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No Cristianismo, faz séculos, há uma crença, cada vez mais insustentável, a
respeito dos demônios. Eles, de acordo com uma visão praticamente universal
e mitológica, são os próprios Espíritos humanos. Mas na visão cristã errada,
eles seriam de outra categoria de Espíritos e somente maus. Onde surgiu essa
crença da existência do inferno? Aonde o cristianismo foi buscar essa
informação? Em que fonte? Que mais tarde, em 593 d.C., a Igreja
acrescentou a ideia do purgatório. Essa informação tem origem em crença do
mundo pagão, crença no paganismo. Convém esclarecer que, quando nós
falamos em pagão ou paganismo, na Doutrina Espírita, nós não o fazemos no
mesmo sentido que as outras religiões o fazem.
Pagão, paganismo, para nós, não tem o sentido que as religiões tradicionais
apresentam, no sentido pejorativo, ou seja, o pagão é aquele indivíduo
afastado da divindade, que não alcançará a salvação. Tanto é assim que,
dentro de algumas estruturas religiosas, se uma criança, ou adulto, não se
submeter a determinada cerimônia, eles morrerão pagãos. E, se eles morrerem
pagãos, não vão para o céu, de jeito nenhum. Criaram, então, a cerimônia do
batismo. Os pagãos acreditavam em lugares específicos para onde iriam as
almas dos homens, quando saíssem do corpo físico, por ocasião da morte, que
era chamada de Tártaro, para onde iriam as almas daqueles que fizeram o mal
sobre a Terra. Era uma região abaixo da superfície terrestre. Essa região era
comandada por uma entidade chamada Plutão, na mitologia romana, e
chamada Hades na mitologia grega. A mesma entidade.
Essa entidade que comandava a aplicação das penas, se encarregava a aplicar
às almas que ali aportavam, penas proporcionalmente à falta que elas haviam
cometido. Havia, por exemplo, o tanque das Denaides, que era um recipiente
com azeite fervente. Então, de acordo com a falta que a alma havia praticado,
ela era mergulhada dentro desse tanque, e ficava ali por um tempo, até que
ela expurgasse a falta que havia cometido. Mas existiam outras punições,
como, a roda de Sisifo, na qual a alma era amarrada, e Plutão ou Hades fazia
a movimentação dessa roda. Em baixo, existia uma fogueira, para que,
quando a alma passasse na parte inferior, ela queimasse. Tinha, também, o
rochedo de Ixion, quando a alma era obrigada a empurrar uma pedra enorme,
pesadíssima, até o cume.
Essas eram algumas das penas que eram aplicadas às almas que chegavam ao
Tártaro. Outra coisa a considerar é que, Plutão ou Hades, o ser mitológico,
não saía do Tártaro e vinha para a superfície da Terra para induzir as pessoas
a cometerem erro. A função dele era somente aplicar as penas. Eles
acreditavam também na existência de um local de tranquilidade, de paz,
chamado Campos Elísios; esse local, então, seria a morada daquelas almas
que fizeram o bem na Terra. Como vimos, os pagãos acreditavam no Tártaro,
o destino das almas infratoras, e no Campos Elísios destinado às almas boas.
Daí, então, surgiu a ideia dentro do cristianismo de Céu e do Inferno. A
Teologia cristã copiou a ideia do Tártaro, e deu o nome de inferno; copiou a
ideia dos Campos Elísios, e deu o nome de Céu. O inferno é o lugar de
tormento criado para punir satanás e destruir o pecado.
A doutrina bíblica acerca da realidade do inferno é muito clara, e por mais
que pareça aterrorizante não deve ser negada. Ao mesmo passo que a Bíblia
ensina que a vida eterna dos redimidos ao lado de Deus no novo céu e nova
terra será tão gloriosa que é inimaginável para nós na atualidade, ela também
ensina que o tormento eterno dos ímpios no inferno é tão terrível que foge à
nossa compreensão. Existem realmente muitas referências bíblicas que
apontam para o inferno como um lugar real onde os ímpios e os anjos caídos
serão atormentados. Apesar de a doutrina acerca do inferno não aparecer tão
detalhada nos livros do Antigo Testamento como aparece no Novo, há muitos
textos que apontam para esse lugar.
