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Civilizações
Hidráulicas
O termo "Civilização Hidráulica" se refere às civilizações antigas
da MESOPOTÂMIA e do EGITO e está relacionado ao sistema
concebido por Karl Wittfogel da hipótese causal hidráulica e
do modo de produção asiático, que é baseado na teoria
marxista. Essa hipótese explicaria a organização social e
econômica dessas civilizações com base em sua dependência
econômica dos rios que as margeavam, o Tigre e o Eufrates para
a Mesopotâmia, Amarelo e Azul para China, Ganges para India e
o Nilo para o Egito.
A Mesopotâmia é considerada um dos berços da
civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia
onde surgiram as primeiras civilizações por volta
do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o
resultado culminante de uma sedentarização da
população e de uma revolução agrícola, que se
originou durante a Revolução Neolítica. O
homem deixava de ser um coletor que dependia
da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma
nova forma de domínio do ambiente é uma das
causas possíveis da eclosão urbana na
Mesopotâmia.  
A partir do III milênio cidades como Ur, Uruk, Nippur, Kish,
Lagash e Eridu e a região do Elam se desenvolvem e a
atividade comercial entre eles se torna mais intensa. Os
templos passam a gerir a economia e muitos
ZIGURATES são                                     construídos.
Porém, Richard Leakey, em seu livro A evolução da
Humanidade, relata como Jack Harlan demonstrou que
coletores poderiam ter um armazenamento de alimentos
significativo: sua experiência se deu utilizando uma foice de
sílex colhendo trigo e cevada selvagens. Portanto, as
primeiras comunidades que abandonam o nomadismo
poderiam ser de caçadores-coletores não restringindo o
sedentarismo unicamente à agricultura ou a domesticação
de animais, o que também se fez importante nesse
processo de urbanização.
O surgimento dos primeiros núcleos urbanos na região foi acompanhado do
desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a
utilização dos pântanos, evitava inundaçõese garantia o armazenamento de
água         para        as        estações        mais        secas.
Fazia-se necessária a construção dessas estruturas para manter algum tipo de
controle sobre o regime dos rios. A princípio se acreditou que a construção
desse sistema de irrigação fosse responsável por determinar um controle
rígido e despótico da sociedade pelos governantes. Esses rios gêmeos, em
função do relevo que os envolve, correm de noroeste para sudeste, num
sentido oposto ao Nilo, sendo as enchentes na Mesopotâmia muito mais
violentas e sem uniformidade e a regularidade apresentada pelo Nilo. " A
recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e
pastos para a criação - fixou o homem à terra" (PINSKY, 1994) Somente o
trabalho coletivo permitiu que se pudesse dominar os rios, o homem que se
afastava das cidades se afastava das áreas irrigadas, pondo-se à margem
desse processo.
Os mesopotâmicos não se caracterizavam pela
construção de uma unidade política. Entre eles, sempre
predominaram os pequenos Estados, que tinham nas
cidades seu centro político, formando as chamadas cidades
- estados. Cada uma delas controlava seu próprio território
rural e pastoril e a própria rede de irrigação. Tinham
governo e burocracia próprios e eram independentes. Mas,
em algumas ocasiões, em função das guerras ou alianças
entre as cidades, surgiram os Estados maiores,
sempre monárquicos, sendo o poder real caracterizado de
origem divina (Teocrático). Porém, essas alianças eram
temporárias. Apesar de independentes politicamente,
esses    pequenos      Estados    mesopotâmicos      eram
interdependentes na economia, o que gerava um dinâmico
processo de trocas.
A Suméria, geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade,
localizava-se na parte sul da MESOPOTÂMIA (apesar disto os proto-sumérios
surgiram no Norte da Mesopotamia, no atual Curdistão, tal como não eram
originalmente semitas, mas sim invadidos por eles via sul proto-árabe),
apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade,
entre os rios TIGRE e EUFRATES. Evidências aqueológicas datam o início da
civilização suméria Entre 3500 e 3000 a.C. quando houve um florescimento
cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas,
culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C.
por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua
semitas. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida
pela Babilônia e                                                 pela Assíria.
Duas importantes criações atribuídas aos sumérios são A Escrita Cuneiforme,
que provavelmente antecede todas as outras formas de escrita, tendo sido
originalmente usada por volta de 3500 a.C.; as Cidades-estado - a mais
conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur-
Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C.
Por volta dos finais do IV milênio a.C, a Suméria
foi dividida por cidades-estado independentes,
as quais foram delimitadas por canais e e muros
de pedra. Cada uma era centrada em um templo
dedicado a um deus ou deusa patrono particular
da cidade e governado por um sacerdote Ensi ou
por um rei Lugal que estava intimamente ligado
aos rituais religiosos da cidade.
As "primeiras" cinco cidades que vieram a ser
comandadas pela realeza pré-dinastica segundo
registros, foram:   
Eridu (Abu Shahrain)
Bad-tibira (Tell al-Madain)
Larsa (as-Senkereh)
Sippar (Abu Habbah)
Shuruppak (Fara
A origem e a história antiga dos sumérios ainda são pouco
conhecidas. O primeiro povoamento civilizado terá sido em Eridu,
trazido pelo deus Enki ou pelo seu assessor ( a partir de Abgallu ou
ab=água, gal=grande, lu=homem). Sabe-se que no final do período
neolítico, os povos sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se
na Caldéia. No terceiro milênio, haviam criado pelo menos doze
cidades-
estados autônomas: Ur, Eridu, Lagash, Umma, Adab, Kish, Sipar, Lara
k, Akshak, Nipur, Larsa e Bad-tibira. Cada uma compreendia uma
cidade murada, além das terras e povoados que a circundavam, e
tinha divindade própria, cujo templo era a estrutura central da urbe.
Com a crescente rivalidade entre as cidades, cada uma instituiu
também                                                         um rei.
O primeiro rei a unir as diferentes cidades, por volta de 2800 a.C., foi
o rei de Kish, Etana. Por muitos séculos, a liderança foi disputada
por Lagash, Ur, Eridu e a própria Kish, o que enfraqueceu os sumérios
e tornou-os extremamente vulneráveis a invasores. .
A Acádia (ou Ágade, Agade, Agadê, Acade ou ainda Akkad) é o nome dado
tanto a uma cidade como à região onde se localizava, na parte superior da
baixa Mesopotâmia,       situada    à    margem      esquerda     do Eufrates,
entre Sippar e Kish (no atualIraque, a cerca de 50 km a sudoeste do centro
de Bagdá). Geralmente, contudo, é comum referir-se à cidade como Acádia.
Acádia foi uma das mais famosas cidades mesopotâmias, cuja riqueza,
esplendor e gloriosos soberanos seriam recordados por milênios. Não
dispomos até hoje de registro arqueológico da existência da cidade, nem
depósitos de fundações, nem arquivos, nem sepulturas, nenhuma seqüência
estratificada de entulho, nenhum remanescente arquitetônico, nada de
tijolos com inscrições para identificar o local mesmo assim, a realidade de
Acádia como a nova capital de um estado fundado por Sargão nunca esteve
em dúvida porque o nome da cidade aparece em documentos escritos a
partir da segunda metade do terceiro milênio, provenientes de outros sítios
arqueológicos mesopotâmios, além das freqüentes referências a Acádia na
literatura cuneiforme, em augúrios e títulos régios. Acádia era conhecida
como o centro do mais bem-sucedido império jamais visto, o qual se estendia
aos quatro cantos do mundo. Tão prestigioso era o seu nome que os reis
babilônios intitularam-se "rei de Acádia" até o advento do período persa.
