SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 28
Os cinco sentidos do cão  Trabalho realizado por:Filipa Araújo Curso de Auxiliar Técnico de VeterináriaHVP, Dezembro 2010
Tudo o que um animal faz, está dependente da recepção e da forma como interpreta a informação obtida do meio ambiente que o rodeia. Esta informação acerca do meio envolvente é essencial  para que um animal decida o que irá fazer a seguir.  Os órgãos dos sentidos estão constantemente a recolher informação do ambiente envolvente, que após ser interpretada pelo sistema nervoso é armazenada, dando assim origem ao “conhecimento” do animal.  Os cães partilham os mesmos sentidos básicos que os humanos: sistema nervoso órgãos dos sentidos  mundo exterior
 O OLFACTO dos cães é o principal dos cinco sentidos. É referido como sendo cerca de cem mil vezes mais poderoso que o dos humanos. Os cães usam também o olfacto para comunicar, como por exemplo para as marcações territoriais e na detecção de amigos e inimigos.  A AUDIÇÃO dos cães é altamente desenvolvida. Eles possuem orelhas móveis que capturam sons provenientes de todas as direcções. Podem usar apenas uma orelha para rastrear a origem do som, usando depois as duas para captar um maior número de ondas sonoras .  A VISÃO dos cães é similar à dos humanos, no entanto a visão de um cão é geralmente inferior à do Homem. Contrariamente ao que muita gente pensa, os cães conseguem ver cor, visualizar formas estáticas e são muito sensíveis ao movimento, mas as imagens captadas não têm grande detalhe .  O TACTO é o primeiro sentido que os cães desenvolvem. Tal como os humanos, os cães possuem receptores tácteis por todo o seu corpo.   O PALADAR está directamente relacionado com o olfactoe apesar de os cães terem um paladar menos desenvolvido que o dos humanos, eles conseguem saborear o doce, o amargo e o ácido .
  A ordem de eficiência dos sentidos de um cão adulto e saudável é:    Nos cachorros, a ordem varia de acordo com a idade, pois eles nascem com os ouvidos e olhos totalmente fechados e rastejam em direcção aos objectos que emitem calor (termotropismo). Destes, o mais próximo, sem dúvida alguma, é mama de sua mãe que, nesta fase de sua vida reprodutiva, apresenta-se mais quente do que as outras partes do seu próprio corpo.     Com o decorrer dos dias, o sentido do olfacto supera, definitivamente, o sentido do tacto e podemos presenciar o filhote a farejar tudo que se encontra à sua frente.
Percepção Sensorial Ao estudar os órgãos dos sentidos é necessário analisar as propriedades das suas células, e o modo como estas transformam os estímulos ambientais em informação nervosa. Qualquer um dos órgãos dos sentidos actua da mesma forma básica, iniciando-se com a detecção do estímulo, seguido da amplificação do sinal e posterior transmissão para o sistema nervoso.
Percepção Sensorial     A recepção sensorial começa nos órgãos que possuem células especializadas para responder aos diferentes tipos de estímulos, denominadas de células receptoras.  estímulos células receptoras  mecano-receptores foto-receptores quimio-receptores termo-receptores electro-receptores
    Os receptores especializados dos órgãos dos sentidos são específicos para reconhecer e responder apenas a certos estímulos.      De uma forma genérica, podemos resumir o processo de interpretação dos sinais obtidos da seguinte forma:  Percepção Sensorial
Olfacto    O nariz dos cães é formado por um par de narinas e pela cavidade nasal. As células receptoras do olfacto estão presentes por toda a camada do epitélio especializado existente na cavidade nasal.    O epitélio olfactivo contém vários tipos de células olfactivas (permite a percepção de um número elevado de odores).     Os cães possuem ainda uma cavidade chamada de vomeronasal, mais conhecida por órgão de Jacobson, que consiste num par de sacos alongados que conectam com a boca e nariz. Esta estrutura possui células receptoras distintas da cavidade nasal.
Olfacto    O nariz dos cães está normalmente frio e húmido (razão pela qual os cães estão constantemente a lamber o nariz).     O muco segregado pelas glândulas mucosas da cavidade nasal captura e dissolve as moléculas presentes no ar e obriga-as a entrarem em contacto com o epitélio olfactivo especializado, que no caso dos cães é muito desenvolvido, contendo mais de 220 milhões de receptores olfactivos em contraste com os cerca de 5 milhões que o ser humano possui.
Olfacto   O acto de farejaré utilizado para maximizar a detecção dos odores, uma vez que força o ar a entrar na cavidade nasal (devido as sucessivas inspirações e expirações) e a contactar com o epitélio especializado.    As moléculas de odor que estão dentro da cavidade nasal sãoabsorvidas pelos receptores especializadosaté à camada mucosa e posteriormente difundidos até aos neurónios. Esta interacção gera um impulso nervoso que é transmitido através dos nervos olfactivos até ao centro olfactivo do cérebro.   As células do órgão de Jacobson, para além de participarem no processo normal do olfacto, enviam também impulsos para a região do hipotálamo, que estão associados a comportamentos sexuais e sociais. Acredita-se ainda que este órgão é fundamental na detecção das feromonas .
Olfacto A sensibilidade olfactiva depende da área desenvolvida do centro olfactivo do cérebro, sendo em média, nos cães, cerca de 10% do total do cérebro (nos humanos ronda os 0,3%). Os cães possuem ainda receptores infravermelhos que são sensíveis à temperatura. Em determinadas experiências, ficou demonstrado que os cães conseguem detectarcertos tumores, prever ataques epilépticos e até níveis anormais de glucose no sangue em humanos através do cheiro.
Olfacto   O mundo que existe em redor do cão é rico em diferentes odores, que se sobrepõem e cruzam, no ambiente. O cão consegue separá-los adequadamente, identificando, desta maneira, pessoas e coisas.    Tudo isso ocorre devido aos seus órgãos especializados. A área do cérebro canino encarregada da sensibilidade ao cheiro possui 40 x mais células que a mesma área do cérebro humano.   As células sensitivas do cão estão bem mais juntas e formam uma área que se dobra várias vezes sobre si mesma, criando sulcos e cristas que aumentam a capacidade de captação de odores.    Estima-se que o olfacto do cão é quarenta vezes mais sensível do que o do homem.    O homem aproveita esta sensibilidade olfactiva do cão para treiná-lo a procurar pessoas, objectos, bombas, drogas, etc. Os animais de determinadas raças possuem sensibilidade maior e são conhecidos como cães farejadores, utilizados pelos exércitos e polícias de vários países.
Audição Os cães, comparativamente com os humanos, possuem uma audição muito mais apurada. São capazes de captar frequências baixas entre os 16 e 20Hz (os humanos captam entre 20 e 70Hz) e altas entre os 70000 a 100000Hz (comparando com os 20000Hz humanos).  Os cães são ainda capazes de ouvir ultra-some são excelentes a distinguir sons, o que lhes permite “compreender” as palavras pronunciadas pelos donos, embora neste caso seja também importante o tom de voz e os gestos usados.
