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Análise crítica ao modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares



   O modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos
   implicados

O modelo de auto-avaliação, desenvolvido pela Programa da RBE para objectivar a
forma como se está a concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo como
pano de fundo essencial o seu contributo para as aprendizagens, para o sucesso
educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida (Modelo de Auto-
Avaliação: 3), é considerado uma mais valia, na medida em que constitui um
instrumento pedagógico que permite identificar as áreas de sucesso bem como
aquelas que requerem um maior investimento, conduzindo, por vezes, à mudança de
práticas com o objectivo de obter melhores resultados.

Considero que este modelo permite a melhoria das práticas, pois:

   • aponta caminhos a seguir;
   • permite o permanente ajustamento dessas práticas.

Os conceitos implicados neste modelo são:

   • Noção de valor:
            A avaliação centrada no impacto do trabalho qualitativo da BE        nas
            aprendizagens e nos benefícios dos serviços prestados com eficácia,
            capaz de produzir resultados que contribuam para a concretização dos
            objectivos da escola onde se insere.
   • Auto-Avaliação:
            A avaliação como um processo pedagógico regulador, inerente à gestão
            e procura de uma melhoria contínua da BE;
            A avaliação encarada como um processo que conduz à reflexão e origina
            mudanças concretas nas práticas;
            Ao avaliar a qualidade do trabalho da BE, avalia-se a qualidade do
            trabalho da escola.
   • Novos contextos e conceitos de aprendizagem:
            Construtivismo - o aluno construtor do seu próprio conhecimento;
            Utilização das TIC e de novos ambientes digitais no desenvolvimento
            das literacias e da aprendizagem contínua ao longo da vida.
   • Evidence Based practice (Ross Todd):
            Desenvolver    práticas    sistemáticas   de   recolha   de   evidências,
            associadas ao dia-a-dia;
            A qualidade e quantidade de evidências fornece informação sobre o
            caminho a seguir;
Valorização da necessidade da BE fazer a diferença na escola.
   • Práticas de pesquisa-acção (Markless, Streffield; 2006):
             Identificação do problema;
             Recolha de evidências;
             Avaliação e interpretação das evidências recolhidas;
             Definição do caminho a seguir.



   Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas
   Escolares

Numa época em que as tecnologias e as pressões económicas acentuam a
necessidade de fazer valer o papel e a necessidade de bibliotecas, a avaliação tem
um papel determinante, permitindo-nos validar o que fazemos, como fazemos, onde
estamos e até onde queremos ir, mas sobretudo o papel e intervenção, as mais-
valias que acrescentamos.

- Como trabalham as bibliotecas escolares?

- Que impacto têm nas escolas e no sucesso educativo dos alunos? (Texto da
sessão)

A existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares permite:

   • Dotar a BE de um quadro de referência;

   • Dotar a BE de um instrumento que permita a melhoria contínua de qualidade;

   • Determinar o alcance da missão e dos objectivos da BE;

   • Transformar a BE numa organização capaz de aprender e crescer através da
      recolha sistemática de evidências;

   • Comprovar o impacto do trabalho da BE no funcionamento global da escola e
      nas aprendizagens dos alunos;

   • Uniformizar práticas, formas de actuação ao estabelecer domínios e perfis
      de desempenho;

   • Interligar a avaliação da BE à avaliação interna e externa da escola.

Até aqui, a avaliação das BEs era feita através dos relatórios elaborados
periodicamente sobre as actividades realizadas, fazendo-se o balanço do trabalho
desenvolvido. Actualmente, este modelo permite uma actuação comum às diversas
escolas no sentido de avaliar o trabalho realizado pelas respectivas bibliotecas.
Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos

Considero que este modelo se encontra bem organizado, abordando as áreas
nucleares do trabalho da Biblioteca Escolar, dividindo-se em 4 domínios diferentes
e vários subdomínios:

   •   A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular
             A.1 - Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e
             os docentes
             A.2 - Desenvolvimento da literacia da informação
   •   B - Leitura e Literacia
   •   C - Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
       Comunidade
             C.1 - Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de
             Enriquecimento Curricula
             C.2 - Projectos e parcerias
   •   D - Gestão da BE
             D.1 - Articulação da BE com a Escola / Agrupamento. Acesso e
             serviços prestados pela BE
             D.2 - Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
             D.3 - Gestão da colecção


Considero que é um modelo que apresenta diversas oportunidades, entre as quais:

   •   Recolher de evidências;

   •   Transformar a informação em conhecimento;

   •   Diagnosticar os pontos fracos e pontos fortes;

   •   Definir prioridades de actuação;

   •   Promover o trabalho colaborativo entre docentes e órgãos de gestão;

   •   Articular com a comunidade educativa;

   •   Fomentar uma cultura de avaliação.

No entanto, apresenta também alguns constrangimentos, nomeadamente:

   •   Dificuldade ao nível da gestão do tempo;

   •   Burocraticidade;
•   Resistência à mudança;

   •   Falta de cooperação/articulação por parte de alguns docentes.



