2. HISTÓRICO
O ETA (Pátria Basca e Liberdade) foi criado em 1959 com o objetivo de tornar a região
basca (norte da Espanha e sudoeste da França) um Estado independente. O movimento
de guerrilha tem o apoio do partido Herri Batasuna, o segundo maior da região basca, e
representantes no parlamento.
3. DENOMINAÇÃO
Os integrantes da ETA são denominados etarras, um neologismo criado pela imprensa
espanhola a partir do nome da organização e do sufixo basco com o qual se formam
os gentílicos no idioma. Em basco a denominação é etakideak, plural de etakide (membro
da ETA). Os membros e partidários do movimento frequentemente utilizam o
termo gudariak, que significa guerreiros ou soldados.
4. PRINCIPAIS ATENTADOS
O primeiro atentado que teve a autoria atribuída ao ETA aconteceu em 1968, quando
Meltin Manzanas, chefe da polícia de San Sebástian, foi assassinado.
20 de dezembro de 1973: atentado contra o almirante Luis Carrero Blanco, então
presidente do governo e herdeiro político do ditador Francisco Franco. Seu veículo
voou pelos ares por causa da explosão de uma bomba escondida em um túnel pelo
qual passou.
5. 13 de setembro de 1974: 12 civis morreram na explosão de uma bomba num bar de Madri.
14 de julho de 1986: 12 policiais civis morreram na explosão de um carro-bomba na praça da
República Dominicana de Madri.
19 de junho de 1987 :carro-bomba no estacionamento do shopping Hipercor de Barcelona
(nordeste).
12 de julho de 1997: assassinato do vereador do Partido Popular (PP, direita) de Ermua (País
Basco), MiguelAngel Blanco, seqüestrado 48 horas antes. Sua morte provocou uma onda de
manifestações populares contra o ETA sem precedentes na Espanha.
6. Além disso, o grupo não conseguiu seu objetivo em dois atentados cometidos em 1995 contra
o então futuro chefe de governo, o conservador José María Aznar, em Madri, e o rei Juan
Carlos, em Palma de Mallorca (Baleares).
O ETA rompeu em 3 de dezembro de 1999 uma trégua de suas operações armadas que era
observada desde 18 de setembro de 1998.
Os atentados do ETA causaram mais de 900 mortos em seus 36 anos de história, segundo as
autoridades espanholas.
No dia 24 de Março de 2006 a organização declarou um cessar-fogo permanente, que foi
rompido em 30 de Dezembro de 2006. A organização assumiu a explosão de um carro-bomba
noTerminal 4 do Aeroporto de Madrid-Barajas, em Madrid.
7. DESENVOLVIMENTOS RECENTES
De acordo com um vídeo lançado pela estação televisiva britânica BBC em 5 de
setembro de 2010, a ETA não "levará a cabo mais ações militares". Em 10 de
janeiro de 2011 um anúncio da ETA informou que vai adotar um cessar-fogo
“permanente, geral e verificável”.
Em 20 de outubro de 2011 a organização emitiu um comunicado anunciando o final
definitivo de toda e qualquer atividade após 51 anos, durante os quais provocou mais de
800 mortos. O fim da ETA acontece no momento em que a organização está mais
débil, devido ao crescente isolamento social no País Basco, pela demarcação progressiva
do seu braço político, e à pressão policial que, em Espanha e França, destruiu a
capacidade operacional dos seus comandos.