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          UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
                      DO CEARÁ
  MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPUTAÇÃO APLICADA




          FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA




 O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA
   EDUCACIONAL NO ENSINO DA GEOMETRIA




                    FORTALEZA-CE
                        2010
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                 FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA




O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ENSINO DA
                           GEOMETRIA




                           Dissertação apresentada ao curso de Mestrado
                           Integrado    Profissional    em Computação    da
                           Universidade Estadual do Ceará como requisito
                           parcial para obtenção do grau de Mestre em
                           Computação, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria
                           Gilvanise de Oliveira Pontes.




                        FORTALEZA-CE
                            2010
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O48v Oliveira, Francisco Kelsen
        O vídeo pela Internet como ferramenta educacional
     no ensino da Geometria/ Francisco Kelsen de Oliveira. –
     Fortaleza – 2010.
        102 p. il.
        Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira
  Pontes.
        Dissertação (Mestrado Integrado Profissional em
     Computação), Universidade Estadual do Ceará, Centro
     de Ciências e Tecnologia.
        1.Vídeo Educacional. 2. Ensino a Distância. 3.
     Educação Matemática. I – Universidade Estadual do
     Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia.
                                                 CDD: 001.6
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                                   AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por me haver dado forças para seguir esta caminhada com
saúde, dedicação e disposição.
À minha família, em especial, aos meus pais (Raimundo e Antônia), e aos meus irmãos (Edna,
Edson – in memoriam – Elzo, Erison e Max), que ajudaram com vibrações positivas e estímulos a
continuar o percurso sem desistir da luta enfrentada diariamente em busca da realização de um
sonho, para o qual recebi total apoio.
À minha namorada e grande amiga, acima de tudo, Kélvya Freitas Abreu, pelas considerações,
discussões sobre o assunto e compreensão nos mais diversos momentos, ajudando-me a chegar
até aqui.
Aos meus orientadores, Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes e Prof. Dr. José Rogério
Santana, que colaboraram nas orientações dos estudos, no desenvolvimento da pesquisa, na
escrita, nesta formulação do conhecimento e amadurecimento acadêmico pelo qual passei, no
qual a paciência e a dedicação deles foram fundamentais.
Aos Prof. Dr. Elian de Castro Machado e Prof.ª Dr.ª Elisabeth Matos Rocha, pelas considerações
e sugestões realizadas para este trabalho.
Aos meus amigos que nesse período todo torceram pela minha vitória e contribuíram de várias
maneiras para que pudesse atingir minhas metas, sejam os amigos de infância, de estudo, de
trabalho, e em especial ao professor Leão João Dehon Costa.
Aos vários docentes que contribuíram para minha formação acadêmica.
Ao Instituto UFC Virtual, pela colaboração dada à pesquisa, e aos integrantes do Laboratório
Artesanato Digital, bem como à Universidade Estadual do Ceará, em especial ao MPCOMP.
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Dedico à minha família, à Kélvya e
aos meus amigos que sempre me
apoiaram incondicionalmente.
7



                                               RESUMO

Este trabalho pesquisou as possibilidades de utilização de canais de vídeo transmitidos na
Internet, identificando os exemplos existentes e suas respectivas finalidades. Além disso, aferiu-
se como seria o seu uso voltado para a área educacional, já que a Internet possibilitou a inclusão
de novas formas de aprendizagem cujas mediações realizadas por computadores pessoais (PC)
puderam tornar as aulas mais interativas (LÉVY, 1999). Por sua vez, isso aumenta as opções de
trabalho dos professores que quiserem produzir seus conteúdos, dando ênfase às peculiaridades
de sua região, bem como ensejando aos estudantes tornarem-se produtores desses conteúdos, pois
os recursos necessários para produção, gravação e edição de vídeos se encontram mais acessíveis
aos usuários (WOHLGEMUTH, 2005). O armazenamento, a organização e a divulgação desses
vídeos que antes eram impossíveis de serem incluídos nas programações das emissoras de TV,
sejam essas abertas ou por assinatura, foram disponibilizados na Internet com a criação e
expansão do YouTube (ÁVILA, 2008). As escolas públicas não foram excluídas desse processo e
receberam computadores com acesso à Internet, incrementando a quantidade de usuários e
incluindo digitalmente parte da população. O computador, portanto, deixa de ser apenas um
equipamento voltado ao entretenimento, tornando-se uma ferramenta de apoio à difusão da
educação (LÉVY, 1999). Com base nessas possibilidades, foi realizada uma pesquisa
experimental mediante a criação de um curso de Construções Geométricas Elementares (CGE),
no qual abordava conceitos matemáticos e atividades com o uso do Geonext, software de
Geometria Dinâmica. As aulas foram gravadas em vídeos e disponibilizadas em um canal do
YouTube, sendo os alunos divididos em dois grupos: o primeiro teve apenas aulas através dos
vídeos, enquanto o segundo grupo as recebeu com professor no laboratório e os vídeos usados
como ferramenta auxiliar às aulas. Identificou-se, então, a deficiência dos alunos em relação aos
conceitos matemáticos, mas, ao se trabalhar durante o curso, houve resultados positivos. As
ferramentas de comunicação e interação, como fóruns e mensagens, foram utilizadas pelos alunos
para interagir com os demais alunos e professor, pois o vídeo é uma mídia portável a qualquer
plataforma, cujos conteúdos registrados através das imagens e explanações do professor ficam
acessíveis a qualquer momento, lugar ou dispositivo capaz de reproduzir o vídeo.


Palavras-chave: Vídeo Educacional. Educação a Distância. Educação Matemática.
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                                          ABSTRACT
This work researched the possibilities of using video channels broadcast on the Internet,
identifying existing examples and their purposes. Furthermore, it has measured itself as its use
toward the education sector, since the Internet made possible the inclusion of new forms of
learning whose mediations conducted by personal computers (PC) might make lessons more
interactive (LÉVY, 1999). In turn, this increases the work options for teachers who wish to
produce their content, emphasizing the peculiarities of their region, as well as occasioning
students become producers of content, because the resources needed for production, recording
and editing videos are more accessible to users (WOHLGEMUTH, 2005). The storage,
organization and dissemination of videos that were impossible before they are included in
schedules of TV stations, whether they are open or private, were made available on the Internet
with the creation and expansion of YouTube (ÁVILA, 2008). Public schools were not excluded
from that process and received computers with Internet access, increasing the number of users
including digitally and the population. The computer thus becomes not only an equipment
oriented to entertainment, becoming a tool to support the dissemination of education (LÉVY,
1999). Based on these possibilities, we conducted an experimental research by creating a course
in Elementary Geometric Constructions (CGE), in which mathematical concepts and activities
dealt with the use of Geonext, Dynamic Geometry software. The lessons were recorded on video
and displayed on a YouTube channel, with students divided into two groups: the first had only
classes through the videos, while the second group received in the lab with teacher and videos
used as an auxiliary tool to the classes. It was identified, then the disabled students in relation to
mathematical concepts, but when working during the course, there were positive results. The
tools of communication and interaction, such as forums and message boards were used by
students to interact with other students and teacher, because the video is a media portable to any
platform, whose contents recorded through the images and explanations are available to any
teacher time, place or device capable of playing the video.


Keywords: Educational Video. E-learning. Mathematic Education.
9



                                                         LISTA DE FIGURAS


FIGURA 1 – PÁGINA INICIAL DA TV ARI DE SÁ ........................................................................................................... 36
FIGURA 2 – PÁGINA ELETRÔNICA DO AULATUBE ....................................................................................................... 38
FIGURA 3 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL TV CAMPUS PARTY COM TRANSMISSÃO AO VIVO. ................................ 38
FIGURA 4 – BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA RETRANSMITINDO A TV CAMPUS PARTY ............................................. 39
FIGURA 5 – CANAL CAMPUS PARTY NO YOUTUBE COM OS VÍDEOS DAS PALESTRAS E DEBATES. ............................... 40
FIGURA 6 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO DA TV CULTURA DE SÃO PAULO. ......................................... 41
FIGURA 7 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV ESCOLA. ......................................................................................... 42
FIGURA 8 – PÁGINA COM VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA FACULDADE 7 DE SETEMBRO. ................................................. 43
FIGURA 9 – PÁGINA DE STREAMING DA TV FAAP. ...................................................................................................... 44
FIGURA 10 – PÁGINA ELETRÔNICA DA FDR DESTINA ÀS VIDEOAULAS DE UM DE SEUS CURSOS. ................................ 44
FIGURA 11 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FGF COM VÍDEOS DAS ENTREVISTAS. ....................................................... 45
FIGURA 12 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FGV TV NO YOUTUBE. ...................................................................... 46
FIGURA 13 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FUTURA NO YOUTUBE........................................................................ 47
FIGURA 14 – PÁGINA ELETRÔNICA DO FUTURATEC QUE POSSIBILITA O DOWNLOAD DOS VÍDEOS. .............................. 47
FIGURA 15 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS INSTITUCIONAIS DO IFCE. ................................................................ 48
FIGURA 16 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV MEC. ........................................................................................................ 49
FIGURA 17 – PÁGINA ELETRÔNICA DO MIT OPEN COURSEWARE COM VIDEOAULAS. ................................................. 50
FIGURA 18 – PÁGINA INICIAL DA NASA TV NA INTERNET......................................................................................... 51
FIGURA 19 – PÁGINA ELETRÔNICA PARA VISUALIZAÇÃO DAS VIDEOAULAS DO CURSO OBJETIVO. ............................. 52
FIGURA 20 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA UECE ................................................................. 52
FIGURA 21 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA WEBTV UFRJ.................................................................................... 53
FIGURA 22 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UNIFOR. .................................................................................................... 54
FIGURA 23 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO SOB DEMANDA UFCBRASIL ................................................ 55
FIGURA 24 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DO YOUTUBE EDU.................................................................................. 56
FIGURA 25 – PÁGINA INICIAL DO CANAL DE GEOMETRIA DINÂMICA ......................................................................... 58
FIGURA 26 – PÁGINA INICIAL DO BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA ............................................................................ 58
FIGURA 27 – VIDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO POR APARELHO TELEFÔNICO CELULAR. ........................... 59
FIGURA 28 – PÁGINA INICIAL DO GRUPO DE DISCUSSÃO GEONEXT. ........................................................................... 60
FIGURA 29 – VIDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO NA TV. ............................................................................ 74
FIGURA 30 – RELÓGIO DE PULSO COM A AULA 01 DO CURSO DE CGE. ....................................................................... 75
FIGURA 31 – PÁGINA DA TV ASSEMBLÉIA COM STREAMING DE VÍDEO DA PROGRAMAÇÃO. ........................................ 89
FIGURA 32 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV BANDEIRANTES ............................................... 89
FIGURA 33 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV CÂMARA COM STREAMING DE VÍDEO. ........................................................ 90
FIGURA 34 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV DIÁRIO. ........................................................................................ 91
FIGURA 35 – PÁGINA ELETRÔNICA QUE APRESENTA O FLUXO DE VÍDEO EM TEMPO REAL. .......................................... 92
FIGURA 36 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FORTALEZA DA CMF TRANSMITIDO VIA INTERNET. ................................. 93
FIGURA 37 – PÁGINA ELETRÔNICA DESTINADA APENAS AOS VÍDEOS DO PORTAL GLOBO.COM. .................................. 94
FIGURA 38 – EXIBIÇÃO DE UMA DAS CÂMERAS DISPOSTAS NAS OBRAS DO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO. .......................... 94
FIGURA 39 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DO PORTAL JANGADEIRO ON-LINE. ............................. 95
FIGURA 40 – PÁGINA ELETRÔNICA DA STREAMING DE VÍDEO DA TV O POVO. ............................................................ 96
FIGURA 41 – PÁGINA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV O POVO. ............................................................................... 97
FIGURA 42 – PÁGINA DE VÍDEOS DO PORTAL R7 COM MATÉRIAS DA EMISSORA.......................................................... 98
FIGURA 43 – PÁGINA DE VÍDEO DAS REPORTAGENS DA REDETV................................................................................ 98
FIGURA 44 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS DO SBT. ........................................................................................... 99
FIGURA 45 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV SENADO COM STREAMING DE VÍDEO PELA INTERNET.............................. 100
FIGURA 46 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UMLAW. ............................................................................................... 101
FIGURA 47 – PÁGINA ELETRÔNICA COM VÍDEOS DA TV VERDES MARES. ................................................................ 102
10




                                                           LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 66
GRÁFICO 2 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 67
GRÁFICO 3 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 68
GRÁFICO 4 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 69
GRÁFICO 5 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 70
GRÁFICO 6 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 71




                                                           LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – GERAÇÕES DA EAD. ................................................................................................................................. 31
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE VÍDEOS. .................................................................................................... 32
11




                     LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CGD       Canal de Geometria Dinâmica
CGE       Construções Geométricas Elementares
UFC       Universidade Federal do Ceará
UECE      Universidade Estadual do Ceará
SAEB       Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
ANEB       Avaliação Nacional da Educação Básica
ANRESC     Avaliação Nacional do Rendimento Escolar
TIC        Tecnologia de informação e comunicação
HD         Hard Disk
S.I.       Sistemas de informação.
BD         Banco de dados
PNAD      Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar
IBGE      Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LIE       laboratórios de informática educativa
PROINFO   Programa Nacional de Informática na Educação
SEED      Secretaria de Educação a Distância
DITEC     Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica
GESAC     Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão
MEC       Ministério da Educação
IDEB      Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
PCNEM     Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
EaD       Educação a Distância
CD        Compact Disc
DVD       Digital Video Disc
VHS       Video Home System
WWW       World Wide Web
ONG       Organização não-governamental
LIBRAS    Linguagem Brasileira de Sinais
URL       Uniform Resource Locator
TVDI      TV Digital Interativa
UAB       Universidade Aberta do Brasil
AAA       Aprendizagem aberta e a distância
PC         Computador pessoal
S.O.       Sistema operacional
Prof.      Professor
MSN        Microsoft Service Network
LDB        Lei de Diretrizes e Bases da Educação
PCN        Parâmetros Curriculares Nacionais
SMS        Short Messaging Service
IHC        Interação humano-computador
TV         Televisão
12



                                                          SUMÁRIO

1         INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14
2         CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR
          COMPUTADOR ........................................................................................................... 22
2.1       Educação e Tecnologia ................................................................................................. 22
2.2       Educação Matemática .................................................................................................. 27
2.3       Conceito de vídeo .......................................................................................................... 30
2.3.1     Classificação dos tipos de vídeos .................................................................................... 32
2.3.2     Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet ................................................ 33
2.3.2.1   Streaming de vídeo .......................................................................................................... 34
2.3.2.2   Vídeos sob demanda........................................................................................................ 34
2.3.3     Os benefícios do streaming ............................................................................................. 35
3         CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET ...................................................................... 36
3.1       Canal Ari de Sá ............................................................................................................. 36
3.2       Canal AulaTube ............................................................................................................ 37
3.3       Canal TV Campus Party .............................................................................................. 38
3.4       Canal TV Cultura ......................................................................................................... 41
3.5       Canal TV Escola............................................................................................................ 42
3.6       Canal FA7 ...................................................................................................................... 43
3.7       Canal FAAP ................................................................................................................... 43
3.8       Canal FDR ..................................................................................................................... 44
3.9       Canal FGF TV ............................................................................................................... 45
3.10      Canal TV FGV .............................................................................................................. 46
3.11      Canal Futura ................................................................................................................. 46
3.12      Canal IFCE .................................................................................................................... 48
3.13      Canal TV MEC ............................................................................................................. 49
3.14      Canal do MIT Open Courseware ................................................................................ 50
3.15      Canal NASA TV ............................................................................................................ 50
3.16      Canal Objetivo .............................................................................................................. 51
3.17      Canal UECE .................................................................................................................. 52
3.18      Canal UFRJ TV ............................................................................................................ 53
3.19      Canal UNIFOR ............................................................................................................. 53
3.20      Canal UFC Brasil .......................................................................................................... 54
3.21      YouTube EDU ............................................................................................................... 55
4         O CANAL DE VÍDEO EDUCATIVO NA INTERNET ............................................ 57
4.1       Descrição do curso ........................................................................................................ 57
4.2       Metodologia do curso .................................................................................................... 61
4.3       Perfil dos participantes ................................................................................................. 62
4.4       Conteúdos apresentados ............................................................................................... 63
4.5       Avaliação das atividades .............................................................................................. 63
5         RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 66
13



6           CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 74
7           REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 78
APÊNDICE I ................................................................................................................................ 82
APÊNDICE II .............................................................................................................................. 83
APÊNDICE III............................................................................................................................. 84
APÊNDICE IV ............................................................................................................................. 85
APÊNDICE V .............................................................................................................................. 86
APÊNDICE VI ............................................................................................................................. 88
14



1    INTRODUÇÃO

        A busca de conteúdos audiovisuais em sítios de armazenamento e compartilhamento de
vídeo na Internet é cada vez maior, assim como o número de arquivos postados nessas páginas,
sendo possível visualizar a grande quantidade de exibições e de arquivos disponíveis em páginas
como YouTube. Os usuários estão interessados em divulgar suas produções em um local
acessível, gratuito e de ampla abrangência, já que não teriam esse espaço em emissoras de
televisão ou qualquer outro meio de comunicação. Enquanto isso, outros usuários buscam
informações das mais diversas áreas, como: entretenimento, capacitação, aprendizagem e
notícias, compreendendo os formatos audiovisuais das mais diversas áreas do conhecimento.

        Com isso há uma quebra de paradigma, pois os usuários deixam de ser apenas
consumidores de conteúdos para se tornarem produtores desses, ganhando espaço em divulgação
de ampla difusão através da Internet; fato esse quase impossível de ocorrer há alguns anos, já que
as emissoras de televisão eram as produtoras de sua programação, não abrindo espaço para
produtores independentes nas suas grades nem disponibilizando espaço para que seus
telespectadores se tornassem usuários ativos e participativos do processo, assim, perpetuando a
característica meramente passiva dos telespectadores ao somente assistir aos fatos sem opinar ou
refletir acerca do seu ponto de vista.

        Algumas dessas páginas eletrônicas possibilitam o armazenamento, a organização e a
divulgação dos vídeos de maneira prática e gratuita, permitindo ao internauta até a criação de um
canal dedicado com uma programação específica ao assunto. Como exemplos tem-se o YouTube,
página eletrônica voltada para o armazenamento de vídeos, na qual se consegue comunicar com
as redes sociais como Facebook1 Twitter2, permitindo a divulgação das atualizações nesses outros
ambientes.

        Outro exemplo de rede social é o Orkut3, cujos vídeos postados no YouTube podem ser
exibidos na própria página de recados do usuário cadastrado ou mesmo em um espaço dedicado


1
  O Facebook é uma rede social, que possibilita a interação de usuários e foi utilizado para divulgar as videoaulas
postadas no canal de Geometria Dinâmica do YouTube.
2
  O Twitter é uma ferramenta de microblogagem, outra rede social em que seus usuários têm 140 caracteres para
responder a pergunta: O que você está fazendo?
3
  É uma rede social que reúne pessoas do mundo inteiro com diversos interesses, vinculada ao Google e disponibiliza
em sua página eletrônica diversos aplicativos voltados ao entretenimento de seus usuários.
15



apenas à exibição dos vídeos, bastando a cópia do código de incorporação do vídeo existente no
YouTube.

       De acordo com Abreu e Teles (2009), as redes sociais possibilitam muito mais do que
entretenimento, pois também poderiam ser utilizadas com viés educacional para trabalhos
colaborativos. Já de acordo com Graeff (2009), as mídias sociais têm um enorme poder de
publicidade e se bem utilizadas podem garantir bons resultados com o público-alvo, na qual a
propaganda está direcionada. Como exemplo é citado o caso da eleição presidencial dos Estados
Unidos de 2008, cujo candidato Barack Obama consagrou-se vitorioso, principalmente, em razão
do trabalho realizado na Internet, porém, caso não seja bem utilizado, poderá ensejar maiores
prejuízos que a não utilização.