   Integração / Aplicação à realidade da escola

Apesar de ainda não ter aplicado na prática o referido modelo, considero que:

   •   Implica a motivação individual de todos os seus membros;

   •   Requer uma organização preparada para a aprendizagem contínua;

   •   Pressupõe uma liderança forte do Professor Bibliotecário, que tem de
       mobilizar a Escola para a necessidade de implementação do processo de
       avaliação.

Para uma melhor adequação e implementação deste modelo na, é necessário:

   •   Mobilizar a equipa para a necessidade de diagnosticar e avaliar o impacto e
       valor da BE na Escola onde se insere;

   •   Manter uma comunicação constante com os órgãos de gestão da Escola
       justificando a necessidade de implementar o processo de avaliação da BE;

   •   Apresentar e discutir, em Conselho Pedagógico, o modelo e o processo de
       avaliação;

   •   Dialogar com os Departamentos e docentes em geral, implicando-os neste
       processo de avaliação.



   Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
   aplicação

O professor bibliotecário tem, sem dúvida, um papel fundamental na aplicação
deste modelo, pelo que deverá:

   • Ser proactivo;

   • Ser observador e investigativo;

   • Ser capaz de ver o todo – the big picture;

   • Ser persuasivo;

   • Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
• Informar a direcção da escola sobre as intenções implícitas com a
      implementação deste modelo;

   • Articular com os diversos actores da aprendizagem e as estruturas
      educativas da escola, assumindo a liderança de todo o processo;

   • Fomentar o apoio dentro do grupo de gestão da BE;

   • Dinamizar os processos da aplicação do modelo recolhendo evidências,
      analisando e comunicando os resultados;

   • Esclarecer o modo como apresenta o projecto de auto-avaliação e o modo
      como vai convencer a escola a participar;

   • Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e
      contribuir para as aprendizagens;

   • Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola;

   • Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;

   • Manter-se actualizado de modo a poder dar respostas adequadas a novos
      desafios que se vão impondo.



Bibliografia:

      Texto da sessão

      Modelo      de      Auto-Avaliação          das   Bibliotecas       Escolares,
      http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9594
      [11-11-2009]

      Eisenberg, MicKael e Miller, Danielle H. (2002), “This man wants to
      change     your    job”,       School   Library    Journal,       09/01/2002,
      http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html             [11-11-
      2009]

      Todd, Ross (2002) “School Librarian as teachers: learning outcomes and
      evidence-based practice” 68th IFLA Council and General Conference
      August,

      http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9593
      [12-11-2009]
Todd,    Ross   (2008)   “The    Evidence-Based   Manifesto   for   School
      Librarians”         School       Library      Journal         04/01/2008,
      http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html#Multiple%
      20types%20of%20evidence [12-11-2009]



Trabalho realizado por:

Hélia Maria Jacob Pereira – Coordenadora BE do Agrupamento de Escolas Santo
Onofre / Prof.ª Bibliotecária EB1 Bairro da Ponte

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Análise do modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares

  • 1. Análise crítica ao modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares O modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados O modelo de auto-avaliação, desenvolvido pela Programa da RBE para objectivar a forma como se está a concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo como pano de fundo essencial o seu contributo para as aprendizagens, para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida (Modelo de Auto- Avaliação: 3), é considerado uma mais valia, na medida em que constitui um instrumento pedagógico que permite identificar as áreas de sucesso bem como aquelas que requerem um maior investimento, conduzindo, por vezes, à mudança de práticas com o objectivo de obter melhores resultados. Considero que este modelo permite a melhoria das práticas, pois: • aponta caminhos a seguir; • permite o permanente ajustamento dessas práticas. Os conceitos implicados neste modelo são: • Noção de valor: A avaliação centrada no impacto do trabalho qualitativo da BE nas aprendizagens e nos benefícios dos serviços prestados com eficácia, capaz de produzir resultados que contribuam para a concretização dos objectivos da escola onde se insere. • Auto-Avaliação: A avaliação como um processo pedagógico regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE; A avaliação encarada como um processo que conduz à reflexão e origina mudanças concretas nas práticas; Ao avaliar a qualidade do trabalho da BE, avalia-se a qualidade do trabalho da escola. • Novos contextos e conceitos de aprendizagem: Construtivismo - o aluno construtor do seu próprio conhecimento; Utilização das TIC e de novos ambientes digitais no desenvolvimento das literacias e da aprendizagem contínua ao longo da vida. • Evidence Based practice (Ross Todd): Desenvolver práticas sistemáticas de recolha de evidências, associadas ao dia-a-dia; A qualidade e quantidade de evidências fornece informação sobre o caminho a seguir;
  • 2. Valorização da necessidade da BE fazer a diferença na escola. • Práticas de pesquisa-acção (Markless, Streffield; 2006): Identificação do problema; Recolha de evidências; Avaliação e interpretação das evidências recolhidas; Definição do caminho a seguir. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares Numa época em que as tecnologias e as pressões económicas acentuam a necessidade de fazer valer o papel e a necessidade de bibliotecas, a avaliação tem um papel determinante, permitindo-nos validar o que fazemos, como fazemos, onde estamos e até onde queremos ir, mas sobretudo o papel e intervenção, as mais- valias que acrescentamos. - Como trabalham as bibliotecas escolares? - Que impacto têm nas escolas e no sucesso educativo dos alunos? (Texto da sessão) A existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares permite: • Dotar a BE de um quadro de referência; • Dotar a BE de um instrumento que permita a melhoria contínua de qualidade; • Determinar o alcance da missão e dos objectivos da BE; • Transformar a BE numa organização capaz de aprender e crescer através da recolha sistemática de evidências; • Comprovar o impacto do trabalho da BE no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos; • Uniformizar práticas, formas de actuação ao estabelecer domínios e perfis de desempenho; • Interligar a avaliação da BE à avaliação interna e externa da escola. Até aqui, a avaliação das BEs era feita através dos relatórios elaborados periodicamente sobre as actividades realizadas, fazendo-se o balanço do trabalho desenvolvido. Actualmente, este modelo permite uma actuação comum às diversas escolas no sentido de avaliar o trabalho realizado pelas respectivas bibliotecas.
  • 3. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos Considero que este modelo se encontra bem organizado, abordando as áreas nucleares do trabalho da Biblioteca Escolar, dividindo-se em 4 domínios diferentes e vários subdomínios: • A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.1 - Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes A.2 - Desenvolvimento da literacia da informação • B - Leitura e Literacia • C - Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade C.1 - Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricula C.2 - Projectos e parcerias • D - Gestão da BE D.1 - Articulação da BE com a Escola / Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE D.2 - Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços D.3 - Gestão da colecção Considero que é um modelo que apresenta diversas oportunidades, entre as quais: • Recolher de evidências; • Transformar a informação em conhecimento; • Diagnosticar os pontos fracos e pontos fortes; • Definir prioridades de actuação; • Promover o trabalho colaborativo entre docentes e órgãos de gestão; • Articular com a comunidade educativa; • Fomentar uma cultura de avaliação. No entanto, apresenta também alguns constrangimentos, nomeadamente: • Dificuldade ao nível da gestão do tempo; • Burocraticidade;
  • 4. Resistência à mudança; • Falta de cooperação/articulação por parte de alguns docentes. Integração / Aplicação à realidade da escola Apesar de ainda não ter aplicado na prática o referido modelo, considero que: • Implica a motivação individual de todos os seus membros; • Requer uma organização preparada para a aprendizagem contínua; • Pressupõe uma liderança forte do Professor Bibliotecário, que tem de mobilizar a Escola para a necessidade de implementação do processo de avaliação. Para uma melhor adequação e implementação deste modelo na, é necessário: • Mobilizar a equipa para a necessidade de diagnosticar e avaliar o impacto e valor da BE na Escola onde se insere; • Manter uma comunicação constante com os órgãos de gestão da Escola justificando a necessidade de implementar o processo de avaliação da BE; • Apresentar e discutir, em Conselho Pedagógico, o modelo e o processo de avaliação; • Dialogar com os Departamentos e docentes em geral, implicando-os neste processo de avaliação. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação O professor bibliotecário tem, sem dúvida, um papel fundamental na aplicação deste modelo, pelo que deverá: • Ser proactivo; • Ser observador e investigativo; • Ser capaz de ver o todo – the big picture; • Ser persuasivo; • Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
  • 5. • Informar a direcção da escola sobre as intenções implícitas com a implementação deste modelo; • Articular com os diversos actores da aprendizagem e as estruturas educativas da escola, assumindo a liderança de todo o processo; • Fomentar o apoio dentro do grupo de gestão da BE; • Dinamizar os processos da aplicação do modelo recolhendo evidências, analisando e comunicando os resultados; • Esclarecer o modo como apresenta o projecto de auto-avaliação e o modo como vai convencer a escola a participar; • Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; • Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola; • Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; • Manter-se actualizado de modo a poder dar respostas adequadas a novos desafios que se vão impondo. Bibliografia: Texto da sessão Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9594 [11-11-2009] Eisenberg, MicKael e Miller, Danielle H. (2002), “This man wants to change your job”, School Library Journal, 09/01/2002, http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html [11-11- 2009] Todd, Ross (2002) “School Librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice” 68th IFLA Council and General Conference August, http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/mod/resource/view.php?id=9593 [12-11-2009]
  • 6. Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians” School Library Journal 04/01/2008, http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html#Multiple% 20types%20of%20evidence [12-11-2009] Trabalho realizado por: Hélia Maria Jacob Pereira – Coordenadora BE do Agrupamento de Escolas Santo Onofre / Prof.ª Bibliotecária EB1 Bairro da Ponte