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LINGUÍSTICA APLICADA NA SALA DE AULA: DIVERGÊNCIA ENTRE TEORIA E
                           PRÁTICA.1



                                                                        Izabel Maria de Matos2

Resumo


O presente artigo tem como objetivo analisar o uso das variações linguísticas na comunicação,
que o aluno usa para interagir como também o ensino da norma padrão. Buscou-se então
identificar a valorização das estruturas linguísticas que o aluno constrói e compreender se a
formação, tanto inicial como continuada, são pautadas sempre pela prática reflexiva por parte
do professor, amparada por uma estrutura institucional que possibilite essa reflexão. A
metodologia utilizada consistiu em uma coleta de dados por meio da observação e uma
entrevista ao corpo docente da área de língua portuguesa da Escola Municipal de Educação
Infantil e Ensino Fundamental Antônio Lacerda Neto. Os dados coletados demonstram que a
escola deve respeitar as variações linguísticas que o aluno usa para interagir, mas também
deve ensinar a norma padrão, dando assim uma melhor segurança no processo de análise dos
dados. Neste sentido, a alteração da situação atual do ensino de língua portuguesa não passa
apenas por uma mudança nas técnicas e nos métodos empregados na sala de aula. Uma
diferente concepção de linguagem constrói não só uma nova metodologia, mas principalmente
um “novo conteúdo” de ensino.
Palavras-chave: Linguagem. Educação Lingüística. Metodologia.


Summary

This article aims to analyse the use of linguistic variations in communication, which the
student uses to interact as well as the teaching standard. He then identify the valuation of
linguistic structures that the student builds and understand if the training, both initial and
ongoing are guided always by the reflective practice by the professor, supported by an
institutional structure that makes this reflection. The methodology consisted of a collection of
data through observation and an interview with the Faculty of the Portuguese-speaking area of
the Municipal School of early childhood education and Elementary Antonio Lacerda Neto.
The data collected demonstrate that the school must respect the linguistic variations that the
learner uses to interact, but must also teach standard, thus giving a better security in the
process of data analysis. In this sense, the amendment of the current situation of teaching
English is not just for a change in techniques and methods employed in the classroom. A
different conception of language constructs not only a new methodology, but mainly a "new
content".

1 Trabalho apresentado à Faculdade Integrada de Patos, como pré-requisito parcial de Conclusão do
curso de Pós Graduação em Língua, Lingüística e Literatura.


2 Graduada em Letras, com habilitação em Língua Vernácula pela Universidade Regional do Cariri-
URCA.
2



Keywords: Language. Linguistic Education. Methodology.
Introdução



         São várias as características que nos diferenciam de todas as outras espécies e dentre
elas está a capacidade que possuímos de interagir no ambiente social através da fala que
parece ser a mais notável de todas, pois é justamente esta habilidade que nos permite
ultrapassarmos os limites da inteligência sensório motora, voltarmos ao passada e nos
libertarmos das fronteiras do espaço próximo e imediato, interagindo, assim, com outros
interlocutores na co-construção do conhecimento.

       No que se refere à diversidade linguística, vimos que no processo de aquisição das
formas de expressão escrita e oral há uma política capaz de assegurar eficiência no domínio
dos meios de expressão num contexto sociocultural. Partindo deste princípio, julgamos
oportuno abordar a Linguística Aplicada na sala de aula: divergência entre teoria e
prática. Tendo em vista que a linguagem permeia todos os setores de nossa vida social,
política educacional e econômica, está implícita a importância da Linguística Aplicada no
equacionamento de problemas de ordem educacional.


             O estudo foi desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Antônio Lacerda Neto, localizada à Rua Expedito Rodrigues de Holanda, Centro
- São José de Piranhas-PB. Os sujeitos da pesquisa serão constituídos pelos docentes do
Ensino Fundamental II      da E.M.E.I.E.F. Antônio Lacerda Neto que tem um quadro de
02(dois) professores em Língua Portuguesa.

             Buscando identificar a valorização das estruturas linguísticas que o aluno da
E.M.E.I.E.F. Antônio Lacerda Neto constrói, torna-se oportuno este tema incentivando-o para
a efetiva utilização e desenvolvimento da língua oral, queremos então identificar se a
formação, tanto inicial como continuada, são pautadas sempre pela prática reflexiva e
amparada por uma estrutura institucional que possibilite essa reflexão por parte do professor .