Audição   O ouvido é formado por três compartimentos:   O ouvido externoé uma estrutura cartilagínea coberta por músculos e pele, formando a orelha que possui uma abertura para o interior constituindo o canal auditivo externo, que se estende até ao tímpano.    O ouvido médio consiste numa câmara de ressonância que contém três ossículos.    O ouvido interno é formado pela cóclea, pelo aparelho vestibular e pelo tubo auditivo.    A função da orelha é captar os sons que depois serão conduzidos pelo canal auditivo externo. No ouvido médio, os ossículos convertem mecanicamente as vibrações do tímpano em ondas de pressão que são amplificadas na cóclea.
Audição    No sistema vestibular, o vestíbulo, é uma componente especializada do ouvido interno que fornece informações essenciais para o sentido de equilíbrio e para a coordenação dos movimentos da cabeça com movimentos posturais e dos olhos.
Audição    As orelhas do cão possuem formas variadas, de acordo com a raça.     São bastante móveis e giram em diferentes direcções àprocura dos sons que penetram no canal auditivo.     Apesar das diferenças que ocorrem no pavilhão auricular, as estruturas e as funções do ouvido médio e interno do cão permanecem as mesmas.     Muitas vezes nós precisamos virar a cabeça para ouvir melhor alguns sons, enquanto que o cão movimenta somente as orelhas. Um som emitido a 4 metros e audível para nós, será audível para um cão, na mesma intensidade, a 25 metros.
Audição   Outra capacidade impressionante do cão é a identificação da origem do som. Ele conhece o passo de todas as pessoas de uma casa e consegue identificar os ruídos do carro do seu proprietário, entre outros da mesma marca, cilindrada etc.    O cão possui excelente audição e capta sons inaudíveis para nós. O uso de apitos que emitem sons de alta frequência são, às vezes, utilizados para comando de cães polícias e militares à distância, sem que as pessoas que se encontram próximas dos mesmos captem tais sons.
Visão O olho dos canídeos tem a mesma morfologia básica que o olho humano e pode ser comparado com uma máquina de filmar, possuindo: abertura (pupila)  lente (córnea e cristalino) superfície de recepção (retina).  Tal como nas câmaras, asestruturas do olhos podem ser ajustadas e modificadas fisiologicamente mediante as diferentes condições de luz existentes. A luz penetra no olho através da pupila, sendo a quantidade controlada e regulada pela íris. Quanto mais a pupila estiver aberta, maior a quantidade de luz que penetra pelo olho, sendo esta uma importante característica para a visão nocturna.  A luz, após atravessar a pupila, passa pelo cristalino e é absorvida pela retina.
Visão Rodopsina Detecção do movimento 80%  Adaptados para condições em que há pouca luz 20%  Percepção de cor e do detalhe     Ao contrário dos humanos em que a retina possui três tipos de cones, o olho canídeo apenas possui dois tipos. Esta condição faz com que cães não consigam ver todas as cores do espectro visível, não identificando o verde, o laranja e o vermelho, porque os cones que eles possuem,apenascaptam comprimentos de onda entre os 429nm e 555nm, zona correspondente ao azul, violeta e amarelo.
Visão     A característica que torna a visão dos cães excelente no escuro, é o tapetum lucidum que corresponde a uma camada de células altamente reflectoras localizadas por trás dos foto-receptores.     Esta camada reflectora é responsável pelo brilho nos olhos dos cães (e outras espécies) quando uma luz brilhante atinge os olhos no escuro. Esta camada amplia e reflecte a luz, mesmo quando ela for de pequena intensidade.
Visão     Por conseguirem captar melhor o movimento do que os humanos, para os cães a televisão não passa de uma série de imagens que piscam rapidamente, enquanto que os humanos não se apercebem das transições e vêem as imagens numa sequência contínua.      Quando os cães olham para a televisão, geralmente respondem mais a sons e mudanças bruscas de luz do que propriamente à imagem.     O posicionamento dos olhos do cão dá-lhe um campo de visão mais alargado do que o dos seres humanos, apesar de a sua visão binocular ser reduzida.     A visão periféricavaria entre raças, dependendo da posição e da inclinação dos olhos.
Tacto As sensações tácteis são primordiais para o desenvolvimento normal dos animais. Na fase inicial da vida dos cães o tacto é o sentido mais importante, sendo fundamental o contacto com a progenitora. Através do tacto, os cães podem diferenciar sensações de pressão e contacto, sensações térmicas e sensações dolorosas, dependendo do tipo de estímulo. As sensações térmicas apenas são captadas em determinadas zonas:  superfície cutânea  cavidade nasal cavidade bucal ânus Existem dois tipos principais de termo-receptores, os de calor e os de frio.
Tacto     Os receptores para as sensações de pressão encontram-se espalhados praticamente por todo o organismo.     Os receptores para as sensações de contacto (disco de Merkel; terminação de Ruffini; corpúsculo de Meissner; corpúsculo de Pacini) encontram-se logo abaixo da superfície cutânea.      As sensações de pressão e contacto são perceptíveis por todo o corpo, pois os nervos estão localizados na base dos pêlos.      Para as sensações dolorosas existem receptores especiais (terminações livres não-mielinizadas de neurónios aferentes) que estão presentes na pele, nos músculos, tendões e articulações, dentes, etc. A maioria das vísceras, como, rins e pulmões não possuem receptores para a dor.
Tacto     Além das terminações nervosas sensoriais existentes em todo o corpo, os cães possuem pêlos especiais, denominados vibrissas, que se localizam acima dos olhos, debaixo da mandíbula e no focinho. Os vibrissas são fortemente irrigados por vasos sanguíneos e possuem um elevado número de terminações nervosas, conferindo-lhe uma sensibilidade especial.     Os bigodes ou vibrissas funcionam como verdadeiras antenas. São elas as responsáveis pela manutenção da distância, quase constante, do focinho do cão dos objectos cheirados. Quando o animal está a farejar um rasto, ele mantém o focinho a uma pequena distância do chão, sem o tocar.
Paladar O paladar é considerado o sentido menos eficiente do cão. É um sentido pouco desenvolvido e está directamente relacionado com o olfacto. A língua é um músculo em que a superfície é coberta por epitélio especializado que contém as células especializadas denominadas de papilas gustativas.  O cão tem à volta de 12x menos papilas gustativas que o ser humano. .
Paladar     O paladar está ligado às papilas gustativaspresentes nas mucosas da língua, do palato e da faringe. Os nervos glossofaringeo e lingual, originados nas pupilas gustativas transmitem os sinais recebidos pelas mesmas até ao cérebro.      Tal como no olfacto, esta informação gustativa surge através da interacção das substâncias químicas da comida que são dissolvidas na saliva e captadasdepois pelas papilas gustativas.
Paladar     A língua nos cães, para além de ser responsável pela resposta ao paladar, desempenha a vital tarefa de dissipar o calor do animal, sendo ainda usada com função terapêutica em caso de feridas externas.
Obrigada 

