O documento fornece orientações sobre cuidados paliativos no final da vida, enfatizando a importância de manter a dignidade do paciente, aliviar o sofrimento, apoiar os familiares e antecipar as mudanças durante o processo de morrer.
3. Morte digna e pacífica
• Manter senso de identidade
e auto-estima.
• Prover cuidado gentil e
respeitoso para o corpo, a
mente e a alma do paciente.
• Considerar o paciente
alguém capaz de perceber
significado em sua vida, de
se relacionar de forma
honesta, apesar do declínio
físico.
4. Morte digna e pacífica
• Aliviar o sofrimento:
fazer o melhor, da
melhor maneira que
puder
• Proporcionar
privacidade
• Ajudar a preservar ou
reatar relacionamentos
importantes
5. Morte digna e pacífica
• Guiar o paciente e
familiares para uma
reavaliação de
expectativas
• Encorajar pacientes e
familiares a falar
• Manter postura
empática
8. O processo de morrer
“Minha alma é uma
orquestra oculta; não
sei que instrumentos
tangem e rangem,
cordas e harpas,
tímbales e tambores,
dentro de mim. Só me
conheço como
sinfonia.”
F. Pessoa
9. O processo de morrer
• Deterioração física dia
após dia causada pela
doença ou por
complicação irreversível.
• Paciente percebe que
está morrendo.
• Sonolência, dificuldade
em manter-se
concentrado.
10. O processo de morrer
• Acamado.
• Diminui a ingestão de
alimentos e líquidos
• Alteração do ritmo
respiratório
• Cianose e frialdade
periférica
11. Sinais de morte iminente
• Redução de débito – aumento da concentração da
urina
• Mudança do ritmo e dos sons respiratórios
• Frialdade, alteração de cor e da consistência da pele
• Pulso fraco
• Ansiedade, inquietação, confusão mental,
alucinações
• Sonolência, disfagia, flacidez muscular
• Olhos parados e fundos
12. Sintomas Esperados
• Anorexia
• Imobilidade
• Sonolência
• Abalos musculares
• Exacerbação de dor e
dispnéia *
• Respiração ruidosa
14. Fase de Ajustes
• Parar com drogas desnecessárias
• Usar vias de administração apropriadas.
• Medicações indicadas: morfina, haloperidol,
midazolan e escopolamina.
• Controle efetivo de sintomas físicos.
15. Fase de ajustes
• Antecipar mudanças e
prevenir desconforto.
• Dar explicações para
familiares e pacientes.
• Conversar entre a
equipe.
17. A Família
• Traçar objetivos realistas.
• Garantir apoio espiritual e religioso.
• Explicar para a família e paciente o que está
acontecendo de acordo com suas
necessidades individuais.
• Garantir ambiente apropriado.
• Conversar sobre problemas com funeral (se a
família e paciente quiserem).
18. Morte - Família
• Reações diversas:
silêncio, gritos, ‘falta o
chão”, choro, não se
lembram dos telefones e
nomes dos parentes
para quem ligar, raiva,
gratidão
• Suporte da equipe
19. Morte - Equipe
• Ensinar à família/ cuidadores os sinais do
óbito.
• Respeitar a vontade de falar ou o silêncio da
família
• Cuidado de pronunciar a palavra “morte”
somente alguns minutos após o último
movimento respiratório.
• Deixar que a família escolha se quer ficar mais
um tempo com o corpo
20. Se ao paciente é suficiente uma palavra, não
ofereça discursos
Se só lhe for necessário um gesto, esqueça-se das
palavras
Se ele só lhe pedir um olhar, omita o gesto
E se lhe basta o silêncio, feche os seus olhos
E reze
Com ele e por ele ...
Pe. Martin Puerto, Argentina