       Sugestões de como efetivar, na prática, as opções teóricas assumidas pelos PCNs,
diversos pesquisadores da área linguística aplicada vem se dedicando a trazer. A noção de
gêneros discursivos pode ser alguma delas e é a que tem recebido maior atenção. Neste
sentido, a atenção pelos professores de Língua Portuguesa da EMEIEF Antonio Lacerda Neto
tem sido pouca, então com este trabalho desenvolvido, pretendemos formular uma reflexão
3



sobre como podem realmente ser vistos os conteúdos gramaticais em contexto de ensino-
aprendizagem de língua materna, identificar a valorização das estruturas linguísticas que o
aluno constrói.

         Portanto, não é de todo estranho que tenhamos buscado, desde a antiguidade, saber
mais sobre esta habilidade inerente ao ser humano. Assim, é possível encontrar a linguagem
verbal como objeto de estudo tanto nas Ciências Naturais, Humanas e Sociais. Nos domínios
da Biologia e da Medicina, por exemplo, o interesse é por estudos que focalizam a anatomia e
o funcionamento do aparelho fonador, o cérebro e as áreas relacionadas com a produção da
língua e as patologias associadas à produção e processamento da fala e do processamento
linguístico. A Psicologia, por sua vez, procura entender outras facetas da linguagem tais como
a forma pela qual se processa o desenvolvimento desta e do pensamento humano através da
cognição, investigado, também, as causas e possíveis tratamentos de patologias como a afasia
ou a dislexia. Outra área acadêmica que desenvolve estudos relacionados à linguagem é a
Sociologia, descrevendo e buscando entender como a visão de mundo de um grupo social é
construída e representada através dos signos linguísticos por ele adotados.




Linguagem X Escola



        A língua-padrão deve ser ensinada mostrando ao aluno que há variações em uma
comunidade, que ocorrem em função do contexto em que são empregadas.

         Dessa maneira, cabe ao docente dialogar com os alunos na língua e sobre a língua,
interagindo social e linguisticamente.

         Tem resistido duas competências na escola brasileira, consideradas integrantes: o
domínio da variedade da língua materna (padrão) e ser apto a falar e escrever corretamente,
identificando a sua construção e processos estruturais.

         Mas tem mudado muito e vem motivando lingüísticas e professores da língua
materna a debater sobre uma nova política de ensino da língua.

         É, portanto, dever da escola oportunizar ao aluno condições de se apropriarem de
conhecimentos historicamente constituídos, de se sentirem construtores a produtores desses
conhecimentos e de bons textos; é tarefa de todas as áreas, mediarem o trabalho de leitura e
4



escrita, cada qual em suas especificidades. Cabe a cada disciplina atuar nesse trabalho de
forma criativa argumentativa, reflexiva e, acima de tudo, crítica porque a reflexão de tudo que
vemos, ouvimos e lemos deverá ser expressa por escrito. A leitura e a escrita devem ser
incentivadas dentro da sala de aula, independente, da área a ser trabalhada, orientada pelo
professor. É tarefa árdua pelo fato de que nossos alunos não possuem o hábito da leitura, pois
na maioria das vezes o único contato com a leitura é na escola, a família pouco contribui ou,
em muitas vezes, nada contribuem em favor do despertar dos seus filhos ao mundo da leitura
e da escrita. Dessa forma, a escola tenta realizar um trabalho focado na leitura e escrita, o que
não é nada fácil.

         Sendo assim, a prática constante de leitura e escrita devem ser incorporadas pela
escola como meta primordial envolvendo todas as áreas do conhecimento, uma vez que são
habilidades indispensáveis, para a formação do educando.

       Neste sentido, há também uma missão indispensável da escola: enfatizar a linguagem
como norteador necessário à democratização da sociedade. Não podemos fechar os olhos à
realidade lingüística: a variedade. Aceitando a realidade de que toda variedade tem a sua
regularidade.

