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Processamento Digital de Sinais

Prof. Luciano Leonel Mendes

S. Mitra, Digital Signal Processing – A computer-based approach, 2nd edition.




                                                                                1
Capítulo 1 – Sinais e Processamento de Sinais
• Sinal é uma função de uma variável independente, como
  tempo, distância, temperatura, etc.
  Exemplos:
  - Música, que representa a variação da pressão do ar ao longo
  do tempo em um ponto do espaço.
  - Foto P&B, que representa a variação da intensidade da luz ao
  longo de duas coordenadas espaciais.
  - Vídeo, que representa a variação de intensidade de luz ao
  longo das coordenadas X e Y e também ao longo do tempo.

• Todo sinal carrega algum tipo de informação e o objetivo do
  processamento do sinal é extrair ou modificar a informação
  contida no sinal.

                                                                2
Classificação de Sinais
• Classificação quanto à continuidade
  - Sinais contínuos são aqueles que são definidos para todo e
  qualquer valor da variável independente. Exemplo: a voz
  humana.
  - Sinais discretos são aqueles cuja amplitude é definida apenas
  para valores específicos da variável independente.
  Exemplo: temperatura do ensopado tomada de tempos em
  tempos pela cozinheira.
  Quando as amostras do sinal discreto podem assumir um
  número finito de valores, então o sinal é classificado como
  digital.

• Classificação quanto à natureza das amostras
  - Sinais reais são aqueles cujas amostras são todas reais.
  - Sinais complexos são aqueles cuja uma ou mais amostras
  são complexas.                                                3
Classificação de Sinais
• Classificação quanto ao número de fontes
  - Sinais escalares são aqueles provenientes de uma única
  fonte. Exemplo: sinal de áudio mono.
  - Sinais vetoriais são aqueles provenientes de duas ou mais
  fontes. Exemplo: sinal de áudio estéreo.
• Classificação quanto à dimensão
  - Sinais unidimensionais são aqueles que são função de uma
  única variável independente. Exemplo: sinal de áudio.
  - Sinais M-dimensionais são aqueles que são função de M
  variáveis independentes. Exemplo: sinal de vídeo P&B.
• Classificação quanto a aleatoridades
  - Sinais determinísticos são aqueles cujo o valor das amostras
  podem ser previstos. São funções matemáticas ou tabelas
  conhecidas a priori.
  - Sinais aleatórios são aqueles cujo o valor das amostras não
  pode ser conhecido previamente.                                4
Classificação de Sinais
              2
                                                                Sinal contínuo
            1.5                                                 Sinal Discreto
                                                                Sinal Digital

              1


            0.5
Amplitude




              0


            -0.5


             -1


            -1.5


             -2
               0   0.1    0.2   0.3   0.4     0.5   0.6   0.7   0.8   0.9        1
                                            tempo
                                                                                     5
Representação de Sinais
• Normalmente os sinais unidimensionais são funções do tempo.
  Sua representação matemática é dada por:
  - f(t) para o caso contínuo.
  - f[n] para o caso discreto, onde n é um número inteiro.
• A representação de sinais M-dimensionais é feita listado todas
  as variáveis independentes.
  - f(x,y) ; f(x,y,t) para o caso contínuo.
  - f[n,m] ; f[n,m,k] para o caso discreto, onde n, m e k são
  inteiros.
• Sinais vetoriais são representados como um conjunto de sinais.
                 ér(x, y,t)ù              ér[n,m,k]ù
     r           êg(x, y,t)ú
     u(x, y,t) = ê
                               r          êg[n,m,k]ú
                           ú   u[n,m,k] = ê        ú
                 êb(x, y,t)ú
                 ë         û              êb[n,m,k]ú
                                          ë        û           6
Operações Básicas com Sinais
• Inicialmente, iremos focar nas operações básicas realizadas no
  domínio do tempo.
• As operações apresentadas a seguir são válidas para sinais
  contínuos. O equivalente para sinais discretos será
  apresentado no Capítulo 2.
  a) Escalonamento: consiste em multiplicar o sinal por uma
  constante.
  Exemplo: y(t)=a.x(t)
  b) Atraso: gera uma réplica deslocada temporalmente do sinal
  original.
  Exemplo: y(t)=x(t-T)
  Note que se T for negativo, então o processo consiste em um
  avanço temporal.

                                                               7
Operações Básicas com Sinais
c) Soma: consiste em somar dois sinais distintos.
Exemplo: w(t)=x(t)+y(t)
Esta operação pode ser combinada com o escalonamento para
gerar um sinal que seja a combinação linear de outros sinais.
                    N -1
             g (t ) = å ai cos(wi ) + bi sin(wi )
                    i =0

d) Produto: consiste em obter um novo sinal a partir do produto
de dois sinais conhecidos.
Exemplo: w(t)=x(t).y(t)

Dica importante: o restante do capítulo 1 traz aplicações
importantes sobre processamento digital de sinais. A leitura
das demais sessões deste capítulo é recomendada.               8
Capítulo 2 – Sinais de Tempo Discreto e
        Sistemas no Domínio do Tempo
• Sinal de tempo discreto: corresponde a uma seqüência de
  amostras tomadas a cada T segundos. A amplitude das
  amostras é contínua.
• Representação no domínio do tempo: as seqüências discretas
  são representadas como uma seqüência de números. A
  representação matemática desta seqüência é dada por:
             x[ n ] = [0.15, 0.20, - 0.1, - 0.15]
• A seta indica a amostra que corresponde a n =0. Note que a
  seqüência somente é definida para valores de n inteiros.




                                                               9
Representação Gráfica de Seqüências
• A representação gráfica de uma seqüência discreta é feita
  através de impulsos localizados em valores de n inteiros, cuja
  área é igual à amplitude da amostra.
                        0.2


                       0.15


                        0.1


                       0.05
                y[n]




                          0


                       -0.05


                        -0.1


                       -0.15


                        -0.2
                           -2   -1.5   -1   -0.5   0   0.5   1   1.5   2   2.5   3
                                                        n



                                                                                     10
Princípios da Amostragem
• Em muitas aplicações as seqüências discretas são obtidas a
  parir de sinais contínuos.
                                                  ¥
            x[n] = xa (t ) t =nT = xa (nT ) =   å x (t ) × d (t - nT )
                                                n = -¥
                                                         a



• O parâmetro T define o espaçamento temporal entre as
  amostras e é chamado de tempo de amostragem.
• O inverso deste parâmetro é denominado de freqüência de
  amostragem.                    1
                                   fT =
                                           T

• Conforme será visto no capítulo 5, a amostragem de um sinal
  contínuo com largura de faixa limitada não introduz distorções,
  desde que a freqüência de amostragem seja maior do que
  duas vezes a maior freqüência que compõe o sinal.
                                                                         11
Classificação de Seqüências Discretas
• Classificação quanto á natureza das amostras.
  - Seqüências reais: todas as amostras são reais.
  - Seqüências complexas: uma ou mais amostras são
  complexas.
  Seqüências complexas podem ser representadas como a soma
  vetorial de duas seqüências reais:

                      x[n] = xr[n]+j xi[n]

  Operações complexas podem ser realizadas nesta representa-
  ção. Exemplo: o complexo conjugado de x[n] é:

                      x*[n]= xr[n]-j xi[n]
                                                          12
Classificação de Seqüências Discretas
• Seqüências digitais: são aquelas cujas amplitudes somente
  podem assumir um número finito de valores. Quantização é o
  processo pelo qual uma seqüência discreta torna-se uma
                                                        ^
  seqüência digital. A seqüência digital é expressa por x[n].

• Classificação quanto ao comprimento
  - Seqüências infinitas: são aquelas que possuem um número
  infinito de amostras. Elas são sub-classificadas como:
       - Seqüências direitas: são aquelas que possuem apenas
       amostras nulas para n<N1 (x[n]=0 para n<N1). Se N1 for
       um número positivo, então esta seqüência é chamada de
       causal.
                                            ...          ...

                                                                13
Classificação de Seqüências Discretas
• Classificação quanto ao comprimento
  - Seqüências infinitas:
      - Seqüências esquerdas: são aquelas que possuem
      apenas amostras nulas para n>N2 (x[n]=0 para n>N2). Se
      N2 for um número positivo, então esta seqüência é
      chamada de anti-causal.

                                        ...              ...


      - Seqüência esquerda-direita: são aquelas cujo valor das
      amostras está definido para todos os valores de n.


                                                                 14
Classificação de Seqüências Discretas
• Classificação quanto ao comprimento
  - Seqüências finitas: são aquelas cujas amplitudes das
  amostras somente estão definidas no intervalo [N1,N2], ou seja,
  x[n] somente está definida no intervalo N1≤n≤N2. A duração de
  uma seqüência finita é dada por:
                            N=N2-N1+1
  Seqüências finitas podem ser expressas como sendo
  seqüências infinitas introduzindo-se zeros no intervalo fora de
  [N1,N2]. Esse processo é denominado de “zero-padding”.




                                                               15
Operações com Seqüências
  a) Produto ou Modulação: considere duas seqüência de mesmo
  comprimento. O produto entre essas seqüências é dado por:

w1[n]=x[n].y[n]={x[N1] y[N1], ... , x[-1] y[-1], x[0] y[0], ... , x[N2] y[N2]}

  O esquemático para representar esta operação é dado por:
                             x[n]              w[n]=x[n]y[n]
                                           X


                                    y[n]


  Janelamento: processo pelo qual uma seqüência infinita é
  transformada em uma seqüência finita através da multiplicação
  por uma seqüência de comprimento N, denominada de janela.
                                                                            16
Operações com Seqüências
b) Adição: considere duas seqüência de mesmo comprimento.
A soma entre essas seqüências é dada por:

w2[n]=x[n]+y[n]={x[N1]+y[N1], ... , x[1]+y[1], x[2]+y[2], ... , x[N2]+y[N2]}

O esquemático para representar esta operação é dado por:
                            x[n]             w[n]=x[n]+y[n]




                                     y[n]
c) Escalonamento: sendo uma seqüência x[n], seu escalona-
mento é dado por:
        w3[n]=a.x[n]={a.x[N1], ... , a.x[1], a.x[2], ... , a.x[N2]}
                              x[n]          w[n]=ax[n]

                                       a
                                                                           17
Operações com Seqüências
          d) Deslocamento temporal: seja uma seqüência x[n]. O desloca-
          mento temporal desta seqüência é dado por:
                                 w4[n]=x[n-N]
          Exemplo: x[n]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5}

          a) N=2 à w[n]=x[n-2]= {0, 0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5}

          b) N=-2 à w[n]=x[n+2]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5}
       0.6                                                                                             0.6

       0.5                                                                                             0.5

       0.4                                                                                             0.4                                                                x[n]         x[n-1]
       0.3                                                                                             0.3
                                                                                                                                                                                 Z-1            Atrasador
                                                                                              x[n-2]
x[n]




       0.2                                                                                             0.2

       0.1                                                                                             0.1

         0                                                                                                 0

       -0.1                                                                                            -0.1
          -4   -3   -2   -1   0   1            2       3        4        5        6                       -4       -3       -2       -1       0   1   2   3   4   5   6
                                  n                                                                                                               n

                                                                                                                                                                          x[n]         x[n+1]
                                               0.5

                                               0.4
                                                                                                                                                                                 Z1             Adiantador
                                               0.3
                                      x[n+2]




                                               0.2

                                               0.1



                                               -0.1
                                                   0
                                                                                                                                                                                                             18
                                                  -4       -3       -2       -1       0   1            2       3        4        5        6
                                                                                          n
Operações com Seqüências
e) Inversão temporal: consiste em inverter a seqüência ao longo
do eixo das amostras.
                         w5[n]=x[-n]
Exemplo: x[n]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5}

w[n]=x[-n]={0.5, 0.2, 0.1, 0.4, 0.3}
                                               0.4




                                       x[n]
                                               0.2


                                                0

                                                 -4   -3   -2   -1   0   1   2   3   4
                                                                     n




                                               0.4
                                       x[-n]




                                               0.2


                                                0

                                                 -4   -3   -2   -1   0   1   2   3   19
                                                                                      4
                                                                     n
Operações com Seqüências
f) Alteração na taxa de amostragem: esta operação permite criar
uma nova seqüência cuja freqüência de amostragem é maior
(sobre-amostragem) ou menor (sub-amostragem) do que a
freqüência de amostragem da seqüência original.
- A razão de alteração da freqüência de amostragem é dada por
                            R=fT’/fT
- Para R>1 o processo é chamado de interpolação.
- Para R<1 o processo é chamado de dizimação.
- A sobre-amostragem por um fator inteiro L gera uma nova
seqüência onde L-1 amostras nulas são inseridas entre duas
amostras da seqüência original, ou seja,
                    ì énù
                    ïxê ú     , n = 0,± L ,± 2 L , K
           y[ n ] = í ë L û
                    ï 0
                    î         , caso contrário
                                                            20
Operações com Seqüências
- Exemplo de interpolação com L=4.
                 9