Os      acádios,     grupos    de nômades vindos
do deserto da Síria, começaram a penetrar nos
territórios ao norte das regiões sumérias,
terminando por dominar as cidades-estados desta
região por volta de 2550 a.C.. Mesmo antes da
conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as
culturas suméria e acádia, que se acentuou com a
unificação dos dois povos. Os ocupantes
assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em
muitos aspectos, as duas culturas mantivessem
diferenças entre si, como por exemplo - e mais
evidentemente - no campo religioso.
A maioria das cidades-templos foi unificada pela
primeira vez por volta de 2375 a.C. por Lugal-zage-
si, soberano da cidade-estado de Uruk. Foi a
primeira manifestação de uma ideia imperial de
que       se     tem       notícia      na história.
Depois, quando Sargão I, patési da cidade de
Acádia, subiu ao poder, no século XXIII a.C., ele
levou esse processo cooptativo adiante,
conquistando muitas das regiões circunvizinhas,
terminando por criar um império de grandes
proporções, cobrindo todo o Oriente Médio e
chegando a se estender até o Mar Mediterrâneo e
a Anatólia, .
O império criado por Sargão desmoronou após
um século de existência, em conseqüência de
revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades
originários dos montes Zagros, no Alto do Tigre, que
investiam contra as regiões urbanizadas, uma vez
que a sedentarização das populações do Oriente
Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por volta
de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização
sumério-acadiana. Depois disso, a história da
Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política
dos sumério-acadianos era destruída pelos guti, que,
por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos
sumério-acadianos.
O domínio intermitente dos guti durou um século, sendo
substituído no século seguinte (cerca de 2100 a.C.–1950 a.C.)
por uma dinastia proveniente da cidade-estado de Ur. Expulsos
os guti, Ur-Nammu reunificou a região sobre o controle dos
sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os
famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito
sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a
soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse
período, chamado de renascença sumeriana, a civilização
suméria atingiu seu apogeu. Contudo, esse foi o último ato de
manifestação do poder político da Suméria: atormentados pelos
ataques de Tribos elamita e amoritas, o império ruiu. Nesta
época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência
de sua cultura nas civilizações subseqüentes da Mesopotâmia
teve longo alcance.
A Assíria foi um reino acádio semita em torno da região
do alto rio Tigre, no norte da Mesopotâmia (atual norte
do Iraque), e que dominou por diversas vezes ao longo
da história os impérios existentes naquela região,
desde a tomada da Babilônia até a sua reconquista. Seu
nome vem de sua capital original, a antiga cidade
de Assur. O termo também pode se referir à região
geográfica, ou, mais precisamente, ao centro da região
onde        estes       reinos     se      localizavam.
Os descendentes dos assírios ainda habitam a região
nos dias de hoje, formando uma minoria cristã no
Iraque.
A Assíria é o antigo reino de Assur (Ashur), país da Ásia,
localizado ao norte da Mesopotâmia a partir da fronteira norte o
atual Iraque, que surge juntamente com Elam e Mari no alto
Tigre, quando obtêm, em 1950 a.C., a independência de Ur III.
O grande Império Assírio vem logo após o enfraquecimento do
antigo império da Babilonia. Vindos do Norte, conquistaram
toda a região da Mesopotâmia por volta do séc. XII a.C. Estima-
se que existia desde o séc. IX a.C. Era um povo guerreiro com um
exército forte e muito bem organizado, o que o ajudou a manter
o poder do reino unificado. Sua capital era a cidade de Nínive.
Devido às revoltas internas e à pressão externa o império caiu,
mais exatamente quando a capital foi devastada, alguns
historiadores afirmam que em 606 a.C. e outros dizem em 612
a.C.
Suas principais cidades-estado foram Assur,
Nínive e Nimrud. Revoltas internas e invasões de
nômades da Ásia Central (os medos da Pérsia e
os caldeus) colocam fim ao império em 612
a.C. A   parte    ocidental    do     país era
uma estepe adequada apenas a uma população
nômade. Entretanto, a parte oriental era
apropriada para a agricultura, com colinas
cobertas de bosques e férteis vales banhados
por pequenos rios.
Os militares assírios formaram o primeiro exército
organizado e o mais poderoso até então.
Desenvolveram armas de ferro e carros de combate
puxados por cavalos, além decavalaria pesada
individual. O controle das áreas conquistadas era
mantido pelas tropas e por práticas cruéis, como a
deportação e a mutilação dos vencidos. Os guerreiros e
sacerdotes desfrutavam de grandes privilégios: não
pagavam tributos e eram grandes proprietários de
terra. A população comum, formada por camponeses e
artesãos, ficava sujeita a altos tributos e serviços
forçados na construção de imensos palácios e estradas.
Os assírios desenvolveram a horticultura e
aperfeiçoaram o arado.
A literatura assíria era praticamente idêntica
àBabilônia, e os reis assírios mais cultos,
principalmente Assurbanípal II, se gabavam de
armazenar em suas bibliotecas cópias de
documentos literários das culturas que os
antecederam, bem como dos países vencidos. A
vida social ou familiar, os costumes
matrimoniais e as leis de propriedade de assírios
e babilônicos também eram muito parecidos.
Suas práticas e crenças religiosas eram
semelhantes.
Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu
quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o
comandante-chefe do exército e dirigia suas
campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto,
na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam,
assim como os governadores que nomeava para
administrar as terras conquistadas, tomavam
frequentemente decisões em seu nome. As ambições e
intrigas foram uma ameaça constante para a vida do
governante assírio. Essa debilidade central na
organização e na administração do Império Assírio foi
uma das responsáveis por sua desintegração e colapso.
.
Em 729 a.C., no reinado de Tiglath-Pileser III ou Teglatefalasar
III (746 - 727 a.C.), os assírios conquistaram a Babilônia. Teglatefalasar III
também conteve a expansão da Média no oriente e tentou sem sucesso
conquistar        o       reino       de Urartu,       situado       no Ararat.
Israel foi conquistada no primeiro ano do reinado de Sargão II (721 - 705
a.C.). Cerca de 27.000 hebreus foram deportados. Em 715 a.C., foi a vez
da Média ser conquistada. Sargão II ainda conquistou a Síria.
Seu sucessor, Senaquerib (705 - 681 a.C.), transferiu a capital
de Assur para Nínive. De acordo com os livros bíblicos de II Reis, II
Crônicas e do profeta Isaías, admitido no cânon do Antigo Testamento,
Senaquerib teria buscado conquistar Judá, cercando a cidade
de Jerusalém. No entanto, a Bíblia relata que Senaquerib fracassou em
sua tentativa militar e, ao retornar para Nínive, foi assassinado por dois
de                                  seus                                 filhos.