         Todo educador tem o dever e a responsabilidade de mediar o seu trabalho
conduzindo seu educando ao hábito da leitura, não pela imposição, e sim pelo prazer da
descoberta. Na mesma linha BAGNO é incisivo ao afirmar que:




                         Todas as iniciativas de uma política linguística já existentes desconsideram as reais
                         necessidades dos falantes e centram-se na repressão linguística, pois negam a
                         língua como fenômeno histórico-social, portanto, público e mutável, e como
                         elemento constitutivo da individualidade de cada. (1997, p. 22)



      Os chamados mitos lingüísticos são abordados por Bagno, quando contesta, a ideia de
que a língua falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente já em consequência do
preconceito mítico de linguística no Brasil e este pensamento de certa forma prejudica a
educação, pois a escola tenta impor sua norma linguística a todos os brasileiros, ao não
reconhecer a diversidade do português falado no país independentemente de idade, raça,
situação socioeconômica e grau de escolaridade. Ignora, portanto, que o português apresenta
variações e devido não só a sua extensão territorial, mas à injustiça social, que coloca o Brasil
5



como o segundo país com a pior distribuição de renda e essa diferença no status social dos
brasileiros aumenta o precipício linguístico entre os falantes da variedade não-padrão e os
falantes da dita norma culta, ensinada pela escola. Como poucos têm acesso à educação
formal, muitos permanecem à margem do domínio da variedade culta, deixando de usufruir de
diversos serviços a que teriam direito, não apenas, mas também por não compreenderem a
linguagem empregada pelos órgãos públicos.

        O professor é essencial e sob hipótese alguma, ele poderá esconder-se atrás dos livros
didáticos, transmitindo repetidamente regras e definições isentas de quaisquer análise e
reflexão crítica.

        É oportuno esclarecer que gramática diferencia-se de linguística, visto que esta é uma
ciência da linguagem. Enquanto a gramática estabelece regras, sem se preocupar em explicar
os acontecimentos e fundamentos da língua.

        É certo dizer que uma prática metodológica de qualidade interrelacionada a um ensino
efetivo de língua e linguagem não depende da apresentação de receitas e regras,
principalmente, porque cada sujeito tem sua história de vida, com aptidões pessoais defendida
e, além disso, insere-se nessa historia pessoal a realidade lingüística e, por conseguinte, a
realidade social do individuo.

        Possenti esclarece muito bem quando diz que não vale a pena recolocar a discussão
pró ou contra a gramática, mas é preciso distinguir seu papel do papel da escola- que é ensinar
a escola padrão, isto é, criar condições para o seu uso efetivo. (1996, p.54)

        Pode perfeitamente aprender uma língua sem se aprofundar aos termos técnicos com
os quais a língua é analisada. Sendo assim, fica claro que saber uma língua é uma coisa e
saber analisar esta língua é outra.




Abordagem didático-pedagógica quanto às semelhanças e diferenças no processo de
ensino-aprendizagem da Língua Materna




        A maior parte dos alunos gosta de atividades que envolvem a oralidade. Todavia, há
aqueles que preferem isolar-se e permanecer afônicos, ao expor a um público maior o que
6



pensam ou sentem, entretanto a atividade da língua materna tem uma dimensão histórica e
social que atribui a ela diferentes funções.

       Se levarmos em consideração a ação pedagógica da escola como parte da política do
planejamento linguístico, poderemos concluir que a influência da escola na língua não deve
ser procurada no dialeto vernáculo dos falantes, mas sim, em seus estilos formais
monitorados.

       As escolas contribuem para que os alunos adquiram os estilos formais da língua? Esta
é a pergunta que deveríamos fazer e não apenas preocuparmos se as escolas são veículos
eficientes de transmissão da língua materna.

        Segundo o depoimento da professora 1cedido em ser questionada sobre o que seriam

atividades de Análise Linguística, ela assegura que “
                                                          São atividades de treino ortográfico e
redação, pois permitem ao aluno expressar suas idéias e relatar de acordo com seu domínio

                                               Já a professora 2 diz que “
lingüístico.” (entrevistada em 15/04/2011).                                  Pode ser uma produção
textual, utilizando recursos de coesão e coerência.”(entrevistada em 15/04/2011).

        Com relação à definição de Análise Linguística ambas as professoras manifestaram os

            depoimentos “
seguintes                   É uma maneira de trabalhar com o aluno o domínio de ortografia e
aprender a fazer o uso correto da língua materna em uma determinada situação.” Professora 1
(entrevistada em 15/04/2011). “Despertar no aluno o senso crítico, ajudando-o a expor suas
idéias de forma coerente e com domínio da língua materna.” Professora 2 (entrevistada em
15/04/2011).
       Para responder a tudo isso, urge a necessidade de concentrar-se na língua usada em
sala de aula e conscientizar-se de que deve trabalhar com o aluno não só as meras
terminologias, questões tradicionais da gramática e de ortografia, mas essencialmente,
explorar o texto produzido, possibilitando a reescrita até atingir seus objetivos junto aos
leitores a que se destina. Não deve se restringir à língua materna da escola, è necessário
também explorar como a conversa, as práticas de aquisição da língua e os processos
intelectuais se influenciam mutuamente em sala de aula e quais as implicações para a
educação.
7