                 8

                 7
                 6

                 5
        x[n]



                 4

                 3

                 2
                 1

                 0
                  -4    -3   -2   -1          0             1     2   3   4   5
                                                      n



                 9

                 8
                 7

                 6

                 5
        x[n/4]




                 4

                 3
                 2

                 1

                 0
                  -4    -3   -2   -1          0             1     2   3   4   5
                                                      n




- Esquemático do interpolador

                                       x[n]               xu[n]
                                                  L
                                                                                  21
Operações com Seqüências
  - A dizimação por um fator M gera uma nova seqüência onde
  M-1 amostras são removidas entre duas amostras que são
  mantidas. Logo, y[ n ] = x[ M × n]
  - A seqüência y[n] possui uma freqüência de amostragem M
  vezes menor do que a seqüência.
  - Exemplo: dizimação por M=3.   20
                                  18
                                  16
                                  14
                                  12

Esquemático do
                     x[n]




                                  10
                                  8
                                  6

dizimador:                        4
                                  2
                                  0
                                   -4   -2   0   2   4       6   8   10   12
                                                         n



  x[n]       xd[n]                20
         M                        19
                                  17
                                  15
                                  13
                     y[n]=x[3n]




                                  11
                                  9
                                  7
                                  5
                                  3
                                  1
                                  -1
                                   -4   -2   0   2   4       6   8   10   12
                                                                               22
                                                         n
Cuidados com as Operações com Seqüências
• O número de amostras das seqüências não é o único
  parâmetro que deve ser observado ao realizar uma operação
  com seqüências.
• A posição da amostra correspondente à n=0 também influencia
  no resultado da operação.
  Exemplo: Seja
                x[n]={0, 2, 4, 6} e y[n]={1, 3, 5, 7}

  a) Encontre w1[n]=x[n]y[n]
  b) Encontre w2[n]=x[n]+y[n]
  Refaça os itens a e b considerando agora as seqüências abaixo
                x[n]={0, 2, 4, 6} e y[n]={1, 3, 5, 7}

                                                            23
Exercícios Propostos
• Desenvolva um algoritmo no Matlab que permita:
  a) entrar com duas seqüências de comprimento qualquer.
  b) definir qual amostra da seqüência corresponde à n=0.
  c) realizar o produto das duas seqüências.
  d) realizar a soma das duas seqüências.
  e) traçar as seqüências de entrada e os resultados em gráficos
  distintos.

• Seja x[n]={-2, -1, 0, 1, 2} e y[n]=[1 2 3 4 5 6]
  Encontre:
  a) w1[n]=3x[n]-2y[n]                       b) w2[n]=x[n]-y[-n]
  c) w3[n]=y[n].y[-n]                        d) w4[n]=2x[n]-x[n-1]+3y[n-4]
  e) w 5 [ n ] = å ì (i + 1 )x [ n - 1] +             ü
                 2
                                          1
                   í                        y[ n + i ]ý
              i=0   î             i +1        þ                              24
Representação Esquemática
• As operações com seqüências podem ser representadas na
  forma esquemática.
  Exemplo: encontre a expressão para obter y[n] e w[n].
    x[n]              y[n]     x[n]                         w[n]

                 b0                         b0

           Z-1                        Z-1             Z-1



                 b1                         b1   a1
           Z-1                        Z-1             Z-1




                 b2                         b2   a2




                                                                   25
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à simetria:
  - Seqüência conjugada simétrica: uma seqüência é considerada
  conjugada simétrica se:
                           x[n]=x*[-n]
  Uma seqüência conjugada simétrica real é também
  denominada de seqüência par.

  - Seqüência conjugada anti-simétrica: uma seqüência é
  considerada conjugada anti-simétrica se:
                            x[n]=-x*[-n]
  Uma seqüência conjugada anti-simétrica real é também
  denominada de seqüência ímpar. Se x[n] é conjugada anti-
  simétrica, então x[0] é puramente imaginária.
  Logo, se x[n] for ímpar, então x[0]=0.                     26
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à simetria:
  - Toda seqüência complexa x[n] possui uma componente
  complexa simétrica e uma componente complexa anti-simétrica,
  definidas como:
                        xcs[n] = {x[n] + x*[-n]}
                                1
                                2
                        xca[n] = {x[n] - x*[-n]}
                                1
                                2
  - Exercício: prove que xcs[n] atende a condição de simetria e
  que xca[n] atende a condição de anti-simetria.

  - A seqüência original pode ser obtida através de uma
  combinação linear de xcs[n] e xca[n]:
                        x[n]= xcs[n] +xca[n]
                                                            27
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à simetria:
  - Seqüências reais podem ser representadas pela combinação
  linear de suas componentes pares e ímpares, definidas como:
                   xev[n] =
                           1
                             {x[n]+ x[-n]}
                           2
                   xod[n] = {x[n] - x[-n]}
                           1
                                             x[n] = xev[n] + xod[n]
                           2
   - Seqüências finitas entre [0, N-1] podem ser representadas pela sua
   componente conjugada simétrica periódica e pela sua componente
   conjugada anti-simétrica periódica. Note que estas seqüências
   apenas existem para os valores de n definidos para x[n].
          {1
           2
                   [          ]} {                       }
x pcs [n] = x[n] + x* - n N = x[n] + x* [( N - 1) - n] , 0 £ n £ N-1

          {1
           2
                   [          ]} {                       }
x pca [n] = x[n] - x* - n N = x[n] - x* [( N - 1) - n] , 0 £ n £ N-1

x[n] = x pcs [n] + x pca [n]                                  k = k modulo N28
                                                                      N
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à simetria:
  - Seqüências conjugadas simétricas periódicas: são aquelas
  limitadas a 0≤n≤N-1que atendem a seguinte condição:
                          x[n]=x*[N-n]
  - Seqüências conjugadas anti-simétricas periódicas: são
  aquelas limitadas a 0≤n≤N-1que atendem a seguinte condição:
                          x[n]=-x*[N-n]
• Exemplos no quadro!




                                                               29
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à periodicidade
  - Seqüências periódicas: são aquelas que se repetem a cada
  deslocamento de N amostras, ou seja:
                       ~         ~
                       x [ n ] = x [ n - kN ]
  onde N é um inteiro positivo e k é um inteiro.
  - Seqüências aperiódicas são todas aquelas que não atendem
  a condição acima.
            1                                               1

          0.8                                             0.8

          0.6                                             0.6

          0.4                                             0.4

          0.2                                             0.2
 x ~[n]




            0
                                                   x[n]
                                                            0

          -0.2                                            -0.2

          -0.4                                            -0.4

          -0.6                                            -0.6

          -0.8                                            -0.8

           -1                                              -1
                                                                                                 30
                 0    5   10   15   20   25   30                0   5   10   15   20   25   30
                               n
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à energia e à potência
  - Definição de energia de uma seqüência:
                                                ¥
                                       ex =   å
                                                                2
                                                       x[ n ]
                                              n = -¥

  - Definição de potência média de uma seqüência:
                              K
                       1
                             åK
                                      2
          Px = lim              x[ n ] para seqüência aperiódica
               K ®¥ 2 K + 1
                            n=-
                   N -1
               1
                   å
                                   2
          Px =            x[ n ]                para seqüência periódica
               N   n=0


  - Sinais potência: são aqueles que possuem energia infinita,
  mas potência média finita.
  - Sinais energia: são aqueles que possuem energia média finita
  e potência média nula.
                                                                           31
Outras Classificações para Seqüências
• Exercício: classifique as seqüências abaixo quanto à energia e
  potência.

  a) x[n] = e-n/5 n={0, 1, 2, 3, ...}

  b) x[n] = sen(π/4.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

  c) x[n]=1/n n={1, 2, 3, ...}

  d) x[n] = tan(π/2.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

  e) x[n] = cos(π.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

  f) x[n] = (-1)n n={0, 1, 2, 3, ...}                          32
Outras Classificações para Seqüências
• Classificação quanto à limitação da amplitude das amostras
  - Seqüências limitadas são aquelas que atendem a seguinte
  condição:
                   |x[n]|≤B<¥ para qualquer n

• Classificação quanto à somatória.
  - Seqüências absolutamente somáveis são aquelas que
  atendem a seguinte condição:
                           ¥

                          å| x[n] |< ¥
                          n=-¥

  - Seqüências quadráticas-somáveis são aquelas que atendem a
  seguinte condição:     ¥

                         å | x[n] |2 < ¥
                        n =-¥                                  33
Seqüências Fundamentais
• Seqüência Impulso Unitário: esta seqüência é útil para
  caracterizar sistemas de tempo discreto. Sua definição é:
                                                                   1




             ì1 n = 0
    d [ n] = í
             î0 c.c.
                                          -5   -4   -3   -2   -1       0   1   2   3   4   5



• Seqüência Degrau Unitário: esta seqüência é definida por
             ì1 n ³ 0
      u[n] = í                                                     1


             î0 n < 0

  - Note que:              n
                u[n] =   å d [k ]
                         k = -¥
                                          -5   -4   -3   -2   -1       0   1   2   3   4   5




                d [n] = u[n] - u[n - 1]                                                    34
Seqüências Fundamentais
• Seqüência Senoidal: esta seqüência é dada por:
                 x[n]=A.sen(w0n+f) para -∞<n<∞
   - A seqüência senoidal também pode ser expressa como:
                         x[n]=xre[n]+xim[n]
   onde
                                3

xi[n]=A.sen(f)cos(w0n)          2
                                1



                        x[n]
                                0


xq[n]=A.cos(f)sen(w0n)          -1
                                -2
                                -3
                                 -20   -15   -10   -5   0   5   10   15        20
                                                        n

                                3
                                2
                                1
                      x re[n]




                                0
                                -1
                                -2
                                -3
                                 -20   -15   -10   -5   0   5   10   15        20
                                                        n

                                3
                                2
                                1
                      x im[n]




                                0
                                -1
                                -2
                                -3
                                 -20   -15   -10   -5   0   5   10   15        20
                                                        n
                                                                          35
Seqüências Fundamentais
• Periodicidade de seqüências senoidais:
  - Período fundamental: se N.w0=2pr,onde r é um inteiro então a
  senóide discreta irá se repetir a cada N amostras. N é o período
  fundamental da seqüência.

  - Se 2p/w0 for um número racional, então o período da
  seqüência será múltiplo de 2p/w0. O período da seqüência será
  igual à 2pk/w0, quando está divisão for um número inteiro. k
  deve ser um inteiro.

  - Se 2p/w0 for um número irracional, então a seqüência será
  aperiódica.


                                                                36
Seqüências Fundamentais
• Propriedades interessantes de senóides discretas:

  - A freqüência angular é dada em radianos ou radianos/amostra

  - Se w1=w2+2pk, então sen(w1)=sen(w2)

  - A maior freqüência que uma seqüência senoidal pode
  apresentar é ± p. Logo,
                      cos(apn)=cos[(2-a)pn]
  As freqüências em torno de ± 2pk são denominadas de
  freqüências baixas.
  As freqüências em torno de ± (2k+1)p são denominadas de
  freqüências altas.
                                                            37
Seqüências Fundamentais
• Seqüências Exponenciais: são seqüências expressas na forma
                                                        x[n] = Aa                     k ×n

  onde A e a podem ser números reais ou complexos e k é um
  número real.
• Fazendo-se A=|A|ejq e a=exp(s0+jw0), então tem-se:
        x[n]=A exp[(s0+jw0)n] = |A| exp(jq) exp[(s0+jw0)n]
      x[n]=|A|exp(s0n)cos(w0n+q)+j|A|exp(s0n)sen(w0n+q)

         4                                                                   4

         2                                                                   2
                                                                   x im[n]
xre[n]




         0                                                                   0

         -2                                                                  -2

         -4                                                                  -4
              0   5   10   15   20       25   30   35    40   45                  0          5   10   15   20       25   30   35   40    45
                                     n                                                                          n



                                                                                                                                        38
Processo de Amostragem
• Processo pelo qual uma seqüência discreta é formada a partir
  de um sinal contínuo.
                        x[n]= xa(tn)=xa(nT)
• Portanto, as amostras somente serão definidas para os
  instantes
                       tn=nT=n/FT=2pn/WT
  onde T é o tempo entre as amostras, FT é a freqüência de
  amostragem e WT= 2pFT é a freqüência angular de amostragem.

