MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
2ª Sessão - Workshop formativo de apresentação do Modelo de Auto-Avaliação dirigido à escola/agrupamento
1. Agrupamento de Escolas de Macedo de
Cavaleiros
Escola Básica e Secundária de Macedo de Cavaleiros – Pólo 3
Workshop Formativo
Auto-
Apresentação do Modelo de Auto-Avaliação
das Bibliotecas Escolares
Formanda: Maria José C.P.Peredo
2. Público – Alvo: Coordenadores de Departamento
Coordenadores de Ciclo
Duração: 2 horas
Recursos: Sala Multimédia
Computadores
Videoprojector
Modelo de Auto-Avaliação das BE - RBE (fotocópias)
Local de Realização: Sala Multimédia – Agrupamento de Escolas de Macedo
de Cavaleiros - Pólo 3
Avaliação: Registo de Presenças
Ficha de avaliação do workshop
3. Pertinência da existência de um Modelo de
Avaliação para as bibliotecas escolares
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
enquadra-se na estratégia global de desenvolvimento das
bibliotecas escolares portuguesas.
Objectivo:
Facultar um instrumento pedagógico e de melhoria contínua
que permita aos órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o
trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no
funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos
e identificar áreas de sucesso e aquelas que requerem mais
investimento.
4. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de
melhoria. Conceitos implícitos
O Modelo de Auto-Avaliação é considerado um instrumento
pedagógico, porque:
• é possível avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o
impacto desse trabalho no funcionamento global da escola
e nas aprendizagens dos alunos;
• permite a melhoria das práticas (apontando caminhos e
permitindo o ajustamento permanente dessas práticas).
5. Conceitos implicados no Modelo:
No Modelo de Auto-Avaliação das bibliotecas Escolares estão implicados os
seguintes conceitos:
Noção de valor Experiência e benefícios que se retiram da BE.
•Aluno Elemento activo (noção de construtivismo).
•Qualidade e eficácia da BE No desempenho do Prof. bibliotecário ou dos elementos
da equipa da BE.
•Introdução das TIC Novas literacias de informação , desenvolvimento de
redes, novos suportes de disponibilização de informação
(Web 2.0).
•Desenvolvimentos de Gerir a mudança através de evidências relatadas em
práticas sistemáticas de estudos sobre o impacto que as bibliotecas têm na escola
recolha de evidências e quais os factores críticos ao seu desenvolvimento.
•Avaliação centrada no impacto qualitativo da BE, na aferição das modificações positivas
que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos utilizadores.
•Novas estratégias baseadas no questionamento e inquirição contínuas
(inquiry based learning).
6. Organização estrutural e funcional do Modelo
Descrição do Modelo:
O Modelo de Avaliação é constituído por 4 domínios e respectivos
subdomínios que representam as áreas nucleares em que se deverá processar o
trabalho da Biblioteca Escolar.
7. Domínios Subdomínios Subdomínios Subdomínios
A. Apoio ao A1. Articulação Curricular A.2. Promoção da
desenvolvimento da BE com as Estruturas Literacia da
Curricular Pedagógicas e os Informação
Docentes
B. Leitura e Literacia
C. Projectos, C.1. Apoio a Actividades C.2. Projectos e
Parcerias e Livres. Extra-Curriculares Parcerias
actividades livres e de e de Enriquecimento
abertura à Curricular
comunidade
D. Gestão da BE D.1. Articulação da BE D.2. Condições D.3. Gestão da
com humanas e materiais colecção
Escola/Agrupamento. para prestação dos
Acesso e serviços serviços
prestados pela BE
8. Indicadores do Domínio A
Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores
A.1.1. A.1.2. Parceria da A.1.3. Articulação A.1.4. Colaboração A.1.5.
Cooperação da BE BE com os da BE no Plano de da BE com os Colaboração da
com os órgãos docentes Ocupação Plena docentes na BE com os
pedagógicos de responsáveis dos Tempos concretização das docentes na
gestão pelas novas Escolares (OPTE) actividades concretização das
intermédia da áreas curriculares curriculares actividades
escola/agrupame não disciplinares desenvolvidas no curriculares
nto (NAC) seu espaço ou desenvolvidas no
tendo por base os seu espaço ou
seus recursos. tendo por base os
seus recursos.
A.2.1. A.2.2. Promoção A.2.3. Promoção A.2.4. Impacto da A.2.5. Impacto da
Organização de do ensino em das TIC e da BE nas BE no
actividades de contexto de Internet como competências desenvolvimento
formação de competências de ferramenta de tecnológicas e de de valores
utilizadores informação acesso, produção informação dos indispensáveis à
e comunicação de alunos formação da
informação e cidadania e à
como recurso de aprendizagem
aprendizagem ao longo da vida.
