Apresentação do Protocolo de T.M. no Trauma - H.C. da Univ. Federal de Uberlândia (MG). Atualizado em 2018.
Texto e referências disponíveis em: https://docs.google.com/document/d/e/2PACX-1vQk23_gschHI9RDgQsCWMM47vQgHA4NEjoMstnMC0X6wc-otbt-FXMI6phjqH2RIdeEQGBiMXk1Sj91/pub
2018 Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma - H.C. UFU - Uberlândia (MG) 2018.
1. PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO
MACIÇA NO TRAUMA 2018
Heitor Luiz Gomes
Cirurgião Geral / Aparelho Digestivo (TCBCD)
Membro Titular SBAIT
Instrutor ATLS® ACS
SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
COMITÊ TRANSFUSIONAL
HOSPITAL DE CLÍNICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Aprovado pelo Comitê Transfusional em Agosto de 2015
2. PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO
MACIÇA NO TRAUMA
Objetivos:
• DEFINIR CONCEITOS
• CONTEXTUALIZAR → TRAUMA
• IDENTIFICAR METAS
• SELEÇÃO DOS DOENTES
• APRESENTAR O FLUXOGRAMA DO PROTOCOLO
4. TRANSFUSÃO MACIÇA
A HEMORRAGIA É A PRINCIPAL CAUSA EVITÁVEL
DE MORTE NAS PRIMEIRAS 48H APÓS O TRAUMA
A aplicação precoce de Protocolos de Transfusão
Maciça no Trauma reduz a mortalidade em 25%
18. Cirurgia de Controle de Danos
• Década de 1980
• Controle da Hemorragia e da Contaminação
• Fechamento Temporário - Curativo a vácuo
19. Cirurgia de Controle de Danos
FASE 1 - CIRURGIA ABREVIADA
FASE 2 - REANIMAÇÃO EM UTI
FASE 3 - REABORDAGEM (SECOND LOOK)
Melhora na sobrevida de 30% para 50%
36. ESTUDOS OBSERVACIONAIS RETROSPECTIVOS
• Hirschberg e col. (2003) - PAS de entrada < 70 mmHg
equivale a 67% de perda volêmica - necessidade de reposição
de PLASMA antes da coagulopatia se instalar
• Gonzalez e col. (2007) - Protocolo do Memorial Hospital de
Houston - Plasma mais precoce e numa proporção 1:1 reduz
mortalidade
• Duchesne e col. (2007) - diferença na mortalidade PF:CH 1:1
vs. 1:4 (26% vs. 87.5%)
37. *Gonzalez e col. (2008) – Prospectivo (Single Center) -
redução da mortalidade: 30% → 15% no trauma com 1:1 nas
primeiras 6h.
38. • Borgman e col. (2008) - Hospital militar no Iraque (2003-
2005) – retrospectivo - mortalidade inversamente proporcional à
taxa de Plasma oferecido em relação a CH.
39. PLAQUETAS
• 16 estudos na primeira década 2000
• Uso PREEMPTIVO no Trauma
• Precoce e Balanceado
• Proporção ? ? ?
40. Uso proporcional e balanceado:
Melhora na Sobrevida no Trauma
Mas qual a proporção ideal ?
41. PROPPR – Holcomb 2015
P - PRAGMATIC
R - RANDOMIZED
O - OPTIMAL
P - PLATELET
P - PLASMA
R - RATIO
n 680
Em 12 Centro de Traumas nível 1 (EUA)
42. PROPPR – Holcomb 2015
P - PRAGMATIC
R - RANDOMIZED
O - OPTIMAL
P - PLATELET
P - PLASMA
R - RATIO
Critérios de inclusão:
> 15 anos (ou > 50kg)
Critério ABC ≥ 2 ou critério do cirurgião / chefe do time de trauma
43. 1:1:1 versus 1:1:2
1:1:1
● Pacotes 06 : 06 : 06 unidades
● Primeiro todas as plaquetas ( 06 ui ou 01 dose
terapêutica de aférese de plaquetas)
● Depois alternando PFC / CH
1:1:2
● Pacote Ímpar 00 : 03 : 06 (CP:PFC:CH)
● Pacote Par 06 : 03 : 06 (CP:PFC:CH)
44. 1:1:1 versus 1:1:2
Resultados:
Não houve diferença na Mortalidade em 24h e 30 dias
Não houve diferença complicações relacionadas ao maior uso
de plasma ( SARA)
Qual a diferença ?
