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 O Evangelho Segundo o Espiritismo.
 Cap. 5: 1; 13
 Expositor: Humberto E. Hasegawa
1. Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados. Bem-aventurados os que têm fome
e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-
aventurados os que padecem perseguição por
amor a justiça, porque deles é o Reino
dos Céus. (Matheus, V: 5, 6 e 10).
2. Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é
o Reino de Deus. Bem-aventurados os que
agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-
aventurados vós, que agora chorais, porque
rireis. (Lucas, VI: 20,21).
Mas ai de vós, ricos, porque tendes no mundo a
vossa consolação. Ai de vós, os que estai fartos,
porque tereis fome. Ai de vós, os que agora
rides, porque gemereis e chorareis. (Lucas, VI:
24, 25).
3. Vendo as desigualdades na distribuição dos males e dos
bens entre as pessoas fica difícil entender onde fica a justiça
de Deus.
Deus sendo soberanamente justo e bom, não age por
capricho ou com parcialidade. As dificuldades da vida tem
uma causa, e sendo Deus justo, essa causa deve ser justa.
Deus nos mandou Jesus para, através dos seus
ensinamentos, fazer-nos compreender essa causa, e
atualmente considerando-nos suficientemente maduros para
entender essa causa, revela-a por completo através do
Espiritismo.
4. As vicissitudes da vida são de duas espécies: umas têm
sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.
Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes
e as decepções da vida, interroguem friamente a própria
consciência e verão que são os causadores dos seus
próprios sofrimentos na maioria das vezes. Mas, em vez
de reconhecê-lo, acham mais fácil culpar a sorte.
O homem evitará essas vicissitudes a partir do momento
que começar a trabalhar para o seu adiantamento moral e
intelectual.
5. A justiça terrena alcança certas faltas e as pune. Mas ela
castiga principalmente as que causam prejuízo à
sociedade e não as que prejudicam apenas os que as
cometem.
Mas Deus não deixa impune nenhum desvio do caminho
reto, o homem é sempre punido naquilo em que pecou.
Os sofrimentos consequentes são então uma advertência
de que ele andou mal. Dão-lhe a experiência e o fazem
sentir, a diferença entre o bem e o mal. Sem isso, ele não
teria nenhum motivo de se emendar, e confiante na
impunidade, retardaria o seu adiantanto.
Mas, as vezes, a experiência chega um pouco tarde e
como o trabalhador preguiçoso que diz: “ Perdi o meu dia”,
ele também diz: “ Perdi a minha vida”.
6. Mas se há males, nesta vida, de que o homem é a própria
causa, há também outros que, pelo menos em aparência,
são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por
fatalidade.
Os que nascem nessas condições, nada fizeram,
seguramente, nesta vida para merecer uma sorte tão
triste.
Todo efeito tendo sua causa, e sendo Deus justo, essa
causa deve ser justa. O homem não é punido sempre, ou
completamente punido na sua existência presente, mas
jamais escapa às consequências das suas faltas. A
desgraça que, à primeira vista, parece imerecida, tem
portanto a sua razão de ser, e aquele que sofre poderá
dizer: “Perdoai-me Senhor, porque eu pequei”.
7. Os sofrimentos produzidos por causas anteriores são
sempre, como os decorrentes de causas atuais, uma
consequência natural da própria falta cometida.
É dessa maneira que se explicam, pela pluralidade
das existências e pelo destino na Terra, como mundo
expiatório que é, as anomalias na distribuição da
felicidade e da desgraça, entre os bons e os maus
neste mundo.
O homem não deve esquecer-se que está num
mundo inferior, onde só é detido pelas suas
imperfeições. A cada vicissitude, deve lembrar que,
se estivesse num mundo mais avançado, não teria de
sofrê-la, e que dele depende não voltar a este mundo,
desde que trabalhe para se melhorar.
8. As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos
menos evoluídos, mas são livremente escolhidos e
aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar
o mal que fizeram e tentar fazer melhor.
Essas tribulações, portanto, são ao mesmo tempo,
expiações do passado, que castigam, e provas para o
futuro, que preparam. Renda-mos graças a Deus que, na
sua bondade, concede aos homens a faculdade da
reparação, e não o condena irremediavelmente pela
primeira falta.
9. Nem tudo é castigo. Frequentemente são provas
escolhidas pelo próprio espírito para acabar a sua
purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a
expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova
é uma expiação. Provas e expiações são sempre sinais de
uma inferioridade relativa.
Mas pode ocorrer de espíritos mais elevados solicitarem
tarefas, o quanto mais penosas, se saírem vitoriosas, maior
será sua recompensa.
São casos de pessoas naturalmente boas que sofrem
com resignação Cristã as maiores provações e dores,
pedindo forças a Deus para suporta-las sem reclamar.