• Amostragem de um sinal senoidal:
                   xa(t)=cos(W0t+q), portanto
       x[n]=cos(W0nT+q) = cos(2pW0n/WT+q) = cos(w0n+q)
  onde w0= 2pW0/WT= w0 é a freqüência angular digital do sinal,
  dada em radianos ou radianos/amostra.                         39
Alising
• Alising é o fenômeno que ocorre quando há ambigüidade na
  representação por seqüência discreta de dois ou mais sinais
  contínuos.
• Exemplo no Quadro!
• Todos os sinais contínuos das seguintes famílias:
      x (t ) = cos [(W 0 + k W T )t + q ] para k = 0 , ± 1, ± 2 ,... e
      x (t ) = cos [(k W T - W 0 )t + q ] para k = 0 , ± 1, ± 2 ,...

  são representados pela mesma seqüência discreta:
                                     æ W0     ö
          x[n] = cos(w0 n + q ) = cosç 2p
                                     ç W n +q ÷
                                              ÷
                                     è    T   ø
• Exercício proposto: prove que a afirmação acima é verdadeira.
                                                                         40
Alising
• Exemplo: encontre a seqüência discreta para representar o
     sinal:
x (t ) = 6 cos( 60pt ) + 3 sin( 300 pt ) + 2 cos( 340 pt ) + 5 cos( 500 pt ) + 10 sin( 660 pt )
     sabendo que a freqüência de amostragem é de 200Hz.
     Recupere o sinal analógico a partir da seqüência discreta.

• Refaça o exemplo anterior com uma freqüência de amostragem
  igual à 1kHz.

• Este exemplo deixa claro que para que não ocorra alising é
  necessário que as freqüências angulares da seqüência digital
  devem estar limitadas na faixa 0≤w≤p.

• Portanto, para que um sinal contínuo seja representado por
  suas amostras sem ambigüidade é necessário que
                           FT ≥ 2fmax
                           WT ≥2Wmax                                                        41
Sistemas de Tempo Discreto
• Sistemas de Tempo Discreto (STD) processam uma seqüência
  de entrada para fornecer uma seqüência de saída.

• As amostras de saída são processadas segundo o índice de
  tempo de entrada, n, ou seja, a saída é sempre seqüêncial.

• Em termos práticos, sistemas discretos sempre operam com
  seqüências digitais e, por isso, são comumente denominados
  de filtros digitais.

                     x[n] Sistema de y[n]
                            Tempo
                           Discreto

                                                               42
Sistemas de Tempo Discreto
• Exemplos de Sistemas de Tempo Discreto: Acumulador.
                             n                n -1
             y[ n ] =      å x[k ] = x[n] + å x[k ] = x[n] + y[ n - 1]
                           k = -¥            k = -¥


  Para sistemas causais, y[-1] pode ser visto como um valor
  inicial para o acumulador. Assim, pode-se escrever que:
                    n                -1              n               n
         y[n] =   å x[k ] = å x[k ] + å x[k ] = y[-1] + å x[k ]
                  k = -¥            k = -¥      k =0                k =0

  onde o segundo termo da expressão acima é denominado de
  acumulador causal.
                                                             x[n]          S          y[n]

  - Exercício proposto: escreva um
  código em MATLAB para implementar
                                                                               Z-1
   o acumulador. O programa deve permitir                                        y[n-1]
   a entrada de qualquer seqüência discreta.                                                 43
Sistemas de Tempo Discreto
• Exemplos de Sistemas de Tempo Discreto: Média Movente.
  Este sistema realiza a média em uma janela de M amostras.
                                    M -1
                                1
                       y[ n ] =
                                M
                                    å
                                    k =0
                                           x[ n - k ]

  A média movente pode ser utilizada para filtrar sinais de baixa
  freqüência que estejam contaminados com ruídos de alta 1/M
  freqüência.                                        x[n]  S      y[n]




  Exercício proposto: desenvolva um programa          Z-1
                                                  x[n-1]
  em MATLAB que permita filtrar uma seqüência
                                                      Z-1
  qualquer utilizando média movente de M amostras.x[n-2] .
                                                                   .
                                                                   .

                                                               Z-1
                                                        x[n-M+1]       44
Classificação de Sistemas de Tempo Discreto
• Sistema Linear: é aquele em que o princípio da superposição é
  válido, ou seja, se
                       x[n]=ax1[n]+bx2[n]
  então,
                       y[n]=ay1[n]+by2[n]
  Assim, a resposta de um sistema linear a uma seqüência de
  entrada pode ser expressa como uma combinação linear da
  resposta de cada uma das componentes do sinal de entrada.
  - Exemplo: acumulador.




                                                             45
Classificação de Sistemas de Tempo Discreto
• Sistema Invariante ao Deslocamento ou Invariantes no Tempo:
  - São aqueles em que o instante no qual a seqüência de
  entrada é aplicada não afeta o resultado da saída.

- Se y[n] é a resposta de um sistema ID ou IT à uma seqüência
   x[n], então a resposta para uma seqüência
   x1[n]=x[n-N0] é simplesmente y1[n]=y[n-N0]

• Sistemas Discretos Lineares e Invariantes no Tempo (LIT): são
  aqueles que, ao mesmo tempo, são lineares e invariantes no
  tempo.
  - A maior parte dos sistemas em discussão neste curso são
  classificados como LIT.

  - Exercício proposto: prove que um interpolador não é um
  sistema invariante no tempo.                                  46
Classificação de Sistemas de Tempo Discreto
• Sistema Causal: é aquele cuja uma amostra de saída somente
  depende das amostras passadas e não depende das amostras
  futuras. Ou seja, y[n0] somente depende das amostras cujo índice é
  menor que n0.
• Sistema Estável: é aquele que se a entrada for limitada em amplitude,
  então a saída também será. Assim, se
             |x[n]|<Bx, então |y[n]|<By, qualquer que seja n.
  Este tipo de estabilidade é denominado de estabilidade BIBO
  (Bounded Input Bounded Output).
• Sistema Passivo e Sistema Sem Perdas: Um sistema é passivo se a
  energia do sinal de saída é menor ou igual à energia do sinal de
  entrada. Se a igualdade for satisfeita, então o sistema é classificado
  como sem perdas.
  Exemplo: y[n]=ax[n-N] onde N>0.
         ¥               ¥                    Se a<1, o sistema é classificado
 Ey =   å| y[n] |2 = a 2 å| x[n] |2 =a 2 Ex
        n=-¥            n=-¥
                                              como passivo.
                                              Se a=1, o sistema é sem perdas.
                                                                           47
Caracterização de Sistemas Discretos
• Reposta ao Impulso: um filtro digital LIT pode ser caracterizado
  pela sua resposta ao impulso, que é a seqüência que aparece
  na saída do filtro quando a seqüência impulso unitário é
  aplicada na sua entrada.
                                Sistema    h[n]
                         d[n]
                                Discreto


  - Exemplo: encontre a resposta ao impulso do sistema discreto
  acumulador e sistema discreto de média movente.

• Resposta ao Degrau: um filtro LIT pode ser caracterizado pela
  sua reposta ao degrau unitário, que é a seqüência que aparece
  na saída do filtro quando o degrau unitário é aplicado na
  entrada.
  - Exercício proposto: encontre a resposta ao degrau do sistema
  discreto acumulador e sistema discreto de média movente. 48
Caracterização de Sistemas Discretos
• Uma seqüência pode ser representada por uma soma
  ponderada de funções impulso:
                                ¥
                      x[n] =   å x[k ] × d [n - k ]
                               k =-¥


• Assim, um sistema LIT (onde o princípio da superposição é
  válido) pode ter a saída expressa como sendo uma combinação
  linear das respostas ao impulsos ponderadas e deslocadas ao
  longo do tempo.            ¥
                    y[n] =     å x[k ] × h[n - k ]
                             k = -¥
• A expressão acima pode ser reescrita na forma
                                 ¥
                      y[n] =   å x[n - k ] × h[k ]
                               k = -¥
  que é conhecida como convolução discreta. Logo
                       y[n] = x[n] * h[ n]                49
Caracterização de Sistemas Discretos
• Exercícios propostos:
  1) Prove que a convolução discreta atende as seguintes
  propriedades:
  a) Associação
  b) Distribuição
  c) Comutação

  2) Encontre a seqüência de saída para os seguintes casos:
  a) x[n]=[2 4 -1 0 1 -2] e h[n]=[3 2 1]

  b) x[n]=exp(-0.1n) para -1<n<5 e h[n]=1 para -1<n<4

  c) x[n]=cos(0.2pn) para -5<n<5 e h[n]=[-0.6 0.3 0 0.3 0.6]
                                                               50
Interconexões de Sistemas LIT
• Conexão em Cascata: ocorre quando a saída de um sistema é
  conectado na entrada de outro sistema.
                                     h1[n]           h1[n] * h2[n]
                      d[n]   h1[n]           h2[n]


  - A resposta ao impulso do sistema como um todo é dada pela
  convolução entre as respostas ao impulso dos sistemas
  individuais.
  - A conexão em cascata de dois sistemas estáveis BIBO resulta
  em um sistema estável BIBO e a conexão em cascata de dois
  sistemas passivos (ou sem-perdas) resulta em um sistema
  passivo (sem-perdas).
• Sistemas inversos: dois sistemas são ditos inversos se:

                             h1[n] h2[n]=d[n]
•
                                   * inverso de um acumulador.
    Exemplo no quadro: encontre o sistema                            51
Interconexões de Sistemas LIT
• Conexão Paralela: se dois sistemas recebem a mesma
  seqüência de entrada e as saídas destes sistemas são
  somadas para se obter uma única saída, então estes sistemas
  estão ligados em conexão paralela.
                                   h1[n]
                           h1[n]

                   d[n]                        h1[n]+h2[n]
                                           +


                                   h2[n]
                           h2[n]

  - Exercício proposto: prove que dois sistemas estáveis em
  paralelo resulta também em um sistema estável.
  - Exercício proposto: prove que dois sistemas passivos ou sem-
  perdas em paralelo pode não resultar em um sistema passivo
  ou sem-perda.
                                                              52
Interconexões de Sistemas LIT
• Exemplo: encontre a resposta ao impulso do sistema abaixo.
                                         h1[n]




                        h2[n]
                                                                  +




                                         h3[n]
                                h1 [n] = 2d [n] - 0.52d [n - 2]
                                h2 [n] = -d [n] + 0.1d [n - 1]
                                h3 [n] = d [n - 1] + d [n - 2]




                                                                      53
Classificação em termos da Resposta ao Impulso
• Um sistema BIBO estável deve ter resposta ao impulso que
  atenda a seguinte condição:
                          ¥

                        å h[n] = S < ¥
                        n = -¥


• Para que um sistema seja causal, é necessário que a sua
  resposta ao impulso seja causal, ou seja:
                        h[n]=0 para n<0
  - Prova no quadro!




                                                             54
Sistemas LTI com Dimensão Finita
• Considere um sistema LIT caracterizado pela seguinte equação
  diferença:
                   N             M

                  å d y[n - k ] =å p x[n - k ]
                  k =0
                         k
                                 k =0
                                        k


  onde x[n] é a entrada, y[n] é a saída, pk e dk são coeficientes
  constantes. A ordem deste sistema. A ordem deste sistema é
                              L=max(N,M)
• Como a soma dos elementos de entrada e saída é finita, pode-
  se implementar este sistema na prática, mesmo que em geral a
  resposta ao impulso seja infinita. A saída deste sistema é dada
  por:                   N              M
                             dk             pk
                y[n] = -å y[n - k ] + å         x[n - k ]
                        k =1 d 0       k =0 d 0



                                                               55
Sistemas LTI com Dimensão Finita
• Esquemático de um sistema LTI com dimensão finita:
                              p0
             x[n]                                 y[n]
                                   S


                    Z-1                     Z-1
                              p1       d1



                    Z-1                     Z-1
                              p2       d2




                    Z-1                     Z-1

                          .
                          .
                          .


