Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
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1. MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA: EXPLORANDO POSSIBILIDADES
MÚSICA E DANÇA NA ESCOLA:
EXPLORANDO POSSIBILIDADES
ROTEIRO DE ESTUDOS I
ROTEIRO DE ESTUDOS
Olá pessoal, nesta unidade iremos apresentar o corpo na educação,
entendido aqui como muito mais que uma unidade biológica, mas como
uma unidade social, cultural, que vai além dos limites físicos do
organismo e forja o próprio mundo humano. Sendo assim, estudaremos:
Aspectos teóricos e práticos para o trabalho com música e dança em
sala de aula, ressaltando os benefícios e as possibilidades de cada uma
dessas expressões artísticas.
O potencial que a música e a dança possuem: coordenação motora,
reconhecimento do corpo e do espaço, socialização, a linguagem oral,
interpretação.
Sugestões práticas para os cenários escolar e externo a ele.
Figura 1
Ótimos estudos e grande
abraço.
Prof. Eduardo
4. 1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade I
DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade
Mas a música e a dança,
onde ficam?
Figura 4
Podemos trabalhar, através
da música e da dança,
múltiplos aspectos da
valorização e desenvolvimento
do nosso corpo de forma que
favoreça em nossos processos
de ensino e aprendizagem.
A riqueza dessa percepção é
buscar conhecer nosso corpo
como chave para a porta do
mundo, como ponto de partida
para as descobertas.
Precisamos viver o processo
de valorização do corpo e não
o de descorporização.
Vamos assistir à entrevista
com a professora Karin Koenig,
que aborda uma perspectiva
bastante interessante sobre o
corpo em nosso
desenvolvimento.
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Vídeo 2
1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade II
Ao estudarmos qualquer forma de expressão e linguagem é
preciso pensar "onde tudo acontece". Não estamos falando de
estruturas prediais ou cenários de circulação, mas sim do
grande movimentador dessas ações: o corpo.
O corpo ou suas necessidades acabam por determinar a própria
vida humana, constituindo sua identidade. O corpo é uma
entidade social e uma entidade cultural, ele também é, por
outro lado, resultado da educação. É interessante percebermos
como o corpo é educado ao longo do processo de formação:
aprender determinadas normas de comportamento, ficar
desconfortável com a nudez, apreciar alguns alimentos e
detestar outros, os movimentos, a piscadela que distingue um
charme de uma mentira; todos esses processos são formas de
educação corporal e da constituição de uma linguagem
corporal.
Figura 5
5. 1 DESCOBRINDO O CORPO: a formação do eu na sociedade III
Figura 6
As crianças estão sempre aprendendo. Elas aprendem os
movimentos corporais ao verem o comportamento corporal dos
adultos, à medida que estes vão mostrando, direta e
indiretamente, como o mundo é. Embora, na educação formal,
tenha predominado durante muito tempo uma ênfase na
cognição e no intelecto, cada vez mais se tem atentado ao
corpo como elemento fundamental, bem como à necessidade da
educação ser uma educação do corpo, não no sentido de
negação do corpo, mas da exploração de todas as suas
possibilidades.
Sendo assim, podemos afirmar que o corpo aprende e,
ao aprender, é preciso explorar e não somente doutrinar
para executar ações.
1.1. Corpo e educação I
Corpo e educação
Mas meu corpo, este corpo de carne,
ossos e vísceras; este corpo que joga,
dança, faz esportes, canta, interpreta
e representa histórias; este corpo
mais ou menos bonito ou feio; mais
ou menos forte ou fraco, mais ou
menos mais habilidoso; mais ou
menos feliz ou triste; mais ou menos
deprimido ou ansioso; este corpo,
sempre carente de aprendizagens,
vive o mundo real. É a minha forma
de estar no mundo. Assim, por mais
que a arrogante prepotência de ser
racional queira negar minha
corporalidade, sou antes de tudo um
corpo no mundo. (GAYA, 2006, p.
255).
O corpo tem se tornado cada vez mais o foco do processo
educativo nas últimas décadas, sobretudo por insistência de
pensadores da educação que identificaram neste um caminho
diferente do proposto pelo tecnicismo e positivismo que
perpassa o ensino na sociedade capitalista.
O tecnicismo referese ao pensamento das ações pedagógicas
voltadas à técnica de ensino, valorizando uma reprodução de
maneiras e conteúdos a serem aprendidos. O positivismo, por
sua vez, defende que o conhecimento científico é a única
forma de conhecimento verdadeiro, reforçando a falta de
valorização dos movimentos participativos dos sujeitos.
