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As experiências e cicatrizes do voto camarão!

A história se repete. Ou seria um carma originado nos arquétipos dos antepassados na genealogia ilheense?
Também poderia ser uma “depuração” imposta pelo do deus Visnu; se fossem hinduístas todos os eleitores
desta cidade. É inegável e indisfarçável a obstinada resignação que nos acomete enquanto eleitores e
cidadãos, de forma devastadoramente submissa, descomprometida e apática.

O sofrimento autoinduzido, a compulsão repetitiva e autoflageladora, se vislumbradas e “analisadas” à luz
sociopolítica predominante em nossa cidade pode ser comparada de forma simbólica, como à situação
daquele enfermo diabético que; hospitalizado em decorrência de grave úlcera varicosa que lhe consome
gradativamente a perna já quase nula, insiste em permanecer no leito hospitalar. Não por falta de esforços
médicos ou de medicamentos de última geração. É que esse doente imaginário tem volitivamente na sua
doença obstrutiva, o principal elemento que lhe permite ser tocado; lamentado; pranteado; mimado,
confortado e alimentado à boca em seu morno leito hospitalar! Por isso, esse doente imaginário quando
distante dos olhares das enfermeiras e médicos, flagela-se; coça fortemente e crava repetidas vezes as
unhas sujas no vermelho tecido da chaga ulcerosa fazendo-a recrudescer em gravidade toda vez que
percebe quaisquer sinais de melhoria cicatricial! A úlcera varicosa é o seu bem maior; seu patrimônio, sua
provedora.

Afetivo dependente, se apeado dos mimos e do ócio sustentados a custo zero; ele certamente não
sobreviverá à própria custa sob o peso emocional e quiçá monetário onerosos que sobreviriam para
manutenção do seu bem maior: a úlcera. Um autoflagelador voluntário e consciente, que erra pró-
conveniência com voluntariedade e pertinácia; que luta encarniçadamente por sua “dor” e benefícios
acessórios que esta lhe proporciona. Talvez se vingue de si mesmo ou, inconscientemente, de algo
abstrato, obscuro, egoístico, singular e estritamente pessoal. Seria medo de chutar a trave da barraca? De
recomeçar do nada? Será que não lhe restam resquícios de coragem ou esperança. Quem sabe?

“Gosto de extrair dentes, mas os dentistas insistem em aplicar o anestésico, não obstante os meus
repetidos pedidos para extraírem na tora! Sem anestesia!” Bizarro não!

Será que esse perfil que nos envolve coletivamente nos momentos críticos e de decisões importantes
passou à cronicidade? Ou seria apenas um recurso flagelante e autopunitivo para amenizar as culpas pelas
escolhas equivocadas que resultam graves prejuízos?

Se a nossa vedetta, a nêmese da nossa vingança política persistir imutável, não resta dúvida que estamos
necessitando urgentemente uma releitura dos elementos predicativos para o exercício da Cidadania Plena
seguidos de orientações dum bom sociólogo. Explico: Jabes em seu último governo, diga-se, ficou aquém
das expectativas e a deseja, no julgamento de alguns eleitores e outros de partidos opositores. Não
contestamos. Claro que ficou a desejar se comparado com o seu próprio desempenho nas suas gestões
suas anteriores; embora ocorridas em épocas, situações e política em diferentes estágios.