       O Twitter também foi empregado para divulgar a postagem dos vídeos no blog e no canal
de Geometria Dinâmica (CGE) do YouTube, já que este se tornou uma ferramenta bastante
utilizada, em razão das facilidades de comunicação, caso comparado com as demais redes sociais
ou mesmo um blog. A causa principal do crescimento do uso do Twitter está na possibilidade de
interação com origem em telefones móveis, nos quais 68,8% dos domicílios brasileiros possuem
pelo menos um telefone, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD)
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008 (BRASIL, 2009b).

       Na área educacional, não é diferente. O vídeo é usado cada vez mais por professores para
levantar discussões, explanar assuntos e difundir conhecimento. Da mesma forma, os alunos
buscam seu aprendizado através dessa mídia, como anota Cordeiro (2007). Todo esse avanço,
porém, só foi possível em virtude do crescimento da Internet em banda larga e da redução dos
preços de equipamentos, como câmeras digitais e computadores pessoais (PC).

       Esses, por sua vez, se tornaram mais robustos, pois uma máquina convencional
atualmente pode realizar as tarefas necessárias para edição, formatação e divulgação desses
vídeos, sendo necessárias há algum tempo estações dedicadas para se trabalhar com tais
aplicações.

       Ainda hoje alguns profissionais da área e estúdios de vídeo utilizam máquinas dedicadas,
principalmente, para edição de vídeo, porque essa atividade requer maior desempenho do
equipamento.
16



       A evolução também ocorreu com os softwares, pois esses programas de computador
também se tornaram mais acessíveis e fáceis de trabalhar, em decorrência das suas características
intuitivas, ou seja, a cada dia a usabilidade desses programas é considerada pelos
desenvolvedores. Além disso, há também a possibilidade de utilização de vários softwares
gratuitos ou mesmo já incluídos junto aos sistemas operacionais (SO) durante a instalação.

       A pesquisa, portanto, trabalhou a utilização de aulas de Matemática gravadas em vídeos,
buscando identificar as possibilidades de como produzir, divulgar e utilizar conteúdos
audiovisuais educacionais de modo fácil e eficiente, sem muitos recursos financeiros, em uma
plataforma acessível a todos, organizada e de ampla abrangência.

       Dessa forma, um curso na área da Matemática, mais precisamente abordando assuntos
relativos à Geometria Plana, foi elaborado, desenvolvido, divulgado e colocado em prática a
alunos de Ensino Médio como forma de desenvolver, executar, acompanhar, analisar, aferir e
identificar fielmente todas as etapas de constituição dos materiais audiovisuais, bem como de sua
aplicação e resultados obtidos pelos alunos.

       Buscava-se, com efeito, produzir os vídeos de acordo com as demandas surgidas e
identificadas pelos próprios professores de Matemática, que apontaram a deficiência de seus
alunos no que tange à Geometria. Dentre os vários programas educativos de Geometria, o
Geonext foi escolhido por ser gratuito, possuir versões disponíveis para os principais S.O.
utilizados (Windows, Linux e MAC OS), além de poder ser utilizado diretamente a partir de sua
página eletrônica, sem a necessidade de realizar sua instalação na máquina, embora também
tenha essa possibilidade a partir do arquivo existente no sítio.

       O curso de Construções Geométricas Elementares (CGE) foi idealizado por meio de
videoaulas dispostas no YouTube, cuja estrutura do sítio conta com serviço de armazenamento,
divulgação gratuita e ainda serve como referência de busca de conteúdos audiovisuais.

       Através das videoaulas, qualquer pessoa interessada em tal assunto poderá aprender mais
sobre o Geonext e os conceitos básicos de Geometria Plana de maneira cômoda e sem grandes
custos, possibilitando aos professores utilizarem esses vídeos em suas aulas, ou mesmo poderá se
destinar aqueles que desejarem aprender sozinhos sobre a Geometria Plana ou sobre o Geonext.

       Pretende-se, portanto, instigar os educadores a utilizarem o computador, a Internet e os
programas educacionais com seus alunos, com o intuito de apresentar-lhes esses recursos
17



educacionais, nos quais poderão auxiliar no aprendizado, possibilitando novas finalidades de
trabalho ao computador e não apenas destinado ao lazer.

       Almeja-se também motivar os professores a produzir seus conteúdos audiovisuais de
acordo com as suas necessidades, pois o processo de produção, gravação, edição e divulgação
está fácil e acessível, podendo ser trabalhados com câmeras filmadoras, computadores e
softwares disponíveis que se tem em casa, no trabalho, ou no próprio ambiente de ensino.

       A divulgação desses materiais pode ser realizada em canais específicos e dedicados a tal
finalidade na Internet, a fim de facilitar o acesso de todos ao conteúdo, bem como evitar
problemas de armazenamento e visualização, ficando esses dispostos a todos diariamente,
podendo ser visualizados por qualquer plataforma com acesso a Internet, quantas vezes forem
necessárias e a qualquer horário.

       Portanto, o objetivo geral deste trabalho é identificar as possibilidades de utilização de um
canal de vídeos transmitidos via Internet com conteúdo educacional em cursos, seja na
modalidade a distância, semipresencial ou presencial. Para isso, será necessário identificar os
tipos de canais de vídeos transmitidos via Internet, criar um canal de vídeos com teores
educacionais, na área de Matemática, abordando a Geometria Plana; analisar o uso educacional
de canal de vídeo, com suporte nas experiências realizadas no curso de CGE, identificando as
melhores práticas a adotar em seu uso eficiente; e propor novas formas para difusão de conteúdos
em um canal de vídeos transmitidos via Internet para diversas plataformas.

       Os conceitos básicos de Geometria Plana e a apresentação do Geonext foram reunidos em
vídeos e divididos em cinco aulas, compondo o curso de CGE, disponibilizado em um canal do
YouTube, criado para convergir todos os interessados no assunto a tal ambiente, sendo acessado
através do endereço: http://www.youtube.com.br/kelsen2009. As aulas ficavam também dispostas
em um blog (http://kelsenoliveira.blogspot.com), onde os alunos podiam também colocar seus
comentários e responder a enquetes sobre os conteúdos apresentados. Um grupo de discussão
também foi criado para facilitar a comunicação e armazenar demais arquivos interessantes aos
cursistas.

       Com este trabalho, espera-se encontrar as boas práticas para utilização de vídeos nos
processos de ensino e de aprendizagem por intermédio do estudo de dois grupos de alunos com
características semelhantes que participaram das atividades.
18



       As imagens do ambiente laboratorial foram capturadas durante as atividades realizadas
pelos alunos a fim de possibilitar a análise de suas ações, erros, acertos e dúvidas, enfim, buscar
analisar, interpretar e entender as atitudes dos discentes durante o curso, seja em seus momentos
de dúvidas ou mesmo ao se defrontarem com as situações matemáticas nas quais eram sugeridas.

       Para respaldar os argumentos, a pesquisa bibliográfica deu o aporte básico com a
fundamentação teórica de autores envolvidos em estudos sobre os assuntos apresentados, como
Lévy (1999), Cordeiro (2007), Ávila (2008), Moore e Kearsley (2007), Valente (2008) e
Wohlgemuth (2005); embora os trabalhos realizados até então tratem do uso do vídeo em
diversos ambientes, sendo o diferencial deste trabalho o estudo do uso educacional das
videoaulas existentes na Internet. Além disso, a pesquisa experimental foi necessária para
identificar as peculiaridades e regularidades encontradas nos dois grupos analisados.

       Para isso, foram comparados os dados obtidos nas duas experiências, sendo que, no
primeiro grupo, os alunos participaram das atividades em um laboratório, conquanto o professor
não estivesse presente à sala de aula. Nessa perspectiva, o vídeo possibilitou o acesso dos alunos
às explanações do professor sobre o assunto, simulando um curso semipresencial.

       O curso foi totalmente realizado em laboratório de informática a fim de proporcionar a
infraestrutura necessária ao bom acompanhamento do curso pelos alunos, bem como para facilitar
o acompanhamento dos estudantes pela equipe de monitoria, a fim de captar as imagens serem
analisadas, posteriormente, servindo de instrumento à realização da pesquisa.

       No segundo grupo, os alunos estiveram também em um laboratório de informática,
havendo um professor fazendo as explanações. Nessa situação, houve a aula presencial
abordando os conteúdos, além do uso dos vídeos tratando sobre os conteúdos matemáticos a
serem trabalhados com o Geonext. As duas experiências foram realizadas nos laboratórios da
Universidade Federal do Ceará (UFC) e cada aluno ficava em um computador com acesso à
Internet.

       Os resultados apresentados pelas avaliações de larga escala realizadas em âmbito nacional
com alunos de Ensino Médio, obtidos na aferição de dados provenientes do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (SAEB), formado pela Avaliação Nacional da Educação Básica
(ANEB) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), apresentam índices abaixo
dos esperados para os alunos das referidas séries, principalmente na Matemática (BRASIL,
19



2009a). Esses resultados contribuíram para busca de novas possibilidades de ensino que
consigam atrair a atenção dos alunos, bem como reunir maior valor à prática educacional.

       Além disso, a Matemática ainda é uma matéria temida pelos discentes, em especial, em
decorrência da distância entre os conteúdos ensinados em sala de aula e as suas aplicações na
vida dos alunos.

       Considerando os investimentos realizados para inserção das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) nas escolas, bem como o seu aproveitamento de modo eficiente, com base
nos partir dos recursos gratuitos e dinâmicos no alcance de todos os alunos, propõem-se a
utilização de softwares educativos, de conteúdos audiovisuais e recursos disponíveis na grande
rede de computadores para levar aos alunos os assuntos da Matemática, de modo a aproximá-los
da aplicação e das ferramentas tecnológicas, uma realidade vivenciada por muitos, cuja inclusão é
importante para aqueles que estiverem às margens dessa necessidade do mundo moderno.

       A hipótese, então, levantada para possibilitar práticas educacionais mais voltadas à
realidade dos alunos está na inserção de vídeos educacionais dispostos na Internet, pois essas
mídias possibilitam guardar toda a memória de forma fidedigna, gratuita e acessível, com base
em várias plataformas cujo acesso à Internet facilita a divulgação, a busca e a captura, e mesmo
os dispositivos que não tenham acesso à Internet, como pen-drivers, alguns telefones móveis e
players portáteis, podem receber tais materiais via comunicação com outros equipamentos, como
computador.

       Para facilitar a análise dos resultados obtidos nas experiências, foram apreciados os
índices de questões respondidas em branco, corretas, incorretas ou incompletas, considerando o
tempo como fator preponderante, haja vista o fato de que todos os alunos tiveram as mesmas
condições para responder os questionários.

       A pesquisa foi realizada com alunos da Educação Básica de instituições públicas da
Capital cearense, sendo escolhida amostra de dez alunos divididos em duas turmas diferentes
com iguais conteúdos e estrutura física, idênticos equipamentos e condições de infraestrutura
laboratorial, porém com metodologias de abordagens diversificadas, a fim de propiciar as
condições básicas para a analogia ou comparação a ser apresentada no quinto capítulo, mediante
observação e descrição realizada pelo pesquisador com suporte nas ações dos alunos.
20



       Almeja-se também identificar práticas educacionais utilizando recursos e tecnologias
acessíveis aos alunos, sejam aqueles da modalidade presencial, semipresencial, a distância ou
qualquer interessado, pois o intuito principal é a divulgação desses conteúdos educacionais para
quem tiver interesse, sendo possível acessá-lo de várias plataformas, seja com acesso ou não à
Internet.

       Com isso, este ensaio encontra-se estruturado em seções que abrangem todos os aspectos
acerca da pesquisa realizada. O segundo capítulo abordará a fundamentação teórica da pesquisa,
apresentando os conceitos e definições relativos às redes de computadores, ao fluxo de dados na
Internet, aos meios de comunicação, à possibilidade da aprendizagem autônoma e aberta em
cursos na modalidade a distância.

       O terceiro capítulo trata dos exemplos de utilização de canais de vídeos voltados para área
educacional com os mais diversos objetivos que perpassam desde a simples transmissão dos
conteúdos veiculados em um canal de emissora de TV aberta até a divulgação das ações
desenvolvidas por essas instituições. Outro exemplo mostra documentários e entrevistas
realizados por alunos e professores da UFC, enquanto outros exemplos são de canais de vídeos
utilizados para publicidade institucional, nos quais os órgãos utilizam vídeos das ações realizadas
para apresentar à população com maior riqueza de detalhes as ações realizadas. Os demais
exemplos de canais de vídeos se encontram no Apêndice VI, como uma organização não
governamental (ONG) de um bairro da periferia da Capital do Estado do Ceará, que consegue
levar cultura, notícias e informações daquela comunidade para milhares de pessoas espalhadas no
mundo inteiro.

       O quarto módulo exibe o CGE desde a sua estrutura, o público-alvo, os participantes, os
conteúdos ministrados, a duração, a metodologia de trabalho, os softwares utilizados, as
atividades sugeridas aos alunos, a estrutura do curso, as ferramentas de interação dos alunos com
o professor, os meios para divulgação, enfim todas as informações sobre o curso realizado,
mostrando também as peculiaridades entre os grupos participantes.

            O quinto capítulo analisa todos os resultados das experiências, tratando de maneira fácil,
sendo aferidos e estudados os dados obtidos e representados em gráficos e tabelas, organizados e
dispostos sob diversas perspectivas, a fim de facilitar o entendimento de todos os pontos
pesquisados e levados em consideração pelo estudo.
21



        Em seguida, nos dois últimos capítulos são apresentadas a conclusão e as considerações
finais, incluindo as sugestões de trabalhos futuros que poderão dar continuidade a esta pesquisa,
abordando outros aspectos não analisados neste experimento em decorrência do tempo, ou
mesmo pela enorme abrangência do assunto, que levou à delimitação do objeto de pesquisa.
22



2     CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR
      COMPUTADOR


         Este capítulo trata dos conceitos relativos à Educação Matemática, Educação a Distância,
ferramentas tecnológicas de apoio à Educação, bem como sobre o conceito de vídeo e seus tipos,
a fim de que se possam verificar as possibilidades de trabalho com essas ferramentas, abrangendo
tanto as suas aplicações até então, como as novas possibilidades com base nas adequações em
ambientes e plataformas.



2.1    Educação e Tecnologia


         O computador é hoje ferramenta auxiliar em diversas áreas do conhecimento, inclusive na
Educação. Segundo Lévy (1999), o computador deixará de ter apenas as funções de
processamento de dados, tornando-se instrumento de criação, organização, simulação e diversão,
disposto a qualquer usuário.

         Tal afirmação ainda se apresenta de forma atual, visto que a utilização do computador
pessoal (PC) tem finalidade de entretenimento, de comércio, de gerenciamento, enfim várias
aplicações com fins diversos em busca de auxiliar as atividades desempenhadas no cotidiano das
empresas e das pessoas de modo geral, tornando-as mais ágeis e práticas.

         A utilização dos computadores, entretanto, não está restrita apenas ao emprego da
máquina com uma aplicação exclusiva e dedicada ao uso restrito de técnicos capacitados para
ações específicas.

         A ampla difusão do uso do PC tomou o espaço de algumas aplicações, anteriormente só
realizadas por computadores potentes e robustos ou por mainframes4. Agora essas organizações
têm máquinas com recursos independentes de memória e processamento, realizando suas
atividades isoladas ou em grupo através das redes de computadores, desempenhando o seu papel
e ainda possibilitando mais segurança e rapidez na execução de tarefas, sem despender recursos

4
  De acordo com Sawaya (1999), é um computador de grande porte que contém processador principal, memória principal, unidade
aritmética e grupo de registros especiais. Normalmente, está dedicado ao processamento de um grande volume de informações.
Além de suas aplicações dedicadas, a manutenção também era realizada por técnicos capacitados pelos fabricantes, implicando
alto custo de manutenção.
23



financeiros desnecessários à aquisição de máquinas com alto desempenho, nas quais a instituição
não requer todo o poder de processamento comprado.

       Isso, porém, foi possível graças ao desenvolvimento da infraestrutura das redes de
computadores, bem como de suas tecnologias de compressão, transmissão e segurança de
transporte de dados. O uso do PC também trouxe benefícios às micro, pequenas e médias
empresas que não podiam informatizar suas atividades em virtude do alto custo de aquisição e
manutenção dos mainframes. Com os PCs, tem-se uma situação contrária à apresentada
anteriormente, em decorrência do menor preço de aquisição e de manutenção, e cujos softwares
instalados satisfariam as suas necessidades, bastando apenas ter os programas adequados.

       Com os usuários não foi diferente, pois esses utilizavam seus PCs isoladamente,
trabalhando com os aplicativos instalados em seus discos rígidos, termo proveniente do inglês
Hard Disk (HD). Hoje esses usuários querem o computador com acesso à Internet, pois podem se
comunicar com o mundo através da grande rede de computadores, além de ter acesso a filmes,
livros, jogos e demais conteúdos.

       O grande volume de dados armazenados nas máquinas e a necessidade de obtenção desses
a qualquer lugar, porém, deram espaço aos serviços de armazenamento de dados on-line, que tem
ganhado vários adeptos e clientes nos últimos anos. As empresas fornecedoras ou prestadoras
desse serviço ressaltam a questão da segurança e da comodidade em acessar seus conteúdos a
partir de qualquer máquina conectada à Internet. Já a questão da segurança é garantida por de
técnicas de armazenamento que garantem criptografia e compressão dos dados, bem como
servidores com replicação de dados, ou mesmo que garantam a transparência, a escalabilidade, a
disponibilidade e a confiabilidade, características básicas requeridas por um sistema distribuído,
conforme Tanenbaum e Steen (2007).

       Esses usuários, então, podem armazenar seus arquivos em servidores de armazenamento
gratuitos, cujos conteúdos poderão ser acessados de qualquer computador conectado à Internet,
localizado em qualquer lugar do mundo. Isso reduz os espaços dedicados ao armazenamento de
dados locais e ainda possibilita maior segurança ao usuário em caso de ataque ou invasão de
algum software malicioso à máquina. Esse fato impulsionou o aumento de vendas dos
24



computadores ultraportáteis para usuários domésticos chamados de netbooks5, máquinas
destinadas àqueles que tencionam apenas escrever ou editar textos, acessar Internet e realizar
outras ações básicas na máquina.

         Da mesma forma, as empresas hoje utilizam seus sistemas de informação (SI) em
ambientes, nos quais os dados armazenados em bancos de dados (BD) possam ser acessados de
qualquer lugar, bem como as operações de alterações, consultas, cadastros e exclusões. De acordo
com Laudon e Laudon (2007), as empresas buscam soluções que reúnam cada vez mais
benefícios aos seus serviços, de modo a tornarem-se mais competitivas e satisfazer as
necessidades de seus clientes.

         O serviço de armazenamento de dados em servidores na grande rede de computadores
passa a ser prestado por empresas especializadas que garantem a segurança e o acesso remoto aos
dados desde qualquer máquina ligada à Internet. A segurança é garantida por técnicas, assim o
controle rigoroso de refrigeração, umidade e nível de oxigênio dos ambientes em que os
servidores são instalados, sendo utilizadas até portas antichamas, máquinas que retirem o
oxigênio em excesso do ambiente – para evitar o sobejo de comburente em caso de um possível
princípio de incêndio e o próprio desgaste dos equipamentos causados pela oxidação – e sistemas
de detecção e alarme a qualquer princípio de incêndio. Isso tudo mostra o alto custo que a
informação tem nos dias atuais, principalmente numa sociedade tecnológica, onde o valor pago
por uma informação importante se torna cada vez maior, podendo até ser motivo para algum
conflito bélico.