Um dos exemplos que podemos utilizar é a passagem de Salmos 73:17-19,
onde Asafe, num questionamento sobre o sofrimento dos justos e a
prosperidade dos ímpios, entende o quão terrível é o destino do ímpio quando
morre, pois, eles caem em ruína, são destruídos de repente, completamente
tomados de pavor. Aqui podemos entender que o sofrimento do ímpio está
sendo descrito deste o estado intermediário onde ele aguarda o juízo final, até
sua condenação definitiva no lago de fogo. A palavra inferno é de origem
latina e significa “profundezas”. Essa palavra não aparece originalmente na
Bíblia, mas foi utilizada para traduzir quatro termos originais nas Escrituras,
sendo eles: Sheol, Hades, Gehenna e Tártaro.
Estes quatro termos possuem diferentes significados e aplicações, porém se
tratando do inferno em seu estado final, ou seja, o lugar de condenação eterna
após o juízo final, Gehenna é o termo que aparece no Novo Testamento para
designá-lo. Mais tarde, esse termo passou a designar o lugar de incineração
do entulho que vinha de Jerusalém, ficando constantemente um fogo acesso
ali. Nos Evangelhos, Jesus utilizou a figura desse lugar para se referir ao local
de castigo dos ímpios, pois seus ouvintes sabiam muito bem todo o contexto
histórico de abominações que cercava aquele vale. Logo, eles entenderam a
severidade da condenação e o sofrimento do ímpio. Quem morre no pecado
vai para o inferno. Inferno é um termo usado por diferentes religiões,
mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de
grande sofrimento e de condenação.
A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-
cristã infernus, que significa "lugares baixos", "as profundezas" ou o "mundo
inferior". Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo
hebraico Sheol e os termos gregos Hades e Gehenna. De acordo com as
mitologias grega e latina, o hades e o inferno referiam-se a alegadas prisões
subterrâneas, onde as almas ficariam encerradas após a morte física. Em
versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se
trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o
inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma
conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram
condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.
A Visão do Antigo Testamento sobre o Castigo Eterno. Embora o Antigo
Testamento não entre em muita profundidade sobre com o que a vida após a
morte será parecida, há umas poucas passagens que claramente ensinam a
vida eterna para os justos e o castigo eterno para os ímpios. Examinaremos
brevemente as passagens concernentes ao castigo do pecado por Deus. A
crença popular era de que as almas dos pecadores malvados estavam
condenadas a viver na escuridão eterna e no terror do guehinom, que só era
iluminado pelo fogo eterno, que incendiavam e queimavam o lugar. A palavra
Guehinom aparece como geena, inferno ou purgatório. Esta concepção foi
mudando com o passar do tempo e a escola de Hilel apresentava uma
concepção mais humana, quanto a sorte dos condenados ao Guehinom.
Seus conceitos afirmavam que sendo Deus bondoso e justo, não permitiria
um sofrimento eterno no Guehinom, pois, depois de purificada toda a raça
humana, o Guehinom deixaria de existir. Isto está de acordo com David que
fala em seus salmos que Deus não deixaria sua alma no Sheol (Salmos 16:9 e
10; 30:4; 36:6-8; 49:15 e 16; 71:20; 86:12 e 13). O Novo Testamento também
incorporou os conceitos já existentes desde o passado, com relação a palavra
Inferno, Sheol ou Hades, precedentes nas doutrinas já existentes. Podemos
observar estes conceitos empregados na I carta de Pedro 3:18-20 e 4:6 e de
Paulo aos Efésios 4:7-13. Em consequência disso, há a incorporação, no
Novo Testamento, tanto do desespero, quanto da esperança para o caso dos
perdidos, com base em fontes mais antigas no tocante à doutrina do
julgamento.
No entanto, muitos teólogos, sobretudo das igrejas ocidentais católicas e
protestantes, têm preferido ensinar o aspecto da desesperança, deixando de
lado o aspecto da esperança. O que um estudioso acredita sobre a natureza do
juízo divino depende, em muito, da denominação cristã ou não cristã em que
ele foi criado e da tradução que recebe do texto original. Por isso, que muitos
encontram condenação eterna no texto de João capítulo 5:28 e 29. Ali, Jesus
fala de um julgamento pessoal e intransferível, com condições e chances de
um recomeço ou nova chance para quem errou e não de uma condenação
eterna. E, assim, a igreja cristã não possui uma doutrina homogênea em
muitos pontos, inclusive neste.
