3M criatividade regulamentação

Estudo de Caso
Criatividade e Regulamentação na 3M

21/08/2009
India IT Consulting®

Henri Thomazini
Luis Guimarães
Marcela de Castro Tiosse dos Santos
Márcio Kikumoto
Priscila Santarosa Lahr

Security Division
Rua Charles Miller, 100 - 10° Andar
13245-090 – Jardins
Campinas/SP Brasil
Fone: (55) XX 19 3232-9090
Email: security@indiacorp.com
Site: WWW.indiacorp.com

"As pequenas oportunidades são, freqüentemente,
o início de grandes empreendimentos."
Demóstenes

Introdução

A criatividade é algo cada vez mais valorizado pelo mercado de
trabalho, pois é um diferencial entre empresas do mesmo segmento. A
inovação deve ser tratada como estratégia competitiva nas empresas, e por
isso, ser perseguida por aquelas que buscam sobreviver em um mercado
globalizado e de concorrência assídua, onde os consumidores estão cada
vez mais exigentes e menos fiéis.

Esses são os desafios impostos aos administradores: trilhar novos
caminhos, mudar a cultura organizacional tradicional para assim vislumbrar
um futuro nesse mercado incerto.

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Inovação: Mudanças do Pensamento Gerencial e
Regras em Empresas Inovadoras

A atual economia globalizada impõe um novo cenário e exige novas soluções; mercados
que há alguns anos atrás eram restritos a poucas empresas hoje sofrem pressão de novos
concorrentes; a inovação pode ser um dos fatores críticos para o crescimento do negócio e
também um diferencial competitivo.
Algumas empresas utilizam como estratégia, a redução de custos para aumentar os lucros
e assim garantir uma boa posição no mercado, porém para isso, é necessário um projeto
estruturado para que não haja impacto nas áreas e pessoas envolvidas.
A constante invenção de soluções pode ser percebida não somente como obra do homem,
mas também como fórmula da natureza. O estudo da história mostra que de maneira geral,
estar em transformação é uma das poucas coisas constantes nos sistemas. Percebe-se que
sistemas que nunca se reinventam, transformam e adaptam tendem ao desaparecimento no
curso do tempo.
A expressão inovação está cada vez mais presente nos estudos da área de administração e
aliado a ela a atividade empreendedora, que antes estava focada na criação de novos negócios e
agora se volta para o interior das empresas, como um novo perfil das atividades e funções
intrínsecas dos colaboradores.
Muitas empresas precisam estar preparadas para trabalhar com o inédito. Empresas
líderes em inovação criam estratégias para estimular a capacidade criativa de todos os seus
funcionários para alcançarem as inovações.
Podemos citar como exemplo, além da 3M, abordada no estudo de caso, a Google, onde o
sucesso de inovação é uma abordagem inteligente de alocação do tempo dos funcionários. Nessa
abordagem, os técnicos trabalham 80% do seu tempo em projetos definidos pela empresa e 20%


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em projetos que os próprios funcionários escolhem. Outro bom exemplo é a Gillete, onde por
meio da inovação, lançam novos produtos que não existiam há cinco anos.

Propaganda da Gillete

A tolerância ao erro é uma das similaridades entre as empresas de inovação que
entendem perfeitamente que errar faz parte do processo de inovar. Sempre se cultivou a
liberdade para inovar, considerando a ação gerencial ditatorial e controladora como algo grave
com potencial para acabar com as iniciativas dos empregados.
Outra prática dessas empresas é o permanente treinamento de suas equipes nos
requisitos básicos da inovação: criatividade, empreendedorismo, projetos e mudanças.
O exercício da criatividade independe do tamanho da empresa, se ela é grande ou
pequena. Todo ambiente é propício para a criatividade, porque em todo ambiente existem
problemas e oportunidades. Nas empresas pequenas, as coisas andam mais rapidamente porque
são menos formais. Nas grandes, a rapidez não é tanta porque existem várias áreas envolvidas.
A única diferença é o tempo na execução das idéias.
As doze atitudes que estimulam a criatividade na empresa são: comunicação, desafio,
abominação da hierarquia rígida, exigência, “NÃO” à acomodação, acabar com preconceitos,
experimentar, valorizar a iniciativa, apoio, proporcionar recursos, questionar normas e, por fim,
desenvolver novos produtos.
O intra-empreendedorismo é o trabalho do empreendedor dentro das corporações, o que
torna as pessoas intra-empreendedoras agentes da inovação, motivando a inovação e a evolução
constante das organizações. O empreendedorismo é um processo pelo qual se faz algo novo
(criativo) e algo diferente (inovador) com a finalidade de gerar riqueza para indivíduos e
agregar valor para a sociedade.
A aplicação destes dois pontos de evolução nas organizações passa por etapas de
mudanças da cultura organizacional e do perfil dos colaboradores. Mudança na cultura
organizacional com a adoção de meios para a valorização da inovação no ambiente da empresa,
e mudança do perfil dos colaboradores com o incentivo e adoção do perfil empreendedor dos
mesmos, criando assim um ambiente inovador e empreendedor. Para Schumpeter, produzir a
Inovação e principalmente liderar (garantir) a implementação destas inovações nos processos
produtivos era o papel exercido por aqueles que ele chamou então de empreendedores.