                    Z-1                     Z-1
                              pM       dN


                                                         56
Sistemas LTI com Dimensão Finita
•          A solução para a equação diferença para determinar y[n] é similar à
           solução da equação diferencial de um sistema contínuo, onde a solução é
           a soma de um termo particular (yp[n]) e de um termo homogêneo (yc[n]).
                                     y[n]=yc[n]+yp[n]
•           Solução homogênea: é obtida quando x[n]=0, ou seja
                                     N

                                    åd
                                    k =0
                                           k   y[ n - k ] = 0
           A solução desta equação pode ser obtida assumindo que
                                       yc[n]=ln
           Então, pode-se escrever que
                                           (                                                   )
     N                   N

    å d k y[n - k ] = å d k ln - k = ln - N d 0 lN + d1lN -1 + d 2 lN -1 + L + d N -1l + d N
    k =0                k =0

           que é a equação polinomial característica do sistema discreto, onde ln é a
           n-ésima raíz do polinômio, o que significa que a solução homogênea é da
           forma:
                       yc [n] = a1l1 + a 2l2 + L + a N -1lN -1 + a N lN
                                  n       n                n        n



           onde ai são constantes que dependem das condições iniciais.                         57
Sistemas LTI com Dimensão Finita
•      Quando a equação polinomial possui raízes iguais, yc[n]
       assume a forma:
    yc [n] = a1l1 + a 2 nl1 + a 3n 2 l1 + L + a L n L-1l1 + a L+1l2 + L + a N lN - L
                 n         n           n                 n         n                 n


•     Para determinar a solução particular, assume-se que yp[n]
      possui a mesma forma que x[n].

•     Exemplo: encontre a solução completa para um sistema
      caracterizado pela seguinte equação diferença:
                      y[n]+y[n-1]-6y[n-2]=8u[n]
      sabendo que y[-2]=-1 e y[-1]=1.




                                                                                         58
Zero-Input e Zero-State Responses
•   Outra maneira de obter a solução para a equação diferença é
    calcular a Zero-Input response (yzi[n]) e Zero-State response
    (yzs[n]).
•   yzi[n] é obtida resolvendo-se a equação polinomial
    característica para x[n]=0.
•   yzs[n] é obtida resolvendo-se a equação polinomial
    característica para a entrada específica e fazendo todas as
    condições iniciais serem nulas.

•   Exemplo: utilize o método descrito acima para encontrar a
    solução da equação diferença do exemplo anterior.




                                                                59
Resposta ao Impulso de Sistemas Causais
•   A equação diferença pode ser utilizada para calcular a
    resposta ao impulso de um sistema causal.
•   Para isto, basta calcular a solução homogênea, já que x[n]=0
    para n>0 e, portanto, yp[n]=0.
•   As condições iniciais estão restritas à h[0]=1, já que o sistema
    é causal, ou seja, h[n]=0 para n<0.
•   Note que a resposta ao impulso de sistemas descritos na
    forma              N           N

                      å d y[n - k ] =å p x[n - k ]
                      k =0
                             k
                                     k =0
                                            k


    apresenta uma resposta ao impulso de comprimento infinito,
    a menos que d0=1 e dk=0 para k>0.

•   Exemplo: encontre a resposta ao impulso do exemplo
    anterior.
                                                                 60
Estabilidade BIBO de um Sistema LIT
•   Em via geral, se h[n]à0 quando nà∞ então o sistema é BIBO
    estável. No entanto, é impossível afirmar a estabilidade a
    partir apenas de algumas amostras de h[n].

•   A condição única e suficiente para determinar a estabilidade
    de um sistema está presente nas raízes da equação
    polinomial característica.

•   Se |li|<1 para qualquer valor de i, então o sistema é BIBO
    estável. Caso |li|>1 para um valor específico de i, então o
    sistema é BIBO instável.

•   Exercício proposto: prove a afirmação acima.

                                                                  61
Classificação de Sistemas LIT
•   Classificação quanto ao comprimento da resposta ao impulso
    - Resposta ao impulso finita: um sistema cuja resposta ao impulso seja
    nula para n>N2 e n< N1, sendo N2>N1 é classificado como FIR.
    - A saída deste sistema é dada por
                                     N2
                           y[n] =   å h[k ]x[n - k ]
                                    k = N1
    - Note que a saída é formada por uma soma finita de amostras de entrada,
    tornando a implementação simples.
    - Resposta ao impulso infinita: um sistema cuja resposta ao impulso
    possui um número infinito de amostras é classificado como IIR.
    - No caso de um sistema causal, a saída é dada por:
                                     n
                           y[n] = å x[k ]h[n - k ]
                                    k =0
    - Note que a medida em que n aumenta, há um aumento no número de
    amostras de entrada envolvidas no computo da amostra de saída. Se n for
    muito grande, a implementação pode-se tornar inviável.
                                                                             62
Classificação de Sistemas LIT
•   Classificação quanto ao processo de cálculo da saída:
    - Sistemas não recursivos: são aqueles cuja amostra de saída
    atual pode ser calculada seqüencialmente em função apenas
    da amostra presente e das amostras passadas da entrada.

    - Sistemas recursivos: são aqueles cuja amostra de saída
    atual pode ser calculada seqüencialmente em função das
    amostras de saída passadas, da amostra atual de entrada e
    das amostras passadas de entrada.

    - Exercício proposto: mostre que é possível representar um
    filtro acumulador tanto na forma recursiva quanto na forma
    não-recursiva.

                                                                 63
Classificação de Sistemas LIT
•   Classificação quanto à natureza dos coeficientes:
    - Sistema de tempo discreto real: é aquele cuja resposta ao
    impulso possui todas as amostras reais.

    - Sistema de tempo discreto complexo: é aquele cuja resposta
    ao impulso possui um ou mais amostras complexas.




                                                                  64
Correlação de Sinais
•   Correlação é a medida de similaridade entre dois sinais.
    - Exemplos: radar, sistemas de recepção digital,
    reconhecimento de padrões.

•   Correlação cruzada: é o grau de similaridade entre dois sinais
    de energia, dada por
                          ¥
           rxy [l ] =   å x[n] y[n - l ]
                        n = -¥
                                           para l = 0,±1,±2,±3, L

    onde l indica um atraso entre as duas seqüências.

    - Exemplo: prove que ryx[l]=rxy[-l]



                                                                    65
Correlação de Sinais
•   Função de auto-correlação: é uma medida de similaridade
    entre uma seqüência e sua versão atrasada de l amostras.
                          ¥
           rxx [l ] =   å x[n]x[n - l ]
                        n = -¥
                                          para l = 0,±1,±2,±3,L

    - Note que:
    a) rxx[0]=Ex

    b) rxx[l]=rxx[-l], o que significa que a função de auto-correlação
    é par.

•   Exercício proposto: encontre a função de auto-correlação e
    correlação cruzada das seguintes seqüências:
    a) 3cos(0.1pn)
    b) 0.3sen(0.1pn)                                           66
Correlação de Sinais
•   A função de correlação pode ser expressa na forma de
    convolução. Compare as expressões a seguir:
                                    ¥
            x[n] * y[n] =          å x[k ] y[n - k ]
                                  k = -¥
                           ¥
            rxy [l ] =   å x[n] y[n - l ]
                         n = -¥
                                                para l = 0,±1,±2,±3,L


•   Claramente, pode-se escrever que
                                  rxy [l ] = x[l ] * y[ -l ]

•   Exercício proposto: desenvolva no Matlab uma função que
    realize a correlação de duas seqüências quaisquer de
    entrada utilizando a função de convolução. Note que as
    bases de tempo das seqüências de entrada devem ser
    levadas em consideração.                                            67
Propriedades da Função Correlação
•   Limitação da função de auto-correlação.
                          rxx [l ] £ rxx [0]
    - Prova no quadro.

•   Limitação da função de correlação: se y[n]=+/-bx[n-N], então

                    - brxx [0] £ rxy [l ] £ brxx [0]
    - Prova no quadro.

•   Forma normalizada da correlação
                                     rxx [l ]
                         r xx [l ] =
                                     rxx [0]               - Qual é o máximo valor
                                           rxy [l ]        de rxx[l] e rxy[l]?
                         r xy [l ] =
                                       rxx [0] × ryy [0]                             68
Propriedades da Função Correlação
•   Correlação e auto-correlação para sinais de potência.
                                          K
                                   1
                rxy [l ] = lim
                           k ®¥ 2 K + 1
                                         åKx[n] y[n - l ]
                                        n=-
                                          K
                                   1
                rxx [l ] = lim
                           k ®¥ 2 K + 1
                                         åKx[n]x[n - l ]
                                        n=-


•   Correlação e auto-correlação para sinais periódicos
                               1 N -1 ~ ~
                    r~ ~ [l ] = å x[n] y[n - l ]
                     xy        N n=0
                                 1 N -1 ~ ~
                      r~ ~ [l ] = å x[n] x[n - l ]
                       xx        N n=0
    - A periodicidade da função de correlação é igual à
    periodicidade das seqüências envolvidas.
                                                            69
Capítulo 3 – Sinais Discretos no Domínio da
                    Freqüência
•   A transformada de Fourier é uma representação contínua no
    domínio da freqüência de uma seqüência discreta no domínio
    do tempo.

•   Como a DTFT é periódica com um período de 2p radianos,
    então apenas N amostras desta transformada são suficientes
    para representar uma seqüência discreta de N pontos,
    conforme será mostrado posteriormente. Esta representação
    é denominada de transformada discreta de Fourier – DFT.

•   Outra maneira de representar seqüências discretas no
    domínio da freqüência é utilizar uma generalização da DFT,
    denominada de transformada z, onde z é uma variável
    complexa.
                                                                 70
Transformada de Fourier de Tempo Discreto
•   A DTFT consiste na representação da seqüência x[n] em
    termos de e-jwn, onde w é a freqüência.
•   Nem todas as seqüências possuem uma transformada, mas
    quando possuem essa transformada é única. Para recuperar
    a seqüência original a partir da sua transformada, basta
    aplicar a IDTFT.
•   A DTFT de uma seqüência é dada por
                                               ¥
                              X ( e jw ) =   å x[n]e - jwn
                                             n = -¥

•   A DTFT é, normalmente, uma função complexa que pode ser
    escrita na forma
      X (e jw ) = X re (e jw ) + X im (e jw )
                                                              æ X im (w ) ö
           jw
      X (e ) = X (e ) e  jw    jq ( w )
                                          onde q (w ) = arctanç
                                                              ç X (w ) ÷  ÷
                                                              è re        ø   71
Transformada de Fourier de Tempo Discreto
•   A fase da transformada é limitada por -p≤q(w)≤+p.
•   Caso a fase ultrapasse o valor p, a mesma será representada
    como –p.
•   Essa descontinuidade pode ser eliminada utilizando a
    “unwrapped phase”, ou seja, permitindo que a fase assuma
    qualquer valor.
•   Neste caso, a fase é representada por qc(w).

•   Exercício: mostre que Xre(ejwn) é uma função par enquanto
    que Xim(ejwn) é uma função ímpar.

•   Exemplo: encontre a DTFT de:
    a) x[n]=d[n]
    b) x[n]=anu[n]                                              72
Transformada de Fourier de Tempo Discreto
•   A fase da transformada é limitada por -p≤q(w)≤+p.
•   Caso a fase ultrapasse o valor p, a mesma será representada
    como –p.
•   Essa descontinuidade pode ser eliminada utilizando a
    “unwrapped phase”, ou seja, permitindo que a fase assuma
    qualquer valor.
•   Neste caso, a fase é representada por qc(w).
•   Exercício: mostre que Xre(ejwn) é uma função par enquanto
    que Xim(ejwn) é uma função ímpar.
•   Exemplo: encontre a DTFT de:
    a) x[n]=d[n]
    b) x[n]=anu[n]
•   Prove que X(ejwn) é periódica a cada 2p radianos.
                                                             73
Transformada de Fourier de Tempo Discreto
•   As amostras de x[n] podem ser obtidas a partir de X(ejwn)
    através da IDTFT:
                               p
                           1
                   x[n] =
                          2p   ò
                               -p
                                 X (e jw )e + jwn dw

•   Exercício: prove que a expressão acima é verdadeira.

•   Condição de convergência: para que a DTFT de uma
    seqüência possa ser calculada, a mesma deve ser
    convergente, ou seja, deve possuir energia finita.
•   Todas as seqüências absolutamente somáveis são
    convergentes.
•   Nem todas as seqüências convergentes são absolutamente
    somáveis.
•   Veja Exemplo 3.3 da página 121.                        74
Transformada de Fourier de Tempo Discreto

•   Algumas seqüências ilimitadas possuem TFTD.




                                                  75
Transformada de Fourier de Tempo Discreto
•   Largura de faixa de sinais discretos:
    Um sinal discreto pode ser classificado como:

    a) Sinal de banda cheia: quando seu espectro ocupa toda a
    banda, ou seja 0≤|w|≤p.

    b) Sinal limitado em faixa: podem ser sub-divididos em:

      1) Sinais passa-baixa: são aqueles cujo espectro está
      limitado em 0 ≤|w|≤wp<p, sendo wp a largura de faixa do
      sinal.