É lamentável que muitos teólogos achem normal que muitas almas fiquem
sofrendo eternamente no inferno, procurando se convencer de que este ensino
faz parte da justiça de Deus. Pensando, e agindo assim, acabam ignorando a
justiça de Deus e as promessas de Jesus citadas acima em Mateus 18:14 e
João 10:16. A concepção de céus e inferno na Bíblia passa por uma série de
considerações. As citações e as descrições em torno do assunto variam muito.
Em virtude disto, existe dificuldade, quando buscamos uma descrição
unânime destes conceitos através da história. São muitas as observações e
opiniões encontradas e desencontradas entre os estudiosos. A maioria das
versões em idioma Português por seguirem o latim, também não faz distinção
do original hebraico ou grego.
Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação
clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se
menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com
o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino
de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto
de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais
visto pelo mundo material. E o Cristianismo acabou dividindo-se em dois: o
dos dogmas e o da Bíblia. E como os líderes religiosos passaram a realçar
mais o dos dogmas, ele ficou mais importante do que o do Cristianismo
evangélico, verdadeiro, que é o seguido pelo Espiritismo, que, entretanto,
respeita o dogmático, como respeita todas as doutrinas religiosas.
E aqui ousamos dizer que quem quiser entender bem de Espíritos e de Deus
na Bíblia tem que estudar a espiritologia, ou seja, o primeiro tratado científico
sobre os Espíritos e que consta das obras de Kardec. Nessas e na Bíblia,
vemos que todos nós somos demônios e que todos nós, pois, somos irmãos e,
portanto, como Orígenes, oremos por todos nós! Na verdade, o inferno é um
purgatório, pois na Bíblia ele é temporário. Tártaro, Geheenna, Sheol, Hades,
ínferos e Limbo designam geralmente o inferno, que é de origem mitológica,
quando seu chefe era Plutão e que, no Cristianismo, passou a ser Satanás,
Belzebu ou Lúcifer. E o inferno cristão tornou-se muito mais terrível do que o
mitológico pagão, graças a Dante Alighieri (século 13), que o recriou na sua
“Divina Comédia”.
Kardec elogiou o Purgatório da Igreja, por ser temporário, de acordo, pois,
com a justiça perfeita de Deus, que dá a cada um conforme suas obras.
Nossas faltas são finitas. Puni-las, pois, com penas infinitas ou sempiternas
seria um erro de justiça gravíssimo. Assim, atribuir a Deus a criação dessas
penas sem-fim é até uma blasfêmia! O Inferno na verdade é, pois, tal qual o
Purgatório temporário da Igreja. O grande santo sábio e bispo da Igreja
Primitiva, São Gregório de Nissa (4º século), um dos Padres da Igreja,
notável pela sua lógica, já ensinava também que o inferno é temporário. Que
os teólogos dogmáticos, pois, se cuidem! Alan Kardec evidenciou a lei de
causa e efeito, propagada como um dos pilares da Doutrina Espírita e
reforçada na obra da codificação chamada o Céu e o Inferno.
Precisamos ficar atentos para evitar o uso de modelos explicativos que
aceitamos no passado e até ajudamos a difundir, mas que na atualidade não se
ajustam ao ideal espírita. Lembremos que a Doutrina Espírita defende que
nossos erros retornam para nós, sem necessidade de uma junta punitiva para
essa finalidade. Por outro lado, o bem que fizermos também retorna, dando
início à promessa de Jesus: O Reino de Deus está dentro de vós. O termo
umbral, utilizado no livro Nosso Lar (André Luiz/Francisco Cândido Xavier),
alcançou grande popularidade no Brasil. Além da progressiva aceitação do
livro, a difusão do termo deve-se, principalmente, às novelas, peças de teatro
e filme, acompanhados por um grande público interessado em informações
sobre a espiritualidade.
Nessas apresentações o “umbral” é retratado como um local onde vão parar
pessoas que cometeram erros em sua última encarnação. Nada mais simples e
eficiente para atuar sobre o imaginário popular, que tende a pensar no umbral
como outra designação para o conhecido purgatório católico. Por outro lado,
não são poucos os espíritas que conceituam o termo nesta visão: um lugar
permanente destinado à passagem de Espíritos com pouca evolução,
enfatizando os quadros de sofrimento e angústia vividos por seus habitantes.
