ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: PROFESSORES EM FORMAÇÃO
1. UNIVERSIDADE DE UBERABA
CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS - INGLÊS
AUGUSTO CÉSAR PINTO FIGUEIREDO
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: PROFESSORES
EM FORMAÇÃO
BELÉM – PARÁ
2011
2. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................8
CAPÍTULO 1 CARTA AOS INICIANTES..................................................................10
1.1 Trabalhando com as unidades temáticas e o ensino-aprendizagem de língua
inglesa e língua portuguesa.......................................................................12
1.2 Origem da língua inglesa: uma breve história.................................................13
1.3 Formação do professor de inglês e português................................................17
1.4 Métodos e abordagens utilizados no ensino de inglês....................................19
1.5 Uma nova inclusão: libras como segunda língua do Brasil.............................24
CAPÍTULO 2 A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO..................................................................................................26
2.1 O sistema educacional Acrópole e sua infra-estrutura ..................................27
2.2 Os fundamentos do projeto político pedagógico da escola
campo...................................................................................................................28
2.3 PCN’S e sua aplicação na escola campo.......................................................29
2.4 PCNEM’S e sua aplicabilidade na escola campo...........................................30
2.5 Avaliando em língua inglesa...........................................................................32
2.6 Avaliando em língua portuguesa....................................................................34
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................36
REFERÊNCIAS.........................................................................................................38
3.
INTRODUÇÃO
Durante o processo de escrita do trabalho de conclusão do curso de letras
português-Inglês tivemos um contato com as primeiras letras no caminhar da
produção textual científica por meio dos portfólios construídos durantes as três
etapas que constituem nossa licenciatura minha inserção no curso de Letras
Português, pois a Universidade garante a entrada de alunos com diploma de cursos
superiores anteriores com créditos das matérias que compõem o núcleo comum.
Este processo tem se mostrado bastante benéfico, pois ao sermos avaliados,
podemos nos conhecer melhor e neste momento de contato com nosso amago
identificamos algumas lacunas e as preenchemos com o conhecimento adquirido por
meio do feedback de nossos professores aprendendo também nessa etapa
avaliativa como agiremos ou avaliaremos nossos futuros alunos. Então, concluímos
que os instrumentos utilizados durante nossa jornada ao centro da terra do
conhecimento científico retrata nossa evolução em semelhança ao homem que
passa pelo rio sendo que não é o mesmo a cada transposição feita por ele em tal rio.
Essa mudança faz-se necessária por que faz parte do processo de amadurecimento
do homem tanto pessoal como profissionalmente em busca de um ensino
comprometido e responsável em nível social devolvendo a população o que fora
construído em nossa formação na academia.
Em nossos caminhos, precisamos andar de olhos bem abertos e perceber os
vários procedimentos que se apresentam e em tais conhecimentos temos contanto
com a psicologia que fala da maturação humana e as variantes comportamentais
que podem agir de forma benéfica ou de forma destrutiva em nosso discentes e com
isso minar o aprendizado que é dado em graus diferentes de maturidade, em seus
vários momentos de letramento durante a vida do ser humano. Precisamos estar
atentos, pois a mesma mão que alimenta de forma a capacitar e humanizar os seres
pode ser a mesma que aprisiona em estruturas onde a sensibilidade torna-se
ausente prejudicando o processo de ensino aprendizagem que encontramos
algumas vezes nos espaços dedicados ao ensino.
4. Nas várias etapas percorridas destruímos e reinventamos nossa ação, a qual
não é reconhecida se comparada ao que se mostrava nos primeiros passos dados
no início de tal jornada em direção ao preenchimento das lacunas deixadas pelo
ensino anterior ao ensino superior vivido em nossa juventude em espaços escolares.
Neste momento o aprendiz tornasse mestre, ressaltando que a prática, como mestre
precisa também ser construída por aprendizes, pois nosso processo de
aprendizagem na se esgota ao deixar a academia. No momento de lançar-se ao
mundo educativo, darmos apenas um passo importante de nossa odisseia, a qual
termina apenas com o último pulsar de nossos corações e apagar de lousa de nossa
existência humana.
1. CARTA AOS INICIANTES
5. Em nosso primeiro momento como discípulos do saber acadêmico,
percebemos as coisas de formas diferentes, pois mesmo tendo passado por uma
primeira graduação e outras pós-graduações, verificamos que nada é igual e tudo
mesmo que já esteja escrito e internalizado pode vir à tona de forma inovadora ao
parafrasear algo que fora dito anteriormente.
Você deve lembrar-se de alguém em algum momento do caminhar acadêmico
iniciado no ensino de 1º grau hoje ensino fundamental até a academia quando em
um seminário ou trabalho feito em grupo foram proferidos discursos e nessas
circunstâncias pareceu mais coerente calar e ao invés de expressar sua opinião,
tornando sua participação totalmente nula e em seu íntimo o melhor seria não
produzir nenhum comentário e a única coisa que vem a sua cabeça é aquela frase já
calcificada na memória dos anos de estudo “professor fulano falou o que ia dizer” e o
professor de forma a requerer a sua contribuição ao processo de ensino-
aprendizagem instaurado em sala instiga sua participação dizendo ser importante o
que você tem a dizer, pois a sala não pensa a mesma coisa da mesma forma.
Precisamos agradecer nossos mestres por terem muitas vezes dito tais frases que
parecem prontas, mas que se a analisarmos, inferiremos que elas possuem e fazem
muito sentindo na construção do que somos e dos profissionais que queremos ser
hoje.
Nossos professores inconsciente ou conscientemente plantaram um desejo
de querer alçar voos maiores com tais morfemas, fonemas, estruturas frasais e tudo
o mais que é versado na constituição da língua portuguesa, atacadas por alguns em
relação aos desvios da norma culta e por outro lado como instrumento do
preconceito que exclui as camadas mais baixas da população, marginalizados por
somente não dominar padrões linguísticos detidos pela minoria tradicional e culta
nas letras da língua vernácula.
Um dos autores que defendem as massas é Bagno (1999) em seu livro
chamado preconceito Linguístico: como é, como se faz. Marcos Bagno em muitos
discursos é mal interpretado pelas ordas de gramatiqueiros que somente enxergam
a excelência da língua com seus apostos e vocativos hierarquizadores e
excludentes, os quais não percebem a variação da língua em seu aspecto oral.
6. Entretanto, Bagno também assume uma posição preconceituosa e excludente
quando fala em nivelamento da língua, o qual exclui de seu discurso os mais
letrados em uma relação análoga, pois o tal “nivelamento” é concebido, imaginado
como um “empobrecimento” da língua e não um meio de acesso ao bem comum
pelos menos abastados linguisticamente falando às vantagens oferecidas pela
língua mãe. Em um primeiro momento é necessário entender que nós professores
ou linguistas, como melhor nos classificarmos, devemos realizar um ensino que não
seja excludente, e nessa tentativa de não exclusão, fazer as pazes entre as
variantes e a língua culta, pois elas co-existem em vários momentos do cotidiano.
Nosso dever é mostrar o momento de cada uma delas em cada palco onde
ela é apresentada. Pois todos nós em semelhança ao teatro desempenhamos
nossos papéis como atores e em cada momento de nossa vida, faz-se necessário
uma tomada de decisão oriunda do ambiente geográfico ou social e somos
obrigados a assumir uma posição, a qual deve usar uma variante linguística que
satisfação o processo comunicacional.
Em cada etapa do curso tivemos oportunidade de entrar em contato com
unidades temáticas que foram de suma importância em nosso desenvolvimento
como alunos do curso de Letras Português e Inglês. Nesses momentos chamados
seminários de integração e durante as oficinas de apoio a aprendizagem, podemos
discutir cada uma das temáticas, as quais foram sendo proferidas de forma bastante
esclarecedora no ponto de vista conceitual e vivencial por meio do estágio
supervisionado.