Nesse sentido, a sociedade capitalista, que representa essas
correntes pedagógicas, hoje nos é apresentada no incentivo ao
consumo desenfreado através de propagandas de roupas,
objetos, ... Precisamos ter e adornar nosso corpo sem muitas
vezes saber o motivo disso.
6. 1.1. Corpo e educação II
[...] o mais independente possível da comunicação
empática do seu corpo com o mundo, reduzindo
sua capacidade de percepção sensorial e
aprendendo, simultaneamente, a controlar seus
afetos, transformando a livre manifestação de seus
sentimentos em expressões e gestos formalizados.
A crescente diferenciação de funções na sociedade
e, consequentemente, o crescimento da
interdependência entre as pessoas geraram uma
teia de entrelaçamentos funcionais e institucionais,
na qual o indivíduo é cada vez mais ameaçado em
sua existência social, necessitando, por isso, prever
e calcular os efeitos de suas ações e reações sobre
os outros, aprendendo a reprimir seus afetos e a
postergar a satisfação de suas necessidades
(GONÇALVES, 2008, p. 17).
O próprio corpo tornouse mercadoria ou
produto bruto a ser manufaturado ou
industrializado. A moda, a moldagem da
academia, o pudor de determinadas crenças,
as técnicas que profissionalizam os esportes,
a divisão setorizada em fábricas, onde cada
indivíduo executa uma função específica nas
seções, fragmentando os movimentos
corporais, são alguns exemplos de
descorporalização.
1.1. Corpo e educação III
O corpo tornase alienado do sujeito.
Segundo Gonçalves (2008), a
descorporalização também se refere à
alteração das relações e da constituição da
identidade e da personalidade. A identidade
e a personalidade deixam de ser associadas
ao corpo de cada indivíduo, passando a ser
definido por forças externas ao corpo.
Assim, vamos pensar a partir do exemplo de uma
pergunta muito utilizada: O que você vai ser quando
crescer? Em outras palavras, infância é sinônimo de não
existência e não ser significa não servir para a
sociedade. Ao fim, todo o processo de produção e
também de educação, por muito tempo (com resquícios
persistentes ainda hoje), enfatizou uma domesticação
do corpo, ressaltando esse aspecto mecânico em que
dele deve ser abstraído todo seu potencial
socioeconômico (GONÇALVES, 2008).
8. 1.1. Corpo e educação VI
É importante elencarmos todas essas questões,
porque elas apontam para a importância de um
processo educativo que se contraponha a essa
domesticação do corpo ou a descorporalização do
ser humano.
O corpo é muito mais do que um instrumento a ser
utilizado para a sobrevivência, para a produção de
capital ou para ser simples e comercialmente
explorado. O corpo humano é uma unidade
indissociável, na qual intelecto, emoção,
movimento, organismo e percepção se
entrelaçam de tal forma que sua dissolução é
impossível de ser realizada. Atentar para a
centralidade do corpo no processo educativo
significa darse conta da singularidade, da
diversidade e da pluralidade que permeia a vida
humana: a multiplicidade dos corpos.
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Vídeo 3
1.1. Corpo e educação VII
Tudo começa com o corpo. E o resultado é uma diversidade infinita de sentidos, experiências, conhecimentos,
concepções que vão se agregando e constituindo o mosaico que é a vida humana. Lembrese que o ser humano, ao
iniciar sua vida, desde os primeiros meses, não começa experimentando o mundo a partir da cognição, mas sim dos
sentidos. É a partir dos sentidos que o ser humano começa a experimentar o mundo. Ver, ouvir, tatear, cheirar e
degustar são os meios pelos quais as crianças estabelecem suas primeiras relações com o universo a sua volta e vão
aprendendo uma forma de humanidade. Mas os sentidos por si só, se não educados, não deixam de ser mediações e
ferramentas, como acontece com os demais seres vivos. (REBLIN, 2013)
9. 1.1. Corpo e educação VIII
Manter os sentidos aguçados e desenvolver a sensibilidade são
ações fundamentais para uma vida saudável e para uma relação
saudável com o mundo. Como afirmou Alves (2005, p. 45):
“Pelos sentidos educados deixamos de ‘usar’ o mundo e
passamos a ‘fazer amor’ com o mundo”. Isso só será
possível se a educação considerar a centralidade do corpo como
princípio do mundo e se os sentidos e a sensibilidade forem
educados. Isso, conforme já reiterado, deve perpassar os mais
diferentes componentes curriculares, embora adquira um
destaque no ensino da arte.