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Miologia - anatomia veterinária I
Miologia - anatomia veterinária IMiologia - anatomia veterinária I
Miologia - anatomia veterinária IMarília Gomes
 
Sistema sensorial - anatomia humana
Sistema sensorial - anatomia humanaSistema sensorial - anatomia humana
Sistema sensorial - anatomia humanaMarília Gomes
 
Introdução a Anatomia e Fisiologia Veterinária
Introdução a Anatomia e Fisiologia VeterináriaIntrodução a Anatomia e Fisiologia Veterinária
Introdução a Anatomia e Fisiologia VeterináriaFelipe Damschi
 
Casqueamento de Equinos
Casqueamento de EquinosCasqueamento de Equinos
Casqueamento de EquinosKiller Max
 
Aula 08 sistema sensorial - anatomia e fisiologia
Aula 08   sistema sensorial - anatomia e fisiologiaAula 08   sistema sensorial - anatomia e fisiologia
Aula 08 sistema sensorial - anatomia e fisiologiaHamilton Nobrega
 
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - Fama
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - FamaAula 8 - anatomia I - sistema nervoso - Fama
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - FamaMarília Gomes
 
Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Marília Gomes
 
Sistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoSistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoRenata Oliveira
 
Sistema respiratório veterinária
Sistema respiratório veterináriaSistema respiratório veterinária
Sistema respiratório veterináriaMarília Gomes
 
Patologias do sistema respiratório
Patologias do sistema respiratórioPatologias do sistema respiratório
Patologias do sistema respiratórioMarília Gomes
 
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e Funções
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e FunçõesFisiologia do sistema nervoso - Anatomia e Funções
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e FunçõesPedro Augusto
 
