se se souber que o referido botão de ligação se situa
sempre na parte frontal, facilitando, essencialmente, o trabalho
aos utilizadores com baixa visão ou com dificuldades de
aprendizagem.


Os controlos do dispositivo devem ter realimentação táctil e
recomenda-se que tenham também realimentação sonora.
Estes não devem ser demasiado pequenos ou estar muito
juntos. Também se exige que os botões sejam côncavos e não
deslizantes.




Todas estas características fazem
com que se torne mais fácil
utilizá-los, sobretudo, por pessoas
com problemas de precisão
(indivíduos       com        paralisia
cerebral,         pessoas       com
espasticidade,         etc.)       ou
simplesmente por pessoas idosas.
Outro aspecto a ter em conta são os rótulos que identificam as
funções. Em primeiro lugar, todos os botões, conectores, etc.
devem ter um rótulo, caso contrário, qualquer utilizador, terá
grandes dificuldades em identificar a sua função. Para além
disso, os referidos rótulos devem associar-se com facilidade ao
conceito que tentam transmitir.

Para torná-los mais legíveis devem utilizar-se cores com um alto
contraste, um tipo de letra “sans sherif” e de tamanho grande.
Para as pessoas cegas tudo isto pode resultar insuficiente, pelo
que se aconselha a facilitação de alternativas Braille e tácteis.


1.3. Periféricos
Deve-se evitar a necessidade de movimentos complexos, por
exemplo, carregar num botão e ao mesmo tempo girar um
manípulo ou então proporcionar-se uma opção distinta para
conseguir a mesma funcionalidade. Desta forma, conseguir-se-
á que os utilizadores com limitações de manipulação ou com
um só membro superior possam aceder a determinadas
funções.

Os elementos periféricos (ecrã, teclado, impressora, etc.)
devem ser independentes da unidade central, de forma a que
possam ser facilmente mudados. Assim, poder-se-á personalizar
o acesso ao computador: ecrãs grandes, teclados adaptados,
ratos ergonómicos, auriculares com regulação de volume e
todos aqueles dispositivos que possam servir para melhorar a
interacção homem - máquina.

Os periféricos devem ter uma base de sustentação estável e
antideslizante, de forma a que seja difícil derrubá-los devido a
movimentos não controlados. Não obstante, a regulação da
orientação e da altura devem oferecer pouca resistência para
facilitar um óptimo posicionamento do periférico.


17 10 16
Outro ponto de incompatibilidade
                       costuma acontecer no momento de
                       utilizar o hardware com as unidades
                       amovíveis (disquete, CD-ROM, etc.).
                       Alguns      utilizadores têm   muitos
                       problemas          para   conseguirem
                       introduzir uma disquete nas ranhuras
                       das actuais unidades. Torna-se muito
                       mais fácil deixar cair um CD-ROM nas
                       típicas plataformas deslizantes de
entrada/saída, pelo que se recomenda aos fabricantes que
adoptem este tipo de mecanismo para todas as unidades de
armazenamento amovíveis.


Também são especialmente incómodas as placas giratórias de
algumas unidades de disquetes, pelo que se exige que todos
os mecanismos tenham interruptores de tipo botão e que estes
não necessitem, para os activar, de uma força excessiva.


Para além disso, se uma unidade permitir que o utilizador
coloque de forma incorrecta o dispositivo, por exemplo um CD-
ROM ao contrário, então deve existir um aviso para o utilizador.


Por outro lado, as impressoras, scaners e demais elementos que
utilizam papel devem ter bandejas de alimentação e de
armazenamento de folhas facilmente manipuláveis: sem
coberturas que tapem as folhas e sem necessidade de retirar a
bandeja para colocar ou retirar o papel.
1.4. Percepção do som


Os utilizadores com limitações no domínio sensorial - audição
têm dificuldade para deduzir o estado de um dispositivo, já que
carecem do reforço sonoro que este produz ao funcionar. Por
exemplo, é corrente deduzir se um equipamento está ligado
pelo ruído que faz o ventilador ou por sons que emite o
computador ao arrancar. Para facilitar esta informação, a
norma do IPQ exige aos fabricantes que insiram um reforço
visual do estado de funcionamento do dispositivo.




Alguns utilizadores não são capazes de detectar os ruídos pelo
altifalante interno da unidade central. Por isso recomenda-se
que o referido altifalante esteja colocado próximo do utilizador
e exista a possibilidade de ligar altifalantes e auriculares
externos. Para além disso recomenda-se que o altifalante
interno disponha de regulação do volume e também que seja
possível alterar a frequência do som emitido.
Considerando o tipo de produto desenvolvido, na norma do
IPQ podem dirigir-se a três secções independentes:

Ambiente operativo

Denominação que engloba o sistema operativo, a interface do
utilizador associada a algumas das aplicações.

Aplicações

Qualquer programa de uso geral ou mais utilizado, como
poderiam ser um processador de texto, um programa de
desenho, um jogo, um compressor de arquivos, etc..

Autoestradas de informação
Para além dos conteúdos das páginas Web, inclui os
navegadores, os programas para correio electrónico e
qualquer outra ferramenta associada aos serviços da Internet.


2.1. Requisitos gerais

Existe uma série de requisitos que afectam por igual as três
secções, incidindo sobretudo na filosofia geral da
comunicação entre o homem e o computador: desenhos
ergonómicos, configurações personalizadas e multiplicidade
de canais. Seguidamente, abordam-se estes requisitos gerais e
posteriormente expõem-se os mais específicos do sistema
operativo, as aplicações e a Internet.
2.1.1. Mensagens

Uma interface deve ser concisa, coerente e consistente de
forma a reduzir o esforço que outilizador necessitará para
trabalhar com o seu computador.


As famosas mensagens do tipo: “Erro
108:345, overflow na pilha em posição
4012. Perderá todos os dados.
Carregue      qualquer     tecla     para
continuar” resultam confusas para
todos       os     utilizadores      mas
especialmente para as crianças, os
principiantes na informática ou os
utilizadores com dificuldades de
aprendizagem. Estes podem não
compreender      o     seu   significado,
ficarem muito nervosos e pensarem
que a culpa é sua. Por este facto, recomenda-se o uso de
mensagens curtas e simples.




Também é conveniente que a mesma mensagem tenha
sempre o mesmo texto, que apareça na mesma zona do ecrã
e com os mesmos elementos compositivos (tipo de letra, cores,
botões, etc.). Desta forma, pode identificar-se a mensagem
pelo seu aspecto para além do texto, tornando-se fácil
localizá-la no ecrã. Sempre que possível, será melhor utilizar as
convenções do ambiente operativo.
O tempo de reacção perante os acontecimentos é muito
variável de um utilizador para outro, pelo que será
contraproducente colocar mensagens no ecrã que
desapareçam automaticamente decorrido algum tempo. Na
norma exige-se um tempo de espera até que o utilizador
aceite a mensagem. Se não for possível, aconselha-se que o
tempo de permanência no ecrã possa ser configurado pelo
utilizador. Este requisito é especialmente necessário em
mensagens críticas do ambiente operativo.


A rapidez com que se gera a mensagem também é muito
importante e afecta especialmente as mensagens de voz, já
que deve existir uma coerência temporal entre o que se está a
ouvir e o que realmente está a acontecer.




