O documento descreve a história e características dos palheiros da Costa Nova em Aveiro, Portugal. Os palheiros começaram como casas de madeira simples para pescadores e agora são reconhecidos como uma atração turística colorida. Os palheiros originais tinham uma sala e eram construídos sobre estacas, enquanto os modernos usam cimento, mas mantêm o design tradicional.
Costa Nova: Os Palheiros Coloridos junto à Ria de Aveiro
1. Como tu
o mar não foge
o mar
vem e vai
vem
como tu
hoje e outrora
2. Localização
Entra a Ria de Aveiro e o mar fica uma
península, e é aqui que se encontra a
Costa Nova, com as suas casas com
riscas coloridas derivadas das originais
casas de madeira dos pescadores. Estas
casas de madeira são cada vez mais raras
de se ver. Em Aveiro encontram-se umas
poucas junto ao cais de S. Roque
3. Localização
Situa-se entre as coordenadas geográficas
de Aveiro (latitude 40 38' 18quot; N - longitude
8 39' 09quot; W).
4. As casas típicas da Costa Nova (palheiros)
São construções típicas desta região, hoje em dia, representam um verdadeiro
postal ilustrado e colorido para quem quer conhecer, esta zona.
São casas de madeira tradicional portuguesa, que começaram a surgir a partir de
1808, aquando da abertura da nova barra, eram construídas sobre estacas, que
devido ao terreno arenoso e alagadiço não permitia que se construíssem casas
assentes no solo.
5. As casas típicas da Costa Nova (palheiros)
As construções possibilitavam a subida das águas da ria,
inundando o terreno, sem que afectasse a habitação, permitindo
também que a areia arrastada pelo vento, pudesse passar por
baixo das casas.
6. Bairro Piscatório : Costa Nova
Na altura era constituídos por apenas uma única divisão, mas com o passar dos anos, e
mediante as necessidades de cada um, foram surgindo algumas divisões no seu
interior. Alguns pescadores deslocados acabaram por ficar a residir
permanentemente, permitindo assim a origem de novas povoações costeiras.
7. Bairro piscatório Costa Nova
Os primeiros palheiros foram construídos à beira-mar, por pescadores, para guardar as
redes e todo o restante material de pesca. A construção era feita com materiais da
zona, único recurso existente dada a precária situação económica da comunidade
piscatória local.
8. Bairro Piscatório: Costa Nova
Com o passar dos tempos, estes palheiros que pouco mais eram do
que casebres, na altura, começaram a ganhar aspecto de casas de
madeira bem construídas e pintadas com cores frescas e garridas, que
lembram a policromia dos moliceiros que desfilam nas águas da Ria de
Aveiro.
9. As casas típicas da Costa Nova (palheiros)
O que no principio do século XIX, parecia ser uma aldeia de
pescadores, aos poucos, a Costa Nova, tornou-se numa das praias
mais conhecidas, ao ponto de em 1848 ser frequentada por ilustres
figuras públicas, como Eça de Queirós e Oliveira Martins,
frequentadores assíduos do palheiro de José Estêvão, uma ilustre
personalidade de Aveiro, que muito contribuiu para a divulgação
desta região.
10. Palheiros: características
Aspecto da Costa Nova na década de 1950.
Aspecto garrido e policromo: é o verde, o azul, o
amarelo e o vermelho, que transmitem
sensações de alegria e jovialidade.
11. Características dos quot;palheirosquot;
•Os antigos palheiros de habitação possuíam um só piso e erguiam-se
sobre estacas, que ficavam à vista, e se encontravam assentes na
areia seca.
•O tabuado exterior era disposto horizontalmente
12. Os Invernos são amenos e as temperaturas não sofrem grandes oscilações ao
longo do ano. Apresenta precipitação com valores máximos no Inverno e mínimos
no Verão A temperatura média anual é de 15 C.
As chuvas são mais frequentes em Janeiro , Novembro e Dezembro, ocorrendo os
valores mínimos em Julho e Agosto
Verifica-se, durante todo ano, uma predominância dos ventos de Noroeste e Norte
13. Características dos quot;palheirosquot;
• No final do século passado, foi introduzida uma
variação: o tabuado passou a ser disposto
verticalmente, sinalizando o facto de os seus
proprietários viverem com certo desafogo económico.
•Com o aumento da população e a fixação das areias,
as estacas foram sendo progressivamente reduzidas,
passando os palheiros a ser assentes no solo.
14. Nos dias de hoje
Hoje, restam poucos palheiros de madeira na Costa
Nova, utilizando-se quase exclusivamente o cimento. Os
mais recentes palheiros são edificados utilizando técnicas
de construção modernas, mas respeitando os traços
arquitectónicos dos antigos, especialmente no que se refere
à fachada principal.
16. Os Palheiros de Hoje
As famílias dos sócios, dos escrivães e dos donos das campanhas que se
foram formando, iam sendo atraídas para a Costa Nova, durante as épocas
do Verão e do Outono, surgindo na enseada da ria muitos outros
palheiros, adquirindo a função de alojamento, havendo necessidade de alterar
algumas características interiores, para melhor conforto dos veraneantes.
No século XIX registou-se uma procura desta praia para banhos de mar,
sobretudo durante os meses de Agosto e Setembro. Nas traseiras dos
palheiros, foram construídas pequenas cozinhas e quartos, que se
destinavam a ser arrendados na época balnear.
Esta transformação da Costa Nova, de local de pesca em local de férias, levou
os pescadores a deslocarem-se para Sul, deixando o lugar aos banhistas e
turistas da cidade. Muitos palheiros foram, nesta época, levantados e mudados
de local.
17. No que respeita, ao interior do bairro, coexistem outros géneros arquitectónicos,
mas respeitando um padrão comum, onde a madeira é um material de eleição.
18. Palheiros da Costa Nova
A par do sol e da praia da Costa Nova, os palheiros são um dos factores de
atracção de visitantes e turistas a esta zona, constituindo o ex-líbris da região e
um dos mais fortes cartazes turísticos.
A sua peculiaridade arquitectónica confere características únicas a estas
praias, individualizando-as tanto a nível nacional como internacional.
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19. Origem da Costa nova
Em frente da Gafanha da Encarnação,
antiga Gafanha da Gramata, que
possuía um enorme prado, verdejante.
Daí, a Costa Nova do Prado.
21. A Arte xávega
Em 1840 já lá operavam sete companhas utilizando até 1877 o homem que trazia
um jugo cingido ao corpo puxando a rede para terra.
Só depois, começando-se a utilizar os bois.
Os carros de bois, de rodas largas para não se enterrarem na areia, traziam o
peixe em enormes gigos até ao lado da ria onde se tinham construído os
palheiros em tábuas sobrepostas, pintadinhos de vermelho escuro e assentes
em estacaria, tendo à frente um pequeno cais onde atracavam as embarcações.