SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
IMAGINÁRIO
                    DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS HISTÓRIAS
                          Franco lo presti seminério

1) CAUSALIDADE – A causalidade será observada nas histórias de acordo com a
   possibilidade da criança estabelecer nexos causais (relações de causa e efeito entre os
   acontecimentos). Partindo do pressuposto de que a capacidade de encadear nexos é
   inata, a criança supostamente passará por etapas de maior ou menor projeção destes
   nexos.
- Ausência de nexos causais explicitados : O relato não contém qualquer nexo de causa
   e efeito entre os vários aspectos de seu conteúdo.
- Nexos forçados ou limitados : As relações de causa e efeito são forçadas (improváveis,
   irreais) ou limitadas (nexos não explicitados, isto é, apenas sugeridos pela criança, mas
   não chegam a ser explicados ou explicitados por ela. Ex.: “As crianças estavam jogando
   bola, aí o vidro quebrou.”). Esta classificação abrange também casos em que a história
   possui apenas um nexo definido, e este é restrito à estimulação das pranchas (Ex.: “A
   criança jogou a bola no vidro e o vidro quebrou.”).
- Nexos intermitentes : Histórias em que já existem nexos causais definidos, mas ainda
   pode-se notar nexos causais forçados ou limitados, havendo uma alternância entre estas
   duas modalidades (ampliada e restrita).
- Nexos definidos : Histórias em que as relações de causa e efeito apresentam-se
   suficientemente plausíveis, dentro das regras da realidade contemplada. Ex.: Em contos
   de fadas, é plausível que mágicas e feitiços aconteçam.

2) AGENTIVIDADE – Nas histórias haverá sempre um agente, exceto nos casos de
   descrição pura e simples, em que não há nenhuma ação. O objetivo é avaliar se há uma
   relação estruturada entre os personagens e o tema central da história.
- Ausência de agentividade : Não há agente na história.
- Ações mínimas e/ou fragmentárias : Histórias em que os personagens desempenham
   ações diferenciadas, que não se integram; ou desempenham microações, mesmo que
   estas estejam relacionadas.
- Agentes parcialmente integrados : História formada por histórias paralelas ou histórias
   onde a relação entre os agentes não esteja totalmente clara.
- Ação contínua, integrada e multifocal : Os atos de um ou mais personagens se
   integram sem perder o “fio da meada”, num discurso total.

3) ORGANIZAÇÃO TEMPORAL – Passagem progressiva de espessuras temporais
   restritas para a ampliação imaginária estendida a passado, presente e futuro em suas
   relações.
- Temporalidade nula e/ou absurda : Seqüência do tempo é incorreta, absurda, como em
   um sonho.
- Momentos isolados : Uso de uma única espessura temporal (passado, presente ou
   futuro); pequenas espessuras que se repetem; ou dois momentos desvinculados, mesmo
   que cada um deles esteja organizado, não há relação temporal entre eles.
- Seqüência não organizada : Tentativa fracassada de organizar temporalmente a
   história.
-  Seqüência organizada : Expansão dos limites temporais no passado e no futuro,
   mantendo a seqüência bem organizada.
4) CONTINGÊNCIA – Competência para ultrapassar progressivamente o lado imediato
   da percepção, construindo uma história que ultrapasse os estímulos presentes.
- Não inserção da prancha ou Descrição do observável : A criança nega-se a inserir a
   prancha em sua história ou simplesmente descreve o que vê (Ex. Aqui tem uma mesa,
   uma geladeira, uma mulher, um homem...).
- Fixação no observável : A criança introduz pequenas coisas, sugeridas no desenho,
   para dar um sentido; não ultrapassa as insinuações do desenho.
- Introdução de fatos novos : A criança cria elementos novos relacionados com a
   prancha, mas não os encadeia, ou os encadeia apenas parcialmente ao enredo da
   história.
- Encadeamento de fatos observáveis e não observáveis : A criança introduz fatos
   novos, não observáveis, mas relacionados com a prancha, relevantes ao enredo, que são
   bem encadeados na história. É um encadeamento global de fatos observáveis e não
   observáveis.