      2) Sinais passa-faixa: são aqueles cujo espectro está
      limitado em 0<wL ≤|w|≤wH<p, onde wH-wL é a largura de
      faixa do sinal.
                                                                76
Propriedades da TFTD
•   Linearidade: se y[n]= ax[n]+bg[n], então
                      Y(ejw)=aX(ejw)+bG(ejw)
Prova no quadro.

•   Deslocamento temporal: se y[n]=x[n-no], então
                     Y(ejw)=e-jwnoX(ejw)
Prova no quadro.

•   Deslocamento na freqüência: se y[n]=ejwonx[n], então
                       Y(ejw)=X(ej(w-wo))
Prova no quadro.


                                                           77
Propriedades da TFTD
•   Derivação na freqüência: se y[n]=nx[n], então

                        Y e ( )
                              jw
                                   = j
                                        d
                                       dw
                                            ( )
                                          X e jw
Prova no quadro.

•   Convolução: se y[n]=x[n]*g[n], então
                       Y(ejw)=X(ejw).G(ejw)
Prova: exercício proposto.

•   Modulação: se y[n]=x[n]g[n], então
                                    +p
                    ( )
                   Y e jw   =
                               1
                              2p    ò    ( )( )
                                      X e jq G e jq dq
                                    -p
Prova: exercício proposto
                                                         78
Propriedades da TFTD
•   Propriedades das seqüências simétricas complexas.




•   Propriedades das seqüências simétricas reais.




                                                        79
Densidade Espectral de Energia
•   Teorema de Parseval ou Teorema da Conservação da
    Energia:
                                         òp ( ) ( )
                ¥                        p
                               1
                å g[n]h [n] = 2p
               n = -¥
                       *
                                         -
                                             G e jw H * e jw d w

•   Caso interessante: se h[n]=g[n], o que estabelece o Teorema
    de Parseval?

•   Densidade espectral de energia de uma seqüência:

                           ( ) = G(e )
                       S xx e   jw               jw 2


•   Note que

                    ex =
                          1
                         2p      òp
                                     p

                                     -
                                               ( )
                                         S xx e jw dw

                                                                   80
Densidade Espectral de Energia
•   Relação entre a densidade espectral de energia a a função
    de correlação.
                        ( ) år
                                     ¥
                     S xx e jw =            xx (l ) e - jwl
                                   l = -¥


                        ( )= år
                                     ¥
                              jw
                     S xy e                 xy (l ) e - jwl
                                   l = -¥
Prova no quadro.

•   Exercício: encontre a função densidade espectral de energia
    da seguinte seqüência:

                         x[n] = ®n u[n]

•   Proposto: faça um programa em Matlab que compute a TFTD
    de uma seqüência qualquer.                            81
Transformada Discreta de Fourier – DFT
•   A DFT somente é definida para seqüências finitas.
•   Uma seqüência com N pontos é completamente
    caracterizada por N pontos da TFTD, em freqüências wk,
    onde 0≤k≤N-1, onde wk são amostras igualmente espaçadas
    de w.                            N ¡1
                       j!                            ¡j 2¼kn
         X[k] = X e         jw=2¼k=N =           x[n]e   N

                                           n=0
                 2¼
    Sendo WN =   N ,   ent~o
                          a
                                N ¡1
                                X
                                            kn
                       X[k] =          x[n]WN
                                n=0
•   A transformada inversa é dada por
                             N ¡1
                           1 X         ¡kn
                    x[n] =        X[k]WN
                           N
                              k=0
•   Prova no quadro!                                           82
Transformada Discreta de Fourier – DFT
•   Exemplo: encontre a DFT das seguintes seqüências:
                       ½
                        1 n=0
              x[n] =
                        0 1·n·N ¡1
                         ³   n´
              x[n] = cos 2¼r    0·n·N ¡1
                             N




                                                        83
Transformada Discreta de Fourier – DFT
•   .




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Processamento Digital de Sinais: Classificação e Representação