Então, Senaquerib, rei da Assíria, partiu, e foi; e voltou e ficou em Nínive. E
sucedeu que, estando ele prostado na casa de Nisroque, seu
deus, Adrameleque e Serezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles
escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em
seu lugar. (II Reis 19:36-37)
Assurbanipal (669-631 a.C) não conseguiu evitar que o
Egito, em 653 a.C., efetivasse sua emancipação.
No entanto, sabe-se que Assurbanipal criou a biblioteca
rela que leva seu nome, com obras em escrita cuneiforme,
muitas delas preservadas até os dias atuais, que permitiram
aos pesquisadores descobrir muitos aspectos da vida
política, militar e intelectual desta grande civilização, bem
como       a      investigação     dos    textos      bíblicos.
Em      625     a.C.,    os caldeus tomaram      a Babilônia e
conquistaram sua independência. Ciáxeres rei da Média,
em aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em615
a.C. e, em 612 a.C. tomou Nínive, pondo fim
ao Estado assírio.
A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia,
principalmente na margem oriental do rio
Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para
se referir a toda a planície mesopotâmica. A
região da Caldéia é uma vasta planície formada
por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-
se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso
de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em
largura.
Os hititas eram            um povo indo-
europeu que, no II milénio a.C., fundou
um            poderoso           império
na Anatólia central (atual Turquia), cuja
queda data dos séculos XIII-XII a.C. Em
sua extensão máxima, o Império Hitita
compreendia a Anatólia, o norte e o
oeste da Mesopotâmia até à Palestina.
As leis hititas não incluíam as crueldades mutiladoras
do antigo código babilônico, nem do mais recente,
assírio. Evidentemente, o desafio à autoridade real
recebia uma punição draconiana: a casa do infrator era
"reduzida a um monte de pedras" e o criminoso,
apedrejado até a morte, junto com a família. Fora
disso, a pena de morte era obrigatória apenas para o
bestialismo e o estupro, em relação ao qual se fazia
uma estranha distinção entre atacar uma mulher
casada "nas montanhas", que era um crime capital, ou
na casa dela. Neste último caso, se ninguém ouvisse a
mulher gritar por ajuda, ela seria condenada à morte,
talvez com base na teoria de que ela estaria
voluntariamente cometendo adultério.
• De entre os vários reis de Hatti destacaram-
  se:
  Hattusilis I
  Hattusilis III
  Muwatallis
  Suppiluliuma (ou Schubiluliuma)
  Mursili II
Os amoritas, (também chamados de antigos babilônios),
povos semitas vindos do deserto sírio-árabe, haviam se
estabelecido na cidade da Babilônia, que, com o tempo,
converteu-se em importante centro comercial, devido a sua
localização privilegiada. A antiga Babilônia está situada a
aproximadamente 75 quilômetros da moderna Bagdá. Um
império foi estabelecido em 1894 a.C. por Amoreu
Sumuabum (criador da I dinastia amorreana) e expandido
por seus sucessores. As disputas entre a Babilônia e as
demais cidades-estados mesopotâmicas, além de outras
invasões, resultaram numa luta ininterrupta até o início
do século XVIII a.C., quando Hamurábi, sexto rei da
dinastia, realizou a completa unificação, fundando o
Primeiro Império Babilônico. mas com o tempo acobou
perdendo seu reinado
No período de Hamurábi, houve um certo
desenvolvimento da propriedade privada e
do comércio. Propriedades agrícolas foram
doadas a funcionários públicos, sacerdotes e até
mesmo       a    determinados     arrendatários.
Entretanto, todas essas atividades privadas
sempre permaneceram sob controle estatal. Os
mercadores, por exemplo, formavam uma
corporação subordinada ao Estado, e o
comerciante era uma mistura de funcionário
publico e mercador privado: comprava a mando
do rei e colaborava na cobrança de taxas.
Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de
produção predominante na Mesopotâmia
baseou-se na propriedade coletiva das terras
administrada      pelos templos e palácios.    Os
indivíduos só usufruíam da terra enquanto
membros dessas comunidades. Acredita-se que
quase todos os meios de produção estavam sob o
controle do déspota, personificação do Estado, e
dos templos. O templo era o centro que recebia
toda a produção, distribuindo-a de acordo com as
necessidades, além de proprietário de boa parte
das terras: é o que se denomina cidade-templo.
Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que
teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos camponeses.
Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo
uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as
propriedades           particulares         eram         cultivadas
por assalariados ou arrendatários.
Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de
escravos            era            relativamente          pequeno.
Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo
das águas dos rios Tigre e Eufrates, ao subir à Leste pelos Montes
Tauro, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em
um ano e inundações violentas e destrutivas em outro. Para
manter algum tipo de controle, fazia-se necessário a construção
de açudes e canais, além de complexa organização. A construção
dessas estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos
rios exigia numerosíssima mão-de-obra, que o governo recrutava,
organizava e controlava
A agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa
Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C.,
baseava-se       na       agricultura        de     irrigação.
Cultivavam trigo, cevada,linho, gergelim (sésamo, de onde
extraiam         o azeite para          alimentação          e
iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes.          Os
instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral
de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na
segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a
verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já
no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam
o arado      semeador,       a grade e      carros   de roda;
A       criação       de        animais.        A      criação
de carneiros, burros, bois, gansos e patos era       bastante
desenvolvida;
O COMÉRCIO era realizado por funcionários a serviço dos templos e do
palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação
geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os
empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender
seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre
do Chipre e o estanho do Caucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e
tapetes, além de pedras preciosa e perfume. As transações comerciais
eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente
representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as
mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda.
A existência de um comércio muito intenso deu origem a uma
organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos
a juros,       corretagem e         sociedades       em          negócios.
Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito. O comércio foi uma figura
importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo
mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar
na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante
na Mesopotâmia.
A ASTRONOMIA entre os babilônicos, foi a principal ciência.
Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo da
astronomia, muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As
torres dos templos serviam de observatórios astronômicos.
Conheciam as diferenças entre os planetas e as estrelas e
sabiam prever eclipses lunares e solares. Dividiram o ano em
meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias
em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em
sessenta segundos. Os elementos da astronomia elaborada
pelos mesopotâmicos serviram de base à astronomia dos
gregos, dos árabes e deram origem à astronomia dos europeus;
A MATEMÁTICA Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As
necessidades do dia a dia levaram a um certo desenvolvimento
da matemática. Os mesopotâmicos usavam um sistema
matemático sexagesimal (baseado no número 60). Eles
conheciam os resultados das multiplicações e divisões, raízes
quadradas e raíz cúbica e equações do segundo grau. Os
matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas
operações, através da multiplicação dos exemplos. Jamais
divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as
repetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiram o
círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentes às
tábuas dos logarítimos atuais e inventaram medidas de
comprimento, superfície e capacidade de peso;
A Medicina. Os progressos da medicina foram grandes
(catalogação das plantas medicinais, por exemplo). Assim como
o direito e a matemática, a medicina estava ligada a
adivinhação. Contudo, a medicina não era confundida com a
simples magia. Os médicos da Mesopotâmia, cuja profissão era
bastante considerada, não acreditavam que todos os males
tinham origem sobrenatural, já que utilizavam medicamentos à
base de plantas e faziam tratamentos cirúrgicos. Geralmente, o
medico trabalhava junto com um exorcista, para expulsar os
demônios, e recorria aos adivinhos, para diagnosticar os males
A Escrita Cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos
sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de
contabilização dos templos. Era ideográfica, ou seja o objeto
representado expressava uma ideia. Os sumérios - e, mais tarde
os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso
extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e
escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não
tinha nenhuma relação com o objeto representado. As
convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da
linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala
humana, isto é, cada sinal representava um som;
Da literatura mesopotâmica sobraram diversos textos e
fragmentos, muitos ainda em vias de decifração e tradução [1].