       Geraldi reforça ainda que estudar a língua, é então, tentar detectar os compromissos
que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para
falar de certa forma em determinada situação concreta de interação. (2006, p.42)

       Portanto, as atividades de análise lingüística são realmente aquelas que podem tomar
determinadas características da linguagem como objeto de reflexão para servir de apoio em
fatores como a capacidade que o ser humano possui de refletir, analisar e pensar sobre a
linguagem assim como também a propriedade que a linguagem tem de fazer referência a si
mesma em determinada situação concreta de interação.

       Atentamos para um tópico relacionado às semelhanças e diferenças bastante
discutidas: o uso de variedades não-padrão em sala de aula como uma estratégia de transição,
porém, tem sido criticada, pois argumentam que o uso demasiado do dialeto retarda o contato
dos alunos com a língua padrão e contribui para o declínio dos padrões educacionais.

       Entendemos que as estratégias intuitivas usadas pelos professores para lidar com a
complexa questão da variação linguística podem contribuir para a implementação de uma
pedagogia culturalmente sensível. Os alunos devem sentir-se livres para falar em sala de aula
e deve ser ratificado como um participante legítimo da interação, onde o professor poderá
justapor a variantes, permitindo assim, que se desenvolva a consciência do aluno sobre a
aquisição da língua materna, enquanto variação linguística.

       O trabalho didático de análise lingüística se organiza tendo como ponto de partida a
exploração ativa e a observação de regularidades no funcionamento da linguagem. Trata-se de
situações em que se busca adequar a própria fala ou a escrita e também alheia comparando
entre diferentes sentidos e sua intencionalidade.




Conclusão



       Ainda que defendamos a existência de regularidades que fazem da sala de aula uma
formação discursiva onde se manifestam relações de poder, é também em nome do conceito
mesmo de formação discursiva que se defende a diversidade, o diferente, a presença constante
da resistência. Dizer o que se deve fazer é, no mínimo, fazer acreditar que a verdade se
encontra em alguém ou em algum lugar e que é preciso lutar para atingi-la, tentando por em
8



prática o que nos é ensinado por meio da língua materna. Portanto, o debate entre a questão da
diversidade linguística e o papel assumido pela escola, em referência ao ensino da Língua
Portuguesa, tem sido constantemente retomado por linguistas e educadores. O
reconhecimento da legitimidade das normas populares, como instrumento de comunicação de
afirmação de identidades sociais, tem sido amplamente divulgado, porém a prática pedagógica
ainda permanece alicerçada no ensino da norma padrão, desvalorizando os vários dialetos de
menor prestígio. Este trabalho convida os educadores, principalmente aqueles não linguistas,
a criar círculos de educadores/aprendizes, no sentido de repensar o problema e de redefinir as
atividades em sala de aula, com projetos de ensino que garantam a inclusão das variantes
linguísticas como objeto de afirmação/expansão do universo cultural do aluno.

        Referindo-se       a   as    atividades     de    análise   linguísticas   quando   são   bem
trabalhadas/exploradas na vivência didática em sala de aula, como em situações de
comunicação tanto escrita como oral, pode-se dizer que há uma capacidade de compreensão e
expressão dos alunos.

        Pode- se acrescentar ainda que a prática contínua de análise e reflexão sobre a língua
permite que se explicitem saberes ainda implícitos dos alunos, o que vai abrindo espaço para a
reelaboração e isto implica numa atividade permanente de formulação e verificação de
hipóteses sobre o funcionamento da linguagem que se realiza por meio da comparação de
expressões, do experimento de metodologias e de atribuir novo sentido a linguística já
utilizada.

        É no interior do funcionamento da língua que podemos procurar estabelecer regras de
um “jogo” que é praticado em sociedade e é papel da escola organizar e sistematizar a fim de
que haja existência veraz.

        Por fim, cabe neste momento pelo menos diferenciar que uma coisa é saber de fato a língua, ou
seja, dominar as habilidades de uso da língua em situações concretas de interação, entendendo e até
produzindo enunciados, percebendo as diferenças entre uma forma de se expressar e outra. Ou ainda,
saber analisar uma língua dominando conceitos e até metalinguagens a partir dos quais se fala sobre a
língua, se apresentam suas características estruturais e de uso.


Referências


BAGNO, M. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1997.
9




BRASIL. MEC. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.                             Parâmetros
Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997.