● 1:1:1 = melhor controle do sangramento, menor nº de
mortes por exsanguinação e menor uso de
hemoderivados após atingir controle hemostático.
48. COAGULOPATIA DO TRAUMA
• COAGULOPATIA ASSOCIADA AO TRAUMA
• COAGULOPATIA INDUZIDA PELO TRAUMA
• COAGULOPATIA AGUDA PRECOCE DO TRAUMA
Presente em 25-30% dos TRAUMAS à admissão na sala de trauma
49. COAGULOPATIA DO TRAUMA
• COAGULOPATIA ASSOCIADA AO TRAUMA
• COAGULOPATIA INDUZIDA PELO TRAUMA
• COAGULOPATIA AGUDA PRECOCE DO TRAUMA
50. COAGULOPATIA INDUZIDA PELO TRAUMA
• Disfunção Plaquetária (LCT)
• Lesão celular endotelial difusa
• Depleção de Fatores de coagulação e Plaquetas pela
hemorragia e deposição nas lesões
• Consumo de plaquetas e Fatores de coagulação secundário à
coagulação intravascular disseminada (CIVD) ou pela
hiperfibrinólise
• Piora com a Hipotermia, Acidose, Diluição
51. Coagulopatia Induzida pelo Trauma
Alvos:
• Interromper o Sangramento
• Evitar Diluição
• Hemoderivados Precoce
• Controle da Fibrinólise → Ácido Tranexâmico
• Controle da Temperatura
• Evitar a Acidose e DHE
52. Coagulopatia Induzida pelo Trauma
Alvos:
• Interromper o Sangramento → LOCALIZAR O FOCO E AGIR
• Evitar Diluição → Restrição de Cristalóides
• Hemoderivados Precoce → reanimação hemostática
• Controle da Fibrinólise → Transamin®
• Controle da Temperatura → Proteção contra Hipotermia
• Evitar a Acidose e DHE → Reflete a Hipoperfusão Tecidual → META
na Reanimação
53. Cristalóides
*Clássica relação 3:1 (300ml para cada perda de 100ml)
1964 Shires et al. - não usar mais de 5% de cristalóides por kg
de peso (aproximadamente 5 L em 24h )
1976 Carrico et al. descreve ressuscitações lentas, com baixo
volume e hipotensão permissiva enquanto o sangue total é
preparado
Porém nas últimas décadas a tendência foi de infusões
agressivas, de 20 L a 30 L de cristalóides nas primeiras 24h ...
55. HIPOTENSÃO PERMISSIVA
• Manter PAS 80 – 100mmHg (Ideal < 90mmHg)
• Medida Temporária ( < 90 min )
• Contraindicação → LCR
• Evitar → Trauma prolongado, Idosos, Coronariopatias / HAS, Gestantes
Menos soro e mais Hemoderivados precoce → Melhora na SV
56. Reanimação Hemostática
Quem perde sangue, precisa de sangue
Reposição balanceada e precoce dos componentes
• Concentrado de Hemácias
• Plasma Fresco Congelado
• Concentrado de Plaquetas
• Crioprecipitado
Sangue Total
57. Reanimação Hemostática
• Concentrado de Hemácias
• Plasma
• Concentrado de Plaquetas*
Uso precoce e balanceado de hemocomponentes
Plaquetas e Plasma o mais precoce possível
*Em média 06 unidades de plaquetas ou 01 pool ou 01 dose
terapêutica de aférese
1:1:1
58. Reanimação Hemostática
• Crioprecipitado
• Principal fonte de Fibrinogênio
• Usado na hipofibrinogenemia
• 10 unidades (200ml) = 2,5g de Fibrinogênio ( equivale 4 Plasmas )
• Uso precoce no trauma obstétrico
60. Reanimação Hemostática
● Principalmente no hemotórax maciço.
