SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 9
Downloaden Sie, um offline zu lesen
UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A
PEDAGOGIA DA IMAGEM1
GUSTAVO Cunha de Araújo2
RESUMO
Vivemos numa época onde a imagem está assumindo um lugar de destaque e sendo tida
como grande poder sobre a cultura de nossa sociedade. Durante a história, a imagem
deixou de ser estudada, durante muito tempo. Às vezes devido ao atraso cientifico que
só algum tempo depois, foram criados instrumentos de medida para analisar imagens,
sabemos que estas são mais antigas que a própria escrita, e dizer que compreender a
imagem é de forma espontânea, rápida, é uma ilusão. Pois assim como para linguagem
escrita há um alfabeto e uma gramática que é necessário aprender, ou pelo menos, ter
conhecimento. Conceitos como leitura, alfabetismo e aprendizagem podem ser o inicio
para se analisar uma imagem. A história da educação é marcada por problemas como o
descaso na educação e a carência de documentos que comprovem os momentos e ate
mesmo o desenvolvimento da educação no Brasil. Nosso país é um país sem memórias
na história da educação. Métodos didáticos utilizados nos fins do século XIX e XX
como livros didáticos eram bastante úteis para alunos e professores, pois devido o
aparecimento da impressa, foi possível que materiais como discursos teóricos e
iconográficos fossem produzidos. É importante dizer ainda que a própria história
narrativa é essencial para buscar respostas às questões relacionadas a historia da
educação, justifica acontecimentos ocorridos há décadas atrás no que se diz respeito à
educação, ao aluno e o professor e, até mesmo, a instituição de ensino. O contexto
histórico em que a história da educação se desenvolve é fundamental para tentarmos
entender o aparecimento das imagens em cartilhas (hoje basicamente esse termo é
substituído pelo termo “livros didáticos”). Filósofos como Walter Benjamin, Gadamer e
Sartre expõem suas teorias sobre a narratividade no contexto histórico de idéia e
progresso, que são estímulos para que possamos entender o desenvolvimento da
educação no Brasil e no mundo e o surgimento de livros didáticos nas instituições. As
iconografias eram importantes meios para induzir o aluno à escrita, desde a infância
passando pelo seu desenvolvimento, ate chegar na adolescência.
INTRODUÇÃO
A presente investigação tem por base suportes históricos – sociais relacionados a fontes
orais e estudo de imagens em livros didáticos, e ao contexto histórico em que a
educação esteve presente e se desenvolveu ao longo dos anos. Mostrando resultados
parciais, procuro destacar a iconografia nos meios didáticos, onde este método é apenas
uma forma de afirmar a importância que a imagem tem com a educação, no seu sentido
metodológico e prático.
A falta de documentos que relatam as memórias da educação em geral, é um empecilho
para que estudiosos e pesquisadores obtenham informações a respeito destes materiais
didáticos. A história – oral será de grande ajuda para entender o porque das imagens
1
Este texto foi apresentado em forma de comunicação oral durante o Festival de Arte 2006 - Rotações,
promovido pela Universidade Federal de Uberlândia.
2
Graduando do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Uberlândia e bolsista PIBIC de
iniciação científica.
aparecerem pela primeira vez nos livros didáticos, seu contexto histórico, e fontes
importantes que justificassem os aparecimentos das iconografias didáticas na historia da
educação.
Sabemos que hoje em dia, os materiais didáticos (incluindo desde livros até meios mais
modernos, como os materiais didático – pedagógico visuais) constituem importantes
meios para a alfabetização, e são elementos necessários para o crescimento e
desenvolvimento do aluno.
A UTILIZAÇÃO EDUCATIVA DAS IMAGENS
1 - OBJETIVOS
Os objetivos que pretendo alcançar com esta investigação são os de analisar quais são os
papéis e funções da iconografia que marcaram as cartilha3
mais utilizadas no processo
de alfabetização no período de 1970 a 2000, em 3 cidades do triângulo Mineiro interior
de Minas Gerais, em que contexto histórico ela surgiu e quem foram os pioneiros nessa
área.
2 - O PROBLEMA E SUA JUSTIFICATIVA
A presente investigação tem por base suportes históricos e culturais, relacionados ao
contexto histórico no período de 1970 a 2000. Buscando investigar quais foram às
imagens mais utilizadas nas cartilhas mineiras para alfabetizar. Destacar a iconografia
nos meios didáticos é uma forma de afirmar a importância que esta tem como
instrumento ideológico, político, social e cultural, influenciando os alfabetizadores, nos
aspectos metodológico e prático.
A falta de documentos que registram memórias da educação em geral é sem dúvida um
dificultador para que estudiosos e pesquisadores obtenham informações a respeito
destes materiais didáticos. A história oficial foi de grande ajuda para que a pesquisa
avançasse e demarcando momentos históricos e fontes importantes que justificassem os
aparecimentos das iconografias didáticas na história da educação.
Esta investigação buscará com o auxilio da história oral descobrir em que contextos
históricos surgiram às imagens nos cartilhas e como foram utilizadas pelos
alfabetizadores do período escolhido. Sabemos que hoje em dia, os materiais didáticos
incluindo desde livros até meios mais modernos constituem importantes meios para a
alfabetização, e são elementos necessários para o crescimento e desenvolvimento do
aluno. As imagens atuais dos livros didáticos têm assumido um papel importante no
processo de alfabetização do aluno, uma vez que Freneit dentre outros estudiosos
afirmam que a escrita começa pelo desenho.
Além de a imagem ser importante meio para a aprendizagem na educação, este “recurso
visual” constitui uma boa estratégia de memória. É importante que professores e
pesquisadores atentem seus olhares para as imagens, pois elas podem ser um grande
instrumento educativo e complementar o código verbal em sala de aula, além de
procurarem nas formas de leitura, que sejam criticas e criativa.
3
Hoje em dia este termo é designado como livro didático.
A relação imagem-texto faz parte do mundo dos livros infantis, não é apenas a escrita
que se destaca, mas as imagens também. A palavra escrita complementa o sentido das
imagens e vice-versa. Essa relação pode ser muito importante para o ensino de
gramática e vocabulário, nos livros didáticos.
As imagens nos livros didáticos nos fazem pensar no despertar do desenvolvimento
psicológico da criança, no intuito de poder produzir imaginações para o seu bem estar,
constituindo um dos recursos mais importantes para o seu desenvolvimento,
despertando nesta, o interesse e a curiosidade. É importante ainda dizer, que por serem
“pequenos leitores”, a união entre imagem – texto pode completar na criança o sentido
de compreensão, pois são dois elementos textuais expressivos, sem falar que esta união
pode alfabetizar a criança que ainda não sabe ler nem escrever. Seria, então, um método
prático de aprendizagem.
Estas “mensagens visuais”, dos materiais didáticos por sofrerem influência da história
social, trazem para si, ao longo dos anos a responsabilidade de detalhes e explicações
sobre a metodologia de aula.
A imagem pedagógica (...) se destina a implicar o destinatário:
incitar e persuadir são muitas vezes o objetivo dos professores
ao usarem imagens nas suas aulas; concomitante a motivação
está à mobilização da afetividade do aluno (...). As funções
poética e expressiva da linguagem visual ajudariam a levar a
cabo essa mobilização. (CALADO, c1994, P. 121)
Se as formas de comunicação visual constituem uma linguagem, deve-se passar do
campo da intuição e da realização pessoal, para o campo de uma estruturação de uma
gramática de formas, que se torne possível à determinação possível de códigos visuais,
isso pode fazer com que a gramática visual se torne tão importante no texto
pedagógico, pois as imagens na sala de aula não devem ter um processo de
alfabetização visual gratuito, sem valor, é necessário conhecer seus componentes
sintáticos e semânticos, que por sua vez, são dois elementos que tratam a gramática
visual, estabelecendo relações entre fundo e forma, linhas e massa, escalas e proporções
entre os elementos de composição da imagem.
Ter conhecimento e aprender as técnicas artísticas não é um conhecimento apenas de
um artista plástico. Professor e aluno também podem ter esse conhecimento. O docente
ao trabalhar com o mecanismo da percepção e com a linguagem visual, tem a
possibilidade de utilizar as sensações visuais do aluno, de maneira a atingir os objetivos
pedagógicos. A técnica visual seria então, uma espécie de estratégia visual.
Deve-se levar em conta, que se preocuparmos com os dez elementos básicos da
linguagem visual artística (ponto, linha, cor, tonalidade, contorno, direção, textura,
escala, dimensão e movimento), poderemos encontrar elementos expressivos e técnicas
que podem nos permitir construir ou escolher imagens significativas, levando em
conta que as imagens enquanto elementos simbólicos são ricas em níveis de
significação. Poderíamos pensar nas possibilidades de leituras de imagens, de acordo
com Roland Barthes (1964) quando ele distingue nas imagens os níveis de denotação,
no que diz respeito à leitura:
• Imagem conotativa - possibilita diferentes leituras é uma imagem simbólica,
codificada.
• Imagem denotativa - possibilita uma leitura informacional, é uma imagem literal
não codificada.
A importância das imagens na percepção é de conhecimento dos acadêmicos, pois