GERALDI, J. W. (Org). O texto na sala de aula. Ed. São Paulo: Ática,2006..




PARÂMETROS Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental. Disponível em: <http://mecsrv04.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/
portugues.pdf.: acesso em julho de 2008.



POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas-S.P. Mercado das
Letras, 1996.

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  • 1. 1 LINGUÍSTICA APLICADA NA SALA DE AULA: DIVERGÊNCIA ENTRE TEORIA E PRÁTICA.1 Izabel Maria de Matos2 Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar o uso das variações linguísticas na comunicação, que o aluno usa para interagir como também o ensino da norma padrão. Buscou-se então identificar a valorização das estruturas linguísticas que o aluno constrói e compreender se a formação, tanto inicial como continuada, são pautadas sempre pela prática reflexiva por parte do professor, amparada por uma estrutura institucional que possibilite essa reflexão. A metodologia utilizada consistiu em uma coleta de dados por meio da observação e uma entrevista ao corpo docente da área de língua portuguesa da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Antônio Lacerda Neto. Os dados coletados demonstram que a escola deve respeitar as variações linguísticas que o aluno usa para interagir, mas também deve ensinar a norma padrão, dando assim uma melhor segurança no processo de análise dos dados. Neste sentido, a alteração da situação atual do ensino de língua portuguesa não passa apenas por uma mudança nas técnicas e nos métodos empregados na sala de aula. Uma diferente concepção de linguagem constrói não só uma nova metodologia, mas principalmente um “novo conteúdo” de ensino. Palavras-chave: Linguagem. Educação Lingüística. Metodologia. Summary This article aims to analyse the use of linguistic variations in communication, which the student uses to interact as well as the teaching standard. He then identify the valuation of linguistic structures that the student builds and understand if the training, both initial and ongoing are guided always by the reflective practice by the professor, supported by an institutional structure that makes this reflection. The methodology consisted of a collection of data through observation and an interview with the Faculty of the Portuguese-speaking area of the Municipal School of early childhood education and Elementary Antonio Lacerda Neto. The data collected demonstrate that the school must respect the linguistic variations that the learner uses to interact, but must also teach standard, thus giving a better security in the process of data analysis. In this sense, the amendment of the current situation of teaching English is not just for a change in techniques and methods employed in the classroom. A different conception of language constructs not only a new methodology, but mainly a "new content". 1 Trabalho apresentado à Faculdade Integrada de Patos, como pré-requisito parcial de Conclusão do curso de Pós Graduação em Língua, Lingüística e Literatura. 2 Graduada em Letras, com habilitação em Língua Vernácula pela Universidade Regional do Cariri- URCA.
  • 2. 2 Keywords: Language. Linguistic Education. Methodology. Introdução São várias as características que nos diferenciam de todas as outras espécies e dentre elas está a capacidade que possuímos de interagir no ambiente social através da fala que parece ser a mais notável de todas, pois é justamente esta habilidade que nos permite ultrapassarmos os limites da inteligência sensório motora, voltarmos ao passada e nos libertarmos das fronteiras do espaço próximo e imediato, interagindo, assim, com outros interlocutores na co-construção do conhecimento. No que se refere à diversidade linguística, vimos que no processo de aquisição das formas de expressão escrita e oral há uma política capaz de assegurar eficiência no domínio dos meios de expressão num contexto sociocultural. Partindo deste princípio, julgamos oportuno abordar a Linguística Aplicada na sala de aula: divergência entre teoria e prática. Tendo em vista que a linguagem permeia todos os setores de nossa vida social, política educacional e econômica, está implícita a importância da Linguística Aplicada no equacionamento de problemas de ordem educacional. O estudo foi desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Antônio Lacerda Neto, localizada à Rua Expedito Rodrigues de Holanda, Centro - São José de Piranhas-PB. Os sujeitos da pesquisa serão constituídos pelos docentes do Ensino Fundamental II da E.M.E.I.E.F. Antônio Lacerda Neto que tem um quadro de 02(dois) professores em Língua Portuguesa. Buscando identificar a valorização das estruturas linguísticas que o aluno da E.M.E.I.E.F. Antônio Lacerda Neto constrói, torna-se oportuno este tema incentivando-o para a efetiva utilização e desenvolvimento da língua oral, queremos então identificar se a formação, tanto inicial como continuada, são pautadas sempre pela prática reflexiva e amparada por uma estrutura institucional que possibilite essa reflexão por parte do professor . Sugestões de como efetivar, na prática, as opções teóricas assumidas pelos PCNs, diversos pesquisadores da área linguística aplicada vem se dedicando a trazer. A noção de gêneros discursivos pode ser alguma delas e é a que tem recebido maior atenção. Neste sentido, a atenção pelos professores de Língua Portuguesa da EMEIEF Antonio Lacerda Neto tem sido pouca, então com este trabalho desenvolvido, pretendemos formular uma reflexão