  • 1. Processamento Digital de Sinais Prof. Luciano Leonel Mendes S. Mitra, Digital Signal Processing – A computer-based approach, 2nd edition. 1
  • 2. Capítulo 1 – Sinais e Processamento de Sinais • Sinal é uma função de uma variável independente, como tempo, distância, temperatura, etc. Exemplos: - Música, que representa a variação da pressão do ar ao longo do tempo em um ponto do espaço. - Foto P&B, que representa a variação da intensidade da luz ao longo de duas coordenadas espaciais. - Vídeo, que representa a variação de intensidade de luz ao longo das coordenadas X e Y e também ao longo do tempo. • Todo sinal carrega algum tipo de informação e o objetivo do processamento do sinal é extrair ou modificar a informação contida no sinal. 2
  • 3. Classificação de Sinais • Classificação quanto à continuidade - Sinais contínuos são aqueles que são definidos para todo e qualquer valor da variável independente. Exemplo: a voz humana. - Sinais discretos são aqueles cuja amplitude é definida apenas para valores específicos da variável independente. Exemplo: temperatura do ensopado tomada de tempos em tempos pela cozinheira. Quando as amostras do sinal discreto podem assumir um número finito de valores, então o sinal é classificado como digital. • Classificação quanto à natureza das amostras - Sinais reais são aqueles cujas amostras são todas reais. - Sinais complexos são aqueles cuja uma ou mais amostras são complexas. 3
  • 4. Classificação de Sinais • Classificação quanto ao número de fontes - Sinais escalares são aqueles provenientes de uma única fonte. Exemplo: sinal de áudio mono. - Sinais vetoriais são aqueles provenientes de duas ou mais fontes. Exemplo: sinal de áudio estéreo. • Classificação quanto à dimensão - Sinais unidimensionais são aqueles que são função de uma única variável independente. Exemplo: sinal de áudio. - Sinais M-dimensionais são aqueles que são função de M variáveis independentes. Exemplo: sinal de vídeo P&B. • Classificação quanto a aleatoridades - Sinais determinísticos são aqueles cujo o valor das amostras podem ser previstos. São funções matemáticas ou tabelas conhecidas a priori. - Sinais aleatórios são aqueles cujo o valor das amostras não pode ser conhecido previamente. 4
  • 5. Classificação de Sinais 2 Sinal contínuo 1.5 Sinal Discreto Sinal Digital 1 0.5 Amplitude 0 -0.5 -1 -1.5 -2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 tempo 5
  • 6. Representação de Sinais • Normalmente os sinais unidimensionais são funções do tempo. Sua representação matemática é dada por: - f(t) para o caso contínuo. - f[n] para o caso discreto, onde n é um número inteiro. • A representação de sinais M-dimensionais é feita listado todas as variáveis independentes. - f(x,y) ; f(x,y,t) para o caso contínuo. - f[n,m] ; f[n,m,k] para o caso discreto, onde n, m e k são inteiros. • Sinais vetoriais são representados como um conjunto de sinais. ér(x, y,t)ù ér[n,m,k]ù r êg(x, y,t)ú u(x, y,t) = ê r êg[n,m,k]ú ú u[n,m,k] = ê ú êb(x, y,t)ú ë û êb[n,m,k]ú ë û 6
  • 7. Operações Básicas com Sinais • Inicialmente, iremos focar nas operações básicas realizadas no domínio do tempo. • As operações apresentadas a seguir são válidas para sinais contínuos. O equivalente para sinais discretos será apresentado no Capítulo 2. a) Escalonamento: consiste em multiplicar o sinal por uma constante. Exemplo: y(t)=a.x(t) b) Atraso: gera uma réplica deslocada temporalmente do sinal original. Exemplo: y(t)=x(t-T) Note que se T for negativo, então o processo consiste em um avanço temporal. 7
  • 8. Operações Básicas com Sinais c) Soma: consiste em somar dois sinais distintos. Exemplo: w(t)=x(t)+y(t) Esta operação pode ser combinada com o escalonamento para gerar um sinal que seja a combinação linear de outros sinais. N -1 g (t ) = å ai cos(wi ) + bi sin(wi ) i =0 d) Produto: consiste em obter um novo sinal a partir do produto de dois sinais conhecidos. Exemplo: w(t)=x(t).y(t) Dica importante: o restante do capítulo 1 traz aplicações importantes sobre processamento digital de sinais. A leitura das demais sessões deste capítulo é recomendada. 8
  • 9. Capítulo 2 – Sinais de Tempo Discreto e Sistemas no Domínio do Tempo • Sinal de tempo discreto: corresponde a uma seqüência de amostras tomadas a cada T segundos. A amplitude das amostras é contínua. • Representação no domínio do tempo: as seqüências discretas são representadas como uma seqüência de números. A representação matemática desta seqüência é dada por: x[ n ] = [0.15, 0.20, - 0.1, - 0.15] • A seta indica a amostra que corresponde a n =0. Note que a seqüência somente é definida para valores de n inteiros. 9
  • 10. Representação Gráfica de Seqüências • A representação gráfica de uma seqüência discreta é feita através de impulsos localizados em valores de n inteiros, cuja área é igual à amplitude da amostra. 0.2 0.15 0.1 0.05 y[n] 0 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 n 10
  • 11. Princípios da Amostragem • Em muitas aplicações as seqüências discretas são obtidas a parir de sinais contínuos. ¥ x[n] = xa (t ) t =nT = xa (nT ) = å x (t ) × d (t - nT ) n = -¥ a • O parâmetro T define o espaçamento temporal entre as amostras e é chamado de tempo de amostragem. • O inverso deste parâmetro é denominado de freqüência de amostragem. 1 fT = T • Conforme será visto no capítulo 5, a amostragem de um sinal contínuo com largura de faixa limitada não introduz distorções, desde que a freqüência de amostragem seja maior do que duas vezes a maior freqüência que compõe o sinal. 11
  • 12. Classificação de Seqüências Discretas • Classificação quanto á natureza das amostras. - Seqüências reais: todas as amostras são reais. - Seqüências complexas: uma ou mais amostras são complexas. Seqüências complexas podem ser representadas como a soma vetorial de duas seqüências reais: x[n] = xr[n]+j xi[n] Operações complexas podem ser realizadas nesta representa- ção. Exemplo: o complexo conjugado de x[n] é: x*[n]= xr[n]-j xi[n] 12
  • 13. Classificação de Seqüências Discretas • Seqüências digitais: são aquelas cujas amplitudes somente podem assumir um número finito de valores. Quantização é o processo pelo qual uma seqüência discreta torna-se uma ^ seqüência digital. A seqüência digital é expressa por x[n]. • Classificação quanto ao comprimento - Seqüências infinitas: são aquelas que possuem um número infinito de amostras. Elas são sub-classificadas como: - Seqüências direitas: são aquelas que possuem apenas amostras nulas para n<N1 (x[n]=0 para n<N1). Se N1 for um número positivo, então esta seqüência é chamada de causal. ... ... 13
  • 14. Classificação de Seqüências Discretas • Classificação quanto ao comprimento - Seqüências infinitas: - Seqüências esquerdas: são aquelas que possuem apenas amostras nulas para n>N2 (x[n]=0 para n>N2). Se N2 for um número positivo, então esta seqüência é chamada de anti-causal. ... ... - Seqüência esquerda-direita: são aquelas cujo valor das amostras está definido para todos os valores de n. 14
  • 15. Classificação de Seqüências Discretas • Classificação quanto ao comprimento - Seqüências finitas: são aquelas cujas amplitudes das amostras somente estão definidas no intervalo [N1,N2], ou seja, x[n] somente está definida no intervalo N1≤n≤N2. A duração de uma seqüência finita é dada por: N=N2-N1+1 Seqüências finitas podem ser expressas como sendo seqüências infinitas introduzindo-se zeros no intervalo fora de [N1,N2]. Esse processo é denominado de “zero-padding”. 15
  • 16. Operações com Seqüências a) Produto ou Modulação: considere duas seqüência de mesmo comprimento. O produto entre essas seqüências é dado por: w1[n]=x[n].y[n]={x[N1] y[N1], ... , x[-1] y[-1], x[0] y[0], ... , x[N2] y[N2]} O esquemático para representar esta operação é dado por: x[n] w[n]=x[n]y[n] X y[n] Janelamento: processo pelo qual uma seqüência infinita é transformada em uma seqüência finita através da multiplicação por uma seqüência de comprimento N, denominada de janela. 16
  • 17. Operações com Seqüências b) Adição: considere duas seqüência de mesmo comprimento. A soma entre essas seqüências é dada por: w2[n]=x[n]+y[n]={x[N1]+y[N1], ... , x[1]+y[1], x[2]+y[2], ... , x[N2]+y[N2]} O esquemático para representar esta operação é dado por: x[n] w[n]=x[n]+y[n] y[n] c) Escalonamento: sendo uma seqüência x[n], seu escalona- mento é dado por: w3[n]=a.x[n]={a.x[N1], ... , a.x[1], a.x[2], ... , a.x[N2]} x[n] w[n]=ax[n] a 17
  • 18. Operações com Seqüências d) Deslocamento temporal: seja uma seqüência x[n]. O desloca- mento temporal desta seqüência é dado por: w4[n]=x[n-N] Exemplo: x[n]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5} a) N=2 à w[n]=x[n-2]= {0, 0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5} b) N=-2 à w[n]=x[n+2]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5} 0.6 0.6 0.5 0.5 0.4 0.4 x[n] x[n-1] 0.3 0.3 Z-1 Atrasador x[n-2] x[n] 0.2 0.2 0.1 0.1 0 0 -0.1 -0.1 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n n x[n] x[n+1] 0.5 0.4 Z1 Adiantador 0.3 x[n+2] 0.2 0.1 -0.1 0 18 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n
  • 19. Operações com Seqüências e) Inversão temporal: consiste em inverter a seqüência ao longo do eixo das amostras. w5[n]=x[-n] Exemplo: x[n]={0.3, 0.4, 0.1, 0.2, 0.5} w[n]=x[-n]={0.5, 0.2, 0.1, 0.4, 0.3} 0.4 x[n] 0.2 0 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 n 0.4 x[-n] 0.2 0 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 19 4 n
  • 20. Operações com Seqüências f) Alteração na taxa de amostragem: esta operação permite criar uma nova seqüência cuja freqüência de amostragem é maior (sobre-amostragem) ou menor (sub-amostragem) do que a freqüência de amostragem da seqüência original. - A razão de alteração da freqüência de amostragem é dada por R=fT’/fT - Para R>1 o processo é chamado de interpolação. - Para R<1 o processo é chamado de dizimação. - A sobre-amostragem por um fator inteiro L gera uma nova seqüência onde L-1 amostras nulas são inseridas entre duas amostras da seqüência original, ou seja, ì énù ïxê ú , n = 0,± L ,± 2 L , K y[ n ] = í ë L û ï 0 î , caso contrário 20
  • 21. Operações com Seqüências - Exemplo de interpolação com L=4. 9 8 7 6 5 x[n] 4 3 2 1 0 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 n 9 8 7 6 5 x[n/4] 4 3 2 1 0 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 n - Esquemático do interpolador x[n] xu[n] L 21
  • 22. Operações com Seqüências - A dizimação por um fator M gera uma nova seqüência onde M-1 amostras são removidas entre duas amostras que são mantidas. Logo, y[ n ] = x[ M × n] - A seqüência y[n] possui uma freqüência de amostragem M vezes menor do que a seqüência. - Exemplo: dizimação por M=3. 20 18 16 14 12 Esquemático do x[n] 10 8 6 dizimador: 4 2 0 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12 n x[n] xd[n] 20 M 19 17 15 13 y[n]=x[3n] 11 9 7 5 3 1 -1 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12 22 n
  • 23. Cuidados com as Operações com Seqüências • O número de amostras das seqüências não é o único parâmetro que deve ser observado ao realizar uma operação com seqüências. • A posição da amostra correspondente à n=0 também influencia no resultado da operação. Exemplo: Seja x[n]={0, 2, 4, 6} e y[n]={1, 3, 5, 7} a) Encontre w1[n]=x[n]y[n] b) Encontre w2[n]=x[n]+y[n] Refaça os itens a e b considerando agora as seqüências abaixo x[n]={0, 2, 4, 6} e y[n]={1, 3, 5, 7} 23
  • 24. Exercícios Propostos • Desenvolva um algoritmo no Matlab que permita: a) entrar com duas seqüências de comprimento qualquer. b) definir qual amostra da seqüência corresponde à n=0. c) realizar o produto das duas seqüências. d) realizar a soma das duas seqüências. e) traçar as seqüências de entrada e os resultados em gráficos distintos. • Seja x[n]={-2, -1, 0, 1, 2} e y[n]=[1 2 3 4 5 6] Encontre: a) w1[n]=3x[n]-2y[n] b) w2[n]=x[n]-y[-n] c) w3[n]=y[n].y[-n] d) w4[n]=2x[n]-x[n-1]+3y[n-4] e) w 5 [ n ] = å ì (i + 1 )x [ n - 1] + ü 2 1 í y[ n + i ]ý i=0 î i +1 þ 24
  • 25. Representação Esquemática • As operações com seqüências podem ser representadas na forma esquemática. Exemplo: encontre a expressão para obter y[n] e w[n]. x[n] y[n] x[n] w[n] b0 b0 Z-1 Z-1 Z-1 b1 b1 a1 Z-1 Z-1 Z-1 b2 b2 a2 25
  • 26. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à simetria: - Seqüência conjugada simétrica: uma seqüência é considerada conjugada simétrica se: x[n]=x*[-n] Uma seqüência conjugada simétrica real é também denominada de seqüência par. - Seqüência conjugada anti-simétrica: uma seqüência é considerada conjugada anti-simétrica se: x[n]=-x*[-n] Uma seqüência conjugada anti-simétrica real é também denominada de seqüência ímpar. Se x[n] é conjugada anti- simétrica, então x[0] é puramente imaginária. Logo, se x[n] for ímpar, então x[0]=0. 26
  • 27. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à simetria: - Toda seqüência complexa x[n] possui uma componente complexa simétrica e uma componente complexa anti-simétrica, definidas como: xcs[n] = {x[n] + x*[-n]} 1 2 xca[n] = {x[n] - x*[-n]} 1 2 - Exercício: prove que xcs[n] atende a condição de simetria e que xca[n] atende a condição de anti-simetria. - A seqüência original pode ser obtida através de uma combinação linear de xcs[n] e xca[n]: x[n]= xcs[n] +xca[n] 27