5) INTEGRAÇÃO – Neste tópico pretende-se avaliar se a criança constrói histórias a
   partir de imagens fragmentárias, não havendo integração entre os episódios; se integra
   parcialmente os episódios ou se já constrói episódios estruturados.
- Quadros isolados : A criança limita-se a descrever “flashes”, como estruturas
   momentâneas desarticuladas.
- Conexões parciais : A criança conta fatos com conexões frágeis, sem um fio condutor
   unitário.
- Fluxo lacunar : Histórias que tendem ao nível episódico, mas contêm lacunas, quebras.
- Fluxo contínuo: História estruturada, cujas partes são combinadas coerentemente, sem
   lacunas.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Artigo: Um convite para a reflexão
Artigo: Um convite para a reflexãoArtigo: Um convite para a reflexão
Artigo: Um convite para a reflexão
Gleisi Hoffmann
 
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
claudinapires
 
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De GeologiaAlguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
guestc6212642
 
Sistemas Operativos
Sistemas OperativosSistemas Operativos
Sistemas Operativos
alexiud
 
ClassificaçãO Clave B
ClassificaçãO Clave BClassificaçãO Clave B
ClassificaçãO Clave B
guestc005212
 
ApresentaçãO Do Godri
ApresentaçãO Do GodriApresentaçãO Do Godri
ApresentaçãO Do Godri
Marcos Roberto
 

Destaque (18)

Patricio P
Patricio PPatricio P
Patricio P
 
Artigo: Um convite para a reflexão
Artigo: Um convite para a reflexãoArtigo: Um convite para a reflexão
Artigo: Um convite para a reflexão
 
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
Guia Unidade Modelo Problematica T2 Nov09
 
Sacem3
Sacem3Sacem3
Sacem3
 
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De GeologiaAlguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
Alguns Aspectos A Reter Sobre Os Temas 1 E 2 De Geologia
 
Gilmara Fontoura
Gilmara FontouraGilmara Fontoura
Gilmara Fontoura
 
Ativ8 Luzia
Ativ8 LuziaAtiv8 Luzia
Ativ8 Luzia
 
Resultados 18
Resultados 18Resultados 18
Resultados 18
 
Logos De Ecologia
Logos De EcologiaLogos De Ecologia
Logos De Ecologia
 
Diretoria Do Sintect 2
Diretoria Do Sintect 2Diretoria Do Sintect 2
Diretoria Do Sintect 2
 
Cada Vez mais Hyper
Cada Vez mais HyperCada Vez mais Hyper
Cada Vez mais Hyper
 
Memorama
MemoramaMemorama
Memorama
 
Sistemas Operativos
Sistemas OperativosSistemas Operativos
Sistemas Operativos
 
3º SecretáRio (Bolsista) Irb
3º SecretáRio (Bolsista)   Irb3º SecretáRio (Bolsista)   Irb
3º SecretáRio (Bolsista) Irb
 
Boletim Informativo de Bauru – Agosto/2009
Boletim Informativo de Bauru – Agosto/2009Boletim Informativo de Bauru – Agosto/2009
Boletim Informativo de Bauru – Agosto/2009
 
ClassificaçãO Clave B
ClassificaçãO Clave BClassificaçãO Clave B
ClassificaçãO Clave B
 
Pág.Crianças 31 Outubro
Pág.Crianças 31 OutubroPág.Crianças 31 Outubro
Pág.Crianças 31 Outubro
 
ApresentaçãO Do Godri
ApresentaçãO Do GodriApresentaçãO Do Godri
ApresentaçãO Do Godri
 

Mais de interagindo2010

Mais de interagindo2010 (16)

Desenvolvimento de jogos: Sistema Metacognitivo em mapa conceitual
Desenvolvimento de jogos: Sistema Metacognitivo em mapa conceitualDesenvolvimento de jogos: Sistema Metacognitivo em mapa conceitual
Desenvolvimento de jogos: Sistema Metacognitivo em mapa conceitual
 
Desenvolvimento de jogos: Mapa conceitual
Desenvolvimento de jogos: Mapa conceitualDesenvolvimento de jogos: Mapa conceitual
Desenvolvimento de jogos: Mapa conceitual
 
Desenvolvimento de jogos: Fundamentação Teórica da Formação de Conceitos
Desenvolvimento de jogos: Fundamentação Teórica da Formação de ConceitosDesenvolvimento de jogos: Fundamentação Teórica da Formação de Conceitos
Desenvolvimento de jogos: Fundamentação Teórica da Formação de Conceitos
 
Desenvolvimento de jogos: Jogo de construção de histórias - Fio Condutor Etap...
Desenvolvimento de jogos: Jogo de construção de histórias - Fio Condutor Etap...Desenvolvimento de jogos: Jogo de construção de histórias - Fio Condutor Etap...
Desenvolvimento de jogos: Jogo de construção de histórias - Fio Condutor Etap...
 