  • 3. 3 sobre como podem realmente ser vistos os conteúdos gramaticais em contexto de ensino- aprendizagem de língua materna, identificar a valorização das estruturas linguísticas que o aluno constrói. Portanto, não é de todo estranho que tenhamos buscado, desde a antiguidade, saber mais sobre esta habilidade inerente ao ser humano. Assim, é possível encontrar a linguagem verbal como objeto de estudo tanto nas Ciências Naturais, Humanas e Sociais. Nos domínios da Biologia e da Medicina, por exemplo, o interesse é por estudos que focalizam a anatomia e o funcionamento do aparelho fonador, o cérebro e as áreas relacionadas com a produção da língua e as patologias associadas à produção e processamento da fala e do processamento linguístico. A Psicologia, por sua vez, procura entender outras facetas da linguagem tais como a forma pela qual se processa o desenvolvimento desta e do pensamento humano através da cognição, investigado, também, as causas e possíveis tratamentos de patologias como a afasia ou a dislexia. Outra área acadêmica que desenvolve estudos relacionados à linguagem é a Sociologia, descrevendo e buscando entender como a visão de mundo de um grupo social é construída e representada através dos signos linguísticos por ele adotados. Linguagem X Escola A língua-padrão deve ser ensinada mostrando ao aluno que há variações em uma comunidade, que ocorrem em função do contexto em que são empregadas. Dessa maneira, cabe ao docente dialogar com os alunos na língua e sobre a língua, interagindo social e linguisticamente. Tem resistido duas competências na escola brasileira, consideradas integrantes: o domínio da variedade da língua materna (padrão) e ser apto a falar e escrever corretamente, identificando a sua construção e processos estruturais. Mas tem mudado muito e vem motivando lingüísticas e professores da língua materna a debater sobre uma nova política de ensino da língua. É, portanto, dever da escola oportunizar ao aluno condições de se apropriarem de conhecimentos historicamente constituídos, de se sentirem construtores a produtores desses conhecimentos e de bons textos; é tarefa de todas as áreas, mediarem o trabalho de leitura e
  • 4. 4 escrita, cada qual em suas especificidades. Cabe a cada disciplina atuar nesse trabalho de forma criativa argumentativa, reflexiva e, acima de tudo, crítica porque a reflexão de tudo que vemos, ouvimos e lemos deverá ser expressa por escrito. A leitura e a escrita devem ser incentivadas dentro da sala de aula, independente, da área a ser trabalhada, orientada pelo professor. É tarefa árdua pelo fato de que nossos alunos não possuem o hábito da leitura, pois na maioria das vezes o único contato com a leitura é na escola, a família pouco contribui ou, em muitas vezes, nada contribuem em favor do despertar dos seus filhos ao mundo da leitura e da escrita. Dessa forma, a escola tenta realizar um trabalho focado na leitura e escrita, o que não é nada fácil. Sendo assim, a prática constante de leitura e escrita devem ser incorporadas pela escola como meta primordial envolvendo todas as áreas do conhecimento, uma vez que são habilidades indispensáveis, para a formação do educando. Neste sentido, há também uma missão indispensável da escola: enfatizar a linguagem como norteador necessário à democratização da sociedade. Não podemos fechar os olhos à realidade lingüística: a variedade. Aceitando a realidade de que toda variedade tem a sua regularidade. Todo educador tem o dever e a responsabilidade de mediar o seu trabalho conduzindo seu educando ao hábito da leitura, não pela imposição, e sim pelo prazer da descoberta. Na mesma linha BAGNO é incisivo ao afirmar que: Todas as iniciativas de uma política linguística já existentes desconsideram as reais necessidades dos falantes e centram-se na repressão linguística, pois negam a língua como fenômeno histórico-social, portanto, público e mutável, e como elemento constitutivo da individualidade de cada. (1997, p. 22) Os chamados mitos lingüísticos são abordados por Bagno, quando contesta, a ideia de que a língua falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente já em consequência do preconceito mítico de linguística no Brasil e este pensamento de certa forma prejudica a educação, pois a escola tenta impor sua norma linguística a todos os brasileiros, ao não reconhecer a diversidade do português falado no país independentemente de idade, raça, situação socioeconômica e grau de escolaridade. Ignora, portanto, que o português apresenta variações e devido não só a sua extensão territorial, mas à injustiça social, que coloca o Brasil