Mas levando-se em consideração o referencial comparativo do último governo de Jabes com as
administrações que o sucederam; tendemos a encarar seu último governo, como uma boa gestão.
Os fatores colocados em analise e crítica rigorosos àquela ocasião, foram utilizados na eleição subsequente
ao seu governo como elementos e trunfos de marketing político opositivo oportunista. Foi o que induziu o
eleitor ao voto “camarão vingativo” numa sucessão de erros e prejuízos. Levando-nos a eleger prefeito o
Valdé! E este, por conseguinte, cassado pela Câmara, empurra-nos por vingança, goela abaixo, o seu vice
Newton.
A primeira foi uma gestão branca pintando a cal os meios fios com o PSB, para logo em seguida
submeterem Ilhéus a outra caótica gestão, o golpe de misericórdia. Dessa vez com “armas” petista, que não
vejo necessário comentar. Ela está aí estandardizada aos olhos dos eleitores; seria, portanto, redundante e
tedioso para todos, criticá-la agora.
É fato que estamos de volta às peças dramáticas encenadas pelo destino. Estamos confrontando a
esdrúxula realidade do camarão: crustáceo cujas fezes e intestinos estão localizados na cabeça, lado de
dentro claro. Em situação análoga àquela das eleições que sucederam o último governo Jabes: O voto
camarão que elegeu Valdé seguido do mandato tampão de Newton que, quase por aclamação, elegeu-se
com 60% dos votos ilheenses decepcionados!

Para refrescar a semiótica dessa prosódia; em política eleitoral o jargão "voto camarão" é usado para definir
o vereador que só cuida do seu voto, descartando a cabeça, ou seja, o candidato a prefeito de sua
coligação. Aqui em Ilhéus, isso sempre aconteceu quando o candidato preferencial dos eleitores está com
grande dianteira. E acontecerá novamente. Esse novo conceito de "voto camarão" que aqui inventariamos,
entretanto, cabe como uma luva no nosso presente momento eleitoral. O povo, e não somente os
candidatos a vereador, estão jogando fora a cabeça podre para se salvar. Nesse caso o cabeça podre é o
prefeito que o PT não conseguiu tornar palatável.
Na razão inversa do presente, encaramos assustados: Valdé que sucedeu Jabes e ainda trouxe seu afilhado
Newton que, tomado de amores pelo cargo, elegeu-se prefeito! Entretanto, por amor a Ilhéus, supomos,
ainda assim tenta deixar no resguardo da sua poltrona de gabinete alguém de sua confiança, ao tentar
eleger sua sucessora e “cumpanheira” de partido, Profª. Carmelita, fiel guardiã nas hostes do social
sindicalista PT, como garantidora do seu lugar no futuro, enquanto goza merecidas férias! Dizem que o
decolar é mais tranquilo e seguro quando a plataforma continua integra e preparada; pronta para novo
lançamento!
Olha gente; primeiro foi Valdé, o “pedinha” gente boa, um show! Depois veio aquele que nos deu de comer
um feijão queimado com arroz esturrado por seis anos. Agora vamos comer esse camarão vermelho e
podre? Um camarão vermelho como isca que não serve sequer para pecar bagres e baiacus? Que peixe
somos nós para essas iscas? Essa é a dura realidade.

Nunca me imaginei um crustáceo; tampouco supus ver crescer a cabeça com dois longos fios de bigodes
sensores e um esporão perfurante! Não permitirei metamorfosearem-me para camarão.
Dizem que o nordestino, antes de tudo é um forte! Que Deus é brasileiro, quiçá baiano! Que a esperança é
a última que morre. Torcemos e temos esperança que o longo recesso guardado por Jabes da prefeitura de
Ilhéus tenha sido proveitoso: que ele o tenha passado como os vinhos e bebidas finas, depuradas e
maturadas em toneis de carvalho! Que tenha evoluído ainda mais em ideias e ideais coletivos! Que ele
tenha nesse tempo recessivo, se aperfeiçoado política e administrativamente; se preparado em gestão
participativa proativa; em administração de débitos e gestão de contas públicas, além de trazer sempre à
mão uma radiografia de corpo inteiro do nosso município que bem conhece desde o asfalto às escadarias
íngremes dos nossos morros; para com muita saúde, empenho e trabalho, fazer ressuscitar a nossa agônica
Ilhéus desse calvário erosivo que quase a consumiu por inteiro.
A coisa está preta! Que Deus olhe por nossa cidade e seja parceiro do nosso futuro gestor municipal. Mas
que acima de tudo, nos oriente para que votemos nas próximas eleições para o bem de Ilhéus... Amem!
Por Mohammad Jamal.