Muitos conceitos foram apresentados de forma que pudéssemos assumir
nossas próprias tomadas de decisões e tivéssemos um posicionamento no que diz
respeito ao tipo de professor que queríamos ser sem formar arquétipos ou
estereótipos do que seria um bom professor de línguas. Pegamos de empréstimos
as teorias de Saussure, Chomsky, Arroyo entre tantos que foram modelando nossa
consciência de língua, nos vários setores entre eles o psicológico, linguístico,
humano em busca de uma docência que fosse projetada em cima de nossos
anseios sem nos aviltar a personalidade, pois nós professores em primeiro lugar
precisamos formar nossa identidade enquanto pessoas que trabalham com o ensino
de jovens e adultos que não partiram do zero, que não estão sendo iniciados em sua
7. totalidade nos ambientes educacionais. Estamos lidando com pessoas que trazem
consigo culturas, hábitos construídos em sociedade, em seu leito familiar, os quais
muitos conceitos foram instituídos e internalizados, situações nas quais o papel do
professor será o de reconstruir algo que fora construído de forma errônea ou apenas
organizar conhecimentos de forma hierarquizada pelo conhecimento epistemológico
do mundo dos saberes.
1.1 TRABALHANDO COM AS UNIDADES TEMÁTICAS E O ENSINO-
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA, LÍNGUA PORTUGUESA
Durante o Curso de Letras tivemos de focar nossas atenções para o real
objetivo que fora determinado pela licenciatura. Seriamos professores de português
e inglês, uma dupla habilitação que nos permitiria dar aulas de idiomas. Neste
primeiro momento iremos tratar da língua inglesa em relação a origem do idioma, as
classificações pelas quais a língua passou em sua evolução, os métodos e
abordagens usados no ensino da língua inglesa, a avaliação que pode ser realizada
em uma aula de línguas, em nosso caso língua portuguesa e língua estrangeira
inglês.
Como fora constituída a língua inglesa? Em aulas de língua inglesa, assim
como em todas as disciplinas precisamos estar atentos ao primeiro dia de aula, pois
em muitos ambientes escolares ele é quem diria como se dar ao processo de ensino
ou de empatia dos alunos ao que será estudado. Nos dias atuais percebemos que
deve estar muito bem amarrado e isso nos referimos ao primeiro dia de aula.
Todos nós, professores de língua inglesa, além dos conhecimentos
linguísticos, precisamos também acessar a história da língua que pretendemos
ensinar. Nosso papel na sala de aula não se restringe à repetição de palavras bem
entoadas com as estratégias fonológicas da língua que queremos ensinar. É
importante ter contato com a língua e sua história. Todos nós devemos conhecer
aquilo que ensinamos, pois este será o alicerce de nossa prática para conquistar ou
despertar o interesse dos alunos em nossa disciplina. Então, faz-se necessário ter
em mente que a primeira aula de inglês deve ser direcionada ao histórico da língua,
8. respondendo a algumas questões como, por exemplo, sobre a origem da língua, sua
evolução histórica, sua importância, sua acessibilidade aos bens da humanidade,
pois por meio dela podemos ter contato com várias culturas.
Todo professor de línguas deveria fazer esse momento de acolhida com a
língua e depois desse acolhimento, despertar o interesse dos alunos mostrando os
objetivos a serem alcançados durante o ano letivo em língua seja e portuguesa ou
inglesa, ensinando que nenhum deve sobrepor-se a outra em uma relação de
supremacia. Durante as etapas do curso aprendemos conceitos que permitiram
nossa visão diferenciada das línguas ensinadas e suas peculiaridades e a dinâmica
que envolve o professor e seu papel em sala. Podemos acompanhar um panorama
sobre as concepções que existiram sobre o ensino de língua inglesa a partir de
métodos e suas particularidades assim como as intervenções e mudanças ocorridas
no ensino de língua portuguesa, principalmente no que tange o ensino de gramática.
1.2 ORIGEM DA LÍNGUA INGLESA: UMA BREVE HIISTÓRIA
A origem da língua inglesa é bastante antiga e remonta no tempo em uma região
que na atualidade ficou conhecida recebeu o nome de Grã-Bretania, a qual tinha
ligação com a costa oeste da Europa. Em consequência dos degelos ocorridos
durante a Era Cenozóica e elevação do nível das águas do Mar Norte e o Oceano
Atlântico onde fora originado o atualmente nomeado de “English Channel” (Canal da
Mancha). A Grã-Bretania, composta pela Inglaterra, Gales e Escócia é a maior das
ilhas Britânicas e faz parte do complexo de ilhas denominado de “The British isles”, o
qual em junção com a Irlanda do Norte compõem o Reino Unido.
No roteiro que fala sobre a língua inglesa no contexto mundial temos noticias
de que por volta de 1000 a.C. depois de muitas migrações, vários dialetos das
línguas indo-européias tornaram-se grupos de línguas distintas tendo o idioma Celta
tornado-se a principal língua na Europa, povo que habitou as regiões da Espanha,
França, Alemanha e Inglaterra.
Também nos é relatado que a região que servia de moradia ao povo celta fora
cenário de muitas invasões entre elas, a invasão dos romanos em dois momentos,
9. em 55 a. C e em 44 a. C, no qual as ilhas Britânicas foram anexadas ao Império
Romano, e a língua falada pelos conquistadores romanos, o latim é imposto ao povo
dominado, os celtas. Em um momento da história, o relevo geográfico apresentado
pela região obriga a retirada do povo romano ocasionando no abandono do povo
celta. A ausência de um exército céltico acaba forçando a população buscar alianças
das tribos germânicas (“jutes”, “angles”, “saxons” e “frisans”), as quais aproveitaram
a falta de regimento celta para invadir os campos, destruir vilas e
consequentemente, o estabelecimento de tais tribos em áreas férteis que pertenciam
ao povo novamente dominado. Após as novas investidas dos inimigos, os
remanescentes foram empurrados para o oeste e norte da região.
Neste cenário de invasões e de imposição dos dialetos germânicos falados
pelos anglo-saxões que invadiram a região teremos a origem do inglês que é uma
língua do ramo germânico da família das línguas indo-europeias1. O inglês tem sua
trajetória de desenvolvimento da língua classificada em três momentos: old English,
middle English e o modern English e cada um destes períodos foram responsáveis
pelas transformações sofridas pela língua até a forma atual como a conhecemos.
O período conhecido como old English tem seu inicio marcado pelas invasões
germânicas, as quais foram responsáveis pela origem da língua. Neste momento da
história também temos o movimento da igreja católica em 493 A.D com St, Patrick
que teve como missão levar o Cristianismo a Irlanda, convertendo os anglo-saxões.
O cristianismo foi inserido de forma pacifica e com certa influência sobre a língua
germânica, a qual corroborou para a origem do inglês moderno. Neste momento
também percebemos o inicio da literatura inglesa devido à necessidade da nova
religião e adaptação dos vocabulários necessários a reprodução dos textos bíblicos
que professavam a fé Cristã.
