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Terminalidade: as últimas horas

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                        Leonardo Consolim
Morte digna e pacífica
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                         F. Pessoa
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  progressiva
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  reclusão
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• Humor embotado
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• Parar com drogas desnecessárias

• Usar vias de administração apropriadas.

• Medicações indicadas: morfina, haloperidol,
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        • Antecipar mudanças e
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        • Dar explicações para
          familiares e pacientes.

        • Conversar entre a
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Como ajudar a família
A Família
• Traçar objetivos realistas.
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• Garantir ambiente apropriado.
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                            Pe. Martin Puerto, Argentina
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  • 1.
  • 2. Terminalidade: as últimas horas Cuidados para pacientes e familiares Leonardo Consolim
  • 3. Morte digna e pacífica • Manter senso de identidade e auto-estima. • Prover cuidado gentil e respeitoso para o corpo, a mente e a alma do paciente. • Considerar o paciente alguém capaz de perceber significado em sua vida, de se relacionar de forma honesta, apesar do declínio físico.
  • 4. Morte digna e pacífica • Aliviar o sofrimento: fazer o melhor, da melhor maneira que puder • Proporcionar privacidade • Ajudar a preservar ou reatar relacionamentos importantes
  • 5. Morte digna e pacífica • Guiar o paciente e familiares para uma reavaliação de expectativas • Encorajar pacientes e familiares a falar • Manter postura empática
  • 8. O processo de morrer “Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.” F. Pessoa
  • 9. O processo de morrer • Deterioração física dia após dia causada pela doença ou por complicação irreversível. • Paciente percebe que está morrendo. • Sonolência, dificuldade em manter-se concentrado.
  • 10. O processo de morrer • Acamado. • Diminui a ingestão de alimentos e líquidos • Alteração do ritmo respiratório • Cianose e frialdade periférica
  • 11. Sinais de morte iminente • Redução de débito – aumento da concentração da urina • Mudança do ritmo e dos sons respiratórios • Frialdade, alteração de cor e da consistência da pele • Pulso fraco • Ansiedade, inquietação, confusão mental, alucinações • Sonolência, disfagia, flacidez muscular • Olhos parados e fundos
  • 12. Sintomas Esperados • Anorexia • Imobilidade • Sonolência • Abalos musculares • Exacerbação de dor e dispnéia * • Respiração ruidosa
  • 13. Outros Sinais • Dependência progressiva • Necessidade de reclusão • Fica alheio • Humor embotado
  • 14. Fase de Ajustes • Parar com drogas desnecessárias • Usar vias de administração apropriadas. • Medicações indicadas: morfina, haloperidol, midazolan e escopolamina. • Controle efetivo de sintomas físicos.
  • 15. Fase de ajustes • Antecipar mudanças e prevenir desconforto. • Dar explicações para familiares e pacientes. • Conversar entre a equipe.
  • 16. Como ajudar a família
  • 17. A Família • Traçar objetivos realistas. • Garantir apoio espiritual e religioso. • Explicar para a família e paciente o que está acontecendo de acordo com suas necessidades individuais. • Garantir ambiente apropriado. • Conversar sobre problemas com funeral (se a família e paciente quiserem).
  • 18. Morte - Família • Reações diversas: silêncio, gritos, ‘falta o chão”, choro, não se lembram dos telefones e nomes dos parentes para quem ligar, raiva, gratidão • Suporte da equipe
  • 19. Morte - Equipe • Ensinar à família/ cuidadores os sinais do óbito. • Respeitar a vontade de falar ou o silêncio da família • Cuidado de pronunciar a palavra “morte” somente alguns minutos após o último movimento respiratório. • Deixar que a família escolha se quer ficar mais um tempo com o corpo
  • 20. Se ao paciente é suficiente uma palavra, não ofereça discursos Se só lhe for necessário um gesto, esqueça-se das palavras Se ele só lhe pedir um olhar, omita o gesto E se lhe basta o silêncio, feche os seus olhos E reze Com ele e por ele ... Pe. Martin Puerto, Argentina