         Conforme Castells (2003), a Internet é o tecido de vida das pessoas. Se a tecnologia da
informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, a Internet poderia ser comparada
tanto à rede elétrica, quanto ao motor elétrico, em razão de distribuir a força da informação por
todo o domínio da atividade humana.

         Isso mostra a tamanha importância da rede mundial de computadores para as atividades
desenvolvidas na sociedade moderna, pela qual a importância do serviço de conexão à Internet
pode ser comparada à eletricidade, sendo uma realidade, pois vários dos sistemas que se têm
atualmente funcionam de maneira síncrona com servidores remotos de dados, provendo as


5
  São computadores portáteis ou superportáteis com recursos baseados aos usuários da Internet. Possuem peso reduzido, recursos
limitados e baixo consumo da bateria.
25



solicitações aos usuários quase em tempo real. Um exemplo prático são os terminais de
autoatendimento das instituições financeiras, que oferecem as informações atualizadas aos seus
clientes em todo e qualquer terminal.

         A área educacional também se beneficiou da utilização das TICs, que possibilitou o
acesso de muitas pessoas aos bancos escolares por meio da Educação a Distância (EaD), sendo
esses mediados por computadores com acesso à Internet em locais muito distantes do Brasil,
sendo as condições de acesso a essas regiões bastante difíceis ou até mesmo inacessíveis em
alguns períodos do ano, mas que agora têm acesso aos mesmos recursos anteriormente
disponíveis apenas nos grandes centros urbanos e suas áreas limítrofes.

         Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) conseguem fazer a simulação da sala de
aula convencional mediante a inserção de animações e códigos programáveis. Os laboratórios de
Física e Química também são simulados em programas de computadores para facilitar o
aprendizado dos alunos, que não possuem tais ambientes em suas instituições de ensino.

         Deve-se ressaltar, contudo, que essas simulações não conseguem substituir por completo
tais ambientes, pois algumas características, como o olfato, paladar e o tato não podem ser
aferidas nos laboratórios virtuais de modo verossímil; entretanto possibilitam a apresentação
inicial aos estudantes sem acesso a esses laboratórios, seja por causa da distância de suas
residências aos grandes centros de pesquisa ou mesmo por falta de recursos financeiros para
construir e manter os ambientes equipados com todos os recursos necessários (ABREU,
BAPTISTA e OLIVEIRA, 2009).

         O computador também possibilitou a inserção de outras funções antes disponíveis a
equipamentos específicos. É possível atualmente no computador ouvir música, assistir aos
programas de TV ou vídeos em DVD ou em blue-ray6, interagir em jogos, falar com pessoas, seja
utilizando apenas áudio ou o conjunto de áudio e vídeo, enfim reuniu as funções oferecidas por
diversos aparelhos, como, respectivamente, de som, a TV e leitores de mídias em DVD ou blue-
ray, consoles de jogos e até mesmo o telefone, cuja função de chamada com vídeo só foi
agregada aos aparelhos móveis da 3ª geração, os chamados aparelhos celulares 3G. Embora



6
  É uma mídia de armazenamento que possibilita a alocação de até 25 GB em uma camada ou 50 GB em duas camadas, devido ao
feixe de luz azul, laser responsável pela gravação na mídia, que tem um menor comprimento de onda se comparado com o do
laser convencional (feixe de luz vermelha), possibilitando a aproximação dos setores consecutivos das trilhas dos discos.
26



tenham sido feitas experiências anteriormente com telefones fixos, os valores dos equipamentos
tornaram inviáveis a sua comercialização em larga escala.

       Assim, tem-se a convergência de mídias ou a convergência digital, em que as
funcionalidades de vários equipamentos são dispostas apenas em um, reunindo em um só
dispositivo ao incorporar as funções de outros. A princípio, o computador tem conseguido
convergir várias funções de outros equipamentos eletrônicos, seja em razão de inserções de
placas de hardware específicas para cada função, ou em decorrência do desenvolvimento de
softwares que, conectados à Internet, conseguem prover tais serviços e funções.

       Alguns serviços, contudo, como a transmissão de vídeos pela Internet, só foram possíveis
efetivamente graças ao crescimento das taxas de transferências de arquivos pelas infraestruturas
de conexões das redes telemáticas, ou a chamada Internet em banda larga, mesmo ainda estando
em processo de expansão em nosso País, em consequência dos elevados valores cobrados pelas
empresas de telecomunicações que ofertam o serviço e do baixo poder aquisitivo da maioria da
população, que não pode pagar pelo acesso ao serviço.

       De acordo com a PNAD 2008 (BRASIL, 2009c), dos domicílios particulares
permanentemente     urbanos   pesquisados    pelos   recenseadores,   apenas      25,5%   possuem
computadores em casa e apenas 19,6% têm acesso à Internet, enquanto a televisão em cores, por
exemplo, encontra-se em 94,8% dos domicílios, valor acima da quantidade de geladeiras, por
exemplo, encontradas em 93,3% dos domicílios, apresentando um aumento considerável nesses
percentuais se comparando com a pesquisa anterior (BRASIL, 2007b).

       As escolas tornam-se os locais de acesso à tecnologia, pois os programas governamentais
de inclusão digital oferecem equipamentos às escolas públicas, que receberam, nos últimos anos,
PCs e impressoras para montagem dos laboratórios de informática educativa (LIE). Isso
possibilita a realização de aulas mediadas por essas TICs, proporcionando aplicação de novos
recursos pedagógicos que possam facilitar o aprendizado dos estudantes mediante a utilização de
vídeos, animações, jogos e outros conteúdos interativos que consigam chamar e apreender a
atenção dos estudantes, tornando o aprendizado prazeroso e natural, pois esse interagirá com o
conhecimento por meio da ferramenta.

       O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), por exemplo, é um
projeto do Governo Federal, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED),
27



mediado pelo Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC) em parceria com as
secretarias de Educação dos estados e dos municípios, possibilitando o uso das TICs nas escolas
públicas   (BRASIL,     2007a).   Assim,     são   disponibilizados   computadores,   impressoras,
estabilizadores, no-breaks e roteadores à escola, tendo que receber como contrapartida da
instituição de ensino, seja municipal ou estadual, um ambiente pronto e de acordo com as
diretrizes estabelecidas para a construção do LIE.

       O programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC)
possibilita o acesso do cidadão à Internet, bem como aos demais serviços de inclusão digital,
possibilitando o acesso aos serviços públicos, proporcionando ao cidadão o acesso aos serviços
do e-Gov (BRASIL, 2009d), que são os serviços oferecidos pela Internet, economizando tempo
do cidadão que não precisará despendê-lo em filas para buscar uma declaração ou documento
fornecido por algum órgão público federal.

       A difusão da tecnologia em um país como o Brasil representa avanços, principalmente se
esses recursos forem levados aos municípios mais distantes dos grandes centros urbanos ou
menos favorecidos por políticas públicas, pois poderá levar educação através da EaD, ou saúde
pela Telemedicina.

        Quando se trata de educação, pode-se ter várias possibilidades, abrangendo desde o uso
das TICs para alunos da Educação Básica até os cursos de graduação e pós-graduação
semipresenciais oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Além disso, pode-se
proporcionar o acesso à aprendizagem aberta e a distância (AAA) que, segundo Belloni (1999), é
o processo de aprendizagem livre no tempo, no espaço e no ritmo, de modo que os interessados
em conhecer mais sobre o assuntos específicos possam ter acesso a tais conteúdos.



2.2   Educação Matemática


       Mesmo com os investimentos realizados na Educação, os índices apresentados pelos
sistemas de avaliação com aferição do desempenho dos alunos nas provas não são proporcionais
aos percentuais de investimento. Essas avaliações apresentam resultados muito preocupantes,
principalmente nas disciplinas de Português e Matemática.
28



       Embora os resultados apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) mostrem o
alcance de metas como alguns dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em
alguns âmbitos (BRASIL, 2008), é possível perceber que os alunos estão sendo aprovados, mas
ainda com deficiências em Matemática, já que o foco de análise deste trabalho será nessa
disciplina, sendo perceptível pelos relatos de educadores sob exame de seus alunos.

       De acordo com Pontes (2009), a Matemática é considerada por muitos alunos como o
grande terror das disciplinas, pois não exige apenas conhecimento teórico sobre o assunto
abordado, mas também raciocínio lógico e interpretação de texto, além de estarem inseridos nas
demais ciências cuja contextualização solicita conhecimentos interdisciplinares, os quais muitas
vezes, não recebem a devida importância.

       Segundo D’Ambrósio (1991), a descontextualização da Matemática em relação às demais
ciências durante o ensino-aprendizagem é um erro que causa grande prejuízo, principalmente na
formação das crianças, pois essas passam a ver a Matemática de maneira isolada sem qualquer
ligação com a sua realidade, sendo o fato perpetuado para séries seguintes. Assim, a Matemática
é vista e estudada de maneira isolada, sem relacionamento com os demais conteúdos e até sem
possibilidade de aplicação na vida.

       As orientações complementares dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) compilam
a defesa do MEC em garantir aos alunos o desenvolvimento de competências e habilidades e para
a Matemática, expressando:

                      Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros
                      conhecimentos traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são
                      essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o pensamento do
                      aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações, para se apropriar de
                      linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar
                      decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua formação. (BRASIL,
                      2002, p. 111)
       Partindo dessa possibilidade, a escolha da utilização da Geometria Plana, dentre os vários
assuntos da Matemática, está exatamente em tentar suprir uma necessidade dos alunos de fazer a
Matemática, visualizando suas formas, tamanhos, dimensões, aplicações e demais aspectos que,
muitas vezes, são desconsiderados ou esquecidos durante as explanações em sala, bem como
contextualizando os assuntos as suas aplicações no cotidiano em algo usado diariamente por
todos, mas sem apresentação dos seus relacionamentos com os conteúdos das demais disciplinas
com os devidos teores e conceitos matemáticos envolvidos.
29



           Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio - PCNEM (BRASIL,
1999) a utilização das TICs deve ser buscada pelos educadores como forma de possibilitar aos
alunos o bom aprendizado, sob a perspectiva da realidade do mundo onde estão inseridos, assim
como possibilitar a interdisciplinaridade com as demais ciências.

           Então, o uso de software educativo na área da Matemática foi definido para o CGE,
porém, dentre os vários programas, o Geonext foi escolhido por ter uma boa usabilidade, ou seja,
tem uma interface com o usuário bastante amigável, enquanto outros com outras funções e
recursos ainda não possuem interfaces fáceis de trabalhar que poderão comprometer o
aprendizado de alguns estudantes.

           O Geonext surge, então, como um programa de Matemática que aborda a Geometria
Dinâmica, possibilitando ao professor apresentar conteúdos como Geometria Plana de uma
maneira diferente do convencional, usando giz ou pincel, quadro, papel, régua e compasso, já que
as construções realizadas poderão ser apreciadas sob diversas perspectivas (SANTANA, 2006).

           A escolha do programa ocorreu pela facilidade como esse pode ser utilizado, já que é
possível salvar uma cópia gratuitamente a partir da sua página eletrônica (http://www.geonext.de)
e instalado no PC sem a necessidade de comprar nenhuma licença de uso, pois se trata de um
software livre, baseado na licença GNU/GLP. Além disso, possui versões para os principais
sistemas operacionais (S.O.) do mercado: Windows, Linux e MAC OS.

           O outro modo de utilização é pela versão on-line, que funciona desde o próprio sítio do
programa, porém, nesse caso, a grande desvantagem está na velocidade da conexão à Internet, na
qual a baixa taxa de transmissão de dados levará muito tempo para o carregamento das aplicações
inicialmente, mas, depois da carga completa, todas as funções funcionam normalmente pelo
navegador Web, como se estivesse instalado na máquina.

           As vantagens em utilizá-lo pela Internet são a independência de S.O. e o fato de não
requerer espaço em disco para armazenamento, pois o PC com acesso à Internet e com plugins7
usados para a navegação na Web serão suficientes para utilizar o programa sem ocupar nenhum
espaço no disco rígido (HD) da máquina.




7
    É um pequeno programa de computador que adiciona funções, ou função especial a um programa maior.
30



       A difusão da Internet e, principalmente, em alta velocidade ou em banda larga também
possibilitou a disseminação de conhecimento disposto não apenas em textos, mas também em
outras mídias como vídeos e animações. Percebe-se, assim, o grande sucesso de sites como
YouTube, que armazena milhares de vídeos, muitos deles educacionais, acessados e assistidos
diariamente por milhares de pessoas com os mais diversos interesses.



2.3   Conceito de vídeo


       A comunicação é uma necessidade do homem, sendo realizada por diversos tipos de
linguagens e meios. Desde a antiguidade, é possível verificar a necessidade de comunicação
audiovisual que havia naquela época a partir de desenhos realizados nas rochas com situações de
seu cotidiano e possíveis ainda de serem visualizados.

       Segundo Wohlgemuth (2005), a grande vantagem do vídeo está no fato de ser uma
ferramenta que conserva as mensagens, permitindo a massificação da transmissão e uma
homogeneização dos conteúdos, no sentido do tratamento do áudio e vídeo, de modo a tornar
mais inteligível a seus usuários. O mesmo autor também apresenta como característica
significativa a utilização da linguagem visual que possui características importantes a serem
trabalhadas nos processos de ensino e aprendizagem, sendo a visão veloz, compreensiva e,
simultaneamente, analítica e sintética, requerendo pouca energia para funcionar e ainda trabalha à
velocidade da luz.

       Isso permite o recebimento e a conservação de um grande volume de informações em
frações de segundos, possibilitando, posteriormente, a reexibição do conteúdo como um todo, ou
apenas de um trecho específico que não foi bem compreendido, sendo ainda mais facilitado nos
dias atuais com a utilização de mídias com cada vez mais capacidade de armazenamento de dados
com alta qualidade de som e imagem. De acordo com Machado (1993 apud Cordeiro, 2007, p.
39), o vídeo:

                       [...] é um sistema hibrido; pois opera com códigos significantes distintos, parte
                       importada do cinema, parte importada do teatro, da literatura, do rádio, e mais
                       modernamente da computação gráfica, aos quais acrescenta alguns recursos expressivos
                       específicos, alguns modos de formar ideias ou sensações que lhe são exclusivos, mas
                       que não são suficientes por si só, para construir a estrutura de uma obra.
31



       Contudo, a utilização de vídeo com finalidade educacional não é de agora, de acordo com
a classificação das gerações da EaD. Segundo Moore e Kearsley (2007), vários recursos
tecnológicos e de comunicação, dentre eles o vídeo, foram empregados com o intuito, de cada
vez mais facilitar a aprendizagem, como mostra o Quadro 1 abaixo:



Quadro 1 – Gerações da EaD.
Gerações    Característica    Características
            Principal

1ª          Tecnologia        Caracterizada pelo estudo por correspondência com o uso de
Geração     Impressa          material impresso. Estudo independente.

2ª          Teleducação       Caracterizada pelo uso de rádio e televisão. Aulas gravadas
Geração                       distribuídas em formato de videoteipes, fita cassete e satélite.

3ª          Universidade      Surgiu com a experiência da Universidade Aberta do Reino
Geração     Aberta            Unido. Nova modalidade de organização da tecnologia e de
                              recursos humanos, conduzindo a novas técnicas de instrução e
                              a uma nova teorização da educação. Tecnologias utilizadas
                              ainda eram guias de estudo impressos e orientação por
                              conferência, transmissão pelo rádio e televisão, audioteipes
                              gravados, conferências por telefone, kits para experiência em
                              casa e recursos de uma biblioteca local. Também o suporte e
                              orientação para alunos, discussão em grupo.

4ª          Teleconferência   Caracterizada pelo uso de redes por satélite com áudio, vídeo
Geração                       e computador em tempo real. Muito utilizada no treinamento
                              corporativo.

5ª          Internet/web      Caracterizada pelo uso de classes virtuais on-line com base na
Geração                       Internet e aprendizagem colaborativa. Utilização de textos,
                              áudios e vídeos em única plataforma.
Fonte: Moore e Kearsley (2007) com modificações.


       E importante ressaltar, porém, que, durante a evolução da EaD, não há necessariamente a
substituição de uma tecnologia por outra, pois os desenvolvimentos tecnológicos são produzidos
com base nas incorporação e nos ajustes às mídias utilizadas em gerações anteriores, havendo a
possibilidade de todas as gerações coexistirem no mesmo espaço de tempo.
32



         A utilização da Internet possibilitou reunir mais valor, pois os vídeos ou os demais
conteúdos não estão limitados apenas a uma emissora de TV que centraliza o conteúdo e os
distribui apenas em horários predeterminados, muitas vezes, ou quase sempre, definidos sem
consulta prévia aos seus telespectadores. Além disso, evita a prática da gravação de tais
conteúdos em fitas cassetes ou VHS, que eram e ainda são, em algumas circunstâncias, enviadas
aos alunos, porém, não são atualizados constantemente, já que a cada envio de atualização aos
alunos tornaria ainda mais caro o processo, tornando os materiais desatualizados muito
rapidamente.

         Os conteúdos agora estão disponíveis em servidores dispostos na Web8 e podem ser
acessados por qualquer máquina conectada à Internet. A atualização do material também ocorre
no servidor de conteúdo, possibilitando a todos os usuários o acesso a conteúdos atualizados. Os
usuários que possuem computadores sem conexão à Internet, no entanto, também terão acesso
aos conteúdos atualizados, bastando apenas conectar a tal servidor a partir de alguma máquina
com acesso a Web e salvar os conteúdos em algum dispositivo de armazenamento como pen-
drive, CD, DVD ou HD externo, e acessá-los em suas máquinas, modelo semelhante ao utilizado
durante a segunda geração da EaD, apresentado no Quadro 1, provando realmente a possibilidade
de coexistência das gerações nos dias atuais.



2.3.1    Classificação dos tipos de vídeos

         Sendo o objetivo de utilizar o vídeo para fins educacionais é possível classificá-los em
diversos tipos de acordo como apresentado em Machado (1993 apud CORDEIRO, 2007, p. 39):


Quadro 2 – Classificação dos tipos de vídeos.
Classificação          Características

Videoprocesso Essa modalidade vem sendo incorporada com frequência nos processos de
ou         vídeo aprendizagem, devido ao acesso cada vez maior dos usuários com
interativo       máquinas de vídeos. Tem-se como exemplos experimentos audiovisuais
                 produzidos por alguns alunos para posteriormente fazer uma análise e
                 uma nova produção.

8
  É o termo utilizado para representar a rede de alcance mundial (World Wide Web – WWW), pela qual os documentos hipermídia
são interligados e executados na Internet.
33



Videolição         Considerada como uma aula expositiva utilizada de forma exaustiva sobre
                   determinado tema. A videolição pode ser usada em temas mais complexos
                   em que seja necessário algum estímulo como movimento-som-conteúdo.

Vídeo     como É utilizado quando se tem como objetivo principal a demonstração da
função         realidade, assim como os seus atributos de máxima objetividade e de
informativa    cópia exata da realidade. Há alguns questionamentos e comparação com a
               afirmação de que a fotografia é apenas um recorte da realidade e o vídeo
               faz essa mesma trajetória.

Vídeo    como Tem por objetivo motivar aquele que assiste. Neste caso específico, a
função        imagem midiática tenta demonstrar que, mais do que a palavra, ela pode
motivadora    provocar afeto e emoções.

Vídeo       com Neste caso, o vídeo é o instrumento mais indicado, porque permite maior
função          aproximação do objeto a ser estudado. O vídeo investigativo tem sua
investigativa   função muito próxima da função informativa, com um caráter diferencial,
                que é o de pesquisar de modo mais efetivo o fenômeno no qual
                objetivamente o autor tenha a intenção; compreender esta função
                significativa, perceber todas as suas potencialidades e considerar as
                produções e as várias formas de interação com os objetivos propostos.

