Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
A fofoqueira
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI
CAMPUS RIO MARATAOAN – BARRAS – PIAUÍ
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA – LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
PROª- ROSYMERE
BLOCO I; TURNO MANHÃ
COMPONENTES :
ACELINO
ELIDA
GIRLENO
IRANILDO
2.
3. O que é crônica humorística?
Narrativa ( conta uma estória) curta e leve, que apresenta fatos do
quotidiano, fazendo o leitor divertir-se.
4.
5. Durante três dias, Raquel, a fofoqueira do bairro,
observou a vizinha Valéria que morava na casa antiga,
na frente da sua. Rua sem saída. Os vizinhos
comentavam que Valéria havia enlouquecido. Fazia três
anos que perdera o marido e um ano da morte da
mãe. Valéria passou muito tempo de luto e tristeza. Dois
meses atrás, havia se aventurado numa viagem turística
ao Nordeste, junto com uma prima. Voltou de bom
humor, mas nos últimos dias falava sozinha, gesticulava,
ria... Teria alguma visita?
Nesta tarde de sábado, Valéria ria muito.
- Ela enlouqueceu!.. - gritou Raquel. - Venha, querido,
venha e olhe... O marido relutou um pouco, mas como a
esposa continuava: Venha... venha... ele deixou o jornal
e levantou-se, com dificuldade, da poltrona onde estava
esparramado. Aproximou-se da janela.
6. Olhe lá, olhe, João, parece que está falando com
alguém.. mas Valéria está sozinha desde que a mãe
morreu. Falarei com ela. Talvez precise de um médico...
de um psiquiatra... de terapia...
Raquel pegou o telefone: - Olá, Valéria? Você está
bem?
- Feliz com meu noivo nordestino – respondeu rindo
Valéria.
Raquel, curiosa, continuou a espiar pela janela. Querido,
venha, venha ver... venha, por favor... O marido
novamente deixa o jornal de lado e se aproxima a passos
vagarosos até a janela.
- Olhe, disse a mulher... Valéria fala e ri... sozinha....
- Sozinha, não! Com seu noivo imaginário, ironiza o
marido. Volta a sentar-se na poltrona e pega o jornal.
- Eu vou falar com ela – enfatiza Raquel.
7. Minutos depois, Raquel aperta com força a campainha. A porta se abre.
– Este é Armando, meu noivo... - grita Valéria da cozinha. Só nesse
momento Raquel repara no anão de pijama azul, na ponta dos pés,
segurando-se na maçaneta da porta. Sorridente, o anão a convida a entrar.
Raquel fica paralisada ao lado da porta.
Armando insiste. - Sente-se, vizinha, pode pegar um pedaço de bolo. Eu
mesmo fiz...
- Aqui está o chá mate!... – disse contente Valéria. Coloca a chaleira na
mesa, agacha-se e abraça o anão. Ele, sempre sorridente, dá um beijão na
boca da namorada. Depois sobe na escadinha que está ao lado da mesa e
serve um pedaço de bolo para dona Raquel.
Raquel, sem palavras, senta-se na cadeira e pega o pratinho com o bolo,
acanhada, não sabe o que dizer. Os três ficam em silêncio.
Raquel, tentando ser agradável pergunta: - É bolo de laranja?
8. No dia seguinte, Raquel falava com
Adelaide, a velhinha do sobradinho
amarelo, quando vê passar, Valéria, de
mãos dadas com Armando. Os dois,
sorridentes, cumprimentam e continuam
seu passeio.
Sem poder conter-se, Raquel murmura para
Adelaide: Como ela pode sair com um
homem tão pequeno?
A velhinha, muito jocosa, emenda: Segundo
ouvi dizer, Armando é pequeno só de
estatura, dona Raquel, só de estatura...
9. • Por que o título “A Fofoqueira”?
• Narrador: observador ou personagem?
• Quais os personagens da crônica?
• Onde se passa a estória?
• Em que fato do quotidiano o narrador se baseou?
10. • O final confirma ou contrasta com o início da crônica?
• O que gera humor no texto?
• Como é a linguagem? Formal ou coloquial?
• Discurso direto ou indireto?
12. Isabel Furini
Educadora e escritora, 59
anos, de nacionalidade
argentina, escreve poemas
desde criança, já foi
premiada em alguns
concursos. Publicou 15 livros,
entre eles a Coleção "A
Corujinha e os Filósofos" da
Editora Bolsa Nacional do
Livro, em 2006. Em 2007
redigiu a obra SENAC
PARANÁ, 60 ANOS.