  • 28. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à simetria: - Seqüências reais podem ser representadas pela combinação linear de suas componentes pares e ímpares, definidas como: xev[n] = 1 {x[n]+ x[-n]} 2 xod[n] = {x[n] - x[-n]} 1 x[n] = xev[n] + xod[n] 2 - Seqüências finitas entre [0, N-1] podem ser representadas pela sua componente conjugada simétrica periódica e pela sua componente conjugada anti-simétrica periódica. Note que estas seqüências apenas existem para os valores de n definidos para x[n]. {1 2 [ ]} { } x pcs [n] = x[n] + x* - n N = x[n] + x* [( N - 1) - n] , 0 £ n £ N-1 {1 2 [ ]} { } x pca [n] = x[n] - x* - n N = x[n] - x* [( N - 1) - n] , 0 £ n £ N-1 x[n] = x pcs [n] + x pca [n] k = k modulo N28 N
  • 29. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à simetria: - Seqüências conjugadas simétricas periódicas: são aquelas limitadas a 0≤n≤N-1que atendem a seguinte condição: x[n]=x*[N-n] - Seqüências conjugadas anti-simétricas periódicas: são aquelas limitadas a 0≤n≤N-1que atendem a seguinte condição: x[n]=-x*[N-n] • Exemplos no quadro! 29
  • 30. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à periodicidade - Seqüências periódicas: são aquelas que se repetem a cada deslocamento de N amostras, ou seja: ~ ~ x [ n ] = x [ n - kN ] onde N é um inteiro positivo e k é um inteiro. - Seqüências aperiódicas são todas aquelas que não atendem a condição acima. 1 1 0.8 0.8 0.6 0.6 0.4 0.4 0.2 0.2 x ~[n] 0 x[n] 0 -0.2 -0.2 -0.4 -0.4 -0.6 -0.6 -0.8 -0.8 -1 -1 30 0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30 n
  • 31. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à energia e à potência - Definição de energia de uma seqüência: ¥ ex = å 2 x[ n ] n = -¥ - Definição de potência média de uma seqüência: K 1 åK 2 Px = lim x[ n ] para seqüência aperiódica K ®¥ 2 K + 1 n=- N -1 1 å 2 Px = x[ n ] para seqüência periódica N n=0 - Sinais potência: são aqueles que possuem energia infinita, mas potência média finita. - Sinais energia: são aqueles que possuem energia média finita e potência média nula. 31
  • 32. Outras Classificações para Seqüências • Exercício: classifique as seqüências abaixo quanto à energia e potência. a) x[n] = e-n/5 n={0, 1, 2, 3, ...} b) x[n] = sen(π/4.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} c) x[n]=1/n n={1, 2, 3, ...} d) x[n] = tan(π/2.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} e) x[n] = cos(π.n) n={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} f) x[n] = (-1)n n={0, 1, 2, 3, ...} 32
  • 33. Outras Classificações para Seqüências • Classificação quanto à limitação da amplitude das amostras - Seqüências limitadas são aquelas que atendem a seguinte condição: |x[n]|≤B<¥ para qualquer n • Classificação quanto à somatória. - Seqüências absolutamente somáveis são aquelas que atendem a seguinte condição: ¥ å| x[n] |< ¥ n=-¥ - Seqüências quadráticas-somáveis são aquelas que atendem a seguinte condição: ¥ å | x[n] |2 < ¥ n =-¥ 33
  • 34. Seqüências Fundamentais • Seqüência Impulso Unitário: esta seqüência é útil para caracterizar sistemas de tempo discreto. Sua definição é: 1 ì1 n = 0 d [ n] = í î0 c.c. -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 • Seqüência Degrau Unitário: esta seqüência é definida por ì1 n ³ 0 u[n] = í 1 î0 n < 0 - Note que: n u[n] = å d [k ] k = -¥ -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 d [n] = u[n] - u[n - 1] 34
  • 35. Seqüências Fundamentais • Seqüência Senoidal: esta seqüência é dada por: x[n]=A.sen(w0n+f) para -∞<n<∞ - A seqüência senoidal também pode ser expressa como: x[n]=xre[n]+xim[n] onde 3 xi[n]=A.sen(f)cos(w0n) 2 1 x[n] 0 xq[n]=A.cos(f)sen(w0n) -1 -2 -3 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 n 3 2 1 x re[n] 0 -1 -2 -3 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 n 3 2 1 x im[n] 0 -1 -2 -3 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 n 35
  • 36. Seqüências Fundamentais • Periodicidade de seqüências senoidais: - Período fundamental: se N.w0=2pr,onde r é um inteiro então a senóide discreta irá se repetir a cada N amostras. N é o período fundamental da seqüência. - Se 2p/w0 for um número racional, então o período da seqüência será múltiplo de 2p/w0. O período da seqüência será igual à 2pk/w0, quando está divisão for um número inteiro. k deve ser um inteiro. - Se 2p/w0 for um número irracional, então a seqüência será aperiódica. 36
  • 37. Seqüências Fundamentais • Propriedades interessantes de senóides discretas: - A freqüência angular é dada em radianos ou radianos/amostra - Se w1=w2+2pk, então sen(w1)=sen(w2) - A maior freqüência que uma seqüência senoidal pode apresentar é ± p. Logo, cos(apn)=cos[(2-a)pn] As freqüências em torno de ± 2pk são denominadas de freqüências baixas. As freqüências em torno de ± (2k+1)p são denominadas de freqüências altas. 37
  • 38. Seqüências Fundamentais • Seqüências Exponenciais: são seqüências expressas na forma x[n] = Aa k ×n onde A e a podem ser números reais ou complexos e k é um número real. • Fazendo-se A=|A|ejq e a=exp(s0+jw0), então tem-se: x[n]=A exp[(s0+jw0)n] = |A| exp(jq) exp[(s0+jw0)n] x[n]=|A|exp(s0n)cos(w0n+q)+j|A|exp(s0n)sen(w0n+q) 4 4 2 2 x im[n] xre[n] 0 0 -2 -2 -4 -4 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 n n 38
  • 39. Processo de Amostragem • Processo pelo qual uma seqüência discreta é formada a partir de um sinal contínuo. x[n]= xa(tn)=xa(nT) • Portanto, as amostras somente serão definidas para os instantes tn=nT=n/FT=2pn/WT onde T é o tempo entre as amostras, FT é a freqüência de amostragem e WT= 2pFT é a freqüência angular de amostragem. • Amostragem de um sinal senoidal: xa(t)=cos(W0t+q), portanto x[n]=cos(W0nT+q) = cos(2pW0n/WT+q) = cos(w0n+q) onde w0= 2pW0/WT= w0 é a freqüência angular digital do sinal, dada em radianos ou radianos/amostra. 39
  • 40. Alising • Alising é o fenômeno que ocorre quando há ambigüidade na representação por seqüência discreta de dois ou mais sinais contínuos. • Exemplo no Quadro! • Todos os sinais contínuos das seguintes famílias: x (t ) = cos [(W 0 + k W T )t + q ] para k = 0 , ± 1, ± 2 ,... e x (t ) = cos [(k W T - W 0 )t + q ] para k = 0 , ± 1, ± 2 ,... são representados pela mesma seqüência discreta: æ W0 ö x[n] = cos(w0 n + q ) = cosç 2p ç W n +q ÷ ÷ è T ø • Exercício proposto: prove que a afirmação acima é verdadeira. 40
  • 41. Alising • Exemplo: encontre a seqüência discreta para representar o sinal: x (t ) = 6 cos( 60pt ) + 3 sin( 300 pt ) + 2 cos( 340 pt ) + 5 cos( 500 pt ) + 10 sin( 660 pt ) sabendo que a freqüência de amostragem é de 200Hz. Recupere o sinal analógico a partir da seqüência discreta. • Refaça o exemplo anterior com uma freqüência de amostragem igual à 1kHz. • Este exemplo deixa claro que para que não ocorra alising é necessário que as freqüências angulares da seqüência digital devem estar limitadas na faixa 0≤w≤p. • Portanto, para que um sinal contínuo seja representado por suas amostras sem ambigüidade é necessário que FT ≥ 2fmax WT ≥2Wmax 41
  • 42. Sistemas de Tempo Discreto • Sistemas de Tempo Discreto (STD) processam uma seqüência de entrada para fornecer uma seqüência de saída. • As amostras de saída são processadas segundo o índice de tempo de entrada, n, ou seja, a saída é sempre seqüêncial. • Em termos práticos, sistemas discretos sempre operam com seqüências digitais e, por isso, são comumente denominados de filtros digitais. x[n] Sistema de y[n] Tempo Discreto 42
  • 43. Sistemas de Tempo Discreto • Exemplos de Sistemas de Tempo Discreto: Acumulador. n n -1 y[ n ] = å x[k ] = x[n] + å x[k ] = x[n] + y[ n - 1] k = -¥ k = -¥ Para sistemas causais, y[-1] pode ser visto como um valor inicial para o acumulador. Assim, pode-se escrever que: n -1 n n y[n] = å x[k ] = å x[k ] + å x[k ] = y[-1] + å x[k ] k = -¥ k = -¥ k =0 k =0 onde o segundo termo da expressão acima é denominado de acumulador causal. x[n] S y[n] - Exercício proposto: escreva um código em MATLAB para implementar Z-1 o acumulador. O programa deve permitir y[n-1] a entrada de qualquer seqüência discreta. 43
  • 44. Sistemas de Tempo Discreto • Exemplos de Sistemas de Tempo Discreto: Média Movente. Este sistema realiza a média em uma janela de M amostras. M -1 1 y[ n ] = M å k =0 x[ n - k ] A média movente pode ser utilizada para filtrar sinais de baixa freqüência que estejam contaminados com ruídos de alta 1/M freqüência. x[n] S y[n] Exercício proposto: desenvolva um programa Z-1 x[n-1] em MATLAB que permita filtrar uma seqüência Z-1 qualquer utilizando média movente de M amostras.x[n-2] . . . Z-1 x[n-M+1] 44
  • 45. Classificação de Sistemas de Tempo Discreto • Sistema Linear: é aquele em que o princípio da superposição é válido, ou seja, se x[n]=ax1[n]+bx2[n] então, y[n]=ay1[n]+by2[n] Assim, a resposta de um sistema linear a uma seqüência de entrada pode ser expressa como uma combinação linear da resposta de cada uma das componentes do sinal de entrada. - Exemplo: acumulador. 45
  • 46. Classificação de Sistemas de Tempo Discreto • Sistema Invariante ao Deslocamento ou Invariantes no Tempo: - São aqueles em que o instante no qual a seqüência de entrada é aplicada não afeta o resultado da saída. - Se y[n] é a resposta de um sistema ID ou IT à uma seqüência x[n], então a resposta para uma seqüência x1[n]=x[n-N0] é simplesmente y1[n]=y[n-N0] • Sistemas Discretos Lineares e Invariantes no Tempo (LIT): são aqueles que, ao mesmo tempo, são lineares e invariantes no tempo. - A maior parte dos sistemas em discussão neste curso são classificados como LIT. - Exercício proposto: prove que um interpolador não é um sistema invariante no tempo. 46
  • 47. Classificação de Sistemas de Tempo Discreto • Sistema Causal: é aquele cuja uma amostra de saída somente depende das amostras passadas e não depende das amostras futuras. Ou seja, y[n0] somente depende das amostras cujo índice é menor que n0. • Sistema Estável: é aquele que se a entrada for limitada em amplitude, então a saída também será. Assim, se |x[n]|<Bx, então |y[n]|<By, qualquer que seja n. Este tipo de estabilidade é denominado de estabilidade BIBO (Bounded Input Bounded Output). • Sistema Passivo e Sistema Sem Perdas: Um sistema é passivo se a energia do sinal de saída é menor ou igual à energia do sinal de entrada. Se a igualdade for satisfeita, então o sistema é classificado como sem perdas. Exemplo: y[n]=ax[n-N] onde N>0. ¥ ¥ Se a<1, o sistema é classificado Ey = å| y[n] |2 = a 2 å| x[n] |2 =a 2 Ex n=-¥ n=-¥ como passivo. Se a=1, o sistema é sem perdas. 47
  • 48. Caracterização de Sistemas Discretos • Reposta ao Impulso: um filtro digital LIT pode ser caracterizado pela sua resposta ao impulso, que é a seqüência que aparece na saída do filtro quando a seqüência impulso unitário é aplicada na sua entrada. Sistema h[n] d[n] Discreto - Exemplo: encontre a resposta ao impulso do sistema discreto acumulador e sistema discreto de média movente. • Resposta ao Degrau: um filtro LIT pode ser caracterizado pela sua reposta ao degrau unitário, que é a seqüência que aparece na saída do filtro quando o degrau unitário é aplicado na entrada. - Exercício proposto: encontre a resposta ao degrau do sistema discreto acumulador e sistema discreto de média movente. 48
  • 49. Caracterização de Sistemas Discretos • Uma seqüência pode ser representada por uma soma ponderada de funções impulso: ¥ x[n] = å x[k ] × d [n - k ] k =-¥ • Assim, um sistema LIT (onde o princípio da superposição é válido) pode ter a saída expressa como sendo uma combinação linear das respostas ao impulsos ponderadas e deslocadas ao longo do tempo. ¥ y[n] = å x[k ] × h[n - k ] k = -¥ • A expressão acima pode ser reescrita na forma ¥ y[n] = å x[n - k ] × h[k ] k = -¥ que é conhecida como convolução discreta. Logo y[n] = x[n] * h[ n] 49
  • 50. Caracterização de Sistemas Discretos • Exercícios propostos: 1) Prove que a convolução discreta atende as seguintes propriedades: a) Associação b) Distribuição c) Comutação 2) Encontre a seqüência de saída para os seguintes casos: a) x[n]=[2 4 -1 0 1 -2] e h[n]=[3 2 1] b) x[n]=exp(-0.1n) para -1<n<5 e h[n]=1 para -1<n<4 c) x[n]=cos(0.2pn) para -5<n<5 e h[n]=[-0.6 0.3 0 0.3 0.6] 50
  • 51. Interconexões de Sistemas LIT • Conexão em Cascata: ocorre quando a saída de um sistema é conectado na entrada de outro sistema. h1[n] h1[n] * h2[n] d[n] h1[n] h2[n] - A resposta ao impulso do sistema como um todo é dada pela convolução entre as respostas ao impulso dos sistemas individuais. - A conexão em cascata de dois sistemas estáveis BIBO resulta em um sistema estável BIBO e a conexão em cascata de dois sistemas passivos (ou sem-perdas) resulta em um sistema passivo (sem-perdas). • Sistemas inversos: dois sistemas são ditos inversos se: h1[n] h2[n]=d[n] • * inverso de um acumulador. Exemplo no quadro: encontre o sistema 51
  • 52. Interconexões de Sistemas LIT • Conexão Paralela: se dois sistemas recebem a mesma seqüência de entrada e as saídas destes sistemas são somadas para se obter uma única saída, então estes sistemas estão ligados em conexão paralela. h1[n] h1[n] d[n] h1[n]+h2[n] + h2[n] h2[n] - Exercício proposto: prove que dois sistemas estáveis em paralelo resulta também em um sistema estável. - Exercício proposto: prove que dois sistemas passivos ou sem- perdas em paralelo pode não resultar em um sistema passivo ou sem-perda. 52
  • 53. Interconexões de Sistemas LIT • Exemplo: encontre a resposta ao impulso do sistema abaixo. h1[n] h2[n] + h3[n] h1 [n] = 2d [n] - 0.52d [n - 2] h2 [n] = -d [n] + 0.1d [n - 1] h3 [n] = d [n - 1] + d [n - 2] 53
  • 54. Classificação em termos da Resposta ao Impulso • Um sistema BIBO estável deve ter resposta ao impulso que atenda a seguinte condição: ¥ å h[n] = S < ¥ n = -¥ • Para que um sistema seja causal, é necessário que a sua resposta ao impulso seja causal, ou seja: h[n]=0 para n<0 - Prova no quadro! 54