existem nestas imagens, elementos que as classificam como sendo imagens didáticas,
como linhas, pontos, composição, por exemplo.
Um fato importante que pode ser apontado como sendo um os motivos para a ausência
de arquivos memoriais da história da educação no Brasil são a negligência, o descaso e
a deficiência qualitativa na guarda de materiais. Algumas pessoas colaboram para a
insuficiência de arquivos, cometendo tais erros, devido à falta de treinamento ou
desconhecimento e metodologia, fazendo com que tais arquivos sejam perdidos e as
memórias da educação nunca reveladas. O que é importante dizer, é que não é suficiente
simplesmente guardar esses documentos, é necessário interagi-los com as pessoas,
socializando a educação. Como meio de socialização, a Internet seria um bom exemplo.
Livros didáticos podem ter sido “perdidos” também. Pois eram tidos como muito
importantes no período do regime militar e, até mesmo, na Era Vargas, através das
políticas públicas para a leitura criada na época, que ficaram mais evidentes nesta
época, e por estarem contidos em períodos bastante conturbados, principalmente da luta
pela democracia.
A grande preocupação do Brasil nesta época foi com os livros didáticos da literatura
infantil. Como o país estava passando por uma modernização, a “necessidade cada vez
mais de mão-de-obra escolarizada fazia com que essas políticas fossem prioridades”.
(Capuchinho, 2005, USP on line). Mesmo os livros didáticos serem grande porcentagem
de publicações e de divulgações no mercado editorial, não se originaram de políticas
publicas. Pois as mesmas editoras que produziam livros didáticos, por exemplo, na
maioria das vezes, são as mesmas que fazem a produção do material didático adquirido
pelo governo. Na década de 30, surgiu a cartilha “Caminho Suave”, que alfabetizava
crianças de todo o Brasil, não importando se a criança era “pobre” ou “rica”, atingia
todos os níveis, da infância até a adolescência. É importante mencionar que era período
“Era Vargas”.
No início do ano de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva promulgou uma lei que
aumenta em um ano, o ensino fundamental no Brasil. Por conta disso, os parâmetros
curriculares nacionais serão revisados e o método construtivista em relação ao método
fônico está sendo muito discutido. Este método fônico implica no uso de cartilha e o
ensino da língua ocorre por meio do treino de fonemas e sílabas correlacionados, é
considerado no meio acadêmico um método inadequado para os brasileiros, não só por
privilegiar a repetição, mas pela forma como foi concebido. Este método foi substituído
pela proposta de ensino construtivista social, onde as crianças experimentam a língua
primeiramente como um elemento do seu dia a dia, por meio de leitura e histórias
contadas. Para melhorar a educação infantil através da proposta construtivista, a criança,
por exemplo, necessitaria de espaços com acervos de livros, materiais didáticos, jogos
de construção, materiais envolvendo artes, dentre outros. Como, devido à inclusão mais
cedo da criança no ensino fundamental, ela ainda não sabe ler nem escrever, precisaria
chegar a escrita através dos desenhos (livros didáticos) até conseguir chegar a
linguagem escrita. Também é de suma importância que o alfabetizado converse com a
criança para que ela explique o significado do seu desenho.
Nos anos 90, foi colocada em discussão sobre o conceito de tempo histórico nos
parâmetros curriculares nacional, onde professores passaram a ter contato (maioria pela
primeira vez) com noções de tempo de curta, media e longa duração. Tais discussões
chegaram às escolas de maneira precária e simples, contribuindo para uma superação da
história linear conceptiva.
(...) o questionamento a um modelo interpretativo que se assenta
na representação de um tempo único, continuo, eurocentrico, e
evolutivo/progressista, cada vez mais presente na literatura
atinente ao ensino de historia, nas propostas curriculares e em
discussões diversas envolvendo profissionais da área, não
deixam de evidenciar uma problematização, nos dias atuais, das
noções de tempo associadas a uma concepção de historia linear
e a concepção de progresso. (Turini, 2004, p. 96).
Essa representação do tempo histórico se projeta a partir da idéia de um “tempo único”
e igual para todas as sociedades, realidades, processos e culturas, na perspectiva de uma
“historia universal”. O tempo histórico não considera os tempos múltiplos aos diferentes
ritmos, como afirmam vários historiadores. Entretanto, a representação de um “tempo
contínuo” por determinar relações de passado e presente busca, no primeiro as origens
do segundo, para explicá-lo mais tarde e torná-lo legitimo.
Outro fator que pode ser analisado é o tempo da historia identificado como “evolutivo”,
onde a humanidade é vista de tal forma que esta evolui para um fim “superior”, de
modo que o passado possa ser visto como “inferior”, atrasado. Segundo o francês
Jacques Le Goff: (...) a idéia de progresso, sobretudo a partir de meados do século XX,
foi colocada em xeque em função dos fracassos do marxismo, dos horrores do fascismo
e do nazismo, das destruições da guerra, da bomba atômica e da descoberta de culturas
do ocidente (...) (p.98).
Este pensamento de Le Goff nos faz pensar o tempo histórico como sendo criativo e
implicado nas fontes históricas.
A “imagem” ilustrada que temos da humanidade, de acordo com as questões já
discutidas, está bastante interiorizada. Talvez seja pelo fato de elas serem feitas
historicamente. Não é suficiente propor uma superação conceptiva e evolutiva na
história no ensino. Antes, é necessário desnaturalizar essa idéia de progresso, de
evolução continua e inexorável. Um exemplo que se pode citar para podermos pensar
esta questão é das “comemorações dos 500 anos do Brasil”, onde todo o dia,
propagandas eram mostradas nas televisões com assuntos que falavam sobre a vinda dos
portugueses ao Brasil, desde 1500 até hoje: um país globalizado. Por mais que os
professores e alunos ouçam as noticias dos acontecimentos dos “500 anos”, faz com que
a descoberta dos portugueses tenha sido um fato preponderante para que o nosso país
“entrasse” num mundo civilizado. Nos parece irônico ouvir isto, mas este assunto nos
remete a uma longa discussão histórica que não vem a ser viável neste momento.
As “mensagens visuais”, portanto, não são suficientes para se chegar à conclusão sobre
a existência ou o predomínio de uma concepção histórica baseada na idéia de progresso.
É importante ainda mencionar, o efeito que as imagens “canônicas” no ensino de
historia trazem para a vida social e intelectual do homem. Um exemplo de imagem
canônica é a que estabelece a convergência entre as noções de progresso e evolução. A
partir desta imagem canônica, percebemos que a idéia de evolução, e de progresso são,
interligados um, com outro, de maneira sempre avançada.
Diferentes iconografias encontradas em livros didáticos reforçam essa idéia: a fase
superada é sempre inferior, atrasada em relação à próxima que vem seqüencialmente.
Através dessa perspectiva, é que o filosofo alemão Benjamim trouxe possibilidades
importantes para podermos refletir novamente a idéia de progresso continuo, o que
implica a superação linear historicista. Essa concepção linear de historia baseia-se
através dos séculos e na confiança sem limites da razão humana (relacionadas ao
iluminismo), que é o campo produtivo para que a idéia de progresso se desenvolva. Não
devemos esquecer a importância de invenções como a imprensa, o cartesianismo de
Galileu, e que estas talvez, teriam sido o inicio para que as imagens aparecessem em
folhetos de publicações e em materiais didáticos da época, entre outros.
Benjamin afirma existir duas maneiras de escrever a história, apoiada na concepção de
tempo. A primeira seria a historiografia progressista, baseada na social-democracia
alemã na república de Weimar, a idéia de um progresso inevitável; e a historiografia
burguesa, historicismo que veio da tradição acadêmica de Ranke e Dilthey: reviver o
passado através da identificação afetiva do historiador com seu objeto.
O problema da idéia de progresso na visão de Benjamin contribui para a invenção de
possibilidades novas para conviver em grupo. Em suma, o que quero dizer a respeito
das criticas que Benjamin fez da concepção linear e progressista da historia é, que
segundo ele, se o processo da ciência e da tecnologia são formas de “modernizarem” ou
resolverem a situação de desconforto e desanimo da sociedade, num contexto histórico,
porque então ainda existem a fome, a miséria e o descaso com a educação? Talvez,
penso eu, seria o fato da historia ser tratada como um objeto não concreto, implicando
em sujeitos não concretos. Uma reflexão muito importante que se pode extrair a respeito
das afirmações de Benjamin, é que este reafirma como é importante buscar no passado,
interpretações que expliquem o presente.
No final do século XIX, começava a ser publicado no Brasil um tipo de impresso que
abordava temas sobre a educação, era o manual pedagógico. Este manual expunha
saberes para a formação docente. Se relacionarmos a questão Brasil – Portugal, por
exemplo, por estes serem semelhantes no aspecto de manuais pedagógicos, poderemos
tentar explicar como o modelo de escola e de professor pode ter sido assimilado por
meio de leituras, imagens e citações de outros conhecimentos.
O livro didático estabelece uma identidade do professor com o aluno, ou deste com
aquele. Através da analise do discurso, o livro didático mantém o docente a ocupar uma
posição subjetiva e ideológica como sendo uma pessoa sensível a argumentos. Esse