9. Indicadores do Domínio B
Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores
B.1. Trabalho da B.2. Trabalho B.3. Impacto do
BE ao serviço articulado da BE trabalho da BE
da promoção com nas atitudes e
da leitura departamentos e competências dos
docentes e alunos, no âmbito
com o exterior, no da leitura e das
âmbito da leitura literacias.
10. Indicadores do Domínio C
Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores
C.1.1. Apoio à C.1.2. C.1.3. Apoio à C.1.4. C.1.5. Apoio às
aquisição e Dinamização de utilização Disponibilização Actividades de
desenvolvimento actividades livres, autónoma e de espaços, Enriquecimento
de métodos de de carácter lúdico voluntária da BE tempos e Curricular (AEC),
trabalho e de e cultural com o recursos para conciliando-as
estudo espaço de lazer e iniciativas e com a utilização
autónomos livre fruição dos intervenção livre livre da BE.
recursos dos alunos
C.2.1. C.2.2. C.2.3. Participação C.2.4. Estímulo à C.2.5. Abertura da
Envolvimento da Desenvolvimento com outras Escolas participação e biblioteca à
BE em projectos de trabalho e /Agrupamentos e, mobilização dos comunidade.
da respectiva serviços eventualmente, Pais/EE em torno
Escola/Agrupame colaborativos com outras da promoção da
nto ou com outras entidades (por exº. leitura e do
desenvolvidos em escolas, DRE, RBE, desenvolvimento
parceria, a agrupamentos e CFAE), reuniões da de
nível local ou mais BES. BM/SABE ou outro competências das
amplo Grupo de Trabalho crianças e jovens
a nível concelhio ou que frequentam
interconcelhio. a escola
11. Indicadores do Domínio D
Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores Indicadores
D.1.1. D.1.2. Valorização da D.1.3. Resposta da D.1.4. Avaliação
Integração da BE BE pelos órgãos de BE às necessidades da BE
na Gestão e de decisão da escola e dos
Escola/Agrupam pedagógicas utilizadores
ento
D.2.1. Liderança D.2.2. Adequação da D.2.3. Adequação D.2.4. Resposta
do(a) equipa em número e da BE em termos dos
professor(a) qualificações às de espaço e de computadores e
coordenadora necessidades de equipamento equipamentos
funcionamento da BE às necessidades da tecnológicas ao
e às solicitações escola/agrupament trabalho e aos
da comunidade o novos desafios
educativa. da BE
D.3.1. D.3.2. Adequação dos D.3.3. Alargamento D.3.4. Uso da D.3.5.
Planeamento da livros e de outros da colecção aos colecção pelos Organização da
colecção de recursos de recursos digitais utilizadores Informação.
acordo com a informação (no local e on-line Informatização
inventariação on-line) da escola.
das D.3.6. Gestão
necessidades Cooperativa da
curriculares e Colecção
dos utilizadores D.3.7. Difusão
da Informação
12. O Modelo aponta ainda factores críticos de sucesso, evidências a
recolher, exemplos de acções de melhoria a implementar e define
perfis de desempenho.
Perfis de Desempenho:
O trabalho é de grande qualidade e tem um
4
impacto muito positivo
O trabalho é de qualidade mas ainda é possível
3
melhorar certos aspectos
O trabalho está em desenvolvimento, mas
2 necessita de melhorar para que o seu impacto
seja mais efectivo
O trabalho não existe ou é pouco, sendo o seu
1 impacto bastante reduzido. É necessário uma
intervenção urgente
13. Pelo apresentado e depois de analisado o modelo, fica a
convicção de que é um modelo bem organizado, uma vez
que refere os domínios/subdomínios fundamentais que uma
biblioteca deve contemplar. Os domínios seleccionados
representam as áreas essenciais para que a biblioteca escolar
cumpra, de forma efectiva, os pressupostos e objectivos que
suportam a sua acção no processo educativo. Este
agrupamento, estrutural e funcional, em
domínios/subdomínios é correcto e bastante pertinente.
