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A medida do tempo.
História da Vida.
Exemplos de datação
A Evolução da Vida num minuto!




Professora Isabel Henriques
2
http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/geologicalscalecloc
     k/geologicscale_clock.html



Professora Isabel Henriques                          3
Situação-problema:
   Qual a História
geológica da região
    de Alverca?


         Professora Isabel Henriques   4
“Relógios” sedimentológicos                               “Relógios” paleontológicos

       Litostratigrafia                                 Biostratigrafia
    –   Unidade litostratigráfica -                       –   Biozona - unidade biostratigráfica
        Formação                                          –   Princípio da Identidade
    –   Princípios litostratigráficos:                        Paleontológica
         •   Sobreposição                                 –   Fósseis de identidade
         •   Continuidade lateral                             estratigráfica, fósseis de fácies e
         •   Horizontalidade                                  fósseis vivos.
         •   Inclusão                                    Dendrocronologia
         •   Intersecção
                                                              Métodos de datação físicos
       Ciclos de gelo-degelo
                                                         Datações radiométricas
                                                         Magnetostratigrafia

                            Professora Isabel Henriques                              5
Medida do tempo em Geologia
A noção de tempo é um conceito fundamental em
geologia …


                                         E a idade da Terra, uma
                                             questão central!




           Professora Isabel Henriques                 6
A                         B                      C         D


Unidade de tempo para o último século                           Ano
Unidade de tempo para o estudo da civilização
romana
                                                             Séculos

Unidade de tempo para o estudo da pré-história           Milhar de anos
Unidade de tempo no domínio da Geologia               MILHÕES DE ANOS (M.a.)
                    Professora Isabel Henriques                   7
O tempo em geologia tem uma dimensão diferente
       daquela habitualmente usada por qualquer ser
                        humano.
  Os físicos e químicos                                 Os geólogos
   estudam processos                                      estudam
   que decorrem em                                     processos que
       fracções de                                      podem durar
         segundo!                                    longos períodos…
Reacções químicas,
propagação das ondas
sonoras, etc.
                                                                     Orogénese
                              Reacções                               (formação de
                              químicas,                              montanhas),
                              propagação das                         expansão dos
                              ondas sonoras,                         fundos
                              etc.                                   oceânicos,
                                                                     erosão , etc.
                       Professora Isabel Henriques               8
Mas será que todos os fenómenos geológicos
        são lentos à escala humana?

   Sismos

     Erupção vulcânica

     Avalanches

   Impacto de um meteorito


     Inundações
             Professora Isabel Henriques   9
“Os rios cortaram e separam as montanhas dos grandes Alpes umas
das outras; e isto é revelado pela deposição das rochas
estratificadas, pois desde o cume da montanha até ao rio, em baixo,
vê-se como os estratos de um lado do rio correspondem aos do
outro lado”
                               Leonardo da Vinci, Códice de Leicester

                 Professora Isabel Henriques             10
O conceito de tempo
 geológico foi
 construído lentamente
 ao longo dos tempos!

      Como podes acreditar na Bíblia?
      A Bíblia não é realista!                  Verifica como
      Cientistas demonstraram que a             mudaram a
      Bíblia não é verdadeira.                  idade da
                                                Terra. Eu sigo
                                                os factos..




                  Professora Isabel Henriques          11
O conceito de tempo geológico foi construído
 lentamente ao longo dos tempos!



          Leitura
            de
          textos



           Professora Isabel Henriques   12
Querem ter uma noção? …




Imagina uma ampulheta gigante      Por ano, é arrancado dos
    cheia de grãos de arroz!       Himalaias e por acção dos
 1Kg de arroz tem 5000 grãos…     agentes erosivos, 1 mm de
A idade da Terra corresponderia           material…
 a uma ampulheta com 91 000       Ao fim de 1 M.a. Já 1Km foi
 Kg de arroz em que, por ano,            arrancado!!!!
        caía um grão …                             13
“O movimento das placas tectónicas da
Terra esqueceu-se, pelo meio, da Baía
de Hudson, no Canadá. Agora,
cientistas do Canadá e dos Estados
Unidos descobriram que na costa
oriental da baía podem estar as rochas
mais antigas que se conhece da crosta
terrestre, produzidas há 4,28 mil
milhões de anos.
“Os investigadores estudaram amostras
de uma cintura de rochas metamórficas
chamadas Nuvvuagittuq.
Ao medirem a composição dos isótopos
de neodímio e de samário, elementos
químicos raros que existem nestas              Rochas Metamórficas
rochas, conseguiram datar as amostras             Nuvvuagittuq
entre os 3,8 e 4,28 mil milhões de
anos”                       in Público, 2008   Ficha Informativa
                 Professora Isabel Henriques            14
“A Terra tem 4,6 mil milhões
de anos e é muito raro
encontrar-se restos da crosta
original, a maior parte da
qual foi esmagada e reciclada
no interior do planeta várias
vezes. (…)”



           Professora Isabel Henriques   15
Se a Terra for “jovem”, ficamos
praticamente reduzidos a uma opção –
foi Deus que a criou …



Se a Terra for bem “velha”, a
evolução (dos seres vivos, por exemplo) é
teoricamente possível!


                   Professora Isabel Henriques   16
Muitas questões podem ser colocadas sobre o que
         aconteceu ao longo destes 4600 M.a. …
Um milhão de anos … uma “migalha” de tempo na Terra …

 Quando apareceram e como evoluíram os primeiros seres vivos …
 Que tipo de organismos povoaram a Terra? …
 Será que existiram crises biológicas?
 Quais as suas causas?
 Quem foi afectado por essas crises?

     Para conseguir responder a tudo isto é necessário
            determinar idades – precisamos de
                          Relógios Geológicos
                   Sedimentológicos e Paleontológicos
                    Professora Isabel Henriques          17
Professora Isabel Henriques   18
Professora Isabel Henriques   19
“Relógios”
                                      Sedimentológicos




            Datação Relativa                         Datação Absoluta




Litostratigrafia                  Unidades
                              litostratigráficas         Ciclos do Gelo-
   Princípios                                                degelo
Estratigráficos                   Formação


               Professora Isabel Henriques                      20
A litostratigrafia estuda os diferentes estratos,
      definindo unidades litostratigráficas.


  Estratos individualizados e definidos pelas
        suas características litológicas,
       independentemente da sua idade.

                            Formação

             Unidade fundamental
             Professora Isabel Henriques   21
A Formação

Composto por um conjunto de rochas com propriedades
litológicas e posição estratigráfica semelhantes e que é
facilmente distinguível das restantes, com tecto e muro
                devidamente localizados.




              Professora Isabel Henriques         22
Princípios Litostratigráficos
                     Datação Relativa


Princípio da Horizontalidade Inicial


Princípio da Sobreposição de Estratos


Princípio da Continuidade Lateral


Princípio da Inclusão


Princípio da Intersecção


            Professora Isabel Henriques   23
Princípio da Horizontalidade Inicial
Os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são
depositados, em regra, segundo camadas horizontais
paralelas à superfície de deposição.
     (Quaisquer fenómenos de deformação que alterem esta
    horizontalidade das camadas é posterior à sedimentação!).




                Professora Isabel Henriques         24
Princípio da Horizontalidade Inicial




http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/foldingrocks/foldingrock
s.html             Professora Isabel Henriques            25
Uma discordância
                                     corresponde a um
                                     período de tempo
                                    durante o qual não
                                  ocorreu sedimentação
                                   (e a erosão actuou),
                                    iniciando-se depois
                                         uma nova
                                       sedimentação.


Discordância

    Professora Isabel Henriques              26
Discordância na Costa Vicentina Praia do Telheiro
        Professora Isabel Henriques                 27
Professora Isabel Henriques   28
Princípio da Continuidade Lateral

                                              Um estrato delimitado pelo mesmo
                                               tecto e muro e com semelhantes
                                               propriedades litológicas possuí a
                                                 mesma idade em toda a sua
                                                       extensão lateral!




       Os estratos podem estender-se lateralmente por longas distâncias.
       Aplicando este princípio podemos correlacionar litologias que se
       encontrem muito afastadas.
                Professora Isabel Henriques                        29
Princípio da Continuidade Lateral




             Professora Isabel Henriques   30
Princípio da Continuidade Lateral




             Professora Isabel Henriques   31
Princípio da Continuidade Lateral




Em vários ponto da Terra pode existir a mesma sequência estratigráfica,
isto é, há correlação entre estratos distanciados lateralmente!
                  Professora Isabel Henriques              32
Princípio da Continuidade Lateral




                                                        Isto foi usado para provar a
                                                    existência da Pangea – margens da
                                                    África e da América do Sul contêm
                                                     rochas do mesmo tipo (idênticas
http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf
/eroded_canyon/erosioncanyon.html                        sequências estratigráfias)
                      Professora Isabel Henriques                        33
Princípio da Horizontalidade Inicial e
 Princípio Continuidade Lateral




Princípio da horizontalidade inicial




Princípio da continuidade lateral
                          Professora Isabel Henriques   34
Princípio da Sobreposição dos Estratos




As camadas que se encontram no topo de uma sequência
estratigrágica original (sequência vertical de estratos) são mais recentes
que as camadas inferiores.
Isto permite analisar um perfil vertical de camadas como uma
linha vertical de tempo!
                    Professora Isabel Henriques                 35
Princípio da Sobreposição dos Estratos

Se não ocorrerem deformações, a deposição ocorre por
ordem cronológica, da base para o topo – uma camada é
mais recente que a que lhe serve de base e mais antiga do
que as que lhe estão acima.