Os pais e as pessoas em geral possuem diferentes
compreensões sobre o ensino da música, da dança, do teatro e
de outras artes na escola. Como professores, precisamos
ampliar essas concepções.
Figura 11
2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA I
COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA
Se fosse ensinar a uma criança a
beleza da música, não começaria
com pinturas e notas. Ouviríamos
juntos as melodias mais gostosas e
lhe falaria sobre os instrumentos
que fazem a música. Aí, encantada
com a beleza da música, ela
mesma me pediria que lhe
ensinasse o mistério daquelas
bolinhas pretas escritas sobre cinco
linhas. Porque as bolinhas pretas e
as cinco linhas são apenas
ferramentas para a produção da
beleza musical. A experiência da
beleza tem de vir antes (ALVES,
2008b, p. 130).
A música é uma das artes mais antigas de toda a história da
humanidade. É impossível rastrear a origem da música, justamente
porque seu berço se confunde com a própria aquisição da linguagem, do
reconhecimento e da interpretação do universo. Também porque é
inconcebível um mundo sem musicalidade, um ser humano que não
entoe sua história, seus medos e suas esperanças. Além disso, a música
sempre foi considerada uma das artes mais finas no decorrer da própria
história humana e dos grandes nomes que ajudaram a fazer a própria
história da música: Mozart, Bach, Beethoven, Chopin, VillaLobos, Michael
Jackson, etc.
Você conhece esses grandes músicos?
Pesquise e amplie seus conhecimentos frente às contribuições deles no
universo que temos hoje!
10. 2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA II
Figura 12
O que dizer da enorme variedade de ritmos e de estilos musicais que
existem hoje: Funk, Rock, Pop, Soul, Gospel, Samba, Axé, Valsa, Jazz,
Sertanejo, Country, Hip hop, Gauchesca, Caribó, Tradicionalista.
Você com certeza lembra de uma cantiga de criança, não
é verdade?
A música é inerente à vida humana. Ela se distingue do ensino
tradicional, justamente porque é capaz de tocar os acordes da alma de
cada pessoa, fazêla vibrar e reconfigurar o próprio universo a sua volta.
Por que você acha que há música nos filmes, se não para dar emoção às
cenas? Lembrese do ditado: “Quem canta, seus males espanta!”.
2 COMO EXPLORAR A MÚSICA EM SALA DE AULA III
A música transcende a esfera do indivíduo e
envolve também o espaço da sociedade. Ouvir uma
música ou interpretála, compor uma música ou
cantála não se trata apenas de uma restauração do
eu, do equilíbrio da psique de cada um, mas do
despertamento de uma sensibilidade às melodias
da vida a sua volta. Uma educação musical torna a
criança mais atenta e perceptiva à realidade a sua
volta, estimula a linguagem corporal e a
coordenação motora e desperta a criatividade.
Conciliar a música com a dança e outras
brincadeiras de roda potencializa o desenvolvimento
da inteligência musical. Enfim, há em toda a
música um apelo lúdico, um apelo erótico e um
apelo poético.
A música sempre esteve associada às
tradições e às culturas de cada época.
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico, aplicado às
comunicações, vem modificando consideravelmente as
referências musicais das sociedades pela possibilidade de
uma escuta simultânea de toda produção mundial por
meio de discos, fitas, rádios, televisão, computador,
jogos eletrônicos, cinema, publicidade, etc. Qualquer
proposta de ensino que considere essa diversidade
precisa abrir espaço para o aluno trazer música para a
sala de aula, acolhendoa, contextualizandoa e
oferecendo acesso a obras que possam ser significativas
para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de
apreciação e produção. “A diversidade permite ao aluno
a construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra no
patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua
condição de avaliar a qualidade das próprias produções e
a dos outros”. (BRASIL, 1997, p. 53).
