Este documento discute a zootecnia de suínos da categoria de engorda. Aborda conceitos básicos como categoria, engorda, suinicultura e zootecnia. Também discute o planejamento da atividade, características dos suínos de engorda, tipos de suínos, alimentação, fases da engorda e influência da dieta e peso no abate. Conclui enfatizando a importância da produção animal respeitando questões sociais e ambientais.
2. Introdução
• A producao de animais para o consum e para o comercio no
cenário atual, é uma forma sustentavel para agro-pecuario para
render fundos e garantir a seguranca alimentar;
• Muitos produtores de animais estao preocupando-se cada vez
mais com segurança alimentar, restrição a uso de
antimicrobianos, proteção ambiental e conceitos de bem estar
animal.
• Nos processos produtivos actuais e dos próximos anos,
seguramente não haverá espaço para uma gestão amadora, sendo
necessária uma análise minuciosa dos dados zootécnicos, a
extrapolação econômica dos mesmos, e acima de tudo uma visão
global de todo processo de produção interno e externo.
3. Conceitos básicos
• Categoria é classificar, indicar uma qualidade ou um
atributo a algo.
• Engorda é uma categoria de animais que a sua finalidade
destina-se para abate ou para serem comercializados.
• Suinicultura é a criação de suínos para a produção de
alimentos e derivados.
• Pecuária é a actividade de exploração animal.
• Zootécnica é uma ciência que visa desenvolver e
aprimorar as potencialidades dos animais domésticos e
domesticáveis, com finalidade de incrementar sua
produção como fonte alimentar e outras finalidades.
4. Planeamento da actividade
• Para se implantar um projecto de criação de suínos devem ser
considerados desde a capacidade de investimento do produtor
e a viabilidade económica do negócio até o nível de
produtividade que se deseja atingir e o manejo a ser adoptado.
• Além disso, o bem-estar animal e a ambiência constituem
outros factores indispensáveis.
• O aumento da escala de produção e a migração da actividade
para regiões de clima mais quente também despertaram um
maior interesse na construção de instalações que amenizem as
condições climáticas menos favoráveis.
5. Característica de suínos da categoria engorda
• Os animais da categoria engorda devem apresentar para
o abate: Carcaças pesadas, com baixa deposição de
gorduras e alto rendimento de carne magra. Devem
serem animais grandes, chegando a atingir mais de um
metro de altura e 1,5 metros da nuca à raiz da cauda, de
pelagem preta, branca ou malhada, pele grossa e com
cerdas compridas, grossas e abundantes.
• A cabeça é comprida e espessa, com orelhas compridas,
largas e pendentes, face pouco desenvolvida e boca
grande. O pescoço é comprido e regularmente
musculado.
6. Tipo de suínos da categoria engorda
• Existem dois tipos de suínos: o tipo carne e o tipo banha
Tipo Banha
• Morfologicamente, o suíno tipo banha tem uma distribuição
harmónica entre as partes anterior e posterior.
• Tem “enrugamento de pele”, característica que permite a
expansão subcutânea para farta deposição de tecido adiposo.
Tipo Carne
• Teve seu melhoramento voltado à qualidade da carcaça. A
morfologia desse animal está centrada no grande volume
corporal nas regiões de cortes nobres (pernil e lombo). T
• em excelente desempenho produtivo e reprodutivo.
7. Característica de suínos da categoria engorda
• O tronco é comprido, com dorso arqueado, tórax alto,
achatado e pouco profundo, flanco largo e pouco
descido, garupa estreita descaída e pouco musculada,
ventre esgalgado. Os membros são compridos, ossudos
e pouco musculados, tendo um regular aprumo.
• As coxas são de bom comprimento e deficiente
espessura por serem pouco musculadas; os pés são bem
desenvolvidos. A cauda é grossa e de média inserção.
São animais de temperamento bastante dócil, vagarosos
e com movimentos pouco graciosos e elevada
prolificidade.