Vídeo              Existem vários tipos de reportagem, como, por exemplo, a improvisada, a
reportagem         conduzida e a documental, estabelecendo parâmetros e objetivos bem
                   delimitados e com planejamento de resultados, a fim de que tais
                   planejamentos sejam realmente alcançados.

Videoentrevista É utilizada para resgatar depoimentos de especialistas, de determinado
                tema, podendo ser inclusive editada. É necessário utilizar perguntas claras
                e objetivas para o entrevistado. É importante pesquisar sobre o tema,
                sobre a pessoa entrevistada, ter uma conversa anterior e definir o roteiro a
                ser seguido.

Vídeo         de É utilizado para apresentar ideias ou para apurar fatos de determinados
opinião          assuntos, envolvendo vários agentes que tenham conhecimento sobre um
                 mesmo tema.

Mesa-redonda       É utilizado para suscitar opiniões sobre temas predefinidos com a
ou debate          confrontação de ideias entre os participantes, sendo uma boa maneira para
                   despertar os questionamentos e debates, bem como a criticidade de quem
                   participa desse processo de ensino e aprendizagem.
   Fonte: Machado, 1993 apud Cordeiro, 2007 (com modificações).


2.3.2   Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet
34



       Com o vídeo ocorre da mesma maneira, pois servidores de armazenamento de conteúdos
são disponibilizados na grande rede de computadores para armazenar tais conteúdos,
disponibilizados aos seus usuários de duas formas: vídeos sob demanda e streaming de vídeo.



2.3.2.1 Streaming de vídeo


       Segundo Ávila (2008), a streaming de vídeo é a tecnologia utilizada para transmitir
vídeos através das redes de computadores, sendo essas internas ou externas, como a Internet, não
havendo a necessidade de realizar um download prévio. Dessa forma, é possível assistir ao vídeo
ainda durante a transmissão das partes posteriores, já que há um buffer destinado para o
armazenamento temporário desses arquivos.

       É importante lembrar que não há a necessidade de destinar espaço em HD para
armazenamento, além de possibilitar maior interatividade, pois o usuário pode parar o vídeo no
instante desejado, usando os mesmos softwares já instalados na máquina para visualização de
arquivos de áudio e vídeo, ou mesmo podendo assistir ou ouvir tal conteúdo a partir do navegador
web instalado na máquina, bastando apenas a instalação do plugin para essa finalidade.



2.3.2.2 Vídeos sob demanda


       Já com a utilização dos vídeos sob demanda, ainda de acordo com Ávila (2008, p. 85),
tais conteúdos ficam armazenados e à disposição do usuário para o instante em que ele quiser
assistir, sendo um modo de streaming, mas que não é ao vivo. As vantagens estão em não haver a
necessidade de realizar o download do arquivo para a máquina, embora haja programas com essa
finalidade. Além disso, pode ser aberto em qualquer página eletrônica, sendo que em alguns
casos há a possibilidade de exibir o vídeo na página de Internet, mesmo que o arquivo de vídeo
esteja em outro servidor diferente do servidor de hospedagem da página web.

   Outra vantagem para quem utilizará este tipo de streaming é que não há a necessidade de
contratar uma empresa especializada em serviços de transmissão de fluxos contínuos de vídeo,
35



pois o armazenamento de tais conteúdos no servidor é o bastante para referenciar o endereço,
fazendo a chamada a partir da página eletrônica.



2.3.3       Os benefícios do streaming

            A necessidade de exploração de novos meios de comunicação e das novas tecnologias
torna uma tendência o uso do streaming na grande rede de computadores, pois permite a
transmissão on-line mais livre de imperfeições, bem como um pouco mais democrática, ao ponto
de possibilitar a criação e divulgação de conteúdos por qualquer cidadão, dando-lhe a
oportunidade que outrora era apenas das estações de rádio e TV, já que agora é possível qualquer
pessoa produzir seu vídeo e divulgar em sua página eletrônica ou mesmo em um espaço
reservado para seus conteúdos no YouTube.

            As emissoras de rádio e TV, contudo, também possuem interesses nessa tecnologia, pois
possibilitam maior abrangência de sua programação a usuários espalhados pelo mundo inteiro, já
que agora a máquina conectada à Internet possibilitará assistir à programação em tempo real de
uma emissora localizada no outro extremo do mundo, tendo antes o limite das ondas de
radiofrequência emitidas pela antena da estação, cujas áreas distantes do seu raio de abrangência
recebiam um sinal de baixa qualidade, portanto, solucionando esse problema.

              E para tornar o serviço cada vez melhor, foi criado o Intelligent Streaming, que segundo
Ávila (2008), são as adaptações necessárias à melhoria da transmissão, detectando o nível de
tráfego na rede a fim de possibilitar menos erros e perdas de quadros de imagem durante as
transmissões. Logo, isso possibilita as aplicações do serviço para vários objetivos como, a
transmissão de sinal, EaD, publicidade, entretenimento, Webcast9 e também telecomunicações.




9
    É a transmissão de vídeo e áudio por streaming pela Internet.
36



3     CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET

       Com base na pesquisa do uso de canais de vídeos na Internet, neste capítulo, serão
apresentados alguns dos exemplos de aplicações de canais de vídeos com fins educativos
identificados no decorrer da pesquisa. Dentre esses, estão exemplos de canais voltados à
divulgação das ações institucionais, ou mesmo com programação de cunho educacional, com
aulas, entrevistas e documentários.



3.1   Canal Ari de Sá
       O Canal Ari de Sá pertence a uma instituição de ensino particular do Estado do Ceará,
atuando no Ensino Básico, cujas videoaulas estão voltadas aos assuntos do Ensino Médio,
principalmente com ênfase ao vestibular, sendo apresentado na FIGURA 1.




                          FIGURA 1 – Página inicial da TV Ari de Sá


       Dessa forma, a TV Ari de Sá (http://www.tvari.com.br/), como a instituição denomina,
consegue transmitir as aulas de seus professores e demais vídeos educacionais através da página
eletrônica cujos conteúdos são disponibilizados e acessados de acordo com a necessidade de seus
alunos, utilizando uma transmissão sob demanda, ou seja, os conteúdos audiovisuais ficam
37



dispostos no servidor e são exibidos apenas aqueles que serão executados de maneira organizada,
facilitando a busca de acordo com a disciplina, o programa, o dia de realização ou professor.

         Assim, a instituição consegue fazer com que seus alunos acompanhem as aulas que
ocorrem todas as noites de segunda a sexta-feira no horário em que desejarem, no local onde
estiverem, bem como todo e qualquer aluno interessado, já que o conteúdo está disponível para
todos.

         Essa também foi uma saída encontrada pela escola para disponibilizar conteúdos aos
alunos de escolas que utilizam os materiais da Editora Saber, chamado Sistema Ari de Sá de
Ensino, pois muitas dessas instituições estão em locais cujas ondas de rádio e TV das emissoras
locais não abrangem e a contratação de uma emissora nacional aumentaria os custos desse
empreendimento.

         Na TV Ari de Sá, são também disponibilizados os comentários de provas de vestibulares e
demais avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O Canal
também possui programas gravados diariamente como o programa Ari de Sá no Ar, transmitido
diariamente por uma estão de FM local, sendo os vídeos das aulas postados ao final de cada uma
na TV Ari de Sá.

         Há também vídeos de entrevistas sobre o vestibular, assim como de conteúdos de
Atualidades, que são comentados sob as perspectivas da História, Geografia e demais disciplinas
envolvidas. A instituição também utiliza o espaço para publicidade, postando os vídeos de suas
campanhas publicitárias divulgadas nos veículos de comunicação local como rádio, TV, outdoors
e busdoors.



3.2   Canal AulaTube
         O AulaTube apresenta conteúdos audiovisuais sob demanda nas mais variadas áreas,
abordando aulas e tutoriais sobre a utilização de programas de computador, ou mesmo mostrando
como fazer trabalhos manuais, e até vídeos de cursos ensinando a sambar. Os vídeos são
armazenados através do YouTube, sendo visualizado a partir da página eletrônica do AulaTube,
que pode ser acessada pelo endereço http://www.aulatube.com.br, como pode ser conferido na
FIGURA 2.
38




                         FIGURA 2 – Página eletrônica do AulaTube



3.3   Canal TV Campus Party
       O Campus Party é um evento de Informática, ocorrido pela terceira vez no Brasil em
2010, que trata de novidades tecnológicas, Internet, softwares, desenvolvimento de aplicações e
uma série de informações sobre tecnologia, conseguindo reunir pessoas das 27 unidades da
Federação. O evento também ocorre em outros países, como Colômbia, México e Espanha,
conforme mostrado na FIGURA 3.




      FIGURA 3 – Página eletrônica do canal TV Campus Party com transmissão ao vivo.


       Em 2010, o evento ocorreu entre os dias 26 e 31 do mês de janeiro, na cidade de São
Paulo, com debates, discussões, palestras, minicursos e mesas-redondas sobre os temas
39



mencionados acima, entretanto, com a novidade da transmissão ao vivo do evento pela Internet,
através de streaming de vídeo.

       Além disso, outras páginas eletrônicas poderiam retransmitir o canal, disponível no
endereço http://tv.campus-party.org/, bastando para isso incluir o script fornecido pela própria
TV Campus Party no código da página pessoal ou em um blog, por exemplo. Dessa forma, o blog
de Geometria Dinâmica criado para facilitar o acesso às videoaulas do Curso de Construções
Geométricas Elementares fez a retransmissão das palestras e debates ocorridos durante os seis
dias do evento, como apresentado na FIGURA 4.




         FIGURA 4 – Blog de Geometria Dinâmica retransmitindo a TV Campus Party


       A retransmissão de canais de TV é uma prática muito comum, principalmente quando se
trata de transmissão via satélite em que a emissora necessita incluir conteúdos regionais
dedicados aos seus diversos públicos, bem como quando intente manter uma boa qualidade de
sinal, pois as emissoras afiliadas retransmitem a programação, recebendo o sinal e aumentando a
potência com intuito de que toda área consiga receber um sinal de qualidade. Essa prática chega,
então, ao ambiente da Web com o objetivo de causar maior publicidade ao evento, bem como à
página que retransmite, pois aumentará a quantidade de acessos.

       O evento também criou a possibilidade de acompanhar as palestras e os debates,
principalmente para quem não conferiu a transmissão ao vivo, a partir do streaming de vídeos, ou
quem quisesse rever poderia acompanhar os vídeos que eram postados no canal Campus Party,
40



criado      no    YouTube,      como       mostra     a     FIGURA        5,    no      endereço
http://www.youtube.com/campusparty.

         Nessa situação, tinha-se um espaço dedicado para armazenamento dos vídeos que
poderiam ser assistidos de acordo com a necessidade dos usuários, ou seja, vídeos sob demanda.

         Além disso, esses vídeos poderiam ser salvos, utilizando programas de downloads de
vídeos da Internet, entretanto, o tamanho dos vídeos, cujas palestras tinham durações que
chegavam a 1h40min, requerendo uma conexão com boa taxa de transmissão, podendo
impossibilitar o download de usuários com conexão de baixa velocidade.




     FIGURA 5 – Canal Campus Party no YouTube com os vídeos das palestras e debates.

     Um ponto importante a ser considerado é a transmissão do evento desde a captação da
imagem dos próprios participantes cujas visualizações dos diversos ambientes do evento eram
possíveis dos telefones celulares, câmeras digitais e demais dispositivos portáreis de captura de
imagens, ou mesmo a própria câmera integrada aos computadores portáteis.

     Essas imagens eram transmitidas a páginas eletrônicas como UStream, disponível no
endereço http://www.ustream.tv/, possibilitando a transmissão de vídeo e áudio pela Internet dos
mais diversos conteúdos possíveis, bastando apenas realizar um cadastro na página com dados
sobre o usuário, assim como do canal de broadcast que será criado.

     Nessa perspectiva, concretiza-se ainda mais a possibilidade de os usuários transformarem-
se em produtores de conteúdo de qualquer lugar, ou em qualquer momento, bastando apenas ter
em mão um equipamento de captação de imagens comum, um computador portátil, seja notebook
ou netbook, e uma conexão à Internet.
41



      Isso possibilita a divulgação do evento em tempo real e sob a visão daquele usuário,
libertando-se, portanto, dos padrões predeterminados pelas grandes emissoras de televisão, ou
meios de comunicação, nos quais estão presos às empresas financiadoras de publicidade.

      As redes sociais também foram importantes para garantir a interatividade dos usuários,
principalmente daqueles que acompanhavam o evento pela Internet, pois poderiam enviar
perguntas aos palestrantes pelo Twitter, ou mesmo acompanhar trechos das palestras através das
postagens dos participantes na página oficial do evento na referida rede, acessada em
http://twitter.com/cpbrasil, também utilizada para informar a programação e teve um grande
volume de postagens durante o evento.



3.4   Canal TV Cultura
      É uma emissora de TV aberta, de caráter educativo, mantida pela Fundação Padre Anchieta
e instituída pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem uma programação definida 24 horas
por dia e que está na Web através de transmissão de eventos, assim como a visualização de
vídeos de reportagens, debates e de programas com discussões sobre temas importantes
transmitidos   em   seus    programas,   como     visto   na   FIGURA      6   e   no   endereço:
http://www.iptvcultura.com.br/.




         FIGURA 6 – Página eletrônica do canal de vídeo da TV Cultura de São Paulo.


      De acordo com a classificação disposta em Cordeiro (2007), a maioria dos materiais é de
videoentrevistas provenientes do programa Roda Viva, consagrado da emissora, onde os
convidados são entrevistados por vários jornalistas e profissionais ligados à área de interesse do
entrevistado. Há também os vídeo-reportagens das matérias apresentadas nos telejornais da
emissora, ainda de acordo com a classificação feita por Cordeiro (2007).
42



      Dessa forma, tem-se a possibilidade de assistir ao conteúdo via fluxo sob demanda em
horário diferente daquele previsto pela programação estabelecida pela emissora. Além disso, o
usuário pode fazer a própria programação com os vídeos dispostos na página eletrônica.



3.5   Canal TV Escola
      O Ministério da Educação (MEC) mantém um canal de educação durante 24 horas por dia,
transmitido via satélite e pela Internet, no endereço: http://portal.mec.gov.br/tvescola/.

      O portal da TV Escola disponibiliza o fluxo contínuo de vídeo com programas educativos,
documentários, séries nacionais e internacionais que podem ser utilizados para capacitação dos
professores, bem como fonte de materiais de pesquisa para docentes, a fim de que tais conteúdos
possam ser utilizados como materiais didáticos, pois, como apresenta Cordeiro (2007), o vídeo
também pode ser utilizado como função motivadora da discussão, podendo o seu uso
proporcionar debates sobre temas importantes e atuais, como apresentado pela FIGURA 7.




                       FIGURA 7 – Página eletrônica inicial da TV Escola.


      Além disso, há materiais em textos para auxiliar a prática docente através de vídeos,
mostrando como iniciar um debate, como realizar as atividades, a qual público deve ser aplicada
tal atividade, quais assuntos e temas transversais devem ser levantados, enfim, há várias
sugestões de como o professor poderá proceder com o uso de vídeo na sala de aula, já que, além
do canal de TV, as escolas também recebem vídeos em DVDs e CDs, possibilitando o uso de
mídias audiovisuais na sala de aula.
43



3.6   Canal FA7
      A Instituição de Ensino Superior (IES) privada Faculdade 7 de Setembro também reserva
um espaço especifico à divulgação de seus vídeos institucionais, com entrevistas e publicidade,
denominando tal espaço de TV FA7, sendo que os vídeos sob demanda existentes em tal espaço
estão armazenados no YouTube e adicionados à página da TV FA7 através de links. Essa é uma
maneira rápida e fácil de criar um canal de comunicação com o público, tanto através do espaço
reservado em seu portal, quanto do YouTube, canal de compartilhamento de vídeos mais
utilizado do mundo, podendo ser acessado a partir da página inicial do portal da FA7, como visto
na FIGURA 8, encontrado no endereço: http://www.fa7.edu.br .




          FIGURA 8 – Página com vídeos institucionais da Faculdade 7 de Setembro.


      A criação de um canal de TV transmitido via Internet serve também como laboratório
adequado ao aprendizado de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, que
poderão colocar em pratica os conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas, utilizando um
ambiente que a cada dia é mais aplicado para diversas finalidades, inclusive publicitária e
jornalística, cujas IES devem formar seus alunos também voltados para esses nichos de mercado.



3.7   Canal FAAP
      A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), mantenedora da IES FAAP, também
mantém uma emissora de TV com programação durante 24 horas por dia com transmissão via
Internet, para divulgação dos trabalhos acadêmicos de seus alunos, que também produzem a sua
programação juntamente com uma equipe de profissionais da área, como visto na FIGURA 9 e
disponível no endereço: http://www.faap.br/tvfaap. Assim, a TV disponibiliza o fluxo contínuo
44



de vídeo de sua programação, além dos vídeos dos eventos realizados pela instituição que, de
acordo com Cordeiro (2007), podem ser classificados como vídeo-reportagem, videoentrevista e
vídeo de mesa-redonda ou debates.




                       FIGURA 9 – Página de streaming da TV FAAP.


3.8   Canal FDR
      A Fundação Demócrito Rocha (FDR), ligada ao grupo de comunicação O Povo, oferece
cursos de extensão semipresenciais nas mais diversas áreas, em parceria com as IES do Estado do
Ceará. Para isso utiliza AVA, fascículos impressos encartados semanalmente em jornal de
circulação regional, central de atendimento para prover informações aos cursistas e aulas
presenciais com os autores dos materiais impressos, como mostra a FIGURA 10.




      FIGURA 10 – Página eletrônica da FDR destina às videoaulas de um de seus cursos.
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      Para reunir e organizar todos os conteúdos audiovisuais obtidos nos encontros presenciais,
ou os vídeos sob demanda, há um canal com todas as videoaulas organizadas por professor e
assunto, cujos vídeos são armazenados no YouTube e podem ser visualizados na própria página,
no endereço: http://www.fdr.com.br.

      Além das videoaulas, seguindo a classificação de Cordeiro (2007), há também vídeos com
entrevistas com especialistas das áreas dos cursos oferecidos, bem como com reportagens sobre
os assuntos abordados nos cursos produzidos pela instituição e transmitidos pela TV O Povo.



3.9   Canal FGF TV
      A Faculdade da Grande Fortaleza é outra IES privada que mantém um canal de TV
transmitido via TV por assinatura, mas também disponibiliza os vídeos sob demanda com
entrevistas e debates realizados semanalmente em seus estúdios, como mostra a FIGURA 11 a
página eletrônica com os vídeos armazenados no YouTube, podendo ser acessada pelo endereço:
http://www.fgf.edu.br/novo/default.asp.




            FIGURA 11 – Página eletrônica da TV FGF com vídeos das entrevistas.


      A TV FGF, como é denominada pela instituição, tem parceria com outras emissoras de TVs
tendo seus principais programas veiculados nessas emissoras parceiras como a TV Fortaleza e a
TV da Assembleia Legislativa do Ceará.
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3.10 Canal TV FGV
       A Fundação Getúlio Vargas também utiliza a Internet como ferramenta auxiliar a sua
atuação, marcando espaço nas principais redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter, Flickr10 e
Google Buzz11. Além disso, tem um canal de vídeos sob demanda no YouTube, como mostrado
na     FIGURA          12,     que      mostra       o     canal      FGV       TV       disponível       no      endereço:
http://www.youtube.com/user/fgvtv.




                     FIGURA 12 – Página eletrônica do canal FGV TV no YouTube.