12. 2.1. Composição II
Segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) que organizam os currículos
escolares: O processo de criação de uma
composição é conduzido pela intenção do
compositor a partir de um projeto musical. Entre os
sons da voz, do meio ambiente, de instrumentos
conhecidos, de outros materiais sonoros ou obtidos
eletronicamente, o compositor pode escolher um
deles, considerar seus parâmetros básicos (duração,
altura, timbre e intensidade), juntálo com outros
sons e silêncios construindo elementos de várias
outras ordens e organizar tudo de maneira a
constituir uma sintaxe. Ele pode também compor
uma música pela combinação com outras
linguagens, como acontece na canção, na trilha
sonora para cinema ou para jogos eletrônicos, no
jingle para publicidade, na música para dança e nas
músicas para rituais ou celebrações. Nesse tipo de
produção, o compositor considera os limites que a
outra linguagem estabelece. (BRASIL, 1997, p. 53)
Portanto, não há limites para a criação musical,
condicionada apenas aos limites da linguagem
escolhida para a produção. A composição pode
assumir desde um tom político até um tom
comercial. Trabalhar com o som do silêncio, seu
significado, o som da natureza, das árvores ou dos
animais, em sala de aula ou em parques; realizar
exercícios focalizados no sentido da audição,
explorando músicas e sons com os olhos fechados
ou vendados, também são alternativas de trabalho
com música em sala de aula.
Tanto na educação infantil quanto para os anos
iniciais do ensino fundamental, as crianças estão
abertas para explorar o meio e os sentidos: elas
querem pegar, tocar, manipular, brincar, e o
processo de criação de músicas, bem como o uso e
a criação de instrumentos, pode tornar a
experiência de ensino e aprendizagem
extremamente rica e prazerosa.
2.1. Composição III
E quando não escutamos...
A música não possibilita somente a
escuta, mas sim a sensação. É
importante oportunizarmos a todos a
sensação da música nas vibrações do
toque do tambor, do chocalho, ...
A sensação possibilita trabalhar e
experimentar a música.
Como dica para trabalhar com essas
questões na sala de aula, indicamos a
obra: O silencioso mundo de Flor.
A autora da obra, Cecília Cavalieri França, apresenta
uma sinopse da obra, revelando que:
A história, tocante, fala de amizade, solidariedade e
inclusão (no sentido mais verdadeiro da palavra), e
tange temas como educação ambiental, saúde e
cidadania. Além disso, contempla diversos elementos
musicais para se trabalhar com as crianças: som e
silêncio; intensidade; sons do ambiente natural e do
cotidiano; timbres; instrumentos de percussão;
andamento; ritmos; modos de produção do som;
grafias musicais alternativas; estilo; acústica.
14. 2.3. Improvisação
Improvisação
Todo o processo de brincar com as
possibilidades musicais, desde a criação até
a interpretação, também pode ser explorado
a partir da improvisação.
Para que a aprendizagem da música possa
ser fundamental na formação de cidadãos, é
necessário que todos tenham a
oportunidade de participar ativamente
como ouvintes, intérpretes, compositores e
improvisadores, dentro e fora da sala de
aula.
Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento do
ensino e promovendo interação com os grupos
musicais e artísticos das localidades, a escola
pode contribuir para que os alunos se tornem
ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou
músicos profissionais. Incentivando a participação
em shows, festivais, concertos, eventos da
cultura popular e outras manifestações musicais,
ela pode proporcionar condições para uma
apreciação rica e ampla onde o aluno aprenda a
valorizar os momentos importantes em que a
música se inscreve no tempo e na história
(BRASIL, 1997, p. 54).
3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA I
DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA
A dança e as brincadeiras de roda fazem parte da sociedade, da cultura e
do imaginário do ser humano. Assim como a música, a dança é uma
expressão de sentido que envolve o todo do ser humano: a emoção e a
afetividade, a cognição e o corpo.
Na dança, o pensamento, a emoção e a expressão corporal se comunicam
harmoniosamente. Entretanto, a dança não se trata apenas daquele que
dança, mas também daqueles com quem se dança. Mesmo a dança
individual das danceterias e boates atuais envolve a noção e o respeito do
espaço do outro. Em outras palavras, a dança engloba a questão da
sociabilidade.
Mais ainda, uma dança com um par envolve o acordo da condução, a
sincronia dos movimentos com o parceiro e, no caso das danças grupais
(como as danças tradicionalistas, as danças folclóricas, as danças
circulares, coreografadas, por exemplo), a sincronia com os outros
membros do grupo.
A dança pode estar em
todos os lugares e dar
ritmo para diversos
conteúdos e
ensinamentos. Vamos
conferir um pouquinho de
nossa cultura através do
Hino Nacional Brasileiro!
Clique no ícone.