               Professora Isabel Henriques    36
Mais recente
                                                              Mais recente




Mais antigo
                                                               Mais antigo

                                               Mais recente




               Mais recente



         Mais antigo

                                                Mais antigo

                 Professora Isabel Henriques                      37
Princípio da sobreposição Grand Canyon
        Professora Isabel Henriques   38
Princípio da Sobreposição dos Estratos




http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/oldest_layer/ol
dest_youngestlayers.html
                 Professora Isabel Henriques          39
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções



Dobras deitadas
Este princípio nem sempre
pode ser usado para datar os
estratos de forma relativa!
Se ocorrerem determinadas
deformações nas rochas a
posição dos estratos será
alterada e, às vezes, até
invertida (como no caso das
dobras deitadas)!!!



                  Professora Isabel Henriques   40
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções




                                                   Foto : Dobra - Alberta, Jasper National Park (Canadá)

Na superfície de erosão SS´ a ordem de antiguidade observável é incompatível
com o princípio da sobreposição.
O estrato 4 que é o mais recente ocupa, no flanco invertido, a posição de
mais antigo.


                     Professora Isabel Henriques                                       41
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções

                                                 Terraços fluviais
Mais antigo
                                             O rio, por erosão, escava um novo
          Mais
          recente
                                             leito, provocando a formação de
                                             degraus onde deposita sedimentos
                                             – terraços fluviais. Os últimos a
                                             serem depositados foram os da
                                             zona 3 (mais recentes).

                                                  Grutas
                                            Os sedimentos depositados em
              Mais antigo                   grutas são mais modernos do que
              Mais                          as camadas que lhe servem de
              recente                       tecto.

                   Professora Isabel Henriques                       42
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções




        Terraços fluviais
Os que ocupam posição superior (A) mais
elevados, são mais antigos do que os que
   se encontram menos elevados (B).
                      Professora Isabel Henriques   43
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções
                                            Depósitos subterrâneos
                                      O sedimento (S) é mais recente do que
                                           as rochas que se sobrepõem.




             Professora Isabel Henriques                      44
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções
                                                   Intrusão magmática
                                     Instala-se nas séries sedimentares sendo
                                     mais nova do que os estratos
                                     atravessados.




                                    Filão da Praia da Adraga a norte do maciço de Sintra.
                                    http://brunopereira.do.sapo.pt/varias%20fotos.htm

Os estratos apresentados na figura já existiam quando a intrusão (i) se
instalou. Sendo assim, esta é mais recente do que aqueles.
                  Professora Isabel Henriques                                     45
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções




 Estes estratos apresentam a mesma
                                               Falhas
    idade apesar de não estarem
             “nivelados”                      Blocos rochosos que
                                              fracturam (“partem”) e
                                              que se movimentam
                                              um em relação ao
                                              outro.




                Professora Isabel Henriques              46
Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções



                                                O Princípio da Sobreposição
                                                deve ser aplicado com
                                                precaução, uma vez que em
                                                terrenos que experimentaram
                                                fenómenos de deformação,
                                                como dobras e falhas, o
                                                geólogo deve apoiar-se em
                                                métodos de interpretação
                                                complementares.

  A sua aplicação poderá no entanto ser válida para estratos que se
encontrem em posição inclinada, desde que a deformação de origem
tectónica, posterior à deposição dos estratos, não tenha provocado a
                            sua inversão.
                  Professora Isabel Henriques                    47
Princípio da Inclusão

     Este princípio aplica-se, por exemplo a rochas
      compostas por fragmentos de outras (como o
                               conglomerado)



                                                            Mais recente
Fragmentos ou porções
  de uma rocha que se
       encontram
                                              Mais antigo
 incorporados (inclusão)
noutra são mais antigos
  que as rochas que os
        contêm.
                Professora Isabel Henriques                           48
Princípio da Inclusão




             Professora Isabel Henriques   49
Princípio da Inclusão




             Professora Isabel Henriques   50
Princípio da Inclusão

   Um inclusão é parte de uma rocha que é incluída dentro de
    uma outra rocha




                 Professora Isabel Henriques         51
Princípio da Inclusão




                          http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/l
                          abf/sm_scale/sm_scale.html




             Professora Isabel Henriques               52
Princípio da Intercepção


     Este princípio aplica-se a estratos afectados por
     estruturas (falhas, intrusões magmáticas, etc …)


                                             Mais antigo

    A estrutura que
   intersecta é mais
recente do que aquela
 que é intersectada.



               Professora Isabel Henriques            53
Princípio da Intercepção

                             Magma invade as fracturas
                             existentes nas rochas encaixantes
                             (mais antigas), preenchendo-as e, mais
                             tarde, solidificando (filões mais
                             recentes).




     Filões




              Professora Isabel Henriques                  54
Princípio da Intercepção




             Professora Isabel Henriques   55
Princípio da Intercepção




                            Intrusão Magmática
                                  Mais recente



             Professora Isabel Henriques         56
Princípio da Intercepção




                        mais recente




             Professora Isabel Henriques   57
Princípio da Intercepção




   Filão Mais recente                                    Filão
                                                     Mais recente




      •http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/igneousintrusio
      n/igneousintrusion.html
      •http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/lrg_scale_inclus
      ion/lrgscaleinclusions.html
               Professora Isabel Henriques              58
Princípio da Intercepção

  Falhas




Sequência cronológica:       A–B-C
                  Professora Isabel Henriques   59
Princípio da Intercepção




             Falha mais recente




             Professora Isabel Henriques   60
PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO DE                 PRINCÍPIO DA INTERSECÇÃO
          ESTRATOS                            PRINCÍPIO DA INCLUSÃO




                    PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE
                                INICIAL

               Professora Isabel Henriques                  61
Os sedimentos acumulam-se
          horizontalmente
                                        Princípio da
                                       Horizontalidade
          Forças tectónicas provocam
                                            Inicial
          o seu levantamento e
          deformação


          Surge uma intrusão
          magmática com um “ramo” –
          dique – que “corta” as
          camadas deformadas            Princípio da
                                        Intersecção
          Surge uma falha (que corta
          o dique e as estruturas
          deformadas)
Professora Isabel Henriques              62
   http://www.wwnorton.com/college/geo/e
    geo2/content/animations/10_4.htm

   http://www.wwnorton.com/college/geo/a
    nimations/geologic_history.htm

   http://www.wwnorton.com/college/geo/a
    nimations/unconformity.htm

   http://www.wwnorton.com/college/geo/a
    nimations/stratigraphic_column.htm




                Professora Isabel Henriques   63
Estudo de casos
Profª. Isabel Henriques   65
Profª. Isabel Henriques   66
Sequência de estratos:
  1, 2, 3, 4, 5, dobramento,
  erosão (descontinuidade),
  intrusão 6, 9, 10, erosão

         Princípio da
        Sobreposição
         dos Estratos


As camadas 1 e 5 sofreram deformações, inclinando, após a    Princípio da
sua formação (estas camadas experimentaram a mesma          Horizontalidade
história geológica pois a sua inclinação é semelhante).          Inicial

A intrusão 6 atravessa as camadas 1, 2 e 3 logo é mais
recente que estas.                                           Princípio da
As camadas 9 e 10 são “cortadas” pelo vale logo podemos      Intersecção
afirmar que este foi a última estrutura a formar-se.
                           Profª. Isabel Henriques           67
Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

Depósitos sedimentares,
denominados varvas ou
varvitos, em consequência dos
ciclos de gelo-degelo de
glaciares.
As varvas são pares de estratos
(um claro e um escuro)
produzidos anualmente em
relação directa com as estações
do ano.


              Professora Isabel Henriques   68
Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

Formam-se, normalmente, em lagos
de frente glaciária, apresentam, em
regra, espessuras inferiores a 1 cm.
O estrato de cor clara deposita-se
durante o Verão, quando os
sedimentos, de origem detrítica,
chegam em maior quantidade até ao
lago.
No Inverno, a superfície do lago fica
gelada, não permitindo a entrada de
sedimentos, pelo que apenas se
depositam os materiais mais finos que
se encontram em suspensão na água,
juntamente com alguma matéria
orgânica, formando-se assim os
estratos de cor escura.
                Professora Isabel Henriques   69
Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

   As varvas permitem fazer datações
    até cerca de 15 000 anos antes da
    actualidade.
   Estes depósitos podem ser
    interessantes como indicadores:
     de ambientes de sedimentação;
     do tipo de clima;
     permitem estimar a duração de
      tais condições numa determinada
      sequência estratigráfica em
      estudo;
     permitem definir a história
      paleoclimática relativa aos
      avanços e recuos dos glaciares de
      uma dada região.

                    Professora Isabel Henriques   70
Parque Varvito -Brasil




                         Professora Isabel Henriques   71
Professora Isabel Henriques   72
“Relógios”
                                          Paleontológicos




          Datação Relativa                                  Datação Absoluta




 Princípios da                      Unidades
  Identidade                    Biostratigráficas           Dendrocronologia
Paleontológica                      Biozonas


                 Professora Isabel Henriques                        73
Unidades Biostratigráficas - Biozonas

A Biostratigrafia é um ramo da estratigrafia que permite correlacionar e fazer a
datação relativa de rochas, através do estudo das associações fósseis nelas
contidas.
A Biostratigrafia estuda a distribuição temporal dos fósseis através do registo
estratigráfico.