2.1.2. Redundância do canal

                         A redundância do canal de
                         comunicação resolve muitos dos
                         problemas de acessibilidade. Por
                         exemplo, os utilizadores daltónicos
                         não são capazes de distinguir
                         algumas cores, portanto se uma
                         informação se apoia somente nas
                         cores, como “carregue num botão
                         vermelho para terminar”, estas
                         pessoas não saberão como actuar.
                         Portanto, as características estéticas
                         da interface só deverão servir para
                         acompanhar ou realçar, enviando a
informação por múltiplos canais: cor e texto, cor e forma, cor,
texto e forma, etc.
O mesmo ocorre com a utilização do som. Habitualmente este
utiliza-se como indicador do final de uma tarefa ou como
alerta de algum tipo de erro. Os utilizadores com limitações no
domínio sensorial-audição perdem este tipo de informação,
pelo que esta deve ser acompanhada de um sinal visual
associado à situação.

Não só deve existir redundância do canal de saída, como
também nos canais de entrada: deve ser possível realizar a
tarefa só com o rato, só com o teclado, só com o botão ou só
com sistemas de reconhecimento de voz. Por exemplo, deve
ser possível utilizar as aplicações da Internet sem necessidade
de ter um rato.

2.1.3. Textos e gráficos

Os leitores de ecrã empregues pelos utilizadores cegos não
permitem a leitura de textos escritos usando gráficos primitivos.
Por outro lado, os textos que se escrevem no ecrã devem
utilizar os serviços de processamento de texto facilitados pelo
ambiente operativo.
Do mesmo modo, qualquer foto, vídeo, desenho ou gráfico
fica fora do alcance dos leitores de ecrã. Por isso, quando se
utilizarem gráficos no ecrã, estes deverão ser acompanhados
por textos explicativos que permitam às pessoas cegas obter
informação acerca do conteúdo da imagem.

2.1.4. A introdução de dados

A introdução de dados faz-se de forma similar nas interfaces de
modo texto e nas de modo gráfico, se bem que nas segundas
foi necessário criar o elemento “quadro de edição”. Em
qualquer dos casos, deve ser possível percorrer-se o texto
escrito com o cursor para que um leitor de ecrã possa sintetizar
a voz ou convertê-lo em Braille.
Quando existam campos para introdução de dados, o rótulo
identificativo que os acompanha deve estar alinhado
horizontalmente com a primeira linha do campo, de forma a
que sejam facilmente associáveis tanto para os utilizadores de
leitores de ecrã como para os utilizadores menos experientes.

2.1.5. Personalizar o teclado

O teclado é um periférico essencial, pelo que todos os
aspectos de acessibilidade devem ser contemplados com
extrema atenção.
O utilizador deve poder aceder a qualquer elemento da
interface desde o teclado, por exemplo, activar e desactivar os
menus e mover-se pelas suas opções. Para além disso, deve
evitar-se o uso de acções simultâneas (manter pressionada
uma tecla enquanto se tem que carregar numa outra) e se
esta situação for inevitável, deve proporcionar-se um método
sequencial alternativo para se conseguir o mesmo resultado.

Em alguns casos, movimentar-se
pelos menus com as setas do
cursor     pode     resultar    num
processo penoso, pelo que é
conveniente colocar teclas de
aceleração ou atalhos. Isto é
muito útil para os utilizadores com
problemas de manipulação ou
de visão, dado que podem
necessitar    de     fazer    várias
tentativas, recorrendo ao menu,
até acertar com a opção
desejada.
Para acelerar o varrimento com o teclado, os menus devem
possibilitar o varrimento circular, ou seja, passar da última
opção para a primeira e vice versa. Este varrimento circular
deve aplicar-se também ao movimento pelas opções de uma
janela de diálogo, à mudança de janela ou área de trabalho,
etc.

2.1.6. Ícones
Para as pessoas com problemas de visão torna-se incómodo e,
às vezes, impossível perceber os ícones e outros pequenos
objectos da área de trabalho, pelo que, o próprio ambiente
operativo      deve     permitir   que      se   modifiquem,
independentemente ou em grupos, os tamanhos e contrastes
desses ícones e as suas posições. Os ícones devem, para além
disso, ter associado um rótulo, facilitando a identificação e
compreensão da função do ícone.

2.1.7. Janelas
As tarefas de gestão das janelas (actualizar, mover, mudar de
tamanho, etc.), realizam-se habitualmente por meio do rato.
Para os utilizadores com problemas de manipulação ou com
cegueira, o uso do rato pode ser inconveniente, pelo que a
norma exige que todas estas operações se possam realizar
também com o teclado.

No caso específico das barras de ferramentas, às quais não se
pode aceder por teclado, exige-se que todas as operações
sejam acessíveis também através de opções de menu.

Dado que existem utilizadores que necessitam de uma
ferramenta especial para aceder ao seu computador
(simuladores de teclado, sintetizadores de voz, etc.), esta deve
permanecer visível no ecrã. Exige-se que as janelas possam
mudar de tamanho e de posição.
Também se exige que possam ser maximizadas, minimizadas e
que se possam fechar para evitar conflitos com as referidas
ferramentas. Para além disso, requer-se que o ambiente facilite
uma forma de mudar de uma janela para outra, de modo a
que as aplicações específicas possam interagir com as gerais.


2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador

Os ambientes operativos estabelecem serviços de ajuda que
são utilizados por muitas aplicações. Esta ajuda costuma ter
formato de texto, mas deve incluir-se também a possibilidade
de incorporar imagens, por exemplo, para explicar um
conceito novo mediante a língua gestual.

2.2. Ambiente operativo
O ambiente operativo é o fundamental responsável de todos
os elementos que enquadram a comunicação básica do
homem com a máquina. Para além disso, o desenvolvimento
da interface homem-máquina ganhou uma importância
fundamental nos últimos anos.

                        Os utilizadores que têm mais
                        problemas de acessibilidade são as
                        pessoas com cegueira. Tudo o que se
                        vê num ecrã está pensado e
                        desenhado       para      ser     visto,
                        especialmente com as interfaces
                        gráficas, podendo existir um sem fim
                        de         aplicações           abertas
                        simultaneamente      em      diferentes
janelas e cada janela ter a complexidade que antes tinham
todo um ecrã.
No entanto também os utilizadores com problemas motores
que    utilizam   dispositivos   ou  programas   específicos
(reconhecimento de voz, simulador de teclado, etc.) podem
ter o acesso limitado, sobretudo por problemas de
incompatibilidade entre estas ajudas técnicas e o ambiente
operativo ou as respectivas aplicações.

2.2.1. Serviços do sistema
Em linhas gerais, a norma exige que o ambiente operativo
proporcione, ao utilizador, o acesso a qualquer dispositivo de
entrada que utilize (interruptor de cabeça, manípulo, etc.) e
recomenda que proporcione também um sistema de
reconhecimento de voz. De igual forma, a saída de dados
deve realizar-se tanto por imagem como por som, para que os
utilizadores com cegueira tenham acesso à mesma
informação.
Todas as opções devem ter um
carácter de activação opcional,
de forma a que a mesma
plataforma informática possa
ser utilizada, indistintamente,
por um amplo leque de
utilizadores    com    diferentes
necessidades. Para além disso,
os     diferentes  serviços   do
ambiente operativo devem
estar desenhados de forma a
que consigam garantir que as
aplicações, constituídas por
cima       deste,  possam     ser
acessíveis. Por exemplo, o
ambiente       operativo    pode
proporcionar um serviço para
mostrar texto ao mesmo tempo
que emite essa informação com
um sintetizador da fala.
Para realizar uma descrição falada, actualmente os leitores de
écrã utilizam “modelos de ecrã” que mantêm uma
representação exacta dos elementos visualizados. Para facilitar
este modelo de ecrã, o ambiente operativo deve possibilitar a
criação dos elementos da interface com um rótulo que os
identifique e que permita aceder às suas propriedades (janela
aberta ou fechada, tamanho, foco,...), preferencialmente,
através de serviços predeterminados.