  • 55. Sistemas LTI com Dimensão Finita • Considere um sistema LIT caracterizado pela seguinte equação diferença: N M å d y[n - k ] =å p x[n - k ] k =0 k k =0 k onde x[n] é a entrada, y[n] é a saída, pk e dk são coeficientes constantes. A ordem deste sistema. A ordem deste sistema é L=max(N,M) • Como a soma dos elementos de entrada e saída é finita, pode- se implementar este sistema na prática, mesmo que em geral a resposta ao impulso seja infinita. A saída deste sistema é dada por: N M dk pk y[n] = -å y[n - k ] + å x[n - k ] k =1 d 0 k =0 d 0 55
  • 56. Sistemas LTI com Dimensão Finita • Esquemático de um sistema LTI com dimensão finita: p0 x[n] y[n] S Z-1 Z-1 p1 d1 Z-1 Z-1 p2 d2 Z-1 Z-1 . . . Z-1 Z-1 pM dN 56
  • 57. Sistemas LTI com Dimensão Finita • A solução para a equação diferença para determinar y[n] é similar à solução da equação diferencial de um sistema contínuo, onde a solução é a soma de um termo particular (yp[n]) e de um termo homogêneo (yc[n]). y[n]=yc[n]+yp[n] • Solução homogênea: é obtida quando x[n]=0, ou seja N åd k =0 k y[ n - k ] = 0 A solução desta equação pode ser obtida assumindo que yc[n]=ln Então, pode-se escrever que ( ) N N å d k y[n - k ] = å d k ln - k = ln - N d 0 lN + d1lN -1 + d 2 lN -1 + L + d N -1l + d N k =0 k =0 que é a equação polinomial característica do sistema discreto, onde ln é a n-ésima raíz do polinômio, o que significa que a solução homogênea é da forma: yc [n] = a1l1 + a 2l2 + L + a N -1lN -1 + a N lN n n n n onde ai são constantes que dependem das condições iniciais. 57
  • 58. Sistemas LTI com Dimensão Finita • Quando a equação polinomial possui raízes iguais, yc[n] assume a forma: yc [n] = a1l1 + a 2 nl1 + a 3n 2 l1 + L + a L n L-1l1 + a L+1l2 + L + a N lN - L n n n n n n • Para determinar a solução particular, assume-se que yp[n] possui a mesma forma que x[n]. • Exemplo: encontre a solução completa para um sistema caracterizado pela seguinte equação diferença: y[n]+y[n-1]-6y[n-2]=8u[n] sabendo que y[-2]=-1 e y[-1]=1. 58
  • 59. Zero-Input e Zero-State Responses • Outra maneira de obter a solução para a equação diferença é calcular a Zero-Input response (yzi[n]) e Zero-State response (yzs[n]). • yzi[n] é obtida resolvendo-se a equação polinomial característica para x[n]=0. • yzs[n] é obtida resolvendo-se a equação polinomial característica para a entrada específica e fazendo todas as condições iniciais serem nulas. • Exemplo: utilize o método descrito acima para encontrar a solução da equação diferença do exemplo anterior. 59
  • 60. Resposta ao Impulso de Sistemas Causais • A equação diferença pode ser utilizada para calcular a resposta ao impulso de um sistema causal. • Para isto, basta calcular a solução homogênea, já que x[n]=0 para n>0 e, portanto, yp[n]=0. • As condições iniciais estão restritas à h[0]=1, já que o sistema é causal, ou seja, h[n]=0 para n<0. • Note que a resposta ao impulso de sistemas descritos na forma N N å d y[n - k ] =å p x[n - k ] k =0 k k =0 k apresenta uma resposta ao impulso de comprimento infinito, a menos que d0=1 e dk=0 para k>0. • Exemplo: encontre a resposta ao impulso do exemplo anterior. 60
  • 61. Estabilidade BIBO de um Sistema LIT • Em via geral, se h[n]à0 quando nà∞ então o sistema é BIBO estável. No entanto, é impossível afirmar a estabilidade a partir apenas de algumas amostras de h[n]. • A condição única e suficiente para determinar a estabilidade de um sistema está presente nas raízes da equação polinomial característica. • Se |li|<1 para qualquer valor de i, então o sistema é BIBO estável. Caso |li|>1 para um valor específico de i, então o sistema é BIBO instável. • Exercício proposto: prove a afirmação acima. 61
  • 62. Classificação de Sistemas LIT • Classificação quanto ao comprimento da resposta ao impulso - Resposta ao impulso finita: um sistema cuja resposta ao impulso seja nula para n>N2 e n< N1, sendo N2>N1 é classificado como FIR. - A saída deste sistema é dada por N2 y[n] = å h[k ]x[n - k ] k = N1 - Note que a saída é formada por uma soma finita de amostras de entrada, tornando a implementação simples. - Resposta ao impulso infinita: um sistema cuja resposta ao impulso possui um número infinito de amostras é classificado como IIR. - No caso de um sistema causal, a saída é dada por: n y[n] = å x[k ]h[n - k ] k =0 - Note que a medida em que n aumenta, há um aumento no número de amostras de entrada envolvidas no computo da amostra de saída. Se n for muito grande, a implementação pode-se tornar inviável. 62
  • 63. Classificação de Sistemas LIT • Classificação quanto ao processo de cálculo da saída: - Sistemas não recursivos: são aqueles cuja amostra de saída atual pode ser calculada seqüencialmente em função apenas da amostra presente e das amostras passadas da entrada. - Sistemas recursivos: são aqueles cuja amostra de saída atual pode ser calculada seqüencialmente em função das amostras de saída passadas, da amostra atual de entrada e das amostras passadas de entrada. - Exercício proposto: mostre que é possível representar um filtro acumulador tanto na forma recursiva quanto na forma não-recursiva. 63
  • 64. Classificação de Sistemas LIT • Classificação quanto à natureza dos coeficientes: - Sistema de tempo discreto real: é aquele cuja resposta ao impulso possui todas as amostras reais. - Sistema de tempo discreto complexo: é aquele cuja resposta ao impulso possui um ou mais amostras complexas. 64
  • 65. Correlação de Sinais • Correlação é a medida de similaridade entre dois sinais. - Exemplos: radar, sistemas de recepção digital, reconhecimento de padrões. • Correlação cruzada: é o grau de similaridade entre dois sinais de energia, dada por ¥ rxy [l ] = å x[n] y[n - l ] n = -¥ para l = 0,±1,±2,±3, L onde l indica um atraso entre as duas seqüências. - Exemplo: prove que ryx[l]=rxy[-l] 65
  • 66. Correlação de Sinais • Função de auto-correlação: é uma medida de similaridade entre uma seqüência e sua versão atrasada de l amostras. ¥ rxx [l ] = å x[n]x[n - l ] n = -¥ para l = 0,±1,±2,±3,L - Note que: a) rxx[0]=Ex b) rxx[l]=rxx[-l], o que significa que a função de auto-correlação é par. • Exercício proposto: encontre a função de auto-correlação e correlação cruzada das seguintes seqüências: a) 3cos(0.1pn) b) 0.3sen(0.1pn) 66
  • 67. Correlação de Sinais • A função de correlação pode ser expressa na forma de convolução. Compare as expressões a seguir: ¥ x[n] * y[n] = å x[k ] y[n - k ] k = -¥ ¥ rxy [l ] = å x[n] y[n - l ] n = -¥ para l = 0,±1,±2,±3,L • Claramente, pode-se escrever que rxy [l ] = x[l ] * y[ -l ] • Exercício proposto: desenvolva no Matlab uma função que realize a correlação de duas seqüências quaisquer de entrada utilizando a função de convolução. Note que as bases de tempo das seqüências de entrada devem ser levadas em consideração. 67
  • 68. Propriedades da Função Correlação • Limitação da função de auto-correlação. rxx [l ] £ rxx [0] - Prova no quadro. • Limitação da função de correlação: se y[n]=+/-bx[n-N], então - brxx [0] £ rxy [l ] £ brxx [0] - Prova no quadro. • Forma normalizada da correlação rxx [l ] r xx [l ] = rxx [0] - Qual é o máximo valor rxy [l ] de rxx[l] e rxy[l]? r xy [l ] = rxx [0] × ryy [0] 68
  • 69. Propriedades da Função Correlação • Correlação e auto-correlação para sinais de potência. K 1 rxy [l ] = lim k ®¥ 2 K + 1 åKx[n] y[n - l ] n=- K 1 rxx [l ] = lim k ®¥ 2 K + 1 åKx[n]x[n - l ] n=- • Correlação e auto-correlação para sinais periódicos 1 N -1 ~ ~ r~ ~ [l ] = å x[n] y[n - l ] xy N n=0 1 N -1 ~ ~ r~ ~ [l ] = å x[n] x[n - l ] xx N n=0 - A periodicidade da função de correlação é igual à periodicidade das seqüências envolvidas. 69
  • 70. Capítulo 3 – Sinais Discretos no Domínio da Freqüência • A transformada de Fourier é uma representação contínua no domínio da freqüência de uma seqüência discreta no domínio do tempo. • Como a DTFT é periódica com um período de 2p radianos, então apenas N amostras desta transformada são suficientes para representar uma seqüência discreta de N pontos, conforme será mostrado posteriormente. Esta representação é denominada de transformada discreta de Fourier – DFT. • Outra maneira de representar seqüências discretas no domínio da freqüência é utilizar uma generalização da DFT, denominada de transformada z, onde z é uma variável complexa. 70
  • 71. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • A DTFT consiste na representação da seqüência x[n] em termos de e-jwn, onde w é a freqüência. • Nem todas as seqüências possuem uma transformada, mas quando possuem essa transformada é única. Para recuperar a seqüência original a partir da sua transformada, basta aplicar a IDTFT. • A DTFT de uma seqüência é dada por ¥ X ( e jw ) = å x[n]e - jwn n = -¥ • A DTFT é, normalmente, uma função complexa que pode ser escrita na forma X (e jw ) = X re (e jw ) + X im (e jw ) æ X im (w ) ö jw X (e ) = X (e ) e jw jq ( w ) onde q (w ) = arctanç ç X (w ) ÷ ÷ è re ø 71
  • 72. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • A fase da transformada é limitada por -p≤q(w)≤+p. • Caso a fase ultrapasse o valor p, a mesma será representada como –p. • Essa descontinuidade pode ser eliminada utilizando a “unwrapped phase”, ou seja, permitindo que a fase assuma qualquer valor. • Neste caso, a fase é representada por qc(w). • Exercício: mostre que Xre(ejwn) é uma função par enquanto que Xim(ejwn) é uma função ímpar. • Exemplo: encontre a DTFT de: a) x[n]=d[n] b) x[n]=anu[n] 72
  • 73. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • A fase da transformada é limitada por -p≤q(w)≤+p. • Caso a fase ultrapasse o valor p, a mesma será representada como –p. • Essa descontinuidade pode ser eliminada utilizando a “unwrapped phase”, ou seja, permitindo que a fase assuma qualquer valor. • Neste caso, a fase é representada por qc(w). • Exercício: mostre que Xre(ejwn) é uma função par enquanto que Xim(ejwn) é uma função ímpar. • Exemplo: encontre a DTFT de: a) x[n]=d[n] b) x[n]=anu[n] • Prove que X(ejwn) é periódica a cada 2p radianos. 73
  • 74. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • As amostras de x[n] podem ser obtidas a partir de X(ejwn) através da IDTFT: p 1 x[n] = 2p ò -p X (e jw )e + jwn dw • Exercício: prove que a expressão acima é verdadeira. • Condição de convergência: para que a DTFT de uma seqüência possa ser calculada, a mesma deve ser convergente, ou seja, deve possuir energia finita. • Todas as seqüências absolutamente somáveis são convergentes. • Nem todas as seqüências convergentes são absolutamente somáveis. • Veja Exemplo 3.3 da página 121. 74
  • 75. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • Algumas seqüências ilimitadas possuem TFTD. 75
  • 76. Transformada de Fourier de Tempo Discreto • Largura de faixa de sinais discretos: Um sinal discreto pode ser classificado como: a) Sinal de banda cheia: quando seu espectro ocupa toda a banda, ou seja 0≤|w|≤p. b) Sinal limitado em faixa: podem ser sub-divididos em: 1) Sinais passa-baixa: são aqueles cujo espectro está limitado em 0 ≤|w|≤wp<p, sendo wp a largura de faixa do sinal. 2) Sinais passa-faixa: são aqueles cujo espectro está limitado em 0<wL ≤|w|≤wH<p, onde wH-wL é a largura de faixa do sinal. 76
  • 77. Propriedades da TFTD • Linearidade: se y[n]= ax[n]+bg[n], então Y(ejw)=aX(ejw)+bG(ejw) Prova no quadro. • Deslocamento temporal: se y[n]=x[n-no], então Y(ejw)=e-jwnoX(ejw) Prova no quadro. • Deslocamento na freqüência: se y[n]=ejwonx[n], então Y(ejw)=X(ej(w-wo)) Prova no quadro. 77
  • 78. Propriedades da TFTD • Derivação na freqüência: se y[n]=nx[n], então Y e ( ) jw = j d dw ( ) X e jw Prova no quadro. • Convolução: se y[n]=x[n]*g[n], então Y(ejw)=X(ejw).G(ejw) Prova: exercício proposto. • Modulação: se y[n]=x[n]g[n], então +p ( ) Y e jw = 1 2p ò ( )( ) X e jq G e jq dq -p Prova: exercício proposto 78
  • 79. Propriedades da TFTD • Propriedades das seqüências simétricas complexas. • Propriedades das seqüências simétricas reais. 79
  • 80. Densidade Espectral de Energia • Teorema de Parseval ou Teorema da Conservação da Energia: òp ( ) ( ) ¥ p 1 å g[n]h [n] = 2p n = -¥ * - G e jw H * e jw d w • Caso interessante: se h[n]=g[n], o que estabelece o Teorema de Parseval? • Densidade espectral de energia de uma seqüência: ( ) = G(e ) S xx e jw jw 2 • Note que ex = 1 2p òp p - ( ) S xx e jw dw 80
  • 81. Densidade Espectral de Energia • Relação entre a densidade espectral de energia a a função de correlação. ( ) år ¥ S xx e jw = xx (l ) e - jwl l = -¥ ( )= år ¥ jw S xy e xy (l ) e - jwl l = -¥ Prova no quadro. • Exercício: encontre a função densidade espectral de energia da seguinte seqüência: x[n] = ®n u[n] • Proposto: faça um programa em Matlab que compute a TFTD de uma seqüência qualquer. 81
  • 82. Transformada Discreta de Fourier – DFT • A DFT somente é definida para seqüências finitas. • Uma seqüência com N pontos é completamente caracterizada por N pontos da TFTD, em freqüências wk, onde 0≤k≤N-1, onde wk são amostras igualmente espaçadas de w. N ¡1 j! ¡j 2¼kn X[k] = X e jw=2¼k=N = x[n]e N n=0 2¼ Sendo WN = N , ent~o a N ¡1 X kn X[k] = x[n]WN n=0 • A transformada inversa é dada por N ¡1 1 X ¡kn x[n] = X[k]WN N k=0 • Prova no quadro! 82
  • 83. Transformada Discreta de Fourier – DFT • Exemplo: encontre a DFT das seguintes seqüências: ½ 1 n=0 x[n] = 0 1·n·N ¡1 ³ n´ x[n] = cos 2¼r 0·n·N ¡1 N 83
  • 84. Transformada Discreta de Fourier – DFT • . 84