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaSistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaMarília Gomes
 
Topografia veterinária - tórax
Topografia veterinária - tóraxTopografia veterinária - tórax
Topografia veterinária - tóraxMarília Gomes
 
Histologia respiratória
Histologia respiratóriaHistologia respiratória
Histologia respiratóriaFlávia Salame
 
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Julia Berardo
 
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterinária
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterináriaAula 1 Anatomia - Osteologia veterinária
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterináriaJulia Berardo
 

Was ist angesagt? (20)

Miologia - anatomia veterinária I
Miologia - anatomia veterinária IMiologia - anatomia veterinária I
Miologia - anatomia veterinária I
 
Sistema sensorial - anatomia humana
Sistema sensorial - anatomia humanaSistema sensorial - anatomia humana
Sistema sensorial - anatomia humana
 
Introdução a Anatomia e Fisiologia Veterinária
Introdução a Anatomia e Fisiologia VeterináriaIntrodução a Anatomia e Fisiologia Veterinária
Introdução a Anatomia e Fisiologia Veterinária
 
Miologia veterinária
Miologia veterináriaMiologia veterinária
Miologia veterinária
 
Casqueamento de Equinos
Casqueamento de EquinosCasqueamento de Equinos
Casqueamento de Equinos
 
Aula 08 sistema sensorial - anatomia e fisiologia
Aula 08   sistema sensorial - anatomia e fisiologiaAula 08   sistema sensorial - anatomia e fisiologia
Aula 08 sistema sensorial - anatomia e fisiologia
 
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - Fama
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - FamaAula 8 - anatomia I - sistema nervoso - Fama
Aula 8 - anatomia I - sistema nervoso - Fama
 
Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal
 
Sistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoSistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial Completo
 
Sistema respiratório veterinária
Sistema respiratório veterináriaSistema respiratório veterinária
Sistema respiratório veterinária
 
Audição
AudiçãoAudição
Audição
 
Sistema sensorial humano
Sistema sensorial humanoSistema sensorial humano
Sistema sensorial humano
 
Patologias do sistema respiratório
Patologias do sistema respiratórioPatologias do sistema respiratório
Patologias do sistema respiratório
 
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e Funções
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e FunçõesFisiologia do sistema nervoso - Anatomia e Funções
Fisiologia do sistema nervoso - Anatomia e Funções
 
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaSistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
 
Topografia veterinária - tórax
Topografia veterinária - tóraxTopografia veterinária - tórax
Topografia veterinária - tórax
 
sistema digestivo das aves
 sistema digestivo das aves sistema digestivo das aves
sistema digestivo das aves
 
Histologia respiratória
Histologia respiratóriaHistologia respiratória
Histologia respiratória
 
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
 
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterinária
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterináriaAula 1 Anatomia - Osteologia veterinária
Aula 1 Anatomia - Osteologia veterinária
 

Andere mochten auch (20)

Cinco Sentidos
Cinco SentidosCinco Sentidos
Cinco Sentidos
 
Curiosidades sobre os cinco sentidos do cérebro humano
Curiosidades sobre os cinco sentidos do cérebro humanoCuriosidades sobre os cinco sentidos do cérebro humano
Curiosidades sobre os cinco sentidos do cérebro humano
 
Os cinco sentidos(1)
Os cinco sentidos(1)Os cinco sentidos(1)
Os cinco sentidos(1)
 
05. sistema sensorial
05. sistema sensorial05. sistema sensorial
05. sistema sensorial
 
Sistema sensorial
Sistema sensorialSistema sensorial
Sistema sensorial
 
OS CINCO SENTIDOS HUMANOS
OS CINCO SENTIDOS HUMANOSOS CINCO SENTIDOS HUMANOS
OS CINCO SENTIDOS HUMANOS
 
Os sentidos dos mosquitos
Os sentidos dos mosquitosOs sentidos dos mosquitos
Os sentidos dos mosquitos
 
Aulas bio 1 parte ii
Aulas bio 1 parte iiAulas bio 1 parte ii
Aulas bio 1 parte ii
 
Os 5 sentidos do cão
Os 5 sentidos do cãoOs 5 sentidos do cão
Os 5 sentidos do cão
 
10 sistema nervoso.
10 sistema nervoso.10 sistema nervoso.
10 sistema nervoso.
 
Aula 5 AudiçãO E Tato 1seg
Aula 5 AudiçãO E Tato  1segAula 5 AudiçãO E Tato  1seg
Aula 5 AudiçãO E Tato 1seg
 
Biofísica da Audição
Biofísica da AudiçãoBiofísica da Audição
Biofísica da Audição
 
Trabalho de informatica educativa cepja
Trabalho de informatica educativa cepjaTrabalho de informatica educativa cepja
Trabalho de informatica educativa cepja
 
Sistema sensorial
Sistema sensorialSistema sensorial
Sistema sensorial
 
Olfato - Ciências - Sentido
Olfato - Ciências - Sentido Olfato - Ciências - Sentido
Olfato - Ciências - Sentido
 
Fitoterapia Veterinaria - Tratamentos Alternativos
Fitoterapia Veterinaria - Tratamentos AlternativosFitoterapia Veterinaria - Tratamentos Alternativos
Fitoterapia Veterinaria - Tratamentos Alternativos
 