Para além de possibilitar a mudança de foco de uma janela a
outra, os ambientes operativos que incorporam o conceito de
áreas de trabalho também devem oferecer a mudança de
uma a outra, executando-a tanto com o teclado como com o
rato.


2.2.2. Controlador do teclado



O controlador do teclado é o programa que se encarrega das
comunicações entre o computador e o teclado e é um dos
                            pontos em que se podem
                            incorporar muitas prestações que
                            facilitem a acessibilidade. As
                            pessoas que mais dificuldades
                            têm para o uso do teclado são as
                            que têm problemas de precisão
                            na utilização dos membros
                            superiores, dedos ou mãos,
                            seguidas das pessoas com
                            limitações no domínio cognitivo e
                            no domínio sensorial-visão, pelo
que se devem contemplar as diferentes problemáticas.
Para os utilizadores com problemas de motricidade fina
(mantêm premida uma tecla demasiado tempo, enganam-se
na tecla, carregam repetidamente a tecla devido a tremores)
o controlador do teclado deve permitir configurar o tempo de
repetição da tecla, o tempo de pressão e de libertar-premir
repetidas vezes a mesma tecla.

O controlador do teclado deve incorporar uma opção que
permita bloquear as teclas de controlo (Maiúsculas, Alt, Ctrl, Alt
Gr, etc.), de forma a que as pessoas que só podem utilizar uma
mão ou um ponteiro evitem os movimentos de pressão
simultânea. Para além disso, os utilizadores com limitações no
domínio sensorial-visão necessitam de saber o estado das
referidas teclas.

Para os utilizadores que funcionam com uma só mão, com um
ponteiro ou que utilizam os nós dos dedos, deve possibilitar-se a
reconfiguração de todas as teclas do teclado de modo a
permitir que este se adapte às suas necessidades.


2.2.3. Controlador do rato

Mais do que o teclado, o rato pode ser uma barreira para as
pessoas com problemas de manipulação, de mobilidade ou
com falta de força nos membros superiores.

Por isso, o controlador do rato deve permitir modificar a
orientação no movimento do cursor para que o utilizador possa
manipulá-lo da forma mais ergonómica à sua mobilidade. De
igual forma, deve poder-se modificar a velocidade e a
aceleração do cursor, diferenciando entre a velocidade
horizontal e vertical, o tempo de aceitação do “clic” e o
tempo entre dois “clics”.
Para      as   pessoas    com
problemas de movimentação
dos dedos, deve poder
realizar-se o bloqueio do
varrimento, dispondo de um
botão do rato para esta
função       ou,      em   sua
substituição,    utilizar uma
temporização de um dos
botões ou uma tecla do
teclado. Para os utilizadores
esquerdinos, deve existir a possibilidade de mudar as funções
dos botões direito e esquerdo.


2.3. Aplicações

Evidentemente que para tudo o que foi dito até agora sobre o
desenho das janelas, dos ícones, das mensagens, etc. deve ter-
se em conta o desenvolvimento de qualquer aplicação. Além
disso, para que os elementos de texto e de identificação
(nome da janela, rótulo do ícone, etc.) sejam susceptíveis de
emitir-se por voz, as aplicações devem utilizar serviços que
facilitem o ambiente operativo. Desta forma, os leitores de ecrã
poderão identificar a aplicação e os seus conteúdos.


Há que ter em conta que, apesar dos progressos realizados, os
utilizadores com problemas de acessibilidade necessitam,
algumas vezes, de utilizar dispositivos ou programas específicos,
pelo que a norma exige uma aplicação que interaja com estas
ferramentas de acesso, de forma a que por vezes se possa
sobrepor em ecrã e mesmo em ambientes que não sejam de
janelas.
Para isso, devem utilizar-se os mecanismos de coordenação
proporcionados pelo ambiente operativo, evitando que as
aplicações se bloqueiem umas às outras.

Se uma aplicação utiliza janelas, a sua gestão deve ser
compatível com o ambiente operativo através dos serviços
que possibilita, visto que este é o responsável por facilitar a
acessibilidade. Se se utilizam várias janelas, deve-se permitir a
mudança de uma para outra e seguir sempre a mesma
sequência de mudança.

Finalmente, e para evitar problemas de consistência e de
coordenação entre aplicações, cada uma destas deve ter
uma opção de finalização.


Mas para conseguir que uma interface seja
completamente acessível não basta que
existam todos os serviços e os requisitos gerais
estipulados até agora. Faz falta que para além
disso, as aplicações usem esses serviços,
interajam com eles e cumpram outras
considerações de desenho não imputáveis
directamente ao ambiente operativo.


Deve prestar-se especial atenção para que todas as funções
oferecidas pela aplicação sejam acessíveis por teclado. Este
requisito é esquecido especialmente em programas de
desenho, jogos, aplicações musicais, etc. No momento de
aceder com o teclado aos menus, devem respeitar-se as
combinações habituais do ambiente operativo como, por
exemplo, os atalhos que se colocam em várias das opções de
um menu.
Para além disso, a aplicação deve desenhar-se de forma a
que os passos necessários para aceder a qualquer opção
sejam os mínimos possíveis e não requeiram o uso simultâneo
de mais de um dispositivo de entrada, tendo em particular
atenção as opções mais frequentemente utilizadas. Desta
forma, qualquer utilizador conseguirá uma maior eficiência.
O aparecimento da Internet e dos seus diferentes serviços
constituiu uma autêntica revolução o mundo da informática.
Talvez a mudança mais espectacular tenha sido o contributo
do orld Wide Web. A tecnologia Web apoia-se em vários
protocolos (HTTP, HTML, etc.) susceptíveis de serem modificados
e ampliados para melhorar a acessibilidade e utiliza vários tipos
de     programas     (navegadores,      conversores    gráficos,
reprodutores de vídeo, etc.) que colocam problemas
específicos para certos utilizadores com deficiência.

Não obstante, na norma trata-se somente de analisar a
interface do utilizador e os seus problemas, deixando de lado
todos os aspectos internos de Java, CGI e os protocolos
anteriormente mencionados. Os restantes serviços, correio
electrónico, janelas de diálogos, Gopher, etc. resultam muito
similares a qualquer outra aplicação, logo, não incorporam
características de acessibilidade diferentes.

Neste ponto, podemos então distinguir duas facetas na
acessibilidade: o programa utilizado para navegar e os
conteúdos das páginas que se visualizam.



