SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 29
Downloaden Sie, um offline zu lesen
GN 101 – Ciência,
  Tecnologia e Sociedade

 Aula sobre sistemas de inovação em
         países desenvolvidos

 Textos básicos:
- Luciano Coutinho e João Carlos Ferraz
- Michael Porter
Objetivos
 Apresentar a noção de sistemas de
  inovação e sua relação com a
  competitividade dos países
 Ou de como desenvolvimento tencológico
  e inovação estão no centro da
  competitividade
 Demonstrar a abrangência do conceito de
  inovação e as implicações disto para a
  organização de políticas
Conceitos gerais
 Externalidades (economias externas):
  benefícios obtidos por empresas em
  decorrência da implantação de um serviço
  público ou de uma indústria proporcionando
  vantagens antes inexistentes
 Economias de aglomeração: redução de
  custos devida à proximidade na localização
  de empresas
 Truste: empresas que detêm a maior parte do
  mercado combinam-se ou fundem-se para
  assegurar esse controle, ampliando suas
  margens de lucro
Conceitos gerais
 Cluster: Blocos ou grupamentos de empresas
  e instituições voltados a determinados fins
 Dumping: prática comercial para vender
  produtos a preços inferiores aos custos com a
  finalidade de eliminar concorrentes ou ampliar
  market share
 Market Share: fração do mercado controlada
  por uma empresa. Participação da empresa
  em um determinado mercado
 Vantagens comparativas: os países deveriam
  pautar seu crescimento nas atividades nas
  quais os custos comparativos fossem
  menores (m.o.; r.n.; clima etc).
A Competitividade é construída
  “A prosperidade nacional é criada, não
   herdada. Ela não nasce dos pendores
   naturais de uma nação…depende da
   capacidade de seus setores industriais
   para inovar e modernizar…À medida
   que a base da competição se voltou
   mais e mais para a criação e
   assimilação do conhecimento, o papel
   da nação cresceu. A vantagem
   competitiva é criada e sustentada por
   meio de um processo altamente
   localizado.” (Porter, 1990)
Construída e sustentada

 A única maneira de sustentar uma
 vantagem competitiva é atualizá-la,
 mudar-se para situações mais
 sofisticadas, competir globalmente,
 tornar obsoleta sua vantagem
 existente por meio da inovação
O “diamante” da vantagem
 nacional
4 atributos amplos
 Condições de fatores: a posição da nação
  em fatores de produção
 Condições de demanda: a natureza da
  demanda do mercado interno
 Setores industriais correlatos e de apoio:
  presença ou ausência no país de
  fornecedores competitivos
 Estratégia, estrutura e rivalidade: condições
  de organização e competição das firmas
Estratégia,
             Estrutura e
             Competição


Condições                   Condições
de fatores                  de demanda



             Setores
             industriais
             relacionados
             e de apoio
Condições de fatores
 Recursos naturais, m.o. localização têm
  importância relativa baixa na
  competitividade
 Os fatores de produção mais importantes
  são os que envolvem investimento pesado
  e sustentados e são especializados
 São portanto os fatores escassos e não os
  abundantes
Condições de demanda
 Importa mais a natureza da demanda local
  do que seu porte – tipo de demanda e
  nível de exigência local
 Gostos e preferenciais típicas (a
  identidade) de um país podem moldar
  certas trajetórias locais e criar mercados
  internacionais
 As nações exportam seus valores e
  gostos…
Setores industriais correlatos
e de apoio
 Fornecedores internacionalmente
  competitivos no país
 Clusters e suas externalidades
 Indústrias que se interrelacionam
  mas não são parte de clusters
  setoriais
Estratégia, estrutura e
rivalidade
 A competitividade em um setor específico
  depende da convergência das práticas
  gerenciais e dos modos organizacionais
  preferidos no país
 Rivalidades internas podem ser saudáveis
  para a competitividade (e isto não exclui
  cooperação)
 Desde que olhando sempre para o
  mercado global
Fontes de fomento à
 competitividade
 Infra-estruturas e serviços públicos
 Investimentos imateriais em educação,
  treinamento e P&D
 Projetos mobilizadores, incentivos para a
  articulação de atores públicos e privados
 Promoção de parceria entre o sistema
  financeiro e as empresas inovadoras
  (financiamento adequado à inovação)
 Articulação de politicas industrial,
  tecnológica, comércio externo, regulação
  da concorrência etc.
3 tipos básicos de intervenção
 Concorrência externa – favorecer as
  exportações via financiamento de clientes
  externos e apoio à entrada de empresas
  locais no mercado externo
 Apoio e subvenção a atividades de P&D e
  difusão tecnológica – apoio fiscal e
  subvenção pública direta
 Salvaguardas para a indústria local –
  apoio à criação de externalidades, apoio à
  criação de emprego e à capacitação
Inovação e Sistemas de
Inovação
  Conceitos básicos
A “família” Frascati (OCDE) normas
 para medição de atividades de C&T

