2. Objetivo
Apresentar e discutir os elementos centrais
do debate sobre tecnologia, emprego e
trabalho, enfocando os impactos no nível
de emprego e as soluções apontadas
3. Conceitos de desemprego
• Cíclico: ligado a uma fase de queda do ciclo
econômico
• Disfarçado ou subemprego: remuneração baixa e
fora da regulamentação vigente
• Friccional ou normal: desajuste ordinário entre
oferta e procura (normalmente falta de informação
• Sazonal: típico de certas atividades (agro, turismo)
• Tecnológico ou estrutural: mudança na tecnologia
de produção e nos padrões de consumo – ganhos de
produtividade e mudanças na qualificação
Fonte: Sandroni (2003)
4. Conceito de pleno emprego
• Situação na qual a demanda por trabalho
é igual ou inferior à oferta
• Representa o grau máximo de utilização
dos recursos produtivos de uma
economia
• Tecnicamente considera-se pleno
emprego taxas abaixo de 4% de
desemprego
Fonte: Sandroni (2003)
6. Um mito…(?)
Somente os mais criativos e talentosos
conseguem encontrar um trabalho que
valha a pena, e seu número diminui
constantemente, à medida que mais
empregos são eliminados através da
automação
7. Panorama geral do emprego
• Até a década de 70, em todo mundo
industrializado, baixas taxas de desemprego,
elevação da produtividade e do salário real
• Papel do Estado decisivo, combinando
políticas monetária e fiscal expansionistas
• A partir de final dos anos 1970 início das
políticas de cunho liberal
• tese do fim do emprego
8. O debate emprego x trabalho nos anos
1985-1995
• Automação, novas indústrias, valorização do
trabalho criativo, dos ativos intangíveis
• mudança na forma de trabalho, redução da
importância do emprego como condição
contratual do trabalho
• “por que não enfrentar esta realidade: as
empresas não dão emprego pela simples e
excelente razão de que elas não têm necessidade”
(Forrester, 1997:85)
• Isto foi relativizado a partir da segunda metade
dos anos 1990, com o crescimento econômico dos
EUA e da UE
9. A recuperação da “via emprego”
• Deu-se sobretudo pelo crescimento econômico e
em indústrias intensivas em conhecimento
• Eleva-se demanda por qualificação, rebaixa-se
por não qualificação
• Nos EUA os sem diploma ficaram com salário
20% menor e o emprego manteve-se elevado
• Na UE os salários caíram menos mas o
emprego diminuiu (explicação estaria nas
condições de seguridade social como seguro
desemprego maior na UE)
10. O papel das novas tecnologias
• Coeficiente produto/emprego determinado pelo
progresso técnico
• Tende a aumentar com o aumento da densidade
tecnológica
• Não só a tecnologia substitui mão-de-obra como
dá poderes amplificados para quem a domina –
reversão de padrões na relação
emprego/trabalho
• Ao nível da firma: usadas para obter processos
produtivos mais flexíveis, maior controle de
qualidade e ampliação da capacitação interna
11. Características no nível agregado -
OCDE
a) Desde o final dos anos 1970: declínio na
geração líquida de emprego
b) Criação de postos tende a ocorrrer em pmes
c) Novas atividades produtivas/industriais
tendem a ser alocadas em novas regiões/sites
d) Empregos das velhas indústrias deslocam-se
para países menos desenvol…mas das novas
tb, graças às TIC
e) Serviços são o principal e crescente
empregador (1960: 46,5% 1987: 64,5%), mas
a geração líquida tem sido negativa!
12. Brasil – evolução emprego
desemprego
• Taxa de desemprego no Brasil em 1940 = 6,4%; em
1980 = 2,6%
• Nos período variação da taxa média de ocupação
superou a PEA, apesar do crescimento demográfico,
da intensa migração campo-cidade
• Durante os anos 1980 a expansão da ocupação
quase acompanhou a PEA
• O problema crônico de desemprego começa nos
anos 1990
• Em 2000 cerca de 11,5 mi de desempregados ou
15% PEA
13. Principais pesquisas de ocupação
• Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED
(DIEESE, SEADE - RMSP)
• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
PNAD/IBGE
• Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE (seis regiões
metropolitanas: SP, RJ, BH, POA, Salvador e
Recife
• Relação Anual de Infomações Sociais –
RAIS/MTE
14. Taxas médias de variação 1990-99
Indicador PNAD PED
PEA 2,4 2,3
Ocupação 1,7 1,1
Assalar. Carteira -1,2 -1,6
Sem carteira 0,1 4,3
Autônomos 2,3 4,1
Desemprego 15,0 10,8
Fonte: Mendonça, S. E. A. (2002)
15. Políticas de emprego no Brasil
• Sistema Público de Emprego:
- Sistema Nacional de Emprego – SINE,
1975
- Seguro desemprego, 1986
- Intermediação de m.o., 1975
- Formação profissional – Planfor, 1995
16. Fundo de Amparo ao Trabalhador
• Criado em 1990 mudou o cenário – 0,8% do
PIB!
• Além dos programas do SINE, apoia, desde
1994/5:
- Proger
- Pronaf
- Programa de Crédito Produtivo Popular
(PCPP / banco do povo)
- Proemprego e Protrabalho
17. Crescimento e geração de emprego
• No Brasil, necessidade de geração de 1,6 mi de
empregos/ano
• Exportações como elemento dinamizador:
empregos diretos, indiretos e efeito renda
• Mas entre 1998 e 2000 64% das exportações
vieram de setores pouco dinâmicos.
• Só 17% vieram dos muito dinâmicos (automóveis,
aviões e componentes eletrônicos), contra média
mundial de 38%
• Substituição localizada de importações nas áreas
de excelência
18. Conclusões
• Problemas de diferentes naturezas entre países
des. E em des.
• Problema mais relacionado a nível de atividade
econômica
• Nos pds o problema é + de desemprego estrutural
• Caminhar na direçao de setores mais dinâmicos
para gerar maior quantidade e qualidade de
emprego
• Reforma na regulamentação do trabalho
• Não precisamos reduzir o progresso tecnolólgico
para manter empregos