SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
Baixar para ler offline
Linfadenectomia em
Câncer de Próstata
Guilherme Behrend Silva Ribeiro
Residências de Urologia e Transplante Renal no HCPA
Mestre em Medicina - Ciências Cirúrgicas UFRGS
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Membro da Comissão de Atualização On-Line da SBU/RS 2016-17
07 de Abril de 2017
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
1. Epidemiologia
INCA, 2016
NCCN Risk Groups
Risk Group Definition Incidência
Very Low / Low
T1c or T2a and
PSA < 10 ng/mL and
Gleason score 6
40-60%
Intermediate
T2b-T2c or
PSA 10-20 ng/mL or
Gleason score 7
22-28%
High / Very
High
T3a or
PSA ≥ 20 ng/mL or
Gleason ≥ 8
7-11%
Metastatic
N1 1-3%
M1 2-7%
Patrikidou, Prostate Cancer Prostatic Dis 2014
Lu-Yao, Eur Urol 2015
Sammon, Eur Urol 2015
≃55% das
≃3% das
≃12% das
1. Epidemiologia
≃30% das
Boevee, Eur J Cancer. 2010
Schröder, Lancet. 2014
Albertsen, JAMA 2005
PR
CaP
Tratamos todos os CaPs da mesma forma?
CaP
NÃO!
PR
Mohler, NCCN 2016
Mottet, EAU 2016
Espectro do CaP localizado
Vigilância Ativa
Prostatectomia Radical
Radioterapia
Prostatectomia Radical ± eLND
Radioterapia + HT 6m
Prostatectomia Radical + eLND
Radioterapia + HT 2-3 anos
Médio RiscoBaixo Risco Alto Risco
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
2. Diretrizes
• NCCN - sempre! Exceto se risco de mtx LFN <2%
• EAU - sempre! Exceto se risco de mtx LFN <5%
• AUA - “Pelvic lymphadenectomy can be performed concurrently with radical
prostatectomy and is generally reserved for patients with higher risk of nodal involvement.”
Mohler, NCCN 2017
Mottet, EAU 2017
Thompson,AUA 2007 (Rev 2011)
Quando fazer linfadenectomia estendida
(eLND) em CaP de médio e alto risco?
Na prática, pacientes com indicação de prostatectomia radical
serão quase sempre candidatatos a eLND.
2. Diretrizes
Mottet, EAU 2017
EAU 2017
0.05
Nomograma de Briganti
Ex. de probab. <5%:
T1c, G7(3+4),
20% frag. +, PSA 5
(Probabilidade = 1%)
Briganti, Eur Urol 2012
2. Diretrizes
Disponível em calculadora on-line: http://skynet.ohsu.edu/nomograms/prostate/ProstateNodes.php
http://skynet.ohsu.edu/nomograms/prostate/ProstateNodes.php
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
3. Por que?
• Exames de imagem em geral têm sensibilidade ruim para estadiamento
linfonodal primário:
• TC e RNM < 40% 1
• PET/CT c/ colina = 19% 2
• Mais promissor é o 68Ga-PSMA PET/CT ou PET/RNM = 66% de
sensibilidade3
• Ainda menos sensível que a eLND
Para fazer estadiamento
regional (N) adequado
1Hövels, Clin Radiol 2008
2Van den Bergh, Urol Oncol 2015
3Maurer, J Urol 2016
3. Por que?
• Taxa de pacientes N+ corretamente estadiados, conforme diferentes
linfadenectomias:
• Limitada (obturadores e il. externos) = 76%
• Estendida mínima (limitada + il. internos) = 94%
• Super-estendida (estendida + il. comuns e sacrais) = 97%
1Joniau, Eur Urol Suppl 2013
Para fazer estadiamento
regional (N) adequado
• 231 pctes com PSA mediano = 6,7 ng/ml
• 25% dos pctes com Gleason ≥ 7 tinham N+ ☞ indicada eLND
• Apenas 3% dos pctes com Gleason ≤ 6 tinham N+ ☞ contra-indicada eLND
(aliás, qualquer linfadenectomia)
Fazer eLND mesmo se PSA<10 ?
3. Por que?
• 315 pctes com CaP tratados com PR + eLND, diagnosticados como pN1
• Sobrevida câncer-específica em 10 anos foi 74.7% , 85.9%, 92.4%, 96.0%, e 97.9%
para pctes com 8, 17, 26, 36, e 45
linfonodos ressecados, respectivamente.
Melhor sobrevida para pctes com N+?
3. Por que?
• SEER - 13.020 pctes submetidos a PR (com ou sem linfadenectomia)
• Em pacientes pN0:
• >10 linfonodos removidos está associado a ↓ risco de morte por CaP
Melhor sobrevida, mesmo se pN0?
3. Por que?
• 5,038 pctes consecutivos submetidos a PR
• Em pacientes pN0:
• ↑ nº de LFN removidos está associado a ↑ sobrevida livre de recorrência bioquímica
Melhor sobrevida, mesmo se pN0?
3. Por que?
• 88 pctes com pN1 submetidos a PR + eLND (mediana 21 LFNs), com
seguimento médio de 15,6 anos:
• Se apenas 1 LFN+:
• Sobrevida câncer-específica = 75%
• Livre de recorrência bioquímica (sem BH) = 20%
Chance de cura?
3. Por que?
• É o melhor método de estadiamento
• Define prognóstico
• Auxilia na indicação de tratamentos adjuvantes que podem melhorar
sobrevida
• Pode ser curativa para pacientes com envolvimento linfonodal limitado
Em suma, quais são as razões para
fazer a eLND?1,2
3. Por que?
1Wagner, J Urol 2008
2Fossati, Eur Urol 2017
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
OK, vamos fazer a eLND.
Qual é a extensão?
4. Áreas da eLND
• Sítios primários de drenagem linfática removidos, cfe extensão da linfadenectomia1:
• Limitada (obturadores e il. externos) = 38%
• Estendida mínima (limitada + il. internos) = 63%
• Estendida + il. comuns (até cruz. do ureter) = 75%
Mapeamento dos sítios primários
de drenagem linfática
4. Áreas da eLND
Linfadenectomia estendida mínima
(obturadores, il. externos e internos)
• Compreende 63% dos sítios primários de drenagem linfática1
• Estadia corretamente 94% dos pacientes N+2
• Ainda assim, 25% dos pctes N+ seguem com LFN+ não retirados2
1Mattei, Studer, Eur Urol 2008
2Joniau, Eur Urol Suppl 2013
4. Áreas da eLND
Linfadenectomia estendida mínima
(obturadores, il. externos e internos)
Importância dos LFN ilíacos internos:
• Correspondem a 25% dos sítios primários de drenagem linfática1
• Entre os pacientes com metástases linfonodais:
• Estão envolvidos em 48% dos casos 2