● Coletar no momento da drenagem.
● Faltam estudos com melhor metodologia
para estabelecer grau de evidência.
61. Coagulopatia Induzida pelo Trauma
Alvos:
• Interromper o Sangramento → LOCALIZAR O FOCO E AGIR
• Evitar Diluição → Restrição de Cristalóides
• Hemoderivados Precoce → reanimação hemostática
• Controle da Fibrinólise → Transamin®
• Controle da Temperatura → Proteção contra Hipotermia
• Evitar a Acidose e DHE → Reflete a Hipoperfusão Tecidual → META na
Reanimação
62. Hiperfibrinólise
• Uso de drogas antifibrinolíticas – competição com a Plasmina
• Ácido Tranexâmico (Transamim®)
• Ácido Epsilon-aminocapróico (Epsilon®)
65. ❖ ATX reduz mortalidade por hemorragias em trauma
❖ Não aumenta risco de eventos tromboembólicos
❖ Deve ser administrado precocemente – em até 3 horas após
o trauma
❖ Barato, acessível e evidência nível IA de benefício no trauma
❖ Tem sido preconizado no pré-hospitalar (NHS)
66. Coagulopatia Induzida pelo Trauma
Alvos:
• Interromper o Sangramento → LOCALIZAR O FOCO E AGIR
• Evitar Diluição → Restrição de Cristalóides
• Hemoderivados Precoce → reanimação hemostática
• Controle da Fibrinólise → Transamin®
• Controle da Temperatura → Proteção contra Hipotermia
• Evitar a Acidose e DHE → Reflete a Hipoperfusão Tecidual → META na
Reanimação
67. Temperatura
• Hipotermia → Redução da atividade de coagulação
• Meta:
• Controle do Ambiente
• Aquecimento das infusões
• Proteção do Doente
68. Temperatura
• Roupas molhadas
• Sangramento
• Fluidos em ar ambiente – temperatura ≈18-20°C
• CH (1 – 6ºC ) - Cada 05 ui : ↓1°C
• Cavidade Abdominal Aberta
• Incapacidade do paciente chocado aumentar metabolismo
69.
70. Temperatura
• Hipotermia → Redução da atividade de coagulação
• Meta:
• Controle do Ambiente
• Aquecimento das infusões
• Proteção do Doente
78. AVALIAÇÃO LABORATORIAL NO TRAUMA
• Coleta à admissão → COLETA NO MOMENTO DO ACESSO
• Demora → PRIORIDADE NO LABORATÓRIO
• Erros de interpretação → INTERPRETAR CORRETAMENTE
Testes Laboratoriais Convencionais
79. O que deve ser coletado ?
• Hemoglobina / Hematócrito
• Plaquetas
• βHCG
• Gasometria Arterial
• Lactato Arterial
• Gasometria Venosa Central
• Potássio / Magnésio / Cálcio ionizável
• TAP, TTPa e Fibrinogênio
80. Hemoglobina / Hematócrito
• Hemoglobina / Hematócrito
META → 7 a 9 g/dL
LCT → 10 g/dL
• NÃO DEVE SER USADO ISOLADAMENTE NA DECISÃO DE
TRANSFUNDIR
• Não é adequado como gatilho transfusional no trauma
– Não reflete a realidade hemostática do doente
* A Hb inicial média no estudo PROPPR foi de 11,7/11,9g%
81. Quais os melhores “Gatilhos Transfusionais”?
• Sinais Vitais (PAS e FC), Gasometria Arterial (DB) e Lactato
• Tipo de lesão e antecipação do RISCO de sangramento importante
83. Lactato Arterial
● Avaliação PRECOCE e OBJETIVA da resposta à terapia
● Medidas repetidas → Marcador confiável do prognóstico
● ↑ Lactato à admissão = maior mortalidade
● Redução tardia (>24h) = disfunção orgânica múltipla
● Álcool interfere
84. Gasometria Arterial
● Diferença de Bases → Alta sensibilidade na estimativa da extensão do sangramento e do choque
● DB inicial → Preditor forte e bem estabelecido de mortalidade na hemorragia por trauma
Leve -3 a -5 mEq/L
Moderada -6 a -9 mEq/L
Grave < -10 mEq/L
● Forte indicador de necessidade de hemotransfusão nas 24h e risco de falência orgânica ou morte
● Álcool não interfere
85.
86. PLAQUETAS
• > 50x109/L
• Lesão Cerebral Traumática manter > 100x109/L
• Em especial na LCT (alt. qualitativa) = ↑ Mortalidade
• Porém ... MO / Baço liberam plaquetas
Alteração FUNCIONAL é precoce
Seu valor é um fraco indicador
* No estudo PROPPR o valor inicial médio = 212/213mil
• Seu uso deve ser PREEMPTIVO e PRECOCE!
• Dose – 01 Concentrado / 10 kg de peso corporal → Em média 06 ui ou 01 dose de aférese
de plaquetas
88. Gasometria Venosa Central
○ Saturação Venosa Central de O2
○ Meta: > 65 %
○ Alta Extração Tecidual
○ Balanço entre oferta e demanda de oxigênio
○ Se < 65% = Fator preditor de mau prognóstico
○ Porém ... E se normal ?
Trauma grave = extensa lesão tecidual = incapacidade de elevar a extração de O2
89. Potássio:
● Pode estar elevado ou baixo
● Hipercalemia:
■ Relacionada à hemotransfusão ( 2% → 40%)
■ Trauma tecidual e IRA
● Hipocalemia
■ Liberação de aldosterona, HAD e catecolaminas
■ Administração de citrato
90. CITRATO
• Presente nos CH, PFC e CP
• CH = 3g
• Metabolismo hepático → até 3g a cada 5 minutos
Hipoperfusão
Hipotermia
Hepatopatias
Hipocalcemia
Hipomagnesemia
Hipocalemia
91. Cálcio iônico
• Meta: Cai > 1,1mmol/L (2,2mEq/L ou 4,4 mg/dL)
• Não sofre interferência da hipoalbuminemia
• ↓ Cai na admissão = ↑ Mortalidade / ↑ necessidade de transfusão maciça
• Primeiras 24h = excelente Fator Preditor de mortalidade e transfusão
• Atua na formação e estabilização da polimerização da fibrina
• Redução de atividade plaquetária, contratilidade cardíaca e resistência
vascular periférica
• Gluconato de cálcio 10% → 10 a 20 mL IV
• Cloreto de cálcio 10% → 2 a 5 mL IV
* Uso empírico não está indicado e pode aumentar a mortalidade !
92. Coagulograma
Refletem a realidade do doente ? ? ?
Hipotermia → Falso negativos COAGULOPATIA INDUZIDA PELO TRAUMA
já pode estar presente mesmo se normais
METAS
• RNI < 1,5
• TTPa < 1,5x o controle
• Fibrinogênio > 150mg/dL
93. ABORDAGEM PRECOCE
MONITORIZAÇÃO REPETIDA
2-8 PFC se RNI ou TTPa > 1,5x o normal.