       De acordo com Cordeiro (2007), os vídeos existentes no canal FGV TV são classificados
como videoentrevistas, videodebates e vídeos com função informativa, pois esses têm o objetivo
de esclarecer o público sobre algum acontecimento ou informação importante. Muitas vezes, é
realizado por especialistas e pode compor um videodocumentário.



3.11 Canal Futura
       O canal Futura é uma emissora de TV educativa mantida por várias empresas parceiras que
contribuem para produção de matérias de cunho educacional e transmitida via TV por assinatura,
sendo a Fundação Roberto Marinho a principal mantenedora. Há um canal no YouTube com

10
   É uma rede social para hospedagem e compartilhamento de imagens, permitindo aos usuários organizarem suas fotos em
álbuns, sendo atualmente mantido pelo Yahoo.
11
   É o serviço do Google que disponibiliza microblogagem e interação com as principais redes sociais a partir do Gmail, que é o
serviço de correio eletrônico web do Google.
47



vídeos dos programas, como mostrado na FIGURA 13, disponível no endereço:
http://www.youtube.com/user/canalfutura.




                 FIGURA 13 – Página eletrônica do Canal Futura no YouTube.


     A grande novidade, contudo, está na possibilidade de obter esses conteúdos audiovisuais
pelo portal FuturaTec através de download via programas de compartilhamento de arquivo como
BitTorrent, que trabalha baseado na arquitetura peer-to-peer (P2P) cuja página eletrônica pode
ser vista na FIGURA 14 e acessada pelo endereço: http://www.futuratec.org.br.




     FIGURA 14 – Página eletrônica do FuturaTec que possibilita o download dos vídeos.