• Densidade linfonodal (LFN positivos/LFN totais) 2x maior que
qualquer outra zona = 11% 3
4. Áreas da eLND
1Mattei, Studer, Eur Urol 2008
2Heck, Eur Urol 2013
3Joniau, Eur Urol Suppl 2013
Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009.
Linfadenectomia estendida mínima
(obturadores, il. externos e internos)
4. Áreas da eLND
Linfadenectomia estendida mínima
(obturadores, il. externos e internos)
• Principais ricos na dissecção dos LFN il. internos:
• Lesão vascular (ramos da art. e veia ilíaca interna)
• Lesão neurológica (plexo hipogástrico inferior)
4. Áreas da eLND
Anatomia do PHI
Baader and Herrmann, Clin Anat 2003.
• O plexo hipogástrico inferior (PHI) fica medial aos vasos sanguíneos
• Portanto, para chegar aos órgãos pélvicos, algumas artérias penetram o PHI
• A artéria vesical inferior em 33% das hemipelves
• A artéria vesical superior em 6% das hemipelves
Adapted from Baader, Clin Anat 2003
4. Áreas da eLND
Anatomia do PHI
Burkhard, Studer, Nat Clin Pract Urol 2005
Vasos vesicais inferiores
4. Áreas da eLND
Linfonodos ilíacos comuns
Linfonodos sacrais
Linfonodos pré-isquiáticos
Linfadenectomia super-estendida
(estendida + outras regiões)
4. Áreas da eLND
Linfonodos ilíacos comuns:
• Correspondem a 16% dos sítios primários de drenagem linfática1
• Entre os pacientes com metástases linfonodais:
• Estão envolvidos em até 37% dos casos2
• Envolvidos isoladamente em até 11% dos casos2
• Em estudo que utilizou análise molecular (PCRq para calicreína 3) e histológica
1Mattei, Studer, Eur Urol 2008
2Heck, Eur Urol 2013
Linfadenectomia super-estendida
(estendida + outras regiões)
4. Áreas da eLND
Mauroy and Abbou, Surg Radiol Anat 2003.
Adapted from Mauroy, Surg Radiol Anat 2003
• Principal risco:
• Lesão da veia ilíaca comum
esquerda (não dissecar!)
4. Áreas da eLND
Linfonodos sacrais:
• Correspondem a 7% dos dos sítios primários de drenagem linfática1
• Entre os pacientes com metástases linfonodais:
• Estão envolvidos em 9% dos casos2
• Envolvidos isoladamente em até 3% dos casos2
Linfadenectomia super-estendida
(estendida + outras regiões)
1Mattei, Studer, Eur Urol 2008
2Joniau, Eur Urol Suppl 2013
4. Áreas da eLND
Mauroy and Abbou, Surg Radiol Anat 2003.
Adapted from Mauroy, Surg Radiol Anat 2003
• Principal risco:
• Lesão do plexo hipogástrico superior
4. Áreas da eLND
Linfonodos pré-isquiáticos (fossa de Marcille):
• Correspondem a até 18% dos sítios primários de drenagem linfática1
• Entre os pacientes com metástases linfonodais:
• Estão envolvidos em ≃7% dos casos1,2
1Nguyen,Thalmann, Eur Urol 2016
2Osmonov, Urology 2011
Linfadenectomia super-estendida
(estendida + outras regiões)
4. Áreas da eLND
• Principais riscos:
• Lesão das v. ilíacas internas
• Lesão do nervo obturador
Osmonov, Urology 2011
4. Áreas da eLND
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
• Comparado a LND limitada, eLND está associada a:
• tempo cirúrgico (≃30min)
• complicações em geral
• complicações intra-operatórias
• tempo de internação
• = complicações pós-operatórias
5. Morbidade
• 963 pctes - eLND(n=767) vs LND limitada (n=196)
• complicações em geral - 20% vs 8% (p<0,001)
• linfocele - 10% vs 5% (p=0.01)
• tempo de internação - 10 vs 8 d (p<0,001)
• = taxa de TVP - 0,8% vs 0,5% (p=0,6)
5. Morbidade
5. Morbidade
1. Preservação dos linfáticos laterais à artéria iliaca externa
2. Cotos linfáticos proximais e distais devem ser ligados ou clipados usando
clipes pequenos (200)
3. Um dreno em cada lado da pelve, retirados quando <50ml/dia.
4. Heparina de baixo peso molecular SC aplicado no braço no transoperatório
Prevenção de complicações
Heidenreich, Eur Urol 2007
Briganti, Studer, Eur Urol 2009
5. Morbidade
• Estima-se que 75% das complicações ocorram devido a dissecção excessiva
do tecido linfático lateralmente à artéria ilíaca externa
• uma área onde raramente há LFN+
• e que drena primordialmente a linfa dos membros inferiores
Prevenção de complicações
Heidenreich, Eur Urol 2007
Mattei, Studer, Eur Urol 2008
Linfocele
• 100 pctes submetidos a PR laparoscópica extraperitoneal + LPE
• Grupo A (n = 50): Fenestração peritoneal
• Grupo B (n = 50): Sem fenestração
• Linfocele em 3 (6%) do Grupo A vs 16 (32%) do Grupo B
• Linfocele sintomática em 0 (0%) do Grupo A vs 7 (14%) do Grupo B
5. Morbidade
Disfunção erétil e IU?
• Nem a LFD limitada nem a eLND causam mais DE ou IU
5. Morbidade
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
6. Padronização
Então:
1) Que áreas incluir na eLND?
2) Devemos fazer sempre igual?
Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009.
Linfadenectomia estendida mínima
(obturadores, il. externos e internos)
6. Padronização
• Ilíacos externos + obturadores
• Ilíacos internos
Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009.
Linfadenectomia super-estendida
(+ il. comuns + sacrais + pré-isquiáticos)
6. Padronização
• Ilíacos externos + obturadores
• Ilíacos internos
• Ilíacos comuns
• Sacrais
• Pré-isquiáticos
Linfadenectomia estendida sugerida (HCPA)
(+ il. comuns até cruz. ureter + pré-isquiáticos)
6. Padronização
Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009.
• Ilíacos externos + obturadores
• Ilíacos internos
• Ilíacos comuns
• Pré-isquiáticos
Poster 874 - EAU 27 Mar 2017
Can we modulate the extent of nodal dissection according to the preoperative risk of
lymph node invasion in prostate cancer patients undergoing radical prostatectomy?