O sofrimento que não provoca murmurações pode ser,
sem dúvida, uma expiação, mas indica que foi escolhido
voluntariamente do que imposto, o que indica sinal de
progresso.
10. Os espíritos não podem aspirar à perfeita felicidade
enquanto não estão puros; toda mancha lhes impede
a entrada nos mundos felizes. É nas diversas
existências corpóreas que os Espíritos se livram,
pouco a pouco, de suas imperfeições.
As provas da vida fazem progredir, quando bem
suportadas; como expiações, apagam as faltam e
purificam. Aquele, portanto, que muito sofre, deve
dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser
curado logo. Dele depende, por meio da resignação,
tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder os
seus resultados por causa de reclamações, sem o
que teria de recomeçar
11. É em vão que se aponta o esquecimento como um
obstáculo ao aproveitamento da experiência das
existências anteriores.
O espírito renasce frequentemente no mesmo meio
em que viveu.
Deus nos deu, para nos melhorarmos, apenas o que
necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e
as tendências instintivas; e nos tira o que poderia
prejudicar-nos.
O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Cada
existência é para ele um novo ponto de partida.
De resto, esse esquecimento só existe durante a vida
corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito
reencontra a lembrança do passado. E durante o sono,
tem-se a oportunidade da liberdade e consciência dos
seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre e
que sofre justamente. A lembrança só se apaga durante
a vida exterior de relação.
A falta de uma lembrança precisa, permite-lhes reunir
novas forças nesses momentos de
emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los.
12. Traduzindo as palavras bem-aventurados os aflitos,
porque eles serão consolados, Jesus indica a
compensação que espera os que sofrem e a resignação
que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da
cura.
O homem que sofre é igual a um devedor de grande
soma a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje
mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e
ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que me pagues
o ultimo centavo.
O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas
privações para se ver livre da dívida, pagando
somente a centésima parte dela? Em vez de
queixar-se do credor, não lhe agradeceria?
É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados
os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são
felizes porque pagam suas dívidas, e após a
quitação estarão livres. Mas se procurar quitá-las
de um lado, de outro se endividarem, nunca ficarão
livres.
Ao entrar no mundo dos Espíritos o homem é
semelhante ao trabalhador que comparece no
dia do pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a
paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos
felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade,
que puseram a sua felicidade na satisfação do
amor-próprio e dos prazeres mundanos dirá:
“Nada tendes a receber, porque já recebestes o
vosso salário na Terra. Ide e recomeçai a vossa
tarefa.”
13. O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das
suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena.
Maior é o seu sofrimento, quando o considera mais
longo.
Do ponto de vista espiritual o tempo de uma
encarnação na terra, por mais longeva que pareça, é
apenas um ponto no infinito. E dessa maneira, em vez
de lamentar-se, se agradece pelas dores que o fazem
avançar.
O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é
a diminuição da importância das coisas mundanas.
Assim fica mais fácil passar pelas provas sem se
prender à inveja, ao ciúme e à ambição, que tanto
aumentam as angustias da sua curta existência.
 Que Deus os acompanhem aos vossos lares!!

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Bem-aventurados os que sofrem por justiça

  • 1.  O Evangelho Segundo o Espiritismo.  Cap. 5: 1; 13  Expositor: Humberto E. Hasegawa
  • 2. 1. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem- aventurados os que padecem perseguição por amor a justiça, porque deles é o Reino dos Céus. (Matheus, V: 5, 6 e 10).
  • 3. 2. Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem- aventurados vós, que agora chorais, porque rireis. (Lucas, VI: 20,21). Mas ai de vós, ricos, porque tendes no mundo a vossa consolação. Ai de vós, os que estai fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis. (Lucas, VI: 24, 25).
  • 4. 3. Vendo as desigualdades na distribuição dos males e dos bens entre as pessoas fica difícil entender onde fica a justiça de Deus. Deus sendo soberanamente justo e bom, não age por capricho ou com parcialidade. As dificuldades da vida tem uma causa, e sendo Deus justo, essa causa deve ser justa. Deus nos mandou Jesus para, através dos seus ensinamentos, fazer-nos compreender essa causa, e atualmente considerando-nos suficientemente maduros para entender essa causa, revela-a por completo através do Espiritismo.
  • 5. 4. As vicissitudes da vida são de duas espécies: umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida. Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes e as decepções da vida, interroguem friamente a própria consciência e verão que são os causadores dos seus próprios sofrimentos na maioria das vezes. Mas, em vez de reconhecê-lo, acham mais fácil culpar a sorte. O homem evitará essas vicissitudes a partir do momento que começar a trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.