Esse retrato, fantasioso quanto à ideia de local permanente e de punição,
impressiona negativamente aqueles que buscam o Centro Espírita. Alguns
desses frequentadores, sem outras informações, “rezam” para ter um curto
estágio nessa região.
Adiantou-nos ainda um companheiro de ideal espírita que as pessoas
explicam o receio do umbral, com lógica comparativa: “se André Luiz que
teve uma existência no geral honesta e produtiva, cometendo poucos deslizes,
ficou na tal região cerca de oito anos, nós todos vamos ficar por lá muito mais
tempo”. Essa noção pode exacerbar os sentimentos de culpa e medo. Em
primeiro lugar, precisamos compreender que o livro Nosso Lar é classificado
como um romance, não se tratando, portanto, de uma obra de caráter
doutrinária (cunho científico). Em segundo lugar, o relato de André foca a
experiência que teve no mundo espiritual, segundo a sua percepção. Cada um
tem sua própria experiência a depender de situações particularizadas e muitos
percebem os fatos a partir de como, antecipadamente, os interpretavam.
Por exemplo, quem se acostumou com a ideia de anjo, pode perceber como
tal a visão de um Espírito mais evoluído. Ademais não podemos desprezar o
fato de que, apesar de assumir muitos postulados cristãos, Allan Kardec,
inspirado no racionalismo iluminista, afasta-se veementemente da versão
católica do além, apoiando-se no termo erraticidade para explicitar a própria
ideia de indefinição relativa às condições de vida no mundo espiritual. No
livro O céu e o Inferno, o codificador tanto critica a ideia de inferno, onde os
séculos sucedem aos séculos sem esperança para os condenados, quanto
discorda, e de forma taxativa, da ideia de purgatório, considerando a crença
neste conceito o motivo que deu origem ao comércio das indulgências, causa
primeira da Reforma.
De forma geral, o além permanece vago na obra de Allan Kardec, entendendo
ainda o codificador a existência na Terra como algo próximo à noção de
purgatório proposta pela igreja católica; renascemos para nos aprimorar, mas,
em razão de nossas debilidades, estamos sujeitos a provas e expiação,
segundo a própria condição planetária. Mas, com uma diferença muito
evidente, a “saída”, ou seja, qualquer status liberatório depende apenas do
empenho pessoal de cada um, pois o único determinismo é evoluir (e, para
isso, nascer de novo).
CONCLUSÃO DO ESTUDO:
1. Existem, segundo o Espiritismo, o céu e o inferno? R.: Não. O conceito de
céu e de inferno sofreu grande transformação com o advento da Doutrina
Espírita. Não se traduz mais por regiões circunscritas de beatífica felicidade
ou de sofrimentos atrozes e eternos, respectivamente. Céu e inferno, em
essência, são um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada
um.
2. Que podemos entender por inferno? R.: Inferno pode-se traduzir por uma
vida de provações extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra
melhor. A infelicidade após a desencarnação é inerente ao grau de
aperfeiçoamento moral de cada Espírito e, também, à categoria do mundo que
habita.
3. Como podemos sintetizar em poucas palavras a chamada lei de causa e
efeito? R.: A cada um segundo as suas obras, seja no céu ou na Terra – tal é a
lei que rege a Justiça Divina que Jesus sintetizou com perfeição em duas
lições inesquecíveis: “A cada um segundo o seu merecimento” e “Quem
matar com a espada perecerá pela espada”. As penas ou sofrimentos que cada
um experimenta são dores morais e estão em relação com os atos praticados.
Não existem recompensa ou sofrimento gratuitos. 4. Quando alguém
prejudica outra pessoa, basta-lhe o arrependimento para merecer o perdão do
Senhor? R.: Não. O arrependimento é o primeiro passo para a regeneração,
mas não basta por si mesmo. É preciso ainda a expiação e a reparação.
Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições
necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
5. Três princípios resumem o código penal da vida futura elaborado por
Kardec. Quais são eles? R.: Ei-los: 1º – O sofrimento é inerente à
imperfeição. 2º – Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada,
traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis.
Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que
seja necessária uma condenação especial para cada falta ou indivíduo. 3º –
Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode
igualmente anular os males consecutivos e assegurar sua futura felicidade.
Reflexão:
A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as
imperfeições que não conseguiu corrigir na existência corporal. A completa
felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito.
Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo,
do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de
sofrimentos.
Muita Paz!
Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é
levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida.
Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

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A origem pagã da crença cristã no inferno e sua evolução ao longo da história

  • 1.
  • 2. No Cristianismo, faz séculos, há uma crença, cada vez mais insustentável, a respeito dos demônios. Eles, de acordo com uma visão praticamente universal e mitológica, são os próprios Espíritos humanos. Mas na visão cristã errada, eles seriam de outra categoria de Espíritos e somente maus. Onde surgiu essa crença da existência do inferno? Aonde o cristianismo foi buscar essa informação? Em que fonte? Que mais tarde, em 593 d.C., a Igreja acrescentou a ideia do purgatório. Essa informação tem origem em crença do mundo pagão, crença no paganismo. Convém esclarecer que, quando nós falamos em pagão ou paganismo, na Doutrina Espírita, nós não o fazemos no mesmo sentido que as outras religiões o fazem.
  • 3. Pagão, paganismo, para nós, não tem o sentido que as religiões tradicionais apresentam, no sentido pejorativo, ou seja, o pagão é aquele indivíduo afastado da divindade, que não alcançará a salvação. Tanto é assim que, dentro de algumas estruturas religiosas, se uma criança, ou adulto, não se submeter a determinada cerimônia, eles morrerão pagãos. E, se eles morrerem pagãos, não vão para o céu, de jeito nenhum. Criaram, então, a cerimônia do batismo. Os pagãos acreditavam em lugares específicos para onde iriam as almas dos homens, quando saíssem do corpo físico, por ocasião da morte, que era chamada de Tártaro, para onde iriam as almas daqueles que fizeram o mal sobre a Terra. Era uma região abaixo da superfície terrestre. Essa região era comandada por uma entidade chamada Plutão, na mitologia romana, e chamada Hades na mitologia grega. A mesma entidade.
  • 4. Essa entidade que comandava a aplicação das penas, se encarregava a aplicar às almas que ali aportavam, penas proporcionalmente à falta que elas haviam cometido. Havia, por exemplo, o tanque das Denaides, que era um recipiente com azeite fervente. Então, de acordo com a falta que a alma havia praticado, ela era mergulhada dentro desse tanque, e ficava ali por um tempo, até que ela expurgasse a falta que havia cometido. Mas existiam outras punições, como, a roda de Sisifo, na qual a alma era amarrada, e Plutão ou Hades fazia a movimentação dessa roda. Em baixo, existia uma fogueira, para que, quando a alma passasse na parte inferior, ela queimasse. Tinha, também, o rochedo de Ixion, quando a alma era obrigada a empurrar uma pedra enorme, pesadíssima, até o cume.
  • 5. Essas eram algumas das penas que eram aplicadas às almas que chegavam ao Tártaro. Outra coisa a considerar é que, Plutão ou Hades, o ser mitológico, não saía do Tártaro e vinha para a superfície da Terra para induzir as pessoas a cometerem erro. A função dele era somente aplicar as penas. Eles acreditavam também na existência de um local de tranquilidade, de paz, chamado Campos Elísios; esse local, então, seria a morada daquelas almas que fizeram o bem na Terra. Como vimos, os pagãos acreditavam no Tártaro, o destino das almas infratoras, e no Campos Elísios destinado às almas boas. Daí, então, surgiu a ideia dentro do cristianismo de Céu e do Inferno. A Teologia cristã copiou a ideia do Tártaro, e deu o nome de inferno; copiou a ideia dos Campos Elísios, e deu o nome de Céu. O inferno é o lugar de tormento criado para punir satanás e destruir o pecado.
  • 6. A doutrina bíblica acerca da realidade do inferno é muito clara, e por mais que pareça aterrorizante não deve ser negada. Ao mesmo passo que a Bíblia ensina que a vida eterna dos redimidos ao lado de Deus no novo céu e nova terra será tão gloriosa que é inimaginável para nós na atualidade, ela também ensina que o tormento eterno dos ímpios no inferno é tão terrível que foge à nossa compreensão. Existem realmente muitas referências bíblicas que apontam para o inferno como um lugar real onde os ímpios e os anjos caídos serão atormentados. Apesar de a doutrina acerca do inferno não aparecer tão detalhada nos livros do Antigo Testamento como aparece no Novo, há muitos textos que apontam para esse lugar.