 Manual de Frascati – método normalizado
 para levantamento de dados para estudos
 de P&D; primeira edição de 1963; quinta de
 1993
 Manual  de Oslo – princípios para
 compilação e interpretação de dados sobre
 inovação tecnológica. Primeira edição de
 1992; segunda de 1997
A “família” Frascati (OCDE) normas
 para medição de atividades de C&T

 BPT    - Método para compilação e
  interpretação de dados sobre balanço de
  pagamentos tecnológicos, 1990
 Manual de patentes – sobre a utilização de
  dados de patentes como indicadores de
  C&T, 1994
 Manual de Camberra – para medição de
  recursos humanos dedicados a C&T, 1995
O que é considerado Pesquisa
e Desenvolvimento
Experimental?
           1- A definição geral de P&D
   “A    pesquisa e o desenvolvimento
    experimental (P&D) compreendem o
    trabalho criativo levado a cabo de forma
    sistemática para incremenar o volume dos
    conhecimentos humanos, culturais e
    sociais e o uso destes para a obtenção de
    novas aplicações” (manual Frascati)
As definições dos componentes da
             P&D…
 Pesquisa          básica:         “trabalhos
  experimentais ou teóricos que se
  empreendem       fundamentalmente       para
  obter novos conhecimentos acerca dos
  fundamentos dos fenômenos e fatos
  observáveis, sem pensar em dar-lhes uma
  aplicação ou utilização determinada”
 Pesquisa aplicada: “consiste também em
  trabalhos    originais    realizados    para
  adquirir novos conhecimentos, mas agora
  dirigidos a um objetivo fundamentalmente
  prático e específico”
 Desenvolvimento experimental: “consiste
 em trabalhos sistemáticos baseados nos
 conhecimentos existentes derivados da
 pesquisa e/ou da experiência prática,
 dirigidos à produção de novos materiais,
 produtos ou dispositivos; para o
 estabelecimento de novos processos,
 sistemas e serviços; ou à melhora
 substancial dos já existentes”.
Ok, isto foi P&D, mas inovação
é uma outra estória…

         2- O jogo da inovação
 Quais as relações entre pesquisa e
  desenvolvimento, ciência e
  tecnologia e inovação?
O que é um projeto de inovação?
Definição Manual de Oslo
  É a introdução, com êxito, no mercado, de
  produtos, serviços, processos, métodos e
  sistemas que não existiam anteriormente,
  ou contendo alguma característica nova e
  diferente da até então em vigor.
  Compreende diversas atividades
  científicas, tecnológicas, organizacionais,
  financeiras, comerciais e mercadológicas.
  A exigência mínima é que o
  produto/processo/método/sistema deva
  ser novo ou substancialmente melhorado
  para a empresa em relação a seus
  competidores
Quem então participa desse
“jogo”?
          3- Sistema de inovação
 Quais são os atores direta e indiretamente
    envolvidos?
   Há divisão de tarefas entre eles?
   Que estruturas de coordenação podem
    ser implementadas?
   Por que são diferentes entre países,
    regiões?
   Por que são diferentes entre setores e
    áreas do conhecimento?
Definição em vários autores


 É o conjunto de instituições públicas e
  privadas que, no âmbito de um país ou de
  uma região, formulam, planejam,
  executam, financiam e apóiam atividades
  de ciência, tecnologia e inovação,
  incluindo-se os usuários dos resultados
  dessas atividades.
Assim, os sistemas de inovação…

