2.
Modernismo brasileiro se estendeu de 1930 a
1945. como marco inicial
Carlos Drummond de Andrade ( 1902 -1987)
publicou Alguma Poesia, e como marco final
O Engenheiro, de Haroldo de Campos (1929
– 2003)
O mundo ainda sofria a depressão econômica
causada pela quebra da bolsa de Nova York,
em 1929
Contexto Histórico
3. Durante esse colapso no sistema financeiro mundial,
paralisações de fábricas, falências bancárias,
desemprego em massa, fome e miséria eram
constantes.
No Brasil, a República do café-com-leite ou República
Velha estava em crise.
Ocorreu a Revolução de 1930 no Brasil, que levou
Getúlio Vargas ao governo provisório.
Contexto Histórico
4.
Na década de 1930 houve uma significativa
irrupção de novos e brilhantes romancistas
Surgiram importantes editoras, como a de José
Olympio (1902 – 1990), que publicou os romancistas
inovadores do Nordeste.
A população brasileira chegou a 41,1 milhões de
habitantes em 1940, dos quais 56,2% eram
analfabetos
Contexto Histórico
5. Modernistas da primeira fase, como Mário de
Andrade (1893 - 1945) e Oswald de Andrade (1890
- 1954), continuavam ativos e conviviam na
imprensa com os autores da nova geração, como
Rachel de Queiroz.
Vargas iniciou a ditadura militar no Brasil, em
1937
E durou até 29 de outubro de 1945, quando
debaixo de pressões, Getúlio renunciou ao cargo.
Contexto Histórico
6. O modernismo foi caracterizado, no campo da
poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das
conquistas dos primeiros modernistas.
Nos anos de 1930 a 1945 a poesia modernista se
consolida e alarga seus horizontes temáticos.
Houve ainda a retomada de elementos simbolistas,
principalmente pelo grupo de poetas que se
agrupou em torno da revista carioca Festa.
Características
7.
O alargamento do campo temático ocorreu pela
abrangência de novos enfoques como se verá a
seguir:
Amadurecimento e solidificação da poesia
modernista.
Mistura do verso livre com formas tradicionais de
compor poemas.
Mistura da temática cotidiana com temática
histórico-social.
Revalorização da poesia simbolista
8. Vocabulário
Sintaxe
Escolha dos termos
A própria maneira de ver o mundo
Pregaram a rejeição dos padrões portugueses,
Valorização diferente do léxico(por meio de pronomes de
terceira pessoa, de certos adverbios, conectivos, numerais ou
por meio de substantivos).
Os modernistas afirmam
libertação em setores
como
9. Desejo de ser atuais.
Exprimir a vida diária.
Dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
Retratava coisas cotidianas descrevendo com palavras de
todo o dia.
Estilo retórico e sonoro.
Os modernistas afirmam
libertação em setores
como
10. A nossa prosa de ficção com renovada força,
criadora, nos punha em contato com um Brasil
pouco conhecido, herdeiros dos diretos
modernista de 1922, os modernistas da segunda
geração também se voltam para a realidade
brasileira, mas agora com a intenção de
denúncia social e engajamento político.
Autores dos romances de 30: Rachel de
Queiroz, Jose Lins do Rego, Graciliano Ramos,
Jorge Amado, Érico Veríssimo.
Principais Autores &
Prosa
12.
Nasceu em 17 de dezembro de 1905 e faleceu em 28
de novembro de 1975;
Pai de Luís Fernando Veríssimo;
Foi um escritor da fase modernista, onde a literatura
traz a reflexão dos problemas sociais;
Sua obra caracteriza-se em três fases.
Erico Lopes Veríssimo
13. Abrange 200 anos de história do Rio Grande do Sul;
Principal obra: “O Tempo e o Vento”.
Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de Érico
Veríssimo procura abranger duzentos anos da história do
Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro volume (O
continente), narra a conquista de São Pedro pelos
primeiros colonos e é considerado o ponto mais alto de
sua obra.
Romance Histórico
14.
Foi escrito durante a ditadura militar;
Principal obra: “Incidentes em Antares”.
Denuncia os males do autoritarismo e as
violações dos direitos humanos.
Romance Político
15. Caracteriza-se pela linguagem acessível;
Usa a técnica da contraponta;
Principal obra: “Caminhos Cruzados”.
As obras desta fase registram a vida da pequena burguesia
porto-alegrense, com uma visão otimista, às vezes lírica, às vezes
crítica, e com uma linguagem tradicional, sem maiores inovações
estilísticas. Desta fase destaca-se Caminhos cruzados, considerado
um marco na evolução do romance brasileiro. Nele, Érico
Veríssimo usa a técnica do contraponto que consiste mesclar
pontos de vista diferentes (do escritor e das personagens) com a
representação fragmentária das situações vividas pelas
personagens, sem que haja no texto um centro catalisador.
Romance Urbano
16.
“Clarissa” (1933)
"Música ao longe" (1936)
"Olhai os lírios do campo" (1938)
"O tempo e o vento" (1949-1962)
"Incidente em Antares" (1971)
Além dessas obras, Érico Veríssimo publicou contos,
livros de literatura infantil, como “Fantoche” (1932),
ensaios e críticas de literatura.
Principais Obras
18.
O Tempo e o Vento é uma série literária do
escritor brasileiro Érico Veríssimo. E narra a formação
do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias
Terra, Cambará, Carré e Amaral. Dividido em:
O Continente (1949) volumes 1 & 2,
O Retrato (1951) volumes 1 & 2,
O Arquipélago (1961) volumes 1, 2 & 3.
Os sete capítulos de O continente podem ser lidos de
diversas formas.
Tempo e o Vento
19. Símbolo da literatura regionalista gaúcha.
Obras que aliam a descrição denunciante do Realismo às
investigações psicológicas das personagens e liberdades
linguísticas do narrador, frutos do Modernismo.
Os dois volumes de O continente são os mais lidos e
conhecidos da trilogia.
Parte de seu conteúdo teve adaptações para o cinema e a
televisão: em 1985, a TV Globo adaptou "O Continente" para a
tela cuja produção recebeu o título da trilogia, "O Tempo e o
Vento" - o sucesso do personagem Capitão Rodrigo levou a
Editora Globo a publicar em separado o capítulo da obra a ele
dedicado, Um certo Capitão Rodrigo.
Tempo e o Vento
21.
Graciliano Ramos É o principal dos romancistas da
geração de 1930,
Considerado o maior representante da geração
neorrealista nordestina.
Sua obra é considerada como "clássica" pela qualidade
literária.
Graciliano Ramos
22.
Seus romances tratam tanto do:
Social (miséria, fome, seca, latifúndio).
Como do psicológico (opressão, medo, angústia etc.).
Linguagem condensada, sem retórica,
Romance crítico, de tensão entre a personagem e o
meio (natureza e sociedade), romance de esquerda.
Graciliano Ramos
23.
Acusado de ter participado da ANL (Aliança
Nacional Libertadora), passou por várias prisões, foi
levado para a ilha Grande, no estado do Rio de Janeiro,
onde permaneceu dez meses encarcerado.
Dessa experiência, nasceria Memórias do
cárceres, obra que ultrapassava os limites do pessoal
para se tornar um importante depoimento da realidade
brasileira da época e uma denúncia do atraso cultural e
do autoritarismo da era Vargas.
Graciliano Ramos
24. Obras de Graciliano Ramos:
Caetés (1933)
São Bernardo (1934)
Angústia (1936)
Vidas Secas (1938)
Além de Romancista ele também escreveu ainda Contos,
Crônicas e impressões de viagens.
Graciliano Ramos
27.
História de uma família de retirantes que vive em
pleno agreste os sofrimentos da estiagem. Universo
pobre de um homem (Fabiano), uma mulher (Sinhá
Vitória), os filhos e uma cachorra (Baleia).
Fabiano, Sinhá Vitória e os filhos são exemplos de
seres convertidos em criaturas, animalizados,
brutalizados por causa da precariedade de suas
condições de vida, enquanto abandonam a terra
onde nasceram e procuravam na cidade uma forma
de sobrevivência.
Vidas Secas
28.
A Perda de humanidade por parte dos personagens - "Os
seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a
quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo
(...)." – animalizando Fabiano.
Discurso indireto livre - um dos mais importantes
recursos narrativos de Graciliano Ramos, cuja retórica, e
de muitos verbalismos, parece se alojar no interior das
personagens, fundindo homem e paisagem, ação e
processos mentais. (Ao longo deste romance, é muito
comum as vozes do narrador e das personagens se
confundirem.).
O livro apresenta treze capítulos, dentre os quais alguns
podem até ser lidos em outra ordem (romance
desmontável) Somente o primeiro capítulo, "mudança", e
o último, "fuga", devem ser lidos nesta ordem.
Vidas Secas
29.
Implícita ou explicita a crítica social a toda pobreza no
sertão nordestino - Que acaba por prejudicar todo o país,
impedindo maiores desenvolvimentos.
Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação
dessa região com o resto do país (um Brasil pobre dentro
de todo o Brasil).
O próprio título da obra nos dá a mensagem que "Vidas"
se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de
abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta,
configurando um paradoxo.
Personagens são focalizados um por vez - o que mostra
que cada uma tem sua vida particular, acentuando-se a
solidão em que vivem.
Vidas Secas
31.
Nasceu na Bahia.
Ficou conhecido com o romance o País do Carnaval.
Publicou a Biografia de Prestes.
Seus livros estão traduzidos para mais de trinta línguas.
As obras eram regionalistas e de denúncia social.
Passou por varias fases e voltou-se para as crônicas.
Jorge Amado
32. Aos 19 anos Jorge Amado tornou-se um dos principais
representantes do romance nordestino e o autor brasileiro
com o maior número de livros vendidos no país e no
exterior.
Suas obras foram publicadas em 62 países e traduzidas
para 48 idiomas e dialetos.
No exterior escreveu o Subterrâneo da Liberdade, romance
em três volumes, no qual dissecava o Estado Novo e
denunciava a perseguição política, a tortura as prisões.
Em 1952 seus livros foram proibidos nos Estados Unidos.
Seus romances percorrem duas faces delimitadas por
Gabriela Cravo e Canela, publicado em 1958.
Jorge Amado
33.
O País do Carnaval, romance (1930).
Cacau, romance (1933).
Suor, romance (1934).
Jubiabá, romance (1935).
Mar morto, romance (1936).
Capitães da areia, romance (1937).
A estrada do mar, poesia (1938).
ABC de Castro Alves, biografia (1941).
O cavaleiro da esperança, biografia (1942).
Terras do Sem-Fim, romance (1943).
São Jorge dos Ilhéus, romance (1944).
Bahia de Todos os Santos, guia (1945).
Obras
36.
Gabriela Cravo &
Canela
Gabriela cravo e canela é dividido em duas partes, que
são em si, dividas em outras duas. A história começa em
1925,na cidade de Ilhéus. A primeira parte é Um Brasileiro
das Arábias e sua primeira divisão é O langor de Ofenísia.
No final da primeira parte aparece Gabriela, uma
retirante que planeja estabelecer-se em Ilhéus como
cozinheira ou doméstica, apesar dos pedidos do amante
que planeja ganhar dinheiro plantando cacau.
A segunda parte chama-se propriamente Gabriela Cravo
e Canela e sua primeira parte, o capítulo terceiro, chama-
se O segredo de Malvina, terceiro capítulo, passa-se: o
caso Malvina -Josué-Glória-Rômulo, as complicações
políticas e o ciúme de Nacib.
37. O capítulo acaba durante a festa de casamento de
Nacib e Gabriela (no civil, já que Nacib é muçulmano
não-praticante),quando chegam as dragas no porto de
Ilhéus. A quarta e última parte chama-se O luar de
Gabriela. Nesta resolvem-se todos os casos.
Cheio de uma crítica à sociedade ilheense, a própria
linguagem do autor muda quando foca-se a atenção
em Gabriela. Torna-se mais cantada, mais típica da
região(como é a fala de todos),deixando a leitura cada
vez mais saborosa.
Gabriela Cravo &
Canela
38.
Este romance aborda a época da fixação e
expansão das fazendas de cacau em São Jorge dos
Ilhéus.
Com a cobiça e o desejo de enriquecimento,
surgem as lutas entre dois fazendeiros: o coronel
Horácio da Silveira e Juca Badaró, da família dos
Badarós, a mais rica da região.
Ambas disputam as terras incultas de modo
violento, principalmente Horácio, para quem as armas
eram as únicas leis.
Terras do Sem-Fim
39. Ao lado dessa linha principal do enredo, há o drama de
Ester, esposa de Horácio, educada em outro meio e com outros
sonhos, e que não se acostuma com a vida fechada e cercada de
perigos que leva na fazenda, sempre sobressaltada pelos ruídos
da mata e pelos crimes. Quando conhece Virgílio, um novo
advogado que passa a frequentar sua casa, vê nele a figura de
seus sonhos de adolescente, perdidos com o casamento com
Horácio. Acaba por tornar-se sua amante.
A estrutura do livro mantém um suspense na sequencia
dos fatos que envolvem as lutas entre fazendeiros e capangas e
o drama íntimo de Ester. No final, ela morre de tifo enquanto
Virgílio, mais tarde, é assassinado por Horácio que ficara
sabendo de tudo. Com a posse do Sequeiro Grande, Horácio
torna-se o principal chefe de São Jorge do Ilhéus.
Terras do Sem-Fim
40. Nesta história, Jorge Amado narra a vida de um grupo de
meninos pobres que moram num trapiche abandonado em
Salvador. Os Capitães da Areia têm entre nove e dezesseis anos
e vivem de golpes e pequenos furtos, aterrorizando a capital
baiana.
Do valente líder Pedro Bala, com seu rosto atravessado por uma
cicatriz de navalha, ao carola Pirulito, que reza todas as noites
para purgar seus pecados; do sensato Professor, o único
inteiramente letrado do grupo, ao sedutor Gato, aprendiz de
cafetão, cada um desses meninos tem sua personalidade
própria, sua concepção de mundo, seus sonhos modestos.
Os meninos crescem e encontram caminhos variados:
marinheiro, artista, frade, gigolô, cangaceiro. O líder Pedro Bala
decide lutar e assumir a tarefa de mudar o destino dos mais
pobres.
Capitães da Areia
41. Influenciada pela militância comunista do autor na época
em que foi escrita, a narrativa de Capitães da Areia
transcende a orientação política mais imediata. Divididas
entre a inocência da infância e a crueza do universo
adulto, as crianças têm de lidar com um cotidiano ao
mesmo tempo livre e vulnerável, revelando um
desamparo e uma fragilidade que, em muitos aspectos,
permanecem atuais.
A má fama do grupo, no entanto, se espalha pela cidade.
Contra eles se levantam os jornais, a polícia, o juizado de
menores e as “famílias distintas”. Mas há também quem
os ajude: o padre José Pedro, a mãe de santo Don’Aninha,
o estivador João de Adão e o capoeirista Querido-de-
Deus.
Capitães da Areia
43. Romancista brasileiro nascido no engenho Corredor, no
município de Pilar, Paraíba. Em 3 de julho de 1901.
Traçou um panorama da terra e da sociedade do nordeste
durante o ciclo da cana-de-açúcar iniciou sua primeira
fase de romancista (1930-1936).
Um dos mais notáveis escritores brasileiros. De família
ligada á economia açucareira,
Fez parte do movimento Literário Modernismo, segunda
geração.
Jose Lins do Rego
45.
Romancista brasileiro nascido no engenho Corredor, no
município de Pilar, Paraíba. Em 3 de julho de 1901.
Traçou um panorama da terra e da sociedade do nordeste
durante o ciclo da cana-de-açúcar iniciou sua primeira
fase de romancista (1930-1936).
Um dos mais notáveis escritores brasileiros. De família
ligada á economia açucareira,
Fez parte do movimento Literário Modernismo, segunda
geração.
Os ciclos em torno
do engenho
46.
3º Ciclo: Obras independentes
Apresentam temas diferentes e diversificados, com
lutas proletárias, lirismo erótico e memorialismo.
Obras: O moleque Ricardo, Pureza, Água Mãe,
Riacho Doce, Eurídice e Meus verdes anos.
Os ciclos em torno
do engenho
47. Riacho doce(1939),
Água-mãe(1941), Primeiro romance ambientado fora
do Nordeste, ambientado em Cabo Frio, Rj,
Fogo morto(1943), seu melhor romance,
Eurídice (1947), que tem como cenário o Rio de
Janeiro e lhe deu o prêmio Fábio Prado,
cangaceiros(1953)que marcou um retorno do
romancista á literatura regional.
Obras
51.
Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto.