3.1. Navegadores
Os navegadores têm que cumprir os requisitos de
acessibilidade comuns ao resto dos programas, tal como se
descreveu anteriormente. Além disso, devem permitir a
navegação dentro das páginas HTML utilizando só o rato e só o
teclado. O mesmo deve ser válido para passar de uma ligação
a outra e de uma janela a outra.
3.2. Páginas Web
A apresentação em ecrã de documentos Web (habitualmente
escritos em HTML) oferece dificuldades de acessibilidade,
sobretudo a pessoas com problemas no domínio sensorial-
visão, pela orientação multimédia que possui, mas na norma,
explora-se o conceito multimédia de outro ponto de vista:
redundância de canais. Desta forma, a informação gráfica
deve ser acompanhada de um texto, da mesma forma que a
informação sonora. Os vídeos devem estar legendados, ou
disporem de uma ligação a uma página em que se descreva o
seu conteúdo. Em caso de a utilização de mapas sensíveis,
recomenda-se a colocação de uma lista adicional com todas
as ligações do sítio.
                         Exige-se a todas as páginas
                         Web, incluindo HTML, CGls,
                         Java, etc. que cumpram todos
                         os requisitos de acessibilidade
                         aplicáveis     a   todas      as
                         aplicações.     No  caso     de
                         utilizarem formatos alternativos
                         (PDF, MSWord, etc.), deve
                         colocar-se       a      mesma
informação em HTML ou em ASCII, de forma a que se torne
acessível.
No caso dos formulários, que sejam complexos para utilizar
pelas pessoas cegas, pede-se que se facilitem formas
alternativas de introdução de dados, como um número de
telefone de contacto ou cópias que se possam preencher fora
da linha para serem enviados posteriormente por correio
electrónico.
Dado que os textos de ligação que aparecem juntos podem
ser interpretados como uma só ligação pelos utilizadores de
leitores de ecrã, a norma exige que se separem por barras
verticais ou algum outro caracter que não pertença à ligação.
Mesmo assim, se colocamos as ligações na mesma página e
com texto idêntico, torna-se difícil distingui-las entre si, pelo que
se pede que as ligações da mesma página tenham textos
distintos e auto-explicativos. O uso de textos que se deslocam e
piscam é também prejudicial, já que muitos leitores de ecrã
não conseguem detectá-los e por isso ignoram-nos. O mesmo
ocorre com os textos verticais.

As listas de elementos de texto
costumam ser lidas de uma só vez
pelos leitores de ecrã. Por isso
recomenda-se que as listas se
elaborem segundo o tipo vinheta e
sejam numeradas, de forma a que
cada       elemento        tenha     um
identificador inicial diferenciador.

Outro problema da acessibilidade às páginas Web é a
utilização de tabelas. Os leitores de ecrã que utilizam as
pessoas com problemas visuais costumam percorrer o ecrã
primeiro na horizontal e depois na vertical. Desta forma, se os
dados de uma célula da tabela ocupam mais de uma linha,
far-se-á a leitura da primeira linha de cada célula e depois as
linhas seguintes.
Para os utilizadores com problemas cognitivos pode ser
complicado compreender a informação no caso de chegada
a uma zona intermédia de uma página Web, pelo que nesse
ponto se deverá fazer uma ligação que leve o utilizador a uma
parte    significativa   da   página.    Também     acrescenta
complexidade à navegação a utilização de janelas pelo que
se desaconselha o seu uso.
Por outro lado e tendo-se em conta os critérios de consistência
no desenvolvimento de interfaces, recomenda-se que os
botões ou ligações que tenham a mesma função, apareçam
na página sempre na mesma posição.
A documentação de todos os componentes do posto de
trabalho informático entrega-se tradicionalmente em papel,
com o inconveniente que isso acarreta para as pessoas com
problemas de visão ou de manipulação. Na norma reconhece-
se a necessidade da existência de documentação em formato
electrónico, de forma a que o utilizador possa usar o
computador e as suas ajudas técnicas para ler essa
documentação.



No caso de se continuar a distribuir
a documentação em formato
impresso, a encadernação deve
permitir a abertura fácil do livro ou
de qualquer página sem necessitar
de ser sustido para estar aberto.
Para além disso, o papel não deve
ser de tipo acetinado, para evitar
o deslizamento dos ponteiros ao
passar as páginas.



A cor do papel e da letra devem possuir um alto contraste
para reduzir o esforço visual na leitura. Os gráficos devem ter
textos explicativos e não deve existir informação que se apoie
exclusivamente na cor.
PrNP 4429:2003
 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas
 com deficiência. Requisitos de acessibilidade das plataformas
 informáticas. Suporte físico
 IPQ
 PrNP 4430:2003
 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para
 pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das
 plataformas informáticas. Suporte lógico.
 IPQ
 Aplicacion Software Design Guidelines
 Trace R&D Center, Dpto. Of industrial Engineering (University of
 Wisconsin)
 Compiled by C. Vanderheiden
  Considerations in the Design of Computers to incrase Their
 Accessibility by Persons With Disabilities
 Industry/Government Computer Accessibility Task force
 Trace Center
 Nordic Guidlines for Computer Accessibility
 Nordiska Nämnden för Handikappfrägor, NNH
 PC 97 Design Guide, Designing Pcs and peripherals for the
 Microsoft Windows Systems
 Microsoft Corporation
 Critérios de Accesibilidad WAI
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    Guia de aceso al ordenador para personas com
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Normas acessibilidade joaquim colôa

