O documento discute os desafios da educação emancipatória na era moderna, argumentando que (1) o ser humano precisa superar sua "menoridade" e acreditar que a mudança histórica é possível, (2) os valores publicitários ameaçam sufocar o ideal de emancipação humana, promovendo a liberalidade em vez da cidadania, e (3) os baixos padrões de remuneração e recursos comprometem o trabalho educacional e o poder de emancipação do professor.
2. “A Educação, em sua perspectiva emancipatória, necessita de certezas como: o
ser humano pode sair da sua “menoridade” (Kant), a mudança da história é
possível e a preparação para a cidadania é dever. Quando tudo isso, sobretudo
em conjunto, desaparece das nossas preocupações, é que se desfez
evidentemente a concepção moderna de Educação...”
3. “O homem que deveria se atrever fazendo uso de sua razão para conduzir a cidade e a
história, hoje parece anestesiado pelo redemoinho semiótico do mercado e da mídia e
tem aí a parede da sua caverna de Platão.”
4.
5.
6. “Terá o professor sucumbido
finalmente à vacuidade do nosso
tempo? Estará ele perdendo para
sempre a capacidade de indignação
e de ousadia com o ‘niilismo da
transparência’? “
“Os baixíssimos padrões de remuneração
aviltam o professor; o ambiente de miséria na
família e na sociedade não incentiva o aluno; a
precariedade do espaço físico escolar e a
falta dos recursos pedagógicos mais básicos
comprometem o trabalho educacional (...).
Tudo isto tem grande poder de esvaziamento
da vontade do professor”
7. “O ideal de emancipação humana como ideologia de combate à ignorância, à incultura e
à suserviência é sufocado pelos valores publicitários, cuja força subliminar ‘educa’ para a
liberalidade do ‘deixe-me fazer de mim o que eu quiser.”