Teorias de Piaget sobre os estágios do desenvolvimento cognitivo
1. O conhecimento não se
encontra no sujeito nem no
objeto, mas, na ação
recíproca e simultânea entre
ambos.
Forma-se na medida em que
o sujeito e o objeto também
vão se formando.
Ações puramente materiais não
coordenadas entre si, tendo como ponto
comum de referência o corpo.
Ações puramente materiais, coordenadas
entre si, tendo como ponto de referência
as próprias ações.
Ações interiorizadas, permitindo o
surgimento da função simbólica ou
representação e do pensamento.
As ações transformam-se em operações
baseadas na manipulação dos objetos.
As operações desprendem-se de seu
vínculo material, passando a
constituírem-se no nível de abstrações.
2. Através da inteligência,
sujeito e objeto se constroem
e se transformam, efetuando
trocas a distâncias espaço-
temporais cada vez maiores e
mais complexas.
Capacidade de o sujeito
adaptar-se à realidade.
Organização Adaptação
Continuidade
Conservação
Totalidade relacional
Integração
Renovação pela Reconstrução
Integração de
novos elementos
sem modificar a
organização.
Modificação de
elementos
estruturais da
organização
cognitiva pela
incorporação de
um aspecto da
realidade.
3. E
S
T
Á
G
I
O
S
D
E
D
E
S
E
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
1º NÍVEL: SENSÓRIO MOTOR
O único equipamento que o sujeito possui para relacionar-se com o meio é o de origem
hereditária. (Esquemas-reflexo e Esquemas-ação). Inicialmente, surgem esquemas primitivos,
que depois dão espaço aos secundários. A coordenação destes esquemas, através da acomodação
progressiva, possibilita ao sujeito diferenciar os objetos, através da experimentação ativa.
2º NÍVEL: PRÉ-OPERATÓRIO
Há a progressão das estruturas cognitivas. Surge a função simbólica. A interiorização das ações
supõe uma reconstrução de tudo que já foi construído no nível anterior. Assim, neste estágio, as
estruturas características dos níveis seguintes são preparadas aqui. O tipo de estruturação é
baseado na intuição, primitiva e articulada.
3º NÍVEL: OPERATÓRIO CONCRETO
Nas estruturas operatório concretas, a inversão e a reciprocidade não se encontram integradas. O
sujeito utiliza-se delas em momentos distintos. Por isso, ainda são incompletas. Já se tem a ideia
do pensamento lógico, entretanto, operar a realidade baseia-se nos próprios objetos, limitando-se
a classifica-los, seriá-los, relacioná-los, etc.
4º NÍVEL: OPERATÓRIO FORMAL
As estruturas desvinculam-se do real, indo para a abstração. Parte-se do possível para o real. As
operações não se referem a transformação dos objetos, mas a transformação das transformações,
evidenciando a dissociação forma-conteúdo. Surge a lógica proposicional e o sujeito desenvolve
um raciocínio hipotético dedutivo, pensando nas suas consequências futuras.
PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E EQUILIBRAÇÃO
Desenvolvimento: plano global das transformações estruturais. A sucessão progressiva das
estruturas cognitivas dão origem aos estágios de desenvolvimento, entendidos como a sequencia
de períodos ou de fases que permanecem invariantes. Características dos estágios de
desenvolvimento: ordem de sucessão constante, caráter integrativo, estrutura de conjunto, nível
de preparação e acabamento, gênese da estrutura em formação e ocorrência de decalagens
verticais e horizontais.
Equilibração: Processo contínuo. Jogo de compensações que envolvem as atividades do sujeito
com o objeto e vice-versa, travando assim, uma desacomodação para o posterior equilíbrio.
Características: estabilidade, compensação e atividade.