material, através das imagens nele contidas, resgata o conhecimento e prepara o aluno
para o desenvolvimento da leitura.
Os prefácios nos livros também são muito importantes para a comunicação do aluno
com o tema que o livro irá propor. Relacionam com o sujeito – professor no sentido
interlocutivo, constituindo para este, uma posição subjetiva. É como afirma Grigoletto
“(...) os procedimentos e suas razões, suas finalidades e os resultados propostos pelo
livro didático revestem-se de um caráter final e definitivo”. (2003 p. 78).
4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:
A abordagem escolhida para este estudo é a história oral narrada por alfabetizadores
inter-relacionada com a fonte iconográfica. A opção por trabalhar com esta
metodologia, se resume no fato das iconografias encontradas nos livros didáticos serem
importante objeto de estudo e, de serem imagens, a investigação seria válida com o
método oral.
Seria então, uma pesquisa propriamente histórica, como método de investigação para
determinar problemas e questões que necessitam de uma abordagem histórica -
sociológica, como, por exemplo, abordar em que contexto histórico e quais condições as
imagens encontradas nos livros didáticos surgiram pela primeira vez, ou se pelo menos,
apontar acontecimentos históricos que poderão favorecer e, até mesmo, explicar o
porque deste surgimento e a relação imagens com o aluno e o professor.
É claro, que as instituições de ensino e a narrativa assumirão um papel importante nessa
investigação sem contar com os documentos, arquivos e memórias, também têm seus
fundamentos visto que são fontes para história da educação.
Com o auxílio das referências bibliográficas, pesquisadas, foi possível descobrir
inicialmente um acervo rico que pode nos possibilitar produzir interpretações, explicar
os diversos momentos em que a educação foi desenvolvida. Sabe-se que esta, no nosso
país, possui memórias um tanto ‘esquecidas’, e, que a bibliografia consultada, foi de
grande apoio para que este projeto tomasse corpo e caminhasse.
A importância das narrativas é necessária para que a investigação ganhe análises e
reflexões, é como buscar no passado, interpretações que expliquem o presente. Foi esta
a base traçada para que esta proposta de investigação pudesse ser viabilizada.
Tentar contar a história da educação no Brasil é um modo de resgatar e tentar re-
interpretar a história do nosso país. A própria sociedade brasileira não preserva objetos
que explicam seu passado, é dizer um passado sem memória. Ta aí, a dificuldade de
tentar explicar tal história. Países da Europa como França e Portugal guardam
documentos e arquivos que comprovam a história da educação nestes respectivos países
há muito tempo. Nas cidades brasileiras se vê um contraste: cidades do interior não
guardam documentos e arquivos, como cadernos de freqüência escolar e de tarefas, por
exemplo, que são as principais fontes para pesquisar a história da educação no Brasil.
A Narratividade é marcada historicamente por três filósofos contemporâneos: Gardner,
Sartre e Mcintyre. Primeiramente, Gardner discute o termo compreensão como sendo
um caso particular encontrado na biografia. Segundo ele, “vivenciar” seria “estar vivo
quando algo acontece”. Isto afirma o se já se ouviu ultimamente: o vivenciado é sempre
o que nós vivenciamos, mas um viver carregado de significado. Afirma Gardner, ainda,
que a biografia reduzida não se aplica ao método histórico pessoal.
Sartre, por estudar e pesquisar bastante sobre a “existência”, a teoria que escreveu sobre
a narrativa faz com que este termo não aproxime do conceito não-metafísico existencial
do indivíduo. Para Sartre, a narratividade é o resultado da decisão existencial de fazer
algo daquele que fizeram de mim, nos relacionamentos vivenciais.
O filósofo Mcintyre fez uma reflexão sobre a Narratividade refletindo sobre a ética das
virtudes, sugerindo elucidar uma simetria estrutural da narrativa, querendo mostrar que
a Narratividade (gênero) desfila mostrando as ações que acontecem no tempo. Com
relação a estas questões, pode-se dizer então que “o argumento ético narrativo de que
deveríamos levar uma vida digna de ser contada pode ter uma utilização repressiva
(...), perde-se a perspectiva da vida que se quer levar, para se preocupar com a
distinção do que incluir ou excluir de uma serie de evento já vivido”. (Borges, 2002, p.
95).
O conceito de “vivência” se torna especial, pois passa a constituir importantes
conteúdos significantes de lembrança. Depois de termos uma compreensão da
Narratividade, através de três importantes filósofos contemporâneos, podemos fazer
correlações à cerca da subjetividade social. Atualmente, cada escola possui um sistema
de funcionamento diferente, e isto pode estar relacionado à subjetividade social da
instituição. Melhor seria entender o que seria subjetividade, num contexto
“contextualizado” no que diz respeito ao funcionamento das escolas. Seguindo este
parâmetro, subjetividade seria um termo que designa o mundo interior, particular de um
indivíduo, mas também o seu meio social, pois a subjetividade individual se relaciona
com a subjetividade social. O que é também importante dizer, é que a subjetividade
nasce na historia e que ela é uma manifestação cultural. É dizer, que se prestarmos
atenção na subjetividade, esta implicaria em afirmar que a cultura e a história são
lugares e matérias-primas da constituição dos homens e de artefatos produzidos por
eles. Força, ainda, a fazer-nos pensar que o acesso à cultura e a história são realizados
através dos sujeitos, dos grupos, subjetivando as influencias recebidas. É por isso que se
pode considerar a subjetividade individual como meio de socialização do indivíduo.
A subjetividade social não pode compreender a escola sem considerar sua inclusão no
contexto social-histórico e seu funcionamento. Vários determinantes se relacionam com
o processo de constituição da subjetividade no âmbito da instituição de ensino. Dentre
deles, podemos destacar as dificuldades que uma escola passa, como por exemplo, a
falta de integração no trabalho dos professores, alunos sem interesse para estudar,
evasão escolar, entre outros. Perceber a escola como uma instituição e entender as
relações existentes pessoais no interior dela em forma de estrutura, pode compreendida
se fundamentadas no conceito da subjetividade social.
Esta investigação tem como problema analisar as imagens das cartilhas, e estas por sua
vez estão inseridas na história da educação do nosso país, não poderia deixar de
mencionar a importância que a história social e a narrativa terá para a realização desta
investigação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Marina. Políticas Públicas Para Leitura Foram Mais Eficazes Nos
Períodos Autoritários da História do Brasil. 2006, Disponível em
www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Janeiro de 2006.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Psicologia da Visão Criadora. São
Paulo: Pioneira Edusp, 1980.
BARCELOS, Tânia Maria. Subjetividade: Inquietações Contemporâneas. Educação e
Filosofia: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, V.16, N.º 32, 2002, p. 149-160.
BARTHES, Roland. In: A Utilização Educativa Das Imagens. Isabel Calado. Porto:
Porto, c1994. p. 59-60.
BORGES, Bento Itamar. Ética e Narratividade. Educação e Filosofia: Universidade
Federal de Uberlândia. Edufu, V.16, Nº 32, 2002, p. 85-96.
BORGES, Marana. Brasil não Preserva Memória na Educação. 2005, Disponível em
www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Junho de 2005.
CALADO, Isabel. A Utilização Educativa Das Imagens. Porto: Porto, c1994.
CAPUCHINHO, Cristiane. O Problema da Alfabetização Não Está no Método, Está na
Falta de Estrutura das Escolas. 2006, Disponível em
www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Fevereiro de 2006.
CUNHA, Myrtes Dias. Algumas Questões Sobre a Subjetividade Social no Processo de
Construção de Professores: O Coletivo da Escola. Educação e Filosofia: Universidade
Federal de Uberlândia. Edufu, V.18, N.º 35/36, 2004, p. 13-34.
ECO, Umberto. O Signo. Lisboa: Presença. 1985.
GRIGOLETTO, Marisa. Documentos de Identidade: A Construção da Posição “Sujeito
Professor” nos Livros Didáticos de Inglês. Letras e Letras: Universidade Federal de
Uberlândia. Edufu, 2003, p 75-88.
GONZALEZ REY, Fernando. Sujeito e Subjetividade: Uma Aproximação Histórico –
Cultural. Tradução de Raquel Sousa Lobo Guzzo. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2003.
JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Tradução de Marina Appenzeller.
Campinas, SP: Papirus, 1996.
PORTELLI, Alessandro. (coord.). República dos Sciuscià: A Roma do Pós – Guerra na
Memória dos Meninos de Dom Bosco. São Paulo: Salesiana, 2004.
SANTOS, Sônia Maria Dos. Histórias de Alfabetizadoras Brasileiras: entre Saberes e
Práticas. São Paulo: Universidade católica de São Paulo, 2001. Tese (Doutorado em
Educação) – Universidade Católica de São Paulo, 2001.
SILVA, Vivian Batista da. Leituras Para Professores: Apropriação e Construção de
Saberes dos Manuais Pedagógicos Brasileiros Escritos Pelos Católicos (1870-1971).
Cadernos da Educação: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, 2003, p. 51-58.
TURINI, Leide Alvarenga. A Crítica da História Linear e a Idéia de Progresso: Um
Diálogo com Walter Benjamin e Edward Thompson. Educação e Filosofia:
Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, 2004, p. 93-126.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Cirene Sousa E Silva
Cirene Sousa E SilvaCirene Sousa E Silva
Cirene Sousa E Silvawaleri
 