 Comportam instituições de diferentes
    naturezas que atuam individual e
    coletivamente
   Sua organização começa pela
    identificação de sua diversidade e passa
    pela identificação de suas lacunas
   Concebem-se como Regionais, Nacionais,
    Locais
   Podem ser vistos por setor ou tema
   Requerem instrumentos de coordenação
    macro e micro
Corolário…

 A atividade de inovação é,
 portanto, um processo coletivo
  -   Apresenta divisão de trabalho
  -   Apresenta economias de escala e
      de escopo
  -   Necessita de coordenação
  -   Apresenta apropriabilidade
Características comuns aos
    sistemas de C&T de PDs
 Setor público participa entre 30 e 40% dos
    recursos
   Setor privado é o gde responsável pela
    inovação e executa boa parte dos
    recursos públicos para P&D
   governos provêem fundos para pesquisa
    acadêmica
   fundos     públicos    para   pesq.    são
    provenientes de agências especializadas
    em C&T
   Capital de risco joga papel importante
Características comuns aos
sistemas de C&T de PDs
 recursos privados vêm normalmente de
  um número reduzido de grandes firmas
 as universidades têm um papel central na
  condução da pesquisa fundamental
 governos incumbem-se de prover as
  facilities para big science
 todos valorizam uma estreita conexão
  entre advanced science e engineering
  training, university research e industrial
  needs
Aula 16

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

Aula9 pesquisa publica_gn101
Aula9 pesquisa publica_gn101Aula9 pesquisa publica_gn101
Aula9 pesquisa publica_gn101Fernando Palma
 
Aula1 revolucao industrial_01
Aula1 revolucao industrial_01Aula1 revolucao industrial_01
Aula1 revolucao industrial_01Fernando Palma
 
Aula2 ii revolucao_industrial_01
Aula2 ii revolucao_industrial_01Aula2 ii revolucao_industrial_01
Aula2 ii revolucao_industrial_01Fernando Palma
 
Aula5 sistema cti_brasil
Aula5 sistema cti_brasilAula5 sistema cti_brasil
Aula5 sistema cti_brasilFernando Palma
 
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01Fernando Palma
 
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01Fernando Palma
 
Planejamento de Backup de dados
Planejamento de Backup de dados Planejamento de Backup de dados
Planejamento de Backup de dados Fernando Palma
 
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicações
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicaçõesEbook Gestão de segurança da informação e comunicações
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicaçõesFernando Palma
 
Curso LINUX: Material
Curso LINUX: Material Curso LINUX: Material
Curso LINUX: Material Fernando Palma
 
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001Fernando Palma
 
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informação
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informaçãoGuia de boas práticas em gestão da segurança da informação
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informaçãoFernando Palma
 
Apostila de Banco dados
Apostila de Banco dadosApostila de Banco dados
Apostila de Banco dadosFernando Palma
 

Andere mochten auch (20)

Aula 14
Aula 14Aula 14
Aula 14
 
Aula9 pesquisa publica_gn101
Aula9 pesquisa publica_gn101Aula9 pesquisa publica_gn101
Aula9 pesquisa publica_gn101
 
Aula 15
Aula 15Aula 15
Aula 15
 
Aula 11
Aula 11Aula 11
Aula 11
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Aula8 meio ambiente
Aula8 meio ambienteAula8 meio ambiente
Aula8 meio ambiente
 
Aula1 revolucao industrial_01
Aula1 revolucao industrial_01Aula1 revolucao industrial_01
Aula1 revolucao industrial_01
 
Aula 12
Aula 12Aula 12
Aula 12
 
Aula2 ii revolucao_industrial_01
Aula2 ii revolucao_industrial_01Aula2 ii revolucao_industrial_01
Aula2 ii revolucao_industrial_01
 
Aula4 big science_01
Aula4 big science_01Aula4 big science_01
Aula4 big science_01
 
Aula5 sistema cti_brasil
Aula5 sistema cti_brasilAula5 sistema cti_brasil
Aula5 sistema cti_brasil
 