  • 6. 5. A justiça terrena alcança certas faltas e as pune. Mas ela castiga principalmente as que causam prejuízo à sociedade e não as que prejudicam apenas os que as cometem. Mas Deus não deixa impune nenhum desvio do caminho reto, o homem é sempre punido naquilo em que pecou. Os sofrimentos consequentes são então uma advertência de que ele andou mal. Dão-lhe a experiência e o fazem sentir, a diferença entre o bem e o mal. Sem isso, ele não teria nenhum motivo de se emendar, e confiante na impunidade, retardaria o seu adiantanto. Mas, as vezes, a experiência chega um pouco tarde e como o trabalhador preguiçoso que diz: “ Perdi o meu dia”, ele também diz: “ Perdi a minha vida”.
  • 7. 6. Mas se há males, nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que, pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por fatalidade. Os que nascem nessas condições, nada fizeram, seguramente, nesta vida para merecer uma sorte tão triste. Todo efeito tendo sua causa, e sendo Deus justo, essa causa deve ser justa. O homem não é punido sempre, ou completamente punido na sua existência presente, mas jamais escapa às consequências das suas faltas. A desgraça que, à primeira vista, parece imerecida, tem portanto a sua razão de ser, e aquele que sofre poderá dizer: “Perdoai-me Senhor, porque eu pequei”.
  • 8. 7. Os sofrimentos produzidos por causas anteriores são sempre, como os decorrentes de causas atuais, uma consequência natural da própria falta cometida. É dessa maneira que se explicam, pela pluralidade das existências e pelo destino na Terra, como mundo expiatório que é, as anomalias na distribuição da felicidade e da desgraça, entre os bons e os maus neste mundo. O homem não deve esquecer-se que está num mundo inferior, onde só é detido pelas suas imperfeições. A cada vicissitude, deve lembrar que, se estivesse num mundo mais avançado, não teria de sofrê-la, e que dele depende não voltar a este mundo, desde que trabalhe para se melhorar.
  • 9. 8. As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos menos evoluídos, mas são livremente escolhidos e aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar o mal que fizeram e tentar fazer melhor. Essas tribulações, portanto, são ao mesmo tempo, expiações do passado, que castigam, e provas para o futuro, que preparam. Renda-mos graças a Deus que, na sua bondade, concede aos homens a faculdade da reparação, e não o condena irremediavelmente pela primeira falta.
  • 10. 9. Nem tudo é castigo. Frequentemente são provas escolhidas pelo próprio espírito para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações são sempre sinais de uma inferioridade relativa. Mas pode ocorrer de espíritos mais elevados solicitarem tarefas, o quanto mais penosas, se saírem vitoriosas, maior será sua recompensa. São casos de pessoas naturalmente boas que sofrem com resignação Cristã as maiores provações e dores, pedindo forças a Deus para suporta-las sem reclamar. O sofrimento que não provoca murmurações pode ser, sem dúvida, uma expiação, mas indica que foi escolhido voluntariamente do que imposto, o que indica sinal de progresso.
  • 11. 10. Os espíritos não podem aspirar à perfeita felicidade enquanto não estão puros; toda mancha lhes impede a entrada nos mundos felizes. É nas diversas existências corpóreas que os Espíritos se livram, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provas da vida fazem progredir, quando bem suportadas; como expiações, apagam as faltam e purificam. Aquele, portanto, que muito sofre, deve dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser curado logo. Dele depende, por meio da resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder os seus resultados por causa de reclamações, sem o que teria de recomeçar
  • 12. 11. É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da experiência das existências anteriores. O espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu. Deus nos deu, para nos melhorarmos, apenas o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos. O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Cada existência é para ele um novo ponto de partida.
  • 13. De resto, esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. E durante o sono, tem-se a oportunidade da liberdade e consciência dos seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre e que sofre justamente. A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação. A falta de uma lembrança precisa, permite-lhes reunir novas forças nesses momentos de emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los.
  • 14. 12. Traduzindo as palavras bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura. O homem que sofre é igual a um devedor de grande soma a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que me pagues o ultimo centavo.
  • 15. O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas privações para se ver livre da dívida, pagando somente a centésima parte dela? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria? É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e após a quitação estarão livres. Mas se procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca ficarão livres.
  • 16. Ao entrar no mundo dos Espíritos o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia do pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor-próprio e dos prazeres mundanos dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide e recomeçai a vossa tarefa.”
  • 17. 13. O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o seu sofrimento, quando o considera mais longo. Do ponto de vista espiritual o tempo de uma encarnação na terra, por mais longeva que pareça, é apenas um ponto no infinito. E dessa maneira, em vez de lamentar-se, se agradece pelas dores que o fazem avançar. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição da importância das coisas mundanas. Assim fica mais fácil passar pelas provas sem se prender à inveja, ao ciúme e à ambição, que tanto aumentam as angustias da sua curta existência.
  • 18.  Que Deus os acompanhem aos vossos lares!!