Durante a existência do old English a Inglaterra encontrava-se dividida
linguisticamente entre os sete reinos anglo-saxões e old English em meio a uma
variedade de dialetos diferentes. Na etapa final do século 8, a Inglaterra foi atacada
pelo povo viking, vindos da Escandinávia, os quais foram responsáveis pela
destruição ocorrida em muitas regiões da Europa. A presença dos vikings por mais
de 200 anos exerceu influência sobre o old English apesar da similaridade
1 [1]
O indo-europeu é uma família (ou filo) composta por diversas centenas de línguas e dialetos, que
10. apresentada pelas duas línguas tornando difícil precisar a influência legada à língua
pelos povos escandinavos. Com relação as transformações linguísticas, o old
English gramaticalmente fazia a declinação do substantivo e existiam os gêneros:
masculinos, feminino e neutro e os verbos são conjugados.
O middle English assistiu a um dos eventos históricos de grande importância
na história da Inglaterra conhecido como a Batalha de Hastings, comandada por
William, Duque da Normandia comandante do exército normando a qual obteve
vitória sob os anglo-saxões liderados por King Harold 1066, consistindo em uma
drástica reorganização política, associada a alteração linguística que marcava o
inicio de uma nova era.
A partir desta conquista, o dialeto francês denominado na época Norman
French foi imposto aos conquistados. O francês era a condição para alguém de
origem anglo-saxã ascender socialmente e ganhar a confiança da classe dominante.
A língua francesa foi bastante marcante e de grande influência no período conhecido
como middle English que durou 300 anos contribuindo para a elaboração de um
aporte considerável de vocabulário, o qual não afetou a pronúncia nem a estrutura
gramatical.
O Moden English a partir de 1500 foi o momento da história que se preocupou
com a padronização e unificação da língua, o qual foi possibilitado pelo advento da
imprensa e um sistema postal responsável por esta disseminação em Londres que
era o centro político, social, econômico da Inglaterra. Neste momento a educação foi
bastante difundida acarretando no alfabetismo provida à classe média.
Este momento de evolução da língua inglesa coincidiu com a great vowel
shift2 e outras mudanças ocorridas na pronúncia que não aconteceram no nível
ortográfico. Temos durante o modern English o desenvolvimento da literatura que
2
O deslocamento da vogal Grande foi uma grande mudança na pronúncia do idioma Inglês , que
teve lugar em Inglaterra entre 1350 e 1500. A mudança da vogal Grande foi inicialmente estudado
por Otto Jespersen (1860-1943), um dinamarquês lingüista e anglicista , que cunhou o termo. Porque
a ortografia Inglês estava se tornando padrão nos séculos 15 e 16, o deslocamento da vogal Grande
é responsável por muitas das peculiaridades da ortografia Inglês.
11. contou com uma grande influência de William Shakespeare 3 , o qual contribui
bastante no uso criativo do vocabulário que estava sendo criados pelas reformas da
época.
O American English surgiu com os imigrantes oriundos da Inglaterra que
colonizaram a América do Norte tinham como ideais de prosperidade e ansiavam a
liberdade de religião. A chegada deste povo em 1620 marca o inicio da presença da
língua inglesa no Novo Mundo. Por volta de 1776, época que diz respeito a
independência dos Estado Unidos, na qual a população chegava aos 4 milhões, o
dialeto norte-americano possuía características que o distinguiam dos demais
falares antes realizados pelo povo. Em um novo ambiente, o povo teve contato com
as culturas do índio nativo do local e com o povo espanhol que ocupava as regiões
adjacentes ao sul, que foram colonizadas pelas Espanha, o que provocou o
desenvolvimento de um vocábulo variado em relação ao inglês britânico. Em relação
ao inglês britânico, a língua inglesa falada nos Estados Unidos guarda algumas
diferenças em relação à pronúncia e a ortografia de certas palavras
1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS E PORTUGUÊS
Quando falamos em formação de professores, estamos nos referindo aos
processos iniciados nos âmbitos da academia durante as aulas de prática
pedagógica conhecida em nosso currículo com a temática espaço pedagógico da
sala de aula, a qual tem como objetivo nos preparar para a prática em sala de aula.
Nesta temática também temos contato com o processo de ensino-aprendizagem e
como ele acontece no contexto escolar respeitando as fases do desenvolvimento
biológico, psicológico e afetivo do aluno.
3 [ nb 1 ]
William Shakespeare ( baptizado 26 de abril de 1564 e morreu 23 de abril de 1616) foi um
Inglês poeta e dramaturgo , amplamente considerado como o maior escritor do idioma Inglês e
[1]
dramaturgo do mundo pré-eminente. Ele é muitas vezes chamado de Inglaterra poeta nacional e
[ 2 ] [ nb 2 ]
do "bardo de Avon". Suas obras sobreviventes, incluindo algumas colaborações , consistem
[ nb 3 ]
de cerca de 38 peças , 154 sonetos , dois longos poemas narrativos , e diversos outros poemas.
Suas peças foram traduzidas em cada língua viva grandes e são realizadas com mais freqüência do
[3]
que as de qualquer outro dramaturgo.
12. Ao falarmos sobre procedimentos que permeiam o ambiente escolar e entre
outras coisas planejamento, percebemos que a prática docente não é o vilão
imaginado por muitos de nós, entretanto, após as disciplinas pedagógicas cursadas
na graduação e leituras que tiveram como propósito dirimir tantas dúvidas,
percebemos que o processo não é tão complicado quanto parece, devemos sim, ter
em nossas cabeças as nomenclaturas e o papel de cada um no que diz respeito ao
processo de ensino e aprendizagem que queremos realizar para a tão sonhada
qualidade buscada pelas autoridades que regulam a educação em nosso país.
Para um trabalho docente efetivo precisamos ter claro, as distinções entre
métodos, abordagens, técnicas, procedimentos pertinentes ao fazer pedagógico
realizado em sala de aula e durante o planejamento das aulas consonante com os
objetivos que são elencados, pois segundo Fulano, se os objetivos estiverem coesos
com a proposta de ensino, o caminho de escolha das estratégias ou métodos que
serão aplicados para o alcance de tais objetivos terá mais expectativa de êxito
beneficiando o processo de ensino-aprendizagem de línguas ou qualquer disciplina
em voga.
E nessa perspectiva do fazer educativo antes da ação propriamente dita é
necessário compreender o processo que antecede a prática educacional. Vários
conceitos podem agir como norteadores, para a prática de um professor, e de
acordo com os objetivos propostos poderemos vencer ou falhar em nosso
compromisso com o ensino-aprendizagem. Precisamos remontar aos estilos de
escola que tivemos na história educacional mundial e porque não dizer brasileira,
nas quais fomos perpassados por várias visões de como se dava o processo de
aquisição do conhecimento.
Se formos buscar em nossos baús da memória teremos contato com uma
educação bancária, na qual os alunos a semelhança de soldados deveriam
obedecer cegamente a um comandante totalmente superior em sua autarquia
cognitiva, sendo que o mesmo e somente ele detinha todo o conhecimento existente
no mundo e com um ar de deus preenchia o ser humano com sua sabedoria para
que os mesmo pudessem ser cidadãos dignos ou pelo menos seres que serviriam à
sociedade positivamente. Este paradigma foi bastante castrador, pois limitava o
13. discente a uma xícara vazia que precisava ser preenchida negando assim o inatismo
que acompanha o ser humano na visão de Piaget, Vigotsky.
No segundo momento o professor é destituído de seu posto de ser supremo
ocupando tal importância o aluno, ser primordial para que o ensino pudesse ser
realizado, pois o discente era a estrutura fundante no ensino realizado por quem
quer que seja. Em um terceiro momento, no qual a escola entende o papel do
professor como facilitador, mediador, aquele que realiza a mediação, entendendo a
mediação em um espaço, no qual o professor encontra-se no meio entre aluno e
conhecimento sendo um facilitador neste processo interativo. Um ser que não se
alimenta apenas das informações eligidas pelo professor mais de um mundo novo e
virtual, no qual o conhecimento é oferecido por googles 4 , bings 5 e outros
navegadores do conhecimento tecnológico em ao conhecimento globalizado
atualmente. Para que possamos ter sucesso ou aulas bem sucedidas precisamos
entender primeiramente como se dá esse processo de criação das aulas e com isso
contamos com a ajuda de métodos, abordagens, instrumentos e ou técnicas que nos
subsidiaram em nossa busca pela excelência e sucesso no processo de
aprendizagem que queremos oferecer aos nossos alunos.