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01
Aula10 redes pesquisa_no_brasil_01
 
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01
Aula3 gerencia cientifica_fordismo_01
 
Planejamento de Backup de dados
Planejamento de Backup de dados Planejamento de Backup de dados
Planejamento de Backup de dados
 
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicações
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicaçõesEbook Gestão de segurança da informação e comunicações
Ebook Gestão de segurança da informação e comunicações
 
Curso LINUX: Material
Curso LINUX: Material Curso LINUX: Material
Curso LINUX: Material
 
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001
Introdução a iso 9001 iso 20000 e iso 27001
 
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informação
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informaçãoGuia de boas práticas em gestão da segurança da informação
Guia de boas práticas em gestão da segurança da informação
 
Apostila de Banco dados
Apostila de Banco dadosApostila de Banco dados
Apostila de Banco dados
 
Apostila banco de dados
Apostila banco de dadosApostila banco de dados
Apostila banco de dados
 

Ähnlich wie Aula 16

Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do Conhecimento
Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do ConhecimentoSistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do Conhecimento
Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do ConhecimentoRoberto C. S. Pacheco
 
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimento
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimentoO conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimento
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimentoRoberto C. S. Pacheco
 
Inteligência Competitiva
Inteligência CompetitivaInteligência Competitiva
Inteligência Competitivafernandorafa
 
Lastres inovacao consecti pb ago 2011
Lastres inovacao consecti  pb ago 2011Lastres inovacao consecti  pb ago 2011
Lastres inovacao consecti pb ago 2011Confap
 
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdf
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdfPalestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdf
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdfApebNetherlands
 
INOVA UPs 2011_Osvaldo Spíndola
INOVA UPs 2011_Osvaldo SpíndolaINOVA UPs 2011_Osvaldo Spíndola
INOVA UPs 2011_Osvaldo SpíndolaNIT Rio
 
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; Inovação
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; InovaçãoGestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; Inovação
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; InovaçãoDeomari Fragoso
 
Palestra sobre Ecossistemas de Inovação
Palestra sobre Ecossistemas de InovaçãoPalestra sobre Ecossistemas de Inovação
Palestra sobre Ecossistemas de InovaçãoElvis Fusco
 
Inovação tecnológica
Inovação tecnológicaInovação tecnológica
Inovação tecnológicaLadyanne Sousa
 
Inovação tecnológica
Inovação tecnológicaInovação tecnológica
Inovação tecnológicaLadyanne Sousa
 
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasil
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no BrasilBarreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasil
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasilmiguelfeldens
 
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica: A cultura empreendedora ! - Cláu...
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica:   A cultura empreendedora ! - Cláu...Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica:   A cultura empreendedora ! - Cláu...
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica: A cultura empreendedora ! - Cláu...Sistema Mineiro de Inovação
 
Cadeias produtivas
Cadeias produtivasCadeias produtivas
Cadeias produtivasWaldo Santos
 

Ähnlich wie Aula 16 (20)

Cultura para Inovação
Cultura para InovaçãoCultura para Inovação
Cultura para Inovação
 
Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do Conhecimento
Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do ConhecimentoSistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do Conhecimento
Sistema Nacional de Inovacao e o papel da Gestao do Conhecimento
 
Projeto de p&d&i parceiros, fomento e gerenciamento
Projeto de p&d&i parceiros, fomento e gerenciamentoProjeto de p&d&i parceiros, fomento e gerenciamento
Projeto de p&d&i parceiros, fomento e gerenciamento
 
Arranjos Produtivos Locais - Silvio Cairo
Arranjos Produtivos Locais - Silvio CairoArranjos Produtivos Locais - Silvio Cairo
Arranjos Produtivos Locais - Silvio Cairo
 
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimento
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimentoO conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimento
O conhecimento tecnológico e a gestão do conhecimento
 
Embrapa: Empreededorismo e Inovação
Embrapa: Empreededorismo e InovaçãoEmbrapa: Empreededorismo e Inovação
Embrapa: Empreededorismo e Inovação
 
Arranjos Produtivos Locais - Silvio Caio
Arranjos Produtivos Locais - Silvio CaioArranjos Produtivos Locais - Silvio Caio
Arranjos Produtivos Locais - Silvio Caio
 