Uma característica comum à maioria dos textos é sua origem
estatal, especialmente no caso da religião e dos negócios. Há
ainda crônicas sobre os feitos dos governantes e dos deuses,
hinos, fábulas, versos, além de anotações de comerciantes. Tudo
isso encontra-se registrado em tábuas de argila, em escrita
cuneiforme, assim denominada porque seus caracteres têm
forma de cunha. Destacam-se o MiTO DA CRIAÇÃO, DO DÍLÚVI E
A EPOPÉIA DE GILGAMESH - aventura de amor e coragem desse
herói deus, cujo objetivo era obter a imortalidade.
O CÓDIGO DE HAMURABI até pouco tempo o primeiro  código de leis que se
tinha notícia, é uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições
semitas. Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e
determinação de penas para uma vasta gama de crimes. Contém 282 leis,
abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando
pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, familia, herança
adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características
são: “olho por olho, dente por dente”, desigualdade perante a lei (as
punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator),
divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo
intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e igualdade de filiação na
distribuição da herança. O Código de Hamurábi reflete a preocupação em
disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos,
etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos
mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação,
que      decretavam      as    leis   e     presidiam     os    julgamentos.
Anterior ao Código de Hamurábi, tem-se o Código de Ur-Nammu.
A ARQUITETURA foi a mais desenvolvida das artes ,
porém não era tão notável quanto a egípcia.
Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo.
Construíram templos e palácios, que eram considerados
cópias dos existentes nos céus, de tijolos por ser escassa
a           pedra           na           região.
O zigurate torre piramidal, de base retangular, composto
de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos
andares, cada um menor que o anterior. Construção
característica das cidades-estados sumerianos. Nas
construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos.
Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre,
que tanto podia ser um santuário, como um local de
observações                                 astrônomicas.
A MÚSICA na Mesopotâmia, principalmente
entre os babilônicos, estava ligada à Religião.
Cantar estava associado á religião.
Os deuses, extremamente numerosos, eram
representados à imagem e semelhança dos seres
humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da
natureza e entidades sobrenaturais, também eram
cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio
deus, havia entre os sumérios algumas divindades
aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses
representavam o bem e o mal, tanto que adotavam
castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
O centro da civilização sumeriana era o templo, a
casa dos deuses que governava a cidade, além de
centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo
desenvolvia-se a atividade comercial. O patesi
representava o deus e combinava poderes políticos e
religiosos.
Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no
templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da
adoração aos deuses e fazer com que atendessem as
necessidades da comunidade. Os sacerdotes do templo
estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os
trabalhos de construção de canais de irrigação,
reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes
emprestava aos camponeses animais, sementes,
arados e arrendava os campos. Ao pagar o
“empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma
“oferenda” de agradecimento
A concepção de uma vida além-túmulo
era confusa. Acreditavam que os
mortos iam para junto de Nergal, o
deus que guardava um reino de onde
não se poderia voltar.
Contribuições dos Sumérios:
Escrita cuneiforme;
Veículos sobre rodas;
Irrigação;
Metalurgia do bronze.
AMORITAS (ou BABILÔNIOS):
*edificaram o Primeiro Império
Babilônico. 
*Principal rei: Hamurabi.
Contribuições:
*Primeiros códigos de leis escritos da
*História - o Código de Hamurabi;
*Astronomia.
ASSÍRIOS: passaram a se organizar
como sociedade altamente militar e
expansionista. Bastante violentos.
Principal rei: Assurbanipal.
Contribuições:
*Armas de ferro;
*Carros de combate;
*Aríetes.
CALDEUS (ou NEOBABILÔNIOS): os
caldeus foram os principais
responsáveis pela derrota dos
assírios e pela organização do novo
império                  babilônico. 
Principal       rei: Nabucodonosor.
Contribuições:          Matemática.
A dieta dos trabalhadores é basicamente composta de frutos
naturais e secos, tais como maças, pêras, figos, ameixas,
pêssegos e uvas. Verduras e legumes (poucos relatos sobre as
mesmas), com os quais faziam sopas (em sumério “tu” e em
acádio “ummaru”), são basicamente compostas de pepinos,
tubérculos, raízes, como cebola e nabo. Na área de
condimentos cultiva-se alho, alho-porró, mostarda, cominho,
usados para condimentar principalmente carne de gado e em
escala menor aves e galináceos, incluídos mais tarde em sua
dieta. As carnes mais abundantes são, naturalmente, cabras e
ovelhas, das quais se aproveita inclusive a pele e a lã. A
oliveira e seu fruto, a azeitona, tem importância central na
dieta e vida culinária da Mesopotâmia, não só como
alimento, mas também como condimento através da
produção do óleo. Temperos comuns eram os que
misturavam várias ervas e raízes no óleo de oliva, e uma
variedade cujo ingrediente era o mel.
Desde muito cedo as farinhas fazem parte da alimentação de
toda a população (ricos e pobres). Assim, através de técnicas
de moer e triturar os grãos produzia-se sêmolas e farinhas
usadas em massas e pastas, conservadas secas ou
fermentadas. As massas eram usadas para produzir tortas de
pão, assadas em grandes vasilhas colocadas sobre as brasas
de lenha. Estas vasilhas tinham um imenso número de
formas, o que indica que vários tipos de pães eram
confeccionados nas panificadoras da época. Os catálogos de
pães conhecidos apresentam, em alguns casos, mais de 300
variedades, usando-se diversos tipos de farinhas, sendo
preparadas com azeite, mel, leite, cerveja, especiarias
aromatizadas, etc. Nas panificações, estabelecimentos
conhecidos desde o III milênio a.C., não só se fazia o pão
como             também                a             cerveja.
Do malte da cevada se obtém a cerveja, a bebida mais
consumida, tanto dentro dos palácios como entre a
população. Os povos da Mesopotâmia fabricavam vários tipos
de cerveja, e em grandes quantidades, de tal forma que a
produção de bebidas alcoólicas como o vinho (produzido nos
vinhedos da Alta Mesopotâmia - norte e nordeste) e a cerveja
são fundamentais na economia e sobrevivência desses povos.
Os variados tipos de cerveja apontam para diferentes formas
de preparo e fermentação, produzindo-se, entre outros,
cerveja velha, cerveja jovem, cerveja negra, cerveja doce e
cerveja fina ou fraca (provavelmente misturada com água),
principalmente        consumida       pelas       mulheres.
Do malte da cevada se obtém a cerveja, a bebida mais
consumida, tanto dentro dos palácios como entre a população.