Trabalho charge simposio geografia - uespi 2014 - dez
Trabalho charge   simposio geografia - uespi 2014 - dezTrabalho charge   simposio geografia - uespi 2014 - dez
Trabalho charge simposio geografia - uespi 2014 - dezAndré Alencar
 
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaA mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaRaquel Salcedo Gomes
 
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...Tissiane Gomes
 
A descoberta da_escrita
A descoberta da_escritaA descoberta da_escrita
A descoberta da_escritaBruna Lopes
 
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...Tissiane Gomes
 
Aprendendo com imagens
Aprendendo com imagensAprendendo com imagens
Aprendendo com imagenspibidbio
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anotecnicossme
 
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...Tissiane Gomes
 
Pnaic unidade 6 sintese
Pnaic unidade 6   sintesePnaic unidade 6   sintese
Pnaic unidade 6 sintesetlfleite
 
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICO
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS  NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICOPRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS  NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICO
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICOgepoteriko
 
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦órica
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦óricaAlfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦órica
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦óricaJu Dias
 
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernosPnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernostlfleite
 
Literacia da informação - parte 5
Literacia da informação - parte 5Literacia da informação - parte 5
Literacia da informação - parte 5Manuela Silva
 
SIDIII 1º versão artigo daniel basílio
SIDIII 1º versão artigo daniel basílioSIDIII 1º versão artigo daniel basílio
SIDIII 1º versão artigo daniel basílioMaria Joao Loureiro
 

Was ist angesagt? (20)

Cirene Sousa E Silva
Cirene Sousa E SilvaCirene Sousa E Silva
Cirene Sousa E Silva
 
Trabalho charge simposio geografia - uespi 2014 - dez
Trabalho charge   simposio geografia - uespi 2014 - dezTrabalho charge   simposio geografia - uespi 2014 - dez
Trabalho charge simposio geografia - uespi 2014 - dez
 
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaA mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
 
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
ARTIGO – PRODUÇÃO DE CHARGE NA AULA DE HISTÓRIA: POSICIONANDO-SE CRITICAMENTE...
 
A descoberta da_escrita
A descoberta da_escritaA descoberta da_escrita
A descoberta da_escrita
 
Descoberta da escrita 1
Descoberta da escrita 1Descoberta da escrita 1
Descoberta da escrita 1
 
A descoberta da_escrita
A descoberta da_escritaA descoberta da_escrita
A descoberta da_escrita
 
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
ARTIGO – CONSTRUÇÃO DE TIRINHA NA AULA DE HISTÓRIA: OPORTUNIZANDO-SE O APREND...
 
Aprendendo com imagens
Aprendendo com imagensAprendendo com imagens
Aprendendo com imagens
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
 
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
ARTIGO – PRÁTICAS DE LETRAMENTO NAS AULAS DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA SEU...
 
Slides 04-05
Slides  04-05Slides  04-05
Slides 04-05
 
Pnaic unidade 6 sintese
Pnaic unidade 6   sintesePnaic unidade 6   sintese
Pnaic unidade 6 sintese
 
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICO
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS  NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICOPRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS  NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICO
PRODUÇÃO DE SÍNTESES, RESUMOS E RESENHAS NO CONTEXTO ESCOLAR E ACADÊMICO
 
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦órica
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦óricaAlfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦órica
Alfabetiza€ ¦ção psicogen€ ¦ética e socio hist€ ¦órica
 
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernosPnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
 
Anny alessandra
Anny alessandraAnny alessandra
Anny alessandra
 
Literacia da informação - parte 5
Literacia da informação - parte 5Literacia da informação - parte 5
Literacia da informação - parte 5
 
SIDIII 1º versão artigo daniel basílio
SIDIII 1º versão artigo daniel basílioSIDIII 1º versão artigo daniel basílio
SIDIII 1º versão artigo daniel basílio
 
Maria claudionora
Maria claudionoraMaria claudionora
Maria claudionora
 

Ähnlich wie UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM / A LOOK ON THE ICONOGRAPHY IN EDUCATIONAL CONTEXT: PEDAGOGY IMAGE

TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015
TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015
TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015DafianaCarlos
 
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli Andréia De Bernardi
 
Etapas do desenho infantil.pdf
Etapas do desenho infantil.pdfEtapas do desenho infantil.pdf
Etapas do desenho infantil.pdfElaineRomo5
 
desenho infantil.pdf
desenho infantil.pdfdesenho infantil.pdf
desenho infantil.pdfElaineRomo5
 
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...Gustavo Araújo
 
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...Gustavo Araújo
 
Linguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrLinguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrenzzomarques
 
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...sula31
 
Matemática e hist´rias em quadrinhos
Matemática e hist´rias em quadrinhosMatemática e hist´rias em quadrinhos
Matemática e hist´rias em quadrinhosMarcos Moreira Peixoto
 
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae Barbosa
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae BarbosaEnsino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae Barbosa
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae BarbosaMariana Brandão
 
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...Gustavo Araújo
 
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...Gustavo Araújo
 
2) Introdução.
2) Introdução. 2) Introdução.
2) Introdução. Unicesumar
 

Ähnlich wie UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM / A LOOK ON THE ICONOGRAPHY IN EDUCATIONAL CONTEXT: PEDAGOGY IMAGE (20)

TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015
TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015
TRABALHOS APROVADOS PARA O VEEV 2015
 
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli
Fotografia e Educação - Jefferson Fernandes Alves et alli
 
Etapas do desenho infantil.pdf
Etapas do desenho infantil.pdfEtapas do desenho infantil.pdf
Etapas do desenho infantil.pdf
 
desenho infantil.pdf
desenho infantil.pdfdesenho infantil.pdf
desenho infantil.pdf
 
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...
HISTÓRIA, MEMÓRIA E ICONOGRAFIA NAS CARTILHAS DE ALFABETIZAÇÃO / HISTORY , ME...
 