Inteligência Competitiva
Inteligência CompetitivaInteligência Competitiva
Inteligência Competitiva
 
Lastres inovacao consecti pb ago 2011
Lastres inovacao consecti  pb ago 2011Lastres inovacao consecti  pb ago 2011
Lastres inovacao consecti pb ago 2011
 
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdf
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdfPalestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdf
Palestra-GC-HCPA-11-09-2015.pdf
 
Eeits 2015 final
Eeits 2015 finalEeits 2015 final
Eeits 2015 final
 
INOVA UPs 2011_Osvaldo Spíndola
INOVA UPs 2011_Osvaldo SpíndolaINOVA UPs 2011_Osvaldo Spíndola
INOVA UPs 2011_Osvaldo Spíndola
 
Gestao do conhecimento, inteligência competitiva e inovação
Gestao do conhecimento, inteligência competitiva e inovaçãoGestao do conhecimento, inteligência competitiva e inovação
Gestao do conhecimento, inteligência competitiva e inovação
 
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; Inovação
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; InovaçãoGestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; Inovação
Gestão do Conhecimento; Inteligência; Competitividade; Inovação
 
Palestra sobre Ecossistemas de Inovação
Palestra sobre Ecossistemas de InovaçãoPalestra sobre Ecossistemas de Inovação
Palestra sobre Ecossistemas de Inovação
 
Inovação tecnológica
Inovação tecnológicaInovação tecnológica
Inovação tecnológica
 
Inovação tecnológica
Inovação tecnológicaInovação tecnológica
Inovação tecnológica
 
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasil
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no BrasilBarreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasil
Barreiras Para Inovação em Empresas de Base Tecnológica no Brasil
 
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica: A cultura empreendedora ! - Cláu...
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica:   A cultura empreendedora ! - Cláu...Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica:   A cultura empreendedora ! - Cláu...
Palestra VI SIMINOVE: Revolucao acadêmica: A cultura empreendedora ! - Cláu...
 
Cadeias produtivas
Cadeias produtivasCadeias produtivas
Cadeias produtivas
 

Mehr von Fernando Palma

CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves | C...
CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves |  C...CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves |  C...
CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves | C...Fernando Palma
 
Formação em ciência de dados
Formação em ciência de dadosFormação em ciência de dados
Formação em ciência de dadosFernando Palma
 
Apostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao ArduinoApostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao ArduinoFernando Palma
 
Apostila Arduino Basico
Apostila Arduino BasicoApostila Arduino Basico
Apostila Arduino BasicoFernando Palma
 
Cartilha Segurança na Internet - CERT.br
Cartilha Segurança na Internet - CERT.brCartilha Segurança na Internet - CERT.br
Cartilha Segurança na Internet - CERT.brFernando Palma
 
Ebook Apache Server: Guia Introdutório
Ebook Apache Server: Guia IntrodutórioEbook Apache Server: Guia Introdutório
Ebook Apache Server: Guia IntrodutórioFernando Palma
 
Apostila Zend Framework
Apostila Zend FrameworkApostila Zend Framework
Apostila Zend FrameworkFernando Palma
 
Ebook Governança de TI na Prática
Ebook Governança de TI na PráticaEbook Governança de TI na Prática
Ebook Governança de TI na PráticaFernando Palma
 
Simulado ITIL Foundation - Questões Comentadas
Simulado ITIL Foundation - Questões ComentadasSimulado ITIL Foundation - Questões Comentadas
Simulado ITIL Foundation - Questões ComentadasFernando Palma
 
Introdução à Aprendizagem de Máquina
Introdução à Aprendizagem de MáquinaIntrodução à Aprendizagem de Máquina
Introdução à Aprendizagem de MáquinaFernando Palma
 
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)Fernando Palma
 
Guia Salarial 2017 Robert Half Brasil
Guia Salarial 2017 Robert Half BrasilGuia Salarial 2017 Robert Half Brasil
Guia Salarial 2017 Robert Half BrasilFernando Palma
 
