2. Turismo
Petróleo, gás
natural e outros
minerais
Aquacultura
Desporto e
lazer
Pescado
RECURSOS
MARINHOS
Energia das ondas e
mares
Sal
3. A pesca é uma atividade económica muito
importante, já que o peixe constitui um importante
recurso alimentar e 12,5 milhões de pessoas ,a
nível mundial, têm o seu emprego direta ou
indiretamente associado à pesca.
4. Os oceanos e as águas continentais são detentores de
uma grande riqueza e constituem a grande esperança
alimentícia de um mundo superpovoado.
Existem áreas mais propícias à pesca do que outras.
Tal deve-se a factores naturais.
6. Áreas oceânicas mais privilegiadas
para o crescimento do pescado
Plataformas continentais
Áreas de choque de correntes marítimas
7. PLATAFORMA CONTINENTAL
É a parte do fundo oceânico de fraco declive que se
estende desde o litoral até à profundidade de 200 metros.
8. PLATAFORMA CONTINENTAL
É a área com maior importância biológica no
conjunto dos fundos oceânicos, devido:
À fraca profundidade, que permite maior penetração de
luz solar e favorece a formação de plâncton (alimento
de muitas espécies de peixe)
Às águas mais agitadas e, por isso, mais ricas em
oxigénio e em plâncton
À menor salinidade das águas, graças à agitação e às
águas dos rios que nelas desaguam
À grande riqueza de nutrientes orgânicos e inorgânicos
que são transportados pelos rios.
9. Costa Portuguesa
A costa ocidental portuguesa, com maior intensidade
no Verão, sofre a influência da corrente de Portugal. A
Corrente de Portugal, de direção Norte-Sul, é uma
ramificação da Corrente Quente do Golfo do México
(Gulf Stream), que surge no golfo do México e é
arrastada pelos ventos de Oeste e Sudoeste para
nordeste, em direção à Europa, onde chega ao norte
da Escandinávia e ao oceano Glacial Ártico.
10. Costa Portuguesa
A Corrente de Portugal é uma corrente quente, não sendo,
por isso, muito favorável ao desenvolvimento das
atividades piscícolas. Contudo, os ventos fortes de
quadrante norte (nortada), que se fazem sentir ao longo
da costa, sobretudo no Verão, arrastam consigo para o
largo as águas superficiais. Desenvolve-se assim, uma
corrente de compensação, ou seja, as águas frias e
profundas ascendem à superfície para substituir as que
foram afastadas pelo vento, levando a um aumento da
agitação das águas e a uma diminuição da temperatura, o
que se traduz numa maior oxigenação das águas e numa
maior abundância de plâncton e outros nutrientes. Esta
corrente de compensação designa-se por upwelling.
11. Upwelling – É uma corrente de ascendente de águas
frias (do fundo para a superfície).
O fenómeno de upwelling é, nos meses de Verão,
responsável pelas maiores quantidades de espécies –
como a sardinha, o carapau, …, ao longo da costa
portuguesa.
15. Águas do Nordeste Atlântico, junto à costa europeia – uma das mais
importantes áreas de pesca a nível mundial .
Espécies mais frequentes: arenque, bacalhau, atum e sardinha.
Características: plataforma continental extensa, temperaturas relativamente
baixas e escassa salinidade.
16. Águas do Noroeste Atlântico, junto ao continente americano – outra área de
grande exploração.
Área chamada bancos da Terra Nova.
Característica: plataforma continental extensa e onde a corrente fria do
Lavrador se encontra com as águas quentes de correntes provenientes do Golfo
do México.
17. Outras áreas de exploração mais recente (à medida que as regiões de
exploração tradicional dão provas de esgotamento):
-Águas costeiras da Mauritânia, onde os pescadores portugueses têm
conseguido licença de captura
-Águas do Golfo da Guiné
-Águas de alguns países da América Latina, como as dos mares das
Falklands
21. Tipos de pesca quanto à área de pesca
Pesca local – praticada em águas interiores ou perto
da costa (até cerca de 10km)
Pesca costeira – A partir de 10km (embarcações com
maior potência e autonomia)
Pesca de largo – a partir de +- 20km (embarcações de
grande tonelagem, com meios de autonomia no
mínimo de 15 dias)
Praticada em águas internacionais ou ZEE
estrangeiras por navios-fábrica (transformação,
conservação e congelação do pescado a bordo).
Permanência no mar semanas ou meses.
22. ZEE portuguesa
ZEE (Zona Económica
Exclusiva) - Corresponde a
uma área que se estende
desde a linha de costa até 200
milhas marítimas (cerca de
320km).
A ZEE portuguesa tem uma
extensão aproximada de
1.727.408 Km² , e é a maior de
todos os países da UE.