  • 5. 5 como o segundo país com a pior distribuição de renda e essa diferença no status social dos brasileiros aumenta o precipício linguístico entre os falantes da variedade não-padrão e os falantes da dita norma culta, ensinada pela escola. Como poucos têm acesso à educação formal, muitos permanecem à margem do domínio da variedade culta, deixando de usufruir de diversos serviços a que teriam direito, não apenas, mas também por não compreenderem a linguagem empregada pelos órgãos públicos. O professor é essencial e sob hipótese alguma, ele poderá esconder-se atrás dos livros didáticos, transmitindo repetidamente regras e definições isentas de quaisquer análise e reflexão crítica. É oportuno esclarecer que gramática diferencia-se de linguística, visto que esta é uma ciência da linguagem. Enquanto a gramática estabelece regras, sem se preocupar em explicar os acontecimentos e fundamentos da língua. É certo dizer que uma prática metodológica de qualidade interrelacionada a um ensino efetivo de língua e linguagem não depende da apresentação de receitas e regras, principalmente, porque cada sujeito tem sua história de vida, com aptidões pessoais defendida e, além disso, insere-se nessa historia pessoal a realidade lingüística e, por conseguinte, a realidade social do individuo. Possenti esclarece muito bem quando diz que não vale a pena recolocar a discussão pró ou contra a gramática, mas é preciso distinguir seu papel do papel da escola- que é ensinar a escola padrão, isto é, criar condições para o seu uso efetivo. (1996, p.54) Pode perfeitamente aprender uma língua sem se aprofundar aos termos técnicos com os quais a língua é analisada. Sendo assim, fica claro que saber uma língua é uma coisa e saber analisar esta língua é outra. Abordagem didático-pedagógica quanto às semelhanças e diferenças no processo de ensino-aprendizagem da Língua Materna A maior parte dos alunos gosta de atividades que envolvem a oralidade. Todavia, há aqueles que preferem isolar-se e permanecer afônicos, ao expor a um público maior o que
  • 6. 6 pensam ou sentem, entretanto a atividade da língua materna tem uma dimensão histórica e social que atribui a ela diferentes funções. Se levarmos em consideração a ação pedagógica da escola como parte da política do planejamento linguístico, poderemos concluir que a influência da escola na língua não deve ser procurada no dialeto vernáculo dos falantes, mas sim, em seus estilos formais monitorados. As escolas contribuem para que os alunos adquiram os estilos formais da língua? Esta é a pergunta que deveríamos fazer e não apenas preocuparmos se as escolas são veículos eficientes de transmissão da língua materna. Segundo o depoimento da professora 1cedido em ser questionada sobre o que seriam atividades de Análise Linguística, ela assegura que “ São atividades de treino ortográfico e redação, pois permitem ao aluno expressar suas idéias e relatar de acordo com seu domínio Já a professora 2 diz que “ lingüístico.” (entrevistada em 15/04/2011). Pode ser uma produção textual, utilizando recursos de coesão e coerência.”(entrevistada em 15/04/2011). Com relação à definição de Análise Linguística ambas as professoras manifestaram os depoimentos “ seguintes É uma maneira de trabalhar com o aluno o domínio de ortografia e aprender a fazer o uso correto da língua materna em uma determinada situação.” Professora 1 (entrevistada em 15/04/2011). “Despertar no aluno o senso crítico, ajudando-o a expor suas idéias de forma coerente e com domínio da língua materna.” Professora 2 (entrevistada em 15/04/2011). Para responder a tudo isso, urge a necessidade de concentrar-se na língua usada em sala de aula e conscientizar-se de que deve trabalhar com o aluno não só as meras terminologias, questões tradicionais da gramática e de ortografia, mas essencialmente, explorar o texto produzido, possibilitando a reescrita até atingir seus objetivos junto aos leitores a que se destina. Não deve se restringir à língua materna da escola, è necessário também explorar como a conversa, as práticas de aquisição da língua e os processos intelectuais se influenciam mutuamente em sala de aula e quais as implicações para a educação.