Desenvolvimento de jogos: Fio Condutor 2,3 E 4
Desenvolvimento de jogos: Fio Condutor 2,3 E 4Desenvolvimento de jogos: Fio Condutor 2,3 E 4
Desenvolvimento de jogos: Fio Condutor 2,3 E 4
 
Desenvolvimento de jogos: Diagrama De Classes
Desenvolvimento de jogos: Diagrama De ClassesDesenvolvimento de jogos: Diagrama De Classes
Desenvolvimento de jogos: Diagrama De Classes
 
Desenvolvimento de jogos: Crivo paradigmático de Franco seminério para jogos
Desenvolvimento de jogos: Crivo paradigmático de Franco seminério para jogosDesenvolvimento de jogos: Crivo paradigmático de Franco seminério para jogos
Desenvolvimento de jogos: Crivo paradigmático de Franco seminério para jogos
 
Desenvolvimento de jogos: crivo geral de Franco Seminério aplicado a jogos
Desenvolvimento de jogos: crivo geral de Franco Seminério aplicado a jogosDesenvolvimento de jogos: crivo geral de Franco Seminério aplicado a jogos
Desenvolvimento de jogos: crivo geral de Franco Seminério aplicado a jogos
 
Desenvolvimento de jogos: Jogo de criação de vocabulário e treinamento auditivo
Desenvolvimento de jogos: Jogo de criação de vocabulário e treinamento auditivoDesenvolvimento de jogos: Jogo de criação de vocabulário e treinamento auditivo
Desenvolvimento de jogos: Jogo de criação de vocabulário e treinamento auditivo
 
Desenvolvimento de jogos: funções coginitivas atenção e memória
Desenvolvimento de jogos: funções coginitivas atenção e memóriaDesenvolvimento de jogos: funções coginitivas atenção e memória
Desenvolvimento de jogos: funções coginitivas atenção e memória
 
Desenvolvimento de jogos: A Sala Cognitiva
Desenvolvimento de jogos: A Sala CognitivaDesenvolvimento de jogos: A Sala Cognitiva
Desenvolvimento de jogos: A Sala Cognitiva
 
Desenvolvimento de jogos: Linguagens CóDigo - Os A Priori Da Cognição Seminério
Desenvolvimento de jogos: Linguagens CóDigo - Os A Priori Da Cognição SeminérioDesenvolvimento de jogos: Linguagens CóDigo - Os A Priori Da Cognição Seminério
Desenvolvimento de jogos: Linguagens CóDigo - Os A Priori Da Cognição Seminério
 
Desenvolvimento de jogos: Tabela De Linguagens Código
Desenvolvimento de jogos: Tabela De Linguagens CódigoDesenvolvimento de jogos: Tabela De Linguagens Código
Desenvolvimento de jogos: Tabela De Linguagens Código
 
Desenvolvimento de jogos: níveis semióticos, processos tarefas e funções cogn...
Desenvolvimento de jogos: níveis semióticos, processos tarefas e funções cogn...Desenvolvimento de jogos: níveis semióticos, processos tarefas e funções cogn...
Desenvolvimento de jogos: níveis semióticos, processos tarefas e funções cogn...
 
Jogo: Mapa De Protocolos Atencao
Jogo: Mapa De  Protocolos AtencaoJogo: Mapa De  Protocolos Atencao
Jogo: Mapa De Protocolos Atencao
 
Jogo Processos tarefas e níveis semióticos
Jogo Processos tarefas e níveis semióticosJogo Processos tarefas e níveis semióticos
Jogo Processos tarefas e níveis semióticos
 

Último

ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Último (20)

Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 

Desenvolvimento de jogos: Crivo sintagmático de Franco Seminério para aplicação em jogos