Alfabetização visual
Alfabetização visualAlfabetização visual
Alfabetização visual
 
Artigo em aberto
Artigo em abertoArtigo em aberto
Artigo em aberto
 
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...
LEITURA DE IMAGENS E ALFABETISMO VISUAL: REVENDO ALGUNS CONCEITOS / READING I...
 
Imagens que contam
Imagens que contamImagens que contam
Imagens que contam
 
Linguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogrLinguagem visual na_histpriogr
Linguagem visual na_histpriogr
 
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...
O papel do ensino artístico no desenvolvimento dos alunos do ensino fundament...
 
Matemática e hist´rias em quadrinhos
Matemática e hist´rias em quadrinhosMatemática e hist´rias em quadrinhos
Matemática e hist´rias em quadrinhos
 
A Sétima Arte na Sala de Aula
A Sétima Arte na Sala de AulaA Sétima Arte na Sala de Aula
A Sétima Arte na Sala de Aula
 
2011 jla28
2011 jla282011 jla28
2011 jla28
 
Pd
PdPd
Pd
 
M2a
M2aM2a
M2a
 
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae Barbosa
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae BarbosaEnsino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae Barbosa
Ensino das Artes Visuais no Brasil - Ana Mae Barbosa
 
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...
CRIAÇÃO E TÉCNICA: AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA ...
 
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...
Criação e técnica as histórias em quadrinhos como recurso metodologico para o...
 
2) Introdução.
2) Introdução. 2) Introdução.
2) Introdução.
 

Mehr von Gustavo Araújo

Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...
Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...
Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...Gustavo Araújo
 
Apinay art a case study in a brazilian indigenous school
Apinay art a case study in a brazilian indigenous schoolApinay art a case study in a brazilian indigenous school
Apinay art a case study in a brazilian indigenous schoolGustavo Araújo
 
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...Gustavo Araújo
 
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaEnsino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaGustavo Araújo
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINSPRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINSGustavo Araújo
 
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão Epistemológica
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão EpistemológicaArte e Estética na Educação: uma Dimensão Epistemológica
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão EpistemológicaGustavo Araújo
 
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...Gustavo Araújo
 
Brazil's environment calls for help!
Brazil's environment calls for help!Brazil's environment calls for help!
Brazil's environment calls for help!Gustavo Araújo
 
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASILUSO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASILGustavo Araújo
 
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...Gustavo Araújo
 
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...Gustavo Araújo
 
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...Gustavo Araújo
 
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...Gustavo Araújo
 
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...Gustavo Araújo
 
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...Gustavo Araújo
 
The aesthetic literacy in the youth and adult education
The aesthetic literacy in the youth and adult educationThe aesthetic literacy in the youth and adult education
The aesthetic literacy in the youth and adult educationGustavo Araújo
 
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...Gustavo Araújo
 
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidade
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidadePesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidade
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidadeGustavo Araújo
 
Livro Educação do Campo, Artes e Formação Docente
Livro Educação do Campo, Artes e Formação DocenteLivro Educação do Campo, Artes e Formação Docente
Livro Educação do Campo, Artes e Formação DocenteGustavo Araújo
 
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...Gustavo Araújo
 

Mehr von Gustavo Araújo (20)

Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...
Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...
Education in Brazil between 1930 and 1985: Prioritizing Quantity over Quality...
 
Apinay art a case study in a brazilian indigenous school
Apinay art a case study in a brazilian indigenous schoolApinay art a case study in a brazilian indigenous school
Apinay art a case study in a brazilian indigenous school
 
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...
PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE UMA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO COM HABILIT...
 
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográficaEnsino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
Ensino Desenvolvimental em diálogo com a EJA: uma revisão bibliográfica
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINSPRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM ARTES NO CONTEXTO RURAL E URBANO EM TOCANTINS
 
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão Epistemológica
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão EpistemológicaArte e Estética na Educação: uma Dimensão Epistemológica
Arte e Estética na Educação: uma Dimensão Epistemológica
 
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...
A formação acadêmica de egressos jovens e adultos camponeses: um estudo explo...
 
Brazil's environment calls for help!
Brazil's environment calls for help!Brazil's environment calls for help!
Brazil's environment calls for help!
 
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASILUSO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
USO DE IMAGENS NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
 
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...
Arte, currículo e formação de professores: o ensino de arte nos documentos of...
 
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...
Ensino e aprendizagem em arte por meio das histórias em quadrinhos: análise d...
 
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...
A formação do professor de Arte em Tocantins: velhos desafios e problemas na ...
 
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...
O ESTÁGIO EM ARTE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO NA LICENCIATURA EM ...
 
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...
Da teoria à prática: o Estágio Curricular Supervisionado no curso de licencia...
 
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...
What is being a teacher in the countryside? Conceptions of Brazilian peasant ...
 
The aesthetic literacy in the youth and adult education
The aesthetic literacy in the youth and adult educationThe aesthetic literacy in the youth and adult education
The aesthetic literacy in the youth and adult education
 
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...
EXPLORATION OF THE LEVEL OF KNOWLEDGE ON ORGANIC AND FOOD SECURITY OF ADOLESC...
 
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidade
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidadePesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidade
Pesquisa em Educação do Campo: produção de conhecimento na diversidade
 
Livro Educação do Campo, Artes e Formação Docente
Livro Educação do Campo, Artes e Formação DocenteLivro Educação do Campo, Artes e Formação Docente
Livro Educação do Campo, Artes e Formação Docente
 
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...
The teaching of art in adult education: an analysis from the experience in Cu...
 

Kürzlich hochgeladen

Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 

UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM / A LOOK ON THE ICONOGRAPHY IN EDUCATIONAL CONTEXT: PEDAGOGY IMAGE