15. 3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA II
A dança não é somente a memorização de passos e
execução de belas coreografias que são “ensaiadas”
para festividades escolares, mas sim espaço de
expressão e desenvolvimento.
Conforme expressa o PCN de Arte:
A atividade da dança na escola pode desenvolver na
criança a compreensão de sua capacidade de
movimento, mediante um maior entendimento de
como seu corpo funciona. Assim, poderá usálo
expressivamente com maior inteligência,
autonomia, responsabilidade e sensibilidade.
(BRASIL, 1997, p. 49).
Ainda:
Um dos objetivos educacionais da dança é a
compreensão da estrutura e do funcionamento
corporal e a investigação do movimento humano.
Esses conhecimentos devem ser articulados com a
percepção do espaço, peso e tempo. A dança é uma
forma de integração e expressão tanto individual
quanto coletiva, em que o aluno exercita a
atenção, a percepção, a colaboração e a
solidariedade. A dança é também uma fonte de
comunicação e de criação informada nas culturas.
Como atividade lúdica, a dança permite a
experimentação e a criação, no exercício da
espontaneidade.
Contribui também para o desenvolvimento da
criança no que se refere à consciência e à
construção de sua imagem corporal, aspectos que
são fundamentais para seu crescimento individual
e sua consciência social (BRASIL, 1997, p. 49).
3 DANÇAS E BRINCADEIRAS DE RODA III
A dança contribui, portanto, para que a criança
tenha noção do espaço e dos ambientes a sua volta,
para que aprenda a lidar com eles e com os que se
encontram nele. Na dança e em seu movimento há
tanto o reconhecimento das individualidades quanto
a compreensão da diversidade de expressões. A
dança contribui para o desenvolvimento da atuação
física e da coordenação motora e para o
conhecimento do próprio corpo, de sua função
dinâmica e do movimento corporal como uma
manifestação cultural e pessoal.
A atitude do professor em sala de aula é
importante para criar climas de atenção e
concentração, sem que se perca a alegria. As aulas
tanto podem inibir o aluno quanto podem fazer com
que atue de maneira indisciplinada. Estabelecer
regras de uso do espaço e de relacionamento entre
os alunos é importante para garantir o bom
andamento da aula.
Há inúmeras possibilidades para se explorar a
dança em sala de aula, vamos conferir algumas
dicas trazidas pelo Prof. Dr. Iuri Reblin ...
16. 3.1. Dança e o ensino da música I
Dança e o ensino da música
Dança acompanhando o ensino da
música
A dança pode ser uma atividade combinada com o
ensino da música. As crianças podem estudar o rap,
por exemplo. Elas podem criar suas próprias
canções e estas podem ser coreografadas, com
performances individuais ou grupais.
Improvisação na dança
As crianças podem ser motivadas a criarem gestos,
movimentos, a partir de temas, ritmos ou músicas.
Imitação
Os grandes intérpretes de sucesso podem servir de
referencial para exercícios de dança. Michael
Jackson, Kate Perry, Madona, Lady Gaga e Ivete
Sangalo são alguns dos intérpretes mais
inspiradores das novas gerações.
A exploração sempre deve estar voltada à
valorização do eu no contexto, permitindo no
espaço da escola ampliar a aceitação do gosto dos
sujeitos em seus processos de ensino e
aprendizagem.
3.1. Dança e o ensino da música II
Danças circulares
As danças circulares e as brincadeiras de roda são
uma boa alternativa para o entrosamento do grupo.
Elas são cooperativas e remetem às tradições
antigas.
Conforme indica Luciana Ostetto (2009, p. 179),
“na roda, compartilhando música, gestos e
significados de culturas diversas, tal como no
passado, vivificamos ritos e símbolos”. Portanto, a
dança pode ser articulada junto com a música,
como nas cantigas de roda, que associam a voz ao
movimento.
São exemplos de cantigas de roda:
A linda rosa juvenil, o cravo brigou com a rosa,
ciranda cirandinha, atirei o pau no gato, a canoa
virou, balaio, a barata, o sapo não lava o pé, peixe
vivo, capelinha de melão, alecrim, pezinho, nesta
rua, entre outras.