Então, o que devemos escolher em primeiro lugar ao planejar nossas aulas?
Devemos pensar primeiramente, partir do planejamento e nesse momento
possamos nos concentrar nos objetivos que devem ser alcançados com tal plano
agindo como um norte para a escolhas das estratégias que poderão ou não nos
trazer sucesso no ensino que queremos fazer num processo didático mediando ao
polo teórico e o polo prático da atividade educativa. (JÚNIOR apud MELO;
URBANETZ 2008, p. 17)
4 ]
Google Inc. (NASDAQ: GOOG) (Google) é uma empresa multinacional de serviços online e
software dos Estados Unidos. O Google hospeda e desenvolve uma série de serviços e produtos
baseados na internet e gera lucro principalmente através da publicidade pelo AdWords. A empresa foi
fundada por Larry Page e Sergey Brin, muitas vezes apelidados de "Google Guys", enquanto os dois
estavam frequentando a Universidade Stanford como Ph.D.s. Foi fundada como uma empresa
privada em 4 de setembro de 1998 e sua oferta pública inicial foi realizada em 19 de agosto de 2004.
A missão declarada da empresa desde o início foi "organizar a informação mundial e torná-la
universalmente acessível e útil" e o slogan da empresa foi inventado pelo engenheiro Paul Buchheit,
é “Don't be evil” em inglês e “Não seja mau” em português. Em 2006, a empresa mudou-se para sua
atual sede, em Mountain View, Condado de Santa Clara no estado da Califórnia.
5
Bing é o nome do novo buscador da internet lançado pela Microsoft em 28 de maio de 2009, na
feira de tecnologia All Things Digital, realizada pelo jornal americano The Wall Street Journal. Ao
contrário do Google, o novo buscador não mostra os resultados de acordo com sua popularidade,
mas organiza os links de acordo com a relevância. Segundo a Microsoft, o Bing não é um mero
buscador, pois ajuda as pessoas a tomar decisões.
14. 1.4 MÉTODOS E ABORDAGENS UTILIZADOS NO ENSINO DE INGLÊS
Neste momento pretendemos constatar o que tem sido feito no ensino de
língua estrangeira Inglês, quais métodos e abordagens e seu funcionamento e sua
aplicabilidade no processo ensino-aprendizagem. Os métodos e abordagens serão
apresentados cronologicamente, permitindo nos ter uma visão histórica geral das
etapas pelas quais o ensino de inglês passou até chegar ao que é feito nos dias
atuais para que tenhamos um ensino proficiente.
Nosso objetivo não é ser um manual de pesquisa sobre os métodos
abordados, pois destacamos alguns pela brevidade da pesquisa para termos uma
visão de como se deu a evolução do ensino de línguas, tanto de forma diacrônica
como síncrona na história do ensino que servem para enriquecer nossa visão como
alunos e mestres no ensino-aprendizagem de língua estrangeira.
Método da Tradução e da Gramática
Na literatura sobre ensino-aprendizagem ele é conhecido como o método
mais antigo da história da LE. O método da tradução e da gramática consiste na
tradução de textos de LE para a L1 do aprendiz e no estudo de regras gramaticais
que compõem o sistema linguístico da língua estudada. Objetivo do método é fazer
com que o aluno seja capaz de ler da literatura escrita da cultura da LE, sendo este
considerado um objetivo nobre e um bom exercício para o desenvolvimento mental.
O processo de leitura é um ato apenas de codificar e decodificar através de estrutura
da LE.
Método Direto
Um método no qual seu processo de ensino-aprendizagem se fundamenta na
capacidade do aprendiz em fazer associações, deduções e inferências a partir de
situações apresentadas a ele. O principio fundamental é que o aluno aprende a LE
através da própria língua não permitindo o uso de L1 em sala de aula. O trabalho é
feito com gestos, gravuras, figuras e mímicas que ajudam no processo de
compreensão do aluno que não deve recorrer à tradução. A ênfase é dada a
15. linguagem oral, mas a escrita pode ser explorada desde o início do curso. A
gramática é apresentada de forma explícita, sendo intuída pelos alunos. Privilegia o
ponto de vista oral, apesar de contemplas as outras habilidades diferentemente do
método anterior que só o aspecto gramatical e a da tradução da LE.
Método Audiolingual
Um método que tem suas fortes bases na linguística e na psicologia, as quais
perceberam uma perfeita união entre o uso oral da LE e uso da repetição. Segundo
Leffa (apud MOROSOV; MARTINEZ 2008, p. 31) cinco premissas sustentavam esse
método e foram seguidas como uma verdadeira doutrina durante muitos anos no
ensino de línguas. Tais premissas são as seguintes: 1ª língua é fala, não escrita
(havia muita ênfase na língua oral; 2ª língua é um conjunto de hábitos (concepção
advinda do behaviorismo de Skinner) 3ª ensine a língua e não sobre a língua (havia
o efeito da negação da gramática); 4ª a língua é o que os falantes nativos dizem,
não o que alguém acha que eles deveriam dizer); 5ª as línguas são diferentes (o
inicio da análise contrastiva entre diferentes sistemas linguísticos). Memorização de
diálogos feitos em sala e os drills (repetição de frase curtas ou frases longas parte
por parte, repetição de modelos de perguntas e respostas, repetições de sentenças
afirmativas, negativas e interrogativas.
Método Silencioso de Gattegno
Método influenciado pelo interesse que surgiu pelas abordagens cognitivas,
as quais viam os aprendizes de LE como responsáveis pelo seu próprio aprendizado
e por isso precisam estar engajados no processo de ensino-aprendizagem. Os
alunos precisam ser capazes de expressar suas ideias, suas percepções e
sentimentos por meio da LE, sendo necessário que os discentes desenvolvam certa
independência em relação aos professores, desenvolvendo também critérios de
correção. Tem como objetivo aproximar aprendizes de falantes nativos. Acontece
por meio de exercícios de pronúncia, e conhecimento básico de gramática da LE são
comuns, mas a ideia principal é fazer com que aprendizes aprendam a aprender a
LE.
16. A sugestologia de Lozanov.
Criado por Lozanov, qual acreditava que o aprendizado de LE poderia ser
mais rápido do que se fazia na época. O método de Lozanov acontece por meio da
sugestão com o nome da abordagem sugere, e ocorre quando os aprendizes estão
em profundo estado relaxamento. A intenção do método é que se obtenha um nível
avançado de habilidade oral rapidamente. Embora, o foco da aula esteja no
entendimento do assunto abordado em aula, os aprendizes são solicitados a
memorizar listas de vocabulários. O curso consiste em unidades que vão graduando
o nível do vocabulário e gramática. As atividades de perguntas e respostas e
compreensão auditiva são realizadas sob o efeito de profundo relaxamento. O
objetivo do professor é criar situações em que o aprendiz receba e retenha o
conteúdo.
Respostas Física de Asher
Este método leva o aprendiz seja levado a compreender antes de produzir.
Tem a intenção de fazer com que o estudante aprenda a dominar a LE de maneira
proficiente, para se comunicar com falantes nativos. Algo que é muito utilizado nesse
método são os drills 6 que instigarão ações físicas. Ele utiliza comandos que o
diferenciam de outros métodos. Esses comandos parecem bastante simples como
olhe, repita e ao longo do aprendizado eles se tornam complexos.