  • 1.
  • 2. Colecção A P O I OS EDUCATIVOS n.º1 Transição para a Vida Adulta Jovens com Necessidades Educativas Especiais n.º 2 Organização e Gestão dos Apoios Educativos n.º 3 O Aluno Surdo em Contexto Escolar A especificidade da Criança Surda Estratégias de Intervenção em Contexto Escolar n.º 4 Os Alunos com Multideficiência nas Escolas de Ensino Regular n.º 5 Aprendizagem Activa na criança com Multideficiência Guia para educadores n.º 6 Contributos para o estudo da Intervenção Precoce em Portugal n.º 7 Compreender a Baixa Visão n.º 8 Normas de Acessibilidade na Informática n.º 9 Comunicação, Linguagem e Fala Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar -Fundamentos- A tradução Portuguesa foi efectuada com a autorização do Ministério de Trabajo y Asuntos Sociales - Instituto de Migraciones y Servícios Sociales, Centro Estatal de Autonomía Personal y Ayudas Técnicas e Confederación Coordinadora Estatal de Minusválidos Físicos de España
  • 3.
  • 4.
  • 5. Introdução 1. Acessibilidade ao suporte físico (hardware) 1.1. O poder do software sobre o hardware 1.2. Botões e reguladores ergonómicos 1.3. Periféricos 1.4. Percepção do som 2. Acessibilidade ao suporte lógico (software) 2.1. Requisitos gerais 2.1.1. Mensagens 2.1.2. Redundância do canal 2.1.3. Textos e gráficos 2.1.4. A introdução de dados 2.1.5. Personalizar o teclado 2.1.6. Ícones 2.1.7. Janelas 2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador 2.2. Ambiente operativo 2.2.1. Serviços do sistema 2.2.2. Controlador do teclado 2.2.3. Controlador do rato 2.3. Aplicações 3. Acesso hipermedia às autoestradas da informação (Internet) 3.1. Navegadores 3.2. Páginas Web 4. Acessibilidade à documentação 5. Bibliografia
  • 6.
  • 7. O acesso à informática, no seu sentido mais amplo, é hoje crucial para a população em geral, incluindo os alunos que apresentam necessidades educativas especiais. A informática utilizada como tecnologia de apoio deve constituir-se como uma ferramenta essencial no acesso à informação e participação de todos os alunos contribuindo decisivamente para a garantia de um direito básico de cidadania. Neste sentido a utilização da informática, enquanto tecnologia de apoio, pressupõe a construção de contextos de comunicação e de participação facilitadores da autonomia e do pensamento crítico. Com a presente publicação pretende-se, de uma forma sintetizada, explicitar os princípios e os conteúdos das normas sobre acessibilidade à informática, editadas pelo Instituto Português da Qualidade. Tentamos que essas normas sejam, de um modo geral, acessíveis a um amplo sector da população, mais especificamente aos docentes que trabalham com alunos com necessidades educativas especiais. Ao sensibilizarmos para a utilização de tecnologias pensadas para todos, perspectivamos a criação de ambientes facilitadores do desenvolvimento das capacidades dos alunos com necessidades educativas especiais, potencializando a interacção no seu tempo de trabalho e lazer tornando-os mais ricos e adaptados. A Secretária de Estado da Educação (Mariana Cascais)
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Actualmente o computador é considerado uma ferramenta imprescindível para qualquer actividade, tanto laboral como social e de lazer. Este instrumento beneficiou as pessoas com deficiência, passando as mesmas a fazer parte dos seus mais fiéis utilizadores. O computador permite-lhes desenvolver tarefas que antes não podiam realizar. No entanto, a própria informática está a colocar barreiras que impedem, algumas vezes, o uso dos computadores e dos seus programas por pessoas que têm alguma limitação física, psíquica ou sensorial. Estas barreiras poder-se-iam eliminar facilmente se fossem seguidos critérios simples no desenho dos produtos informáticos. Para se fazer uma ideia real de como os utilizadores cegos utilizam o computador, convidamo-lo a apagar o monitor e, seguidamente, continuar a trabalhar. Muitos destes utilizadores usam os programas denominados “leitores de ecrã” para interagir com o computador. Estes “leitores de ecrã” proporcionam uma descrição falada ou em Braille das janelas, menus, textos e de qualquer outra informação que possa aparecer no ecrã.
  • 12. Alguns utilizadores com limitações no domínio sensorial - visão usam diferentes métodos para aumentar o tamanho, o contraste ou as características gerais de visibilidade. As situações mais utilizadas são os monitores grandes, letra de tamanho grande, alto contraste e a ampliação do software de determinadas zonas do ecrã. As pessoas com limitações no domínio sensorial - audição têm problemas com determinados níveis de frequência, o que as impede de perceber e distinguir alguns sons. Normalmente utilizam, já integrada em alguns sistemas operativos, uma opção para reforço visual perante os sons de alarme ou aviso. As dificuldades das pessoas com limitações no domínio motor costumam reflectir-se na falta de coordenação, falta de força, dificuldade para alcançar os objectos ou impossibilidade de mover os membros superiores. Estes utilizadores podem ou não necessitar de usar dispositivos específicos para manipular o seu computador. Alguns exemplos são os interruptores (switchs) controlados com a cabeça, os teclados tácteis, os sistemas de reconhecimento de voz e os ponteiros alternativos (licórnios, ponteiros de mão, etc.). As dificuldades de acesso ao computador de qualquer utilizador foram tidas em conta no desenvolvimento das normas do IPQ de acessibilidade na informática. O Instituto Português da Qualidade editou duas normas cujo âmbito de aplicação pode influenciar positivamente os programadores informáticos, os desenhadores de sistemas operativos ou de páginas Web e os fabricantes de qualquer computador ou periférico. O seu cumprimento exige a utilização de múltiplos canais de entrada/saída, configurações personalizáveis, interfaces ergonómicos e requisitos de compatibilidade.
  • 13. A denominação técnica destas normas é: prNP 4429:2003 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte físico (hardware). prNP 4430:2003 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte lógico (software). Este livro pretende fazer uma explicação dos principais conteúdos das referidas normas, de forma a que resultem compreensíveis para um amplo sector da população. A versão completa das normas pode conseguir-se através do IPQ (Instituto Português da Qualidade).
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. O que denominamos posto de trabalho informático é, habitualmente, composto por: unidade central, monitor, teclado, rato, impressora, disquetes, CD-ROMs, etc. As principais directrizes da norma orientam o fabrico de produtos mais fáceis de utilizar por parte de qualquer utilizador. 1.1. O poder do software sobre o hardware Os problemas de acessibilidade ao hardware centram-se, sobretudo, nas dificuldades em manipular os botões, interruptores, reguladores e todos aqueles controlos dos dispositivos que compõem o posto de trabalho informático. Muitos dos problemas seriam resolvidos se estes elementos fossem controlados através de um programa, que pudesse ligar, desligar e regular todos os componentes físicos do computador. Alguns exemplos actuais são: ligar e configurar a impressora, desligar o computador ou mesmo expulsar a disquete. Estes programas de controlo deveriam ser fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos ou serem incorporados no sistema operativo.
  • 18. 1.2. Botões e reguladores ergonómicos É especialmente importante que os botões para ligar e desligar estejam situados na parte frontal de todos os dispositivos. Assim, torna-se muito mais fácil encontrar o botão para ligar um aparelho se se souber que o referido botão de ligação se situa sempre na parte frontal, facilitando, essencialmente, o trabalho aos utilizadores com baixa visão ou com dificuldades de aprendizagem. Os controlos do dispositivo devem ter realimentação táctil e recomenda-se que tenham também realimentação sonora. Estes não devem ser demasiado pequenos ou estar muito juntos. Também se exige que os botões sejam côncavos e não deslizantes. Todas estas características fazem com que se torne mais fácil utilizá-los, sobretudo, por pessoas com problemas de precisão (indivíduos com paralisia cerebral, pessoas com espasticidade, etc.) ou simplesmente por pessoas idosas.