Gandaglia G., Zaffuto E., Dell'Oglio P., Fossati N., ScattoniV., Bianchi M., Gallina A., Capitanio U., Gaboardi F., Montorsi F., Briganti A.
6. Padronização
Devemos fazer sempre igual?
• 4790 pctes submetidos a PR + eLND
• Avaliaram se risco pré-op de LFN+ (nomograma de Briganti) poderia
definir necessidade de incluir os linfonodos sacrais e il. comuns
• Resultados:
• Tinham metástases linfonodais sacrais e il. comuns:
• 5% dos pctes com <30% de risco
• >10% dos pctes com >30% de risco
1. Epidemiologia do CaP
2. O que dizem as Diretrizes
3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)?
4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND?
5. Morbidade e prevenção de complicações
6. Padronização da dissecção
7. Conclusões
Roteiro
CONCLUSÕES
• A linfadenectomia limitada deve ser abandonada
• A eLND é formalmente recomendada para casos de médio (com
pouquíssimas exceções) e alto risco pela EAU e NCCN
• A eLND é o melhor método de estadiamento
CONCLUSÕES
• A eLND possivelmente cura paciente com mínima doença linfonodal
• Não há evidência Nível 1 quanto ao benefício terapêutico da eLND
• A eLND tem risco ↑ de complicações
• A eLND não altera os desfechos funcionais
OBRIGADO
uro.gbsribeiro@gmail.com
@gbsribeiro
br.linkedin.com/in/gbsribeiro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Hysteroscopy and infertility
Hysteroscopy and infertilityHysteroscopy and infertility
Hysteroscopy and infertilityRadwa Rasheedy
 