A abordagem natural de Krashen
Krashen utilizando baseando-se trabalhando em cima da aquisição de L1 em
Chomsky em relação ao inatismo e os estudos interacinistas de Vigotsky em relação
a L2, criou uma abordagem que incorpora elementos de várias outras áreas. Para o
autor a essência da linguagem está no significado e nao na gramática. Assim
construindo uma teoria chamada hipótese da construção criativa, a qual e composta
por cinco hipóteses entre elas: a hipótese da aquisição e aprendizagem , falando da
diferença entre essas duas fases do aprendizado que é feito através da análise das
estruturas, realização de exercícios e atividade na aula de LE; hipótese do monitor,
na qual percebe o aprendizado como algo consciente funcionando como
um monitor
6
Recortes de diálogo são selecionados como “modelos” para exercícios de repetição e substituição.
17. realizando as correções das estruturas da língua até que a procução se torne correta
naturalmente; hipótese da ordem natural, mostrando a semelhança na ordem natural
de aprendizagem de uma LE em relação a L1 e que formas gramaticais simples e
consequentemente a produção de tais formas, será realizada naturalmente após ter
ocorrido o processo de aquisição das estruturas.; hipótese do input, ou seja, aquilo
que é colocado como novo ao aluno de forma compreensível e relacionada dom
uma mensagem já conhecida; hipótese do filtros afetivo, a qual aposta em um
ambiente no qual o alunos tenha prazer e seja motivado para que o mesmo possa
adquirir e aprender a LE.
Abordagem comunicativa
Esta abordagem busca a habilidade oral perseguida pelos métodos e
abordagens que ambientam o movimento de ensino de LE. Alguns pesquisadores e
suas pesquisas serviram de base para sua fudamentação, principalmente
Widdowson, Wilkisn e Hymes que seguiam a premissa a competência linguística não
era condição sine qua non para o aprendizado efetivo de uma comunicação. Na
abordagem comunicativa, a gramática não assume papel central, mas sim o
processo comunicativo por meio de técnicas, jogos, resoluções de problemas em
grupo, a discussão de ideia e posições, o uso de dramatizações e os roleplays.
Todas as habilidades do ensino de línguas são utilizados e o erro faz parte do
processo de aprendizagem. Essa abordagem sofreu alguasm críticas por utilizar
todos os processos de ensino aprendizagem ao mesmo tempo, sendo, em muitos
casos, um sistema falho de ensino.
Ao falar dos métodos e abordagens de fizeram e ainda fazem parte do metier
do professor de línguas não é apenas fazer um panorama, tendo em mente que
nossa leitura fora centrada em cima das que são mais conhecidas e se deixamos de
citar algum método ou abordagem isso não fora feito por leviandade, mas sim uma
forma de centrar nosso pensamento como aprendizes num ensino que vem sendo
realizado e sabendo que muitos dels não são conhecidos pelos professores em seu
18. inicio, pois essa formação demanda recursos financeiros que não estão acessíveis
para muito professores recém-formados provindos das mas variadas classes sociais.
Temos em mente também durante a leitura feita em cima do ensino de
línguas que não utilizamos apenas um método ou abordagem em nosso momento
como mestre. Assim como os professores que se dizem rezar as cartilhas da
modernidade e que o tradicionalismo ficou guardado nos baús da memória, pois hoje
em dia o bom professor é aquele que está ligado com o novo, principalmente no que
diz respeito às novas tecnologias. Aproveitando e usando como apoio Bakhtim ao
que esta sendo dito em relação aos vários discursos que estão embutidos em nosso
discurso não se realizando totalmente de forma inédita, arrisco-me a dizer que nossa
prática não é totalmente nova, existe algo de novo se pensarmos que lançamos algo
que faz parte do nosso ser distinto, mas que este porção inovadora é permeada pelo
tradicionalismo de nossos mestres do passado e podes perceber isso em relação ao
ensino dos conteúdos na aula de língua, pois o que podemos fazer mão são as
estratégias que permitem aos alunos acessarem a língua a ser aprendida, mas
verbo e outros elementos que estão no cerne da língua serão sempre os mesmos
nos ao tradicionalismo tão combatido pelas novas pedagogias.
1.5 UMA NOVA INCLUSÃO: LIBRAS COMO SEGUNDA LÍNGUA DO BRASIL
Na sexta etapa tivemos uma nova disciplina chamada processos interativos
com a pessoa surda, a qual fala sobre a as leis e as característica da Língua
Brasileira de Sinais, considerada a segunda língua falada no Brasil. Os surdos tem
uma forma diferente de ver o mundo, no qual a realidade e as pessoas são lidas por
meio de expressões faciais e corporais.
Durante as várias épocas da história do mundo, o povo surdo sempre esteve
em contato com muitas dificuldades. Isto pode ser conferido em Guarinelo (2007, p.
19) que nos primórdios os surdos leram pessoas que incapazes de se expressar
oralmente e por isso não poderiam alcançar a consciência humana tendo na
audição, o diferencial para o seu aprendizado, continuando tal maneira de pensar
Aristóteles (384-322 a. C) apud Guarinelo (2007, p. 19) dizia que os surdos eram
19. pessoas que não poderiam ser treinadas, pensamento que fora bastante difundido
por séculos sem que questionamentos fossem levantados para tal atrocidade.
Aristóteles (384-322 a.C), conforme Guarinello (2007, p. 19), difundia que as
pessoas surdas não podiam expressar nenhuma palavra e que, para atingir a
consciência humana, a audição era o canal mais importante para o aprendizado.
Seu veredito era de que os surdos não eram treináveis. E esse conceito
permaneceu por séculos sem questionamentos.
A crença do povo romano era de que, os surdos, por não falarem, não podiam
fazer testamentos e necessitavam de um curador para tratar de todos os seus
negócios. Assim, no passado, os surdos eram considerados incapazes pelas
sociedades. A história do povo surdo foi sempre cheia de dificuldades. No passado,
foram considerados, geralmente, ineducáveis. Portanto, faremos um breve relato
histórico, de toda uma trajetória repleta de dificuldades que, com o passar dos anos,
estão sendo vencidas com esforço, luta e força de vontade por parte dos indivíduos
surdos.
Em conversas com o professor Ronaldo, durante uma das oficinas que
tratavam do roteiro sobre os processos interativos com a pessoa surda, ficamos
sabendo da existência de um curso de libras realizado no Centro de Capacitação de
Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) em Belém,
e em textos de revista especifica da comunidade surda pudemos conferir a relação
do mundo dos ouvintes, pessoas ditas “normais” não que não encontram
dificuldades no acesso à língua portuguesa ou qualquer outro idioma falado no
mundo, pois este acesso dá-se desde os primeiros momentos posteriores ao
nascimento e que precedem o momento de aquisição da fala. As crianças ouvintes
mesmo não tendo desenvolvido a habilidade da fala tem contato com um mundo
sonoro que é desconhecido para a criança surda. Elas vão ter acesso somente no
momento que adentram a escola por voltas dos 6 anos de idade e neste momento
será o primeiro contato com a língua portuguesa que as aprisiona aos moldes de
uma gramática sonora, audível que contempla somente a comunidade ouvinte.
