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MICOSES SUPERFICIAIS
Doenças causadas por fungos e localizadas na epiderme e/ou anexos. Excepcionalmente podem invadir a
derme ou até órgãos internos.
1) DERMATOFITOSES:
Causadas por dermatófitos, que se alimentam de queratina. Poupam mucosas.
Tinha = micose por dermatófitos (forma assexuada)
Gêneros de dermatófitos: Microsporum ; Trichophyton ; Epidermophyton
Cultura em meio de Sabouraud = diferencia gêneros e espécies. Na prática, realiza-se o exame micológico
direto (presença de filamentos longos, septados) e, quando positivo, trata-se independentemente do gênero e
espécie.
Dermatófitos quanto ao seu hábitat:
Antropofílicos próprios da espécie humana
Zoofílicos próprios de animais (gato, cachorro, gado)
Geofílicos próprios do solo
Lesões decorrentes de:
1. Presença do fungo
2. Reação de sensibilidade específica ao agente causal ou a seus produtos, à distância do foco de
infecção dermatofítides (pacientes com tinha do pé = olhar também as mãos)
DERMATOFÍTIDES:
Diagnose clínico:
Vesículas ou bolhas = palmas das mãos e laterais dos dedos (focos nos pés)
Pápulas foliculares = pescoço e tronco (focos no couro cabeludo)
Diagnose laboratorial:
Exame micológico positivo no foco
Exame micológico negativo na lesão da dermatofítide
Prova da tricofitina positiva: teste intradérmico (geralm não é feito no dia-dia)
OBS.: Disidrose pode ser causada por uma dermatofítide
a) Tinha do couro cabeludo:
- Freqüente em crianças (contagiosa) – em adultos = imunossuprimidos
- Trichophyton e Microsporum
- Contato: indivíduos infectados, animais doentes (“pelada”) ou portadores, terra (solo)
Tinha tonsurante:
Placas de tonsura: cotos pilosos (como se o cabelo tivesse sido cortado), descamação.
Evolução geralmente crônica
Forma aguda quérion (Kérion Celsi) = placa bem delimitada, com muitas pústulas em seu interior,
eritematosa, dolorosa
Mícides tronco resposta de hipersensibilidade distantes do foco primário
Tinha favosa:
Placas no couro cabeludo, sem cabelo
Pouco freqüente
Grave: pode dar alopecia cicatricial, permanente
Trichophyton schonleinii
Essencialmente crônica
Microendemias: ocorre em cidades do interior ou zona rural
Favo clássico: godet ou escútula fávica (lesão pequena, crateriforme, no óstio folicular)
Diagnóstico:
- Exame micológico direto (mais comum)
- Cultura em meio de Sabouraud
- Luz de Wood: Fluorescência esverdeada – Microsporum
Fluorescência verde-palha – T. schonleinii
Sem fluorescência – demais Trichophyton
Parasitismo = endotrix (esporos na parte interna do pêlo) e ectotrix (esporos na parte externa do pêlo)
Tratamento:
- Não responde à terapia tópica; faz-se terapia sistêmica por 6-12 semanas.
- Griseofulvina (melhor absorvida em meio gorduroso) = 15-20mg/kg/dia; VO; 6-12 semanas/ dose dividida:
depois do almoço e depois do jantar fulcin, esporoestatin
- Outras opções: terbinafina, fluconazol
- Terapia complementar: antifúngicos tópicos (solução ou loção)
- Drenagem do quérion (se supuração intensa)
b) Tinha da barba: Tinae barbae
- Pouco comum
- 3 tipos: Inflamatório
Herpes cincinado
Sicosiforme (semelhante à foliculite bacteriana)
Tratamento:
- Terapia sistêmica: 2-4 semanas
Itraconazol 100mg/dia ou
Terbinafina 250mg/dia ou
Fluconazol 150mg/semana
- Terapia tópica: 1 ou 2 vezes/dia (concomitante ao tratamento sistêmico; durante 1 mês)
c) Tinha do corpo ou da pele glabra (sem pêlos):
- Formas:
Vesiculosa: crescimento centrífugo = cura no centro e progride nas bordas, pois dermatófitos alimentam-
se de queratina, que está na camada córnea, bem superficial; não se aprofundam Tendência à infecção
Anular: lesões eritemato-papulosas = podem ir confluindo, formando lesões circinadas, policíclicas, mais
extensas.
Em placas: placa homogênea, eritemato-escamosa, não tem tendência de cura central. Algumas vezes
ocupam grandes segmentos da pele. Diagnóstico diferencial com psoríase e dermatite seborréica.
Tratamento:
Tópico se localizada, por 8 semanas
Tópico + sistêmico se disseminada
OBS.: Creme = melhor absorção em pele glabra
Tinha do corpo: mto pruriginosa, bordas nítidas, progressão centrífuga (colhe-se o fungo nessas bordas)
Dermatófitos: filamentos longos, septados, esverdeados
d) Tinhas do pé (Tinea pedis) e da mão (Tinea manum):
- A do pé é mais comum; nas mãos ocorrem mais dermatites
- Formas:
Intertriginosa: escamas e maceração nos espaços interdigitais, às vezes, com fissura
Vésico-bolhosa: infecção 2ª, mais nos pés.
Escamosa (mais freqüente): geralmente pruriginosa; muitas vezes se acompanha de tinha da unha
OBS.: Acometimento dos espaços interdigitais: Dermatófitos ; Cândida ; Corynebacterium minutissimum
Tratamento:
Terapia tópica: 6-8 semanas (qualquer creme)
Terapia tópica + sistêmica S/N (usado para lesões inflamatórias, mais extensas)
e) Tinha inguinal:
- Comum nos homens e menos frequente nas mulheres
- Geralmente bilateral
- Lesões eritemato-escamosas (bordas nítidas) eczema marginado de Elra (pois podem ter vesículas nas bordas)
- Regiões inguino-crurais
- Extensão para períneo, regiões glúteas e abdome inferior
- Bordas nítidas
- Se não tratar, vai se estendendo
- Diagnóstico diferencial:
Dermatite seborréica
Dermatite de contato (sabões, amaciantes) lesões bilaterais
Eritrasma (doença bacteriana causada pelo C. minutissimum; diabéticos, lesões eritemato-escamosas em
axilas e região inguino-crural.