testicular microlithiasis simple.pptx
testicular microlithiasis simple.pptxtesticular microlithiasis simple.pptx
testicular microlithiasis simple.pptxMohamed Elgendy
 
Apresentação t cc final
Apresentação t cc finalApresentação t cc final
Apresentação t cc finalPedro Antonio
 
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati Dhorepatil
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati DhorepatilPCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati Dhorepatil
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati DhorepatilBharati Dhorepatil
 
Doença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalDoença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalbia26
 
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONALHEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONALMaycon Silva
 
Optimizing clinical outcome of IUI
Optimizing clinical outcome of IUIOptimizing clinical outcome of IUI
Optimizing clinical outcome of IUIDr Parul Katiyar
 
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure simple formulae used by us Lifecare...
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure  simple formulae used by us Lifecare...Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure  simple formulae used by us Lifecare...
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure simple formulae used by us Lifecare...Lifecare Centre
 
UNEXPLAINED INFERTILITY & INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...
UNEXPLAINED  INFERTILITY &INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...UNEXPLAINED  INFERTILITY &INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...
UNEXPLAINED INFERTILITY & INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...Lifecare Centre
 
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favor
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favorOn invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favor
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favorSandro Esteves
 
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patients
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patientsUltrasonographic assessment of adenomyosis in ART patients
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patientsBeta Plus
 
Fertility preservation in cancer patients
Fertility preservation in cancer patientsFertility preservation in cancer patients
Fertility preservation in cancer patientsRohit Kabre
 

Mais procurados (20)

Hysteroscopy and infertility
Hysteroscopy and infertilityHysteroscopy and infertility
Hysteroscopy and infertility
 
testicular microlithiasis simple.pptx
testicular microlithiasis simple.pptxtesticular microlithiasis simple.pptx
testicular microlithiasis simple.pptx
 
Prolapso Genital
Prolapso GenitalProlapso Genital
Prolapso Genital
 
Apresentação t cc final
Apresentação t cc finalApresentação t cc final
Apresentação t cc final
 
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati Dhorepatil
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati DhorepatilPCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati Dhorepatil
PCOS - Ovulation Induction 2 - Dr Bharati Dhorepatil
 
Penis peyronies disease
Penis  peyronies diseasePenis  peyronies disease
Penis peyronies disease
 
Doença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalDoença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacional
 
Aula: Mastologia mama patologia molecular
Aula: Mastologia mama patologia molecularAula: Mastologia mama patologia molecular
Aula: Mastologia mama patologia molecular
 
Mamografia basica
Mamografia basicaMamografia basica
Mamografia basica
 
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológicoLesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
Lesões mamárias benignas - aspecto histopatológico
 
Ohss
OhssOhss
Ohss
 
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONALHEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL
 
Optimizing clinical outcome of IUI
Optimizing clinical outcome of IUIOptimizing clinical outcome of IUI
Optimizing clinical outcome of IUI
 
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure simple formulae used by us Lifecare...
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure  simple formulae used by us Lifecare...Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure  simple formulae used by us Lifecare...
Breaking Bad News (BBN) of IVF Failure simple formulae used by us Lifecare...
 
UNEXPLAINED INFERTILITY & INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...
UNEXPLAINED  INFERTILITY &INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...UNEXPLAINED  INFERTILITY &INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...
UNEXPLAINED INFERTILITY & INTRAUTERINE INSEMINATION Dr. Sharda jain Lifecare...
 