A criança surda em seu primeiro contato com a língua portuguesa precisa da
orientação do professor que tenha feito curso de libras, pois a primeira língua dessa
20. criança surda não é a língua portuguesa. O processo de formação das palavras dar-
se-á pela soletração manual, processo único de formação dos vocábulos (sinais) em
Libras, os quais não são articulados de forma linear como são as soletrações das
palavras em língua portuguesa. (ESCOBAR, 2008, p. 28)
A Língua Brasileira de Sinais passa a ser obrigatória nos espaços escolares
por meio do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, o qual vem regulamentar
a lei n º 10.436, de 24 de abril de 2002 sobre a língua de sinais brasileira – Libras.
Também encontramos a obrigatoriedade de libras nos curso de formação de
professores para irão atuar no magistério, em nível médio, assim como no superior,
em cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados explicitada no
capítulo II do artigo 3º do referido decreto.
A lei acrescenta também a necessidade de professores com formação em
nível de graduação ou pós-graduação em libras para exercer o magistério na
educação infantil dando oportunidade aos cidadãos surdos exercerem essa função
ou ao professor ouvinte bilíngue mediante de comprovação de exame de proficiência
em libras, promovido pelo Ministério da Educação. A lei reconhece também o papel
do interpretes de libras em sala no sentindo de ajudar na tradução do que é
ensinado em língua portuguesa para a primeira língua dos alunos surdos, ou seja, a
libras.
2. A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
O Estágio Curricular é uma das principais ferramentas de preparação para o
exercício de uma profissão de toda a carreira que um docente pretende abraçar para
a sua formação e, sendo uma disciplina confirmada como um componente curricular
articulado e orientado pelos princípios da relação teoria e prática, caracteriza-se na
relação entre as especificidades de discussão dos aspectos básicos dos conteúdos
específicos de cada curso e das teorias da aprendizagem aplicadas em forma de
ensino, pesquisa e extensão, possibilitando assim, aos discentes uma formação
21. prática e técnica que facilita a futura inserção do formando na vida profissional como
também uma integração consciente no mundo do trabalho da área de educação e,
por ser um momento de formação profissional, esta disciplina precisa estar
articulada com os
demais componentes curriculares do curso, ou seja, ao projeto
pedagógico do curso.
2.1 O SISTEMA EDUCACIONAL ACRÓPOLE E SUA INFRA-ESTRUTURA
O nome da escola por ocasião de um dos acionistas ter morado em Atenas
(na Grécia), por vários anos e por inspiração dos modelos clássicos que
influenciaram a Cultura Ocidental, na qual os cidadãos buscavam beber nas fontes
da sabedoria por meio dos filósofos e deuses para a evolução cultural e espiritual da
humanidade. A Acrópole de Atenas, morada dos Deuses, seres sábios, lugar no qual
os homens buscavam a proteção divina, assim como valor espiritual e filosófico que
provinha da morada dos Deuses.
O Sistema Educacional Acrópole Belém fora idealizado por um grupo familiar
de educadores, atuando há pelo menos duas décadas dedicadas à educação em
instituições públicas e particulares nos Estados do Pará, Rio de Janeiro e Paraná. A
escola nasceu da experiência adquirida na área da educação, a qual teve como
inspiração os modelos de educação existentes dentro e fora do país, com o espírito
sempre empreendedor acreditando podendo contribuir com a sociedade na
formação integral do cidadão por meio da educação, em uma Escola de Qualidade,
com o objetivo de proporcionar ao seus alunos a formação do ser pleno e consciente
de sua cidadania, o qual é o propósito principal da instituição, que investe no
aperfeiçoamento e qualificação dos profissionais no processo de ensino-
aprendizagem na Comunidade Escolar.
O Sistema Educacional Acrópole, visando à formação integral do homem para
conviver num mundo Globalizado, oferecerá espaços multifuncionais, reunindo num
só lugar a possibilidade de desenvolver diferentes atividades. Além do ambiente
escolar específico composto de biblioteca, laboratório (informática, ciências e de
linguagem), anfiteatro, ginásio poliesportivo, ambientes para atividades culturais,
auditórios para eventos, piscinas, etc. O Sistema Acrópole oferecerá também
22. academia de dança, curso de linguagem, curso intensivo preparatório aos concursos
especiais.
2.2 Os Fundamentos do Projeto Político Pedagógico da escola campo de
estágio.
O Sistema Educacional Acrópole tem como base a abordagem cognitivista na
qual segundo (MIZUKAMI, 1986, p. 71) a educação deve permear a autonomia
intelectual que será assegurada pelo desenvolvimento da personalidade e pela
aquisição de instrumental lógico-racional. A educação deverá visar que cada aluno
chegue a essa autonomia., a qual é construída de forma sistemática em movimento
contínuo e a escola deve dos objetivos contemplados por tal visão educativa. O
Ensino-aprendizagem, nessa perspectiva, prioriza as atividades do sujeito
considerando-o inserido numa situação social, aprendendo, assimilando o objeto a
esquemas mentais, buscando-se no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação,
na solução dos problemas, na descoberta. O mundo deve ser reinventado pelo
sujeito.
Em parceria com a abordagem cognitivista, o Sistema Educacional Acrópole
comunga, também, com as ideias interacionistas que acreditam na relação
estabelecida entre os seres humanos e o ambiente em que vivem. Para eles, tanto
fatores internos (do desenvolvimento) quanto fatores externos (próprios do meio)
são importantes. Para os piagetianos, a formação dos seres humanos resulta da
ação do sujeito sobre o meio ambiente em que vivem; logo; para que a
aprendizagem ocorra, é preciso contar com um certo nível de desenvolvimento, de
modo que a aprendizagem esteja sempre a reboque do desenvolvimento.
Nessa abordagem o aluno é visto como alguém que contribui para sua
aprendizagem de forma ativa: seleciona, assimila, interpreta e generaliza
informações sobre seu meio físico e social. O professor, nesta proposta entra como
mediador – orientador das atividades entre os alunos e o conhecimento, a ser
conquistado, facilitando assim sua aprendizagem.
23. O processo de avaliação, dentro desta abordagem tem tudo a ver com a
escola de sucesso, porque nos indica em que aspecto é preciso melhorar e nos
permite reafirmar nosso compromisso de ensinar mais e melhor a todos. Avaliação e
escola de qualidade andam lado a lado, o que nos faz concluir que avaliar e parte
essencial do trabalho docente.
O Sistema Educacional Acrópole apoiado pelos PCN’s (MEC), tanto nos
objetivos educacionais, quanto na conceitualização do significado das áreas de
ensino e dos temas da vida social contemporânea, adota como eixo o
desenvolvimento de capacidades do aluno processo em que os conteúdos
curriculares atuam não como fins em si mesmo, mas como meios para aquisição e
desenvolvimento dessas capacidades. Nesse sentido o que se tem em vista é que o
aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em um complexo processo
interativo em que também o professor se veja como sujeito de conhecimento.
2.3 PCN’s e sua aplicabilidade na escola-campo
De acordo com os PCN´s todos os objetivos gerais do ensino fundamental
tem relação com o ensino aprendizagem de língua portuguesa e inglesa, visto que,
ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e
consumo são caracterização da área.
Os objetivos de aprendizagem do terceiro e do quarto ciclo de língua
portuguesa e inglesa estão presentes no ensinar e no aprender da escola campo,
visto que a mesma ver a compreensão da adolescência como o período da vida
explicitamente marcado por transformações que ocorrem em vários ambientes
sociocultural, afetivo-emocional cognitivo e corporal. Requer ainda que se
reconheçam e se considerem as características próprias do aluno adolescente, a
especificidade do espaço escolar, no que se refere á possibilidade de constituição
de sentidos e referencias nele colocada, e a natureza e peculiaridades da e de sua
pratica.