Crioprecipidado 10ui se Fibrinogênio < 150mg/dL
Grávidas e Puérperas - reposição precoce de fibrinogênio
(PFC+CRIO)
METAS
• RNI < 1,5
• TTPa < 1,5x o controle
• Fibrinogênio > 150mg/dL
Coagulograma
94. NORMOVOLEMIA
● Com a Reanimação Hemostática em andamento a normovolemia é uma meta desejável
○ Pressão Venosa Central (> 10 a 12 cmH2O) → Obtenção de AVC precoce
○ Débito urinário (> 0,5ml/kg/h) → Atenção à Diurese do doente !
● Uso de Drogas vasopressoras
○ AUMENTA A MORTALIDADE
○ Fere o princípio da hipotensão permissiva (eleva da PA antes de haver reanimação
hemostática adequada)
○ Contra-indicado nas primeiras 24h - exceto nos pacientes com lesão cerebral
96. Índices e Escores de Trauma
• Objetivo:
Identificar Quem tem risco elevado de Transfusão Maciça
97. Índices e Escores de Trauma
• Objetivo:
Identificar Quem tem risco elevado de Transfusão Maciça
Assessment of Blood Consumption (ABC),
“Injury Severity Score” (ISS),
“Trauma-Associated Severe Hemorrhage” (TASH),
Escore do Prince of Wales Hospital (PWH),
Escore de McLaughlin,
Escore de Schreiber, escore de Larsen,
Escore de Vandromme,
“Coagulopathy of Severe Trauma” (COAST),
“Trauma Induced Coagulopathy Clinical Score” (TICCS),
Escores modificados usando o índice de choque
...
...
...
...
98. Índices e Escores de Trauma
• Objetivo:
Identificar Quem tem risco elevado de Transfusão Maciça
Simples
Rápido
Não depender de exames demorados
99. Índices e Escores de Trauma
• Objetivo:
Identificar Quem tem risco elevado de Transfusão Maciça
Simples
Rápido
Não depender de exames demorados
Escore ABC → Assessement of Blood Consumption
100. Índices e Escores de Trauma
• Objetivo:
Identificar Quem tem risco elevado de Transfusão Maciça
Simples
Rápido
Não depender de exames demorados
Escore ABC → Assessement of Blood Consumption
- Elevada Acurácia
- Simples / Rápido / Não depende de laboratório
- Usado no estudo PROPPR (2015)
102. Escore ABC
• FAST + é o mais preditivo
• Abrir o PROTOCOLO se
≥ 2 pontos (S 75% /E 86% )
Risco de TM:
2 = 38%
3 = 45%
4 = 100%
Não Sim
Mecanismo de Trauma Penetrante 0 1
FAST + 0 1
FC ≥ 120 0 1
PAS ≤ 90 0 1
103. Escore ABC
• FAST + é o mais preditivo
• Abrir o PROTOCOLO se
≥ 2 pontos
Risco de TM:
2 = 38%
3 = 45%
4 = 100%
Não Sim
Mecanismo de Trauma Penetrante 0 1
FAST + 0 1
FC ≥ 120 0 1
PAS ≤ 90 0 1
E os Traumas Fechados (Fratura de Pelve / Ossos Longos) ? ? ?
*** Proposta de modificação do ABC incluindo estes pacientes
104.
105. Focused Assessment with Sonography in Trauma
Ferramenta fundamental na busca de um
diagnóstico rápido da fonte da hemorragia
em traumatizados instáveis
hemodinamicamente.
106. Focused Assessment with Sonography in Trauma
1. Subxifóide
2. Hepatorrenal
3. Esplenorrenal
4. Suprapúbico
120. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NO PTM
1. ADULTO VÍTIMA DE TRAUMA
2. Escore ABC ≥ 2 pontos
3. Presença Suspeita ou Confirmada de Sangramento
4. Evidência Clínica de Instabilidade Hemodinâmica após:
a. Infusão inicial de até 1L de cristalóide (considerar volume pré);
b. Descompressão pleural e/ou pericárdica quando indicadas;
c. Controle do sangramento externo/enfaixamento pélvico e alinhamento de fraturas;
d. Esvaziamento gástrico e vesical.