Gerenciamento na nuvem e System Center
Gerenciamento na nuvem e System CenterGerenciamento na nuvem e System Center
Gerenciamento na nuvem e System CenterFernando Palma
 
SAN: Storage Area Network
SAN: Storage Area NetworkSAN: Storage Area Network
SAN: Storage Area NetworkFernando Palma
 
Ebook ITIL Na Prática
Ebook ITIL Na PráticaEbook ITIL Na Prática
Ebook ITIL Na PráticaFernando Palma
 
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MEC
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MECExemplo de Plano Estratégico de TI - MEC
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MECFernando Palma
 
Apostila Tutorial CakePHP
Apostila Tutorial CakePHPApostila Tutorial CakePHP
Apostila Tutorial CakePHPFernando Palma
 

Mehr von Fernando Palma (20)

CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves | C...
CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves |  C...CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves |  C...
CRM Gerenciamento Do Relacionamento Com Clientes | Prof. Francisco Alves | C...
 
Formação em ciência de dados
Formação em ciência de dadosFormação em ciência de dados
Formação em ciência de dados
 
Apostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao ArduinoApostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao Arduino
 
Apostila Arduino Basico
Apostila Arduino BasicoApostila Arduino Basico
Apostila Arduino Basico
 
Cartilha Segurança na Internet - CERT.br
Cartilha Segurança na Internet - CERT.brCartilha Segurança na Internet - CERT.br
Cartilha Segurança na Internet - CERT.br
 
Ebook Apache Server: Guia Introdutório
Ebook Apache Server: Guia IntrodutórioEbook Apache Server: Guia Introdutório
Ebook Apache Server: Guia Introdutório
 
Apostila Zend Framework
Apostila Zend FrameworkApostila Zend Framework
Apostila Zend Framework
 
Hacker Ético
Hacker ÉticoHacker Ético
Hacker Ético
 
Ebook Governança de TI na Prática
Ebook Governança de TI na PráticaEbook Governança de TI na Prática
Ebook Governança de TI na Prática
 
Simulado ITIL Foundation - Questões Comentadas
Simulado ITIL Foundation - Questões ComentadasSimulado ITIL Foundation - Questões Comentadas
Simulado ITIL Foundation - Questões Comentadas
 
Introdução à Aprendizagem de Máquina
Introdução à Aprendizagem de MáquinaIntrodução à Aprendizagem de Máquina
Introdução à Aprendizagem de Máquina
 
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)
PDTI - Plano Diretor de Tecnologia da Informação (modelo)
 
Guia Salarial 2017 Robert Half Brasil
Guia Salarial 2017 Robert Half BrasilGuia Salarial 2017 Robert Half Brasil
Guia Salarial 2017 Robert Half Brasil
 
Tutorial memcached
Tutorial memcachedTutorial memcached
Tutorial memcached
 
Gerenciamento na nuvem e System Center
Gerenciamento na nuvem e System CenterGerenciamento na nuvem e System Center
Gerenciamento na nuvem e System Center
 
SAN: Storage Area Network
SAN: Storage Area NetworkSAN: Storage Area Network
SAN: Storage Area Network
 
Linguagem ABAP
Linguagem ABAPLinguagem ABAP
Linguagem ABAP
 
Ebook ITIL Na Prática
Ebook ITIL Na PráticaEbook ITIL Na Prática
Ebook ITIL Na Prática
 
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MEC
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MECExemplo de Plano Estratégico de TI - MEC
Exemplo de Plano Estratégico de TI - MEC
 
Apostila Tutorial CakePHP
Apostila Tutorial CakePHPApostila Tutorial CakePHP
Apostila Tutorial CakePHP
 