Aba58d01
Aba58d01Aba58d01
Aba58d01
 
Sistema sensorial
Sistema sensorial Sistema sensorial
Sistema sensorial
 
Aprsentaçao 5 sentidos
Aprsentaçao 5 sentidosAprsentaçao 5 sentidos
Aprsentaçao 5 sentidos
 
Power Point Dos 5 Sentidos2
Power Point Dos 5 Sentidos2Power Point Dos 5 Sentidos2
Power Point Dos 5 Sentidos2
 

Ähnlich wie Os 5 sentidos do cão

Estímulos Nervosos
Estímulos NervososEstímulos Nervosos
Estímulos Nervososmarco :)
 
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópiassibelems
 
Sistema olfactivo
Sistema olfactivoSistema olfactivo
Sistema olfactivoAna Gomes
 
Orgãos dos Sentidos
Orgãos dos SentidosOrgãos dos Sentidos
Orgãos dos SentidosYolanda Moura
 
Trabalho de Anatomia - Sistema Sensora
Trabalho de Anatomia - Sistema SensoraTrabalho de Anatomia - Sistema Sensora
Trabalho de Anatomia - Sistema SensoraMayara Felipe
 
Órgãos do Sentido.ppt
Órgãos do Sentido.pptÓrgãos do Sentido.ppt
Órgãos do Sentido.pptcarlasuzane2
 
Os cinco sentidos
Os cinco sentidosOs cinco sentidos
Os cinco sentidosJoice04
 
Revisão para bimestral: Os Sentidos
Revisão para bimestral: Os SentidosRevisão para bimestral: Os Sentidos
Revisão para bimestral: Os SentidosEdiberg Moura
 
orgãos do sentido.pdf
orgãos do sentido.pdforgãos do sentido.pdf
orgãos do sentido.pdfrickriordan
 
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5Cleanto Santos Vieira
 
Órgãos dos sentidos
Órgãos dos sentidosÓrgãos dos sentidos
Órgãos dos sentidosClaudiaFael1
 
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidos
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidosPlano de aula Descobrindo os cinco sentidos
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidosElaine Cristine
 

Ähnlich wie Os 5 sentidos do cão (20)

Sentidos
SentidosSentidos
Sentidos
 
ProcessosPsicBasicos.ppt
ProcessosPsicBasicos.pptProcessosPsicBasicos.ppt
ProcessosPsicBasicos.ppt
 
Apresentação de ciências
Apresentação de ciênciasApresentação de ciências
Apresentação de ciências
 
Atividade do grupo 5
Atividade do  grupo 5Atividade do  grupo 5
Atividade do grupo 5
 
Estímulos Nervosos
Estímulos NervososEstímulos Nervosos
Estímulos Nervosos
 
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias
+Texto+informativo+ +os+órgãos+dos+sentidos-13+cópias
 
Situação de aprendizagem grupo 3
Situação de aprendizagem grupo 3Situação de aprendizagem grupo 3
Situação de aprendizagem grupo 3
 
Fisiologia da audição.pptx
Fisiologia da audição.pptxFisiologia da audição.pptx
Fisiologia da audição.pptx
 
Sistema olfactivo
Sistema olfactivoSistema olfactivo
Sistema olfactivo
 
Orgãos dos Sentidos
Orgãos dos SentidosOrgãos dos Sentidos
Orgãos dos Sentidos
 
Trabalho de Anatomia - Sistema Sensora
Trabalho de Anatomia - Sistema SensoraTrabalho de Anatomia - Sistema Sensora
Trabalho de Anatomia - Sistema Sensora
 
Órgãos do Sentido.ppt
Órgãos do Sentido.pptÓrgãos do Sentido.ppt
Órgãos do Sentido.ppt
 
Os cinco sentidos
Os cinco sentidosOs cinco sentidos
Os cinco sentidos
 
Revisão para bimestral: Os Sentidos
Revisão para bimestral: Os SentidosRevisão para bimestral: Os Sentidos
Revisão para bimestral: Os Sentidos
 
sistema sensorial.pdf
sistema sensorial.pdfsistema sensorial.pdf
sistema sensorial.pdf
 
Apresentação orgaos do sentidos
Apresentação orgaos do  sentidosApresentação orgaos do  sentidos
Apresentação orgaos do sentidos
 
orgãos do sentido.pdf
orgãos do sentido.pdforgãos do sentido.pdf
orgãos do sentido.pdf
 
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5
Neurofisiologia - sentidos especiais - Olfato - aula 7 capítulo 5
 
Órgãos dos sentidos
Órgãos dos sentidosÓrgãos dos sentidos
Órgãos dos sentidos
 
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidos
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidosPlano de aula Descobrindo os cinco sentidos
Plano de aula Descobrindo os cinco sentidos
 

Mehr von Hospital Veterinário do Porto (12)

Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonarValvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
Valvuloplastia por balão em canídeo com estenose pulmonar
 
Razões de uma dieta vegetariana
Razões de uma dieta vegetarianaRazões de uma dieta vegetariana
Razões de uma dieta vegetariana
 
Vida de gato
Vida de gatoVida de gato
Vida de gato
 
Cães geriátricos
Cães geriátricosCães geriátricos
Cães geriátricos
 
O tratamento e ajuda através dos animais
O tratamento e ajuda através dos animaisO tratamento e ajuda através dos animais
O tratamento e ajuda através dos animais
 
Medicina Veterinária em portugal exigência de conceitos e respeito pelo anima...
Medicina Veterinária em portugal exigência de conceitos e respeito pelo anima...Medicina Veterinária em portugal exigência de conceitos e respeito pelo anima...
Medicina Veterinária em portugal exigência de conceitos e respeito pelo anima...
 