Os povos da Mesopotâmia fabricavam vários tipos de cerveja,
e em grandes quantidades, de tal forma que a produção de
bebidas alcoólicas como o vinho (produzido nos vinhedos da
Alta Mesopotâmia - norte e nordeste) e a cerveja são
fundamentais na economia e sobrevivência desses povos. Os
variados tipos de cerveja apontam para diferentes formas de
preparo e fermentação, produzindo-se, entre outros, cerveja
velha, cerveja jovem, cerveja negra, cerveja doce e cerveja fina
ou fraca (provavelmente misturada com água), principalmente
consumida                     pelas                  mulheres.
A matéria prima predominante era o linho e a lã usados sempre na sua cor
natural. Um retângulo de tecido ao redor da cintura preso por tiras ou
simplesmente com um nó numa forma primitiva de saia era a vestimenta
principal do povo na Mesopotâmia.
 Vestígios da civilização suméria (III a C) mostram pessoas usando saias
compostas por tecidos com o borda formada com tufos de lã dispostos
simétricamente que dão às roupas um aspecto "franjado" Este tipo de
roupa era usado por homens e mulheres.
 As mulheres de classes superiores e altos dignatários costumavam usar
este tipo de roupa mas aos poucos foram substituindo por uma túnica com
mangas Acredita-se que as mangas e o uso de botas foram influência de
povos da montanha que viviam ao redor da região entre o Eufrates e do
Tigre .
 Homens e mulheres usavam cabelos compridos e os cabelos assim como
as barbas eram cacheados e até entremeados com fios de ouro O adorno
de cabeça para os homens tinha o aspecto de um vaso invertido As
mulheres casadas eram obrigadas a usarem um véu em lugares públicos
(uma lei de 1 200 a C que ainda prevalece até hoje.
INVENÇÕES E CONTRIBUIÇÃO DA MESOPOTÂMIA PARA A
HUMANIDADE:
* Escrita (escrita cuneiforme);
*Astrologia (criação do zodíaco - horóscopo);
*Arquitetura (templos: Zigurate);
*Primeira lei escrita (Código de Hamurabi);
*Matemática;
*Mito da Criação e Epopéia de Gilgamesh (contribuição
literária);
*Metalurgia do bronze e do ferro;
*Irrigação;
*Arado;
*Carro sobre rodas;
*O ano de 12 meses e a semana de 7 dias;
*A divisão do dia em 24 horas
REFERÊNCIAS:
Fonte: Livro didático Construindo Conciências. Editora Scipione.
Ascaso & Serrano. HISTÓRIA ANTIGUA DEL ORIENTE PRÓXIMO. Editora
Akal. 1998.
http://profhistomar.blogspot.com.br/2012/03/mesopotamia-7-
anos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot%C3%A2mia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acadios

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  • 2.
  • 3. O termo "Civilização Hidráulica" se refere às civilizações antigas da MESOPOTÂMIA e do EGITO e está relacionado ao sistema concebido por Karl Wittfogel da hipótese causal hidráulica e do modo de produção asiático, que é baseado na teoria marxista. Essa hipótese explicaria a organização social e econômica dessas civilizações com base em sua dependência econômica dos rios que as margeavam, o Tigre e o Eufrates para a Mesopotâmia, Amarelo e Azul para China, Ganges para India e o Nilo para o Egito.
  • 4. A Mesopotâmia é considerada um dos berços da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia.  
  • 5.
  • 6. A partir do III milênio cidades como Ur, Uruk, Nippur, Kish, Lagash e Eridu e a região do Elam se desenvolvem e a atividade comercial entre eles se torna mais intensa. Os templos passam a gerir a economia e muitos ZIGURATES são construídos. Porém, Richard Leakey, em seu livro A evolução da Humanidade, relata como Jack Harlan demonstrou que coletores poderiam ter um armazenamento de alimentos significativo: sua experiência se deu utilizando uma foice de sílex colhendo trigo e cevada selvagens. Portanto, as primeiras comunidades que abandonam o nomadismo poderiam ser de caçadores-coletores não restringindo o sedentarismo unicamente à agricultura ou a domesticação de animais, o que também se fez importante nesse processo de urbanização.
  • 7. O surgimento dos primeiros núcleos urbanos na região foi acompanhado do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a utilização dos pântanos, evitava inundaçõese garantia o armazenamento de água para as estações mais secas. Fazia-se necessária a construção dessas estruturas para manter algum tipo de controle sobre o regime dos rios. A princípio se acreditou que a construção desse sistema de irrigação fosse responsável por determinar um controle rígido e despótico da sociedade pelos governantes. Esses rios gêmeos, em função do relevo que os envolve, correm de noroeste para sudeste, num sentido oposto ao Nilo, sendo as enchentes na Mesopotâmia muito mais violentas e sem uniformidade e a regularidade apresentada pelo Nilo. " A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o homem à terra" (PINSKY, 1994) Somente o trabalho coletivo permitiu que se pudesse dominar os rios, o homem que se afastava das cidades se afastava das áreas irrigadas, pondo-se à margem desse processo.
  • 8. Os mesopotâmicos não se caracterizavam pela construção de uma unidade política. Entre eles, sempre predominaram os pequenos Estados, que tinham nas cidades seu centro político, formando as chamadas cidades - estados. Cada uma delas controlava seu próprio território rural e pastoril e a própria rede de irrigação. Tinham governo e burocracia próprios e eram independentes. Mas, em algumas ocasiões, em função das guerras ou alianças entre as cidades, surgiram os Estados maiores, sempre monárquicos, sendo o poder real caracterizado de origem divina (Teocrático). Porém, essas alianças eram temporárias. Apesar de independentes politicamente, esses pequenos Estados mesopotâmicos eram interdependentes na economia, o que gerava um dinâmico processo de trocas.
  • 9. A Suméria, geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da MESOPOTÂMIA (apesar disto os proto-sumérios surgiram no Norte da Mesopotamia, no atual Curdistão, tal como não eram originalmente semitas, mas sim invadidos por eles via sul proto-árabe), apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre os rios TIGRE e EUFRATES. Evidências aqueológicas datam o início da civilização suméria Entre 3500 e 3000 a.C. quando houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria. Duas importantes criações atribuídas aos sumérios são A Escrita Cuneiforme, que provavelmente antecede todas as outras formas de escrita, tendo sido originalmente usada por volta de 3500 a.C.; as Cidades-estado - a mais conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur- Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C.
  • 10. Por volta dos finais do IV milênio a.C, a Suméria foi dividida por cidades-estado independentes, as quais foram delimitadas por canais e e muros de pedra. Cada uma era centrada em um templo dedicado a um deus ou deusa patrono particular da cidade e governado por um sacerdote Ensi ou por um rei Lugal que estava intimamente ligado aos rituais religiosos da cidade.
