O fundamento será o desejável, na medida em que sendo o fim a felicidade e representando ela o que é desejável, o fundamento da felicidade é o ser desejável por todos.
2. STUART MILL
(1806-1873)
John Stuart Mill foi um filósofo e economista
britânico nascido na Inglaterra, e um dos pensadores
liberais mais influentes do século XIX. Foi um
defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta
inicialmente por seu padrinho Jeremy Bentham
3. EM QUE CONSISTE A FELICIDADE?
Na possibilidade de alcançar o bem-estar para o maior
número de pessoas.
O bem-estar consiste no maior número de prazeres e
no menor número de dores.
O critério utilitário não consiste na maior felicidade
do agente, mas na maior soma de felicidade geral.
4. MAXIMIZAROPRAZER
A regra
moral que
orienta as
nossas
ações
afirma que
a busca do
prazer e a
recusa do
sofrimento
são apenas
elementos
que servem
de guia
para a
realização
da
felicidade
5. OBJECTIVOS
• Propiciar o máximo de felicidade possível para o maior
número de pessoas e o mínimo de dor para o menor
número de pessoas. Desse modo a felicidade estava
ligada ao prazer e a infelicidade à dor.
6. CRITÉRIO DA UTILIDADE
• A decisão de agir deve considerar a utilidade
das consequências que dela resultam.
• Só assim será possível garantir que estas ações
produzam o maior grau de felicidade possível.
• Nas situações concretas da vida, quando somos
chamados a decidir se devemos praticar esta
ou aquela ação, o que devemos ter em conta é
qual delas produzirá resultados mais úteis.
7. A MORAL DEVE PROCURAR O
PRAZER?
Procurar o prazer é o
que todos desejam,
logo o prazer é bom.
É bom porque é
desejado.
Será que as coisas são
boas porque a maioria
as deseja?
Hedonismo Alhear-se
8. O PRAZER DO SUJEITO E O DOS OUTROS
TEM O MESMO VALOR.
Se tiver uma nota de
50 Euros posso dar
prazer a um maior
número de pessoas se
a der a uma
instituição de ajuda
dos mais pobres em
vez de a gastar num
concerto.
Imparcialidade
Exigência de superar o
egoísmo
9. OBJEÇÃO 1
O utilitarismo não
parece ter em conta o
caráter único e
insubstituível de cada
indivíduo.
(vai contra o
imperativo categórico,
que regula que cada
indivíduo não pode ser
instrumento para o
todo)
10. DEVEMOS EQUACIONAR O PRAZER E
A DOR QUE CADA UMA DAS NOSSAS
AÇÕES TRAZ.
Exigência da moral
criar condições
melhores.
O altruísmo consiste
na realização moral.
Significa pensar no
maior número de
prazer-maximizar o
prazer.
Altruísmo Maximizar o prazer.
11. CRÍTICAS AO UTILITARISMO
Ao reduzir o princípio da moralidade à mera
satisfação das nossas necessidades sensíveis, o ser
humano fica reduzido ao mais baixo grau de
animalidade.
«Não se pode
comparar a felicidade
que os indivíduos
pretendem alcançar
com aquilo que torna
um porco feliz»
12. CRITÉRIOS VALORATIVOS PARA
OS PRAZERES
Tipos de prazeres
Superiores (espirituais)
durabilidade, fecundidade, dignidade, preferência
Inferiores (sensoriais)
efémeros, vitais, individuais
13. «Os prazeres
deixam-se analisar
segundo a
qualidade e não só
pela quantidade»
«É pela qualidade
que é possível
distinguir duas
ordens de prazeres:
os primeiros dizem
respeito ao corpo, os
segundos são de
ordem moral
intelectual»
«É a satisfação dos
prazeres superiores,
de natureza moral e
intelectual, que os
homens buscam e é
neles que encontram
maior felicidade»
14. SUPERIORES
Intelectuais - ler uma obra literária
Sociais- acções de solidariedade
Estéticos - contemplar uma obra de arte
Morais – participar numa acção de solidariedade
INFERIORES
Necessidades físicas/fisiológicas – comer, beber, dormir,
sexo
15. NEM TODOS OS PRAZERES TÊM A
MESMA IMPORTÂNCIA
Os prazeres mais
fecundos são
superiores.
Os prazeres mais
duradouros são
superiores.
É preferível Sócrates
insatisfeito a um
porco satisfeito.
Critério para distinção
dos prazeres.
A finalidade da moral
não é apenas satisfação.
16. RESUMINDO
• Uma acção será correcta do ponto de vista moral, se
das suas consequências resultar o maior grau de
felicidade e bem-estar para o maior número possível de
pessoas.
• Um médico que, pelo exercício da sua profissão,
salvasse um grande número de pessoas, praticaria
uma acção moralmente louvável, quer a sua intenção
fosse ajudar o próximo, quer fosse alcançar a fama e a
fortuna.
18. O UTILITARISMO É UMA
MORAL CONSEQUENCIALISTA
• O valor moral das ações não se mede , nem
pela «pura intenção do agente», nem pela
sua submissão a um princípio estabelecido
«a priori», mede-se pelas consequências que
produz.
• A ética utilitarista exige que o agente se
coloque de um ponto de vista imparcial e
desinteressado.
21. A utilidade não é o único critério para
determinar o que é ou não é moralmente
correcto.
As consequências não são a única coisa
que importa.
OBJECÇÕES AO UTILITARISMO
22. AMÁQUINADAFELICIDADE
Esta objeção foi formulada pelo filósofo
Robert Nozick. Imagina que tens à tua
disposição um computador capaz de te
fornecer todas as experiências que mais
desejas. Passarás a ser uma pessoa
absolutamente feliz e não alguém que ora
sente alegria e entusiasmo pela vida, ora
tristeza e tédio. A tua felicidade não terá
interrupções. Mas tens de escolher entre
ligar-te à máquina de experiências ou
prosseguir a vida que já tens. Lembra-te
que, se o fizeres, poderás viver a ilusão de
seres, por exemplo, um ídolo pop, um
revolucionário que transforma o mundo
num lugar perfeito ou até um jogador de
futebol milionário, informado e com gosto.
Qual é a tua escolha?
23. ARGUMENTOS ANTI-UTILITARISMO
Justiça - A justiça exige que tratemos a pessoa com
equidade, segundo as suas necessidades e méritos
individuais. Assim, uma teoria ética segundo a qual a
utilidade é tudo o que conta não pode estar correcta.
24. ASPECTOS POSITIVOS DO
UTILITARISMO
Contribui para alterações de vida social e
económica
Alerta para o empenhamento social dos
indivíduos
Instituições
Sociedade
Para a responsabilidade na construção do
bem geral.
Hinweis der Redaktion
A investigação do valor da utilidade como critério moral tem como ponto de partida as morais hedonistas, aquelas filosofias morais que têm como critério o prazer, para decidir entre o que é correcto e o que é errado. Porém, a filosofia moral de Stuart Mill ultrapassa o vulgar hedonismo, pois não se limita a considerar a busca do prazer e a recusa do sofrimento como as motivações que dominam todas as nossas decisões de agir.
A acção que queremos levar a cabo deve ser avaliada de modo a indicar-nos qual o grau de felicidade que ela é capaz de proporcionar.
Hedonismo – perspectiva de vida que privilegia o prazer na procura da felicidade.
1- o princípio primeiro de toda a acção moral deve ser compreendido pelo seguinte enunciado:......