Fisioterapia
FisioterapiaFisioterapia
Fisioterapia
 
Cuidados de saúde em animais geriatricos
Cuidados de saúde em animais geriatricosCuidados de saúde em animais geriatricos
Cuidados de saúde em animais geriatricos
 
Animais com missões
Animais com missõesAnimais com missões
Animais com missões
 
Obesidade canina e felina
Obesidade canina e felinaObesidade canina e felina
Obesidade canina e felina
 
O tratamento e ajuda através dos animais
O tratamento e ajuda através dos animaisO tratamento e ajuda através dos animais
O tratamento e ajuda através dos animais
 
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do HomemO Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
 

Kürzlich hochgeladen

PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptAlberto205764
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoMarianaAnglicaMirand
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptAlberto205764
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 

Kürzlich hochgeladen (9)

Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástricoAnatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
Anatomopatologico HU UFGD sobre CA gástrico
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 

Os 5 sentidos do cão

  • 1. Os cinco sentidos do cão Trabalho realizado por:Filipa Araújo Curso de Auxiliar Técnico de VeterináriaHVP, Dezembro 2010
  • 2. Tudo o que um animal faz, está dependente da recepção e da forma como interpreta a informação obtida do meio ambiente que o rodeia. Esta informação acerca do meio envolvente é essencial para que um animal decida o que irá fazer a seguir. Os órgãos dos sentidos estão constantemente a recolher informação do ambiente envolvente, que após ser interpretada pelo sistema nervoso é armazenada, dando assim origem ao “conhecimento” do animal. Os cães partilham os mesmos sentidos básicos que os humanos: sistema nervoso órgãos dos sentidos mundo exterior
  • 3. O OLFACTO dos cães é o principal dos cinco sentidos. É referido como sendo cerca de cem mil vezes mais poderoso que o dos humanos. Os cães usam também o olfacto para comunicar, como por exemplo para as marcações territoriais e na detecção de amigos e inimigos. A AUDIÇÃO dos cães é altamente desenvolvida. Eles possuem orelhas móveis que capturam sons provenientes de todas as direcções. Podem usar apenas uma orelha para rastrear a origem do som, usando depois as duas para captar um maior número de ondas sonoras . A VISÃO dos cães é similar à dos humanos, no entanto a visão de um cão é geralmente inferior à do Homem. Contrariamente ao que muita gente pensa, os cães conseguem ver cor, visualizar formas estáticas e são muito sensíveis ao movimento, mas as imagens captadas não têm grande detalhe . O TACTO é o primeiro sentido que os cães desenvolvem. Tal como os humanos, os cães possuem receptores tácteis por todo o seu corpo. O PALADAR está directamente relacionado com o olfactoe apesar de os cães terem um paladar menos desenvolvido que o dos humanos, eles conseguem saborear o doce, o amargo e o ácido .
  • 4. A ordem de eficiência dos sentidos de um cão adulto e saudável é: Nos cachorros, a ordem varia de acordo com a idade, pois eles nascem com os ouvidos e olhos totalmente fechados e rastejam em direcção aos objectos que emitem calor (termotropismo). Destes, o mais próximo, sem dúvida alguma, é mama de sua mãe que, nesta fase de sua vida reprodutiva, apresenta-se mais quente do que as outras partes do seu próprio corpo. Com o decorrer dos dias, o sentido do olfacto supera, definitivamente, o sentido do tacto e podemos presenciar o filhote a farejar tudo que se encontra à sua frente.
  • 5. Percepção Sensorial Ao estudar os órgãos dos sentidos é necessário analisar as propriedades das suas células, e o modo como estas transformam os estímulos ambientais em informação nervosa. Qualquer um dos órgãos dos sentidos actua da mesma forma básica, iniciando-se com a detecção do estímulo, seguido da amplificação do sinal e posterior transmissão para o sistema nervoso.
  • 6. Percepção Sensorial A recepção sensorial começa nos órgãos que possuem células especializadas para responder aos diferentes tipos de estímulos, denominadas de células receptoras. estímulos células receptoras mecano-receptores foto-receptores quimio-receptores termo-receptores electro-receptores
  • 7. Os receptores especializados dos órgãos dos sentidos são específicos para reconhecer e responder apenas a certos estímulos. De uma forma genérica, podemos resumir o processo de interpretação dos sinais obtidos da seguinte forma: Percepção Sensorial
  • 8. Olfacto O nariz dos cães é formado por um par de narinas e pela cavidade nasal. As células receptoras do olfacto estão presentes por toda a camada do epitélio especializado existente na cavidade nasal. O epitélio olfactivo contém vários tipos de células olfactivas (permite a percepção de um número elevado de odores). Os cães possuem ainda uma cavidade chamada de vomeronasal, mais conhecida por órgão de Jacobson, que consiste num par de sacos alongados que conectam com a boca e nariz. Esta estrutura possui células receptoras distintas da cavidade nasal.