Tratamento:
Tópico: 6-8 semanas
Tópico + sistêmico S/N
Secar bem após os banhos; Uso profilático de cremes ou pós antifúngicos (talcos secantes)
f) Tinha da orelha:
- Pouco comum; mais freqüente em crianças
- Microsporum canis
- Orelha externa (eventualmente conduto auditivo)
- Placas levemente eritemato-escamosas
- Normalmente responde à terapia tópica (ocasionalmente é necessário terapia sistêmica)
g) Tinha imbricada:
- Tokelau ou Chimberê
- Brasil, América Central, ilhas do Pacífico
- Lesões escamosas com crescimento excêntrico
- Trichophyton concentricum (agente causal)
- Pode atingir grande extensão
- Terapia tópica e sistêmica (normalmente sistêmico)
h) Tinha da unha:
- Dermatófito (Trichophyton e Epidermophyton)
- Borda ungueal distal: massa córnea subungueal (mais comum)
- Quando acometida, a unha perde seu brilho; pode ficar escurecida quando associada à infecção por
Pseudomonas
- Formas (inicialmente): Subungueal distal e/ou lateral - Subungueal proximal - Superficial
- Essas formas podem evoluir para comprometimento total da lâmina ungueal
Diagnósticos diferenciais: Psoríase / Líquen plano / Onicopatias congênitas / Onicopatias traumáticas
Diagnóstico:Exame micológico direto e Cultura S/N
Tratamento sistêmico: Após exame micológico direto positivo
Itraconazol 200mg/dia; VO; 4-6meses ou
Terbinafina 250mg/dia; VO; 3-4meses ou
Fluconazol 150mg/semana; VO; 4-6meses
- Pulsoterapia (dobra-se a dose num período):
- Itraconazol (é o preferível para tratamento sistemico) = 200mg/ 2x ao dia/ 1 semana; suspender 3
semanas; repetir de 4-6x.
- Terbinafina = 250mg/ 2x ao dia/ 1 semana, suspender 3 semanas, repetir 4-6 x.
- Preferível terapia sistêmica (obrigatória) + tópica associada (esmaltes)
- Evulsão cirúrgica geralmente não recomendada
Tratamento Tópico:
Amorolfina – 5% esmalte – 1x/semana; 6-12 meses ou
Tioconazol – 28% solução – 2x/dia ou
Ciclopiroxolamina – 8% esmalte = 3x/semana no 1º mês;
2x/semana no 2º mês;
1x/semana do 3º ao 6º mês.
OBS.: Idade avançada / Hipertensão / Cardiopatias / Hepatopatias / Nefropatias
(Nesses 5 casos, prefere-se os tópicos, porque os sistêmicos - ex.: imidazólicos - podem dar muitos efeitos
colaterais e interações medicamentosas)
OBS.: Onicomicose pode ser causada por: Dermatófitos ; Leveduras do gênero Cândida ; Leveduras exógenas ;
Outros fungos
OBS.: Dermatofitoses Extensas e Recidivantes:
SIDA / Transplantes / QT ou RT antineoplásica / Diabetes / Uso de corticóides sistêmicos
Nesses casos precisa-se de doses maiores e maior tempo de tratamento
2) CERATOFITOSES:
São comensais, não parasitas, alimentam-se de restos epiteliais, não têm poder queratolítico. Geralmente não
causam reação. Poupam mucosas.
a) Pitiríase versicolor:
- Malassezia furfur (M. pachydermatitis, M. simpodialis)
- Extremamente comum
- Clima quente e úmido
- Adultos jovens de ambos os sexos
- Predisposição constitucional (recidiva mesmo após tratamento)
Clínica:
o Máculas (cor variável – “versicolor”) com descamação: lesões lenticulares se juntam, formando lesões
maiores. Pode ser hipo, hipercrômica, eritematosa. Diagn diferencial: farmacodermias e dermatite atópica
o Sinal da unha: ao coçar com a unha, há descamação furfurácea (fina)
o Sinal de Zileri: estiramento da pele descamação
o Acomete pescoço, tronco, MMSS; em alguns casos as lesões são mais disseminadas
o Couro cabeludo: é comumente afetado; se não for tratado a doença ficará recidivando
Diagnóstico:
o Raspar a pele com lesão lâmina
o Luz de Wood: fluorescência rósea-dourada
o Exame micológico direto: esporos e pseudo-hifas (esporos agrupados em “cachos de uva”; hifas mais
curtas, grossas e septadas que nas dermatofitoses)
Diagnóstico Diferencial:
o Pitiríase Alba: causa desconhecida, às vezes, ligada à DA; lesões do tamanho de moedas, em faces
extensoras, menos descamativa, dá queratose folicular.
o Vitiligo: nas sua fase inicial é hipocrômico, mas não tem descamação
Tratamento tópico:
o Antifúngico imidazólico (solução ou loção) – 1x/dia; 6 semanas = passar somente nas lesões e após o
banho; se parar o tratamento antes de 6 semanas, há recidiva.
o Xampu antifúngico em dias alternados 15min/6 semanas:
- Sulfeto de selênio 2,5%
- Cetoconazol
- Passar no couro cabeludo e também no corpo todo (10-15min) antes do banho
o Solução aquosa de hipossulfito de sódio 25% (20-40%) pode ser usada em couro cabeludo; tratamento
mais barato; 1x/dia após o banho
Tratamento sistêmico:
o Itraconazol – VO; 200mg/dia; 5 dias (principal) ou
o Fluconazol – VO; 150mg/semana; 3 semanas ou
o Cetoconazol – VO; 200mg/dia; 10 dias
Foliculite pitirospórica: é a pitiríase versicolor que afeta pêlos
- Malassezia furfur no folículo pilo-sebáceo
- Pápulas eritematosas ou pústulas no dorso
- Reação inflamatória = porção infundibular do pêlo
- Diagnose: exame micológico direto
- Tratamento: tempo maior de tratamento e recidiva mais comumente (tópico + sistêmico)
Sabonete de enxofre e ácido salicílico (SAS-tid®)
Formas resistentes e inflamatórias: Itraconazol; VO; 200mg/dia; 5 dias.
Xampu de cetoconazol ou ciclopiroxolamina
Pitiríase versicolor recidivante:
- Casos de infecção recidivante sem fator predisponente
- Seborréia ou composição do sebo desenvolvimento da M. furfur
- Uso semanal de xampu e tópico
- Itraconazol: 200mg/mês; 6 meses
- Casos resistentes: isotretinoína oral
b) Tinha negra:
- Phaeoannellomyces werneckii
- Áreas tropicais e semi-tropicais
- Manchas castanhas escuras e pretas – Diagn Diferencial: melanoma maligno
- Palmas e bordas dos dedos
- Micológico direto: hifas escuras septadas
- Regressão com antifúngicos tópicos
- Baixa freqüência em Udia
c) Piedra preta:
- Piedraia hortai
- Áreas tropicais (Amazônia)
- Nódulos pretos (geralmente aderidos ao cabelo)
- Cabelo (às vezes, barba e bigode)
- Exame micológico direto: ascos com ascósporos
- Tratamento: corte de cabelos; antifúngicos tópicos
- Baixa freqüência
d) Piedra branca:
- Trichosporon beigelii (micronódulos em rosário)
- Concreções cremosas brancas e castanho-claras
- Pêlos pubianos, genitais e axilares (às vezes, barba, bigode, couro cabeludo)
- Remoção mecânica fácil
- Exame micológico direto: blastoconídeos e/ou artroconídeos
- Tratamento: corte de cabelos; antifúngicos tópicos
OBS.: Trichosporon beigelii pode causar: Piedra branca
Fungemia em imunodeprimidos
Tricosporonose gênito-inguinal
Paroníquia e onicomicoses
3) CANDIDOSES: candidíase, monilíase
Causada por leveduras do gênero Cândida, principalmente Candidad albicans (fungos saprofitários, que se
tornam patogênicos, dependendo da virulência, sistema imune – imunidade celular - e fatores predisponentes).
- C.tropicalis, C. parapsilosis, C. guilliermondii
- Pele ou mucosas candidose mucocutânea
- Fungemia com acometimento sistêmico candidose sistêmica
Fatores predisponentes:
o Menor grau de defesa (criança e idoso)
o Gravidez e anticoncepcionais
o Diabetes
o Terapia prolongada com ATB, corticóides, citostáticos
o Linfomas, tumores malignos, SIDA
o Umidade e maceração cutânea
o Irritação mecânica na mucosa bucal (prótese)
o Deficiências congênitas de Zn, Fé, função de neutrófilos
o Endocrinopatias
a) Candidose oral (estomatite cremosa; “sapinho”):
- Placas cremosas esbranquiçadas na cavidade oral
- Comum em lactentes (após a 2ª semana de vida)
- Idosos com dentes mal conservados ou próteses
- Imunodepressões (AIDS)
- Contaminação secundária à pênfigo vulgar, sífilis (placas mucosas)
- Casos graves: faringe, laringe, esôfago, traquéia, brônquios.
- Queilite angular (Perleche): pode ser causada por Cândida (pode ser causada também por estreptococos; atinge
comissura labial)
Diagnóstico: exame direto com KOH a 10% cultura = colônias cremosas brancas em 24-48horas (lembrando
que cultura não é feita em dermatófitos.
Tratamento:
- Eliminação de fatores predisponentes
- Lactentes: Desinfecção de mamadeiras e chupetas
Nistatina (suspensão oral) – 3-4x/dia ou
Violeta de genciana – solução aquosa 0,5% ou
Bicarbonato de sódio (solução 2%) – se possível bochechos
- Adultos: Nistatina (suspensão oral)
Nistatina drágeas 500000U: 1-2 drágeas; 3-4x/dia
b) Candidose vulvovaginal:
- Freqüente
- Fatores predisponentes: gravidez, anticoncepcionais, DM, ATBterapia prolongada, irritação mucosa vaginal.
- Leucorréia e placas esbranquiçadas/ vulva e mucosa vaginais
Diagnóstico: Exame direto (KOH)
Cultura
Excluir outros agentes de leucorréia (gonococo, trichomonas, clamídia, micoplasma, etc.)
Tratamento:
Nistatina creme vaginal Micostatin® creme vaginal – 7-10dias ou
Anfotericina B creme vaginal Talsutin® - 7-10 dias ou
Isoconazol creme vaginal Gyno-Icaden® creme vaginal – 2x/dia; 7 dias
Bicarbonato de sódio 1 colher sopa/ 1 litro de H2O – lavagem
Formas extensas: associar tratamento sistêmico
c) Candidose balanoprepucial:
- Fatores predisponentes: idade avançada, obesidade, diabetes, fimose, higiene inadequada, secagem insuficiente,
corticóides tópicos.
Clínica: Glande: lesões eritematosas ou eritemato-erosivas
Prepúcio: eritema e edema
Ardor e prurido
Pode haver infecção bacteriana secundária
Pode ocorrer por transmissão sexual
Tratamento:
Banhos com permanganato de potássio (KMnO4 = 1:4000) e secagem
Imidazólicos de uso vaginal: 2x/dia; 7-10 dias
Violeta de genciana (solução aquosa 0,1%), máximo 4 dias (se não irrita)
Formas extensas: associar tratamento sistêmico
Excluir fatores predisponentes: DM ou contágio
Formas recidivantes com fimose: postectomia
d) Candidose intertriginosa:
- Fatores predisponentes: obesidade, diabetes, imunidade, higiene inadequada
- Prurido de intensidade variável, às vezes, ardor
- Lesões eritematosas, úmidas, secretantes
- Erosões, fissuras, colarete córneo (“Candidose de fralda”)
- Lesões satélites (vesículas e pústulas)
- Dobras axilares, inguinais, submamárias
- Erosio interdigitalis blastomycetica: entre os dedos das mãos e dos pés (espaços interdigitais). Mãos:
frequentemente doença ocupacional (detergentes, sabões). Pés: hiperidrose é causa predisponente comum.
Tratamento:
Eliminar ou atenuar fatores predisponentes
Cremes imidazólicos
Violeta de genciana (solução aquosa 1%; máximo 3-4dias)
Formas extensas: terapia sistêmica associada
e) Candidose folicular:
- Foliculite por Candida albicans que acomete a barba
- Menos frequente
- DM e imunodeprimidos
- Pústulas foliculares ou erosões crostosas
- Diagnóstico: exame micológico
- Terapia tópica e sistêmica
- Lembra foliculite bacteriana
f) Candidose ungueal e periungueal (Paroníquia e onicomicose por Cândida):
- Muito comum
- Fatores predisponentes: H2O, sabões e detergentes, retirada da cutícula, higiene excessiva, DM, desnutrição,
imunodepressão
- Eritema e edema na dobra ungueal proximal
- Dor à pressão, às vezes, eliminando líquido serpurulento
- Distrofia ungueal e descolamento
- C. albicans, outros fungos e bactérias
Tratamento (Paroníquia):
Evitar contato com H2O, sabões e detergentes
Calor seco após cada contato com H2O
Creme imidazólico + creme antibacteriano
S/N antifúngico ou antibacteriano sistêmicos
g) Candidose mucocutânea crônica (CMC):
- Rara, grave
- C. albicans, C. tropicalis
- Formas:
Congênito-hereditárias: Defeito imunidade celular
Defeito imunidade humoral
Endocrinopatias
Deficiência de ferro
Adquiridas no adulto (tardia): Imunodepressão por uso prolongado de corticóides, citostáticos
Linfomas, tumores malignos
Infecção por HIV
- Início: estomatite ou paroníquia
- Depois:
Pápulas e nódulos disseminados cornos cutâneos
Queilite angular hipertrófica, intertrigo, paroníquia
Onicodistrofia, conjuntivite, blefarite
Eventualmente enterite, uretrite, cistite, endocardite
Susceptibilidade a infecções
- Congênita: CMC localizada: pele, mucosa oral unhas
CMC difusa: pele, mucosa oral unhas e infecções respiratórias
Candidose por síndrome endócrina
Diagnóstico: Exame micológico e quadro clínico
ANTIFÚNGICOS TÓPICOS (1 a 2x/dia; 6-8 semanas):
1. Derivados imidazólicos:
a) Isoconazol (Icaden®) creme, solução, spray
b) Oxiconazol (Oxipelle®) creme, solução
c) Cetoconazol (Nizoral®) creme; Cetonax® creme; Cetonil® creme
d) Tioconazol (Tralen®) 1% creme, loção, pó, spray; Tralen® 28% solução
e) Clotrimazol (Clotrimazol®) creme e solução
f) Miconazol (Daktarin®) loção cremosa; Vodol® creme, loção, pó
g) Econazol (Micostyl®) creme e loção
São os mais usados
Fácil utilização
Não irritantes
Pouco sensibilizantes
Amplo espectro de ação
Bloqueio da síntese de ergosterol (ligação com citocromo P450)
Dermatófitos, leveduras, bactérias, M. furfur
2. Ciclopiroxolamina® creme e solução
Amplo espectro de ação
Inibição da síntese protéica
Dermatófitos, leveduras e bactérias
Loprox® creme e solução; Loprox NL 80mg/g esmalte
3. Terbinafina
Amplo espectro de ação
Bloqueio da esqualeno-epoxidase, que se acumula e é tóxica para a célula
Dermatófitos, leveduras e outros fungos
Lamisil® creme, solução e gel 1%; Funtyl creme
4. Amorolfina
Composto da classe das dimetilmorfolinas
Dermatófitos, leveduras
Loceryl® creme 0,25% e esmalte 5%
ANTIFÚNGICOS SISTÊMICOS:
1) Fluconazol:
Oral e balanoprepucial 50-100mg/dia; 7-14dias
Vulvovaginal dose única 150mg
2) Itraconazol:
Oral, vulvovaginal, balanoprepucial 200mg/dia; 5 dias
Crianças: até 20kg = 25mg/dia
20-40kg = 50mg/dia
Mais de 40kg = 100-200mg/dia
OBS.: CMC tratar até o desaparecimento do quadro
3) Nistatina:
Candidose oral, esofagiana, intestinal
1-2 drágeas; 3x/dia (500 000U)
Crianças: 1-2ml; 3-4x/dia (suspensão oral – 100 000U/ml)
4) Anfotericina B (formas sistêmicas ou resistentes):
Dose inicial: 25mg
Continuar com 50mg
Dose total: 1,5 a 3g
Contra-indicações: cardiopatias e nefropatias
OBS.: Diluir anfotericina B em 500ml de solução glicosada a 5%, adicionar 25mg de succinato de hidrocortisona
EV, gota a gota, durante 6horas, em dias alternados.
5) Flucitosina (formas resistentes):
Dose: 150-200mg/kg/dia (total dividido 6/6horas)
Antifúngicos e interações medicamentosas:
Griseofulvina
Barbitúricos
Contraceptivos
Warfarin
Ciclosporina
Álcool
Terbinafina
Cimetidina
Rifampicina
Fenobarbital
Itraconazol e cetoconazol
Rifampicina, isoniazida, fenitoína
Fenobarbital, antagonistas H2 e H1
Hipoglicemiantes orais, digoxina
Antipirina, ciclosporina
BZD, contraceptivos orais

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Dermatofitoses

  • 1. MICOSES SUPERFICIAIS Doenças causadas por fungos e localizadas na epiderme e/ou anexos. Excepcionalmente podem invadir a derme ou até órgãos internos. 1) DERMATOFITOSES: Causadas por dermatófitos, que se alimentam de queratina. Poupam mucosas. Tinha = micose por dermatófitos (forma assexuada) Gêneros de dermatófitos: Microsporum ; Trichophyton ; Epidermophyton Cultura em meio de Sabouraud = diferencia gêneros e espécies. Na prática, realiza-se o exame micológico direto (presença de filamentos longos, septados) e, quando positivo, trata-se independentemente do gênero e espécie. Dermatófitos quanto ao seu hábitat: Antropofílicos próprios da espécie humana Zoofílicos próprios de animais (gato, cachorro, gado) Geofílicos próprios do solo Lesões decorrentes de: 1. Presença do fungo 2. Reação de sensibilidade específica ao agente causal ou a seus produtos, à distância do foco de infecção dermatofítides (pacientes com tinha do pé = olhar também as mãos) DERMATOFÍTIDES: Diagnose clínico: Vesículas ou bolhas = palmas das mãos e laterais dos dedos (focos nos pés) Pápulas foliculares = pescoço e tronco (focos no couro cabeludo) Diagnose laboratorial: Exame micológico positivo no foco Exame micológico negativo na lesão da dermatofítide Prova da tricofitina positiva: teste intradérmico (geralm não é feito no dia-dia) OBS.: Disidrose pode ser causada por uma dermatofítide a) Tinha do couro cabeludo: - Freqüente em crianças (contagiosa) – em adultos = imunossuprimidos - Trichophyton e Microsporum - Contato: indivíduos infectados, animais doentes (“pelada”) ou portadores, terra (solo) Tinha tonsurante: Placas de tonsura: cotos pilosos (como se o cabelo tivesse sido cortado), descamação. Evolução geralmente crônica Forma aguda quérion (Kérion Celsi) = placa bem delimitada, com muitas pústulas em seu interior, eritematosa, dolorosa Mícides tronco resposta de hipersensibilidade distantes do foco primário Tinha favosa: Placas no couro cabeludo, sem cabelo Pouco freqüente Grave: pode dar alopecia cicatricial, permanente Trichophyton schonleinii Essencialmente crônica Microendemias: ocorre em cidades do interior ou zona rural Favo clássico: godet ou escútula fávica (lesão pequena, crateriforme, no óstio folicular) Diagnóstico:
  • 2. - Exame micológico direto (mais comum) - Cultura em meio de Sabouraud - Luz de Wood: Fluorescência esverdeada – Microsporum Fluorescência verde-palha – T. schonleinii Sem fluorescência – demais Trichophyton Parasitismo = endotrix (esporos na parte interna do pêlo) e ectotrix (esporos na parte externa do pêlo) Tratamento: - Não responde à terapia tópica; faz-se terapia sistêmica por 6-12 semanas. - Griseofulvina (melhor absorvida em meio gorduroso) = 15-20mg/kg/dia; VO; 6-12 semanas/ dose dividida: depois do almoço e depois do jantar fulcin, esporoestatin - Outras opções: terbinafina, fluconazol - Terapia complementar: antifúngicos tópicos (solução ou loção) - Drenagem do quérion (se supuração intensa) b) Tinha da barba: Tinae barbae - Pouco comum - 3 tipos: Inflamatório Herpes cincinado Sicosiforme (semelhante à foliculite bacteriana) Tratamento: - Terapia sistêmica: 2-4 semanas Itraconazol 100mg/dia ou Terbinafina 250mg/dia ou Fluconazol 150mg/semana - Terapia tópica: 1 ou 2 vezes/dia (concomitante ao tratamento sistêmico; durante 1 mês) c) Tinha do corpo ou da pele glabra (sem pêlos): - Formas: Vesiculosa: crescimento centrífugo = cura no centro e progride nas bordas, pois dermatófitos alimentam- se de queratina, que está na camada córnea, bem superficial; não se aprofundam Tendência à infecção Anular: lesões eritemato-papulosas = podem ir confluindo, formando lesões circinadas, policíclicas, mais extensas. Em placas: placa homogênea, eritemato-escamosa, não tem tendência de cura central. Algumas vezes ocupam grandes segmentos da pele. Diagnóstico diferencial com psoríase e dermatite seborréica. Tratamento: Tópico se localizada, por 8 semanas Tópico + sistêmico se disseminada OBS.: Creme = melhor absorção em pele glabra Tinha do corpo: mto pruriginosa, bordas nítidas, progressão centrífuga (colhe-se o fungo nessas bordas) Dermatófitos: filamentos longos, septados, esverdeados d) Tinhas do pé (Tinea pedis) e da mão (Tinea manum): - A do pé é mais comum; nas mãos ocorrem mais dermatites - Formas: Intertriginosa: escamas e maceração nos espaços interdigitais, às vezes, com fissura Vésico-bolhosa: infecção 2ª, mais nos pés. Escamosa (mais freqüente): geralmente pruriginosa; muitas vezes se acompanha de tinha da unha OBS.: Acometimento dos espaços interdigitais: Dermatófitos ; Cândida ; Corynebacterium minutissimum Tratamento:
  • 3. Terapia tópica: 6-8 semanas (qualquer creme) Terapia tópica + sistêmica S/N (usado para lesões inflamatórias, mais extensas) e) Tinha inguinal: - Comum nos homens e menos frequente nas mulheres - Geralmente bilateral - Lesões eritemato-escamosas (bordas nítidas) eczema marginado de Elra (pois podem ter vesículas nas bordas) - Regiões inguino-crurais - Extensão para períneo, regiões glúteas e abdome inferior - Bordas nítidas - Se não tratar, vai se estendendo - Diagnóstico diferencial: Dermatite seborréica Dermatite de contato (sabões, amaciantes) lesões bilaterais Eritrasma (doença bacteriana causada pelo C. minutissimum; diabéticos, lesões eritemato-escamosas em axilas e região inguino-crural. Tratamento: Tópico: 6-8 semanas Tópico + sistêmico S/N Secar bem após os banhos; Uso profilático de cremes ou pós antifúngicos (talcos secantes) f) Tinha da orelha: - Pouco comum; mais freqüente em crianças - Microsporum canis - Orelha externa (eventualmente conduto auditivo) - Placas levemente eritemato-escamosas - Normalmente responde à terapia tópica (ocasionalmente é necessário terapia sistêmica) g) Tinha imbricada: - Tokelau ou Chimberê - Brasil, América Central, ilhas do Pacífico - Lesões escamosas com crescimento excêntrico - Trichophyton concentricum (agente causal) - Pode atingir grande extensão - Terapia tópica e sistêmica (normalmente sistêmico) h) Tinha da unha: - Dermatófito (Trichophyton e Epidermophyton) - Borda ungueal distal: massa córnea subungueal (mais comum) - Quando acometida, a unha perde seu brilho; pode ficar escurecida quando associada à infecção por Pseudomonas - Formas (inicialmente): Subungueal distal e/ou lateral - Subungueal proximal - Superficial - Essas formas podem evoluir para comprometimento total da lâmina ungueal Diagnósticos diferenciais: Psoríase / Líquen plano / Onicopatias congênitas / Onicopatias traumáticas Diagnóstico:Exame micológico direto e Cultura S/N Tratamento sistêmico: Após exame micológico direto positivo Itraconazol 200mg/dia; VO; 4-6meses ou Terbinafina 250mg/dia; VO; 3-4meses ou Fluconazol 150mg/semana; VO; 4-6meses - Pulsoterapia (dobra-se a dose num período):
  • 4. - Itraconazol (é o preferível para tratamento sistemico) = 200mg/ 2x ao dia/ 1 semana; suspender 3 semanas; repetir de 4-6x. - Terbinafina = 250mg/ 2x ao dia/ 1 semana, suspender 3 semanas, repetir 4-6 x. - Preferível terapia sistêmica (obrigatória) + tópica associada (esmaltes) - Evulsão cirúrgica geralmente não recomendada Tratamento Tópico: Amorolfina – 5% esmalte – 1x/semana; 6-12 meses ou Tioconazol – 28% solução – 2x/dia ou Ciclopiroxolamina – 8% esmalte = 3x/semana no 1º mês; 2x/semana no 2º mês; 1x/semana do 3º ao 6º mês. OBS.: Idade avançada / Hipertensão / Cardiopatias / Hepatopatias / Nefropatias (Nesses 5 casos, prefere-se os tópicos, porque os sistêmicos - ex.: imidazólicos - podem dar muitos efeitos colaterais e interações medicamentosas) OBS.: Onicomicose pode ser causada por: Dermatófitos ; Leveduras do gênero Cândida ; Leveduras exógenas ; Outros fungos OBS.: Dermatofitoses Extensas e Recidivantes: SIDA / Transplantes / QT ou RT antineoplásica / Diabetes / Uso de corticóides sistêmicos Nesses casos precisa-se de doses maiores e maior tempo de tratamento 2) CERATOFITOSES: São comensais, não parasitas, alimentam-se de restos epiteliais, não têm poder queratolítico. Geralmente não causam reação. Poupam mucosas. a) Pitiríase versicolor: - Malassezia furfur (M. pachydermatitis, M. simpodialis) - Extremamente comum - Clima quente e úmido - Adultos jovens de ambos os sexos - Predisposição constitucional (recidiva mesmo após tratamento) Clínica: o Máculas (cor variável – “versicolor”) com descamação: lesões lenticulares se juntam, formando lesões maiores. Pode ser hipo, hipercrômica, eritematosa. Diagn diferencial: farmacodermias e dermatite atópica o Sinal da unha: ao coçar com a unha, há descamação furfurácea (fina) o Sinal de Zileri: estiramento da pele descamação o Acomete pescoço, tronco, MMSS; em alguns casos as lesões são mais disseminadas o Couro cabeludo: é comumente afetado; se não for tratado a doença ficará recidivando Diagnóstico: o Raspar a pele com lesão lâmina o Luz de Wood: fluorescência rósea-dourada o Exame micológico direto: esporos e pseudo-hifas (esporos agrupados em “cachos de uva”; hifas mais curtas, grossas e septadas que nas dermatofitoses) Diagnóstico Diferencial: o Pitiríase Alba: causa desconhecida, às vezes, ligada à DA; lesões do tamanho de moedas, em faces extensoras, menos descamativa, dá queratose folicular. o Vitiligo: nas sua fase inicial é hipocrômico, mas não tem descamação Tratamento tópico:
  • 5. o Antifúngico imidazólico (solução ou loção) – 1x/dia; 6 semanas = passar somente nas lesões e após o banho; se parar o tratamento antes de 6 semanas, há recidiva. o Xampu antifúngico em dias alternados 15min/6 semanas: - Sulfeto de selênio 2,5% - Cetoconazol - Passar no couro cabeludo e também no corpo todo (10-15min) antes do banho o Solução aquosa de hipossulfito de sódio 25% (20-40%) pode ser usada em couro cabeludo; tratamento mais barato; 1x/dia após o banho Tratamento sistêmico: o Itraconazol – VO; 200mg/dia; 5 dias (principal) ou o Fluconazol – VO; 150mg/semana; 3 semanas ou o Cetoconazol – VO; 200mg/dia; 10 dias Foliculite pitirospórica: é a pitiríase versicolor que afeta pêlos - Malassezia furfur no folículo pilo-sebáceo - Pápulas eritematosas ou pústulas no dorso - Reação inflamatória = porção infundibular do pêlo - Diagnose: exame micológico direto - Tratamento: tempo maior de tratamento e recidiva mais comumente (tópico + sistêmico) Sabonete de enxofre e ácido salicílico (SAS-tid®) Formas resistentes e inflamatórias: Itraconazol; VO; 200mg/dia; 5 dias. Xampu de cetoconazol ou ciclopiroxolamina Pitiríase versicolor recidivante: - Casos de infecção recidivante sem fator predisponente - Seborréia ou composição do sebo desenvolvimento da M. furfur - Uso semanal de xampu e tópico - Itraconazol: 200mg/mês; 6 meses - Casos resistentes: isotretinoína oral b) Tinha negra: - Phaeoannellomyces werneckii - Áreas tropicais e semi-tropicais - Manchas castanhas escuras e pretas – Diagn Diferencial: melanoma maligno - Palmas e bordas dos dedos - Micológico direto: hifas escuras septadas - Regressão com antifúngicos tópicos - Baixa freqüência em Udia c) Piedra preta: - Piedraia hortai - Áreas tropicais (Amazônia) - Nódulos pretos (geralmente aderidos ao cabelo) - Cabelo (às vezes, barba e bigode) - Exame micológico direto: ascos com ascósporos - Tratamento: corte de cabelos; antifúngicos tópicos - Baixa freqüência d) Piedra branca: - Trichosporon beigelii (micronódulos em rosário) - Concreções cremosas brancas e castanho-claras - Pêlos pubianos, genitais e axilares (às vezes, barba, bigode, couro cabeludo) - Remoção mecânica fácil
  • 6. - Exame micológico direto: blastoconídeos e/ou artroconídeos - Tratamento: corte de cabelos; antifúngicos tópicos OBS.: Trichosporon beigelii pode causar: Piedra branca Fungemia em imunodeprimidos Tricosporonose gênito-inguinal Paroníquia e onicomicoses 3) CANDIDOSES: candidíase, monilíase Causada por leveduras do gênero Cândida, principalmente Candidad albicans (fungos saprofitários, que se tornam patogênicos, dependendo da virulência, sistema imune – imunidade celular - e fatores predisponentes). - C.tropicalis, C. parapsilosis, C. guilliermondii - Pele ou mucosas candidose mucocutânea - Fungemia com acometimento sistêmico candidose sistêmica Fatores predisponentes: o Menor grau de defesa (criança e idoso) o Gravidez e anticoncepcionais o Diabetes o Terapia prolongada com ATB, corticóides, citostáticos o Linfomas, tumores malignos, SIDA o Umidade e maceração cutânea o Irritação mecânica na mucosa bucal (prótese) o Deficiências congênitas de Zn, Fé, função de neutrófilos o Endocrinopatias a) Candidose oral (estomatite cremosa; “sapinho”): - Placas cremosas esbranquiçadas na cavidade oral - Comum em lactentes (após a 2ª semana de vida) - Idosos com dentes mal conservados ou próteses - Imunodepressões (AIDS) - Contaminação secundária à pênfigo vulgar, sífilis (placas mucosas) - Casos graves: faringe, laringe, esôfago, traquéia, brônquios. - Queilite angular (Perleche): pode ser causada por Cândida (pode ser causada também por estreptococos; atinge comissura labial) Diagnóstico: exame direto com KOH a 10% cultura = colônias cremosas brancas em 24-48horas (lembrando que cultura não é feita em dermatófitos. Tratamento: - Eliminação de fatores predisponentes - Lactentes: Desinfecção de mamadeiras e chupetas Nistatina (suspensão oral) – 3-4x/dia ou Violeta de genciana – solução aquosa 0,5% ou Bicarbonato de sódio (solução 2%) – se possível bochechos - Adultos: Nistatina (suspensão oral) Nistatina drágeas 500000U: 1-2 drágeas; 3-4x/dia b) Candidose vulvovaginal: - Freqüente - Fatores predisponentes: gravidez, anticoncepcionais, DM, ATBterapia prolongada, irritação mucosa vaginal. - Leucorréia e placas esbranquiçadas/ vulva e mucosa vaginais Diagnóstico: Exame direto (KOH) Cultura Excluir outros agentes de leucorréia (gonococo, trichomonas, clamídia, micoplasma, etc.)
  • 7. Tratamento: Nistatina creme vaginal Micostatin® creme vaginal – 7-10dias ou Anfotericina B creme vaginal Talsutin® - 7-10 dias ou Isoconazol creme vaginal Gyno-Icaden® creme vaginal – 2x/dia; 7 dias Bicarbonato de sódio 1 colher sopa/ 1 litro de H2O – lavagem Formas extensas: associar tratamento sistêmico c) Candidose balanoprepucial: - Fatores predisponentes: idade avançada, obesidade, diabetes, fimose, higiene inadequada, secagem insuficiente, corticóides tópicos. Clínica: Glande: lesões eritematosas ou eritemato-erosivas Prepúcio: eritema e edema Ardor e prurido Pode haver infecção bacteriana secundária Pode ocorrer por transmissão sexual Tratamento: Banhos com permanganato de potássio (KMnO4 = 1:4000) e secagem Imidazólicos de uso vaginal: 2x/dia; 7-10 dias Violeta de genciana (solução aquosa 0,1%), máximo 4 dias (se não irrita) Formas extensas: associar tratamento sistêmico Excluir fatores predisponentes: DM ou contágio Formas recidivantes com fimose: postectomia d) Candidose intertriginosa: - Fatores predisponentes: obesidade, diabetes, imunidade, higiene inadequada - Prurido de intensidade variável, às vezes, ardor - Lesões eritematosas, úmidas, secretantes - Erosões, fissuras, colarete córneo (“Candidose de fralda”) - Lesões satélites (vesículas e pústulas) - Dobras axilares, inguinais, submamárias - Erosio interdigitalis blastomycetica: entre os dedos das mãos e dos pés (espaços interdigitais). Mãos: frequentemente doença ocupacional (detergentes, sabões). Pés: hiperidrose é causa predisponente comum. Tratamento: Eliminar ou atenuar fatores predisponentes Cremes imidazólicos Violeta de genciana (solução aquosa 1%; máximo 3-4dias) Formas extensas: terapia sistêmica associada e) Candidose folicular: - Foliculite por Candida albicans que acomete a barba - Menos frequente - DM e imunodeprimidos - Pústulas foliculares ou erosões crostosas - Diagnóstico: exame micológico - Terapia tópica e sistêmica - Lembra foliculite bacteriana f) Candidose ungueal e periungueal (Paroníquia e onicomicose por Cândida): - Muito comum - Fatores predisponentes: H2O, sabões e detergentes, retirada da cutícula, higiene excessiva, DM, desnutrição, imunodepressão - Eritema e edema na dobra ungueal proximal - Dor à pressão, às vezes, eliminando líquido serpurulento
  • 8. - Distrofia ungueal e descolamento - C. albicans, outros fungos e bactérias Tratamento (Paroníquia): Evitar contato com H2O, sabões e detergentes Calor seco após cada contato com H2O Creme imidazólico + creme antibacteriano S/N antifúngico ou antibacteriano sistêmicos g) Candidose mucocutânea crônica (CMC): - Rara, grave - C. albicans, C. tropicalis - Formas: Congênito-hereditárias: Defeito imunidade celular Defeito imunidade humoral Endocrinopatias Deficiência de ferro Adquiridas no adulto (tardia): Imunodepressão por uso prolongado de corticóides, citostáticos Linfomas, tumores malignos Infecção por HIV - Início: estomatite ou paroníquia - Depois: Pápulas e nódulos disseminados cornos cutâneos Queilite angular hipertrófica, intertrigo, paroníquia Onicodistrofia, conjuntivite, blefarite Eventualmente enterite, uretrite, cistite, endocardite Susceptibilidade a infecções - Congênita: CMC localizada: pele, mucosa oral unhas CMC difusa: pele, mucosa oral unhas e infecções respiratórias Candidose por síndrome endócrina Diagnóstico: Exame micológico e quadro clínico
  • 9. ANTIFÚNGICOS TÓPICOS (1 a 2x/dia; 6-8 semanas): 1. Derivados imidazólicos: a) Isoconazol (Icaden®) creme, solução, spray b) Oxiconazol (Oxipelle®) creme, solução c) Cetoconazol (Nizoral®) creme; Cetonax® creme; Cetonil® creme d) Tioconazol (Tralen®) 1% creme, loção, pó, spray; Tralen® 28% solução e) Clotrimazol (Clotrimazol®) creme e solução f) Miconazol (Daktarin®) loção cremosa; Vodol® creme, loção, pó g) Econazol (Micostyl®) creme e loção São os mais usados Fácil utilização Não irritantes Pouco sensibilizantes Amplo espectro de ação Bloqueio da síntese de ergosterol (ligação com citocromo P450) Dermatófitos, leveduras, bactérias, M. furfur 2. Ciclopiroxolamina® creme e solução Amplo espectro de ação Inibição da síntese protéica Dermatófitos, leveduras e bactérias Loprox® creme e solução; Loprox NL 80mg/g esmalte 3. Terbinafina Amplo espectro de ação Bloqueio da esqualeno-epoxidase, que se acumula e é tóxica para a célula Dermatófitos, leveduras e outros fungos Lamisil® creme, solução e gel 1%; Funtyl creme 4. Amorolfina Composto da classe das dimetilmorfolinas Dermatófitos, leveduras Loceryl® creme 0,25% e esmalte 5%
  • 10. ANTIFÚNGICOS SISTÊMICOS: 1) Fluconazol: Oral e balanoprepucial 50-100mg/dia; 7-14dias Vulvovaginal dose única 150mg 2) Itraconazol: Oral, vulvovaginal, balanoprepucial 200mg/dia; 5 dias Crianças: até 20kg = 25mg/dia 20-40kg = 50mg/dia Mais de 40kg = 100-200mg/dia OBS.: CMC tratar até o desaparecimento do quadro 3) Nistatina: Candidose oral, esofagiana, intestinal 1-2 drágeas; 3x/dia (500 000U) Crianças: 1-2ml; 3-4x/dia (suspensão oral – 100 000U/ml) 4) Anfotericina B (formas sistêmicas ou resistentes): Dose inicial: 25mg Continuar com 50mg Dose total: 1,5 a 3g Contra-indicações: cardiopatias e nefropatias OBS.: Diluir anfotericina B em 500ml de solução glicosada a 5%, adicionar 25mg de succinato de hidrocortisona EV, gota a gota, durante 6horas, em dias alternados. 5) Flucitosina (formas resistentes): Dose: 150-200mg/kg/dia (total dividido 6/6horas) Antifúngicos e interações medicamentosas: Griseofulvina Barbitúricos Contraceptivos Warfarin Ciclosporina Álcool Terbinafina Cimetidina Rifampicina Fenobarbital Itraconazol e cetoconazol Rifampicina, isoniazida, fenitoína Fenobarbital, antagonistas H2 e H1 Hipoglicemiantes orais, digoxina Antipirina, ciclosporina BZD, contraceptivos orais