Cada país fica responsável pela gestão das águas da sua ZEE, competindolhe a preservação da qualidade e quantidade de espécies piscícolas aí
existentes.
Águas internacionais – área marítimas de acesso livre a
todos os países, situada a mais de duzentas milhas da costa.
(1 milha = 1,609344 quilómetros)
24. Impactos causados pela pesca
Sobreexploração
Risco de sobrevivência de muitas espécies
Diminuição da capacidade reprodutora das diferentes
espécies
Poluição dos mares e oceanos
Diminuição da qualidade e quantidade das espécies
Põe em causa o equilíbrio dos ecossistemas marinhos
25. Medidas de preservação das espécies piscícolas
Criação das ZEE (definidas pela ONU 1982)
Alargamento da malha das redes
Definição de áreas ou épocas do ano em que se proíbe
a pesca
Estabelecimento de quotas em que se define a
quantidade de capturas permitidas por espécie
Prática da aquacultura
26. A aquacultura: uma alternativa à pesca
convencional
Aquacultura – criação/produção em viveiro de
recursos piscícolas e de vegetais marinhos (algas),
através de técnicas que procuram recriar as condições
favoráveis à reprodução e desenvolvimento dessas
espécies.
Uma forma de promover o
equilíbrio natural
Ver pág. 51 (manual faces da Terra
8 –parte 2 – areal editores)
27. Desvantagens da aquacultura:
O número de peixes selvagens, como o salmão, e a sua qualidade tem
vindo a sofrer alterações;
As rações e os produtos utilizados para esta prática podem prejudicar
o ecossistema, caso sejam lançados no meio ambiente sem o devido
tratamento;
Ambientalistas afirmam que a aquacultura serve a grandes grupos
multinacionais, e não beneficia diretamente as populações ribeirinhas
locais;
Os criadores utilizam grandes quantidades de proteínas de baixo
custo para ração, produzindo produtos de alto custo (ex.: camarão),
em vez de apostarem na produção de outras populações piscícolas,
menos dispendiosas;
Rápida propagação de doenças e, consequentemente, um menor
tempo de reação face a qualquer problema;
reduz-se a mão-de-obra necessária, pois a colheita é muito mais
simples do que a realizada na pesca;
Aumentar a dispersão de espécies invasivas.
28. De acordo com a FAO (Food and Agricultural Organization),
um hectar cultivado com peixes produz mais do que com
qualquer outro animal. Por isso, a aquacultura assume uma
grande importância no panorama do abastecimento alimentar
mundial;
Oferece vantagens sociais às populações de inúmeros países
onde o pescado marinho não pode chegar em boas condições
sanitárias e a preços razoáveis;
Alguns veem a produção orgânica de peixes como uma forma de
manter a qualidade do pescado, sem alterar o equilíbrio
ambiental;
Consegue-se aumentar significativamente a quantidade de
peixe produzido comparativamente com a pesca;
É possível manter uma dieta equilibrada e adequada às espécies
assegurando que se desenvolvam de forma saudável, não
alterando o seu valor nutritivo.
29. A Pesca em Portugal
A Frota Portuguesa
A frota de pesca portuguesa, a quarta maior da União
Europeia (UE), perdeu mais de 600 embarcações entre
2000 e 2004.
A frota portuguesa (10089 unidades) é a terceira mais
envelhecida da UE, com uma idade média de 25,7 anos e
um assinalável numero de embarcações com mais de 50
anos. De acordo com os dados do Eurostat, 94,4% das
embarcações de pesca portuguesas pesam menos de 25
toneladas, e 91% tem menos de 12 metros de
comprimento.
Agronoticias, 3/11/2005 (adaptado)
31. Principais Características da Pesca
Portuguesa
Envelhecimento da frota;
Embarcações de reduzida dimensão;
Vocacionada quase exclusivamente para a pesca
costeira;
Mar com grande biodiversidade, mas em pequenas
quantidades;
Plataforma Continental de reduzida dimensão, apesar
da grande dimensão da ZEE;
Setor mais modernizado sofre os efeitos da grande
concorrência internacional, devido à falta de acordos
de pesca.
32. Medidas para a Pesca Portuguesa
Modernização da frota;
Novos navios de maior TAB (pesca em locais mais
longínquos; mas com maiores stocks piscícolas);
Aposta na formação profissional e na qualificação da
mão-de-obra;
Renovação das infraestruturas existentes (portos,
lotas e redes frigoríficas) ou construção de novos
equipamentos;
Negociação de novos acordos de pesca no âmbito da
Política Comum de Pescas, nomeadamente com o
aumento das quotas de captura;
Desenvolvimento da aquacultura.