  • 7. Um dos exemplos que podemos utilizar é a passagem de Salmos 73:17-19, onde Asafe, num questionamento sobre o sofrimento dos justos e a prosperidade dos ímpios, entende o quão terrível é o destino do ímpio quando morre, pois, eles caem em ruína, são destruídos de repente, completamente tomados de pavor. Aqui podemos entender que o sofrimento do ímpio está sendo descrito deste o estado intermediário onde ele aguarda o juízo final, até sua condenação definitiva no lago de fogo. A palavra inferno é de origem latina e significa “profundezas”. Essa palavra não aparece originalmente na Bíblia, mas foi utilizada para traduzir quatro termos originais nas Escrituras, sendo eles: Sheol, Hades, Gehenna e Tártaro.
  • 8. Estes quatro termos possuem diferentes significados e aplicações, porém se tratando do inferno em seu estado final, ou seja, o lugar de condenação eterna após o juízo final, Gehenna é o termo que aparece no Novo Testamento para designá-lo. Mais tarde, esse termo passou a designar o lugar de incineração do entulho que vinha de Jerusalém, ficando constantemente um fogo acesso ali. Nos Evangelhos, Jesus utilizou a figura desse lugar para se referir ao local de castigo dos ímpios, pois seus ouvintes sabiam muito bem todo o contexto histórico de abominações que cercava aquele vale. Logo, eles entenderam a severidade da condenação e o sofrimento do ímpio. Quem morre no pecado vai para o inferno. Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação.
  • 9. A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré- cristã infernus, que significa "lugares baixos", "as profundezas" ou o "mundo inferior". Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Sheol e os termos gregos Hades e Gehenna. De acordo com as mitologias grega e latina, o hades e o inferno referiam-se a alegadas prisões subterrâneas, onde as almas ficariam encerradas após a morte física. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.
  • 10. A Visão do Antigo Testamento sobre o Castigo Eterno. Embora o Antigo Testamento não entre em muita profundidade sobre com o que a vida após a morte será parecida, há umas poucas passagens que claramente ensinam a vida eterna para os justos e o castigo eterno para os ímpios. Examinaremos brevemente as passagens concernentes ao castigo do pecado por Deus. A crença popular era de que as almas dos pecadores malvados estavam condenadas a viver na escuridão eterna e no terror do guehinom, que só era iluminado pelo fogo eterno, que incendiavam e queimavam o lugar. A palavra Guehinom aparece como geena, inferno ou purgatório. Esta concepção foi mudando com o passar do tempo e a escola de Hilel apresentava uma concepção mais humana, quanto a sorte dos condenados ao Guehinom.
  • 11. Seus conceitos afirmavam que sendo Deus bondoso e justo, não permitiria um sofrimento eterno no Guehinom, pois, depois de purificada toda a raça humana, o Guehinom deixaria de existir. Isto está de acordo com David que fala em seus salmos que Deus não deixaria sua alma no Sheol (Salmos 16:9 e 10; 30:4; 36:6-8; 49:15 e 16; 71:20; 86:12 e 13). O Novo Testamento também incorporou os conceitos já existentes desde o passado, com relação a palavra Inferno, Sheol ou Hades, precedentes nas doutrinas já existentes. Podemos observar estes conceitos empregados na I carta de Pedro 3:18-20 e 4:6 e de Paulo aos Efésios 4:7-13. Em consequência disso, há a incorporação, no Novo Testamento, tanto do desespero, quanto da esperança para o caso dos perdidos, com base em fontes mais antigas no tocante à doutrina do julgamento.
  • 12. No entanto, muitos teólogos, sobretudo das igrejas ocidentais católicas e protestantes, têm preferido ensinar o aspecto da desesperança, deixando de lado o aspecto da esperança. O que um estudioso acredita sobre a natureza do juízo divino depende, em muito, da denominação cristã ou não cristã em que ele foi criado e da tradução que recebe do texto original. Por isso, que muitos encontram condenação eterna no texto de João capítulo 5:28 e 29. Ali, Jesus fala de um julgamento pessoal e intransferível, com condições e chances de um recomeço ou nova chance para quem errou e não de uma condenação eterna. E, assim, a igreja cristã não possui uma doutrina homogênea em muitos pontos, inclusive neste.