  • 1. UM OLHAR SOBRE A ICONOGRAFIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: A PEDAGOGIA DA IMAGEM1 GUSTAVO Cunha de Araújo2 RESUMO Vivemos numa época onde a imagem está assumindo um lugar de destaque e sendo tida como grande poder sobre a cultura de nossa sociedade. Durante a história, a imagem deixou de ser estudada, durante muito tempo. Às vezes devido ao atraso cientifico que só algum tempo depois, foram criados instrumentos de medida para analisar imagens, sabemos que estas são mais antigas que a própria escrita, e dizer que compreender a imagem é de forma espontânea, rápida, é uma ilusão. Pois assim como para linguagem escrita há um alfabeto e uma gramática que é necessário aprender, ou pelo menos, ter conhecimento. Conceitos como leitura, alfabetismo e aprendizagem podem ser o inicio para se analisar uma imagem. A história da educação é marcada por problemas como o descaso na educação e a carência de documentos que comprovem os momentos e ate mesmo o desenvolvimento da educação no Brasil. Nosso país é um país sem memórias na história da educação. Métodos didáticos utilizados nos fins do século XIX e XX como livros didáticos eram bastante úteis para alunos e professores, pois devido o aparecimento da impressa, foi possível que materiais como discursos teóricos e iconográficos fossem produzidos. É importante dizer ainda que a própria história narrativa é essencial para buscar respostas às questões relacionadas a historia da educação, justifica acontecimentos ocorridos há décadas atrás no que se diz respeito à educação, ao aluno e o professor e, até mesmo, a instituição de ensino. O contexto histórico em que a história da educação se desenvolve é fundamental para tentarmos entender o aparecimento das imagens em cartilhas (hoje basicamente esse termo é substituído pelo termo “livros didáticos”). Filósofos como Walter Benjamin, Gadamer e Sartre expõem suas teorias sobre a narratividade no contexto histórico de idéia e progresso, que são estímulos para que possamos entender o desenvolvimento da educação no Brasil e no mundo e o surgimento de livros didáticos nas instituições. As iconografias eram importantes meios para induzir o aluno à escrita, desde a infância passando pelo seu desenvolvimento, ate chegar na adolescência. INTRODUÇÃO A presente investigação tem por base suportes históricos – sociais relacionados a fontes orais e estudo de imagens em livros didáticos, e ao contexto histórico em que a educação esteve presente e se desenvolveu ao longo dos anos. Mostrando resultados parciais, procuro destacar a iconografia nos meios didáticos, onde este método é apenas uma forma de afirmar a importância que a imagem tem com a educação, no seu sentido metodológico e prático. A falta de documentos que relatam as memórias da educação em geral, é um empecilho para que estudiosos e pesquisadores obtenham informações a respeito destes materiais didáticos. A história – oral será de grande ajuda para entender o porque das imagens 1 Este texto foi apresentado em forma de comunicação oral durante o Festival de Arte 2006 - Rotações, promovido pela Universidade Federal de Uberlândia. 2 Graduando do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Uberlândia e bolsista PIBIC de iniciação científica.
  • 2. aparecerem pela primeira vez nos livros didáticos, seu contexto histórico, e fontes importantes que justificassem os aparecimentos das iconografias didáticas na historia da educação. Sabemos que hoje em dia, os materiais didáticos (incluindo desde livros até meios mais modernos, como os materiais didático – pedagógico visuais) constituem importantes meios para a alfabetização, e são elementos necessários para o crescimento e desenvolvimento do aluno. A UTILIZAÇÃO EDUCATIVA DAS IMAGENS 1 - OBJETIVOS Os objetivos que pretendo alcançar com esta investigação são os de analisar quais são os papéis e funções da iconografia que marcaram as cartilha3 mais utilizadas no processo de alfabetização no período de 1970 a 2000, em 3 cidades do triângulo Mineiro interior de Minas Gerais, em que contexto histórico ela surgiu e quem foram os pioneiros nessa área. 2 - O PROBLEMA E SUA JUSTIFICATIVA A presente investigação tem por base suportes históricos e culturais, relacionados ao contexto histórico no período de 1970 a 2000. Buscando investigar quais foram às imagens mais utilizadas nas cartilhas mineiras para alfabetizar. Destacar a iconografia nos meios didáticos é uma forma de afirmar a importância que esta tem como instrumento ideológico, político, social e cultural, influenciando os alfabetizadores, nos aspectos metodológico e prático. A falta de documentos que registram memórias da educação em geral é sem dúvida um dificultador para que estudiosos e pesquisadores obtenham informações a respeito destes materiais didáticos. A história oficial foi de grande ajuda para que a pesquisa avançasse e demarcando momentos históricos e fontes importantes que justificassem os aparecimentos das iconografias didáticas na história da educação. Esta investigação buscará com o auxilio da história oral descobrir em que contextos históricos surgiram às imagens nos cartilhas e como foram utilizadas pelos alfabetizadores do período escolhido. Sabemos que hoje em dia, os materiais didáticos incluindo desde livros até meios mais modernos constituem importantes meios para a alfabetização, e são elementos necessários para o crescimento e desenvolvimento do aluno. As imagens atuais dos livros didáticos têm assumido um papel importante no processo de alfabetização do aluno, uma vez que Freneit dentre outros estudiosos afirmam que a escrita começa pelo desenho. Além de a imagem ser importante meio para a aprendizagem na educação, este “recurso visual” constitui uma boa estratégia de memória. É importante que professores e pesquisadores atentem seus olhares para as imagens, pois elas podem ser um grande instrumento educativo e complementar o código verbal em sala de aula, além de procurarem nas formas de leitura, que sejam criticas e criativa. 3 Hoje em dia este termo é designado como livro didático.
  • 3. A relação imagem-texto faz parte do mundo dos livros infantis, não é apenas a escrita que se destaca, mas as imagens também. A palavra escrita complementa o sentido das imagens e vice-versa. Essa relação pode ser muito importante para o ensino de gramática e vocabulário, nos livros didáticos. As imagens nos livros didáticos nos fazem pensar no despertar do desenvolvimento psicológico da criança, no intuito de poder produzir imaginações para o seu bem estar, constituindo um dos recursos mais importantes para o seu desenvolvimento, despertando nesta, o interesse e a curiosidade. É importante ainda dizer, que por serem “pequenos leitores”, a união entre imagem – texto pode completar na criança o sentido de compreensão, pois são dois elementos textuais expressivos, sem falar que esta união pode alfabetizar a criança que ainda não sabe ler nem escrever. Seria, então, um método prático de aprendizagem. Estas “mensagens visuais”, dos materiais didáticos por sofrerem influência da história social, trazem para si, ao longo dos anos a responsabilidade de detalhes e explicações sobre a metodologia de aula. A imagem pedagógica (...) se destina a implicar o destinatário: incitar e persuadir são muitas vezes o objetivo dos professores ao usarem imagens nas suas aulas; concomitante a motivação está à mobilização da afetividade do aluno (...). As funções poética e expressiva da linguagem visual ajudariam a levar a cabo essa mobilização. (CALADO, c1994, P. 121) Se as formas de comunicação visual constituem uma linguagem, deve-se passar do campo da intuição e da realização pessoal, para o campo de uma estruturação de uma gramática de formas, que se torne possível à determinação possível de códigos visuais, isso pode fazer com que a gramática visual se torne tão importante no texto pedagógico, pois as imagens na sala de aula não devem ter um processo de alfabetização visual gratuito, sem valor, é necessário conhecer seus componentes sintáticos e semânticos, que por sua vez, são dois elementos que tratam a gramática visual, estabelecendo relações entre fundo e forma, linhas e massa, escalas e proporções entre os elementos de composição da imagem. Ter conhecimento e aprender as técnicas artísticas não é um conhecimento apenas de um artista plástico. Professor e aluno também podem ter esse conhecimento. O docente ao trabalhar com o mecanismo da percepção e com a linguagem visual, tem a possibilidade de utilizar as sensações visuais do aluno, de maneira a atingir os objetivos pedagógicos. A técnica visual seria então, uma espécie de estratégia visual. Deve-se levar em conta, que se preocuparmos com os dez elementos básicos da linguagem visual artística (ponto, linha, cor, tonalidade, contorno, direção, textura, escala, dimensão e movimento), poderemos encontrar elementos expressivos e técnicas que podem nos permitir construir ou escolher imagens significativas, levando em conta que as imagens enquanto elementos simbólicos são ricas em níveis de significação. Poderíamos pensar nas possibilidades de leituras de imagens, de acordo com Roland Barthes (1964) quando ele distingue nas imagens os níveis de denotação, no que diz respeito à leitura:
  • 4. • Imagem conotativa - possibilita diferentes leituras é uma imagem simbólica, codificada. • Imagem denotativa - possibilita uma leitura informacional, é uma imagem literal não codificada. A importância das imagens na percepção é de conhecimento dos acadêmicos, pois existem nestas imagens, elementos que as classificam como sendo imagens didáticas, como linhas, pontos, composição, por exemplo. Um fato importante que pode ser apontado como sendo um os motivos para a ausência de arquivos memoriais da história da educação no Brasil são a negligência, o descaso e a deficiência qualitativa na guarda de materiais. Algumas pessoas colaboram para a insuficiência de arquivos, cometendo tais erros, devido à falta de treinamento ou desconhecimento e metodologia, fazendo com que tais arquivos sejam perdidos e as memórias da educação nunca reveladas. O que é importante dizer, é que não é suficiente simplesmente guardar esses documentos, é necessário interagi-los com as pessoas, socializando a educação. Como meio de socialização, a Internet seria um bom exemplo. Livros didáticos podem ter sido “perdidos” também. Pois eram tidos como muito importantes no período do regime militar e, até mesmo, na Era Vargas, através das políticas públicas para a leitura criada na época, que ficaram mais evidentes nesta época, e por estarem contidos em períodos bastante conturbados, principalmente da luta pela democracia. A grande preocupação do Brasil nesta época foi com os livros didáticos da literatura infantil. Como o país estava passando por uma modernização, a “necessidade cada vez mais de mão-de-obra escolarizada fazia com que essas políticas fossem prioridades”. (Capuchinho, 2005, USP on line). Mesmo os livros didáticos serem grande porcentagem de publicações e de divulgações no mercado editorial, não se originaram de políticas publicas. Pois as mesmas editoras que produziam livros didáticos, por exemplo, na maioria das vezes, são as mesmas que fazem a produção do material didático adquirido pelo governo. Na década de 30, surgiu a cartilha “Caminho Suave”, que alfabetizava crianças de todo o Brasil, não importando se a criança era “pobre” ou “rica”, atingia todos os níveis, da infância até a adolescência. É importante mencionar que era período “Era Vargas”. No início do ano de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva promulgou uma lei que aumenta em um ano, o ensino fundamental no Brasil. Por conta disso, os parâmetros curriculares nacionais serão revisados e o método construtivista em relação ao método fônico está sendo muito discutido. Este método fônico implica no uso de cartilha e o ensino da língua ocorre por meio do treino de fonemas e sílabas correlacionados, é considerado no meio acadêmico um método inadequado para os brasileiros, não só por privilegiar a repetição, mas pela forma como foi concebido. Este método foi substituído pela proposta de ensino construtivista social, onde as crianças experimentam a língua primeiramente como um elemento do seu dia a dia, por meio de leitura e histórias contadas. Para melhorar a educação infantil através da proposta construtivista, a criança, por exemplo, necessitaria de espaços com acervos de livros, materiais didáticos, jogos de construção, materiais envolvendo artes, dentre outros. Como, devido à inclusão mais cedo da criança no ensino fundamental, ela ainda não sabe ler nem escrever, precisaria chegar a escrita através dos desenhos (livros didáticos) até conseguir chegar a
  • 5. linguagem escrita. Também é de suma importância que o alfabetizado converse com a criança para que ela explique o significado do seu desenho. Nos anos 90, foi colocada em discussão sobre o conceito de tempo histórico nos parâmetros curriculares nacional, onde professores passaram a ter contato (maioria pela primeira vez) com noções de tempo de curta, media e longa duração. Tais discussões chegaram às escolas de maneira precária e simples, contribuindo para uma superação da história linear conceptiva. (...) o questionamento a um modelo interpretativo que se assenta na representação de um tempo único, continuo, eurocentrico, e evolutivo/progressista, cada vez mais presente na literatura atinente ao ensino de historia, nas propostas curriculares e em discussões diversas envolvendo profissionais da área, não deixam de evidenciar uma problematização, nos dias atuais, das noções de tempo associadas a uma concepção de historia linear e a concepção de progresso. (Turini, 2004, p. 96). Essa representação do tempo histórico se projeta a partir da idéia de um “tempo único” e igual para todas as sociedades, realidades, processos e culturas, na perspectiva de uma “historia universal”. O tempo histórico não considera os tempos múltiplos aos diferentes ritmos, como afirmam vários historiadores. Entretanto, a representação de um “tempo contínuo” por determinar relações de passado e presente busca, no primeiro as origens do segundo, para explicá-lo mais tarde e torná-lo legitimo. Outro fator que pode ser analisado é o tempo da historia identificado como “evolutivo”, onde a humanidade é vista de tal forma que esta evolui para um fim “superior”, de modo que o passado possa ser visto como “inferior”, atrasado. Segundo o francês Jacques Le Goff: (...) a idéia de progresso, sobretudo a partir de meados do século XX, foi colocada em xeque em função dos fracassos do marxismo, dos horrores do fascismo e do nazismo, das destruições da guerra, da bomba atômica e da descoberta de culturas do ocidente (...) (p.98). Este pensamento de Le Goff nos faz pensar o tempo histórico como sendo criativo e implicado nas fontes históricas. A “imagem” ilustrada que temos da humanidade, de acordo com as questões já discutidas, está bastante interiorizada. Talvez seja pelo fato de elas serem feitas historicamente. Não é suficiente propor uma superação conceptiva e evolutiva na história no ensino. Antes, é necessário desnaturalizar essa idéia de progresso, de evolução continua e inexorável. Um exemplo que se pode citar para podermos pensar esta questão é das “comemorações dos 500 anos do Brasil”, onde todo o dia, propagandas eram mostradas nas televisões com assuntos que falavam sobre a vinda dos portugueses ao Brasil, desde 1500 até hoje: um país globalizado. Por mais que os professores e alunos ouçam as noticias dos acontecimentos dos “500 anos”, faz com que a descoberta dos portugueses tenha sido um fato preponderante para que o nosso país “entrasse” num mundo civilizado. Nos parece irônico ouvir isto, mas este assunto nos remete a uma longa discussão histórica que não vem a ser viável neste momento.
  • 6. As “mensagens visuais”, portanto, não são suficientes para se chegar à conclusão sobre a existência ou o predomínio de uma concepção histórica baseada na idéia de progresso. É importante ainda mencionar, o efeito que as imagens “canônicas” no ensino de historia trazem para a vida social e intelectual do homem. Um exemplo de imagem canônica é a que estabelece a convergência entre as noções de progresso e evolução. A partir desta imagem canônica, percebemos que a idéia de evolução, e de progresso são, interligados um, com outro, de maneira sempre avançada. Diferentes iconografias encontradas em livros didáticos reforçam essa idéia: a fase superada é sempre inferior, atrasada em relação à próxima que vem seqüencialmente. Através dessa perspectiva, é que o filosofo alemão Benjamim trouxe possibilidades importantes para podermos refletir novamente a idéia de progresso continuo, o que implica a superação linear historicista. Essa concepção linear de historia baseia-se através dos séculos e na confiança sem limites da razão humana (relacionadas ao iluminismo), que é o campo produtivo para que a idéia de progresso se desenvolva. Não devemos esquecer a importância de invenções como a imprensa, o cartesianismo de Galileu, e que estas talvez, teriam sido o inicio para que as imagens aparecessem em folhetos de publicações e em materiais didáticos da época, entre outros. Benjamin afirma existir duas maneiras de escrever a história, apoiada na concepção de tempo. A primeira seria a historiografia progressista, baseada na social-democracia alemã na república de Weimar, a idéia de um progresso inevitável; e a historiografia burguesa, historicismo que veio da tradição acadêmica de Ranke e Dilthey: reviver o passado através da identificação afetiva do historiador com seu objeto. O problema da idéia de progresso na visão de Benjamin contribui para a invenção de possibilidades novas para conviver em grupo. Em suma, o que quero dizer a respeito das criticas que Benjamin fez da concepção linear e progressista da historia é, que segundo ele, se o processo da ciência e da tecnologia são formas de “modernizarem” ou resolverem a situação de desconforto e desanimo da sociedade, num contexto histórico, porque então ainda existem a fome, a miséria e o descaso com a educação? Talvez, penso eu, seria o fato da historia ser tratada como um objeto não concreto, implicando em sujeitos não concretos. Uma reflexão muito importante que se pode extrair a respeito das afirmações de Benjamin, é que este reafirma como é importante buscar no passado, interpretações que expliquem o presente. No final do século XIX, começava a ser publicado no Brasil um tipo de impresso que abordava temas sobre a educação, era o manual pedagógico. Este manual expunha saberes para a formação docente. Se relacionarmos a questão Brasil – Portugal, por exemplo, por estes serem semelhantes no aspecto de manuais pedagógicos, poderemos tentar explicar como o modelo de escola e de professor pode ter sido assimilado por meio de leituras, imagens e citações de outros conhecimentos. O livro didático estabelece uma identidade do professor com o aluno, ou deste com aquele. Através da analise do discurso, o livro didático mantém o docente a ocupar uma posição subjetiva e ideológica como sendo uma pessoa sensível a argumentos. Esse material, através das imagens nele contidas, resgata o conhecimento e prepara o aluno para o desenvolvimento da leitura.