  • 19. Outro aspecto a ter em conta são os rótulos que identificam as funções. Em primeiro lugar, todos os botões, conectores, etc. devem ter um rótulo, caso contrário, qualquer utilizador, terá grandes dificuldades em identificar a sua função. Para além disso, os referidos rótulos devem associar-se com facilidade ao conceito que tentam transmitir. Para torná-los mais legíveis devem utilizar-se cores com um alto contraste, um tipo de letra “sans sherif” e de tamanho grande. Para as pessoas cegas tudo isto pode resultar insuficiente, pelo que se aconselha a facilitação de alternativas Braille e tácteis. 1.3. Periféricos Deve-se evitar a necessidade de movimentos complexos, por exemplo, carregar num botão e ao mesmo tempo girar um manípulo ou então proporcionar-se uma opção distinta para conseguir a mesma funcionalidade. Desta forma, conseguir-se- á que os utilizadores com limitações de manipulação ou com um só membro superior possam aceder a determinadas funções. Os elementos periféricos (ecrã, teclado, impressora, etc.) devem ser independentes da unidade central, de forma a que possam ser facilmente mudados. Assim, poder-se-á personalizar o acesso ao computador: ecrãs grandes, teclados adaptados, ratos ergonómicos, auriculares com regulação de volume e todos aqueles dispositivos que possam servir para melhorar a interacção homem - máquina. Os periféricos devem ter uma base de sustentação estável e antideslizante, de forma a que seja difícil derrubá-los devido a movimentos não controlados. Não obstante, a regulação da orientação e da altura devem oferecer pouca resistência para facilitar um óptimo posicionamento do periférico. 17 10 16
  • 20. Outro ponto de incompatibilidade costuma acontecer no momento de utilizar o hardware com as unidades amovíveis (disquete, CD-ROM, etc.). Alguns utilizadores têm muitos problemas para conseguirem introduzir uma disquete nas ranhuras das actuais unidades. Torna-se muito mais fácil deixar cair um CD-ROM nas típicas plataformas deslizantes de entrada/saída, pelo que se recomenda aos fabricantes que adoptem este tipo de mecanismo para todas as unidades de armazenamento amovíveis. Também são especialmente incómodas as placas giratórias de algumas unidades de disquetes, pelo que se exige que todos os mecanismos tenham interruptores de tipo botão e que estes não necessitem, para os activar, de uma força excessiva. Para além disso, se uma unidade permitir que o utilizador coloque de forma incorrecta o dispositivo, por exemplo um CD- ROM ao contrário, então deve existir um aviso para o utilizador. Por outro lado, as impressoras, scaners e demais elementos que utilizam papel devem ter bandejas de alimentação e de armazenamento de folhas facilmente manipuláveis: sem coberturas que tapem as folhas e sem necessidade de retirar a bandeja para colocar ou retirar o papel.
  • 21. 1.4. Percepção do som Os utilizadores com limitações no domínio sensorial - audição têm dificuldade para deduzir o estado de um dispositivo, já que carecem do reforço sonoro que este produz ao funcionar. Por exemplo, é corrente deduzir se um equipamento está ligado pelo ruído que faz o ventilador ou por sons que emite o computador ao arrancar. Para facilitar esta informação, a norma do IPQ exige aos fabricantes que insiram um reforço visual do estado de funcionamento do dispositivo. Alguns utilizadores não são capazes de detectar os ruídos pelo altifalante interno da unidade central. Por isso recomenda-se que o referido altifalante esteja colocado próximo do utilizador e exista a possibilidade de ligar altifalantes e auriculares externos. Para além disso recomenda-se que o altifalante interno disponha de regulação do volume e também que seja possível alterar a frequência do som emitido.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. Considerando o tipo de produto desenvolvido, na norma do IPQ podem dirigir-se a três secções independentes: Ambiente operativo Denominação que engloba o sistema operativo, a interface do utilizador associada a algumas das aplicações. Aplicações Qualquer programa de uso geral ou mais utilizado, como poderiam ser um processador de texto, um programa de desenho, um jogo, um compressor de arquivos, etc.. Autoestradas de informação Para além dos conteúdos das páginas Web, inclui os navegadores, os programas para correio electrónico e qualquer outra ferramenta associada aos serviços da Internet. 2.1. Requisitos gerais Existe uma série de requisitos que afectam por igual as três secções, incidindo sobretudo na filosofia geral da comunicação entre o homem e o computador: desenhos ergonómicos, configurações personalizadas e multiplicidade de canais. Seguidamente, abordam-se estes requisitos gerais e posteriormente expõem-se os mais específicos do sistema operativo, as aplicações e a Internet.
  • 26. 2.1.1. Mensagens Uma interface deve ser concisa, coerente e consistente de forma a reduzir o esforço que outilizador necessitará para trabalhar com o seu computador. As famosas mensagens do tipo: “Erro 108:345, overflow na pilha em posição 4012. Perderá todos os dados. Carregue qualquer tecla para continuar” resultam confusas para todos os utilizadores mas especialmente para as crianças, os principiantes na informática ou os utilizadores com dificuldades de aprendizagem. Estes podem não compreender o seu significado, ficarem muito nervosos e pensarem que a culpa é sua. Por este facto, recomenda-se o uso de mensagens curtas e simples. Também é conveniente que a mesma mensagem tenha sempre o mesmo texto, que apareça na mesma zona do ecrã e com os mesmos elementos compositivos (tipo de letra, cores, botões, etc.). Desta forma, pode identificar-se a mensagem pelo seu aspecto para além do texto, tornando-se fácil localizá-la no ecrã. Sempre que possível, será melhor utilizar as convenções do ambiente operativo.
  • 27. O tempo de reacção perante os acontecimentos é muito variável de um utilizador para outro, pelo que será contraproducente colocar mensagens no ecrã que desapareçam automaticamente decorrido algum tempo. Na norma exige-se um tempo de espera até que o utilizador aceite a mensagem. Se não for possível, aconselha-se que o tempo de permanência no ecrã possa ser configurado pelo utilizador. Este requisito é especialmente necessário em mensagens críticas do ambiente operativo. A rapidez com que se gera a mensagem também é muito importante e afecta especialmente as mensagens de voz, já que deve existir uma coerência temporal entre o que se está a ouvir e o que realmente está a acontecer. 2.1.2. Redundância do canal A redundância do canal de comunicação resolve muitos dos problemas de acessibilidade. Por exemplo, os utilizadores daltónicos não são capazes de distinguir algumas cores, portanto se uma informação se apoia somente nas cores, como “carregue num botão vermelho para terminar”, estas pessoas não saberão como actuar. Portanto, as características estéticas da interface só deverão servir para acompanhar ou realçar, enviando a informação por múltiplos canais: cor e texto, cor e forma, cor, texto e forma, etc.
  • 28. O mesmo ocorre com a utilização do som. Habitualmente este utiliza-se como indicador do final de uma tarefa ou como alerta de algum tipo de erro. Os utilizadores com limitações no domínio sensorial-audição perdem este tipo de informação, pelo que esta deve ser acompanhada de um sinal visual associado à situação. Não só deve existir redundância do canal de saída, como também nos canais de entrada: deve ser possível realizar a tarefa só com o rato, só com o teclado, só com o botão ou só com sistemas de reconhecimento de voz. Por exemplo, deve ser possível utilizar as aplicações da Internet sem necessidade de ter um rato. 2.1.3. Textos e gráficos Os leitores de ecrã empregues pelos utilizadores cegos não permitem a leitura de textos escritos usando gráficos primitivos. Por outro lado, os textos que se escrevem no ecrã devem utilizar os serviços de processamento de texto facilitados pelo ambiente operativo. Do mesmo modo, qualquer foto, vídeo, desenho ou gráfico fica fora do alcance dos leitores de ecrã. Por isso, quando se utilizarem gráficos no ecrã, estes deverão ser acompanhados por textos explicativos que permitam às pessoas cegas obter informação acerca do conteúdo da imagem. 2.1.4. A introdução de dados A introdução de dados faz-se de forma similar nas interfaces de modo texto e nas de modo gráfico, se bem que nas segundas foi necessário criar o elemento “quadro de edição”. Em qualquer dos casos, deve ser possível percorrer-se o texto escrito com o cursor para que um leitor de ecrã possa sintetizar a voz ou convertê-lo em Braille.
