Estudo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), em parceria com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
"Post-Harvest Losses in the Brazillian Wheat Chain"
Slides apresentados no 53° congresso da SOBER, em 2015.
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Abstract:
THIS PAPER AIMS TO CHARACTERIZE AND MEASURE THE LOSSES THAT OCCURS IN THE WHEAT CHAIN AT RIO GRANDE SO SUL. A SURVEY WAS APPLIED WITH IMPORTANT AGENTS AT THIS MARKET, TO GET TO KNOW THE INFORMATIONS AND DATA TO THE DEVELOPMENT OF CHARACTERIZATION OF THE CHAIN, FROM FARMS UNTIL MILLS, AND THE MEASUREMENT OF THE LOSSES. 11,8% OF THE WHEAT PRODUCTION ARE LOST BEFORE THE ARRIVE OF THE PRODUCT AT THE MILLS. FROM THE RESULTS OF THIS STUDY ARE PRESENTED SOME STRATEGIES FOR THE REDUCTION OF THE POST HARVEST LOSSES IN THIS CHAIN.
Cadeia produtiva do caju: diagnóstico e reflexões para o desenvolvimento
PERDAS NA CADEIA LOGÍSTICA DO TRIGO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
1. 53º Congresso da SOBER
PERDAS NA CADEIA LOGÍSTICA
DO TRIGO NO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
João Pessoa, 29 de julho de 2015
ROCHA, F.V.; BARTHOLOMEU, D.B.; PÉRA, T.G.;
CAIXETA, J.V.; RODRIGUEZ, L.F.
2. INTRODUÇÃO
• Crescimento populacional = aumento da produção
de alimentos;
– Aumento da produtividade agrícola;
– Redução dos níveis de perdas;
• ¼ das calorias não são consumidas em decorrência
de perdas entre os estágios da cadeia produtiva
(FAO, 2013);
• Tipos de perdas: quantitativas e qualitativas;
• Perdas menores em países desenvolvidos (SMIL,
2004);
• Ausência de dados e dificuldade de mensuração das
perdas.
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3. INTRODUÇÃO
• Perdas de grãos e cereais no pós-colheita: 5 a 30%
(CHITARRA & CHITARRA, 2005);
• Perda de arroz no pós-colheita: 1 a 30% (PARTIFF et
al., 2010);
• CAIXETA (1999):
– Perda de banana e tomate: 40% da produção;
– Laranja, uva, manga e pepino: 22 a 28% da produção;
• Perdas no transporte de tomate para indústria
(MORETTI et al., 2000):
– 2 a 3% para colheita no ponto exato de maturação;
– 5% para colheita de tomates muito maduros;
• Perdas no varejo: 3,2 a 15% (SILVA et al., 2005;
TOFFANELLI et al., 2007; PEROSA et al., 2009).
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4. INTRODUÇÃO
• Sistema Agroindustrial – SAG:
– “... sistema de commodities que engloba todos os atores
envolvidos com a produção, processamento e distribuição
de um produto” (GOLDBERG, 1957 apud ZYLBERSZTAJN,
1995);
• SAG do trigo no Brasil (NEVES & ROSSI, 2004);
• Rio Grande do Sul:
– Terceiro maior produtor de grãos do Brasil (CONAB, 2014);
– 43,3% da produção brasileira de trigo (CONAB, 2014);
– Transporte rodoviário: 85,3% do total transportado no
estado (RAMOS, 2005);
– Processamento de 1,68 milhões de toneladas de trigo em
2013 (ABITRO, 2014).
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6. MATERIAL E MÉTODOS
• Pesquisa descritiva e exploratória (GIL, 1999;
VERGARA, 2009);
• Pesquisa de campo:
– Aplicação de questionários – 2 tipos;
– Amostra não probabilística;
– 13 entrevistas: transportadoras, moinhos de trigo,
cooperativas, produtores rurais, terminal
portuário e trader.
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7. RESULTADOS
• Principais fluxos de carga na cadeia do trigo:
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Trigo (Importado)Farinha de trigo e outro produtos finais Trigo
Moinhos
Cooperativas
Transportadoras
Fazendas
Mercado
Trigo Importado
8. RESULTADOS
• Perdas por elo da cadeia:
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Variáveis / Elos da cadeia Fazenda Transp. T1 Cooperativa Transp. T2 Total
Quantidade inicial (t) 1.896.442 1.782.656 1.773.742 1.685.055 -
Perda (%) 6,00% 0,50% 5,00% 0,30% 11,41%
Perda total (t) 113.787 8.913 88.687 5.055 216.442
Quantidade final (t) 1.782.656 1.773.742 1.685.055 1.680.000 -
Preço de comercialização (R$/t) 550 550 550 550 -
Preço do frete rodoviário (R$/t) - 15 - 45 -
Perda econômica (R$) 62,5 mi 5,03 mi 48,7 mi 3 mi 119,4 mi
Necessidade da constante busca por alternativas que as
minimizem as perdas em cada etapa da cadeia logística
9. RESULTADOS
• Estratégias para redução das perdas:
– Gestão de perdas e metas de redução;
– Regulação do maquinário de colheita;
– Busca por qualidade no serviço de transporte:
• Frete diferenciado para veículos novos;
– Investimentos:
• Estrutura de armazenagem;
• Infraestrutura de transporte (rodovias e balança de
pesagem nas rodovias).
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10. CONCLUSÕES
• Perdas totais (entre a fazenda e os moinho):
– 11,41% da produção;
– Alimento para 3.000 pessoas por ano;
– Equivalente a 6.700 caminhões;
– 119,4 milhões são perdidos nas estradas;
• Necessidade de criação de uma cultura de
mensuração das perdas.
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11. CONCLUSÕES
• Limitações do trabalho:
– Dificuldade de mensuração das perdas no campo;
• Sugestões para trabalhos futuros:
– Mensuração do impacto ambiental das perdas
(lavoura + estradas).
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