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favor
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favorOn invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favor
On invividualization of ovarian stimulation: the arguments in favor
 
Câncer de bexiga
Câncer de bexigaCâncer de bexiga
Câncer de bexiga
 
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patients
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patientsUltrasonographic assessment of adenomyosis in ART patients
Ultrasonographic assessment of adenomyosis in ART patients
 
Ganglio centinela
Ganglio centinelaGanglio centinela
Ganglio centinela
 
Fertility preservation in cancer patients
Fertility preservation in cancer patientsFertility preservation in cancer patients
Fertility preservation in cancer patients
 

Semelhante a Linfadenectomia estendida em CaP: áreas e morbidade

Linfadenectomia em urologia
Linfadenectomia em urologiaLinfadenectomia em urologia
Linfadenectomia em urologiaPedro Romanelli
 
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoAnálise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoGlauson Chaves
 
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoAnálise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoGlauson Chaves
 
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitoneal
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitonealLinfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitoneal
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitonealUrovideo.org
 
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgico
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgicoCarcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgico
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgicoGuilherme Behrend Silva Ribeiro
 
Cancer de laringe_diagnostico (1)
Cancer de laringe_diagnostico (1)Cancer de laringe_diagnostico (1)
Cancer de laringe_diagnostico (1)Arquivo-FClinico
 
1.tumores em cabeça e pescoço
1.tumores em cabeça e pescoço1.tumores em cabeça e pescoço
1.tumores em cabeça e pescoçoGlauson Chaves
 
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009Urovideo.org
 
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010Urovideo.org
 
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia Urológica
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia UrológicaComplicações Laparoscópicas em Cirurgia Urológica
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia UrológicaUrovideo.org
 
36 clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço
36   clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço36   clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço
36 clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoçoONCOcare
 
Edicao24 artigo solar
Edicao24 artigo solarEdicao24 artigo solar
Edicao24 artigo solarA X.S
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptDiagnostic Radiologist
 
Fisioterapia OncolóGica Uninorte
Fisioterapia OncolóGica UninorteFisioterapia OncolóGica Uninorte
Fisioterapia OncolóGica UninorteDaniel Xavier
 
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações Urovideo.org
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarFlávia Salame
 
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreas
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreasQual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreas
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreasCirurgia Online
 

Semelhante a Linfadenectomia estendida em CaP: áreas e morbidade (20)

Linfadenectomia em urologia
Linfadenectomia em urologiaLinfadenectomia em urologia
Linfadenectomia em urologia
 
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoAnálise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
 
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodoAnálise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
Análise crítica da aplicação da pesquisa do linfonodo
 
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitoneal
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitonealLinfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitoneal
Linfadenectomia laparoscópica pélvica e retroperitoneal
 
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgico
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgicoCarcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgico
Carcinoma de Células Renais: conceitos contemporâneos do manejo cirúrgico
 
Cancer de laringe_diagnostico (1)
Cancer de laringe_diagnostico (1)Cancer de laringe_diagnostico (1)
Cancer de laringe_diagnostico (1)
 
1.tumores em cabeça e pescoço
1.tumores em cabeça e pescoço1.tumores em cabeça e pescoço
1.tumores em cabeça e pescoço
 
Câncer de pênis
Câncer de pênisCâncer de pênis
Câncer de pênis
 
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2009
 
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010
Linfadenectomia Retroperitoneal Laparoscópica - 2010
 
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia Urológica
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia UrológicaComplicações Laparoscópicas em Cirurgia Urológica
Complicações Laparoscópicas em Cirurgia Urológica
 
36 clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço
36   clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço36   clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço
36 clínica e epidemiologia dos tumores de cabeça e pescoço
 
Edicao24 artigo solar
Edicao24 artigo solarEdicao24 artigo solar
Edicao24 artigo solar
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
 
FAME 2 anos
FAME 2 anosFAME 2 anos
FAME 2 anos
 
Fisioterapia OncolóGica Uninorte
Fisioterapia OncolóGica UninorteFisioterapia OncolóGica Uninorte
Fisioterapia OncolóGica Uninorte
 
Dary
DaryDary
Dary
 
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações
NEOBEXIGA ORTOTÓPICA - Como Previnir Complicações
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreas
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreasQual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreas
Qual a extensão da linfadenectomia no adenocarcinoma do pâncreas
 

Último

AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 

Último (7)

AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 

Linfadenectomia estendida em CaP: áreas e morbidade

  • 1. Linfadenectomia em Câncer de Próstata Guilherme Behrend Silva Ribeiro Residências de Urologia e Transplante Renal no HCPA Mestre em Medicina - Ciências Cirúrgicas UFRGS Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Membro da Comissão de Atualização On-Line da SBU/RS 2016-17 07 de Abril de 2017
  • 2. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 3. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 5. NCCN Risk Groups Risk Group Definition Incidência Very Low / Low T1c or T2a and PSA < 10 ng/mL and Gleason score 6 40-60% Intermediate T2b-T2c or PSA 10-20 ng/mL or Gleason score 7 22-28% High / Very High T3a or PSA ≥ 20 ng/mL or Gleason ≥ 8 7-11% Metastatic N1 1-3% M1 2-7% Patrikidou, Prostate Cancer Prostatic Dis 2014 Lu-Yao, Eur Urol 2015 Sammon, Eur Urol 2015 ≃55% das ≃3% das ≃12% das 1. Epidemiologia ≃30% das Boevee, Eur J Cancer. 2010 Schröder, Lancet. 2014 Albertsen, JAMA 2005
  • 6. PR CaP Tratamos todos os CaPs da mesma forma?
  • 8. Mohler, NCCN 2016 Mottet, EAU 2016 Espectro do CaP localizado Vigilância Ativa Prostatectomia Radical Radioterapia Prostatectomia Radical ± eLND Radioterapia + HT 6m Prostatectomia Radical + eLND Radioterapia + HT 2-3 anos Médio RiscoBaixo Risco Alto Risco
  • 9. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 10. 2. Diretrizes • NCCN - sempre! Exceto se risco de mtx LFN <2% • EAU - sempre! Exceto se risco de mtx LFN <5% • AUA - “Pelvic lymphadenectomy can be performed concurrently with radical prostatectomy and is generally reserved for patients with higher risk of nodal involvement.” Mohler, NCCN 2017 Mottet, EAU 2017 Thompson,AUA 2007 (Rev 2011) Quando fazer linfadenectomia estendida (eLND) em CaP de médio e alto risco? Na prática, pacientes com indicação de prostatectomia radical serão quase sempre candidatatos a eLND.
  • 11. 2. Diretrizes Mottet, EAU 2017 EAU 2017
  • 12. 0.05 Nomograma de Briganti Ex. de probab. <5%: T1c, G7(3+4), 20% frag. +, PSA 5 (Probabilidade = 1%) Briganti, Eur Urol 2012 2. Diretrizes Disponível em calculadora on-line: http://skynet.ohsu.edu/nomograms/prostate/ProstateNodes.php
  • 14. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 15. 3. Por que? • Exames de imagem em geral têm sensibilidade ruim para estadiamento linfonodal primário: • TC e RNM < 40% 1 • PET/CT c/ colina = 19% 2 • Mais promissor é o 68Ga-PSMA PET/CT ou PET/RNM = 66% de sensibilidade3 • Ainda menos sensível que a eLND Para fazer estadiamento regional (N) adequado 1Hövels, Clin Radiol 2008 2Van den Bergh, Urol Oncol 2015 3Maurer, J Urol 2016
  • 16. 3. Por que? • Taxa de pacientes N+ corretamente estadiados, conforme diferentes linfadenectomias: • Limitada (obturadores e il. externos) = 76% • Estendida mínima (limitada + il. internos) = 94% • Super-estendida (estendida + il. comuns e sacrais) = 97% 1Joniau, Eur Urol Suppl 2013 Para fazer estadiamento regional (N) adequado
  • 17. • 231 pctes com PSA mediano = 6,7 ng/ml • 25% dos pctes com Gleason ≥ 7 tinham N+ ☞ indicada eLND • Apenas 3% dos pctes com Gleason ≤ 6 tinham N+ ☞ contra-indicada eLND (aliás, qualquer linfadenectomia) Fazer eLND mesmo se PSA<10 ? 3. Por que?
  • 18. • 315 pctes com CaP tratados com PR + eLND, diagnosticados como pN1 • Sobrevida câncer-específica em 10 anos foi 74.7% , 85.9%, 92.4%, 96.0%, e 97.9% para pctes com 8, 17, 26, 36, e 45 linfonodos ressecados, respectivamente. Melhor sobrevida para pctes com N+? 3. Por que?
  • 19. • SEER - 13.020 pctes submetidos a PR (com ou sem linfadenectomia) • Em pacientes pN0: • >10 linfonodos removidos está associado a ↓ risco de morte por CaP Melhor sobrevida, mesmo se pN0? 3. Por que?
  • 20. • 5,038 pctes consecutivos submetidos a PR • Em pacientes pN0: • ↑ nº de LFN removidos está associado a ↑ sobrevida livre de recorrência bioquímica Melhor sobrevida, mesmo se pN0? 3. Por que?
  • 21. • 88 pctes com pN1 submetidos a PR + eLND (mediana 21 LFNs), com seguimento médio de 15,6 anos: • Se apenas 1 LFN+: • Sobrevida câncer-específica = 75% • Livre de recorrência bioquímica (sem BH) = 20% Chance de cura? 3. Por que?