14. Integração/Aplicação à realidade da escola/biblioteca
escolar. Oportunidades e constrangimentos
Relativamente à implementação deste Modelo, ainda não possuo
uma opinião concreta, uma vez que , estou pela primeira vez
como Prof. bibliotecária na BE. Todavia dos textos fornecidos, e
dos documentos orientadores da RBE, retive alguns ideias-chave,
que passo a partilhar:
• a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo
que, idealmente, conduzirá à reflexão e originará mudanças concretas na prática;
• o que verdadeiramente interessa e justifica a acção e a existência da
biblioteca escolar não são os processos, as acções e intenções que colocamos no
seu funcionamento ou processos implicados, mas sim o resultado, o valor que
eles acrescentam nas atitudes e nas competências dos utilizadores.
15. • o modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção
da melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada
para a aprendizagem contínua. Pressupões a motivação individual dos seus
membros e a liderança forte do professor bibliotecário/coordenador, que tem
de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo
avaliativo.
(Modelo de Auto-Avaliação, RBE (2008))
De referir que Tod, Ross (2009) associa o conceito de evidence-based practice e
de pesquisa/acção, às práticas das bibliotecas escolares e à necessidade que
estas têm de fazer a diferença na escola que servem e de provar o impacto que
têm nas aprendizagens.
(Tod,Ross (2008). The Evidence.Based Manifesto for School Librarians)
16. Oportunidades /Constrangimentos
Oportunidades Constrangimentos
Dificuldades em interpretar os
Permite diagnosticar pontos fortes dados obtidos através dos
e pontos fracos inquéritos para ver os pontos
fracos, para correcção dos mesmos
Promove o trabalho colaborativo
Dificuldade em gerir o tempo
dentro da escola/agrupamento (1)
Há o risco de confundir a
autoavaliação da BE com a
Ajuda a estabelecer prioridades
avaliação do professor
bibliotecário e da sua equipa
Dificuldades em recolher
evidências
(1) Filosofia comum de aprendizagem, Kuhlthau (1993)
17. Gestão participada das mudanças que a sua
aplicação impõe. Níveis de participação da escola
impõe.
O Modelo de auto-avaliação exige qualidade e inovação, bem como o
necessário envolvimento de todos.
O Modelo, como já foi referido, indica o caminho, a metodologia e a
operacionalização. Pressupõe, ainda, a motivação individual dos seus
membros e a liderança forte do professor coordenador, que tem que
mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo
avaliativo.
O Modelo exige uma metodologia de sensibilização e de readiness,
requerendo a mobilização da equipa para a necessidade de fazer
diagnósticos para avaliar o impacto e o valor da BE na escola/agrupamento;
realização de um processo/acção; comunicação constante com o órgão
directivo; apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico e
aproximação e diálogo com departamentos e professores.
18. O Modelo de avaliação está directamente ligado ao processo de
planeamento da BE que deve corresponder em timing, objectivos,
propriedades e estratégias definidas pela escola/agrupamento. As decisões
a tomar devem, assim, basear-se nas evidências e informação recolhida,
mas devem sempre ter em conta o ambiente interno e externo da biblioteca
(oportunidades e constrangimentos, prioridades da escola, adequação aos
objectivos e estratégias de ensino/aprendizagem.
A avaliação da BE deve, por isso, ser participada a nível da escola e ser
conhecida e divulgada. A apresentação dos resultados constitui uma
responsabilização perante a escola e outros parceiros.
19. Evidências:
As evidências podem ser (re)colhidas:
-No PEE
-No RI
-No PAA
-Registo de Actas
-Relatos de Actividades
-Memorandos de reuniões e actividades
-Estatísticas internas
-Questionários e grelhas de observação
-Entrevistas
-Materiais produzidos pela BE ou em colaboração
com os Departamentos
20. Impactos pretendidos:
Na BE Na Escola
Conhecimento fundamentado das práticas Conhecimento fundamentado e alargado do
da BE trabalho da BE
Melhoria nas áreas consideradas fracas ou Melhoria de articulação entre o trabalho da
satisfatórias Escola e a BE
Melhoria do impacto nas aprendizagens dos Melhoria do impacto no nível dos processos
alunos de ensino - aprendizagem na Escola
21. Bibliografia:
-Texto da Sessão
- Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002). “This Man Wants to Change Your
Job”, School Library Journa.
9/1/2002<http.//www.schoollibraryjournal.com/CA240047.html>. [13/10/2009]
- Todd, Ross (2008). “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School
LibraryJournal.
4/1/2008.<http:77www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434,html>
[13/10/2009]
-Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers:learning outcomes and evidence-
based practice”. 68th IFLA Council and Conference August.
http:77www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [13/10/2009]
- Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação
22. Elaboração:
Formanda: Maria José Carvalho Passeira Peredo
Acção de Formação: “Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares”
Outubro a Dezembro de 2009