  • 9. Olfacto O nariz dos cães está normalmente frio e húmido (razão pela qual os cães estão constantemente a lamber o nariz). O muco segregado pelas glândulas mucosas da cavidade nasal captura e dissolve as moléculas presentes no ar e obriga-as a entrarem em contacto com o epitélio olfactivo especializado, que no caso dos cães é muito desenvolvido, contendo mais de 220 milhões de receptores olfactivos em contraste com os cerca de 5 milhões que o ser humano possui.
  • 10. Olfacto O acto de farejaré utilizado para maximizar a detecção dos odores, uma vez que força o ar a entrar na cavidade nasal (devido as sucessivas inspirações e expirações) e a contactar com o epitélio especializado. As moléculas de odor que estão dentro da cavidade nasal sãoabsorvidas pelos receptores especializadosaté à camada mucosa e posteriormente difundidos até aos neurónios. Esta interacção gera um impulso nervoso que é transmitido através dos nervos olfactivos até ao centro olfactivo do cérebro. As células do órgão de Jacobson, para além de participarem no processo normal do olfacto, enviam também impulsos para a região do hipotálamo, que estão associados a comportamentos sexuais e sociais. Acredita-se ainda que este órgão é fundamental na detecção das feromonas .
  • 11. Olfacto A sensibilidade olfactiva depende da área desenvolvida do centro olfactivo do cérebro, sendo em média, nos cães, cerca de 10% do total do cérebro (nos humanos ronda os 0,3%). Os cães possuem ainda receptores infravermelhos que são sensíveis à temperatura. Em determinadas experiências, ficou demonstrado que os cães conseguem detectarcertos tumores, prever ataques epilépticos e até níveis anormais de glucose no sangue em humanos através do cheiro.
  • 12. Olfacto O mundo que existe em redor do cão é rico em diferentes odores, que se sobrepõem e cruzam, no ambiente. O cão consegue separá-los adequadamente, identificando, desta maneira, pessoas e coisas. Tudo isso ocorre devido aos seus órgãos especializados. A área do cérebro canino encarregada da sensibilidade ao cheiro possui 40 x mais células que a mesma área do cérebro humano. As células sensitivas do cão estão bem mais juntas e formam uma área que se dobra várias vezes sobre si mesma, criando sulcos e cristas que aumentam a capacidade de captação de odores. Estima-se que o olfacto do cão é quarenta vezes mais sensível do que o do homem. O homem aproveita esta sensibilidade olfactiva do cão para treiná-lo a procurar pessoas, objectos, bombas, drogas, etc. Os animais de determinadas raças possuem sensibilidade maior e são conhecidos como cães farejadores, utilizados pelos exércitos e polícias de vários países.
  • 13. Audição Os cães, comparativamente com os humanos, possuem uma audição muito mais apurada. São capazes de captar frequências baixas entre os 16 e 20Hz (os humanos captam entre 20 e 70Hz) e altas entre os 70000 a 100000Hz (comparando com os 20000Hz humanos). Os cães são ainda capazes de ouvir ultra-some são excelentes a distinguir sons, o que lhes permite “compreender” as palavras pronunciadas pelos donos, embora neste caso seja também importante o tom de voz e os gestos usados.
  • 14. Audição O ouvido é formado por três compartimentos: O ouvido externoé uma estrutura cartilagínea coberta por músculos e pele, formando a orelha que possui uma abertura para o interior constituindo o canal auditivo externo, que se estende até ao tímpano. O ouvido médio consiste numa câmara de ressonância que contém três ossículos. O ouvido interno é formado pela cóclea, pelo aparelho vestibular e pelo tubo auditivo. A função da orelha é captar os sons que depois serão conduzidos pelo canal auditivo externo. No ouvido médio, os ossículos convertem mecanicamente as vibrações do tímpano em ondas de pressão que são amplificadas na cóclea.
  • 15. Audição No sistema vestibular, o vestíbulo, é uma componente especializada do ouvido interno que fornece informações essenciais para o sentido de equilíbrio e para a coordenação dos movimentos da cabeça com movimentos posturais e dos olhos.
  • 16. Audição As orelhas do cão possuem formas variadas, de acordo com a raça. São bastante móveis e giram em diferentes direcções àprocura dos sons que penetram no canal auditivo. Apesar das diferenças que ocorrem no pavilhão auricular, as estruturas e as funções do ouvido médio e interno do cão permanecem as mesmas. Muitas vezes nós precisamos virar a cabeça para ouvir melhor alguns sons, enquanto que o cão movimenta somente as orelhas. Um som emitido a 4 metros e audível para nós, será audível para um cão, na mesma intensidade, a 25 metros.
  • 17. Audição Outra capacidade impressionante do cão é a identificação da origem do som. Ele conhece o passo de todas as pessoas de uma casa e consegue identificar os ruídos do carro do seu proprietário, entre outros da mesma marca, cilindrada etc. O cão possui excelente audição e capta sons inaudíveis para nós. O uso de apitos que emitem sons de alta frequência são, às vezes, utilizados para comando de cães polícias e militares à distância, sem que as pessoas que se encontram próximas dos mesmos captem tais sons.