                     Professora Isabel Henriques                   74
Unidades Biostratigráficas - Biozonas

A biozona pode ser definida como o
estrato, ou conjunto de estratos, que
apresenta um conjunto de fósseis
característico.




                Professora Isabel Henriques   75
Unidades Biostratigráficas

Tipos de Biozonas




              Professora Isabel Henriques   76
Unidades Biostratigráficas                  Actividade 3
                                            Manual Adoptado
Tipos de Biozonas




              Professora Isabel Henriques       77
Princípio da Identidade Paleontológica



                                                                  Estratos com os
                                                                  mesmos fósseis
                                                                     possuem…




                                                                      Os fósseis são
                                                                   contemporâneos das
                                                                     rochas onde se
http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visua        encontram!
lizations/es2901/es2901page01.cfm?chapter_no=visualization
                        Professora Isabel Henriques                         78
Princípio da Identidade Paleontológica

D
I                                            O processo de
A                                              fossilização
                                              acompanha o
G                                              processo de
É                                             formação da
                                           rocha, logo fóssil e
N                                           rocha possuem a
E                                             mesma idade
                                           (datação relativa)!
S                                          Rocha e fóssil são
                                           contemporâneos!
E

             Professora Isabel Henriques        79
Professora Isabel Henriques   80
Professora Isabel Henriques   81
   http://www.bbc.co.uk/sn/prehistor
    ic_life/dinosaurs/making_fossils/ma
    kingfossils/index.shtml



   http://www.teachersdomain.org/as
    set/ess05_int_fossilintro/




               Professora Isabel Henriques   82
Mas nem todos os fósseis
                               podem ajudar a datar
                                    litologias …


                                     apenas os …




Professora Isabel Henriques                        83
São fósseis de seres que fossilizam
                         facilmente (têm partes duras) e, por isso,
                         ficam muitas vezes registados nas rochas!
                          OCORRÊNCIA EM ABUNDÂNCIA
São fósseis de seres que existiram em grande
quantidade e que se expandiram numa grande área
geográfica (assim, permitem correlacionar estratos em
diferentes pontos   do     globo)              AMPLA     DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
                São fósseis de seres que não viveram durante muito
                tempo (à escala geológica).  CURTA DISTRIBUÇÃO
                TEMPORAL                        http://fossil.uc.pt/pags/formac.dwt
                         Professora Isabel Henriques                              84
As trilobites eram artrópodes (como as
aranhas, lagostas, insectos, etc) exclusivos do
meio marinho!
Possuíam um exoesqueleto de quitina
endurecido com carbonato de cálcio
(por isso os seus fósseis são tão
abundantes!).
A maioria das espécies de trilobites
tinha sistema de visã muito apurado e
olhos complexos. O seu tórax tinha
muitos segmentos e, por isso, podiam
enrolar-se e defender-se dos
predadores (como os bichos da conta!)
Surgiram há cerca de 540 M.a. e
extinguiram-se há cerca de 250 M.a.
                        Professora Isabel Henriques   85
Os graptólitos surgiram há cerca
de 523 M.a.e extinguiram-se há
330 M.a. Eram pequenos animais
marinhos que viviam em colónias
(apenas de alguns cm) e que se
expandiram por várias regiões do
globo.




                   Professora Isabel Henriques   86
As amonites eram animais
marinhos e tinham corpo
mole… no entanto uma
carapaça encarregava-se de os
proteger (e facilmente fossilizava)!
Os maiores podiam atingir 1 m
de diâmetro!
Estes seres eram carnívoros e
surgiram há cerca de 225 M.a.
e extinguiram-se há 65 M.a.


                  Professora Isabel Henriques   87
Os corais estão entre as
    comunidades marinhas mais
  antigas que se conhecem - a sua
   história remonta desde há 500
      milhões de anos atrás!!!!



                                                            Pólipos de corais
NÃO SÃO BONS FÓSSEIS DE IDADE!
                                                  Mas… estes seres só conseguem
                                                sobreviver em ambientes aquáticos
                                                 de águas quentes, calmas e pouco
                                                           profundas!!!!
                                                  Por viverem em ambientes tão
                                                    característicos e altamente
                                                específicos eles são considerados …
                  Professora Isabel Henriques                                   88
Permitem caracterizar paleoambientes

               São fósseis de seres que apresentam uma
            reduzida distribuição geográfica pois habitam
               apenas locais com condições específicas.


São fósseis de seres que viveram durante muito tempo
                   (à escala geológica).

           Professora Isabel Henriques            89
Latimeria chalumnae - Celecanto                         Ginkgo biloba


    Seres que habitam a Terra desde há milhões de anos e
   que, para além de existirem actualmente, são encontrado
                também sob a forma de fóssil!
Existem diversos motivos pelos quais um organismo sobrevive milhões
de anos sem sofrer mudanças:
•Uma das explicações é o simples facto desse organismo se encontrar
muito bem adaptado à diversidade de condições do meio que habita.
•Já outros organismos não evoluem devido à continuidade mais ou
menos estável das características do seu habitat.
•Pode dever-se ao facto destes habitarem ambientes isolados, onde não
enfrentam a competição com outros organismos potencialmente melhor
adaptados a esses ambientes.
                          Professora Isabel Henriques      90
Adaptado de
Professora Isabel Henriques   91   geo-ineti.pt
Permitem compreender a evolução dos seres
vivos, as adaptações e extinções ao longo da
história da Terra;
Permitem reconstituir os organismos numa dada
época, o seu modo de vida, como é que
interagiam entre si e como se relacionavam com o
meio ambiente onde viviam;
Permitem reconstituir os ambientes do passado
e assim reconstituir a geografia da Terra;
Permitem reconstituir os climas do passado;
Permitem efectuar a datação relativa dos
estratos rochosos.
                   Professora Isabel Henriques     92
“Relógios “ paleontológicos

     Biostratigrafia


                Biozonas.                       Princípio da Identidade
                                                Paleontológica


                                                       Fósseis de idade



                                                       Fósseis de fácies


                                                       Fósseis Vivos




                  Professora Isabel Henriques                 93
Dendrocronologia – Datação Absoluta

A dendrocronologia é um método de datação que se baseia
no estudo do crescimento das árvores.




               Professora Isabel Henriques       94
Dendrocronologia – Datação Absoluta

A  dendrocronologia baseia-se na
  possibilidade de enumerar os anéis de
  crescimento anuais das árvores
  provenientes de zonas com climas de
  marcada sazonalidade.
 Esta diferença é o resultado da
  velocidade de crescimento estar
  dependente de factores como a
  temperatura e a humidade, que,
  variam consoante a estação do ano.
 Permite realizar datações de
  determinados acontecimentos até um
  limite de 11 400 anos.
 A dendocronologia é um método de
  datação muito utilizado, por exemplo,
  em silvicultura e na arqueologia.


                 Professora Isabel Henriques   95
Dendrocronologia – Datação Absoluta

   Datação de árvores com 5000
    anos  Pinus longaeva

    Utilizado:
    - Sequóias  vivem ± 4000 anos,
     com ±12 metros de diâmetro.
    - Pinheiro americano.
    - Carvalho.

   Conhecimento do clima e
    paleoclima.                                 Bandas Claras e espessas (Quente)
                                                Bandas Escuras e finas (Fria)


                  Professora Isabel Henriques                        96
Dendrocronologia – Datação Absoluta




            Professora Isabel Henriques   97
Dendrocronologia – Datação Absoluta
                                            Ficha de
                                           Actividade
                                          Laboratorial




            Professora Isabel Henriques        98
Professora Isabel Henriques   99
Métodos de
          Datação Físicos




Radiometria                         Magnetostratigrafia

      Professora Isabel Henriques                   100
História da Descoberta da Radiometria




             Professora Isabel Henriques   101
Radiometria

  A radioactividade é uma das principais fontes de energia
                 térmica interna da Terra!




               Professora Isabel Henriques         102
Radiometria
                                        Os átomos fazem parte da
                                          constituição da matéria
                                         (de tudo aquilo que existe)! …
                                   Nas rochas também existem átomos!




                                             Alguns deles (urânio, rádio, etc) são
                                            radioactivos, isto é, ao longo dos
                                            tempos, e naturalmente, os seus
                                              núcleos vão-se desintegrando
                                                espontaneamente para se
                                             tornarem mais estáveis. Quando
                                            isso acontece liberta-se energia!
              Professora Isabel Henriques                            103
Radiometria
O ambiente no qual vivemos é naturalmente
radioactivo.
Por exemplo:
Respiramos carbono-14, que é radioactivo;
comemos bananas que apresentam na sua
composição potássio-40, com núcleo instável,
nos nossos ossos e sangue existe rádio-226 …
Os seres humanos, e todos os demais seres
vivos, são naturalmente radioativos.
O problema está na quantidade de radiação à
qual estes seres são expostos: acima de certo
nível a exposição às radiações provoca, no
corpo humano, e nos demais seres vivos,
várias reações adversas (danos nas células e
no materal genético).

                 Professora Isabel Henriques    104
Radiometria
A datação absoluta pode também ser chamada de …



                                                            … Isótopos …


O mesmo elementos químico (carbono, por exemplo), pode ter no núcleo do átomo:


 O mesmo número de protões e neutrões (6P + 6N)  C12             ESTÁVEL

 Diferente número de protões e neutrões (6P + 7N)  C13           ESTÁVEL

 Diferente número de protões e neutrões (6P + 8N)  C14 INSTÁVEL

  Nota: C12, C13 e C14 são isótopos de carbono!