8. Alimentação para Suínos na Engorda
• os suínos se alimentam a fim de atender prioritariamente sua
necessidade energética e, assim sendo, a qualidade e
quantidade da energia consumida irão influenciar a deposição
de gordura e proteína na carcaça dos animais de diferentes
pesos.
• Ressalta-se que as exigências nutricionais dos suínos variam
em função da idade ou, mais freqüentemente, do peso animal,
ou seja, mudam conforme a fase de crescimento.
• Na avaliação da oportunidade de uso do ingrediente
alternativo, deve-se considerar os seguintes pontos específicos:
• Disponibilidade comercial;
• E a quantidade de nutrientes e energia.
9. Alimentação para Suínos na Engorda
• Disponibilidade comercial: é necessário um suprimento
quantitativamente atractivo e que justifique o esforço de
mudança de fórmulas de ração, pois pequenas quantidades em
geral associadas a sobras de pré-limpeza de cereais não
deveriam ser utilizadas, pois se corre o risco de causarem mais
problemas como alta fibra, sementes tóxicas, micotoxinas etc.
do que vantagens;
• Quantidade de nutrientes e energia: os ingredientes podem ser
mais ou menos densos energeticamente e estimativas de sua
energia podem ser obtidas após análises laboratoriais.
• Análises de composição proximal servem para indicar o
conteúdo de alguns nutrientes e são indispensáveis, se não
houver informação sobre os ingredientes.
10. Fazes da engordar do porco
• A engorda de um porco para o abate deve levar cerca de 5
meses, desde o nascimento do animal até a fase adulta.
• Há muitas maneiras para engordar um animal com a
quantidade máxima de peso no menor tempo.
• Quanto mais jovem for o porco no abate, mais tenra será sua
carne.
• Escolha uma raça de crescimento rápido e que apresente um
bom rendimento de carne
11. Influência da dieta de engorda e do peso no
abate do Porco
• A partir de um lote de 40 porcos com 7 meses de idade e
um peso médio de 70 kg PV constituíram-se 2 grupos de
20 animais cada.
• Um grupo foi engordado em montanheira e outro com um
alimento comercial seleccionado de um conjunto de
alimentos comerciais para engorda de porcos Alentejanos.
• A escolha teve por base o facto do teor e composição da
gordura bruta ser semelhante ao da bolota. Efectuaram-se
abates em cada lote de engorda aos 100 e 120 kg PV.
• Foram analisadas 4 carcaças de cada grupo abatido num
total de 16.
12. Influência da dieta de engorda e do peso no
abate do Porco
• Procedeu-se ao estudo dos seguintes parâmetros: peso e
rendimento de carcaça, peso das principais peças de corte,
área do lombo e espessura da gordura subcutânea dorsal,
e ainda da composição do tecido do membro posterior
direito.
• Os porcos engordados em montanheira apresentaram
maior (P=0,05) rendimento de carcaça (78,48 vs 75,03%)
e uma tendência para um maior peso ponderal e em
percentagem de peças gordas: banhas (2,61 vs 2,39kg;
6,02 vs 5,61%) e manta (engloba toucinho, entremeada e
gordura abdominal) (15,56 vs. 14,06kg; 35,84 vs33,11%).
13. Conclusão
• A demanda de alimentos para atender às necessidades da
população mundial requer produção intensiva de proteína de
origem animal e das demais fontes de nutrientes, respeitando
cada vez mais as questões sociais, de meio ambiente e
segurança alimentar.
• Os aditivos antimicrobianos (antibióticos e quimioterápicos)
têm sido utilizados desde a década de 50 e são os promotores
do crescimento de uso mais generalizado na produção animal.
• Os animais de engorda devem apresentar para o abate:
Carcaças pesadas, com baixa deposição de gorduras e alto
rendimento de carne magra. As matrizes modernas são
produtos de selecção direccionada onde os parâmetros de
produção e de reprodução são consideradas conjuntamente.