Aula 16

  • 1. GN 101 – Ciência, Tecnologia e Sociedade Aula sobre sistemas de inovação em países desenvolvidos  Textos básicos: - Luciano Coutinho e João Carlos Ferraz - Michael Porter
  • 2. Objetivos  Apresentar a noção de sistemas de inovação e sua relação com a competitividade dos países  Ou de como desenvolvimento tencológico e inovação estão no centro da competitividade  Demonstrar a abrangência do conceito de inovação e as implicações disto para a organização de políticas
  • 3. Conceitos gerais  Externalidades (economias externas): benefícios obtidos por empresas em decorrência da implantação de um serviço público ou de uma indústria proporcionando vantagens antes inexistentes  Economias de aglomeração: redução de custos devida à proximidade na localização de empresas  Truste: empresas que detêm a maior parte do mercado combinam-se ou fundem-se para assegurar esse controle, ampliando suas margens de lucro
  • 4. Conceitos gerais  Cluster: Blocos ou grupamentos de empresas e instituições voltados a determinados fins  Dumping: prática comercial para vender produtos a preços inferiores aos custos com a finalidade de eliminar concorrentes ou ampliar market share  Market Share: fração do mercado controlada por uma empresa. Participação da empresa em um determinado mercado  Vantagens comparativas: os países deveriam pautar seu crescimento nas atividades nas quais os custos comparativos fossem menores (m.o.; r.n.; clima etc).
  • 5. A Competitividade é construída  “A prosperidade nacional é criada, não herdada. Ela não nasce dos pendores naturais de uma nação…depende da capacidade de seus setores industriais para inovar e modernizar…À medida que a base da competição se voltou mais e mais para a criação e assimilação do conhecimento, o papel da nação cresceu. A vantagem competitiva é criada e sustentada por meio de um processo altamente localizado.” (Porter, 1990)
  • 6. Construída e sustentada  A única maneira de sustentar uma vantagem competitiva é atualizá-la, mudar-se para situações mais sofisticadas, competir globalmente, tornar obsoleta sua vantagem existente por meio da inovação
  • 7. O “diamante” da vantagem nacional 4 atributos amplos  Condições de fatores: a posição da nação em fatores de produção  Condições de demanda: a natureza da demanda do mercado interno  Setores industriais correlatos e de apoio: presença ou ausência no país de fornecedores competitivos  Estratégia, estrutura e rivalidade: condições de organização e competição das firmas
  • 8. Estratégia, Estrutura e Competição Condições Condições de fatores de demanda Setores industriais relacionados e de apoio
  • 9. Condições de fatores  Recursos naturais, m.o. localização têm importância relativa baixa na competitividade  Os fatores de produção mais importantes são os que envolvem investimento pesado e sustentados e são especializados  São portanto os fatores escassos e não os abundantes
  • 10. Condições de demanda  Importa mais a natureza da demanda local do que seu porte – tipo de demanda e nível de exigência local  Gostos e preferenciais típicas (a identidade) de um país podem moldar certas trajetórias locais e criar mercados internacionais  As nações exportam seus valores e gostos…
  • 11. Setores industriais correlatos e de apoio  Fornecedores internacionalmente competitivos no país  Clusters e suas externalidades  Indústrias que se interrelacionam mas não são parte de clusters setoriais
  • 12. Estratégia, estrutura e rivalidade  A competitividade em um setor específico depende da convergência das práticas gerenciais e dos modos organizacionais preferidos no país  Rivalidades internas podem ser saudáveis para a competitividade (e isto não exclui cooperação)  Desde que olhando sempre para o mercado global
  • 13. Fontes de fomento à competitividade  Infra-estruturas e serviços públicos  Investimentos imateriais em educação, treinamento e P&D  Projetos mobilizadores, incentivos para a articulação de atores públicos e privados  Promoção de parceria entre o sistema financeiro e as empresas inovadoras (financiamento adequado à inovação)  Articulação de politicas industrial, tecnológica, comércio externo, regulação da concorrência etc.
  • 14. 3 tipos básicos de intervenção  Concorrência externa – favorecer as exportações via financiamento de clientes externos e apoio à entrada de empresas locais no mercado externo  Apoio e subvenção a atividades de P&D e difusão tecnológica – apoio fiscal e subvenção pública direta  Salvaguardas para a indústria local – apoio à criação de externalidades, apoio à criação de emprego e à capacitação