                         Professora Isabel Henriques             105
Radiometria
                                      Os isótopos de urânio são muito frequentes
                                         nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha) !


                                          Estes isótopos são muito instáveis – os
                                               seus núcleos desintegram-se
                                        espontaneamente formando um átomo de
                                         um elemento químico diferente, mais
                                                         estável!
                                       Átomo inicial: ISÓTOPO – PAI
 Urânio submetido a radiação U.V.
                                                             (instável)

Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO – FILHO
                                                              (mais estável)
     Nota: O isótopo Rubídio-87 forma o isótopo de Estrôncio-87 quando se desintegra!
                            Professora Isabel Henriques                   106
   A    taxa    de    decaimento                 radioactivo
(desintegração dos isótopos-pai em            isótopos-filho) é
constante para cada isótopo!         (não varia com
condições de pressão, tenperatura ou outros aspectos
associados aos processos geológicos)
 A desintegração é irreversível: o isótopo-
pai não volta a adquirir as propriedades
iniciais!
 Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que
se começam a desintegrar marcando o momento de formação
daquela rocha!
                      Professora Isabel Henriques                 107
… o conceito mais importante…
                                 Tempo decorrido para que metade do
                               número de isótopos-pai radioactivos sofra
                                 desintegração, transformando-se em
                                            isótopos-filho.
 No final de um 1º período de semi-vida, 50% dos isótopos-pai já foram
 transformados em isótopos-filho… No final do 2º período de semi-vida,
 metade da metade que restou (¼) do nº original de isótopos-pai ainda
permanecem na rocha… No 3º período de semi-vida 1/8 e assim por diante!
           (restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha)




                        Professora Isabel Henriques                       108
Espectrometro de massa
                              consegue detectar quantidades diminutas
                                           de isótopos!




Professora Isabel Henriques                           109
Principais Elementos Radioactivos Utilizados na Datação Radiométrica
    Isótopos    Intervalo de datação               Meia-vida         Minerais e materiais que é
Original Novo      efectiva (anos)                  (anos)                possível datar
 238U   206Pb   10 milhões – 4 600 milhões         4 500 milhões           Zircão, Uraninite

                                                                    Moscovite, Biotite, Horneblenda
 40K     40Ar    50 000 – 4 600 milhões            1 300 milhões
                                                                        e Rochas vulcânicas

                                                                     Moscovite, Biotite, Feldspato
 87Rb    87Sr   10 milhões – 4 600 milhões         47 000 milhões        potássico, Rochas
                                                                     metamórficas e magmáticas

                                                                    Madeira, carvão, osso, tecidos
                                                                    Conchas e outro carbonato de
 14C     14N          100 – 70 000                     5 730        cálcio, água subterrânea, água
                                                                     oceânica e gelo glaciar com
                                                                             CO2 dissolvido




                     Professora Isabel Henriques                                    110
Radiometria




•À medida que os milhões de anos passam, o potássio 40 decai lentamente e, um a
um, os átomos de árgon 40 substituem os de potássio 40 no cristal.
•A quantidade de árgon 40 acumulada é uma medida do tempo decorrido desde a
formação da rocha.
•Decorridos 1,26 mil milhões de anos, o rácio será 50-50.
•Ao fim de mais 1,26 mil milhões de anos, metade do potássio 40 remanescente
terá sido convertido em árgon 40, e assim por diante.
                     Professora Isabel Henriques                111
Radiometria




 Há medida que o tempo passa aumenta na rocha o número
   de isótopos-filho e diminui o número de isótopos-pai!

          A margem de erro é de apenas alguns M.a.
 http://www.earth.northwestern.edu/people/seth/202/DECAY/decay.pennies.html

                   Professora Isabel Henriques                   112
Radiometria




        Na altura em que a rocha se formou os isótopos ficaram
  incorporados nos minerais e, nesse momento inicial, apenas existiam
                  isótopos-pai e nenhuns isótopos-filho!
                 Professora Isabel Henriques                 113
Radiometria
                                            O que inferir quando a
                                                 quantidade de
                                                isótopos-filho e
                                             isótopos-pai é igual ?
                                               Passou um período
                                                 de semi-vida!

                                                  O que inferir
                                                    quando a
                                                 quantidade de
                                               isótopos-filho é 3
                                                vezes superior à
                                                 quantidade de
                                                  isótopos-pai?
                                              Passaram dois período
                                                  de semi-vida!
              Professora Isabel Henriques              114
Radiometria                                 Qual o melhor isótopo para
                                              datar rochas jovens?




                                               É que se a rocha for
                                                “velha” e a taxa de
                                             decaimento for rápida, os
                                                 isótopos-pai já se
                                            transformaram quase todos
                                            em isótopos-filho: sabemos
                                              que o relógio isotópico
                                             parou, não sabemos é há
                                                quanto tempo isso
                                                    aconteceu!
              Professora Isabel Henriques                  115
Radiometria                                    O Carbono-14 é muito
                                             usado na arqueologia e é o
                                             ideal para datar fósseis ou
                                             quaisquer outros resíduos
                                                orgânicos… Porquê?
                                            •Todos os seres vivos contém
                                            carbono.
                                            •Ele é aborvido pelos seres
                                            fotossintéticos e daí segue por
                                            toda a cadeia alimentar!
                                            •Quando os seres morrem inicia-se
                                            o decaimento!
                                            •A arqueologia estuda eventos
                                            recentes – interessam isótopos
                                            com menor tempo de semi-vida!


              Professora Isabel Henriques                     116
Não permite datar rochas sedimentares!
•Este  método pressupõe que as rochas sejam
sistemas fechados, não existindo entradas ou
saídas de isótopos.
•Mas, se as rochas sofrerem erosão ou
meteorização, podem ocorrer perdas de
isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a
idade atribuída!
•Cada grão de areia tem um relógio calibrado
para uma data distinta, a qual remonta
provavelmente a muito antes de a rocha
sedimentar se formar.
•Assim, em matéria de cronometragem, a rocha
sedimentar é uma confusão. Não serve!
                   Professora Isabel Henriques     117
Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à
rocha antes de o sofrer!
Se tivermos em conta que as rochas metamórficas
resultam de modificações, devidas a pressão e
tem-peratura, sofridas por outras rochas, o
metamorfismo que as afectou não elimina os
átomos-filho que elas possam conter nesse
momento e, dessa forma, obtém-se uma idade
superior à que deveria corresponder à última fase
de metamorfismo.
  Nem sempre as rochas contêm grandes
  quantidades dos isótopos necessários à
  sua datação.
                    Professora Isabel Henriques     118
As rohas estão constantemente a ser
                                                recicladas e transformadas noutras –
                                                é impossível datá-las por completo!


                                            O melhor há a fazer é combinar todos
                                             os métodos de datação para que se
                                              consiga elaborar um calendário da
                                                      História da Terra!

Em locais onde ocorram afloramentos com mais do que um tipo de
rocha, podem-se datar as rochas magmáticas por datação absoluta e,
em seguida, estabelecer uma equivalência com os restantes fenómenos
geológicos que se encontrem representados na área em estudo.
                  Professora Isabel Henriques                          119
As rochas ígneas costumam conter
muitos isótopos radioactivos
diferentes.
A solidificação das rochas ígneas
dá-se bruscamente, o que tem
uma consequência feliz: todos os
relógios de um dado fragmento
de rocha são calibrados em
simultâneo.

  Apenas as rochas ígneas
proporcionam bons relógios
       radioactivos!
                Professora Isabel Henriques   120
Professora Isabel Henriques   121
Por que motivo a estratigrafia não
                  permite medir o tempo de forma
                            absoluta?
                •Os sedimentos não se acumulam numa
                taxa constante em nenhum ambiente de
                sedimentação (podem até haver longos momentos
                de ausência de sedimentação).
                •Por exemplo, durante uma inundação, um
                rio poderá depositar uma camada de areia
                de vários metros de espessura em questão
                de poucos dias, enquanto durante todos os
                anos que se seguirem entre as inundações
                ele apenas deposita uma camada de areia
                com poucos centímetros de espessura.
                •Além disso a taxa de erosão também não
                é constante.
Professora Isabel Henriques                    122
Professora Isabel Henriques   123
Professora Isabel Henriques   124
 http://lectureonline.cl.msu.edu/~mmp/appl
  ist/decay/decay.htm
 http://www.blackgold.ca/ict/Division4/Math
  /Div.%204/radiometric/index.htm#simulation
 http://www.furryelephant.com/player.php?s
  ubject=physics&jumpTo=re/15Ms17
 http://www.youtube.com/view_play_list?p=9
  CE5DF26BD7E30F2
 http://elearn.stisd.net/mod/resource/view.
  php?id=2679

           Professora Isabel Henriques   125
Magnetostratigrafia


 Os fenómenos de
 inversão do campo
 magnético terrestre são
 eventos globais e
 síncronos muito
 frequentes no registo
 geológico, ocorrendo,
 aproximadamente,
 entre 1 e 10 inversões
 por cada milhão de
 anos.


            Professora Isabel Henriques   126
Magnetostratigrafia


A estes eventos são
posteriormente atribuídas
idades, sendo propostas
escalas
magnetostratigráficas que,
em conjunto com a
biostratigrafia e as
datações radiométricas,
permitem o
estabelecimento de
correlações entre
diferentes unidades
litostratigráficas.