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  • 1. As experiências e cicatrizes do voto camarão! A história se repete. Ou seria um carma originado nos arquétipos dos antepassados na genealogia ilheense? Também poderia ser uma “depuração” imposta pelo do deus Visnu; se fossem hinduístas todos os eleitores desta cidade. É inegável e indisfarçável a obstinada resignação que nos acomete enquanto eleitores e cidadãos, de forma devastadoramente submissa, descomprometida e apática. O sofrimento autoinduzido, a compulsão repetitiva e autoflageladora, se vislumbradas e “analisadas” à luz sociopolítica predominante em nossa cidade pode ser comparada de forma simbólica, como à situação daquele enfermo diabético que; hospitalizado em decorrência de grave úlcera varicosa que lhe consome gradativamente a perna já quase nula, insiste em permanecer no leito hospitalar. Não por falta de esforços médicos ou de medicamentos de última geração. É que esse doente imaginário tem volitivamente na sua doença obstrutiva, o principal elemento que lhe permite ser tocado; lamentado; pranteado; mimado, confortado e alimentado à boca em seu morno leito hospitalar! Por isso, esse doente imaginário quando distante dos olhares das enfermeiras e médicos, flagela-se; coça fortemente e crava repetidas vezes as unhas sujas no vermelho tecido da chaga ulcerosa fazendo-a recrudescer em gravidade toda vez que percebe quaisquer sinais de melhoria cicatricial! A úlcera varicosa é o seu bem maior; seu patrimônio, sua provedora. Afetivo dependente, se apeado dos mimos e do ócio sustentados a custo zero; ele certamente não sobreviverá à própria custa sob o peso emocional e quiçá monetário onerosos que sobreviriam para manutenção do seu bem maior: a úlcera. Um autoflagelador voluntário e consciente, que erra pró- conveniência com voluntariedade e pertinácia; que luta encarniçadamente por sua “dor” e benefícios acessórios que esta lhe proporciona. Talvez se vingue de si mesmo ou, inconscientemente, de algo abstrato, obscuro, egoístico, singular e estritamente pessoal. Seria medo de chutar a trave da barraca? De recomeçar do nada? Será que não lhe restam resquícios de coragem ou esperança. Quem sabe? “Gosto de extrair dentes, mas os dentistas insistem em aplicar o anestésico, não obstante os meus repetidos pedidos para extraírem na tora! Sem anestesia!” Bizarro não! Será que esse perfil que nos envolve coletivamente nos momentos críticos e de decisões importantes passou à cronicidade? Ou seria apenas um recurso flagelante e autopunitivo para amenizar as culpas pelas escolhas equivocadas que resultam graves prejuízos? Se a nossa vedetta, a nêmese da nossa vingança política persistir imutável, não resta dúvida que estamos necessitando urgentemente uma releitura dos elementos predicativos para o exercício da Cidadania Plena seguidos de orientações dum bom sociólogo. Explico: Jabes em seu último governo, diga-se, ficou aquém das expectativas e a deseja, no julgamento de alguns eleitores e outros de partidos opositores. Não contestamos. Claro que ficou a desejar se comparado com o seu próprio desempenho nas suas gestões suas anteriores; embora ocorridas em épocas, situações e política em diferentes estágios. Mas levando-se em consideração o referencial comparativo do último governo de Jabes com as administrações que o sucederam; tendemos a encarar seu último governo, como uma boa gestão. Os fatores colocados em analise e crítica rigorosos àquela ocasião, foram utilizados na eleição subsequente ao seu governo como elementos e trunfos de marketing político opositivo oportunista. Foi o que induziu o eleitor ao voto “camarão vingativo” numa sucessão de erros e prejuízos. Levando-nos a eleger prefeito o Valdé! E este, por conseguinte, cassado pela