     A arquitetura P2P está baseada em conceitos de sistemas distribuídos que quebra um pouco
a hierarquia centralizada das redes de computadores, se comparada com a arquitetura cliente-
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  • 1. 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPUTAÇÃO APLICADA FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ENSINO DA GEOMETRIA FORTALEZA-CE 2010
  • 2. 2 FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ENSINO DA GEOMETRIA Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Integrado Profissional em Computação da Universidade Estadual do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Computação, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes. FORTALEZA-CE 2010
  • 3. 3 O48v Oliveira, Francisco Kelsen O vídeo pela Internet como ferramenta educacional no ensino da Geometria/ Francisco Kelsen de Oliveira. – Fortaleza – 2010. 102 p. il. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes. Dissertação (Mestrado Integrado Profissional em Computação), Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia. 1.Vídeo Educacional. 2. Ensino a Distância. 3. Educação Matemática. I – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia. CDD: 001.6
  • 4. 4
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus por me haver dado forças para seguir esta caminhada com saúde, dedicação e disposição. À minha família, em especial, aos meus pais (Raimundo e Antônia), e aos meus irmãos (Edna, Edson – in memoriam – Elzo, Erison e Max), que ajudaram com vibrações positivas e estímulos a continuar o percurso sem desistir da luta enfrentada diariamente em busca da realização de um sonho, para o qual recebi total apoio. À minha namorada e grande amiga, acima de tudo, Kélvya Freitas Abreu, pelas considerações, discussões sobre o assunto e compreensão nos mais diversos momentos, ajudando-me a chegar até aqui. Aos meus orientadores, Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes e Prof. Dr. José Rogério Santana, que colaboraram nas orientações dos estudos, no desenvolvimento da pesquisa, na escrita, nesta formulação do conhecimento e amadurecimento acadêmico pelo qual passei, no qual a paciência e a dedicação deles foram fundamentais. Aos Prof. Dr. Elian de Castro Machado e Prof.ª Dr.ª Elisabeth Matos Rocha, pelas considerações e sugestões realizadas para este trabalho. Aos meus amigos que nesse período todo torceram pela minha vitória e contribuíram de várias maneiras para que pudesse atingir minhas metas, sejam os amigos de infância, de estudo, de trabalho, e em especial ao professor Leão João Dehon Costa. Aos vários docentes que contribuíram para minha formação acadêmica. Ao Instituto UFC Virtual, pela colaboração dada à pesquisa, e aos integrantes do Laboratório Artesanato Digital, bem como à Universidade Estadual do Ceará, em especial ao MPCOMP.
  • 6. 6 Dedico à minha família, à Kélvya e aos meus amigos que sempre me apoiaram incondicionalmente.
  • 7. 7 RESUMO Este trabalho pesquisou as possibilidades de utilização de canais de vídeo transmitidos na Internet, identificando os exemplos existentes e suas respectivas finalidades. Além disso, aferiu- se como seria o seu uso voltado para a área educacional, já que a Internet possibilitou a inclusão de novas formas de aprendizagem cujas mediações realizadas por computadores pessoais (PC) puderam tornar as aulas mais interativas (LÉVY, 1999). Por sua vez, isso aumenta as opções de trabalho dos professores que quiserem produzir seus conteúdos, dando ênfase às peculiaridades de sua região, bem como ensejando aos estudantes tornarem-se produtores desses conteúdos, pois os recursos necessários para produção, gravação e edição de vídeos se encontram mais acessíveis aos usuários (WOHLGEMUTH, 2005). O armazenamento, a organização e a divulgação desses vídeos que antes eram impossíveis de serem incluídos nas programações das emissoras de TV, sejam essas abertas ou por assinatura, foram disponibilizados na Internet com a criação e expansão do YouTube (ÁVILA, 2008). As escolas públicas não foram excluídas desse processo e receberam computadores com acesso à Internet, incrementando a quantidade de usuários e incluindo digitalmente parte da população. O computador, portanto, deixa de ser apenas um equipamento voltado ao entretenimento, tornando-se uma ferramenta de apoio à difusão da educação (LÉVY, 1999). Com base nessas possibilidades, foi realizada uma pesquisa experimental mediante a criação de um curso de Construções Geométricas Elementares (CGE), no qual abordava conceitos matemáticos e atividades com o uso do Geonext, software de Geometria Dinâmica. As aulas foram gravadas em vídeos e disponibilizadas em um canal do YouTube, sendo os alunos divididos em dois grupos: o primeiro teve apenas aulas através dos vídeos, enquanto o segundo grupo as recebeu com professor no laboratório e os vídeos usados como ferramenta auxiliar às aulas. Identificou-se, então, a deficiência dos alunos em relação aos conceitos matemáticos, mas, ao se trabalhar durante o curso, houve resultados positivos. As ferramentas de comunicação e interação, como fóruns e mensagens, foram utilizadas pelos alunos para interagir com os demais alunos e professor, pois o vídeo é uma mídia portável a qualquer plataforma, cujos conteúdos registrados através das imagens e explanações do professor ficam acessíveis a qualquer momento, lugar ou dispositivo capaz de reproduzir o vídeo. Palavras-chave: Vídeo Educacional. Educação a Distância. Educação Matemática.
  • 8. 8 ABSTRACT This work researched the possibilities of using video channels broadcast on the Internet, identifying existing examples and their purposes. Furthermore, it has measured itself as its use toward the education sector, since the Internet made possible the inclusion of new forms of learning whose mediations conducted by personal computers (PC) might make lessons more interactive (LÉVY, 1999). In turn, this increases the work options for teachers who wish to produce their content, emphasizing the peculiarities of their region, as well as occasioning students become producers of content, because the resources needed for production, recording and editing videos are more accessible to users (WOHLGEMUTH, 2005). The storage, organization and dissemination of videos that were impossible before they are included in schedules of TV stations, whether they are open or private, were made available on the Internet with the creation and expansion of YouTube (ÁVILA, 2008). Public schools were not excluded from that process and received computers with Internet access, increasing the number of users including digitally and the population. The computer thus becomes not only an equipment oriented to entertainment, becoming a tool to support the dissemination of education (LÉVY, 1999). Based on these possibilities, we conducted an experimental research by creating a course in Elementary Geometric Constructions (CGE), in which mathematical concepts and activities dealt with the use of Geonext, Dynamic Geometry software. The lessons were recorded on video and displayed on a YouTube channel, with students divided into two groups: the first had only classes through the videos, while the second group received in the lab with teacher and videos used as an auxiliary tool to the classes. It was identified, then the disabled students in relation to mathematical concepts, but when working during the course, there were positive results. The tools of communication and interaction, such as forums and message boards were used by students to interact with other students and teacher, because the video is a media portable to any platform, whose contents recorded through the images and explanations are available to any teacher time, place or device capable of playing the video. Keywords: Educational Video. E-learning. Mathematic Education.
  • 9. 9 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – PÁGINA INICIAL DA TV ARI DE SÁ ........................................................................................................... 36 FIGURA 2 – PÁGINA ELETRÔNICA DO AULATUBE ....................................................................................................... 38 FIGURA 3 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL TV CAMPUS PARTY COM TRANSMISSÃO AO VIVO. ................................ 38 FIGURA 4 – BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA RETRANSMITINDO A TV CAMPUS PARTY ............................................. 39 FIGURA 5 – CANAL CAMPUS PARTY NO YOUTUBE COM OS VÍDEOS DAS PALESTRAS E DEBATES. ............................... 40 FIGURA 6 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO DA TV CULTURA DE SÃO PAULO. ......................................... 41 FIGURA 7 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV ESCOLA. ......................................................................................... 42 FIGURA 8 – PÁGINA COM VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA FACULDADE 7 DE SETEMBRO. ................................................. 43 FIGURA 9 – PÁGINA DE STREAMING DA TV FAAP. ...................................................................................................... 44 FIGURA 10 – PÁGINA ELETRÔNICA DA FDR DESTINA ÀS VIDEOAULAS DE UM DE SEUS CURSOS. ................................ 44 FIGURA 11 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FGF COM VÍDEOS DAS ENTREVISTAS. ....................................................... 45 FIGURA 12 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FGV TV NO YOUTUBE. ...................................................................... 46 FIGURA 13 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FUTURA NO YOUTUBE........................................................................ 47 FIGURA 14 – PÁGINA ELETRÔNICA DO FUTURATEC QUE POSSIBILITA O DOWNLOAD DOS VÍDEOS. .............................. 47 FIGURA 15 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS INSTITUCIONAIS DO IFCE. ................................................................ 48 FIGURA 16 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV MEC. ........................................................................................................ 49 FIGURA 17 – PÁGINA ELETRÔNICA DO MIT OPEN COURSEWARE COM VIDEOAULAS. ................................................. 50 FIGURA 18 – PÁGINA INICIAL DA NASA TV NA INTERNET......................................................................................... 51 FIGURA 19 – PÁGINA ELETRÔNICA PARA VISUALIZAÇÃO DAS VIDEOAULAS DO CURSO OBJETIVO. ............................. 52 FIGURA 20 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA UECE ................................................................. 52 FIGURA 21 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA WEBTV UFRJ.................................................................................... 53 FIGURA 22 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UNIFOR. .................................................................................................... 54 FIGURA 23 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO SOB DEMANDA UFCBRASIL ................................................ 55 FIGURA 24 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DO YOUTUBE EDU.................................................................................. 56 FIGURA 25 – PÁGINA INICIAL DO CANAL DE GEOMETRIA DINÂMICA ......................................................................... 58 FIGURA 26 – PÁGINA INICIAL DO BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA ............................................................................ 58 FIGURA 27 – VIDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO POR APARELHO TELEFÔNICO CELULAR. ........................... 59 FIGURA 28 – PÁGINA INICIAL DO GRUPO DE DISCUSSÃO GEONEXT. ........................................................................... 60 FIGURA 29 – VIDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO NA TV. ............................................................................ 74 FIGURA 30 – RELÓGIO DE PULSO COM A AULA 01 DO CURSO DE CGE. ....................................................................... 75 FIGURA 31 – PÁGINA DA TV ASSEMBLÉIA COM STREAMING DE VÍDEO DA PROGRAMAÇÃO. ........................................ 89 FIGURA 32 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV BANDEIRANTES ............................................... 89 FIGURA 33 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV CÂMARA COM STREAMING DE VÍDEO. ........................................................ 90 FIGURA 34 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV DIÁRIO. ........................................................................................ 91 FIGURA 35 – PÁGINA ELETRÔNICA QUE APRESENTA O FLUXO DE VÍDEO EM TEMPO REAL. .......................................... 92 FIGURA 36 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FORTALEZA DA CMF TRANSMITIDO VIA INTERNET. ................................. 93 FIGURA 37 – PÁGINA ELETRÔNICA DESTINADA APENAS AOS VÍDEOS DO PORTAL GLOBO.COM. .................................. 94 FIGURA 38 – EXIBIÇÃO DE UMA DAS CÂMERAS DISPOSTAS NAS OBRAS DO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO. .......................... 94 FIGURA 39 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DO PORTAL JANGADEIRO ON-LINE. ............................. 95 FIGURA 40 – PÁGINA ELETRÔNICA DA STREAMING DE VÍDEO DA TV O POVO. ............................................................ 96 FIGURA 41 – PÁGINA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV O POVO. ............................................................................... 97 FIGURA 42 – PÁGINA DE VÍDEOS DO PORTAL R7 COM MATÉRIAS DA EMISSORA.......................................................... 98 FIGURA 43 – PÁGINA DE VÍDEO DAS REPORTAGENS DA REDETV................................................................................ 98 FIGURA 44 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS DO SBT. ........................................................................................... 99 FIGURA 45 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV SENADO COM STREAMING DE VÍDEO PELA INTERNET.............................. 100 FIGURA 46 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UMLAW. ............................................................................................... 101 FIGURA 47 – PÁGINA ELETRÔNICA COM VÍDEOS DA TV VERDES MARES. ................................................................ 102
  • 10. 10 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 66 GRÁFICO 2 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 67 GRÁFICO 3 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 68 GRÁFICO 4 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 69 GRÁFICO 5 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 70 GRÁFICO 6 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 71 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – GERAÇÕES DA EAD. ................................................................................................................................. 31 QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE VÍDEOS. .................................................................................................... 32
  • 11. 11 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CGD Canal de Geometria Dinâmica CGE Construções Geométricas Elementares UFC Universidade Federal do Ceará UECE Universidade Estadual do Ceará SAEB Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica ANEB Avaliação Nacional da Educação Básica ANRESC Avaliação Nacional do Rendimento Escolar TIC Tecnologia de informação e comunicação HD Hard Disk S.I. Sistemas de informação. BD Banco de dados PNAD Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LIE laboratórios de informática educativa PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação SEED Secretaria de Educação a Distância DITEC Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica GESAC Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão MEC Ministério da Educação IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica PCNEM Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio EaD Educação a Distância CD Compact Disc DVD Digital Video Disc VHS Video Home System WWW World Wide Web ONG Organização não-governamental LIBRAS Linguagem Brasileira de Sinais URL Uniform Resource Locator TVDI TV Digital Interativa UAB Universidade Aberta do Brasil AAA Aprendizagem aberta e a distância PC Computador pessoal S.O. Sistema operacional Prof. Professor MSN Microsoft Service Network LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação PCN Parâmetros Curriculares Nacionais SMS Short Messaging Service IHC Interação humano-computador TV Televisão
  • 12. 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14 2 CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR COMPUTADOR ........................................................................................................... 22 2.1 Educação e Tecnologia ................................................................................................. 22 2.2 Educação Matemática .................................................................................................. 27 2.3 Conceito de vídeo .......................................................................................................... 30 2.3.1 Classificação dos tipos de vídeos .................................................................................... 32 2.3.2 Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet ................................................ 33 2.3.2.1 Streaming de vídeo .......................................................................................................... 34 2.3.2.2 Vídeos sob demanda........................................................................................................ 34 2.3.3 Os benefícios do streaming ............................................................................................. 35 3 CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET ...................................................................... 36 3.1 Canal Ari de Sá ............................................................................................................. 36 3.2 Canal AulaTube ............................................................................................................ 37 3.3 Canal TV Campus Party .............................................................................................. 38 3.4 Canal TV Cultura ......................................................................................................... 41 3.5 Canal TV Escola............................................................................................................ 42 3.6 Canal FA7 ...................................................................................................................... 43 3.7 Canal FAAP ................................................................................................................... 43 3.8 Canal FDR ..................................................................................................................... 44 3.9 Canal FGF TV ............................................................................................................... 45 3.10 Canal TV FGV .............................................................................................................. 46 3.11 Canal Futura ................................................................................................................. 46 3.12 Canal IFCE .................................................................................................................... 48 3.13 Canal TV MEC ............................................................................................................. 49 3.14 Canal do MIT Open Courseware ................................................................................ 50 3.15 Canal NASA TV ............................................................................................................ 50 3.16 Canal Objetivo .............................................................................................................. 51 3.17 Canal UECE .................................................................................................................. 52 3.18 Canal UFRJ TV ............................................................................................................ 53 3.19 Canal UNIFOR ............................................................................................................. 53 3.20 Canal UFC Brasil .......................................................................................................... 54 3.21 YouTube EDU ............................................................................................................... 55 4 O CANAL DE VÍDEO EDUCATIVO NA INTERNET ............................................ 57 4.1 Descrição do curso ........................................................................................................ 57 4.2 Metodologia do curso .................................................................................................... 61 4.3 Perfil dos participantes ................................................................................................. 62 4.4 Conteúdos apresentados ............................................................................................... 63 4.5 Avaliação das atividades .............................................................................................. 63 5 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 66
  • 13. 13 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 74 7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 78 APÊNDICE I ................................................................................................................................ 82 APÊNDICE II .............................................................................................................................. 83 APÊNDICE III............................................................................................................................. 84 APÊNDICE IV ............................................................................................................................. 85 APÊNDICE V .............................................................................................................................. 86 APÊNDICE VI ............................................................................................................................. 88
  • 14. 14 1 INTRODUÇÃO A busca de conteúdos audiovisuais em sítios de armazenamento e compartilhamento de vídeo na Internet é cada vez maior, assim como o número de arquivos postados nessas páginas, sendo possível visualizar a grande quantidade de exibições e de arquivos disponíveis em páginas como YouTube. Os usuários estão interessados em divulgar suas produções em um local acessível, gratuito e de ampla abrangência, já que não teriam esse espaço em emissoras de televisão ou qualquer outro meio de comunicação. Enquanto isso, outros usuários buscam informações das mais diversas áreas, como: entretenimento, capacitação, aprendizagem e notícias, compreendendo os formatos audiovisuais das mais diversas áreas do conhecimento. Com isso há uma quebra de paradigma, pois os usuários deixam de ser apenas consumidores de conteúdos para se tornarem produtores desses, ganhando espaço em divulgação de ampla difusão através da Internet; fato esse quase impossível de ocorrer há alguns anos, já que as emissoras de televisão eram as produtoras de sua programação, não abrindo espaço para produtores independentes nas suas grades nem disponibilizando espaço para que seus telespectadores se tornassem usuários ativos e participativos do processo, assim, perpetuando a característica meramente passiva dos telespectadores ao somente assistir aos fatos sem opinar ou refletir acerca do seu ponto de vista. Algumas dessas páginas eletrônicas possibilitam o armazenamento, a organização e a divulgação dos vídeos de maneira prática e gratuita, permitindo ao internauta até a criação de um canal dedicado com uma programação específica ao assunto. Como exemplos tem-se o YouTube, página eletrônica voltada para o armazenamento de vídeos, na qual se consegue comunicar com as redes sociais como Facebook1 Twitter2, permitindo a divulgação das atualizações nesses outros ambientes. Outro exemplo de rede social é o Orkut3, cujos vídeos postados no YouTube podem ser exibidos na própria página de recados do usuário cadastrado ou mesmo em um espaço dedicado 1 O Facebook é uma rede social, que possibilita a interação de usuários e foi utilizado para divulgar as videoaulas postadas no canal de Geometria Dinâmica do YouTube. 2 O Twitter é uma ferramenta de microblogagem, outra rede social em que seus usuários têm 140 caracteres para responder a pergunta: O que você está fazendo? 3 É uma rede social que reúne pessoas do mundo inteiro com diversos interesses, vinculada ao Google e disponibiliza em sua página eletrônica diversos aplicativos voltados ao entretenimento de seus usuários.
  • 15. 15 apenas à exibição dos vídeos, bastando a cópia do código de incorporação do vídeo existente no YouTube. De acordo com Abreu e Teles (2009), as redes sociais possibilitam muito mais do que entretenimento, pois também poderiam ser utilizadas com viés educacional para trabalhos colaborativos. Já de acordo com Graeff (2009), as mídias sociais têm um enorme poder de publicidade e se bem utilizadas podem garantir bons resultados com o público-alvo, na qual a propaganda está direcionada. Como exemplo é citado o caso da eleição presidencial dos Estados Unidos de 2008, cujo candidato Barack Obama consagrou-se vitorioso, principalmente, em razão do trabalho realizado na Internet, porém, caso não seja bem utilizado, poderá ensejar maiores prejuízos que a não utilização. O Twitter também foi empregado para divulgar a postagem dos vídeos no blog e no canal de Geometria Dinâmica (CGE) do YouTube, já que este se tornou uma ferramenta bastante utilizada, em razão das facilidades de comunicação, caso comparado com as demais redes sociais ou mesmo um blog. A causa principal do crescimento do uso do Twitter está na possibilidade de interação com origem em telefones móveis, nos quais 68,8% dos domicílios brasileiros possuem pelo menos um telefone, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008 (BRASIL, 2009b). Na área educacional, não é diferente. O vídeo é usado cada vez mais por professores para levantar discussões, explanar assuntos e difundir conhecimento. Da mesma forma, os alunos buscam seu aprendizado através dessa mídia, como anota Cordeiro (2007). Todo esse avanço, porém, só foi possível em virtude do crescimento da Internet em banda larga e da redução dos preços de equipamentos, como câmeras digitais e computadores pessoais (PC). Esses, por sua vez, se tornaram mais robustos, pois uma máquina convencional atualmente pode realizar as tarefas necessárias para edição, formatação e divulgação desses vídeos, sendo necessárias há algum tempo estações dedicadas para se trabalhar com tais aplicações. Ainda hoje alguns profissionais da área e estúdios de vídeo utilizam máquinas dedicadas, principalmente, para edição de vídeo, porque essa atividade requer maior desempenho do equipamento.
  • 16. 16 A evolução também ocorreu com os softwares, pois esses programas de computador também se tornaram mais acessíveis e fáceis de trabalhar, em decorrência das suas características intuitivas, ou seja, a cada dia a usabilidade desses programas é considerada pelos desenvolvedores. Além disso, há também a possibilidade de utilização de vários softwares gratuitos ou mesmo já incluídos junto aos sistemas operacionais (SO) durante a instalação. A pesquisa, portanto, trabalhou a utilização de aulas de Matemática gravadas em vídeos, buscando identificar as possibilidades de como produzir, divulgar e utilizar conteúdos audiovisuais educacionais de modo fácil e eficiente, sem muitos recursos financeiros, em uma plataforma acessível a todos, organizada e de ampla abrangência. Dessa forma, um curso na área da Matemática, mais precisamente abordando assuntos relativos à Geometria Plana, foi elaborado, desenvolvido, divulgado e colocado em prática a alunos de Ensino Médio como forma de desenvolver, executar, acompanhar, analisar, aferir e identificar fielmente todas as etapas de constituição dos materiais audiovisuais, bem como de sua aplicação e resultados obtidos pelos alunos. Buscava-se, com efeito, produzir os vídeos de acordo com as demandas surgidas e identificadas pelos próprios professores de Matemática, que apontaram a deficiência de seus alunos no que tange à Geometria. Dentre os vários programas educativos de Geometria, o Geonext foi escolhido por ser gratuito, possuir versões disponíveis para os principais S.O. utilizados (Windows, Linux e MAC OS), além de poder ser utilizado diretamente a partir de sua página eletrônica, sem a necessidade de realizar sua instalação na máquina, embora também tenha essa possibilidade a partir do arquivo existente no sítio. O curso de Construções Geométricas Elementares (CGE) foi idealizado por meio de videoaulas dispostas no YouTube, cuja estrutura do sítio conta com serviço de armazenamento, divulgação gratuita e ainda serve como referência de busca de conteúdos audiovisuais. Através das videoaulas, qualquer pessoa interessada em tal assunto poderá aprender mais sobre o Geonext e os conceitos básicos de Geometria Plana de maneira cômoda e sem grandes custos, possibilitando aos professores utilizarem esses vídeos em suas aulas, ou mesmo poderá se destinar aqueles que desejarem aprender sozinhos sobre a Geometria Plana ou sobre o Geonext. Pretende-se, portanto, instigar os educadores a utilizarem o computador, a Internet e os programas educacionais com seus alunos, com o intuito de apresentar-lhes esses recursos