  • 1. IMAGINÁRIO DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS HISTÓRIAS Franco lo presti seminério 1) CAUSALIDADE – A causalidade será observada nas histórias de acordo com a possibilidade da criança estabelecer nexos causais (relações de causa e efeito entre os acontecimentos). Partindo do pressuposto de que a capacidade de encadear nexos é inata, a criança supostamente passará por etapas de maior ou menor projeção destes nexos. - Ausência de nexos causais explicitados : O relato não contém qualquer nexo de causa e efeito entre os vários aspectos de seu conteúdo. - Nexos forçados ou limitados : As relações de causa e efeito são forçadas (improváveis, irreais) ou limitadas (nexos não explicitados, isto é, apenas sugeridos pela criança, mas não chegam a ser explicados ou explicitados por ela. Ex.: “As crianças estavam jogando bola, aí o vidro quebrou.”). Esta classificação abrange também casos em que a história possui apenas um nexo definido, e este é restrito à estimulação das pranchas (Ex.: “A criança jogou a bola no vidro e o vidro quebrou.”). - Nexos intermitentes : Histórias em que já existem nexos causais definidos, mas ainda pode-se notar nexos causais forçados ou limitados, havendo uma alternância entre estas duas modalidades (ampliada e restrita). - Nexos definidos : Histórias em que as relações de causa e efeito apresentam-se suficientemente plausíveis, dentro das regras da realidade contemplada. Ex.: Em contos de fadas, é plausível que mágicas e feitiços aconteçam. 2) AGENTIVIDADE – Nas histórias haverá sempre um agente, exceto nos casos de descrição pura e simples, em que não há nenhuma ação. O objetivo é avaliar se há uma relação estruturada entre os personagens e o tema central da história. - Ausência de agentividade : Não há agente na história. - Ações mínimas e/ou fragmentárias : Histórias em que os personagens desempenham ações diferenciadas, que não se integram; ou desempenham microações, mesmo que estas estejam relacionadas. - Agentes parcialmente integrados : História formada por histórias paralelas ou histórias onde a relação entre os agentes não esteja totalmente clara. - Ação contínua, integrada e multifocal : Os atos de um ou mais personagens se integram sem perder o “fio da meada”, num discurso total. 3) ORGANIZAÇÃO TEMPORAL – Passagem progressiva de espessuras temporais restritas para a ampliação imaginária estendida a passado, presente e futuro em suas relações. - Temporalidade nula e/ou absurda : Seqüência do tempo é incorreta, absurda, como em um sonho. - Momentos isolados : Uso de uma única espessura temporal (passado, presente ou futuro); pequenas espessuras que se repetem; ou dois momentos desvinculados, mesmo que cada um deles esteja organizado, não há relação temporal entre eles. - Seqüência não organizada : Tentativa fracassada de organizar temporalmente a história.
  • 2. - Seqüência organizada : Expansão dos limites temporais no passado e no futuro, mantendo a seqüência bem organizada. 4) CONTINGÊNCIA – Competência para ultrapassar progressivamente o lado imediato da percepção, construindo uma história que ultrapasse os estímulos presentes. - Não inserção da prancha ou Descrição do observável : A criança nega-se a inserir a prancha em sua história ou simplesmente descreve o que vê (Ex. Aqui tem uma mesa, uma geladeira, uma mulher, um homem...). - Fixação no observável : A criança introduz pequenas coisas, sugeridas no desenho, para dar um sentido; não ultrapassa as insinuações do desenho. - Introdução de fatos novos : A criança cria elementos novos relacionados com a prancha, mas não os encadeia, ou os encadeia apenas parcialmente ao enredo da história. - Encadeamento de fatos observáveis e não observáveis : A criança introduz fatos novos, não observáveis, mas relacionados com a prancha, relevantes ao enredo, que são bem encadeados na história. É um encadeamento global de fatos observáveis e não observáveis. 5) INTEGRAÇÃO – Neste tópico pretende-se avaliar se a criança constrói histórias a partir de imagens fragmentárias, não havendo integração entre os episódios; se integra parcialmente os episódios ou se já constrói episódios estruturados. - Quadros isolados : A criança limita-se a descrever “flashes”, como estruturas momentâneas desarticuladas. - Conexões parciais : A criança conta fatos com conexões frágeis, sem um fio condutor unitário. - Fluxo lacunar : Histórias que tendem ao nível episódico, mas contêm lacunas, quebras. - Fluxo contínuo: História estruturada, cujas partes são combinadas coerentemente, sem lacunas.