  • 7. Os prefácios nos livros também são muito importantes para a comunicação do aluno com o tema que o livro irá propor. Relacionam com o sujeito – professor no sentido interlocutivo, constituindo para este, uma posição subjetiva. É como afirma Grigoletto “(...) os procedimentos e suas razões, suas finalidades e os resultados propostos pelo livro didático revestem-se de um caráter final e definitivo”. (2003 p. 78). 4 - PROCEDIMENTO METODOLÓGICO: A abordagem escolhida para este estudo é a história oral narrada por alfabetizadores inter-relacionada com a fonte iconográfica. A opção por trabalhar com esta metodologia, se resume no fato das iconografias encontradas nos livros didáticos serem importante objeto de estudo e, de serem imagens, a investigação seria válida com o método oral. Seria então, uma pesquisa propriamente histórica, como método de investigação para determinar problemas e questões que necessitam de uma abordagem histórica - sociológica, como, por exemplo, abordar em que contexto histórico e quais condições as imagens encontradas nos livros didáticos surgiram pela primeira vez, ou se pelo menos, apontar acontecimentos históricos que poderão favorecer e, até mesmo, explicar o porque deste surgimento e a relação imagens com o aluno e o professor. É claro, que as instituições de ensino e a narrativa assumirão um papel importante nessa investigação sem contar com os documentos, arquivos e memórias, também têm seus fundamentos visto que são fontes para história da educação. Com o auxílio das referências bibliográficas, pesquisadas, foi possível descobrir inicialmente um acervo rico que pode nos possibilitar produzir interpretações, explicar os diversos momentos em que a educação foi desenvolvida. Sabe-se que esta, no nosso país, possui memórias um tanto ‘esquecidas’, e, que a bibliografia consultada, foi de grande apoio para que este projeto tomasse corpo e caminhasse. A importância das narrativas é necessária para que a investigação ganhe análises e reflexões, é como buscar no passado, interpretações que expliquem o presente. Foi esta a base traçada para que esta proposta de investigação pudesse ser viabilizada. Tentar contar a história da educação no Brasil é um modo de resgatar e tentar re- interpretar a história do nosso país. A própria sociedade brasileira não preserva objetos que explicam seu passado, é dizer um passado sem memória. Ta aí, a dificuldade de tentar explicar tal história. Países da Europa como França e Portugal guardam documentos e arquivos que comprovam a história da educação nestes respectivos países há muito tempo. Nas cidades brasileiras se vê um contraste: cidades do interior não guardam documentos e arquivos, como cadernos de freqüência escolar e de tarefas, por exemplo, que são as principais fontes para pesquisar a história da educação no Brasil. A Narratividade é marcada historicamente por três filósofos contemporâneos: Gardner, Sartre e Mcintyre. Primeiramente, Gardner discute o termo compreensão como sendo um caso particular encontrado na biografia. Segundo ele, “vivenciar” seria “estar vivo quando algo acontece”. Isto afirma o se já se ouviu ultimamente: o vivenciado é sempre o que nós vivenciamos, mas um viver carregado de significado. Afirma Gardner, ainda, que a biografia reduzida não se aplica ao método histórico pessoal.
  • 8. Sartre, por estudar e pesquisar bastante sobre a “existência”, a teoria que escreveu sobre a narrativa faz com que este termo não aproxime do conceito não-metafísico existencial do indivíduo. Para Sartre, a narratividade é o resultado da decisão existencial de fazer algo daquele que fizeram de mim, nos relacionamentos vivenciais. O filósofo Mcintyre fez uma reflexão sobre a Narratividade refletindo sobre a ética das virtudes, sugerindo elucidar uma simetria estrutural da narrativa, querendo mostrar que a Narratividade (gênero) desfila mostrando as ações que acontecem no tempo. Com relação a estas questões, pode-se dizer então que “o argumento ético narrativo de que deveríamos levar uma vida digna de ser contada pode ter uma utilização repressiva (...), perde-se a perspectiva da vida que se quer levar, para se preocupar com a distinção do que incluir ou excluir de uma serie de evento já vivido”. (Borges, 2002, p. 95). O conceito de “vivência” se torna especial, pois passa a constituir importantes conteúdos significantes de lembrança. Depois de termos uma compreensão da Narratividade, através de três importantes filósofos contemporâneos, podemos fazer correlações à cerca da subjetividade social. Atualmente, cada escola possui um sistema de funcionamento diferente, e isto pode estar relacionado à subjetividade social da instituição. Melhor seria entender o que seria subjetividade, num contexto “contextualizado” no que diz respeito ao funcionamento das escolas. Seguindo este parâmetro, subjetividade seria um termo que designa o mundo interior, particular de um indivíduo, mas também o seu meio social, pois a subjetividade individual se relaciona com a subjetividade social. O que é também importante dizer, é que a subjetividade nasce na historia e que ela é uma manifestação cultural. É dizer, que se prestarmos atenção na subjetividade, esta implicaria em afirmar que a cultura e a história são lugares e matérias-primas da constituição dos homens e de artefatos produzidos por eles. Força, ainda, a fazer-nos pensar que o acesso à cultura e a história são realizados através dos sujeitos, dos grupos, subjetivando as influencias recebidas. É por isso que se pode considerar a subjetividade individual como meio de socialização do indivíduo. A subjetividade social não pode compreender a escola sem considerar sua inclusão no contexto social-histórico e seu funcionamento. Vários determinantes se relacionam com o processo de constituição da subjetividade no âmbito da instituição de ensino. Dentre deles, podemos destacar as dificuldades que uma escola passa, como por exemplo, a falta de integração no trabalho dos professores, alunos sem interesse para estudar, evasão escolar, entre outros. Perceber a escola como uma instituição e entender as relações existentes pessoais no interior dela em forma de estrutura, pode compreendida se fundamentadas no conceito da subjetividade social. Esta investigação tem como problema analisar as imagens das cartilhas, e estas por sua vez estão inseridas na história da educação do nosso país, não poderia deixar de mencionar a importância que a história social e a narrativa terá para a realização desta investigação. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Marina. Políticas Públicas Para Leitura Foram Mais Eficazes Nos Períodos Autoritários da História do Brasil. 2006, Disponível em www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Janeiro de 2006.
  • 9. ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Psicologia da Visão Criadora. São Paulo: Pioneira Edusp, 1980. BARCELOS, Tânia Maria. Subjetividade: Inquietações Contemporâneas. Educação e Filosofia: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, V.16, N.º 32, 2002, p. 149-160. BARTHES, Roland. In: A Utilização Educativa Das Imagens. Isabel Calado. Porto: Porto, c1994. p. 59-60. BORGES, Bento Itamar. Ética e Narratividade. Educação e Filosofia: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, V.16, Nº 32, 2002, p. 85-96. BORGES, Marana. Brasil não Preserva Memória na Educação. 2005, Disponível em www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Junho de 2005. CALADO, Isabel. A Utilização Educativa Das Imagens. Porto: Porto, c1994. CAPUCHINHO, Cristiane. O Problema da Alfabetização Não Está no Método, Está na Falta de Estrutura das Escolas. 2006, Disponível em www.noticias.usp.br/canalacontece/artigo.php. Acesso em Fevereiro de 2006. CUNHA, Myrtes Dias. Algumas Questões Sobre a Subjetividade Social no Processo de Construção de Professores: O Coletivo da Escola. Educação e Filosofia: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, V.18, N.º 35/36, 2004, p. 13-34. ECO, Umberto. O Signo. Lisboa: Presença. 1985. GRIGOLETTO, Marisa. Documentos de Identidade: A Construção da Posição “Sujeito Professor” nos Livros Didáticos de Inglês. Letras e Letras: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, 2003, p 75-88. GONZALEZ REY, Fernando. Sujeito e Subjetividade: Uma Aproximação Histórico – Cultural. Tradução de Raquel Sousa Lobo Guzzo. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1996. PORTELLI, Alessandro. (coord.). República dos Sciuscià: A Roma do Pós – Guerra na Memória dos Meninos de Dom Bosco. São Paulo: Salesiana, 2004. SANTOS, Sônia Maria Dos. Histórias de Alfabetizadoras Brasileiras: entre Saberes e Práticas. São Paulo: Universidade católica de São Paulo, 2001. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Católica de São Paulo, 2001. SILVA, Vivian Batista da. Leituras Para Professores: Apropriação e Construção de Saberes dos Manuais Pedagógicos Brasileiros Escritos Pelos Católicos (1870-1971). Cadernos da Educação: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, 2003, p. 51-58. TURINI, Leide Alvarenga. A Crítica da História Linear e a Idéia de Progresso: Um Diálogo com Walter Benjamin e Edward Thompson. Educação e Filosofia: Universidade Federal de Uberlândia. Edufu, 2004, p. 93-126.