  • 18. Visão O olho dos canídeos tem a mesma morfologia básica que o olho humano e pode ser comparado com uma máquina de filmar, possuindo: abertura (pupila) lente (córnea e cristalino) superfície de recepção (retina). Tal como nas câmaras, asestruturas do olhos podem ser ajustadas e modificadas fisiologicamente mediante as diferentes condições de luz existentes. A luz penetra no olho através da pupila, sendo a quantidade controlada e regulada pela íris. Quanto mais a pupila estiver aberta, maior a quantidade de luz que penetra pelo olho, sendo esta uma importante característica para a visão nocturna. A luz, após atravessar a pupila, passa pelo cristalino e é absorvida pela retina.
  • 19. Visão Rodopsina Detecção do movimento 80% Adaptados para condições em que há pouca luz 20% Percepção de cor e do detalhe Ao contrário dos humanos em que a retina possui três tipos de cones, o olho canídeo apenas possui dois tipos. Esta condição faz com que cães não consigam ver todas as cores do espectro visível, não identificando o verde, o laranja e o vermelho, porque os cones que eles possuem,apenascaptam comprimentos de onda entre os 429nm e 555nm, zona correspondente ao azul, violeta e amarelo.
  • 20. Visão A característica que torna a visão dos cães excelente no escuro, é o tapetum lucidum que corresponde a uma camada de células altamente reflectoras localizadas por trás dos foto-receptores. Esta camada reflectora é responsável pelo brilho nos olhos dos cães (e outras espécies) quando uma luz brilhante atinge os olhos no escuro. Esta camada amplia e reflecte a luz, mesmo quando ela for de pequena intensidade.
  • 21. Visão Por conseguirem captar melhor o movimento do que os humanos, para os cães a televisão não passa de uma série de imagens que piscam rapidamente, enquanto que os humanos não se apercebem das transições e vêem as imagens numa sequência contínua. Quando os cães olham para a televisão, geralmente respondem mais a sons e mudanças bruscas de luz do que propriamente à imagem. O posicionamento dos olhos do cão dá-lhe um campo de visão mais alargado do que o dos seres humanos, apesar de a sua visão binocular ser reduzida. A visão periféricavaria entre raças, dependendo da posição e da inclinação dos olhos.
  • 22. Tacto As sensações tácteis são primordiais para o desenvolvimento normal dos animais. Na fase inicial da vida dos cães o tacto é o sentido mais importante, sendo fundamental o contacto com a progenitora. Através do tacto, os cães podem diferenciar sensações de pressão e contacto, sensações térmicas e sensações dolorosas, dependendo do tipo de estímulo. As sensações térmicas apenas são captadas em determinadas zonas: superfície cutânea cavidade nasal cavidade bucal ânus Existem dois tipos principais de termo-receptores, os de calor e os de frio.
  • 23. Tacto Os receptores para as sensações de pressão encontram-se espalhados praticamente por todo o organismo. Os receptores para as sensações de contacto (disco de Merkel; terminação de Ruffini; corpúsculo de Meissner; corpúsculo de Pacini) encontram-se logo abaixo da superfície cutânea. As sensações de pressão e contacto são perceptíveis por todo o corpo, pois os nervos estão localizados na base dos pêlos. Para as sensações dolorosas existem receptores especiais (terminações livres não-mielinizadas de neurónios aferentes) que estão presentes na pele, nos músculos, tendões e articulações, dentes, etc. A maioria das vísceras, como, rins e pulmões não possuem receptores para a dor.
  • 24. Tacto Além das terminações nervosas sensoriais existentes em todo o corpo, os cães possuem pêlos especiais, denominados vibrissas, que se localizam acima dos olhos, debaixo da mandíbula e no focinho. Os vibrissas são fortemente irrigados por vasos sanguíneos e possuem um elevado número de terminações nervosas, conferindo-lhe uma sensibilidade especial. Os bigodes ou vibrissas funcionam como verdadeiras antenas. São elas as responsáveis pela manutenção da distância, quase constante, do focinho do cão dos objectos cheirados. Quando o animal está a farejar um rasto, ele mantém o focinho a uma pequena distância do chão, sem o tocar.
  • 25. Paladar O paladar é considerado o sentido menos eficiente do cão. É um sentido pouco desenvolvido e está directamente relacionado com o olfacto. A língua é um músculo em que a superfície é coberta por epitélio especializado que contém as células especializadas denominadas de papilas gustativas. O cão tem à volta de 12x menos papilas gustativas que o ser humano. .
  • 26. Paladar O paladar está ligado às papilas gustativaspresentes nas mucosas da língua, do palato e da faringe. Os nervos glossofaringeo e lingual, originados nas pupilas gustativas transmitem os sinais recebidos pelas mesmas até ao cérebro. Tal como no olfacto, esta informação gustativa surge através da interacção das substâncias químicas da comida que são dissolvidas na saliva e captadasdepois pelas papilas gustativas.
  • 27. Paladar A língua nos cães, para além de ser responsável pela resposta ao paladar, desempenha a vital tarefa de dissipar o calor do animal, sendo ainda usada com função terapêutica em caso de feridas externas.

Hinweis der Redaktion

  1. Os órgãos dos sentidos estabelecem a comunicação do mundo exterior com o sistema nervoso.