  • 7. 7 Geraldi reforça ainda que estudar a língua, é então, tentar detectar os compromissos que se criam por meio da fala e as condições que devem ser preenchidas por um falante para falar de certa forma em determinada situação concreta de interação. (2006, p.42) Portanto, as atividades de análise lingüística são realmente aquelas que podem tomar determinadas características da linguagem como objeto de reflexão para servir de apoio em fatores como a capacidade que o ser humano possui de refletir, analisar e pensar sobre a linguagem assim como também a propriedade que a linguagem tem de fazer referência a si mesma em determinada situação concreta de interação. Atentamos para um tópico relacionado às semelhanças e diferenças bastante discutidas: o uso de variedades não-padrão em sala de aula como uma estratégia de transição, porém, tem sido criticada, pois argumentam que o uso demasiado do dialeto retarda o contato dos alunos com a língua padrão e contribui para o declínio dos padrões educacionais. Entendemos que as estratégias intuitivas usadas pelos professores para lidar com a complexa questão da variação linguística podem contribuir para a implementação de uma pedagogia culturalmente sensível. Os alunos devem sentir-se livres para falar em sala de aula e deve ser ratificado como um participante legítimo da interação, onde o professor poderá justapor a variantes, permitindo assim, que se desenvolva a consciência do aluno sobre a aquisição da língua materna, enquanto variação linguística. O trabalho didático de análise lingüística se organiza tendo como ponto de partida a exploração ativa e a observação de regularidades no funcionamento da linguagem. Trata-se de situações em que se busca adequar a própria fala ou a escrita e também alheia comparando entre diferentes sentidos e sua intencionalidade. Conclusão Ainda que defendamos a existência de regularidades que fazem da sala de aula uma formação discursiva onde se manifestam relações de poder, é também em nome do conceito mesmo de formação discursiva que se defende a diversidade, o diferente, a presença constante da resistência. Dizer o que se deve fazer é, no mínimo, fazer acreditar que a verdade se encontra em alguém ou em algum lugar e que é preciso lutar para atingi-la, tentando por em
  • 8. 8 prática o que nos é ensinado por meio da língua materna. Portanto, o debate entre a questão da diversidade linguística e o papel assumido pela escola, em referência ao ensino da Língua Portuguesa, tem sido constantemente retomado por linguistas e educadores. O reconhecimento da legitimidade das normas populares, como instrumento de comunicação de afirmação de identidades sociais, tem sido amplamente divulgado, porém a prática pedagógica ainda permanece alicerçada no ensino da norma padrão, desvalorizando os vários dialetos de menor prestígio. Este trabalho convida os educadores, principalmente aqueles não linguistas, a criar círculos de educadores/aprendizes, no sentido de repensar o problema e de redefinir as atividades em sala de aula, com projetos de ensino que garantam a inclusão das variantes linguísticas como objeto de afirmação/expansão do universo cultural do aluno. Referindo-se a as atividades de análise linguísticas quando são bem trabalhadas/exploradas na vivência didática em sala de aula, como em situações de comunicação tanto escrita como oral, pode-se dizer que há uma capacidade de compreensão e expressão dos alunos. Pode- se acrescentar ainda que a prática contínua de análise e reflexão sobre a língua permite que se explicitem saberes ainda implícitos dos alunos, o que vai abrindo espaço para a reelaboração e isto implica numa atividade permanente de formulação e verificação de hipóteses sobre o funcionamento da linguagem que se realiza por meio da comparação de expressões, do experimento de metodologias e de atribuir novo sentido a linguística já utilizada. É no interior do funcionamento da língua que podemos procurar estabelecer regras de um “jogo” que é praticado em sociedade e é papel da escola organizar e sistematizar a fim de que haja existência veraz. Por fim, cabe neste momento pelo menos diferenciar que uma coisa é saber de fato a língua, ou seja, dominar as habilidades de uso da língua em situações concretas de interação, entendendo e até produzindo enunciados, percebendo as diferenças entre uma forma de se expressar e outra. Ou ainda, saber analisar uma língua dominando conceitos e até metalinguagens a partir dos quais se fala sobre a língua, se apresentam suas características estruturais e de uso. Referências BAGNO, M. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1997.
  • 9. 9 BRASIL. MEC. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997. GERALDI, J. W. (Org). O texto na sala de aula. Ed. São Paulo: Ática,2006.. PARÂMETROS Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Disponível em: <http://mecsrv04.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/ portugues.pdf.: acesso em julho de 2008. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas-S.P. Mercado das Letras, 1996.