  • 11. As "primeiras" cinco cidades que vieram a ser comandadas pela realeza pré-dinastica segundo registros, foram:    Eridu (Abu Shahrain) Bad-tibira (Tell al-Madain) Larsa (as-Senkereh) Sippar (Abu Habbah) Shuruppak (Fara
  • 12. A origem e a história antiga dos sumérios ainda são pouco conhecidas. O primeiro povoamento civilizado terá sido em Eridu, trazido pelo deus Enki ou pelo seu assessor ( a partir de Abgallu ou ab=água, gal=grande, lu=homem). Sabe-se que no final do período neolítico, os povos sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldéia. No terceiro milênio, haviam criado pelo menos doze cidades- estados autônomas: Ur, Eridu, Lagash, Umma, Adab, Kish, Sipar, Lara k, Akshak, Nipur, Larsa e Bad-tibira. Cada uma compreendia uma cidade murada, além das terras e povoados que a circundavam, e tinha divindade própria, cujo templo era a estrutura central da urbe. Com a crescente rivalidade entre as cidades, cada uma instituiu também um rei. O primeiro rei a unir as diferentes cidades, por volta de 2800 a.C., foi o rei de Kish, Etana. Por muitos séculos, a liderança foi disputada por Lagash, Ur, Eridu e a própria Kish, o que enfraqueceu os sumérios e tornou-os extremamente vulneráveis a invasores. .
  • 13. A Acádia (ou Ágade, Agade, Agadê, Acade ou ainda Akkad) é o nome dado tanto a uma cidade como à região onde se localizava, na parte superior da baixa Mesopotâmia, situada à margem esquerda do Eufrates, entre Sippar e Kish (no atualIraque, a cerca de 50 km a sudoeste do centro de Bagdá). Geralmente, contudo, é comum referir-se à cidade como Acádia. Acádia foi uma das mais famosas cidades mesopotâmias, cuja riqueza, esplendor e gloriosos soberanos seriam recordados por milênios. Não dispomos até hoje de registro arqueológico da existência da cidade, nem depósitos de fundações, nem arquivos, nem sepulturas, nenhuma seqüência estratificada de entulho, nenhum remanescente arquitetônico, nada de tijolos com inscrições para identificar o local mesmo assim, a realidade de Acádia como a nova capital de um estado fundado por Sargão nunca esteve em dúvida porque o nome da cidade aparece em documentos escritos a partir da segunda metade do terceiro milênio, provenientes de outros sítios arqueológicos mesopotâmios, além das freqüentes referências a Acádia na literatura cuneiforme, em augúrios e títulos régios. Acádia era conhecida como o centro do mais bem-sucedido império jamais visto, o qual se estendia aos quatro cantos do mundo. Tão prestigioso era o seu nome que os reis babilônios intitularam-se "rei de Acádia" até o advento do período persa.
  • 14. Os acádios, grupos de nômades vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta região por volta de 2550 a.C.. Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no campo religioso.
  • 15. A maioria das cidades-templos foi unificada pela primeira vez por volta de 2375 a.C. por Lugal-zage- si, soberano da cidade-estado de Uruk. Foi a primeira manifestação de uma ideia imperial de que se tem notícia na história. Depois, quando Sargão I, patési da cidade de Acádia, subiu ao poder, no século XXIII a.C., ele levou esse processo cooptativo adiante, conquistando muitas das regiões circunvizinhas, terminando por criar um império de grandes proporções, cobrindo todo o Oriente Médio e chegando a se estender até o Mar Mediterrâneo e a Anatólia, .
  • 16. O império criado por Sargão desmoronou após um século de existência, em conseqüência de revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades originários dos montes Zagros, no Alto do Tigre, que investiam contra as regiões urbanizadas, uma vez que a sedentarização das populações do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por volta de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização sumério-acadiana. Depois disso, a história da Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política dos sumério-acadianos era destruída pelos guti, que, por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos sumério-acadianos.
  • 17. O domínio intermitente dos guti durou um século, sendo substituído no século seguinte (cerca de 2100 a.C.–1950 a.C.) por uma dinastia proveniente da cidade-estado de Ur. Expulsos os guti, Ur-Nammu reunificou a região sobre o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumeriano. Os reis de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. Nesse período, chamado de renascença sumeriana, a civilização suméria atingiu seu apogeu. Contudo, esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria: atormentados pelos ataques de Tribos elamita e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subseqüentes da Mesopotâmia teve longo alcance.
  • 18. A Assíria foi um reino acádio semita em torno da região do alto rio Tigre, no norte da Mesopotâmia (atual norte do Iraque), e que dominou por diversas vezes ao longo da história os impérios existentes naquela região, desde a tomada da Babilônia até a sua reconquista. Seu nome vem de sua capital original, a antiga cidade de Assur. O termo também pode se referir à região geográfica, ou, mais precisamente, ao centro da região onde estes reinos se localizavam. Os descendentes dos assírios ainda habitam a região nos dias de hoje, formando uma minoria cristã no Iraque.
  • 19. A Assíria é o antigo reino de Assur (Ashur), país da Ásia, localizado ao norte da Mesopotâmia a partir da fronteira norte o atual Iraque, que surge juntamente com Elam e Mari no alto Tigre, quando obtêm, em 1950 a.C., a independência de Ur III. O grande Império Assírio vem logo após o enfraquecimento do antigo império da Babilonia. Vindos do Norte, conquistaram toda a região da Mesopotâmia por volta do séc. XII a.C. Estima- se que existia desde o séc. IX a.C. Era um povo guerreiro com um exército forte e muito bem organizado, o que o ajudou a manter o poder do reino unificado. Sua capital era a cidade de Nínive. Devido às revoltas internas e à pressão externa o império caiu, mais exatamente quando a capital foi devastada, alguns historiadores afirmam que em 606 a.C. e outros dizem em 612 a.C.
  • 20. Suas principais cidades-estado foram Assur, Nínive e Nimrud. Revoltas internas e invasões de nômades da Ásia Central (os medos da Pérsia e os caldeus) colocam fim ao império em 612 a.C. A parte ocidental do país era uma estepe adequada apenas a uma população nômade. Entretanto, a parte oriental era apropriada para a agricultura, com colinas cobertas de bosques e férteis vales banhados por pequenos rios.
  • 21. Os militares assírios formaram o primeiro exército organizado e o mais poderoso até então. Desenvolveram armas de ferro e carros de combate puxados por cavalos, além decavalaria pesada individual. O controle das áreas conquistadas era mantido pelas tropas e por práticas cruéis, como a deportação e a mutilação dos vencidos. Os guerreiros e sacerdotes desfrutavam de grandes privilégios: não pagavam tributos e eram grandes proprietários de terra. A população comum, formada por camponeses e artesãos, ficava sujeita a altos tributos e serviços forçados na construção de imensos palácios e estradas. Os assírios desenvolveram a horticultura e aperfeiçoaram o arado.
  • 22. A literatura assíria era praticamente idêntica àBabilônia, e os reis assírios mais cultos, principalmente Assurbanípal II, se gabavam de armazenar em suas bibliotecas cópias de documentos literários das culturas que os antecederam, bem como dos países vencidos. A vida social ou familiar, os costumes matrimoniais e as leis de propriedade de assírios e babilônicos também eram muito parecidos. Suas práticas e crenças religiosas eram semelhantes.
  • 23. Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o comandante-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi uma das responsáveis por sua desintegração e colapso. .