  • 17. 17 educacionais, nos quais poderão auxiliar no aprendizado, possibilitando novas finalidades de trabalho ao computador e não apenas destinado ao lazer. Almeja-se também motivar os professores a produzir seus conteúdos audiovisuais de acordo com as suas necessidades, pois o processo de produção, gravação, edição e divulgação está fácil e acessível, podendo ser trabalhados com câmeras filmadoras, computadores e softwares disponíveis que se tem em casa, no trabalho, ou no próprio ambiente de ensino. A divulgação desses materiais pode ser realizada em canais específicos e dedicados a tal finalidade na Internet, a fim de facilitar o acesso de todos ao conteúdo, bem como evitar problemas de armazenamento e visualização, ficando esses dispostos a todos diariamente, podendo ser visualizados por qualquer plataforma com acesso a Internet, quantas vezes forem necessárias e a qualquer horário. Portanto, o objetivo geral deste trabalho é identificar as possibilidades de utilização de um canal de vídeos transmitidos via Internet com conteúdo educacional em cursos, seja na modalidade a distância, semipresencial ou presencial. Para isso, será necessário identificar os tipos de canais de vídeos transmitidos via Internet, criar um canal de vídeos com teores educacionais, na área de Matemática, abordando a Geometria Plana; analisar o uso educacional de canal de vídeo, com suporte nas experiências realizadas no curso de CGE, identificando as melhores práticas a adotar em seu uso eficiente; e propor novas formas para difusão de conteúdos em um canal de vídeos transmitidos via Internet para diversas plataformas. Os conceitos básicos de Geometria Plana e a apresentação do Geonext foram reunidos em vídeos e divididos em cinco aulas, compondo o curso de CGE, disponibilizado em um canal do YouTube, criado para convergir todos os interessados no assunto a tal ambiente, sendo acessado através do endereço: http://www.youtube.com.br/kelsen2009. As aulas ficavam também dispostas em um blog (http://kelsenoliveira.blogspot.com), onde os alunos podiam também colocar seus comentários e responder a enquetes sobre os conteúdos apresentados. Um grupo de discussão também foi criado para facilitar a comunicação e armazenar demais arquivos interessantes aos cursistas. Com este trabalho, espera-se encontrar as boas práticas para utilização de vídeos nos processos de ensino e de aprendizagem por intermédio do estudo de dois grupos de alunos com características semelhantes que participaram das atividades.
  • 18. 18 As imagens do ambiente laboratorial foram capturadas durante as atividades realizadas pelos alunos a fim de possibilitar a análise de suas ações, erros, acertos e dúvidas, enfim, buscar analisar, interpretar e entender as atitudes dos discentes durante o curso, seja em seus momentos de dúvidas ou mesmo ao se defrontarem com as situações matemáticas nas quais eram sugeridas. Para respaldar os argumentos, a pesquisa bibliográfica deu o aporte básico com a fundamentação teórica de autores envolvidos em estudos sobre os assuntos apresentados, como Lévy (1999), Cordeiro (2007), Ávila (2008), Moore e Kearsley (2007), Valente (2008) e Wohlgemuth (2005); embora os trabalhos realizados até então tratem do uso do vídeo em diversos ambientes, sendo o diferencial deste trabalho o estudo do uso educacional das videoaulas existentes na Internet. Além disso, a pesquisa experimental foi necessária para identificar as peculiaridades e regularidades encontradas nos dois grupos analisados. Para isso, foram comparados os dados obtidos nas duas experiências, sendo que, no primeiro grupo, os alunos participaram das atividades em um laboratório, conquanto o professor não estivesse presente à sala de aula. Nessa perspectiva, o vídeo possibilitou o acesso dos alunos às explanações do professor sobre o assunto, simulando um curso semipresencial. O curso foi totalmente realizado em laboratório de informática a fim de proporcionar a infraestrutura necessária ao bom acompanhamento do curso pelos alunos, bem como para facilitar o acompanhamento dos estudantes pela equipe de monitoria, a fim de captar as imagens serem analisadas, posteriormente, servindo de instrumento à realização da pesquisa. No segundo grupo, os alunos estiveram também em um laboratório de informática, havendo um professor fazendo as explanações. Nessa situação, houve a aula presencial abordando os conteúdos, além do uso dos vídeos tratando sobre os conteúdos matemáticos a serem trabalhados com o Geonext. As duas experiências foram realizadas nos laboratórios da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cada aluno ficava em um computador com acesso à Internet. Os resultados apresentados pelas avaliações de larga escala realizadas em âmbito nacional com alunos de Ensino Médio, obtidos na aferição de dados provenientes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), formado pela Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), apresentam índices abaixo dos esperados para os alunos das referidas séries, principalmente na Matemática (BRASIL,
  • 19. 19 2009a). Esses resultados contribuíram para busca de novas possibilidades de ensino que consigam atrair a atenção dos alunos, bem como reunir maior valor à prática educacional. Além disso, a Matemática ainda é uma matéria temida pelos discentes, em especial, em decorrência da distância entre os conteúdos ensinados em sala de aula e as suas aplicações na vida dos alunos. Considerando os investimentos realizados para inserção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas, bem como o seu aproveitamento de modo eficiente, com base nos partir dos recursos gratuitos e dinâmicos no alcance de todos os alunos, propõem-se a utilização de softwares educativos, de conteúdos audiovisuais e recursos disponíveis na grande rede de computadores para levar aos alunos os assuntos da Matemática, de modo a aproximá-los da aplicação e das ferramentas tecnológicas, uma realidade vivenciada por muitos, cuja inclusão é importante para aqueles que estiverem às margens dessa necessidade do mundo moderno. A hipótese, então, levantada para possibilitar práticas educacionais mais voltadas à realidade dos alunos está na inserção de vídeos educacionais dispostos na Internet, pois essas mídias possibilitam guardar toda a memória de forma fidedigna, gratuita e acessível, com base em várias plataformas cujo acesso à Internet facilita a divulgação, a busca e a captura, e mesmo os dispositivos que não tenham acesso à Internet, como pen-drivers, alguns telefones móveis e players portáteis, podem receber tais materiais via comunicação com outros equipamentos, como computador. Para facilitar a análise dos resultados obtidos nas experiências, foram apreciados os índices de questões respondidas em branco, corretas, incorretas ou incompletas, considerando o tempo como fator preponderante, haja vista o fato de que todos os alunos tiveram as mesmas condições para responder os questionários. A pesquisa foi realizada com alunos da Educação Básica de instituições públicas da Capital cearense, sendo escolhida amostra de dez alunos divididos em duas turmas diferentes com iguais conteúdos e estrutura física, idênticos equipamentos e condições de infraestrutura laboratorial, porém com metodologias de abordagens diversificadas, a fim de propiciar as condições básicas para a analogia ou comparação a ser apresentada no quinto capítulo, mediante observação e descrição realizada pelo pesquisador com suporte nas ações dos alunos.
  • 20. 20 Almeja-se também identificar práticas educacionais utilizando recursos e tecnologias acessíveis aos alunos, sejam aqueles da modalidade presencial, semipresencial, a distância ou qualquer interessado, pois o intuito principal é a divulgação desses conteúdos educacionais para quem tiver interesse, sendo possível acessá-lo de várias plataformas, seja com acesso ou não à Internet. Com isso, este ensaio encontra-se estruturado em seções que abrangem todos os aspectos acerca da pesquisa realizada. O segundo capítulo abordará a fundamentação teórica da pesquisa, apresentando os conceitos e definições relativos às redes de computadores, ao fluxo de dados na Internet, aos meios de comunicação, à possibilidade da aprendizagem autônoma e aberta em cursos na modalidade a distância. O terceiro capítulo trata dos exemplos de utilização de canais de vídeos voltados para área educacional com os mais diversos objetivos que perpassam desde a simples transmissão dos conteúdos veiculados em um canal de emissora de TV aberta até a divulgação das ações desenvolvidas por essas instituições. Outro exemplo mostra documentários e entrevistas realizados por alunos e professores da UFC, enquanto outros exemplos são de canais de vídeos utilizados para publicidade institucional, nos quais os órgãos utilizam vídeos das ações realizadas para apresentar à população com maior riqueza de detalhes as ações realizadas. Os demais exemplos de canais de vídeos se encontram no Apêndice VI, como uma organização não governamental (ONG) de um bairro da periferia da Capital do Estado do Ceará, que consegue levar cultura, notícias e informações daquela comunidade para milhares de pessoas espalhadas no mundo inteiro. O quarto módulo exibe o CGE desde a sua estrutura, o público-alvo, os participantes, os conteúdos ministrados, a duração, a metodologia de trabalho, os softwares utilizados, as atividades sugeridas aos alunos, a estrutura do curso, as ferramentas de interação dos alunos com o professor, os meios para divulgação, enfim todas as informações sobre o curso realizado, mostrando também as peculiaridades entre os grupos participantes. O quinto capítulo analisa todos os resultados das experiências, tratando de maneira fácil, sendo aferidos e estudados os dados obtidos e representados em gráficos e tabelas, organizados e dispostos sob diversas perspectivas, a fim de facilitar o entendimento de todos os pontos pesquisados e levados em consideração pelo estudo.
  • 21. 21 Em seguida, nos dois últimos capítulos são apresentadas a conclusão e as considerações finais, incluindo as sugestões de trabalhos futuros que poderão dar continuidade a esta pesquisa, abordando outros aspectos não analisados neste experimento em decorrência do tempo, ou mesmo pela enorme abrangência do assunto, que levou à delimitação do objeto de pesquisa.
  • 22. 22 2 CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR COMPUTADOR Este capítulo trata dos conceitos relativos à Educação Matemática, Educação a Distância, ferramentas tecnológicas de apoio à Educação, bem como sobre o conceito de vídeo e seus tipos, a fim de que se possam verificar as possibilidades de trabalho com essas ferramentas, abrangendo tanto as suas aplicações até então, como as novas possibilidades com base nas adequações em ambientes e plataformas. 2.1 Educação e Tecnologia O computador é hoje ferramenta auxiliar em diversas áreas do conhecimento, inclusive na Educação. Segundo Lévy (1999), o computador deixará de ter apenas as funções de processamento de dados, tornando-se instrumento de criação, organização, simulação e diversão, disposto a qualquer usuário. Tal afirmação ainda se apresenta de forma atual, visto que a utilização do computador pessoal (PC) tem finalidade de entretenimento, de comércio, de gerenciamento, enfim várias aplicações com fins diversos em busca de auxiliar as atividades desempenhadas no cotidiano das empresas e das pessoas de modo geral, tornando-as mais ágeis e práticas. A utilização dos computadores, entretanto, não está restrita apenas ao emprego da máquina com uma aplicação exclusiva e dedicada ao uso restrito de técnicos capacitados para ações específicas. A ampla difusão do uso do PC tomou o espaço de algumas aplicações, anteriormente só realizadas por computadores potentes e robustos ou por mainframes4. Agora essas organizações têm máquinas com recursos independentes de memória e processamento, realizando suas atividades isoladas ou em grupo através das redes de computadores, desempenhando o seu papel e ainda possibilitando mais segurança e rapidez na execução de tarefas, sem despender recursos 4 De acordo com Sawaya (1999), é um computador de grande porte que contém processador principal, memória principal, unidade aritmética e grupo de registros especiais. Normalmente, está dedicado ao processamento de um grande volume de informações. Além de suas aplicações dedicadas, a manutenção também era realizada por técnicos capacitados pelos fabricantes, implicando alto custo de manutenção.
  • 23. 23 financeiros desnecessários à aquisição de máquinas com alto desempenho, nas quais a instituição não requer todo o poder de processamento comprado. Isso, porém, foi possível graças ao desenvolvimento da infraestrutura das redes de computadores, bem como de suas tecnologias de compressão, transmissão e segurança de transporte de dados. O uso do PC também trouxe benefícios às micro, pequenas e médias empresas que não podiam informatizar suas atividades em virtude do alto custo de aquisição e manutenção dos mainframes. Com os PCs, tem-se uma situação contrária à apresentada anteriormente, em decorrência do menor preço de aquisição e de manutenção, e cujos softwares instalados satisfariam as suas necessidades, bastando apenas ter os programas adequados. Com os usuários não foi diferente, pois esses utilizavam seus PCs isoladamente, trabalhando com os aplicativos instalados em seus discos rígidos, termo proveniente do inglês Hard Disk (HD). Hoje esses usuários querem o computador com acesso à Internet, pois podem se comunicar com o mundo através da grande rede de computadores, além de ter acesso a filmes, livros, jogos e demais conteúdos. O grande volume de dados armazenados nas máquinas e a necessidade de obtenção desses a qualquer lugar, porém, deram espaço aos serviços de armazenamento de dados on-line, que tem ganhado vários adeptos e clientes nos últimos anos. As empresas fornecedoras ou prestadoras desse serviço ressaltam a questão da segurança e da comodidade em acessar seus conteúdos a partir de qualquer máquina conectada à Internet. Já a questão da segurança é garantida por de técnicas de armazenamento que garantem criptografia e compressão dos dados, bem como servidores com replicação de dados, ou mesmo que garantam a transparência, a escalabilidade, a disponibilidade e a confiabilidade, características básicas requeridas por um sistema distribuído, conforme Tanenbaum e Steen (2007). Esses usuários, então, podem armazenar seus arquivos em servidores de armazenamento gratuitos, cujos conteúdos poderão ser acessados de qualquer computador conectado à Internet, localizado em qualquer lugar do mundo. Isso reduz os espaços dedicados ao armazenamento de dados locais e ainda possibilita maior segurança ao usuário em caso de ataque ou invasão de algum software malicioso à máquina. Esse fato impulsionou o aumento de vendas dos
  • 24. 24 computadores ultraportáteis para usuários domésticos chamados de netbooks5, máquinas destinadas àqueles que tencionam apenas escrever ou editar textos, acessar Internet e realizar outras ações básicas na máquina. Da mesma forma, as empresas hoje utilizam seus sistemas de informação (SI) em ambientes, nos quais os dados armazenados em bancos de dados (BD) possam ser acessados de qualquer lugar, bem como as operações de alterações, consultas, cadastros e exclusões. De acordo com Laudon e Laudon (2007), as empresas buscam soluções que reúnam cada vez mais benefícios aos seus serviços, de modo a tornarem-se mais competitivas e satisfazer as necessidades de seus clientes. O serviço de armazenamento de dados em servidores na grande rede de computadores passa a ser prestado por empresas especializadas que garantem a segurança e o acesso remoto aos dados desde qualquer máquina ligada à Internet. A segurança é garantida por técnicas, assim o controle rigoroso de refrigeração, umidade e nível de oxigênio dos ambientes em que os servidores são instalados, sendo utilizadas até portas antichamas, máquinas que retirem o oxigênio em excesso do ambiente – para evitar o sobejo de comburente em caso de um possível princípio de incêndio e o próprio desgaste dos equipamentos causados pela oxidação – e sistemas de detecção e alarme a qualquer princípio de incêndio. Isso tudo mostra o alto custo que a informação tem nos dias atuais, principalmente numa sociedade tecnológica, onde o valor pago por uma informação importante se torna cada vez maior, podendo até ser motivo para algum conflito bélico. Conforme Castells (2003), a Internet é o tecido de vida das pessoas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, a Internet poderia ser comparada tanto à rede elétrica, quanto ao motor elétrico, em razão de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. Isso mostra a tamanha importância da rede mundial de computadores para as atividades desenvolvidas na sociedade moderna, pela qual a importância do serviço de conexão à Internet pode ser comparada à eletricidade, sendo uma realidade, pois vários dos sistemas que se têm atualmente funcionam de maneira síncrona com servidores remotos de dados, provendo as 5 São computadores portáteis ou superportáteis com recursos baseados aos usuários da Internet. Possuem peso reduzido, recursos limitados e baixo consumo da bateria.
  • 25. 25 solicitações aos usuários quase em tempo real. Um exemplo prático são os terminais de autoatendimento das instituições financeiras, que oferecem as informações atualizadas aos seus clientes em todo e qualquer terminal. A área educacional também se beneficiou da utilização das TICs, que possibilitou o acesso de muitas pessoas aos bancos escolares por meio da Educação a Distância (EaD), sendo esses mediados por computadores com acesso à Internet em locais muito distantes do Brasil, sendo as condições de acesso a essas regiões bastante difíceis ou até mesmo inacessíveis em alguns períodos do ano, mas que agora têm acesso aos mesmos recursos anteriormente disponíveis apenas nos grandes centros urbanos e suas áreas limítrofes. Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) conseguem fazer a simulação da sala de aula convencional mediante a inserção de animações e códigos programáveis. Os laboratórios de Física e Química também são simulados em programas de computadores para facilitar o aprendizado dos alunos, que não possuem tais ambientes em suas instituições de ensino. Deve-se ressaltar, contudo, que essas simulações não conseguem substituir por completo tais ambientes, pois algumas características, como o olfato, paladar e o tato não podem ser aferidas nos laboratórios virtuais de modo verossímil; entretanto possibilitam a apresentação inicial aos estudantes sem acesso a esses laboratórios, seja por causa da distância de suas residências aos grandes centros de pesquisa ou mesmo por falta de recursos financeiros para construir e manter os ambientes equipados com todos os recursos necessários (ABREU, BAPTISTA e OLIVEIRA, 2009). O computador também possibilitou a inserção de outras funções antes disponíveis a equipamentos específicos. É possível atualmente no computador ouvir música, assistir aos programas de TV ou vídeos em DVD ou em blue-ray6, interagir em jogos, falar com pessoas, seja utilizando apenas áudio ou o conjunto de áudio e vídeo, enfim reuniu as funções oferecidas por diversos aparelhos, como, respectivamente, de som, a TV e leitores de mídias em DVD ou blue- ray, consoles de jogos e até mesmo o telefone, cuja função de chamada com vídeo só foi agregada aos aparelhos móveis da 3ª geração, os chamados aparelhos celulares 3G. Embora 6 É uma mídia de armazenamento que possibilita a alocação de até 25 GB em uma camada ou 50 GB em duas camadas, devido ao feixe de luz azul, laser responsável pela gravação na mídia, que tem um menor comprimento de onda se comparado com o do laser convencional (feixe de luz vermelha), possibilitando a aproximação dos setores consecutivos das trilhas dos discos.
  • 26. 26 tenham sido feitas experiências anteriormente com telefones fixos, os valores dos equipamentos tornaram inviáveis a sua comercialização em larga escala. Assim, tem-se a convergência de mídias ou a convergência digital, em que as funcionalidades de vários equipamentos são dispostas apenas em um, reunindo em um só dispositivo ao incorporar as funções de outros. A princípio, o computador tem conseguido convergir várias funções de outros equipamentos eletrônicos, seja em razão de inserções de placas de hardware específicas para cada função, ou em decorrência do desenvolvimento de softwares que, conectados à Internet, conseguem prover tais serviços e funções. Alguns serviços, contudo, como a transmissão de vídeos pela Internet, só foram possíveis efetivamente graças ao crescimento das taxas de transferências de arquivos pelas infraestruturas de conexões das redes telemáticas, ou a chamada Internet em banda larga, mesmo ainda estando em processo de expansão em nosso País, em consequência dos elevados valores cobrados pelas empresas de telecomunicações que ofertam o serviço e do baixo poder aquisitivo da maioria da população, que não pode pagar pelo acesso ao serviço. De acordo com a PNAD 2008 (BRASIL, 2009c), dos domicílios particulares permanentemente urbanos pesquisados pelos recenseadores, apenas 25,5% possuem computadores em casa e apenas 19,6% têm acesso à Internet, enquanto a televisão em cores, por exemplo, encontra-se em 94,8% dos domicílios, valor acima da quantidade de geladeiras, por exemplo, encontradas em 93,3% dos domicílios, apresentando um aumento considerável nesses percentuais se comparando com a pesquisa anterior (BRASIL, 2007b). As escolas tornam-se os locais de acesso à tecnologia, pois os programas governamentais de inclusão digital oferecem equipamentos às escolas públicas, que receberam, nos últimos anos, PCs e impressoras para montagem dos laboratórios de informática educativa (LIE). Isso possibilita a realização de aulas mediadas por essas TICs, proporcionando aplicação de novos recursos pedagógicos que possam facilitar o aprendizado dos estudantes mediante a utilização de vídeos, animações, jogos e outros conteúdos interativos que consigam chamar e apreender a atenção dos estudantes, tornando o aprendizado prazeroso e natural, pois esse interagirá com o conhecimento por meio da ferramenta. O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), por exemplo, é um projeto do Governo Federal, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED),
  • 27. 27 mediado pelo Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC) em parceria com as secretarias de Educação dos estados e dos municípios, possibilitando o uso das TICs nas escolas públicas (BRASIL, 2007a). Assim, são disponibilizados computadores, impressoras, estabilizadores, no-breaks e roteadores à escola, tendo que receber como contrapartida da instituição de ensino, seja municipal ou estadual, um ambiente pronto e de acordo com as diretrizes estabelecidas para a construção do LIE. O programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC) possibilita o acesso do cidadão à Internet, bem como aos demais serviços de inclusão digital, possibilitando o acesso aos serviços públicos, proporcionando ao cidadão o acesso aos serviços do e-Gov (BRASIL, 2009d), que são os serviços oferecidos pela Internet, economizando tempo do cidadão que não precisará despendê-lo em filas para buscar uma declaração ou documento fornecido por algum órgão público federal. A difusão da tecnologia em um país como o Brasil representa avanços, principalmente se esses recursos forem levados aos municípios mais distantes dos grandes centros urbanos ou menos favorecidos por políticas públicas, pois poderá levar educação através da EaD, ou saúde pela Telemedicina. Quando se trata de educação, pode-se ter várias possibilidades, abrangendo desde o uso das TICs para alunos da Educação Básica até os cursos de graduação e pós-graduação semipresenciais oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Além disso, pode-se proporcionar o acesso à aprendizagem aberta e a distância (AAA) que, segundo Belloni (1999), é o processo de aprendizagem livre no tempo, no espaço e no ritmo, de modo que os interessados em conhecer mais sobre o assuntos específicos possam ter acesso a tais conteúdos. 2.2 Educação Matemática Mesmo com os investimentos realizados na Educação, os índices apresentados pelos sistemas de avaliação com aferição do desempenho dos alunos nas provas não são proporcionais aos percentuais de investimento. Essas avaliações apresentam resultados muito preocupantes, principalmente nas disciplinas de Português e Matemática.
  • 28. 28 Embora os resultados apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) mostrem o alcance de metas como alguns dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em alguns âmbitos (BRASIL, 2008), é possível perceber que os alunos estão sendo aprovados, mas ainda com deficiências em Matemática, já que o foco de análise deste trabalho será nessa disciplina, sendo perceptível pelos relatos de educadores sob exame de seus alunos. De acordo com Pontes (2009), a Matemática é considerada por muitos alunos como o grande terror das disciplinas, pois não exige apenas conhecimento teórico sobre o assunto abordado, mas também raciocínio lógico e interpretação de texto, além de estarem inseridos nas demais ciências cuja contextualização solicita conhecimentos interdisciplinares, os quais muitas vezes, não recebem a devida importância. Segundo D’Ambrósio (1991), a descontextualização da Matemática em relação às demais ciências durante o ensino-aprendizagem é um erro que causa grande prejuízo, principalmente na formação das crianças, pois essas passam a ver a Matemática de maneira isolada sem qualquer ligação com a sua realidade, sendo o fato perpetuado para séries seguintes. Assim, a Matemática é vista e estudada de maneira isolada, sem relacionamento com os demais conteúdos e até sem possibilidade de aplicação na vida. As orientações complementares dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) compilam a defesa do MEC em garantir aos alunos o desenvolvimento de competências e habilidades e para a Matemática, expressando: Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros conhecimentos traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações, para se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua formação. (BRASIL, 2002, p. 111) Partindo dessa possibilidade, a escolha da utilização da Geometria Plana, dentre os vários assuntos da Matemática, está exatamente em tentar suprir uma necessidade dos alunos de fazer a Matemática, visualizando suas formas, tamanhos, dimensões, aplicações e demais aspectos que, muitas vezes, são desconsiderados ou esquecidos durante as explanações em sala, bem como contextualizando os assuntos as suas aplicações no cotidiano em algo usado diariamente por todos, mas sem apresentação dos seus relacionamentos com os conteúdos das demais disciplinas com os devidos teores e conceitos matemáticos envolvidos.
  • 29. 29 Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio - PCNEM (BRASIL, 1999) a utilização das TICs deve ser buscada pelos educadores como forma de possibilitar aos alunos o bom aprendizado, sob a perspectiva da realidade do mundo onde estão inseridos, assim como possibilitar a interdisciplinaridade com as demais ciências. Então, o uso de software educativo na área da Matemática foi definido para o CGE, porém, dentre os vários programas, o Geonext foi escolhido por ter uma boa usabilidade, ou seja, tem uma interface com o usuário bastante amigável, enquanto outros com outras funções e recursos ainda não possuem interfaces fáceis de trabalhar que poderão comprometer o aprendizado de alguns estudantes. O Geonext surge, então, como um programa de Matemática que aborda a Geometria Dinâmica, possibilitando ao professor apresentar conteúdos como Geometria Plana de uma maneira diferente do convencional, usando giz ou pincel, quadro, papel, régua e compasso, já que as construções realizadas poderão ser apreciadas sob diversas perspectivas (SANTANA, 2006). A escolha do programa ocorreu pela facilidade como esse pode ser utilizado, já que é possível salvar uma cópia gratuitamente a partir da sua página eletrônica (http://www.geonext.de) e instalado no PC sem a necessidade de comprar nenhuma licença de uso, pois se trata de um software livre, baseado na licença GNU/GLP. Além disso, possui versões para os principais sistemas operacionais (S.O.) do mercado: Windows, Linux e MAC OS. O outro modo de utilização é pela versão on-line, que funciona desde o próprio sítio do programa, porém, nesse caso, a grande desvantagem está na velocidade da conexão à Internet, na qual a baixa taxa de transmissão de dados levará muito tempo para o carregamento das aplicações inicialmente, mas, depois da carga completa, todas as funções funcionam normalmente pelo navegador Web, como se estivesse instalado na máquina. As vantagens em utilizá-lo pela Internet são a independência de S.O. e o fato de não requerer espaço em disco para armazenamento, pois o PC com acesso à Internet e com plugins7 usados para a navegação na Web serão suficientes para utilizar o programa sem ocupar nenhum espaço no disco rígido (HD) da máquina. 7 É um pequeno programa de computador que adiciona funções, ou função especial a um programa maior.