              Professora Isabel Henriques   127
Magnetostratigrafia

A  Terra, tal como a maior parte dos
  planetas do Sistema Solar, possui um
  campo magnético natural.
 Este campo magnético é responsável
  pela orientação da agulha
  magnetizada de uma bússola.
 O campo magnético terrestre pode
  ser comparado a um dipolo
  geocêntrico, estando as linhas de
  força originadas por este campo
  magnético distribuídas no espaço
  como se um íman estivesse situado
  no centro da Terra, cujo Pólo Sul
  estaria localizado no hemisfério
  norte.

                Professora Isabel Henriques   128
Magnetostratigrafia

Os constituintes de alguns minerais, como a magnetite
(Fe3O4) e a hematite (Fe2O3), podem adquirir de forma
permanente uma orientação definida de acordo com a
direcção das linhas de força do campo magnético
existente na altura da sua magnetização.




              Professora Isabel Henriques    129
Magnetostratigrafia
O mesmo modo que o campo magnético
terrestre influencia a orientação da agulha de
uma bússola.
Também os átomos constituintes de certo tipo
de minerais presentes quer nos sedimentos,
quer em lavas ficam orientados sob a
influência deste campo magnético terrestre.




               Professora Isabel Henriques       130
Magnetostratigrafia
                                 A    magnetostratigrafia   estuda      as
                                 características das rochas estratificadas
                                 com base nas suas propriedades
                                 magnéticas.


                                 Os minerais com propriedades magnéticas
                                 são capazes de registar a orientação do
                                 campo magnético no momento da sua
                                 cristalização.


                                 A partir dos estudos das inversões de
                                 polaridade em rochas vulcânicas é possível
                                 construir uma escala magnetostratigráfica.


            Professora Isabel Henriques                      131
DATAÇÃO RELATIVA                               DATAÇÃO ABSOLUTA
“Relógios” sedimentológicos:                  •“Relógios” sedimentológicos:
litostratigrafia                               ciclos de gelo-degelo
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                                               •Métodos de datação físicos e
                                               geofísicos:
                                               datações
                                               radiométricas e
                                               magnetostratigrafia

                 Professora Isabel Henriques                       132
http://www.ucmp.berkeley.edu/education/expl
  orations/tours/geotime/gtiframe.html




           Professora Isabel Henriques   133
Professora Isabel Henriques   134
Disciplina de Geologia
                                      12º Ano
                                    Professora
                                 Isabel Henriques



Professora Isabel Henriques          135

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Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação

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  • 2. A Evolução da Vida num minuto! Professora Isabel Henriques 2
  • 3. http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/geologicalscalecloc k/geologicscale_clock.html Professora Isabel Henriques 3
  • 4. Situação-problema: Qual a História geológica da região de Alverca? Professora Isabel Henriques 4
  • 5. “Relógios” sedimentológicos “Relógios” paleontológicos  Litostratigrafia  Biostratigrafia – Unidade litostratigráfica - – Biozona - unidade biostratigráfica Formação – Princípio da Identidade – Princípios litostratigráficos: Paleontológica • Sobreposição – Fósseis de identidade • Continuidade lateral estratigráfica, fósseis de fácies e • Horizontalidade fósseis vivos. • Inclusão  Dendrocronologia • Intersecção Métodos de datação físicos  Ciclos de gelo-degelo  Datações radiométricas  Magnetostratigrafia Professora Isabel Henriques 5
  • 6. Medida do tempo em Geologia A noção de tempo é um conceito fundamental em geologia … E a idade da Terra, uma questão central! Professora Isabel Henriques 6
  • 7. A B C D Unidade de tempo para o último século Ano Unidade de tempo para o estudo da civilização romana Séculos Unidade de tempo para o estudo da pré-história Milhar de anos Unidade de tempo no domínio da Geologia MILHÕES DE ANOS (M.a.) Professora Isabel Henriques 7
  • 8. O tempo em geologia tem uma dimensão diferente daquela habitualmente usada por qualquer ser humano. Os físicos e químicos Os geólogos estudam processos estudam que decorrem em processos que fracções de podem durar segundo! longos períodos… Reacções químicas, propagação das ondas sonoras, etc. Orogénese Reacções (formação de químicas, montanhas), propagação das expansão dos ondas sonoras, fundos etc. oceânicos, erosão , etc. Professora Isabel Henriques 8
  • 9. Mas será que todos os fenómenos geológicos são lentos à escala humana?  Sismos  Erupção vulcânica  Avalanches  Impacto de um meteorito  Inundações Professora Isabel Henriques 9
  • 10. “Os rios cortaram e separam as montanhas dos grandes Alpes umas das outras; e isto é revelado pela deposição das rochas estratificadas, pois desde o cume da montanha até ao rio, em baixo, vê-se como os estratos de um lado do rio correspondem aos do outro lado” Leonardo da Vinci, Códice de Leicester Professora Isabel Henriques 10
  • 11. O conceito de tempo geológico foi construído lentamente ao longo dos tempos! Como podes acreditar na Bíblia? A Bíblia não é realista! Verifica como Cientistas demonstraram que a mudaram a Bíblia não é verdadeira. idade da Terra. Eu sigo os factos.. Professora Isabel Henriques 11
  • 12. O conceito de tempo geológico foi construído lentamente ao longo dos tempos! Leitura de textos Professora Isabel Henriques 12
  • 13. Querem ter uma noção? … Imagina uma ampulheta gigante Por ano, é arrancado dos cheia de grãos de arroz! Himalaias e por acção dos 1Kg de arroz tem 5000 grãos… agentes erosivos, 1 mm de A idade da Terra corresponderia material… a uma ampulheta com 91 000 Ao fim de 1 M.a. Já 1Km foi Kg de arroz em que, por ano, arrancado!!!! caía um grão … 13
  • 14. “O movimento das placas tectónicas da Terra esqueceu-se, pelo meio, da Baía de Hudson, no Canadá. Agora, cientistas do Canadá e dos Estados Unidos descobriram que na costa oriental da baía podem estar as rochas mais antigas que se conhece da crosta terrestre, produzidas há 4,28 mil milhões de anos. “Os investigadores estudaram amostras de uma cintura de rochas metamórficas chamadas Nuvvuagittuq. Ao medirem a composição dos isótopos de neodímio e de samário, elementos químicos raros que existem nestas Rochas Metamórficas rochas, conseguiram datar as amostras Nuvvuagittuq entre os 3,8 e 4,28 mil milhões de anos” in Público, 2008 Ficha Informativa Professora Isabel Henriques 14
  • 15. “A Terra tem 4,6 mil milhões de anos e é muito raro encontrar-se restos da crosta original, a maior parte da qual foi esmagada e reciclada no interior do planeta várias vezes. (…)” Professora Isabel Henriques 15
  • 16. Se a Terra for “jovem”, ficamos praticamente reduzidos a uma opção – foi Deus que a criou … Se a Terra for bem “velha”, a evolução (dos seres vivos, por exemplo) é teoricamente possível! Professora Isabel Henriques 16
  • 17. Muitas questões podem ser colocadas sobre o que aconteceu ao longo destes 4600 M.a. … Um milhão de anos … uma “migalha” de tempo na Terra …  Quando apareceram e como evoluíram os primeiros seres vivos …  Que tipo de organismos povoaram a Terra? …  Será que existiram crises biológicas?  Quais as suas causas?  Quem foi afectado por essas crises? Para conseguir responder a tudo isto é necessário determinar idades – precisamos de Relógios Geológicos Sedimentológicos e Paleontológicos Professora Isabel Henriques 17
  • 20. “Relógios” Sedimentológicos Datação Relativa Datação Absoluta Litostratigrafia Unidades litostratigráficas Ciclos do Gelo- Princípios degelo Estratigráficos Formação Professora Isabel Henriques 20
  • 21. A litostratigrafia estuda os diferentes estratos, definindo unidades litostratigráficas. Estratos individualizados e definidos pelas suas características litológicas, independentemente da sua idade. Formação Unidade fundamental Professora Isabel Henriques 21
  • 22. A Formação Composto por um conjunto de rochas com propriedades litológicas e posição estratigráfica semelhantes e que é facilmente distinguível das restantes, com tecto e muro devidamente localizados. Professora Isabel Henriques 22
  • 23. Princípios Litostratigráficos Datação Relativa Princípio da Horizontalidade Inicial Princípio da Sobreposição de Estratos Princípio da Continuidade Lateral Princípio da Inclusão Princípio da Intersecção Professora Isabel Henriques 23
  • 24. Princípio da Horizontalidade Inicial Os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra, segundo camadas horizontais paralelas à superfície de deposição. (Quaisquer fenómenos de deformação que alterem esta horizontalidade das camadas é posterior à sedimentação!). Professora Isabel Henriques 24
  • 25. Princípio da Horizontalidade Inicial http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/foldingrocks/foldingrock s.html Professora Isabel Henriques 25
  • 26. Uma discordância corresponde a um período de tempo durante o qual não ocorreu sedimentação (e a erosão actuou), iniciando-se depois uma nova sedimentação. Discordância Professora Isabel Henriques 26
  • 27. Discordância na Costa Vicentina Praia do Telheiro Professora Isabel Henriques 27
  • 29. Princípio da Continuidade Lateral Um estrato delimitado pelo mesmo tecto e muro e com semelhantes propriedades litológicas possuí a mesma idade em toda a sua extensão lateral! Os estratos podem estender-se lateralmente por longas distâncias. Aplicando este princípio podemos correlacionar litologias que se encontrem muito afastadas. Professora Isabel Henriques 29
  • 30. Princípio da Continuidade Lateral Professora Isabel Henriques 30
  • 31. Princípio da Continuidade Lateral Professora Isabel Henriques 31
  • 32. Princípio da Continuidade Lateral Em vários ponto da Terra pode existir a mesma sequência estratigráfica, isto é, há correlação entre estratos distanciados lateralmente! Professora Isabel Henriques 32
  • 33. Princípio da Continuidade Lateral Isto foi usado para provar a existência da Pangea – margens da África e da América do Sul contêm rochas do mesmo tipo (idênticas http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf /eroded_canyon/erosioncanyon.html sequências estratigráfias) Professora Isabel Henriques 33
  • 34. Princípio da Horizontalidade Inicial e Princípio Continuidade Lateral Princípio da horizontalidade inicial Princípio da continuidade lateral Professora Isabel Henriques 34
  • 35. Princípio da Sobreposição dos Estratos As camadas que se encontram no topo de uma sequência estratigrágica original (sequência vertical de estratos) são mais recentes que as camadas inferiores. Isto permite analisar um perfil vertical de camadas como uma linha vertical de tempo! Professora Isabel Henriques 35
  • 36. Princípio da Sobreposição dos Estratos Se não ocorrerem deformações, a deposição ocorre por ordem cronológica, da base para o topo – uma camada é mais recente que a que lhe serve de base e mais antiga do que as que lhe estão acima. Professora Isabel Henriques 36
  • 37. Mais recente Mais recente Mais antigo Mais antigo Mais recente Mais recente Mais antigo Mais antigo Professora Isabel Henriques 37
  • 38. Princípio da sobreposição Grand Canyon Professora Isabel Henriques 38
  • 39. Princípio da Sobreposição dos Estratos http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/oldest_layer/ol dest_youngestlayers.html Professora Isabel Henriques 39
  • 40. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Dobras deitadas Este princípio nem sempre pode ser usado para datar os estratos de forma relativa! Se ocorrerem determinadas deformações nas rochas a posição dos estratos será alterada e, às vezes, até invertida (como no caso das dobras deitadas)!!! Professora Isabel Henriques 40
  • 41. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Foto : Dobra - Alberta, Jasper National Park (Canadá) Na superfície de erosão SS´ a ordem de antiguidade observável é incompatível com o princípio da sobreposição. O estrato 4 que é o mais recente ocupa, no flanco invertido, a posição de mais antigo. Professora Isabel Henriques 41
  • 42. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Terraços fluviais Mais antigo O rio, por erosão, escava um novo Mais recente leito, provocando a formação de degraus onde deposita sedimentos – terraços fluviais. Os últimos a serem depositados foram os da zona 3 (mais recentes). Grutas Os sedimentos depositados em Mais antigo grutas são mais modernos do que Mais as camadas que lhe servem de recente tecto. Professora Isabel Henriques 42
  • 43. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Terraços fluviais Os que ocupam posição superior (A) mais elevados, são mais antigos do que os que se encontram menos elevados (B). Professora Isabel Henriques 43
  • 44. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Depósitos subterrâneos O sedimento (S) é mais recente do que as rochas que se sobrepõem. Professora Isabel Henriques 44
  • 45. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Intrusão magmática Instala-se nas séries sedimentares sendo mais nova do que os estratos atravessados. Filão da Praia da Adraga a norte do maciço de Sintra. http://brunopereira.do.sapo.pt/varias%20fotos.htm Os estratos apresentados na figura já existiam quando a intrusão (i) se instalou. Sendo assim, esta é mais recente do que aqueles. Professora Isabel Henriques 45
  • 46. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções Estes estratos apresentam a mesma Falhas idade apesar de não estarem “nivelados” Blocos rochosos que fracturam (“partem”) e que se movimentam um em relação ao outro. Professora Isabel Henriques 46
  • 47. Princípio da Sobreposição dos Estratos - Excepções O Princípio da Sobreposição deve ser aplicado com precaução, uma vez que em terrenos que experimentaram fenómenos de deformação, como dobras e falhas, o geólogo deve apoiar-se em métodos de interpretação complementares. A sua aplicação poderá no entanto ser válida para estratos que se encontrem em posição inclinada, desde que a deformação de origem tectónica, posterior à deposição dos estratos, não tenha provocado a sua inversão. Professora Isabel Henriques 47
  • 48. Princípio da Inclusão Este princípio aplica-se, por exemplo a rochas compostas por fragmentos de outras (como o conglomerado) Mais recente Fragmentos ou porções de uma rocha que se encontram Mais antigo incorporados (inclusão) noutra são mais antigos que as rochas que os contêm. Professora Isabel Henriques 48