123. PRÉ HOSPITALAR
● Iniciar medidas de reanimação imediatamente no local do
trauma
○ Controle de Vias Aéreas
○ Estabilização de COLUNA
○ Tratamento de lesões com risco iminente de vida
○ CESSAR SANGRAMENTOS
○ Iniciar reanimação volêmica
○ Iniciar ácido tranexâmico
● Contato com o Centro de Trauma que irá receber
● Transporte Rápido e com segurança
125. PRÉ HOSPITALAR
CONTATO COM O CENTRO DE TRAUMA
PREPARAÇÃO DO TIME DE TRAUMA
Entrar em contato com a Agência transfusional (ramal 2313) e centro cirúrgico
(2428/2429) avisando da chegada de trauma grave com suspeita de
exsanguinação
AGÊNCIA
2313
AGÊNCIA
2313
128. Chegando ao CENTRO DE TRAUMA
Equipe preparada para receber o doente
Check list na sala de trauma
● Material de reanimação
● Etomidato
● Ácido Tranexâmico
● Caixa de transporte de
hemocomponentes
● Tubos de coleta (EDTA, citrato,
bioquímica e fluoreto, seringas para
gasometria)
129. Chegando ao CENTRO DE TRAUMA
Equipe preparada para receber o
doente
Divisão de funções pré determinada
● Líder da equipe de trauma
● Auxiliares
● Responsável A
● Responsável B
(A): Ligar na agência transfusional (2313), fazer a solicitação eletrônica, levar o pedido, amostra e
caixa à agência e retornar com o pacote;
(B):Deverá solicitar no sistema (“Pacote kit PTM”), encaminhar os tubos e trazer os resultados.
*Obs.: na ausência do responsável identificado deverá ser pré-definido um substituto.
130. • Medidas de Reanimação (ATLS® 10)
• Identificar risco de TM (Escore ABC ≥2)
• Prevenção da Hipotermia
• Coleta Precoce dos Exames
• Iniciar ATX (se < 3 horas)
131.
132.
133. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• Identificar risco de TM (Escore ABC ≥2)
• ALERTA VERMELHO → Avisar a Agência e
o Centro Cirúrgico
134. • Medidas de Reanimação (ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical / Oferecer O2
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G)
• Cristalóide Aquecido (39°C) 1000ml
135. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (mínimo 18G)
• Cristalóide Aquecido (39°C)1000ml
136. Acesso venoso central está autorizado se médico experiente →
Dissecção de v. safena não deve ser feita se trauma pélvico
ou abdominal grave
Drenar todo tórax de paciente instável com
sinais clínicos de trauma torácico
138. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G)
• Cristalóide Aquecido (39ºC) 1000ml
• FAST
⦁ Prevenção da Hipotermia
⦁ Coleta Precoce dos Exames
⦁ Iniciar ATX (se < 3 horas)
CHECAR
139. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G)
• Cristalóide Aquecido (39ºC) 1000ml
• FAST
⦁ Prevenção da Hipotermia
⦁ Coleta Precoce dos Exames
⦁ Iniciar ATX (se < 3 horas)
CHECAR
140. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G)
• Cristalóide Aquecido (39ºC) 1000ml
• FAST
⦁ Prevenção da Hipotermia
⦁ Coleta Precoce dos Exames
⦁ Iniciar ATX (se < 3 horas)
CHECAR
PEDIR NO SISTEMA:
“PACOTE KIT PTM”
141. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G)
• Cristalóide Aquecido (39ºC) 1000ml
• FAST
⦁ Prevenção da Hipotermia
⦁ Coleta Precoce dos Exames
⦁ Iniciar ATX (se < 3 horas)
CHECAR
– EDTA (roxo),
– Citrato (azul),
– Bioquímica (amarelo),
– Fluoreto (cinza),
– Seringas de gasometria arterial e venosa central.