  • 24. Em 729 a.C., no reinado de Tiglath-Pileser III ou Teglatefalasar III (746 - 727 a.C.), os assírios conquistaram a Babilônia. Teglatefalasar III também conteve a expansão da Média no oriente e tentou sem sucesso conquistar o reino de Urartu, situado no Ararat. Israel foi conquistada no primeiro ano do reinado de Sargão II (721 - 705 a.C.). Cerca de 27.000 hebreus foram deportados. Em 715 a.C., foi a vez da Média ser conquistada. Sargão II ainda conquistou a Síria. Seu sucessor, Senaquerib (705 - 681 a.C.), transferiu a capital de Assur para Nínive. De acordo com os livros bíblicos de II Reis, II Crônicas e do profeta Isaías, admitido no cânon do Antigo Testamento, Senaquerib teria buscado conquistar Judá, cercando a cidade de Jerusalém. No entanto, a Bíblia relata que Senaquerib fracassou em sua tentativa militar e, ao retornar para Nínive, foi assassinado por dois de seus filhos. Então, Senaquerib, rei da Assíria, partiu, e foi; e voltou e ficou em Nínive. E sucedeu que, estando ele prostado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Serezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar. (II Reis 19:36-37)
  • 25. Assurbanipal (669-631 a.C) não conseguiu evitar que o Egito, em 653 a.C., efetivasse sua emancipação. No entanto, sabe-se que Assurbanipal criou a biblioteca rela que leva seu nome, com obras em escrita cuneiforme, muitas delas preservadas até os dias atuais, que permitiram aos pesquisadores descobrir muitos aspectos da vida política, militar e intelectual desta grande civilização, bem como a investigação dos textos bíblicos. Em 625 a.C., os caldeus tomaram a Babilônia e conquistaram sua independência. Ciáxeres rei da Média, em aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em615 a.C. e, em 612 a.C. tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio.
  • 26. A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo- se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura.
  • 27. Os hititas eram um povo indo- europeu que, no II milénio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C. Em sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, o norte e o oeste da Mesopotâmia até à Palestina.
  • 28. As leis hititas não incluíam as crueldades mutiladoras do antigo código babilônico, nem do mais recente, assírio. Evidentemente, o desafio à autoridade real recebia uma punição draconiana: a casa do infrator era "reduzida a um monte de pedras" e o criminoso, apedrejado até a morte, junto com a família. Fora disso, a pena de morte era obrigatória apenas para o bestialismo e o estupro, em relação ao qual se fazia uma estranha distinção entre atacar uma mulher casada "nas montanhas", que era um crime capital, ou na casa dela. Neste último caso, se ninguém ouvisse a mulher gritar por ajuda, ela seria condenada à morte, talvez com base na teoria de que ela estaria voluntariamente cometendo adultério.
  • 29. • De entre os vários reis de Hatti destacaram- se: Hattusilis I Hattusilis III Muwatallis Suppiluliuma (ou Schubiluliuma) Mursili II
  • 30. Os amoritas, (também chamados de antigos babilônios), povos semitas vindos do deserto sírio-árabe, haviam se estabelecido na cidade da Babilônia, que, com o tempo, converteu-se em importante centro comercial, devido a sua localização privilegiada. A antiga Babilônia está situada a aproximadamente 75 quilômetros da moderna Bagdá. Um império foi estabelecido em 1894 a.C. por Amoreu Sumuabum (criador da I dinastia amorreana) e expandido por seus sucessores. As disputas entre a Babilônia e as demais cidades-estados mesopotâmicas, além de outras invasões, resultaram numa luta ininterrupta até o início do século XVIII a.C., quando Hamurábi, sexto rei da dinastia, realizou a completa unificação, fundando o Primeiro Império Babilônico. mas com o tempo acobou perdendo seu reinado
  • 31. No período de Hamurábi, houve um certo desenvolvimento da propriedade privada e do comércio. Propriedades agrícolas foram doadas a funcionários públicos, sacerdotes e até mesmo a determinados arrendatários. Entretanto, todas essas atividades privadas sempre permaneceram sob controle estatal. Os mercadores, por exemplo, formavam uma corporação subordinada ao Estado, e o comerciante era uma mistura de funcionário publico e mercador privado: comprava a mando do rei e colaborava na cobrança de taxas.
  • 32. Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sob o controle do déspota, personificação do Estado, e dos templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo.
  • 33. Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários. Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de escravos era relativamente pequeno. Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo das águas dos rios Tigre e Eufrates, ao subir à Leste pelos Montes Tauro, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em um ano e inundações violentas e destrutivas em outro. Para manter algum tipo de controle, fazia-se necessário a construção de açudes e canais, além de complexa organização. A construção dessas estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos rios exigia numerosíssima mão-de-obra, que o governo recrutava, organizava e controlava
  • 34. A agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada,linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e barro. O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda; A criação de animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos e patos era bastante desenvolvida;
  • 35. O COMÉRCIO era realizado por funcionários a serviço dos templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre do Chipre e o estanho do Caucaso. Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosa e perfume. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda. A existência de um comércio muito intenso deu origem a uma organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos a juros, corretagem e sociedades em negócios. Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante na Mesopotâmia.
  • 36. A ASTRONOMIA entre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo da astronomia, muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As torres dos templos serviam de observatórios astronômicos. Conheciam as diferenças entre os planetas e as estrelas e sabiam prever eclipses lunares e solares. Dividiram o ano em meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos. Os elementos da astronomia elaborada pelos mesopotâmicos serviram de base à astronomia dos gregos, dos árabes e deram origem à astronomia dos europeus;
  • 37. A MATEMÁTICA Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As necessidades do dia a dia levaram a um certo desenvolvimento da matemática. Os mesopotâmicos usavam um sistema matemático sexagesimal (baseado no número 60). Eles conheciam os resultados das multiplicações e divisões, raízes quadradas e raíz cúbica e equações do segundo grau. Os matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas operações, através da multiplicação dos exemplos. Jamais divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as repetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiram o círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentes às tábuas dos logarítimos atuais e inventaram medidas de comprimento, superfície e capacidade de peso;
  • 38. A Medicina. Os progressos da medicina foram grandes (catalogação das plantas medicinais, por exemplo). Assim como o direito e a matemática, a medicina estava ligada a adivinhação. Contudo, a medicina não era confundida com a simples magia. Os médicos da Mesopotâmia, cuja profissão era bastante considerada, não acreditavam que todos os males tinham origem sobrenatural, já que utilizavam medicamentos à base de plantas e faziam tratamentos cirúrgicos. Geralmente, o medico trabalhava junto com um exorcista, para expulsar os demônios, e recorria aos adivinhos, para diagnosticar os males
  • 39. A Escrita Cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era ideográfica, ou seja o objeto representado expressava uma ideia. Os sumérios - e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado. As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala humana, isto é, cada sinal representava um som;
  • 40. Da literatura mesopotâmica sobraram diversos textos e fragmentos, muitos ainda em vias de decifração e tradução [1]. Uma característica comum à maioria dos textos é sua origem estatal, especialmente no caso da religião e dos negócios. Há ainda crônicas sobre os feitos dos governantes e dos deuses, hinos, fábulas, versos, além de anotações de comerciantes. Tudo isso encontra-se registrado em tábuas de argila, em escrita cuneiforme, assim denominada porque seus caracteres têm forma de cunha. Destacam-se o MiTO DA CRIAÇÃO, DO DÍLÚVI E A EPOPÉIA DE GILGAMESH - aventura de amor e coragem desse herói deus, cujo objetivo era obter a imortalidade.