  • 29. Quando existam campos para introdução de dados, o rótulo identificativo que os acompanha deve estar alinhado horizontalmente com a primeira linha do campo, de forma a que sejam facilmente associáveis tanto para os utilizadores de leitores de ecrã como para os utilizadores menos experientes. 2.1.5. Personalizar o teclado O teclado é um periférico essencial, pelo que todos os aspectos de acessibilidade devem ser contemplados com extrema atenção. O utilizador deve poder aceder a qualquer elemento da interface desde o teclado, por exemplo, activar e desactivar os menus e mover-se pelas suas opções. Para além disso, deve evitar-se o uso de acções simultâneas (manter pressionada uma tecla enquanto se tem que carregar numa outra) e se esta situação for inevitável, deve proporcionar-se um método sequencial alternativo para se conseguir o mesmo resultado. Em alguns casos, movimentar-se pelos menus com as setas do cursor pode resultar num processo penoso, pelo que é conveniente colocar teclas de aceleração ou atalhos. Isto é muito útil para os utilizadores com problemas de manipulação ou de visão, dado que podem necessitar de fazer várias tentativas, recorrendo ao menu, até acertar com a opção desejada.
  • 30. Para acelerar o varrimento com o teclado, os menus devem possibilitar o varrimento circular, ou seja, passar da última opção para a primeira e vice versa. Este varrimento circular deve aplicar-se também ao movimento pelas opções de uma janela de diálogo, à mudança de janela ou área de trabalho, etc. 2.1.6. Ícones Para as pessoas com problemas de visão torna-se incómodo e, às vezes, impossível perceber os ícones e outros pequenos objectos da área de trabalho, pelo que, o próprio ambiente operativo deve permitir que se modifiquem, independentemente ou em grupos, os tamanhos e contrastes desses ícones e as suas posições. Os ícones devem, para além disso, ter associado um rótulo, facilitando a identificação e compreensão da função do ícone. 2.1.7. Janelas As tarefas de gestão das janelas (actualizar, mover, mudar de tamanho, etc.), realizam-se habitualmente por meio do rato. Para os utilizadores com problemas de manipulação ou com cegueira, o uso do rato pode ser inconveniente, pelo que a norma exige que todas estas operações se possam realizar também com o teclado. No caso específico das barras de ferramentas, às quais não se pode aceder por teclado, exige-se que todas as operações sejam acessíveis também através de opções de menu. Dado que existem utilizadores que necessitam de uma ferramenta especial para aceder ao seu computador (simuladores de teclado, sintetizadores de voz, etc.), esta deve permanecer visível no ecrã. Exige-se que as janelas possam mudar de tamanho e de posição.
  • 31. Também se exige que possam ser maximizadas, minimizadas e que se possam fechar para evitar conflitos com as referidas ferramentas. Para além disso, requer-se que o ambiente facilite uma forma de mudar de uma janela para outra, de modo a que as aplicações específicas possam interagir com as gerais. 2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador Os ambientes operativos estabelecem serviços de ajuda que são utilizados por muitas aplicações. Esta ajuda costuma ter formato de texto, mas deve incluir-se também a possibilidade de incorporar imagens, por exemplo, para explicar um conceito novo mediante a língua gestual. 2.2. Ambiente operativo O ambiente operativo é o fundamental responsável de todos os elementos que enquadram a comunicação básica do homem com a máquina. Para além disso, o desenvolvimento da interface homem-máquina ganhou uma importância fundamental nos últimos anos. Os utilizadores que têm mais problemas de acessibilidade são as pessoas com cegueira. Tudo o que se vê num ecrã está pensado e desenhado para ser visto, especialmente com as interfaces gráficas, podendo existir um sem fim de aplicações abertas simultaneamente em diferentes janelas e cada janela ter a complexidade que antes tinham todo um ecrã.
  • 32. No entanto também os utilizadores com problemas motores que utilizam dispositivos ou programas específicos (reconhecimento de voz, simulador de teclado, etc.) podem ter o acesso limitado, sobretudo por problemas de incompatibilidade entre estas ajudas técnicas e o ambiente operativo ou as respectivas aplicações. 2.2.1. Serviços do sistema Em linhas gerais, a norma exige que o ambiente operativo proporcione, ao utilizador, o acesso a qualquer dispositivo de entrada que utilize (interruptor de cabeça, manípulo, etc.) e recomenda que proporcione também um sistema de reconhecimento de voz. De igual forma, a saída de dados deve realizar-se tanto por imagem como por som, para que os utilizadores com cegueira tenham acesso à mesma informação. Todas as opções devem ter um carácter de activação opcional, de forma a que a mesma plataforma informática possa ser utilizada, indistintamente, por um amplo leque de utilizadores com diferentes necessidades. Para além disso, os diferentes serviços do ambiente operativo devem estar desenhados de forma a que consigam garantir que as aplicações, constituídas por cima deste, possam ser acessíveis. Por exemplo, o ambiente operativo pode proporcionar um serviço para mostrar texto ao mesmo tempo que emite essa informação com um sintetizador da fala.
  • 33. Para realizar uma descrição falada, actualmente os leitores de écrã utilizam “modelos de ecrã” que mantêm uma representação exacta dos elementos visualizados. Para facilitar este modelo de ecrã, o ambiente operativo deve possibilitar a criação dos elementos da interface com um rótulo que os identifique e que permita aceder às suas propriedades (janela aberta ou fechada, tamanho, foco,...), preferencialmente, através de serviços predeterminados. Para além de possibilitar a mudança de foco de uma janela a outra, os ambientes operativos que incorporam o conceito de áreas de trabalho também devem oferecer a mudança de uma a outra, executando-a tanto com o teclado como com o rato. 2.2.2. Controlador do teclado O controlador do teclado é o programa que se encarrega das comunicações entre o computador e o teclado e é um dos pontos em que se podem incorporar muitas prestações que facilitem a acessibilidade. As pessoas que mais dificuldades têm para o uso do teclado são as que têm problemas de precisão na utilização dos membros superiores, dedos ou mãos, seguidas das pessoas com limitações no domínio cognitivo e no domínio sensorial-visão, pelo que se devem contemplar as diferentes problemáticas.
  • 34. Para os utilizadores com problemas de motricidade fina (mantêm premida uma tecla demasiado tempo, enganam-se na tecla, carregam repetidamente a tecla devido a tremores) o controlador do teclado deve permitir configurar o tempo de repetição da tecla, o tempo de pressão e de libertar-premir repetidas vezes a mesma tecla. O controlador do teclado deve incorporar uma opção que permita bloquear as teclas de controlo (Maiúsculas, Alt, Ctrl, Alt Gr, etc.), de forma a que as pessoas que só podem utilizar uma mão ou um ponteiro evitem os movimentos de pressão simultânea. Para além disso, os utilizadores com limitações no domínio sensorial-visão necessitam de saber o estado das referidas teclas. Para os utilizadores que funcionam com uma só mão, com um ponteiro ou que utilizam os nós dos dedos, deve possibilitar-se a reconfiguração de todas as teclas do teclado de modo a permitir que este se adapte às suas necessidades. 2.2.3. Controlador do rato Mais do que o teclado, o rato pode ser uma barreira para as pessoas com problemas de manipulação, de mobilidade ou com falta de força nos membros superiores. Por isso, o controlador do rato deve permitir modificar a orientação no movimento do cursor para que o utilizador possa manipulá-lo da forma mais ergonómica à sua mobilidade. De igual forma, deve poder-se modificar a velocidade e a aceleração do cursor, diferenciando entre a velocidade horizontal e vertical, o tempo de aceitação do “clic” e o tempo entre dois “clics”.
  • 35. Para as pessoas com problemas de movimentação dos dedos, deve poder realizar-se o bloqueio do varrimento, dispondo de um botão do rato para esta função ou, em sua substituição, utilizar uma temporização de um dos botões ou uma tecla do teclado. Para os utilizadores esquerdinos, deve existir a possibilidade de mudar as funções dos botões direito e esquerdo. 2.3. Aplicações Evidentemente que para tudo o que foi dito até agora sobre o desenho das janelas, dos ícones, das mensagens, etc. deve ter- se em conta o desenvolvimento de qualquer aplicação. Além disso, para que os elementos de texto e de identificação (nome da janela, rótulo do ícone, etc.) sejam susceptíveis de emitir-se por voz, as aplicações devem utilizar serviços que facilitem o ambiente operativo. Desta forma, os leitores de ecrã poderão identificar a aplicação e os seus conteúdos. Há que ter em conta que, apesar dos progressos realizados, os utilizadores com problemas de acessibilidade necessitam, algumas vezes, de utilizar dispositivos ou programas específicos, pelo que a norma exige uma aplicação que interaja com estas ferramentas de acesso, de forma a que por vezes se possa sobrepor em ecrã e mesmo em ambientes que não sejam de janelas.