Câmara, empurra-nos por vingança, goela abaixo, o seu vice Newton. A primeira foi uma gestão branca pintando a cal os meios fios com o PSB, para logo em seguida submeterem Ilhéus a outra caótica gestão, o golpe de misericórdia. Dessa vez com “armas” petista, que não vejo necessário comentar. Ela está aí estandardizada aos olhos dos eleitores; seria, portanto, redundante e tedioso para todos, criticá-la agora. É fato que estamos de volta às peças dramáticas encenadas pelo destino. Estamos confrontando a esdrúxula realidade do camarão: crustáceo cujas fezes e intestinos estão localizados na cabeça, lado de dentro claro. Em situação análoga àquela das eleições que sucederam o último governo Jabes: O voto camarão que elegeu Valdé seguido do mandato tampão de Newton que, quase por aclamação, elegeu-se com 60% dos votos ilheenses decepcionados! Para refrescar a semiótica dessa prosódia; em política eleitoral o jargão "voto camarão" é usado para definir o vereador que só cuida do seu voto, descartando a cabeça, ou seja, o candidato a prefeito de sua coligação. Aqui em Ilhéus, isso sempre aconteceu quando o candidato preferencial dos eleitores está com grande dianteira. E acontecerá novamente. Esse novo conceito de "voto camarão" que aqui inventariamos,
  • 2. entretanto, cabe como uma luva no nosso presente momento eleitoral. O povo, e não somente os candidatos a vereador, estão jogando fora a cabeça podre para se salvar. Nesse caso o cabeça podre é o prefeito que o PT não conseguiu tornar palatável. Na razão inversa do presente, encaramos assustados: Valdé que sucedeu Jabes e ainda trouxe seu afilhado Newton que, tomado de amores pelo cargo, elegeu-se prefeito! Entretanto, por amor a Ilhéus, supomos, ainda assim tenta deixar no resguardo da sua poltrona de gabinete alguém de sua confiança, ao tentar eleger sua sucessora e “cumpanheira” de partido, Profª. Carmelita, fiel guardiã nas hostes do social sindicalista PT, como garantidora do seu lugar no futuro, enquanto goza merecidas férias! Dizem que o decolar é mais tranquilo e seguro quando a plataforma continua integra e preparada; pronta para novo lançamento! Olha gente; primeiro foi Valdé, o “pedinha” gente boa, um show! Depois veio aquele que nos deu de comer um feijão queimado com arroz esturrado por seis anos. Agora vamos comer esse camarão vermelho e podre? Um camarão vermelho como isca que não serve sequer para pecar bagres e baiacus? Que peixe somos nós para essas iscas? Essa é a dura realidade. Nunca me imaginei um crustáceo; tampouco supus ver crescer a cabeça com dois longos fios de bigodes sensores e um esporão perfurante! Não permitirei metamorfosearem-me para camarão. Dizem que o nordestino, antes de tudo é um forte! Que Deus é brasileiro, quiçá baiano! Que a esperança é a última que morre. Torcemos e temos esperança que o longo recesso guardado por Jabes da prefeitura de Ilhéus tenha sido proveitoso: que ele o tenha passado como os vinhos e bebidas finas, depuradas e maturadas em toneis de carvalho! Que tenha evoluído ainda mais em ideias e ideais coletivos! Que ele tenha nesse tempo recessivo, se aperfeiçoado política e administrativamente; se preparado em gestão participativa proativa; em administração de débitos e gestão de contas públicas, além de trazer sempre à mão uma radiografia de corpo inteiro do nosso município que bem conhece desde o asfalto às escadarias íngremes dos nossos morros; para com muita saúde, empenho e trabalho, fazer ressuscitar a nossa agônica Ilhéus desse calvário erosivo que quase a consumiu por inteiro. A coisa está preta! Que Deus olhe por nossa cidade e seja parceiro do nosso futuro gestor municipal. Mas que acima de tudo, nos oriente para que votemos nas próximas eleições para o bem de Ilhéus... Amem! Por Mohammad Jamal.