  • 22. • É o melhor método de estadiamento • Define prognóstico • Auxilia na indicação de tratamentos adjuvantes que podem melhorar sobrevida • Pode ser curativa para pacientes com envolvimento linfonodal limitado Em suma, quais são as razões para fazer a eLND?1,2 3. Por que? 1Wagner, J Urol 2008 2Fossati, Eur Urol 2017
  • 23. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 24. OK, vamos fazer a eLND. Qual é a extensão? 4. Áreas da eLND
  • 25. • Sítios primários de drenagem linfática removidos, cfe extensão da linfadenectomia1: • Limitada (obturadores e il. externos) = 38% • Estendida mínima (limitada + il. internos) = 63% • Estendida + il. comuns (até cruz. do ureter) = 75% Mapeamento dos sítios primários de drenagem linfática 4. Áreas da eLND
  • 26. Linfadenectomia estendida mínima (obturadores, il. externos e internos) • Compreende 63% dos sítios primários de drenagem linfática1 • Estadia corretamente 94% dos pacientes N+2 • Ainda assim, 25% dos pctes N+ seguem com LFN+ não retirados2 1Mattei, Studer, Eur Urol 2008 2Joniau, Eur Urol Suppl 2013 4. Áreas da eLND
  • 27. Linfadenectomia estendida mínima (obturadores, il. externos e internos) Importância dos LFN ilíacos internos: • Correspondem a 25% dos sítios primários de drenagem linfática1 • Entre os pacientes com metástases linfonodais: • Estão envolvidos em 48% dos casos 2 • Densidade linfonodal (LFN positivos/LFN totais) 2x maior que qualquer outra zona = 11% 3 4. Áreas da eLND 1Mattei, Studer, Eur Urol 2008 2Heck, Eur Urol 2013 3Joniau, Eur Urol Suppl 2013
  • 28. Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009. Linfadenectomia estendida mínima (obturadores, il. externos e internos) 4. Áreas da eLND
  • 29. Linfadenectomia estendida mínima (obturadores, il. externos e internos) • Principais ricos na dissecção dos LFN il. internos: • Lesão vascular (ramos da art. e veia ilíaca interna) • Lesão neurológica (plexo hipogástrico inferior) 4. Áreas da eLND
  • 30. Anatomia do PHI Baader and Herrmann, Clin Anat 2003. • O plexo hipogástrico inferior (PHI) fica medial aos vasos sanguíneos • Portanto, para chegar aos órgãos pélvicos, algumas artérias penetram o PHI • A artéria vesical inferior em 33% das hemipelves • A artéria vesical superior em 6% das hemipelves Adapted from Baader, Clin Anat 2003 4. Áreas da eLND
  • 31. Anatomia do PHI Burkhard, Studer, Nat Clin Pract Urol 2005 Vasos vesicais inferiores 4. Áreas da eLND
  • 32. Linfonodos ilíacos comuns Linfonodos sacrais Linfonodos pré-isquiáticos Linfadenectomia super-estendida (estendida + outras regiões) 4. Áreas da eLND
  • 33. Linfonodos ilíacos comuns: • Correspondem a 16% dos sítios primários de drenagem linfática1 • Entre os pacientes com metástases linfonodais: • Estão envolvidos em até 37% dos casos2 • Envolvidos isoladamente em até 11% dos casos2 • Em estudo que utilizou análise molecular (PCRq para calicreína 3) e histológica 1Mattei, Studer, Eur Urol 2008 2Heck, Eur Urol 2013 Linfadenectomia super-estendida (estendida + outras regiões) 4. Áreas da eLND
  • 34. Mauroy and Abbou, Surg Radiol Anat 2003. Adapted from Mauroy, Surg Radiol Anat 2003 • Principal risco: • Lesão da veia ilíaca comum esquerda (não dissecar!) 4. Áreas da eLND
  • 35. Linfonodos sacrais: • Correspondem a 7% dos dos sítios primários de drenagem linfática1 • Entre os pacientes com metástases linfonodais: • Estão envolvidos em 9% dos casos2 • Envolvidos isoladamente em até 3% dos casos2 Linfadenectomia super-estendida (estendida + outras regiões) 1Mattei, Studer, Eur Urol 2008 2Joniau, Eur Urol Suppl 2013 4. Áreas da eLND
  • 36. Mauroy and Abbou, Surg Radiol Anat 2003. Adapted from Mauroy, Surg Radiol Anat 2003 • Principal risco: • Lesão do plexo hipogástrico superior 4. Áreas da eLND
  • 37. Linfonodos pré-isquiáticos (fossa de Marcille): • Correspondem a até 18% dos sítios primários de drenagem linfática1 • Entre os pacientes com metástases linfonodais: • Estão envolvidos em ≃7% dos casos1,2 1Nguyen,Thalmann, Eur Urol 2016 2Osmonov, Urology 2011 Linfadenectomia super-estendida (estendida + outras regiões) 4. Áreas da eLND