  • 36. Para isso, devem utilizar-se os mecanismos de coordenação proporcionados pelo ambiente operativo, evitando que as aplicações se bloqueiem umas às outras. Se uma aplicação utiliza janelas, a sua gestão deve ser compatível com o ambiente operativo através dos serviços que possibilita, visto que este é o responsável por facilitar a acessibilidade. Se se utilizam várias janelas, deve-se permitir a mudança de uma para outra e seguir sempre a mesma sequência de mudança. Finalmente, e para evitar problemas de consistência e de coordenação entre aplicações, cada uma destas deve ter uma opção de finalização. Mas para conseguir que uma interface seja completamente acessível não basta que existam todos os serviços e os requisitos gerais estipulados até agora. Faz falta que para além disso, as aplicações usem esses serviços, interajam com eles e cumpram outras considerações de desenho não imputáveis directamente ao ambiente operativo. Deve prestar-se especial atenção para que todas as funções oferecidas pela aplicação sejam acessíveis por teclado. Este requisito é esquecido especialmente em programas de desenho, jogos, aplicações musicais, etc. No momento de aceder com o teclado aos menus, devem respeitar-se as combinações habituais do ambiente operativo como, por exemplo, os atalhos que se colocam em várias das opções de um menu.
  • 37. Para além disso, a aplicação deve desenhar-se de forma a que os passos necessários para aceder a qualquer opção sejam os mínimos possíveis e não requeiram o uso simultâneo de mais de um dispositivo de entrada, tendo em particular atenção as opções mais frequentemente utilizadas. Desta forma, qualquer utilizador conseguirá uma maior eficiência.
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  • 41. O aparecimento da Internet e dos seus diferentes serviços constituiu uma autêntica revolução o mundo da informática. Talvez a mudança mais espectacular tenha sido o contributo do orld Wide Web. A tecnologia Web apoia-se em vários protocolos (HTTP, HTML, etc.) susceptíveis de serem modificados e ampliados para melhorar a acessibilidade e utiliza vários tipos de programas (navegadores, conversores gráficos, reprodutores de vídeo, etc.) que colocam problemas específicos para certos utilizadores com deficiência. Não obstante, na norma trata-se somente de analisar a interface do utilizador e os seus problemas, deixando de lado todos os aspectos internos de Java, CGI e os protocolos anteriormente mencionados. Os restantes serviços, correio electrónico, janelas de diálogos, Gopher, etc. resultam muito similares a qualquer outra aplicação, logo, não incorporam características de acessibilidade diferentes. Neste ponto, podemos então distinguir duas facetas na acessibilidade: o programa utilizado para navegar e os conteúdos das páginas que se visualizam. 3.1. Navegadores Os navegadores têm que cumprir os requisitos de acessibilidade comuns ao resto dos programas, tal como se descreveu anteriormente. Além disso, devem permitir a navegação dentro das páginas HTML utilizando só o rato e só o teclado. O mesmo deve ser válido para passar de uma ligação a outra e de uma janela a outra.
  • 42. 3.2. Páginas Web A apresentação em ecrã de documentos Web (habitualmente escritos em HTML) oferece dificuldades de acessibilidade, sobretudo a pessoas com problemas no domínio sensorial- visão, pela orientação multimédia que possui, mas na norma, explora-se o conceito multimédia de outro ponto de vista: redundância de canais. Desta forma, a informação gráfica deve ser acompanhada de um texto, da mesma forma que a informação sonora. Os vídeos devem estar legendados, ou disporem de uma ligação a uma página em que se descreva o seu conteúdo. Em caso de a utilização de mapas sensíveis, recomenda-se a colocação de uma lista adicional com todas as ligações do sítio. Exige-se a todas as páginas Web, incluindo HTML, CGls, Java, etc. que cumpram todos os requisitos de acessibilidade aplicáveis a todas as aplicações. No caso de utilizarem formatos alternativos (PDF, MSWord, etc.), deve colocar-se a mesma informação em HTML ou em ASCII, de forma a que se torne acessível. No caso dos formulários, que sejam complexos para utilizar pelas pessoas cegas, pede-se que se facilitem formas alternativas de introdução de dados, como um número de telefone de contacto ou cópias que se possam preencher fora da linha para serem enviados posteriormente por correio electrónico. Dado que os textos de ligação que aparecem juntos podem ser interpretados como uma só ligação pelos utilizadores de leitores de ecrã, a norma exige que se separem por barras verticais ou algum outro caracter que não pertença à ligação.
  • 43. Mesmo assim, se colocamos as ligações na mesma página e com texto idêntico, torna-se difícil distingui-las entre si, pelo que se pede que as ligações da mesma página tenham textos distintos e auto-explicativos. O uso de textos que se deslocam e piscam é também prejudicial, já que muitos leitores de ecrã não conseguem detectá-los e por isso ignoram-nos. O mesmo ocorre com os textos verticais. As listas de elementos de texto costumam ser lidas de uma só vez pelos leitores de ecrã. Por isso recomenda-se que as listas se elaborem segundo o tipo vinheta e sejam numeradas, de forma a que cada elemento tenha um identificador inicial diferenciador. Outro problema da acessibilidade às páginas Web é a utilização de tabelas. Os leitores de ecrã que utilizam as pessoas com problemas visuais costumam percorrer o ecrã primeiro na horizontal e depois na vertical. Desta forma, se os dados de uma célula da tabela ocupam mais de uma linha, far-se-á a leitura da primeira linha de cada célula e depois as linhas seguintes. Para os utilizadores com problemas cognitivos pode ser complicado compreender a informação no caso de chegada a uma zona intermédia de uma página Web, pelo que nesse ponto se deverá fazer uma ligação que leve o utilizador a uma parte significativa da página. Também acrescenta complexidade à navegação a utilização de janelas pelo que se desaconselha o seu uso. Por outro lado e tendo-se em conta os critérios de consistência no desenvolvimento de interfaces, recomenda-se que os botões ou ligações que tenham a mesma função, apareçam na página sempre na mesma posição.
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  • 47. A documentação de todos os componentes do posto de trabalho informático entrega-se tradicionalmente em papel, com o inconveniente que isso acarreta para as pessoas com problemas de visão ou de manipulação. Na norma reconhece- se a necessidade da existência de documentação em formato electrónico, de forma a que o utilizador possa usar o computador e as suas ajudas técnicas para ler essa documentação. No caso de se continuar a distribuir a documentação em formato impresso, a encadernação deve permitir a abertura fácil do livro ou de qualquer página sem necessitar de ser sustido para estar aberto. Para além disso, o papel não deve ser de tipo acetinado, para evitar o deslizamento dos ponteiros ao passar as páginas. A cor do papel e da letra devem possuir um alto contraste para reduzir o esforço visual na leitura. Os gráficos devem ter textos explicativos e não deve existir informação que se apoie exclusivamente na cor.
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  • 49.
  • 50.
  • 51. PrNP 4429:2003 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte físico IPQ PrNP 4430:2003 Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte lógico. IPQ Aplicacion Software Design Guidelines Trace R&D Center, Dpto. Of industrial Engineering (University of Wisconsin) Compiled by C. Vanderheiden Considerations in the Design of Computers to incrase Their Accessibility by Persons With Disabilities Industry/Government Computer Accessibility Task force Trace Center Nordic Guidlines for Computer Accessibility Nordiska Nämnden för Handikappfrägor, NNH PC 97 Design Guide, Designing Pcs and peripherals for the Microsoft Windows Systems Microsoft Corporation Critérios de Accesibilidad WAI http://www.w3.org Guia de aceso al ordenador para personas com discapacidade CEAPAT - IMERSO - Ministérios de trabajo y Assuntos sociales.