24. A concepção da relação professor-aluno proposta pelos pcns está presente
na escola-campo, pois o professor organiza ações que possibilitam aos alunos o
contato critico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das
praticas de linguagem, inclusive sobre aspectos não percebidos inicialmente pelo
grupo – intenções, valores, preconceitos que veicula explicitação de mecanismos de
desqualificação de posições- articuladas ao conhecimento dos recursos discursivos
e linguísticos. O professor tem sempre clareza das finalidades colocadas para o
ensino e dos conhecimentos que precisam ser construídos para alcançá-las.
Os Conteúdos e os temas transversais da área de língua portuguesa e
inglesa são trabalhados em diferentes ambientes de aprendizagem na escola
campo, os conteúdos apresentam estreita relação com os usos efetivos da
linguagem socialmente construídos nos múltiplos exóticos discursivas. Já o trabalho
desenvolvido a partir dos temas transversais (ética, pluralidade cultural, meio
ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e consumo) oferece inúmeras
possibilidades para o uso vivo da palavra permitindo muitas articulações com a área
além de abrir a possibilidade de um trabalho integrado de varias área.
O sistema de avaliação da escola campo é compreendido como um conjunto
de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção dos
educandos. Portanto a avaliação é relacionada com as oportunidades oferecidas,
isto é, ocorrendo sistematicamente durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não somente após o fechamento da etapa do trabalho como é o
habitual. O que possibilita ajustes constantes que contribui efetivamente para que a
tarefa educativa tenha sucesso
2.4 PCNEM’s e Sua Aplicabilidade na Escola-Campo
A escola deve necessariamente cuidar do aprimoramento do educando como
ser humana, sua formação, ética, desenvolvimento, de sua autonomia intelectual e
de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o
desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado
diversificadamente atendendo as especificidades regionais e locais da sociedade da
25. cultura, da economia do próprio aluno associando integração e articulação dos
conhecimentos em processo permanente de interdisciplinaridade, contextualização e
participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino. Pensar a escola a partir de sua própria realidade
privilegiando o trabalho coletivo com a política curricular entendida como expressão
de uma política cultural, na medida em que selecionar conteúdos e praticas de uma
dada cultura para serem trabalhados no interior da instituição escolar.
A escola precisa possibilitar ao estudante; integrar-se no mundo do trabalho
com condição para prosseguir, com autonomia, no caminho de seu aprimoramento
profissional; atuar de forma ética e responsável na sociedade tendo em vista as
diferentes dimensões da pratica social. Em síntese garantir a preparação para o
exercício da cidadania promovendo condições para que os alunos reflitam sobre os
conhecimentos construídos no processo de socialização e agir sobre ( e com ) eles,
transformando-os continuamente, nas suas ações. Tornar a ação de ensinar como
uma ação política reporta à ideia de que o conhecimento é o produto de um trabalho
social e fruto de investigação e (re) elaboração com a cooperação dos outros.
Cabe a escola fortalecer o compromisso de empreender uma educação que
propicie ao aluno viver e compreender de forma critica seu tempo e preparar-se para
a vida, qualificar-se para a cidadania e capacitar-se para uma formação presente.
Incentivar a comunidade escolar para que conceba a prática cotidiana como objeto
de reflexão permanente. Somente assim, se encontrará um caminho profícuo para a
educação.
26. 2.5 AVALIANDO EM LÍNGUA INGLESA
Quando falamos sobre avaliação ficamos preocupados no que será avaliado e
quais procedimentos estarão embutidos nesse processo de verificação da
aprendizagem principalmente quando essa avaliação é feita em uma língua
estrangeira. Como podemos avaliar em língua inglesa? Avaliar segundo LUCKESI
(apud Melo; Urbanetz 2008, p. 84) é um processo que precisa articular-se ao
processo educativo como um todo, pois a avaliação não tem nenhuma função
quando focada em si mesma. O que podemos entender de tal citação é que a prova
ou avaliação apenas como um instrumento avaliativo não abrange a avaliação que
deve ser feita atualmente em ambientes escolares. Essa avaliação deve
acompanhar a competência linguística do aprendiz assim como a formação geral do
cidadão. (LDB Nº 9394/96 apud Morosov; Martinez 2008, p.93)
Lembrando também que o ensino de inglês é pelas habilidades que devem
ser desenvolvidas é necessário entender que a avaliação deverá perpassar pelas
habilidades descritas na LDB na constituição de um sujeito completo. Então,
primeiramente, vamos lembrar das habilidades que devem ser desenvolvidas no
ensino de línguas e tentar fazer um paralelo entre habilidade e a avaliação que deve
ser associada a habilidade adquirida.
Em qualquer escola que trabalhe com o ensino de línguas deve ter em mente
durante seu processo de aquisição e aprendizagem de línguas deve trabalhar com
atividades de leitura, escrita, fala e audição. Devemos lembrar também que o ensino
de inglês assim como qualquer outro idioma deve ser fracionado, pois se
lembrarmos nosso aprendizado de língua português fomos expostos a língua desde
nosso nascimento, mas a aquisição deu-se de maneira micro, aprendemos por meio
da junção de grafemas e nesse contínuo chegamos aos morfemas e aos enunciados
que deram sentido a compreensão que temos da língua vernácula. Esse ensino
deve ser enfatizado no ensino de línguas, entretanto, ele não se limita apenas a
habilidades linguísticas, precisando de outras habilidades sociais, habilidades de
estudo e as habilidades de autoconscientização segundo Holden e Rogers (apud
Garcia; Oliveira 2010, p. 75)
27. Avaliar não é um processo fácil e deve ser diário, pois não da para decidir os
avanços de nossos discentes em apenas um dia, o qual o aluno pode estar
preparado ou não devido às influências externas que podem fazer com que este
aluno tenha ou não um bom desempenho na avaliação. Pensando em tal
perspectiva seguimos os passos de Martinez (2009, p. 90) que diz devemos realizar
a avaliação fazendo uso da docimologia 7 , a qual opera uma distinção entre
diferentes formas de intervenção:
Somativa (ou certificativa) cuja finalidade é estabelecer a soma
das aquisições e, eventualmente, estabelecer uma
classificação em uma população avaliada, o que implica
sucesso ou fracasso diante das exigências da avaliação;
Normativa, que compara os desempenhos de um indivíduo aos
objetivos demarcados no início da aprendizagem e visa, então,
eventualmente, a uma correção no decorrer do processo de
formação. Os testes diagnósticos ou de progresso medem
aquisições. Testes prognósticos ou de nível podem permitir
selecionar ou orientar.
Podemos concluir que a avaliação em qualquer idioma, principalmente em
língua inglesa deve pensar em um processo avaliativo que contemple o ser humano
como um todo. Todos os aspectos que entre eles, o psicológico devem se
respeitados vislumbrando o desenvolvimento de um ser capaz de de interagir com a
sociedade e a avaliação deve agir em cima de competências que são exigidas pela
sociedade, entre elas a competências linguística que vai além do decorar e repertir
diálogos que não provam fluência nem competência em interação com o processo
de aprendizado de forma consciente que pode ser verificada num contínuo e não
apenas em um instrumento como a prova que visa apenas o aspecto quantitativo.
2.6 AVALIANDO EM LÍNGUA PORTUGUESA
77
Abordagem
científica
da
avaliação.