  • 49. Princípio da Inclusão Professora Isabel Henriques 49
  • 50. Princípio da Inclusão Professora Isabel Henriques 50
  • 51. Princípio da Inclusão  Um inclusão é parte de uma rocha que é incluída dentro de uma outra rocha Professora Isabel Henriques 51
  • 52. Princípio da Inclusão http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/l abf/sm_scale/sm_scale.html Professora Isabel Henriques 52
  • 53. Princípio da Intercepção Este princípio aplica-se a estratos afectados por estruturas (falhas, intrusões magmáticas, etc …) Mais antigo A estrutura que intersecta é mais recente do que aquela que é intersectada. Professora Isabel Henriques 53
  • 54. Princípio da Intercepção Magma invade as fracturas existentes nas rochas encaixantes (mais antigas), preenchendo-as e, mais tarde, solidificando (filões mais recentes). Filões Professora Isabel Henriques 54
  • 55. Princípio da Intercepção Professora Isabel Henriques 55
  • 56. Princípio da Intercepção Intrusão Magmática Mais recente Professora Isabel Henriques 56
  • 57. Princípio da Intercepção mais recente Professora Isabel Henriques 57
  • 58. Princípio da Intercepção Filão Mais recente Filão Mais recente •http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/igneousintrusio n/igneousintrusion.html •http://faculty.icc.edu/easc111lab/labs/labf/lrg_scale_inclus ion/lrgscaleinclusions.html Professora Isabel Henriques 58
  • 59. Princípio da Intercepção Falhas Sequência cronológica: A–B-C Professora Isabel Henriques 59
  • 60. Princípio da Intercepção Falha mais recente Professora Isabel Henriques 60
  • 61. PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO DE PRINCÍPIO DA INTERSECÇÃO ESTRATOS PRINCÍPIO DA INCLUSÃO PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE INICIAL Professora Isabel Henriques 61
  • 62. Os sedimentos acumulam-se horizontalmente Princípio da Horizontalidade Forças tectónicas provocam Inicial o seu levantamento e deformação Surge uma intrusão magmática com um “ramo” – dique – que “corta” as camadas deformadas Princípio da Intersecção Surge uma falha (que corta o dique e as estruturas deformadas) Professora Isabel Henriques 62
  • 63. http://www.wwnorton.com/college/geo/e geo2/content/animations/10_4.htm  http://www.wwnorton.com/college/geo/a nimations/geologic_history.htm  http://www.wwnorton.com/college/geo/a nimations/unconformity.htm  http://www.wwnorton.com/college/geo/a nimations/stratigraphic_column.htm Professora Isabel Henriques 63
  • 67. Sequência de estratos: 1, 2, 3, 4, 5, dobramento, erosão (descontinuidade), intrusão 6, 9, 10, erosão Princípio da Sobreposição dos Estratos As camadas 1 e 5 sofreram deformações, inclinando, após a Princípio da sua formação (estas camadas experimentaram a mesma Horizontalidade história geológica pois a sua inclinação é semelhante). Inicial A intrusão 6 atravessa as camadas 1, 2 e 3 logo é mais recente que estas. Princípio da As camadas 9 e 10 são “cortadas” pelo vale logo podemos Intersecção afirmar que este foi a última estrutura a formar-se. Profª. Isabel Henriques 67
  • 68. Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta Depósitos sedimentares, denominados varvas ou varvitos, em consequência dos ciclos de gelo-degelo de glaciares. As varvas são pares de estratos (um claro e um escuro) produzidos anualmente em relação directa com as estações do ano. Professora Isabel Henriques 68
  • 69. Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta Formam-se, normalmente, em lagos de frente glaciária, apresentam, em regra, espessuras inferiores a 1 cm. O estrato de cor clara deposita-se durante o Verão, quando os sedimentos, de origem detrítica, chegam em maior quantidade até ao lago. No Inverno, a superfície do lago fica gelada, não permitindo a entrada de sedimentos, pelo que apenas se depositam os materiais mais finos que se encontram em suspensão na água, juntamente com alguma matéria orgânica, formando-se assim os estratos de cor escura. Professora Isabel Henriques 69
  • 70. Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta  As varvas permitem fazer datações até cerca de 15 000 anos antes da actualidade.  Estes depósitos podem ser interessantes como indicadores:  de ambientes de sedimentação;  do tipo de clima;  permitem estimar a duração de tais condições numa determinada sequência estratigráfica em estudo;  permitem definir a história paleoclimática relativa aos avanços e recuos dos glaciares de uma dada região. Professora Isabel Henriques 70
  • 71. Parque Varvito -Brasil Professora Isabel Henriques 71
  • 73. “Relógios” Paleontológicos Datação Relativa Datação Absoluta Princípios da Unidades Identidade Biostratigráficas Dendrocronologia Paleontológica Biozonas Professora Isabel Henriques 73
  • 74. Unidades Biostratigráficas - Biozonas A Biostratigrafia é um ramo da estratigrafia que permite correlacionar e fazer a datação relativa de rochas, através do estudo das associações fósseis nelas contidas. A Biostratigrafia estuda a distribuição temporal dos fósseis através do registo estratigráfico. Professora Isabel Henriques 74
  • 75. Unidades Biostratigráficas - Biozonas A biozona pode ser definida como o estrato, ou conjunto de estratos, que apresenta um conjunto de fósseis característico. Professora Isabel Henriques 75
  • 76. Unidades Biostratigráficas Tipos de Biozonas Professora Isabel Henriques 76
  • 77. Unidades Biostratigráficas Actividade 3 Manual Adoptado Tipos de Biozonas Professora Isabel Henriques 77
  • 78. Princípio da Identidade Paleontológica Estratos com os mesmos fósseis possuem… Os fósseis são contemporâneos das rochas onde se http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visua encontram! lizations/es2901/es2901page01.cfm?chapter_no=visualization Professora Isabel Henriques 78
  • 79. Princípio da Identidade Paleontológica D I O processo de A fossilização acompanha o G processo de É formação da rocha, logo fóssil e N rocha possuem a E mesma idade (datação relativa)! S Rocha e fóssil são contemporâneos! E Professora Isabel Henriques 79
  • 82. http://www.bbc.co.uk/sn/prehistor ic_life/dinosaurs/making_fossils/ma kingfossils/index.shtml  http://www.teachersdomain.org/as set/ess05_int_fossilintro/ Professora Isabel Henriques 82
  • 83. Mas nem todos os fósseis podem ajudar a datar litologias … apenas os … Professora Isabel Henriques 83
  • 84. São fósseis de seres que fossilizam facilmente (têm partes duras) e, por isso, ficam muitas vezes registados nas rochas!  OCORRÊNCIA EM ABUNDÂNCIA São fósseis de seres que existiram em grande quantidade e que se expandiram numa grande área geográfica (assim, permitem correlacionar estratos em diferentes pontos do globo)  AMPLA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA São fósseis de seres que não viveram durante muito tempo (à escala geológica).  CURTA DISTRIBUÇÃO TEMPORAL http://fossil.uc.pt/pags/formac.dwt Professora Isabel Henriques 84
  • 85. As trilobites eram artrópodes (como as aranhas, lagostas, insectos, etc) exclusivos do meio marinho! Possuíam um exoesqueleto de quitina endurecido com carbonato de cálcio (por isso os seus fósseis são tão abundantes!). A maioria das espécies de trilobites tinha sistema de visã muito apurado e olhos complexos. O seu tórax tinha muitos segmentos e, por isso, podiam enrolar-se e defender-se dos predadores (como os bichos da conta!) Surgiram há cerca de 540 M.a. e extinguiram-se há cerca de 250 M.a. Professora Isabel Henriques 85
  • 86. Os graptólitos surgiram há cerca de 523 M.a.e extinguiram-se há 330 M.a. Eram pequenos animais marinhos que viviam em colónias (apenas de alguns cm) e que se expandiram por várias regiões do globo. Professora Isabel Henriques 86
  • 87. As amonites eram animais marinhos e tinham corpo mole… no entanto uma carapaça encarregava-se de os proteger (e facilmente fossilizava)! Os maiores podiam atingir 1 m de diâmetro! Estes seres eram carnívoros e surgiram há cerca de 225 M.a. e extinguiram-se há 65 M.a. Professora Isabel Henriques 87
  • 88. Os corais estão entre as comunidades marinhas mais antigas que se conhecem - a sua história remonta desde há 500 milhões de anos atrás!!!! Pólipos de corais NÃO SÃO BONS FÓSSEIS DE IDADE! Mas… estes seres só conseguem sobreviver em ambientes aquáticos de águas quentes, calmas e pouco profundas!!!! Por viverem em ambientes tão característicos e altamente específicos eles são considerados … Professora Isabel Henriques 88
  • 89. Permitem caracterizar paleoambientes São fósseis de seres que apresentam uma reduzida distribuição geográfica pois habitam apenas locais com condições específicas. São fósseis de seres que viveram durante muito tempo (à escala geológica). Professora Isabel Henriques 89
  • 90. Latimeria chalumnae - Celecanto Ginkgo biloba Seres que habitam a Terra desde há milhões de anos e que, para além de existirem actualmente, são encontrado também sob a forma de fóssil! Existem diversos motivos pelos quais um organismo sobrevive milhões de anos sem sofrer mudanças: •Uma das explicações é o simples facto desse organismo se encontrar muito bem adaptado à diversidade de condições do meio que habita. •Já outros organismos não evoluem devido à continuidade mais ou menos estável das características do seu habitat. •Pode dever-se ao facto destes habitarem ambientes isolados, onde não enfrentam a competição com outros organismos potencialmente melhor adaptados a esses ambientes. Professora Isabel Henriques 90
  • 91. Adaptado de Professora Isabel Henriques 91 geo-ineti.pt
  • 92. Permitem compreender a evolução dos seres vivos, as adaptações e extinções ao longo da história da Terra; Permitem reconstituir os organismos numa dada época, o seu modo de vida, como é que interagiam entre si e como se relacionavam com o meio ambiente onde viviam; Permitem reconstituir os ambientes do passado e assim reconstituir a geografia da Terra; Permitem reconstituir os climas do passado; Permitem efectuar a datação relativa dos estratos rochosos. Professora Isabel Henriques 92
  • 93. “Relógios “ paleontológicos Biostratigrafia Biozonas. Princípio da Identidade Paleontológica Fósseis de idade Fósseis de fácies Fósseis Vivos Professora Isabel Henriques 93
  • 94. Dendrocronologia – Datação Absoluta A dendrocronologia é um método de datação que se baseia no estudo do crescimento das árvores. Professora Isabel Henriques 94
  • 95. Dendrocronologia – Datação Absoluta A dendrocronologia baseia-se na possibilidade de enumerar os anéis de crescimento anuais das árvores provenientes de zonas com climas de marcada sazonalidade.  Esta diferença é o resultado da velocidade de crescimento estar dependente de factores como a temperatura e a humidade, que, variam consoante a estação do ano.  Permite realizar datações de determinados acontecimentos até um limite de 11 400 anos.  A dendocronologia é um método de datação muito utilizado, por exemplo, em silvicultura e na arqueologia. Professora Isabel Henriques 95
  • 96. Dendrocronologia – Datação Absoluta  Datação de árvores com 5000 anos  Pinus longaeva  Utilizado: - Sequóias  vivem ± 4000 anos, com ±12 metros de diâmetro. - Pinheiro americano. - Carvalho.  Conhecimento do clima e paleoclima. Bandas Claras e espessas (Quente) Bandas Escuras e finas (Fria) Professora Isabel Henriques 96
  • 97. Dendrocronologia – Datação Absoluta Professora Isabel Henriques 97
  • 98. Dendrocronologia – Datação Absoluta Ficha de Actividade Laboratorial Professora Isabel Henriques 98
  • 100. Métodos de Datação Físicos Radiometria Magnetostratigrafia Professora Isabel Henriques 100