  • 13. É lamentável que muitos teólogos achem normal que muitas almas fiquem sofrendo eternamente no inferno, procurando se convencer de que este ensino faz parte da justiça de Deus. Pensando, e agindo assim, acabam ignorando a justiça de Deus e as promessas de Jesus citadas acima em Mateus 18:14 e João 10:16. A concepção de céus e inferno na Bíblia passa por uma série de considerações. As citações e as descrições em torno do assunto variam muito. Em virtude disto, existe dificuldade, quando buscamos uma descrição unânime destes conceitos através da história. São muitas as observações e opiniões encontradas e desencontradas entre os estudiosos. A maioria das versões em idioma Português por seguirem o latim, também não faz distinção do original hebraico ou grego.
  • 14. Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. E o Cristianismo acabou dividindo-se em dois: o dos dogmas e o da Bíblia. E como os líderes religiosos passaram a realçar mais o dos dogmas, ele ficou mais importante do que o do Cristianismo evangélico, verdadeiro, que é o seguido pelo Espiritismo, que, entretanto, respeita o dogmático, como respeita todas as doutrinas religiosas.
  • 15. E aqui ousamos dizer que quem quiser entender bem de Espíritos e de Deus na Bíblia tem que estudar a espiritologia, ou seja, o primeiro tratado científico sobre os Espíritos e que consta das obras de Kardec. Nessas e na Bíblia, vemos que todos nós somos demônios e que todos nós, pois, somos irmãos e, portanto, como Orígenes, oremos por todos nós! Na verdade, o inferno é um purgatório, pois na Bíblia ele é temporário. Tártaro, Geheenna, Sheol, Hades, ínferos e Limbo designam geralmente o inferno, que é de origem mitológica, quando seu chefe era Plutão e que, no Cristianismo, passou a ser Satanás, Belzebu ou Lúcifer. E o inferno cristão tornou-se muito mais terrível do que o mitológico pagão, graças a Dante Alighieri (século 13), que o recriou na sua “Divina Comédia”.
  • 16. Kardec elogiou o Purgatório da Igreja, por ser temporário, de acordo, pois, com a justiça perfeita de Deus, que dá a cada um conforme suas obras. Nossas faltas são finitas. Puni-las, pois, com penas infinitas ou sempiternas seria um erro de justiça gravíssimo. Assim, atribuir a Deus a criação dessas penas sem-fim é até uma blasfêmia! O Inferno na verdade é, pois, tal qual o Purgatório temporário da Igreja. O grande santo sábio e bispo da Igreja Primitiva, São Gregório de Nissa (4º século), um dos Padres da Igreja, notável pela sua lógica, já ensinava também que o inferno é temporário. Que os teólogos dogmáticos, pois, se cuidem! Alan Kardec evidenciou a lei de causa e efeito, propagada como um dos pilares da Doutrina Espírita e reforçada na obra da codificação chamada o Céu e o Inferno.
  • 17. Precisamos ficar atentos para evitar o uso de modelos explicativos que aceitamos no passado e até ajudamos a difundir, mas que na atualidade não se ajustam ao ideal espírita. Lembremos que a Doutrina Espírita defende que nossos erros retornam para nós, sem necessidade de uma junta punitiva para essa finalidade. Por outro lado, o bem que fizermos também retorna, dando início à promessa de Jesus: O Reino de Deus está dentro de vós. O termo umbral, utilizado no livro Nosso Lar (André Luiz/Francisco Cândido Xavier), alcançou grande popularidade no Brasil. Além da progressiva aceitação do livro, a difusão do termo deve-se, principalmente, às novelas, peças de teatro e filme, acompanhados por um grande público interessado em informações sobre a espiritualidade.