  • 41. O CÓDIGO DE HAMURABI até pouco tempo o primeiro  código de leis que se tinha notícia, é uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes. Contém 282 leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, familia, herança adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são: “olho por olho, dente por dente”, desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança. O Código de Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos. Anterior ao Código de Hamurábi, tem-se o Código de Ur-Nammu.
  • 42. A ARQUITETURA foi a mais desenvolvida das artes , porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos por ser escassa a pedra na região. O zigurate torre piramidal, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astrônomicas.
  • 43. A MÚSICA na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à Religião. Cantar estava associado á religião.
  • 44. Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
  • 45. O centro da civilização sumeriana era o templo, a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo desenvolvia-se a atividade comercial. O patesi representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.
  • 46. Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Os sacerdotes do templo estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses animais, sementes, arados e arrendava os campos. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento
  • 47. A concepção de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.
  • 48. Contribuições dos Sumérios: Escrita cuneiforme; Veículos sobre rodas; Irrigação; Metalurgia do bronze.
  • 49. AMORITAS (ou BABILÔNIOS): *edificaram o Primeiro Império Babilônico.  *Principal rei: Hamurabi. Contribuições: *Primeiros códigos de leis escritos da *História - o Código de Hamurabi; *Astronomia.
  • 50. ASSÍRIOS: passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista. Bastante violentos. Principal rei: Assurbanipal. Contribuições: *Armas de ferro; *Carros de combate; *Aríetes.
  • 51. CALDEUS (ou NEOBABILÔNIOS): os caldeus foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do novo império babilônico.  Principal rei: Nabucodonosor. Contribuições: Matemática.
  • 52. A dieta dos trabalhadores é basicamente composta de frutos naturais e secos, tais como maças, pêras, figos, ameixas, pêssegos e uvas. Verduras e legumes (poucos relatos sobre as mesmas), com os quais faziam sopas (em sumério “tu” e em acádio “ummaru”), são basicamente compostas de pepinos, tubérculos, raízes, como cebola e nabo. Na área de condimentos cultiva-se alho, alho-porró, mostarda, cominho, usados para condimentar principalmente carne de gado e em escala menor aves e galináceos, incluídos mais tarde em sua dieta. As carnes mais abundantes são, naturalmente, cabras e ovelhas, das quais se aproveita inclusive a pele e a lã. A oliveira e seu fruto, a azeitona, tem importância central na dieta e vida culinária da Mesopotâmia, não só como alimento, mas também como condimento através da produção do óleo. Temperos comuns eram os que misturavam várias ervas e raízes no óleo de oliva, e uma variedade cujo ingrediente era o mel.
  • 53. Desde muito cedo as farinhas fazem parte da alimentação de toda a população (ricos e pobres). Assim, através de técnicas de moer e triturar os grãos produzia-se sêmolas e farinhas usadas em massas e pastas, conservadas secas ou fermentadas. As massas eram usadas para produzir tortas de pão, assadas em grandes vasilhas colocadas sobre as brasas de lenha. Estas vasilhas tinham um imenso número de formas, o que indica que vários tipos de pães eram confeccionados nas panificadoras da época. Os catálogos de pães conhecidos apresentam, em alguns casos, mais de 300 variedades, usando-se diversos tipos de farinhas, sendo preparadas com azeite, mel, leite, cerveja, especiarias aromatizadas, etc. Nas panificações, estabelecimentos conhecidos desde o III milênio a.C., não só se fazia o pão como também a cerveja.
  • 54. Do malte da cevada se obtém a cerveja, a bebida mais consumida, tanto dentro dos palácios como entre a população. Os povos da Mesopotâmia fabricavam vários tipos de cerveja, e em grandes quantidades, de tal forma que a produção de bebidas alcoólicas como o vinho (produzido nos vinhedos da Alta Mesopotâmia - norte e nordeste) e a cerveja são fundamentais na economia e sobrevivência desses povos. Os variados tipos de cerveja apontam para diferentes formas de preparo e fermentação, produzindo-se, entre outros, cerveja velha, cerveja jovem, cerveja negra, cerveja doce e cerveja fina ou fraca (provavelmente misturada com água), principalmente consumida pelas mulheres.
  • 55. Do malte da cevada se obtém a cerveja, a bebida mais consumida, tanto dentro dos palácios como entre a população. Os povos da Mesopotâmia fabricavam vários tipos de cerveja, e em grandes quantidades, de tal forma que a produção de bebidas alcoólicas como o vinho (produzido nos vinhedos da Alta Mesopotâmia - norte e nordeste) e a cerveja são fundamentais na economia e sobrevivência desses povos. Os variados tipos de cerveja apontam para diferentes formas de preparo e fermentação, produzindo-se, entre outros, cerveja velha, cerveja jovem, cerveja negra, cerveja doce e cerveja fina ou fraca (provavelmente misturada com água), principalmente consumida pelas mulheres.
  • 56. A matéria prima predominante era o linho e a lã usados sempre na sua cor natural. Um retângulo de tecido ao redor da cintura preso por tiras ou simplesmente com um nó numa forma primitiva de saia era a vestimenta principal do povo na Mesopotâmia.  Vestígios da civilização suméria (III a C) mostram pessoas usando saias compostas por tecidos com o borda formada com tufos de lã dispostos simétricamente que dão às roupas um aspecto "franjado" Este tipo de roupa era usado por homens e mulheres.  As mulheres de classes superiores e altos dignatários costumavam usar este tipo de roupa mas aos poucos foram substituindo por uma túnica com mangas Acredita-se que as mangas e o uso de botas foram influência de povos da montanha que viviam ao redor da região entre o Eufrates e do Tigre .  Homens e mulheres usavam cabelos compridos e os cabelos assim como as barbas eram cacheados e até entremeados com fios de ouro O adorno de cabeça para os homens tinha o aspecto de um vaso invertido As mulheres casadas eram obrigadas a usarem um véu em lugares públicos (uma lei de 1 200 a C que ainda prevalece até hoje.
  • 57. INVENÇÕES E CONTRIBUIÇÃO DA MESOPOTÂMIA PARA A HUMANIDADE: * Escrita (escrita cuneiforme); *Astrologia (criação do zodíaco - horóscopo); *Arquitetura (templos: Zigurate); *Primeira lei escrita (Código de Hamurabi); *Matemática; *Mito da Criação e Epopéia de Gilgamesh (contribuição literária); *Metalurgia do bronze e do ferro; *Irrigação; *Arado; *Carro sobre rodas; *O ano de 12 meses e a semana de 7 dias; *A divisão do dia em 24 horas
  • 58.
  • 59. REFERÊNCIAS: Fonte: Livro didático Construindo Conciências. Editora Scipione. Ascaso & Serrano. HISTÓRIA ANTIGUA DEL ORIENTE PRÓXIMO. Editora Akal. 1998. http://profhistomar.blogspot.com.br/2012/03/mesopotamia-7- anos.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot%C3%A2mia http://pt.wikipedia.org/wiki/Acadios