  • 101. História da Descoberta da Radiometria Professora Isabel Henriques 101
  • 102. Radiometria A radioactividade é uma das principais fontes de energia térmica interna da Terra! Professora Isabel Henriques 102
  • 103. Radiometria Os átomos fazem parte da constituição da matéria (de tudo aquilo que existe)! … Nas rochas também existem átomos! Alguns deles (urânio, rádio, etc) são radioactivos, isto é, ao longo dos tempos, e naturalmente, os seus núcleos vão-se desintegrando espontaneamente para se tornarem mais estáveis. Quando isso acontece liberta-se energia! Professora Isabel Henriques 103
  • 104. Radiometria O ambiente no qual vivemos é naturalmente radioactivo. Por exemplo: Respiramos carbono-14, que é radioactivo; comemos bananas que apresentam na sua composição potássio-40, com núcleo instável, nos nossos ossos e sangue existe rádio-226 … Os seres humanos, e todos os demais seres vivos, são naturalmente radioativos. O problema está na quantidade de radiação à qual estes seres são expostos: acima de certo nível a exposição às radiações provoca, no corpo humano, e nos demais seres vivos, várias reações adversas (danos nas células e no materal genético). Professora Isabel Henriques 104
  • 105. Radiometria A datação absoluta pode também ser chamada de … … Isótopos … O mesmo elementos químico (carbono, por exemplo), pode ter no núcleo do átomo:  O mesmo número de protões e neutrões (6P + 6N)  C12 ESTÁVEL  Diferente número de protões e neutrões (6P + 7N)  C13 ESTÁVEL  Diferente número de protões e neutrões (6P + 8N)  C14 INSTÁVEL Nota: C12, C13 e C14 são isótopos de carbono! Professora Isabel Henriques 105
  • 106. Radiometria Os isótopos de urânio são muito frequentes nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha) ! Estes isótopos são muito instáveis – os seus núcleos desintegram-se espontaneamente formando um átomo de um elemento químico diferente, mais estável! Átomo inicial: ISÓTOPO – PAI Urânio submetido a radiação U.V. (instável) Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO – FILHO (mais estável) Nota: O isótopo Rubídio-87 forma o isótopo de Estrôncio-87 quando se desintegra! Professora Isabel Henriques 106
  • 107. A taxa de decaimento radioactivo (desintegração dos isótopos-pai em isótopos-filho) é constante para cada isótopo! (não varia com condições de pressão, tenperatura ou outros aspectos associados aos processos geológicos)  A desintegração é irreversível: o isótopo- pai não volta a adquirir as propriedades iniciais!  Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que se começam a desintegrar marcando o momento de formação daquela rocha! Professora Isabel Henriques 107
  • 108. … o conceito mais importante… Tempo decorrido para que metade do número de isótopos-pai radioactivos sofra desintegração, transformando-se em isótopos-filho. No final de um 1º período de semi-vida, 50% dos isótopos-pai já foram transformados em isótopos-filho… No final do 2º período de semi-vida, metade da metade que restou (¼) do nº original de isótopos-pai ainda permanecem na rocha… No 3º período de semi-vida 1/8 e assim por diante! (restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha) Professora Isabel Henriques 108
  • 109. Espectrometro de massa consegue detectar quantidades diminutas de isótopos! Professora Isabel Henriques 109
  • 110. Principais Elementos Radioactivos Utilizados na Datação Radiométrica Isótopos Intervalo de datação Meia-vida Minerais e materiais que é Original Novo efectiva (anos) (anos) possível datar 238U 206Pb 10 milhões – 4 600 milhões 4 500 milhões Zircão, Uraninite Moscovite, Biotite, Horneblenda 40K 40Ar 50 000 – 4 600 milhões 1 300 milhões e Rochas vulcânicas Moscovite, Biotite, Feldspato 87Rb 87Sr 10 milhões – 4 600 milhões 47 000 milhões potássico, Rochas metamórficas e magmáticas Madeira, carvão, osso, tecidos Conchas e outro carbonato de 14C 14N 100 – 70 000 5 730 cálcio, água subterrânea, água oceânica e gelo glaciar com CO2 dissolvido Professora Isabel Henriques 110
  • 111. Radiometria •À medida que os milhões de anos passam, o potássio 40 decai lentamente e, um a um, os átomos de árgon 40 substituem os de potássio 40 no cristal. •A quantidade de árgon 40 acumulada é uma medida do tempo decorrido desde a formação da rocha. •Decorridos 1,26 mil milhões de anos, o rácio será 50-50. •Ao fim de mais 1,26 mil milhões de anos, metade do potássio 40 remanescente terá sido convertido em árgon 40, e assim por diante. Professora Isabel Henriques 111
  • 112. Radiometria Há medida que o tempo passa aumenta na rocha o número de isótopos-filho e diminui o número de isótopos-pai! A margem de erro é de apenas alguns M.a. http://www.earth.northwestern.edu/people/seth/202/DECAY/decay.pennies.html Professora Isabel Henriques 112
  • 113. Radiometria Na altura em que a rocha se formou os isótopos ficaram incorporados nos minerais e, nesse momento inicial, apenas existiam isótopos-pai e nenhuns isótopos-filho! Professora Isabel Henriques 113
  • 114. Radiometria O que inferir quando a quantidade de isótopos-filho e isótopos-pai é igual ? Passou um período de semi-vida! O que inferir quando a quantidade de isótopos-filho é 3 vezes superior à quantidade de isótopos-pai? Passaram dois período de semi-vida! Professora Isabel Henriques 114
  • 115. Radiometria Qual o melhor isótopo para datar rochas jovens? É que se a rocha for “velha” e a taxa de decaimento for rápida, os isótopos-pai já se transformaram quase todos em isótopos-filho: sabemos que o relógio isotópico parou, não sabemos é há quanto tempo isso aconteceu! Professora Isabel Henriques 115
  • 116. Radiometria O Carbono-14 é muito usado na arqueologia e é o ideal para datar fósseis ou quaisquer outros resíduos orgânicos… Porquê? •Todos os seres vivos contém carbono. •Ele é aborvido pelos seres fotossintéticos e daí segue por toda a cadeia alimentar! •Quando os seres morrem inicia-se o decaimento! •A arqueologia estuda eventos recentes – interessam isótopos com menor tempo de semi-vida! Professora Isabel Henriques 116
  • 117. Não permite datar rochas sedimentares! •Este método pressupõe que as rochas sejam sistemas fechados, não existindo entradas ou saídas de isótopos. •Mas, se as rochas sofrerem erosão ou meteorização, podem ocorrer perdas de isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a idade atribuída! •Cada grão de areia tem um relógio calibrado para uma data distinta, a qual remonta provavelmente a muito antes de a rocha sedimentar se formar. •Assim, em matéria de cronometragem, a rocha sedimentar é uma confusão. Não serve! Professora Isabel Henriques 117
  • 118. Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à rocha antes de o sofrer! Se tivermos em conta que as rochas metamórficas resultam de modificações, devidas a pressão e tem-peratura, sofridas por outras rochas, o metamorfismo que as afectou não elimina os átomos-filho que elas possam conter nesse momento e, dessa forma, obtém-se uma idade superior à que deveria corresponder à última fase de metamorfismo. Nem sempre as rochas contêm grandes quantidades dos isótopos necessários à sua datação. Professora Isabel Henriques 118
  • 119. As rohas estão constantemente a ser recicladas e transformadas noutras – é impossível datá-las por completo! O melhor há a fazer é combinar todos os métodos de datação para que se consiga elaborar um calendário da História da Terra! Em locais onde ocorram afloramentos com mais do que um tipo de rocha, podem-se datar as rochas magmáticas por datação absoluta e, em seguida, estabelecer uma equivalência com os restantes fenómenos geológicos que se encontrem representados na área em estudo. Professora Isabel Henriques 119
  • 120. As rochas ígneas costumam conter muitos isótopos radioactivos diferentes. A solidificação das rochas ígneas dá-se bruscamente, o que tem uma consequência feliz: todos os relógios de um dado fragmento de rocha são calibrados em simultâneo. Apenas as rochas ígneas proporcionam bons relógios radioactivos! Professora Isabel Henriques 120
  • 122. Por que motivo a estratigrafia não permite medir o tempo de forma absoluta? •Os sedimentos não se acumulam numa taxa constante em nenhum ambiente de sedimentação (podem até haver longos momentos de ausência de sedimentação). •Por exemplo, durante uma inundação, um rio poderá depositar uma camada de areia de vários metros de espessura em questão de poucos dias, enquanto durante todos os anos que se seguirem entre as inundações ele apenas deposita uma camada de areia com poucos centímetros de espessura. •Além disso a taxa de erosão também não é constante. Professora Isabel Henriques 122
  • 125.  http://lectureonline.cl.msu.edu/~mmp/appl ist/decay/decay.htm  http://www.blackgold.ca/ict/Division4/Math /Div.%204/radiometric/index.htm#simulation  http://www.furryelephant.com/player.php?s ubject=physics&jumpTo=re/15Ms17  http://www.youtube.com/view_play_list?p=9 CE5DF26BD7E30F2  http://elearn.stisd.net/mod/resource/view. php?id=2679 Professora Isabel Henriques 125
  • 126. Magnetostratigrafia Os fenómenos de inversão do campo magnético terrestre são eventos globais e síncronos muito frequentes no registo geológico, ocorrendo, aproximadamente, entre 1 e 10 inversões por cada milhão de anos. Professora Isabel Henriques 126
  • 127. Magnetostratigrafia A estes eventos são posteriormente atribuídas idades, sendo propostas escalas magnetostratigráficas que, em conjunto com a biostratigrafia e as datações radiométricas, permitem o estabelecimento de correlações entre diferentes unidades litostratigráficas. Professora Isabel Henriques 127
  • 128. Magnetostratigrafia A Terra, tal como a maior parte dos planetas do Sistema Solar, possui um campo magnético natural.  Este campo magnético é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússola.  O campo magnético terrestre pode ser comparado a um dipolo geocêntrico, estando as linhas de força originadas por este campo magnético distribuídas no espaço como se um íman estivesse situado no centro da Terra, cujo Pólo Sul estaria localizado no hemisfério norte. Professora Isabel Henriques 128
  • 129. Magnetostratigrafia Os constituintes de alguns minerais, como a magnetite (Fe3O4) e a hematite (Fe2O3), podem adquirir de forma permanente uma orientação definida de acordo com a direcção das linhas de força do campo magnético existente na altura da sua magnetização. Professora Isabel Henriques 129
  • 130. Magnetostratigrafia O mesmo modo que o campo magnético terrestre influencia a orientação da agulha de uma bússola. Também os átomos constituintes de certo tipo de minerais presentes quer nos sedimentos, quer em lavas ficam orientados sob a influência deste campo magnético terrestre. Professora Isabel Henriques 130
  • 131. Magnetostratigrafia A magnetostratigrafia estuda as características das rochas estratificadas com base nas suas propriedades magnéticas. Os minerais com propriedades magnéticas são capazes de registar a orientação do campo magnético no momento da sua cristalização. A partir dos estudos das inversões de polaridade em rochas vulcânicas é possível construir uma escala magnetostratigráfica. Professora Isabel Henriques 131
  • 132. DATAÇÃO RELATIVA DATAÇÃO ABSOLUTA “Relógios” sedimentológicos: •“Relógios” sedimentológicos: litostratigrafia ciclos de gelo-degelo “Relógios” paleontológicos: •“Relógios” paleontológicos: biostratigrafia dendrocronologia •Métodos de datação físicos e geofísicos: datações radiométricas e magnetostratigrafia Professora Isabel Henriques 132
  • 135. Disciplina de Geologia 12º Ano Professora Isabel Henriques Professora Isabel Henriques 135