  • 18. Nessas apresentações o “umbral” é retratado como um local onde vão parar pessoas que cometeram erros em sua última encarnação. Nada mais simples e eficiente para atuar sobre o imaginário popular, que tende a pensar no umbral como outra designação para o conhecido purgatório católico. Por outro lado, não são poucos os espíritas que conceituam o termo nesta visão: um lugar permanente destinado à passagem de Espíritos com pouca evolução, enfatizando os quadros de sofrimento e angústia vividos por seus habitantes. Esse retrato, fantasioso quanto à ideia de local permanente e de punição, impressiona negativamente aqueles que buscam o Centro Espírita. Alguns desses frequentadores, sem outras informações, “rezam” para ter um curto estágio nessa região.
  • 19. Adiantou-nos ainda um companheiro de ideal espírita que as pessoas explicam o receio do umbral, com lógica comparativa: “se André Luiz que teve uma existência no geral honesta e produtiva, cometendo poucos deslizes, ficou na tal região cerca de oito anos, nós todos vamos ficar por lá muito mais tempo”. Essa noção pode exacerbar os sentimentos de culpa e medo. Em primeiro lugar, precisamos compreender que o livro Nosso Lar é classificado como um romance, não se tratando, portanto, de uma obra de caráter doutrinária (cunho científico). Em segundo lugar, o relato de André foca a experiência que teve no mundo espiritual, segundo a sua percepção. Cada um tem sua própria experiência a depender de situações particularizadas e muitos percebem os fatos a partir de como, antecipadamente, os interpretavam.
  • 20. Por exemplo, quem se acostumou com a ideia de anjo, pode perceber como tal a visão de um Espírito mais evoluído. Ademais não podemos desprezar o fato de que, apesar de assumir muitos postulados cristãos, Allan Kardec, inspirado no racionalismo iluminista, afasta-se veementemente da versão católica do além, apoiando-se no termo erraticidade para explicitar a própria ideia de indefinição relativa às condições de vida no mundo espiritual. No livro O céu e o Inferno, o codificador tanto critica a ideia de inferno, onde os séculos sucedem aos séculos sem esperança para os condenados, quanto discorda, e de forma taxativa, da ideia de purgatório, considerando a crença neste conceito o motivo que deu origem ao comércio das indulgências, causa primeira da Reforma.
  • 21. De forma geral, o além permanece vago na obra de Allan Kardec, entendendo ainda o codificador a existência na Terra como algo próximo à noção de purgatório proposta pela igreja católica; renascemos para nos aprimorar, mas, em razão de nossas debilidades, estamos sujeitos a provas e expiação, segundo a própria condição planetária. Mas, com uma diferença muito evidente, a “saída”, ou seja, qualquer status liberatório depende apenas do empenho pessoal de cada um, pois o único determinismo é evoluir (e, para isso, nascer de novo). CONCLUSÃO DO ESTUDO:
  • 22. 1. Existem, segundo o Espiritismo, o céu e o inferno? R.: Não. O conceito de céu e de inferno sofreu grande transformação com o advento da Doutrina Espírita. Não se traduz mais por regiões circunscritas de beatífica felicidade ou de sofrimentos atrozes e eternos, respectivamente. Céu e inferno, em essência, são um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um. 2. Que podemos entender por inferno? R.: Inferno pode-se traduzir por uma vida de provações extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor. A infelicidade após a desencarnação é inerente ao grau de aperfeiçoamento moral de cada Espírito e, também, à categoria do mundo que habita.
  • 23. 3. Como podemos sintetizar em poucas palavras a chamada lei de causa e efeito? R.: A cada um segundo as suas obras, seja no céu ou na Terra – tal é a lei que rege a Justiça Divina que Jesus sintetizou com perfeição em duas lições inesquecíveis: “A cada um segundo o seu merecimento” e “Quem matar com a espada perecerá pela espada”. As penas ou sofrimentos que cada um experimenta são dores morais e estão em relação com os atos praticados. Não existem recompensa ou sofrimento gratuitos. 4. Quando alguém prejudica outra pessoa, basta-lhe o arrependimento para merecer o perdão do Senhor? R.: Não. O arrependimento é o primeiro passo para a regeneração, mas não basta por si mesmo. É preciso ainda a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
  • 24. 5. Três princípios resumem o código penal da vida futura elaborado por Kardec. Quais são eles? R.: Ei-los: 1º – O sofrimento é inerente à imperfeição. 2º – Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis. Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que seja necessária uma condenação especial para cada falta ou indivíduo. 3º – Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar sua futura felicidade.
  • 25. Reflexão: A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na existência corporal. A completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!