  • 30. 30 A difusão da Internet e, principalmente, em alta velocidade ou em banda larga também possibilitou a disseminação de conhecimento disposto não apenas em textos, mas também em outras mídias como vídeos e animações. Percebe-se, assim, o grande sucesso de sites como YouTube, que armazena milhares de vídeos, muitos deles educacionais, acessados e assistidos diariamente por milhares de pessoas com os mais diversos interesses. 2.3 Conceito de vídeo A comunicação é uma necessidade do homem, sendo realizada por diversos tipos de linguagens e meios. Desde a antiguidade, é possível verificar a necessidade de comunicação audiovisual que havia naquela época a partir de desenhos realizados nas rochas com situações de seu cotidiano e possíveis ainda de serem visualizados. Segundo Wohlgemuth (2005), a grande vantagem do vídeo está no fato de ser uma ferramenta que conserva as mensagens, permitindo a massificação da transmissão e uma homogeneização dos conteúdos, no sentido do tratamento do áudio e vídeo, de modo a tornar mais inteligível a seus usuários. O mesmo autor também apresenta como característica significativa a utilização da linguagem visual que possui características importantes a serem trabalhadas nos processos de ensino e aprendizagem, sendo a visão veloz, compreensiva e, simultaneamente, analítica e sintética, requerendo pouca energia para funcionar e ainda trabalha à velocidade da luz. Isso permite o recebimento e a conservação de um grande volume de informações em frações de segundos, possibilitando, posteriormente, a reexibição do conteúdo como um todo, ou apenas de um trecho específico que não foi bem compreendido, sendo ainda mais facilitado nos dias atuais com a utilização de mídias com cada vez mais capacidade de armazenamento de dados com alta qualidade de som e imagem. De acordo com Machado (1993 apud Cordeiro, 2007, p. 39), o vídeo: [...] é um sistema hibrido; pois opera com códigos significantes distintos, parte importada do cinema, parte importada do teatro, da literatura, do rádio, e mais modernamente da computação gráfica, aos quais acrescenta alguns recursos expressivos específicos, alguns modos de formar ideias ou sensações que lhe são exclusivos, mas que não são suficientes por si só, para construir a estrutura de uma obra.
  • 31. 31 Contudo, a utilização de vídeo com finalidade educacional não é de agora, de acordo com a classificação das gerações da EaD. Segundo Moore e Kearsley (2007), vários recursos tecnológicos e de comunicação, dentre eles o vídeo, foram empregados com o intuito, de cada vez mais facilitar a aprendizagem, como mostra o Quadro 1 abaixo: Quadro 1 – Gerações da EaD. Gerações Característica Características Principal 1ª Tecnologia Caracterizada pelo estudo por correspondência com o uso de Geração Impressa material impresso. Estudo independente. 2ª Teleducação Caracterizada pelo uso de rádio e televisão. Aulas gravadas Geração distribuídas em formato de videoteipes, fita cassete e satélite. 3ª Universidade Surgiu com a experiência da Universidade Aberta do Reino Geração Aberta Unido. Nova modalidade de organização da tecnologia e de recursos humanos, conduzindo a novas técnicas de instrução e a uma nova teorização da educação. Tecnologias utilizadas ainda eram guias de estudo impressos e orientação por conferência, transmissão pelo rádio e televisão, audioteipes gravados, conferências por telefone, kits para experiência em casa e recursos de uma biblioteca local. Também o suporte e orientação para alunos, discussão em grupo. 4ª Teleconferência Caracterizada pelo uso de redes por satélite com áudio, vídeo Geração e computador em tempo real. Muito utilizada no treinamento corporativo. 5ª Internet/web Caracterizada pelo uso de classes virtuais on-line com base na Geração Internet e aprendizagem colaborativa. Utilização de textos, áudios e vídeos em única plataforma. Fonte: Moore e Kearsley (2007) com modificações. E importante ressaltar, porém, que, durante a evolução da EaD, não há necessariamente a substituição de uma tecnologia por outra, pois os desenvolvimentos tecnológicos são produzidos com base nas incorporação e nos ajustes às mídias utilizadas em gerações anteriores, havendo a possibilidade de todas as gerações coexistirem no mesmo espaço de tempo.
  • 32. 32 A utilização da Internet possibilitou reunir mais valor, pois os vídeos ou os demais conteúdos não estão limitados apenas a uma emissora de TV que centraliza o conteúdo e os distribui apenas em horários predeterminados, muitas vezes, ou quase sempre, definidos sem consulta prévia aos seus telespectadores. Além disso, evita a prática da gravação de tais conteúdos em fitas cassetes ou VHS, que eram e ainda são, em algumas circunstâncias, enviadas aos alunos, porém, não são atualizados constantemente, já que a cada envio de atualização aos alunos tornaria ainda mais caro o processo, tornando os materiais desatualizados muito rapidamente. Os conteúdos agora estão disponíveis em servidores dispostos na Web8 e podem ser acessados por qualquer máquina conectada à Internet. A atualização do material também ocorre no servidor de conteúdo, possibilitando a todos os usuários o acesso a conteúdos atualizados. Os usuários que possuem computadores sem conexão à Internet, no entanto, também terão acesso aos conteúdos atualizados, bastando apenas conectar a tal servidor a partir de alguma máquina com acesso a Web e salvar os conteúdos em algum dispositivo de armazenamento como pen- drive, CD, DVD ou HD externo, e acessá-los em suas máquinas, modelo semelhante ao utilizado durante a segunda geração da EaD, apresentado no Quadro 1, provando realmente a possibilidade de coexistência das gerações nos dias atuais. 2.3.1 Classificação dos tipos de vídeos Sendo o objetivo de utilizar o vídeo para fins educacionais é possível classificá-los em diversos tipos de acordo como apresentado em Machado (1993 apud CORDEIRO, 2007, p. 39): Quadro 2 – Classificação dos tipos de vídeos. Classificação Características Videoprocesso Essa modalidade vem sendo incorporada com frequência nos processos de ou vídeo aprendizagem, devido ao acesso cada vez maior dos usuários com interativo máquinas de vídeos. Tem-se como exemplos experimentos audiovisuais produzidos por alguns alunos para posteriormente fazer uma análise e uma nova produção. 8 É o termo utilizado para representar a rede de alcance mundial (World Wide Web – WWW), pela qual os documentos hipermídia são interligados e executados na Internet.
  • 33. 33 Videolição Considerada como uma aula expositiva utilizada de forma exaustiva sobre determinado tema. A videolição pode ser usada em temas mais complexos em que seja necessário algum estímulo como movimento-som-conteúdo. Vídeo como É utilizado quando se tem como objetivo principal a demonstração da função realidade, assim como os seus atributos de máxima objetividade e de informativa cópia exata da realidade. Há alguns questionamentos e comparação com a afirmação de que a fotografia é apenas um recorte da realidade e o vídeo faz essa mesma trajetória. Vídeo como Tem por objetivo motivar aquele que assiste. Neste caso específico, a função imagem midiática tenta demonstrar que, mais do que a palavra, ela pode motivadora provocar afeto e emoções. Vídeo com Neste caso, o vídeo é o instrumento mais indicado, porque permite maior função aproximação do objeto a ser estudado. O vídeo investigativo tem sua investigativa função muito próxima da função informativa, com um caráter diferencial, que é o de pesquisar de modo mais efetivo o fenômeno no qual objetivamente o autor tenha a intenção; compreender esta função significativa, perceber todas as suas potencialidades e considerar as produções e as várias formas de interação com os objetivos propostos. Vídeo Existem vários tipos de reportagem, como, por exemplo, a improvisada, a reportagem conduzida e a documental, estabelecendo parâmetros e objetivos bem delimitados e com planejamento de resultados, a fim de que tais planejamentos sejam realmente alcançados. Videoentrevista É utilizada para resgatar depoimentos de especialistas, de determinado tema, podendo ser inclusive editada. É necessário utilizar perguntas claras e objetivas para o entrevistado. É importante pesquisar sobre o tema, sobre a pessoa entrevistada, ter uma conversa anterior e definir o roteiro a ser seguido. Vídeo de É utilizado para apresentar ideias ou para apurar fatos de determinados opinião assuntos, envolvendo vários agentes que tenham conhecimento sobre um mesmo tema. Mesa-redonda É utilizado para suscitar opiniões sobre temas predefinidos com a ou debate confrontação de ideias entre os participantes, sendo uma boa maneira para despertar os questionamentos e debates, bem como a criticidade de quem participa desse processo de ensino e aprendizagem. Fonte: Machado, 1993 apud Cordeiro, 2007 (com modificações). 2.3.2 Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet
  • 34. 34 Com o vídeo ocorre da mesma maneira, pois servidores de armazenamento de conteúdos são disponibilizados na grande rede de computadores para armazenar tais conteúdos, disponibilizados aos seus usuários de duas formas: vídeos sob demanda e streaming de vídeo. 2.3.2.1 Streaming de vídeo Segundo Ávila (2008), a streaming de vídeo é a tecnologia utilizada para transmitir vídeos através das redes de computadores, sendo essas internas ou externas, como a Internet, não havendo a necessidade de realizar um download prévio. Dessa forma, é possível assistir ao vídeo ainda durante a transmissão das partes posteriores, já que há um buffer destinado para o armazenamento temporário desses arquivos. É importante lembrar que não há a necessidade de destinar espaço em HD para armazenamento, além de possibilitar maior interatividade, pois o usuário pode parar o vídeo no instante desejado, usando os mesmos softwares já instalados na máquina para visualização de arquivos de áudio e vídeo, ou mesmo podendo assistir ou ouvir tal conteúdo a partir do navegador web instalado na máquina, bastando apenas a instalação do plugin para essa finalidade. 2.3.2.2 Vídeos sob demanda Já com a utilização dos vídeos sob demanda, ainda de acordo com Ávila (2008, p. 85), tais conteúdos ficam armazenados e à disposição do usuário para o instante em que ele quiser assistir, sendo um modo de streaming, mas que não é ao vivo. As vantagens estão em não haver a necessidade de realizar o download do arquivo para a máquina, embora haja programas com essa finalidade. Além disso, pode ser aberto em qualquer página eletrônica, sendo que em alguns casos há a possibilidade de exibir o vídeo na página de Internet, mesmo que o arquivo de vídeo esteja em outro servidor diferente do servidor de hospedagem da página web. Outra vantagem para quem utilizará este tipo de streaming é que não há a necessidade de contratar uma empresa especializada em serviços de transmissão de fluxos contínuos de vídeo,
  • 35. 35 pois o armazenamento de tais conteúdos no servidor é o bastante para referenciar o endereço, fazendo a chamada a partir da página eletrônica. 2.3.3 Os benefícios do streaming A necessidade de exploração de novos meios de comunicação e das novas tecnologias torna uma tendência o uso do streaming na grande rede de computadores, pois permite a transmissão on-line mais livre de imperfeições, bem como um pouco mais democrática, ao ponto de possibilitar a criação e divulgação de conteúdos por qualquer cidadão, dando-lhe a oportunidade que outrora era apenas das estações de rádio e TV, já que agora é possível qualquer pessoa produzir seu vídeo e divulgar em sua página eletrônica ou mesmo em um espaço reservado para seus conteúdos no YouTube. As emissoras de rádio e TV, contudo, também possuem interesses nessa tecnologia, pois possibilitam maior abrangência de sua programação a usuários espalhados pelo mundo inteiro, já que agora a máquina conectada à Internet possibilitará assistir à programação em tempo real de uma emissora localizada no outro extremo do mundo, tendo antes o limite das ondas de radiofrequência emitidas pela antena da estação, cujas áreas distantes do seu raio de abrangência recebiam um sinal de baixa qualidade, portanto, solucionando esse problema. E para tornar o serviço cada vez melhor, foi criado o Intelligent Streaming, que segundo Ávila (2008), são as adaptações necessárias à melhoria da transmissão, detectando o nível de tráfego na rede a fim de possibilitar menos erros e perdas de quadros de imagem durante as transmissões. Logo, isso possibilita as aplicações do serviço para vários objetivos como, a transmissão de sinal, EaD, publicidade, entretenimento, Webcast9 e também telecomunicações. 9 É a transmissão de vídeo e áudio por streaming pela Internet.
  • 36. 36 3 CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET Com base na pesquisa do uso de canais de vídeos na Internet, neste capítulo, serão apresentados alguns dos exemplos de aplicações de canais de vídeos com fins educativos identificados no decorrer da pesquisa. Dentre esses, estão exemplos de canais voltados à divulgação das ações institucionais, ou mesmo com programação de cunho educacional, com aulas, entrevistas e documentários. 3.1 Canal Ari de Sá O Canal Ari de Sá pertence a uma instituição de ensino particular do Estado do Ceará, atuando no Ensino Básico, cujas videoaulas estão voltadas aos assuntos do Ensino Médio, principalmente com ênfase ao vestibular, sendo apresentado na FIGURA 1. FIGURA 1 – Página inicial da TV Ari de Sá Dessa forma, a TV Ari de Sá (http://www.tvari.com.br/), como a instituição denomina, consegue transmitir as aulas de seus professores e demais vídeos educacionais através da página eletrônica cujos conteúdos são disponibilizados e acessados de acordo com a necessidade de seus alunos, utilizando uma transmissão sob demanda, ou seja, os conteúdos audiovisuais ficam
  • 37. 37 dispostos no servidor e são exibidos apenas aqueles que serão executados de maneira organizada, facilitando a busca de acordo com a disciplina, o programa, o dia de realização ou professor. Assim, a instituição consegue fazer com que seus alunos acompanhem as aulas que ocorrem todas as noites de segunda a sexta-feira no horário em que desejarem, no local onde estiverem, bem como todo e qualquer aluno interessado, já que o conteúdo está disponível para todos. Essa também foi uma saída encontrada pela escola para disponibilizar conteúdos aos alunos de escolas que utilizam os materiais da Editora Saber, chamado Sistema Ari de Sá de Ensino, pois muitas dessas instituições estão em locais cujas ondas de rádio e TV das emissoras locais não abrangem e a contratação de uma emissora nacional aumentaria os custos desse empreendimento. Na TV Ari de Sá, são também disponibilizados os comentários de provas de vestibulares e demais avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O Canal também possui programas gravados diariamente como o programa Ari de Sá no Ar, transmitido diariamente por uma estão de FM local, sendo os vídeos das aulas postados ao final de cada uma na TV Ari de Sá. Há também vídeos de entrevistas sobre o vestibular, assim como de conteúdos de Atualidades, que são comentados sob as perspectivas da História, Geografia e demais disciplinas envolvidas. A instituição também utiliza o espaço para publicidade, postando os vídeos de suas campanhas publicitárias divulgadas nos veículos de comunicação local como rádio, TV, outdoors e busdoors. 3.2 Canal AulaTube O AulaTube apresenta conteúdos audiovisuais sob demanda nas mais variadas áreas, abordando aulas e tutoriais sobre a utilização de programas de computador, ou mesmo mostrando como fazer trabalhos manuais, e até vídeos de cursos ensinando a sambar. Os vídeos são armazenados através do YouTube, sendo visualizado a partir da página eletrônica do AulaTube, que pode ser acessada pelo endereço http://www.aulatube.com.br, como pode ser conferido na FIGURA 2.
  • 38. 38 FIGURA 2 – Página eletrônica do AulaTube 3.3 Canal TV Campus Party O Campus Party é um evento de Informática, ocorrido pela terceira vez no Brasil em 2010, que trata de novidades tecnológicas, Internet, softwares, desenvolvimento de aplicações e uma série de informações sobre tecnologia, conseguindo reunir pessoas das 27 unidades da Federação. O evento também ocorre em outros países, como Colômbia, México e Espanha, conforme mostrado na FIGURA 3. FIGURA 3 – Página eletrônica do canal TV Campus Party com transmissão ao vivo. Em 2010, o evento ocorreu entre os dias 26 e 31 do mês de janeiro, na cidade de São Paulo, com debates, discussões, palestras, minicursos e mesas-redondas sobre os temas
  • 39. 39 mencionados acima, entretanto, com a novidade da transmissão ao vivo do evento pela Internet, através de streaming de vídeo. Além disso, outras páginas eletrônicas poderiam retransmitir o canal, disponível no endereço http://tv.campus-party.org/, bastando para isso incluir o script fornecido pela própria TV Campus Party no código da página pessoal ou em um blog, por exemplo. Dessa forma, o blog de Geometria Dinâmica criado para facilitar o acesso às videoaulas do Curso de Construções Geométricas Elementares fez a retransmissão das palestras e debates ocorridos durante os seis dias do evento, como apresentado na FIGURA 4. FIGURA 4 – Blog de Geometria Dinâmica retransmitindo a TV Campus Party A retransmissão de canais de TV é uma prática muito comum, principalmente quando se trata de transmissão via satélite em que a emissora necessita incluir conteúdos regionais dedicados aos seus diversos públicos, bem como quando intente manter uma boa qualidade de sinal, pois as emissoras afiliadas retransmitem a programação, recebendo o sinal e aumentando a potência com intuito de que toda área consiga receber um sinal de qualidade. Essa prática chega, então, ao ambiente da Web com o objetivo de causar maior publicidade ao evento, bem como à página que retransmite, pois aumentará a quantidade de acessos. O evento também criou a possibilidade de acompanhar as palestras e os debates, principalmente para quem não conferiu a transmissão ao vivo, a partir do streaming de vídeos, ou quem quisesse rever poderia acompanhar os vídeos que eram postados no canal Campus Party,
  • 40. 40 criado no YouTube, como mostra a FIGURA 5, no endereço http://www.youtube.com/campusparty. Nessa situação, tinha-se um espaço dedicado para armazenamento dos vídeos que poderiam ser assistidos de acordo com a necessidade dos usuários, ou seja, vídeos sob demanda. Além disso, esses vídeos poderiam ser salvos, utilizando programas de downloads de vídeos da Internet, entretanto, o tamanho dos vídeos, cujas palestras tinham durações que chegavam a 1h40min, requerendo uma conexão com boa taxa de transmissão, podendo impossibilitar o download de usuários com conexão de baixa velocidade. FIGURA 5 – Canal Campus Party no YouTube com os vídeos das palestras e debates. Um ponto importante a ser considerado é a transmissão do evento desde a captação da imagem dos próprios participantes cujas visualizações dos diversos ambientes do evento eram possíveis dos telefones celulares, câmeras digitais e demais dispositivos portáreis de captura de imagens, ou mesmo a própria câmera integrada aos computadores portáteis. Essas imagens eram transmitidas a páginas eletrônicas como UStream, disponível no endereço http://www.ustream.tv/, possibilitando a transmissão de vídeo e áudio pela Internet dos mais diversos conteúdos possíveis, bastando apenas realizar um cadastro na página com dados sobre o usuário, assim como do canal de broadcast que será criado. Nessa perspectiva, concretiza-se ainda mais a possibilidade de os usuários transformarem- se em produtores de conteúdo de qualquer lugar, ou em qualquer momento, bastando apenas ter em mão um equipamento de captação de imagens comum, um computador portátil, seja notebook ou netbook, e uma conexão à Internet.
  • 41. 41 Isso possibilita a divulgação do evento em tempo real e sob a visão daquele usuário, libertando-se, portanto, dos padrões predeterminados pelas grandes emissoras de televisão, ou meios de comunicação, nos quais estão presos às empresas financiadoras de publicidade. As redes sociais também foram importantes para garantir a interatividade dos usuários, principalmente daqueles que acompanhavam o evento pela Internet, pois poderiam enviar perguntas aos palestrantes pelo Twitter, ou mesmo acompanhar trechos das palestras através das postagens dos participantes na página oficial do evento na referida rede, acessada em http://twitter.com/cpbrasil, também utilizada para informar a programação e teve um grande volume de postagens durante o evento. 3.4 Canal TV Cultura É uma emissora de TV aberta, de caráter educativo, mantida pela Fundação Padre Anchieta e instituída pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem uma programação definida 24 horas por dia e que está na Web através de transmissão de eventos, assim como a visualização de vídeos de reportagens, debates e de programas com discussões sobre temas importantes transmitidos em seus programas, como visto na FIGURA 6 e no endereço: http://www.iptvcultura.com.br/. FIGURA 6 – Página eletrônica do canal de vídeo da TV Cultura de São Paulo. De acordo com a classificação disposta em Cordeiro (2007), a maioria dos materiais é de videoentrevistas provenientes do programa Roda Viva, consagrado da emissora, onde os convidados são entrevistados por vários jornalistas e profissionais ligados à área de interesse do entrevistado. Há também os vídeo-reportagens das matérias apresentadas nos telejornais da emissora, ainda de acordo com a classificação feita por Cordeiro (2007).
  • 42. 42 Dessa forma, tem-se a possibilidade de assistir ao conteúdo via fluxo sob demanda em horário diferente daquele previsto pela programação estabelecida pela emissora. Além disso, o usuário pode fazer a própria programação com os vídeos dispostos na página eletrônica. 3.5 Canal TV Escola O Ministério da Educação (MEC) mantém um canal de educação durante 24 horas por dia, transmitido via satélite e pela Internet, no endereço: http://portal.mec.gov.br/tvescola/. O portal da TV Escola disponibiliza o fluxo contínuo de vídeo com programas educativos, documentários, séries nacionais e internacionais que podem ser utilizados para capacitação dos professores, bem como fonte de materiais de pesquisa para docentes, a fim de que tais conteúdos possam ser utilizados como materiais didáticos, pois, como apresenta Cordeiro (2007), o vídeo também pode ser utilizado como função motivadora da discussão, podendo o seu uso proporcionar debates sobre temas importantes e atuais, como apresentado pela FIGURA 7. FIGURA 7 – Página eletrônica inicial da TV Escola. Além disso, há materiais em textos para auxiliar a prática docente através de vídeos, mostrando como iniciar um debate, como realizar as atividades, a qual público deve ser aplicada tal atividade, quais assuntos e temas transversais devem ser levantados, enfim, há várias sugestões de como o professor poderá proceder com o uso de vídeo na sala de aula, já que, além do canal de TV, as escolas também recebem vídeos em DVDs e CDs, possibilitando o uso de mídias audiovisuais na sala de aula.
  • 43. 43 3.6 Canal FA7 A Instituição de Ensino Superior (IES) privada Faculdade 7 de Setembro também reserva um espaço especifico à divulgação de seus vídeos institucionais, com entrevistas e publicidade, denominando tal espaço de TV FA7, sendo que os vídeos sob demanda existentes em tal espaço estão armazenados no YouTube e adicionados à página da TV FA7 através de links. Essa é uma maneira rápida e fácil de criar um canal de comunicação com o público, tanto através do espaço reservado em seu portal, quanto do YouTube, canal de compartilhamento de vídeos mais utilizado do mundo, podendo ser acessado a partir da página inicial do portal da FA7, como visto na FIGURA 8, encontrado no endereço: http://www.fa7.edu.br . FIGURA 8 – Página com vídeos institucionais da Faculdade 7 de Setembro. A criação de um canal de TV transmitido via Internet serve também como laboratório adequado ao aprendizado de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, que poderão colocar em pratica os conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas, utilizando um ambiente que a cada dia é mais aplicado para diversas finalidades, inclusive publicitária e jornalística, cujas IES devem formar seus alunos também voltados para esses nichos de mercado. 3.7 Canal FAAP A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), mantenedora da IES FAAP, também mantém uma emissora de TV com programação durante 24 horas por dia com transmissão via Internet, para divulgação dos trabalhos acadêmicos de seus alunos, que também produzem a sua programação juntamente com uma equipe de profissionais da área, como visto na FIGURA 9 e disponível no endereço: http://www.faap.br/tvfaap. Assim, a TV disponibiliza o fluxo contínuo
  • 44. 44 de vídeo de sua programação, além dos vídeos dos eventos realizados pela instituição que, de acordo com Cordeiro (2007), podem ser classificados como vídeo-reportagem, videoentrevista e vídeo de mesa-redonda ou debates. FIGURA 9 – Página de streaming da TV FAAP. 3.8 Canal FDR A Fundação Demócrito Rocha (FDR), ligada ao grupo de comunicação O Povo, oferece cursos de extensão semipresenciais nas mais diversas áreas, em parceria com as IES do Estado do Ceará. Para isso utiliza AVA, fascículos impressos encartados semanalmente em jornal de circulação regional, central de atendimento para prover informações aos cursistas e aulas presenciais com os autores dos materiais impressos, como mostra a FIGURA 10. FIGURA 10 – Página eletrônica da FDR destina às videoaulas de um de seus cursos.
  • 45. 45 Para reunir e organizar todos os conteúdos audiovisuais obtidos nos encontros presenciais, ou os vídeos sob demanda, há um canal com todas as videoaulas organizadas por professor e assunto, cujos vídeos são armazenados no YouTube e podem ser visualizados na própria página, no endereço: http://www.fdr.com.br. Além das videoaulas, seguindo a classificação de Cordeiro (2007), há também vídeos com entrevistas com especialistas das áreas dos cursos oferecidos, bem como com reportagens sobre os assuntos abordados nos cursos produzidos pela instituição e transmitidos pela TV O Povo. 3.9 Canal FGF TV A Faculdade da Grande Fortaleza é outra IES privada que mantém um canal de TV transmitido via TV por assinatura, mas também disponibiliza os vídeos sob demanda com entrevistas e debates realizados semanalmente em seus estúdios, como mostra a FIGURA 11 a página eletrônica com os vídeos armazenados no YouTube, podendo ser acessada pelo endereço: http://www.fgf.edu.br/novo/default.asp. FIGURA 11 – Página eletrônica da TV FGF com vídeos das entrevistas. A TV FGF, como é denominada pela instituição, tem parceria com outras emissoras de TVs tendo seus principais programas veiculados nessas emissoras parceiras como a TV Fortaleza e a TV da Assembleia Legislativa do Ceará.
  • 46. 46 3.10 Canal TV FGV A Fundação Getúlio Vargas também utiliza a Internet como ferramenta auxiliar a sua atuação, marcando espaço nas principais redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter, Flickr10 e Google Buzz11. Além disso, tem um canal de vídeos sob demanda no YouTube, como mostrado na FIGURA 12, que mostra o canal FGV TV disponível no endereço: http://www.youtube.com/user/fgvtv. FIGURA 12 – Página eletrônica do canal FGV TV no YouTube. De acordo com Cordeiro (2007), os vídeos existentes no canal FGV TV são classificados como videoentrevistas, videodebates e vídeos com função informativa, pois esses têm o objetivo de esclarecer o público sobre algum acontecimento ou informação importante. Muitas vezes, é realizado por especialistas e pode compor um videodocumentário. 3.11 Canal Futura O canal Futura é uma emissora de TV educativa mantida por várias empresas parceiras que contribuem para produção de matérias de cunho educacional e transmitida via TV por assinatura, sendo a Fundação Roberto Marinho a principal mantenedora. Há um canal no YouTube com 10 É uma rede social para hospedagem e compartilhamento de imagens, permitindo aos usuários organizarem suas fotos em álbuns, sendo atualmente mantido pelo Yahoo. 11 É o serviço do Google que disponibiliza microblogagem e interação com as principais redes sociais a partir do Gmail, que é o serviço de correio eletrônico web do Google.
  • 47. 47 vídeos dos programas, como mostrado na FIGURA 13, disponível no endereço: http://www.youtube.com/user/canalfutura. FIGURA 13 – Página eletrônica do Canal Futura no YouTube. A grande novidade, contudo, está na possibilidade de obter esses conteúdos audiovisuais pelo portal FuturaTec através de download via programas de compartilhamento de arquivo como BitTorrent, que trabalha baseado na arquitetura peer-to-peer (P2P) cuja página eletrônica pode ser vista na FIGURA 14 e acessada pelo endereço: http://www.futuratec.org.br. FIGURA 14 – Página eletrônica do FuturaTec que possibilita o download dos vídeos. A arquitetura P2P está baseada em conceitos de sistemas distribuídos que quebra um pouco a hierarquia centralizada das redes de computadores, se comparada com a arquitetura cliente-