  • 38. • Principais riscos: • Lesão das v. ilíacas internas • Lesão do nervo obturador Osmonov, Urology 2011 4. Áreas da eLND
  • 39. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 40. • Comparado a LND limitada, eLND está associada a: • tempo cirúrgico (≃30min) • complicações em geral • complicações intra-operatórias • tempo de internação • = complicações pós-operatórias 5. Morbidade
  • 41. • 963 pctes - eLND(n=767) vs LND limitada (n=196) • complicações em geral - 20% vs 8% (p<0,001) • linfocele - 10% vs 5% (p=0.01) • tempo de internação - 10 vs 8 d (p<0,001) • = taxa de TVP - 0,8% vs 0,5% (p=0,6) 5. Morbidade
  • 42. 5. Morbidade 1. Preservação dos linfáticos laterais à artéria iliaca externa 2. Cotos linfáticos proximais e distais devem ser ligados ou clipados usando clipes pequenos (200) 3. Um dreno em cada lado da pelve, retirados quando <50ml/dia. 4. Heparina de baixo peso molecular SC aplicado no braço no transoperatório Prevenção de complicações Heidenreich, Eur Urol 2007 Briganti, Studer, Eur Urol 2009
  • 43. 5. Morbidade • Estima-se que 75% das complicações ocorram devido a dissecção excessiva do tecido linfático lateralmente à artéria ilíaca externa • uma área onde raramente há LFN+ • e que drena primordialmente a linfa dos membros inferiores Prevenção de complicações Heidenreich, Eur Urol 2007 Mattei, Studer, Eur Urol 2008
  • 44. Linfocele • 100 pctes submetidos a PR laparoscópica extraperitoneal + LPE • Grupo A (n = 50): Fenestração peritoneal • Grupo B (n = 50): Sem fenestração • Linfocele em 3 (6%) do Grupo A vs 16 (32%) do Grupo B • Linfocele sintomática em 0 (0%) do Grupo A vs 7 (14%) do Grupo B 5. Morbidade
  • 45. Disfunção erétil e IU? • Nem a LFD limitada nem a eLND causam mais DE ou IU 5. Morbidade
  • 46. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 47. 6. Padronização Então: 1) Que áreas incluir na eLND? 2) Devemos fazer sempre igual?
  • 48. Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009. Linfadenectomia estendida mínima (obturadores, il. externos e internos) 6. Padronização • Ilíacos externos + obturadores • Ilíacos internos
  • 49. Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009. Linfadenectomia super-estendida (+ il. comuns + sacrais + pré-isquiáticos) 6. Padronização • Ilíacos externos + obturadores • Ilíacos internos • Ilíacos comuns • Sacrais • Pré-isquiáticos
  • 50. Linfadenectomia estendida sugerida (HCPA) (+ il. comuns até cruz. ureter + pré-isquiáticos) 6. Padronização Adapted fromThurairaja,The Oncologist 2009. • Ilíacos externos + obturadores • Ilíacos internos • Ilíacos comuns • Pré-isquiáticos
  • 51. Poster 874 - EAU 27 Mar 2017 Can we modulate the extent of nodal dissection according to the preoperative risk of lymph node invasion in prostate cancer patients undergoing radical prostatectomy?
 Gandaglia G., Zaffuto E., Dell'Oglio P., Fossati N., ScattoniV., Bianchi M., Gallina A., Capitanio U., Gaboardi F., Montorsi F., Briganti A. 6. Padronização Devemos fazer sempre igual? • 4790 pctes submetidos a PR + eLND • Avaliaram se risco pré-op de LFN+ (nomograma de Briganti) poderia definir necessidade de incluir os linfonodos sacrais e il. comuns • Resultados: • Tinham metástases linfonodais sacrais e il. comuns: • 5% dos pctes com <30% de risco • >10% dos pctes com >30% de risco
  • 52. 1. Epidemiologia do CaP 2. O que dizem as Diretrizes 3. Por que fazer linfadenectomia pélvica estendida (eLND)? 4. Quais áreas podem ser incluídas na eLND? 5. Morbidade e prevenção de complicações 6. Padronização da dissecção 7. Conclusões Roteiro
  • 53. CONCLUSÕES • A linfadenectomia limitada deve ser abandonada • A eLND é formalmente recomendada para casos de médio (com pouquíssimas exceções) e alto risco pela EAU e NCCN • A eLND é o melhor método de estadiamento
  • 54. CONCLUSÕES • A eLND possivelmente cura paciente com mínima doença linfonodal • Não há evidência Nível 1 quanto ao benefício terapêutico da eLND • A eLND tem risco ↑ de complicações • A eLND não altera os desfechos funcionais