  • 15. Inovação e Sistemas de Inovação  Conceitos básicos
  • 16. A “família” Frascati (OCDE) normas para medição de atividades de C&T  Manual de Frascati – método normalizado para levantamento de dados para estudos de P&D; primeira edição de 1963; quinta de 1993  Manual de Oslo – princípios para compilação e interpretação de dados sobre inovação tecnológica. Primeira edição de 1992; segunda de 1997
  • 17. A “família” Frascati (OCDE) normas para medição de atividades de C&T  BPT - Método para compilação e interpretação de dados sobre balanço de pagamentos tecnológicos, 1990  Manual de patentes – sobre a utilização de dados de patentes como indicadores de C&T, 1994  Manual de Camberra – para medição de recursos humanos dedicados a C&T, 1995
  • 18. O que é considerado Pesquisa e Desenvolvimento Experimental? 1- A definição geral de P&D  “A pesquisa e o desenvolvimento experimental (P&D) compreendem o trabalho criativo levado a cabo de forma sistemática para incremenar o volume dos conhecimentos humanos, culturais e sociais e o uso destes para a obtenção de novas aplicações” (manual Frascati)
  • 19. As definições dos componentes da P&D…  Pesquisa básica: “trabalhos experimentais ou teóricos que se empreendem fundamentalmente para obter novos conhecimentos acerca dos fundamentos dos fenômenos e fatos observáveis, sem pensar em dar-lhes uma aplicação ou utilização determinada”  Pesquisa aplicada: “consiste também em trabalhos originais realizados para adquirir novos conhecimentos, mas agora dirigidos a um objetivo fundamentalmente prático e específico”
  • 20.  Desenvolvimento experimental: “consiste em trabalhos sistemáticos baseados nos conhecimentos existentes derivados da pesquisa e/ou da experiência prática, dirigidos à produção de novos materiais, produtos ou dispositivos; para o estabelecimento de novos processos, sistemas e serviços; ou à melhora substancial dos já existentes”.
  • 21. Ok, isto foi P&D, mas inovação é uma outra estória… 2- O jogo da inovação  Quais as relações entre pesquisa e desenvolvimento, ciência e tecnologia e inovação?
  • 22. O que é um projeto de inovação? Definição Manual de Oslo  É a introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente, ou contendo alguma característica nova e diferente da até então em vigor. Compreende diversas atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras, comerciais e mercadológicas. A exigência mínima é que o produto/processo/método/sistema deva ser novo ou substancialmente melhorado para a empresa em relação a seus competidores
  • 23. Quem então participa desse “jogo”? 3- Sistema de inovação  Quais são os atores direta e indiretamente envolvidos?  Há divisão de tarefas entre eles?  Que estruturas de coordenação podem ser implementadas?  Por que são diferentes entre países, regiões?  Por que são diferentes entre setores e áreas do conhecimento?
  • 24. Definição em vários autores  É o conjunto de instituições públicas e privadas que, no âmbito de um país ou de uma região, formulam, planejam, executam, financiam e apóiam atividades de ciência, tecnologia e inovação, incluindo-se os usuários dos resultados dessas atividades.
  • 25. Assim, os sistemas de inovação…  Comportam instituições de diferentes naturezas que atuam individual e coletivamente  Sua organização começa pela identificação de sua diversidade e passa pela identificação de suas lacunas  Concebem-se como Regionais, Nacionais, Locais  Podem ser vistos por setor ou tema  Requerem instrumentos de coordenação macro e micro
  • 26. Corolário…  A atividade de inovação é, portanto, um processo coletivo - Apresenta divisão de trabalho - Apresenta economias de escala e de escopo - Necessita de coordenação - Apresenta apropriabilidade
  • 27. Características comuns aos sistemas de C&T de PDs  Setor público participa entre 30 e 40% dos recursos  Setor privado é o gde responsável pela inovação e executa boa parte dos recursos públicos para P&D  governos provêem fundos para pesquisa acadêmica  fundos públicos para pesq. são provenientes de agências especializadas em C&T  Capital de risco joga papel importante
  • 28. Características comuns aos sistemas de C&T de PDs  recursos privados vêm normalmente de um número reduzido de grandes firmas  as universidades têm um papel central na condução da pesquisa fundamental  governos incumbem-se de prover as facilities para big science  todos valorizam uma estreita conexão entre advanced science e engineering training, university research e industrial needs