142. • Medidas de Reanimação (ABC - ATLS®)
• VAs / Coluna Cervical
• Punções e Drenagens
• Acessos Venosos MMSS (14/16G) ou acesso central
• Cristalóide Aquecido 39ºC 1000ml inicial
• FAST
Abrir o Protocolo de TM
LÍDER DA EQUIPE:
DECISÃO DA ABERTURA DO PTM
143. Protocolo de TM
- LIGAR NA AGÊNCIA (2313) PARA INICIAR PREPARO DO
KIT
144. Protocolo de
TM
- LIGAR NA AGÊNCIA (2313) PARA INICIAR PREPARO DO KIT
- FAZER A SOLICITAÇÃO ELETRÔNICA NO SISTEMA
145. Protocolo de TM
- LIGAR NA AGÊNCIA (2313) PARA INICIAR PREPARO DO KIT
- FAZER A SOLICITAÇÃO ELETRÔNICA NO SISTEMA
146.
147.
148.
149.
150. Protocolo de TM
PEGAR A AMOSTRA IDENTIFICADA
+
PEDIDO ELETRÔNICO IMPRESSO E CARIMBADO
151. Protocolo de TM
USAR A CAIXA PRÓPRIA
PARA TRANSPORTE DE
HEMOCOMPONENTES E
ENCAMINHAR PARA A
AGÊNCIA TRANSFUSIONAL
152. Protocolo de TM
- 04 CH com tipagem ABO: em até 10min
- Ou Sem tipagem ( O Rh+/- ) : Imediato
153. Protocolo de TM
PFC: 04ui tipo AB - em 10-15 min (descongelamento)
Plaquetas: 06 unidades (ou 1 dose terapêutica) - imediato
162. Orientações na Reanimação Hemostática - Protocolo de Transfusão Maciça no Trauma
1. Evitar intoxicação por cristalóides - infundir 1L inicial e reavaliar para definir o próximo passo:
a. Abrir PTM se preencher os critérios, manter infusão de cristalóides somente até iniciar com os
hemocomponentes ou;
b. Nos casos que não preencherem os critérios do PTM, porém com instabilidade, iniciar hemotransfusão (“não
PTM”) conforme o protocolo ATLS®, manter infusão de cristalóides somente até iniciar com os
hemocomponentes ou;
c. Nos casos que estabilizarem, cessar a expansão com cristalóides. Voltar a infusão conforme os parâmetros
clínicos - PVC e débito urinário - e indicações específicas (esmagamento, queimados, etc).
2. Evitar a hipotermia - usar cristalóides aquecidos a cerca de 39ºC - monitorar a temperatura, manter > 35ºC.
3. Tolerar a hipotensão permissiva (PAS 80-100mmHg) até haver o controle da hemorragia e se não houver contra-
indicações ( lesão cerebral, idosos, gestantes, coronariopatas).
4. Não usar drogas vasoativas no atendimento inicial e evitar nas primeiras 24h, exceto se for necessário para
atingir meta de PAM nos pacientes com lesão cerebral traumática.
5. Não usar a Hb e Plaquetas como parâmetros isolados para indicar ou não a transfusão.
6. Iniciar a infusão no PTM com as plaquetas (06 unidades de concentrado de plaquetas ou 01 pool de plaquetas ou
01 dose terapêutica de aférese) e depois alternar Concentrado de Hemácias com Plasma Fresco Congelado (total
de 04 ui de cada).
7. No primeiro pacote usar o Crioprecipitado somente se trauma obstétrico ou se fibrinogênio < 150mg/dL. No 2º
pacote e nos seguintes, somente se fibrinogênio < 150mg/dL ou se exame indisponível e sangramento
persistente.
163.
164.
165. Muito Obrigado !
SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
HOSPITAL DE CLÍNICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA