A região da Palestina é historicamente ocupada por judeus e palestinos. Após a 1a Guerra Mundial, o Reino Unido dividiu a região e incentivou a migração judaica, aumentando as tensões. Em 1947, a ONU propôs a divisão em dois estados, mas os palestinos rejeitaram a proposta, dando início a um longo conflito entre as partes.
3. A Questão da Palestina
A região da Palestina é o território histórico de dois povos: judeus e palestinos. Os
judeus ocuparam a região há mais de 4 mil anos, mas se espalharam pelo mundo
devido à repressão sofrida durante os Impérios Romano e Otomano. Os palestinos
ocuparam a região por um período continuo de 2 mil anos.
1922
O Reino Unido divide a região em Palestina e Transjordânia,
restringindo o assentamento judeu à Palestina. A indicação
de que os britânicos quererem criar ali uma nação para os
judeus faz com que aumente a migração vinda da Europa.
1918
O Império Otomano alia-se à Alemanha e sai
derrotado da 1ª Guerra Mundial. Seu território
é dividido entre França e Reino Unido, que fica
com a região da Transjordânia.
1947
A Grã-Bretanha anuncia sua intenção de repassar o mandado da
Palestina para a ONU. No mesmo ano, a ONU aprova um plano que
divide o território em dois estados. Os judeus, massacrados na Europa
pelo regime nazista na 2ª Guerra Mundial, aceitam a proposta, mas os
árabes a rejeitam.
4. Cronologia do Conflito - I
1948
Israel declara sua independência em relação
ao Reino Unido. No mesmo ano, Líbano, Síria,
Iraque, Egito, Transjordânia (Jordânia) e árabes
locais atacam o no Estado judeu, na 1ª Guerra
árabe-israelense, que dura 13 meses.
1949
Após a 1ª Guerra árabe-israelense, Israel
faz acordo com países vizinhos. O
território palestino é dividido em 3 partes:
o Estado de Israel, a Cisjordânia, sob
responsabilidade da Jordânia, e a Faixa
de Gaza, sob responsabilidade do Egito
1956
Israel invade a Península do Sinai, território do Egito, com o apoio
da França e do Reino Unido, que tinham interesses econômicos
no canal de Suez. Por conta da pressão dos EUA e da URSS, no
ano seguinte Israel retira seu Exército do Sinai.
1967
Na Guerra dos Sete Dias, Israel vence Egito, Síria,
Jordânia e Iraque, expandindo seu território e
conquistando o Sinai, a Faixa de Gaza, a
Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de
Golã (até então território da Síria.
1973
Na Guerra de Yom Kippur, a Síria e o Egito atacam Israel nas Colinas
de Golã e no Sinai. Jordânia, Iraque e outras nações árabes dão
apoio às ofensivas. Após duas semanas de guerra, o Exército de
Israel consegue afastar as tropas agressoras.
1978
Egito e Israel assinam o acordo de Camp David. Os
israelenses se comprometem a deixar o Sinai em
troca de paz e de negociações futuras sobre a
Faixa de Gaza e a Cisjordânia. No ano seguinte, o
Egito se trona o primeiro país árabe a reconhecer
a Estado de Israel oficialmente.
5. Cronologia do Conflito - II
1988
1982
Israel invade o Líbano para remover
forças da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina, criada em
1964 com o objetivo de substituir o
Estado de Israel por um Estado da
Palestina independente), depois de
violações
de
um
cessar-fogo
negociado no ano anterior.
Em 1981, Israel bombardeou a sede
da OLP em Beirute. A 1ª guerra do
Líbano acaba no ano seguinte,
com
a
retirada
das
tropas
israelenses.
1987
1ª Guerra do
Líbano
O Conselho Nacional da Palestina proclama o Estado da Palestina
independente, mas não é reconhecido pela ONU. O Paquistão é o
primeiro país a reconhecer o Estado da Palestina.
1982
Começa a 1ª Intifada, revolta popular palestina que se espalhou
pela Cisjordânia e pela faixa de Gaza, e que contou com resposta
das forças israelenses. O braço em Gaza de um movimento
muçulmano do Egito se separa, criando o grupo Hamas.
1993
É assinado o Tratado de Oslo, segundo o qual
Israel se compromete a devolver partes da
Cisjordânia e da Faixa de Gaza em troca de
um acordo de paz. O acordo também criou a
Autoridade Nacional Palestina, que ficaria
responsável por administrar sua parte do
território.
Autoridade
Nacional
Palestiniana
Jericó
Gaza
1994
Israel retira sua presença militar de Jericó e da
cidade de Gaza.
2000
Israel oferece aos palestinos soberania em áreas da
Cisjordânia e da Faixa de Gaza; porém, exige
soberania completa em todos os locais sagrados. A
disputa por Jerusalém intensifica o impasse e, assim,
não há acordo. Explode a segunda Intifada.
6. Atualidade
► A pacificação na região não se concretizou.
Trechos do Muro de Fronteira da Cisjordânia.
► Diversas barreiras foram construídas ao longo das fronteiras
de Israel para dificultar a ação de grupos terroristas
palestinos.
► Mais de 3 milhões de palestinos querem voltar para sua
terra mas são impedidos por Israel.
► Continuam os ataques suicidas contra israelenses.
Uma explosão causada por um ataque aéreo
israelense na Faixa de Gaza durante o conflito de
2008-2009 entre Israel e Gaza, janeiro de 2009
► Israel não aceita Jerusalém como capital da Palestina.
► Várias pessoas, incluindo crianças, morrem todos os dias,
dos dois lados.
► A Cisjordânia não tem autonomia total.
► A Faixa de Gaza continua sendo uma região de grande
tensão.
Um foguete disparado por um civil na Faixa
de Gaza para o sul de Israel, janeiro de 2009.
7.
8. Uma Introdução ao Irã
A maior parte do território do Irã, localizado entre o mar Cáspio e o
golfo Pérsico, no Oriente Médio, é formada por platôs desérticos. Ao
norte, na região das montanhas Elburz, estão as áreas mais férteis.
A economia baseia-se na exploração de petróleo – é o segundo mais
importante produtor da região, atrás da Arábia Saudita.
O marco do período moderno é o golpe de Estado de 1921, em que
o general Reza Khan derruba o sultão Kajar, coroando-se xá em
1926 com o nome de Reza Shah Pahlevi. Um decreto real, em 1935,
muda o nome do país de Pérsia para Irã.
Durante a II Guerra Mundial, o Irã é ocupado por britânicos e
soviéticos. O xá abdica em favor do filho, Mohammad Reza Pahlevi.
Visão Panorâmica de Teerã, capital do Irã.
A Torre Azadi é um dos principais símbolos de Teerã.
9. A Revolução Iraniana - I
A Revolução Iraniana, ou Revolução Islâmica do Irã, começou como um movimento
popular pela democratização e terminou com a criação de um Estado Islâmico. O
episódio transformou completamente a estrutura social do país e foi um dos momentos que
marcaram o século 20.
Antes da revolução, o Irã era governado pelo xá (rei) Reza Pahlevi. O poder era
concentrado dentro de seu círculo de amigos e aliados pró-Ocidente. A desigualdade
entre ricos e pobres se aprofundou nos anos 1970. Críticas à política econômica e ao estilo
autoritário do xá estimularam a oposição ao seu regime.
Mohammad Reza Shah Pahlavi em 1973.
O xá estava no poder desde 1941, com uma curta interrupção em 1953 quando teve que
abandonar o país. Retornou no mesmo com a ajuda de uma operação da CIA, batizada de
Operação Ajax.
As principais vozes da oposição se concentraram na figura do aiatolá Ruhollah Khomeini,
um clérigo xiita que vivia exilado em Paris. Ele prometeu reformas sociais e econômicas,
receitando uma retomada de valores religiosos tradicionais muçulmanos.
No final dos anos 70, uma série de protestos violentos contra o regime de Pahlevi tomou as
ruas do Irã. A instabilidade aumentou com uma onda de greves gerais, que abalaram
também a economia iraniana. Em janeiro de 1979, o xá deixou Teerã para um período de
“férias”. Nunca mais voltou.
Aiatolá Ruhollah Khomeini.
10. A Revolução Iraniana - II
Em sua última decisão antes de fugir, o xá indicou o primeiro-ministro Shahpur Bakhtiar
como governante do Irã durante a sua ausência. Bakhtiar tentou conter a onda
oposicionista e não autorizou o aiatolá Khomeini a formar um novo governo.
Em 1º de fevereiro de 1979, o aiatolá Khomeini voltou ao Irã de seu exílio na França.
A instabilidade política e social aumentou. Em várias cidades, ocorreram enfrentamentos
entre militantes pró-Khomeini e a polícia e manifestantes a favor do regime.
Em 11 de fevereiro, tanques tomaram as ruas de Teerã entre rumores de golpe militar.
Mas, com o passar do dia, ficou claro que o Exército não estava interessado em tomar o
poder. Os revolucionários tomaram a principal estação de rádio da capital e declararam:
“Esta é a voz da revolução do povo do Irã!”.
O primeiro-ministro Bakhtiar renunciou. Dois meses mais tarde, Khomeini teve uma
enorme vitória num referendo. Ele declarou a criação de uma República Islâmica e foi
escolhido como perpétuo líder supremo político e religioso do Irã.
Foram reintroduzidos os castigos corporais para quem violasse os preceitos da sharia
(sexo fora do casamento, adultério, consumo de álcool) e a pena de morte foi aplicada
não só aos defensores do xá, como também em prostitutas, homossexuais e marxistas.
Desembarque do Aiatolá Ruhollah Khomeini
em 1º de Fevereiro de 1979.
Protestos contra o Xá em Teerã.