19. CONSIDERAÇÕES FINAIS I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, percorremos um caminho,
apresentando que:
O corpo humano é uma unidade indissociável, na
qual intelecto, emoção, movimento, organismo e
percepção se entrelaçam;
Ver, ouvir, tatear, cheirar e degustar são os
meios pelos quais as crianças estabelecem suas
primeiras relações com o universo a sua volta e vão
aprendendo uma forma de humanidade;
A música transcende a esfera do indivíduo e
envolve também o espaço da sociedade. Ouvir
música ou interpretála, compor uma música ou
cantála faz parte do processo de ensino e
aprendizagem;
Uma educação musical torna a criança mais
atenta e perceptiva à realidade a sua volta,
estimula a linguagem corporal, a coordenação
motora e desperta a criatividade;
Assim como a música, a dança é uma expressão
de sentido que envolve o todo do ser humano: a
emoção, a afetividade, a cognição e o corpo;
A dança é uma forma de integração e expressão
tanto individual quanto coletiva, em que o aluno
exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a
solidariedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS II
Assista ao vídeo:
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Vídeo 5
20. Figura 1 dança plano de fundo engraçado figura da vara . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14959> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 2 Check.. Disponível em: <http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14979> . Acesso em: Jan.
de 2015.
Figura 3 esqueletos brinquedos assustador halloween . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14960> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 4 crooner entertainer sing singer singing man . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14963> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 5 community crowd group man men women woman people. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14964> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 6 balé criança tutu menina dança traje bonito . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14965> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 7 baby girl ballerina feathers portrait person . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14966> . Acesso em: Jan. de 2015.
REVISANDO...
REVISANDO...
Parabéns, você chegou até o final da unidade de estudos. Antes de
seguir para a próxima unidade é interessante revisar se você aproveitou
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Bom trabalho!
Figura 14
LISTA DE REFERÊNCIAS FIGURAS I
LISTA DE REFERÊNCIAS FIGURAS
21. Figura 8 buckle waistbelt belt clothing fashion girdle . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14967> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 9 man male person business businessman shirt . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14968> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 10 high heel shoe red heel high pump woman elegant. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14969> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 11 doubt lift mark issue hold question answer take . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14970> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 12 note sound music melody concert composition tone . Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14971> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 13 man woman opera phantom chant electric guitar. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=14973> . Acesso em: Jan. de 2015.
Figura 14 Ajuda Apoio Rodada Botão Pergunta.. Disponível em: <http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?
url=14981> . Acesso em: Jan. de 2015.
Vídeo 1 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Unidade 2. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15057> . Acesso em: Jan. de 2015.
Vídeo 2 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 2. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15058> . Acesso em: Jan. de 2015.
Vídeo 3 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 3. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15059> . Acesso em: Jan. de 2015.
Vídeo 4 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Vídeo 4. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15061> . Acesso em: Jan. de 2015.
Vídeo 5 CMTC5 Música e Teatro e Cultura Encerramento Unidade. Disponível em:
<http://www.cnecead.com.br/amon/l.php?url=15062> . Acesso em: Jan. de 2015.
LISTA DE REFERÊNCIAS FIGURAS II
LISTA DE REFERÊNCIAS VÍDEOS
LISTA DE REFERÊNCIAS VÍDEOS
22. REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
BRASIL.; Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/ Secretária
de Educação Fundamental. Vol 6. Brasília: MEC/SEF, 1997.
GAYA, Adroaldo. A reinvenção dos corpos: por uma pedagogia da complexidade. Sociologias,
Porto Alegre, n. 15, p. 250272, jan.jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/soc/n15/
a09v8n15.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2012.
GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. 11. ed. Campinas:
Papirus, 2008. 203 p.
REBLIN, Iuri Andréas. Música, teatro e cultura escolar [recurso eletrônico] – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre: Profissional, 2013.
REBLIN, Iuri Andréas. Para o alto e avante: uma análise do universo criativo dos superheróis.
Porto Alegre: Asterisco, 2008. 128 p.
CRÉDITOS
CRÉDITOS
Professor: Me. Eduardo Rangel Ingrassia
Tutoras: Esp. Dinara Schwarz da Silva e Susana
Medeiros Cunha
Coordenadora do Curso: Prof. Ma. Mara Lúcia
Salazar Machado
Coordenadora CNEC EAD: Prof. Dra. Joyce
Munarski Pernigotti
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Assis
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André Camini
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Revisora Linguística: Lic. Viviane Izabel da Silva
Administrador de Sistemas: Esp. Willian R. O.
Ferreira
Para referenciar este material utilize:
INGRASSIA, Eduardo Ingrassia. Música, Teatro e Cultura Escolar. [Recurso Eletrônico]. Osório: CNEC
EAD, 2015.