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A gestão da empresa também deve ser considerada como ponto importante, já que as
mudanças na cultura da empresa para uma valorização do intra-empreendedorismo devem vir da
alta direção das organizações, que deve apoiar as mudanças e implementar ações de gestão e
compensação das inovações. A alta direção deve delegar poderes para as mudanças e também
definir limites, pois será instalado um ambiente de liberdade para inovação na organização. Os
gerentes devem assumir uma posição de “patrocinadores” dos intra-empreendedores, dando-
lhes apoio e uma direção na organização. Muitas vezes as organizações perdem oportunidades
de melhorar sua competitividade porque a cultura empresarial, essencialmente avessa a
mudanças, estimulava aquelas pessoas dentro da organização que seriam potenciais
empreendedores a desistir dos projetos ou abandonar as empresas para implementá-las.
Métodos de incentivo aos intra-empreendedores e as inovações também são fatores que
facilitam a cultura inovadora nas empresas, motivando os colaboradores nas inovações e no
desenvolvimento do potencial intra-empreendedor. Alguns métodos de incentivos como prêmios,
bônus, aumento de salário, promoção e também o reconhecimento público, são aplicados nos
sistemas de gestão da inovação como incentivo e mantenedores do processo de inovação nas
organizações.


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Outros fatores também são importantes e devem ser considerados para a criação do
ambiente inovador e do desenvolvimento do intra-empreendedorismo nas organizações:
• A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos
objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-
empreendedorismo nas organizações;
• Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução
constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações;
• Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do
sistema de gestão da inovação;
• Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o
risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que
desestimulem novas tentativas de inovação;
• Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com
pesquisa.

O processo de inovação e aplicação do intra-empreendedorismo nas organizações deve ser
organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua, assim a cultura
inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando um perfil empreendedor.
O processo como um todo deve ser tratado, do surgimento da idéia (tradução), da sua avaliação
de viabilidade, implementar idéias e avaliar resultados, não esquecendo sempre do
reconhecimento dos trabalhos.
Uma das razões que bloqueia uma empresa de inovar é o medo. Infelizmente muitas
empresas matam idéias que realmente não deveriam matar, ou evitam que nasçam.
Efetivamente não estimulam a geração de idéias. Essas empresas não terão um futuro muito
brilhante.


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A empresa que se recusa a ser criativa, não aprimorando os seus produtos e sua estrutura,
ou não estando atenta a novas descobertas desenvolvidas em outras partes do mundo, está
fadada a ser superada rapidamente.
Alguns tipos de mentalidade devem ser varridos das empresas e até mesmo de nossa vida
profissional, como “Sempre foi feito assim e funcionou”, “Nunca precisamos disso antes”, “Isso
não vai funcionar”, “Em time que está ganhando não se mexe”.
Permita que as pessoas possam questionar. Ao invés de dizer “Não”, dizer “Por que
não?”.


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Conclusão

O mundo atual obriga as empresas a serem muito competitivas. Os
negócios mudaram e continuam mudando. As empresas estão sendo
desafiadas a melhorar a qualidade de seus produtos, a modernizar os
designs, a reduzir custos com um único objetivo que é garantir a satisfação
do consumidor. Se a criatividade dos funcionários não estiver bem
desenvolvida e treinada, esta empresa está perdendo competitividade para
as rivais do mesmo ramo.


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Bibliografia
DRUCKER, P. Inovação e Espírito Empreendedor. São Paulo, Pioneira, 1987 5º Ed.

LAVIERI, Carlos Amorim; MELLO, Álvaro. Estímulos ao Processo de inovação, associados ao intra-
empreendedorismo. Em: SEMEAD, 2005, São Paulo. anais do VI SEMEAD, 2005.
Disponível em
<http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/399.pdf> Acesso em
Agosto de 2009.

LEAL, Wilson L.M. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008.

PALADINO, Gina. Artigo EMPREENDORISMO DENTRO DA EMPRESA, 22/09/2006. Disponível em
<http://www.indicadoresjoinville.com.br/conteudo_1.asp?idmenu=127&idconteudo=594>
Acesso em Agosto de 2009.

PINCHOT, G.; PINCHOT, E. S. Intra-Corporate Entrepreneurship Fall, 1978

POLIGNANO, Luiz Castanheira. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008.

RAUPP, Marco Antonio, Folha de S.Paulo –
http://www1.folha.uol.com.br/sp/ciencia/fe1907200801.htm

ROBERTO, Duailibi, JR., Harry Simonsen. Criatividade e Marketing. McGraw-Hill: 1990.

SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do Desenvolvimento Econômico : uma
investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril
Cultural, 1982.

TEIXEIRA, Antonio Carlos – O valor de uma boa idéia, Ed.Ática, Nov,2003

http://portalctb.org.br/site/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=4328

http://www.administradores.com.br/artigos/reducao_de_custos_nas_empresas/28337/

http://www.ief.com.br/redcusto.htm

http://www.sebraesp.com.br/faq/financas/procedimentos_controles/reduzir_custos

http://74.125.93.132/search?
q=cache:VkqcGGUN8ZQJ:www.trevisanconsult.com.br/noticias/fev-2009/noticia9.cfm+redução+de+custos+para+os
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