E nada é mais triste do engenho de fogo morto. Uma
desolação de fim de vida, ruína, que dá á paisagem
rural uma melancolia de cemitério abandonado. Na
bagaceira, crescendo, o mata-pasto de cobrir gente,
melão entrando pelas fornalhas, os moradores fugindo
para outros engenhos, tudo deixado para um canto, e
até os bois de carros vendidos para dar de comer aos
seus donos.
Resumo de “Menino
do Engenho”
52.
Ao lado da prosperidade e da riqueza do meu
avô, eu vira ruir, até no prestígio de sua autoridade,
aquele simpático velhinho que era o coronel Lula de
Holanda, com seu santa fé caindo aos pedaços. Todos
barbados, como aqueles velhos dos álbuns de retratos
antigos, sempre que saíam de casa era de cabriolé e de
casimira preta. A sua vida parecia um mistério. Não
plantava um pé de cana e não pedia um tostão
emprestado a ninguém.
Resumo de “Menino
do Engenho”
54.
Nasceu em Fortaleza, Ceara em 17 de novembro de
1910,
Foi professora, jornalista, romancista, cronista e
teatróloga,
Primeira mulher a entrar para a academia de letras.
Descendente pelo lado materno de José de Alencar.
Raquel Queiroz
55.
Em 1993, foi a primeira mulher a receber o Prêmio
Camões
Em 1927 lançou seu primeiro romance: “Historia de
um nome”.
Em 1930, aos 20 anos, ficou nacionalmente conhecida
ao publicar sua obra “O quinze”.
Raquel Queiroz
56. Romances: O quinze (1930), João Miguel (1932);
Caminho de pedras (1937) As três Marias (1939);
Dôra, Doralina (1975); O galo de ouro (1985) -
folhetim na revista “O Cruzeiro", (1950); Obra
reunida (1989); Memorial de Maria Moura (1992).
Literatura Infanto-Juvenil: O menino mágico (1969);
Cafute & Pena-de-Prata (1986); Andira (1992); Cenas
brasileiras - Para gostar de ler 17.
Teatro: Lampião (1953); A beata Maria do Egito
(1958); Teatro (1995); O padrezinho santo (inédita); A
sereia voadora (inédita).
Obras
57.
Crônica: A donzela e a moura torta (1948); 100 Crônicas
escolhidas (1958) O brasileiro perplexo (1964); O caçador
de tatu (1967); As menininhas e outras crônicas (1976); O
jogador de sinuca e mais historinhas (1980); Mapinguari
(1964); As terras ásperas (1993); O homem e o tempo (74
crônicas escolhidas); A longa vida que já vivemos; Um
alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas;
Cenas brasileiras; Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima);
Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002).
Antologias: Três romances (1948); Quatro romances
(1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras, As
três Marias); Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai.
Obras
60.
Publicado em 1930, o romance de Raquel Queiroz
renovou a ficção regionalista
A obra apresenta a seca do nordeste e a fome como
consequência
O titulo evoca a terrível seca do ceara em 1915.
A obra compõe-se de 26 capítulos, sem títulos,
enumerados.
É um romance regionalista de temática social.
O Quinze
61.
A linguagem é natural, direta, coloquial, simples e
sóbria.
O quinze e narrado em terceira pessoa.
Composta pelo pelos personagens: Conceição,
Vicente, Chico, Bento, Cordulina, Josias, Pedro,
Manuel(Duquinha), Paulo, Mocinha, Lourdinha,
Alice, Dona Inácia, Major, Dona Idalina, Dona
Maroca, Marinha Garcia, Luís Bezerra, Doninha,
Zefinha e Chiquinha Boa.
O Quinze
62. O romance O Quinze projetou nacionalmente o nome de
Rachel de Queiroz. Retomando o tema da seca, que já fora tratado
em outros romances, Rachel deu-lhe maior dimensão social, sem
deixar de lado a análise psicológica de algumas personagens.
A marcha penosa e trágica da família de Chico Bento, que
representa o retirante, constitui o núcleo dramático da obra. A par
disso, desenvolve-se o drama da impossibilidade de comunicação
afetiva entre Vicente e Conceição; ele, um dono de fazenda
sensível à miséria que o rodeia, mas impotente para eliminá-la;
ela, uma moça da cidade atraída pela figura livre e franca de
Vicente, mas que não consegue penetrar em seu mundo rude,
quase selvagem.
O Quinze