28. Ao falarmos sobre escola, conteúdos programáticos e metas que devem ser
alcançadas durante o ano letivo, não poderíamos nos esquecer de falar sobre
avaliação. Em se tratando de atividade por meio da qual possamos avaliar nossos
alunos, imediatamente pensamos na prova, instrumento avaliativo, o qual verifica os
aspectos quantitativos do ensino realizado. Entretanto, as novas literaturas que
discutem o processo avaliativo permitem-nos pensar e compreender que o processo
de comprovação do aprendizado não pode ser realizado apenas mediante a prova
que segundo SELBACH (2010, p.152) diz: “a prova é, evidentemente, um
instrumento de avaliação, mas é apenas um instrumento”. Partindo deste
pressuposto teórico, visualizamos a necessidade de utilização de mais de um
instrumento para que aconteça a avaliação de nosso alunado. Devemos no
preocupar não somente com a quantidade mais também coma qualidade que de
ensino vislumbrada pelos órgãos que coordenam a educação.
Então como fazer essa avaliação em língua portuguesa? Em um primeiro
momento é preciso entender a evolução sincrônica sofrida pela gramática. Foram
produzidas algumas gramáticas entre elas a gramática normalista focada nas
estruturas morfológicas das palavras com frases soltas sem nenhuma relação de
forma a contextualizá-las. Em um segundo momento, a gramática gerativista de
Chomsky e a geração de palavras a partir dos radicais por meio de derivação. Em
terceiro lugar a gramática de uso ou pragmática que atende aos usos que a língua é
produzida para satisfazer o processo comunicativo, na qual não há parâmetros de
certo ou errado e sim um ambiente no qual as variantes co-habitam de maneira
harmônica respeitando as especificidades de língua entre elas a social, estuda pela
sociolinguística que tem como lócus a sociedade formadora da língua.
Em nossa tarefa de avaliar em língua portuguesa utilizamos como aporte
teórico de Selbach (idem) que fala que a língua portuguesa não realiza uma
avaliação distanciada das outras disciplinas e que guarda algumas características
comuns entre elas, e salienta que a avaliação em Língua Portuguesa deve ser
formativa ressaltando os pontos onde o aluno precisa de maior empenho e atenção;
global levando em consideração os interesses, necessidades e habilidade
apresentadas pelo aluno mostrando os avanços; é contínua atuando sobretudo em
29. seu desempenho cotidiano; é diversificada utilizando diferentes ferramentas
diversidade de tarefas realizadas tanto individualmente como coletivamente lidando
com a execução de desafios propostos em sala; é integradora considerando a
diversidade cultural nos vários aspectos da relação aluno e escola; é apaziguadora,
fazendo entender que a avaliação não é um processo aleatório, evitando tensões e
ansiedades em sua execução; e também é de forma explícita permitindo acessar
não apenas resultados mas também as conquistadas em cada etapa do processo
educativo.
Hoje praticamos a língua portuguesa por meio dos gêneros textuais em uma
tentativa de contextualizar as aulas de nossa língua vernácula e compreendemos
que não devemos privilegiar os conteúdos ou as competências e ou habilidades dos
alunos na aquisição e aprendizagem da língua materna por meios dos processos de
gramaticalização8 da língua. Mas, compreendemos também o papel que a gramática
possui no aprendizado de língua portuguesa, o qual não deve ser algo desprezível
apresentação de regras fazer com que o aluno aprenda com textos que
desafiadores, tanto na tentativa de fala quanto na de decifrar o que está presente
principalmente nas entrelinhas. O ensino deve também ser um ensinar a fazer por
meio da prática diária, compartilhando conhecimentos e analisando a sociedade em
um processo individual, de autoconhecimento aprender a ler também o que não é
verbalizado ajudando a transformar o mundo em que vivemos e aprendendo por
meio dessa convivência no mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
8
Passagem
de
uma
palavra
autônoma
à
função
de
elemento
gramatical.
30. Neste processo de construção de aprendizagem percebemos que o caminho
iniciado modificara-se. As letras hoje construídas são as relativas à nossa prática
como professores de língua compromissados com um ensino não excludente,
baseado nas teorias psicológicas, assim como as teorias pedagógicas que veem o
ser humano sem preconceito de cor, raça, credo e sim como um cidadão capaz de
construir uma sociedade mais justa permeada pela responsabilidade social.
Somos frutos de nossos professores, sejam eles tradicionais, libertários, não
importa. O importante é que uma semente fora plantada em meio à desumanização
vivenciada e combatida nas palavras de Arroyo (2007) que diz que devemos praticar
uma humana docência frente a tal desumanização. Os tempos são outros,
parecemos contraventores, mas a realidade é que se encontrada subvertida pela
falta de valores e a enxurrada de informações veiculadas pelos meios que apenas
massificam um povo sem amor, sem sonhos, seu um futuro a ser vislumbrado.
Atuar como docente mostra-se bastante enriquecedor. Por meio da docência
temos acesso ao um bem comum, a língua vernácula e suas particularidades que
fazem com que sejamos seres especiais, pois a língua é o bem mais precioso na
vida de um educador que tem compromisso em ensinar línguas. Neste trabalho
falamos sobre a avaliação e os processos que perpassam a verificação de
aprendizagem de nossos alunos, que precisam entender o discente como um ser
total em todos os aspectos psicológicos, afetivos, biológicos que atuam na formação
de alunos competentes para uma sociedade que tem sofrido muitas transformações
mediadas por um mundo globalizado.
Fazendo referência à língua inglesa, ela também merece um tratamento
digno, pois ela também nos permite o acesso aos bens culturais do mundo. O inglês
em nosso mundo capitalista exerce um papel hegemônico, mas ensinamos a língua
inglesa não para perpetuarmos tal hegemonia, mas sim para trazermos todas as
pessoas das mais diversas classes sociais para um mundo mais igualitário e temos
a chance de promover essa aproximação entre as classes em um ambiente no qual
todos nós somos iguais com direitos e deveres, que é cenário escolar.
31. REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. São
Paulo:Edições Loyola, 2002.
CASSEB-GALVÃO, Vânia Cristina (org). Introdução à gramaticalização. São
Paulo: Parabóla Editorial, 2009.
ESCOBAR, Marco Antonio. CADERNO SÉRIE LICENCIATURA: Letras
português/inglês. Etapa VI, V.4, Uberaba: Universidade de Uberaba, 2008.
GARCIA, Newton Gonçalves; OLIVEIRA, Renata de. A língua inglesa no contexto
mundial, vol. 1. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
LAKOMY, Ana Maria. Teorias cognitivas da aprendizagem. Curitiba: IPBEX, 2008.
MARTINEZ, Pierre. Didática de Línguas Estrangeiras. Trad: Marco Marcionilo.
São Paulo: Parabóla Editorial, 2009.
MARINHO, Ronaldo Pinheiro. O ensino não tão distante da universidade de
Uberaba. Trabalho de conclusão de curso de graduação, Belém: Uniube, 2010.
MELO, Alessandro de; URBANETZ, Sandra Terezinha. Fundamentos da Didática.
Curitiba: IPEBX, 2009.
MIZUKAMI, Maria da Graça. Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São
Paulo: EPU, 1986.
PAULA, Anna Beatriz; SILVA, Rita do Carmo Polli da. Didática e avaliação em
Língua Portuguesa. Curitiba: IPBEX, 2008.
PARAMÊTROS CURRICULARES NACIONAIS: Língua Portuguesa. Secretaria de
Educação Fundamental, Brasília, 2007.
PROGRAMA DE MELHORIA E EXPANSÃO DE ENSINO MÉDIO PROJETO ESCOLA
JOVEM. Belém: SEDUC/FIDESA, 2003.
SELBACH, Simone. Língua Portuguesa e Didática. Coleção como bem ensinar.
Petrópolis: Vozes, 2010.
Schütz, Ricardo. "História da Língua Inglesa." English Made in Brazil
<http://www.sk.com.br/sk-enhis.html>. Online. 28 de março de 2008.
http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/era-glacial-era-do-gelo-
485196.shtml acessado em 01 de julho de 2011.