O documento analisa o desempenho do mercado de trabalho para mulheres na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2014. Ele mostra que houve queda na participação das mulheres no mercado de trabalho, declínio na taxa de desemprego feminina, porém com aumento no tempo médio de procura por trabalho. As desigualdades de gênero permaneceram, com mulheres recebendo menos e enfrentando maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Taxa de desemprego relativamente estável - PED Mensal - ano 26 número 05 / ju...
A inserção da mulher no mercado de trabalho da RMPA – 2014
1. A inserção da mulher no
mercado de trabalho da
RMPA – 2014
Março de 2015
2. Para as mulheres trabalhadoras, o desempenho do
mercado de trabalho, em 2014, evidenciou queda
da ocupação, declínio da taxa de desemprego e
relativa estabilidade do rendimento médio real.
Pesquisa de Emprego e Desemprego na
Região Metropolitana de Porto Alegre
PED-RMPA
3. Mercado de trabalho da RMPA em 2014
• As informações da PED-RMPA, para o ano de 2014, indicam comportamento
desfavorável para diversos indicadores.
• O nível ocupacional evidenciou retração de 2,1%, após 10 anos de elevação
continuada.
• A taxa de desemprego total apresentou redução, situando-se em 5,9% da
População economicamente Ativa - o mais baixo valor anual da série histórica
da PED-RMPA. Esse resultado deveu-se ao fato de o número de pessoas
que saíram do mercado de trabalho (51 mil) ter sido superior à contração
do nível ocupacional (38 mil).
• O rendimento médio real dos ocupados registrou relativa estabilidade em
2014, interrompendo o processo de elevação iniciado em 2005. Ressalta-se
que esse indicador havia registrado aumento de 3,0% em 2013.
4. Para as mulheres trabalhadoras, observou-se comportamento
desfavorável para alguns indicadores e as desigualdades de
gênero pouco se alteraram.
1. Reduz-se a participação das mulheres no mercado de
trabalho
• taxa de participação das mulheres (%PIA feminina)
– 2013: 48,9%
– 2014: 46,7%
• taxa de participação dos homens (%PIA masculina)
– 2013: 65,2%
– 2014: 63,3%
• A participação das mulheres no mercado de trabalho continua
inferior à dos homens
7. 2. Taxa de desemprego apresenta declínio para as mulheres e
estabilidade para os homens
• A queda da taxa de desemprego feminina deveu-se ao fato de o número
de mulheres que saíram do mercado de trabalho (-27 mil) ter sido
superior à contração do nível ocupacional (-17 mil).
• A taxa de desemprego feminina permanece mais elevada do que a
masculina e as mulheres seguem representando mais da metade dos
desempregados (51,1% do total).
Mulheres Homens
2013 2014 2013 2014
Taxa de desemprego (%) 7,5 6,6 5,4 5,4
Contingente de
desempregados (mil
pessoas)
66 56 56 53
8. Evolução da taxa de desemprego, por sexo, na
RMPA – 2000-2014
6.4 5.9
5.4 5.4
7.5 6.6
0
5
10
15
20
25
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Total Homens Mulheres
19,6
14,2
16,6
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
(%)
9. Taxa de desemprego segundo posição na família, na RMPA –
2014
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
12.0
14.0
Chefe Cônjuge Filho
4.1
5.0
12.6
3.1
11.5
Mulheres Homens
(%)
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
10. 3. O tempo médio de procura de trabalho – indicador da
vulnerabilidade ao desemprego – apresentou aumento para
ambos os sexos
• 23 semanas entre as mulheres (2 semanas a mais do que no ano
anterior).
• 24 semanas para os homens (5 semanas a mais).
• Pela primeira vez, na série da Pesquisa, as mulheres apresentam um
tempo de procura do trabalho inferior ao dos homens.
11. TEMPO MÉDIO DESPENDIDO NA PROCURA DE TRABALHO,
POR SEXO, NA RMPA – 2000-14 (em semanas)
21
19
15
20
25
30
35
40
45
50
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Mulheres Homens
23
24
45
44
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
12. 4. Redução da ocupação e da formalização entre as mulheres
• Queda do nível ocupacional para o contingente feminino, pela primeira vez
nos últimos dez anos.
• Mulheres - retração dos postos de trabalho em 2,1% (menos 17 mil mulheres ocupadas)
- contingente feminino ocupado estimado em 796 mil pessoas
- redução do número de assalariadas com carteira assinada
(menos 10 mil ou -2,4%), após 10 anos de elevação
• Homens - decréscimo de 2,2% (21 mil trabalhadores a menos)
- contingente masculino ocupado foi estimado em 944 mil
- redução do número de assalariados com carteira assinada
(menos 9 mil ou -1,7%)
• Manteve-se praticamente inalterada a distribuição da ocupação por sexo
na RMPA: a proporção de mulheres no total de ocupados continua inferior
à dos homens, situando-se em 45,8%, em 2014 (homens, 54,2%).
13. Característica da ocupação feminina: formas de
inserção, na RMPA -2014
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
50,1%
5,0%
15,5%
10,5%
10,4%
8,5%
Assal. c/ carteira
Assal. s/ carteira
Assal. Setor Público
Autônomos
Empregadas Domésticas
Outros
14. Característica da ocupação masculina: formas de
inserção, na RMPA - 2014
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
55,2%
6,3%
9,9%
17,2%
11,1%
Assal. c/ carteira
Assal. s/ carteira
Assal. Setor Público
Autônomos
Outros
15. Características da ocupação feminina:
distribuição por setores de atividade, na RMPA -
2014
12,0%
19,4%
1,3%
56,9%
10,4%
Indústria
Comércio
Serviços
Serviços Domésticos
Outros
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
16. Características da ocupação masculina:
distribuição por setores de atividade, na RMPA - 2014
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
20,9%
19,9%
45,3%
12,3%
1,6%
Indústria de transformação
Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas
Serviços
Construção
Outros
17. 5. Relativa estabilidade do rendimento médio real das mulheres
ocupadas (0,1%), interrompe tendência de crescimento desde 2004
Rendimento médio real dos ocupados no trabalho principal, por sexo, na RMPA – 2000-14
Período Mulheres Homens %Rendimento feminino
2000 1.398 2.047 68,3
2001 1.359 1.968 69,1
2002 1.380 1.925 71,7
2003 1.259 1.744 72,2
2004 1.284 1.719 74,7
2005 1.298 1.746 74,3
2006 1.293 1.779 72,7
2007 1.345 1.807 74,4
2008 1.399 1.842 76,0
2009 1.426 1.920 74,3
2010 1.481 2.001 74,0
2011 1.516 2.023 74,9
2012 1.516 2.051 73,9
2013 1.578 2.097 75,3
2014 1.579 2.093 75,4
Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
18. Rendimentos médios reais dos ocupados, no trabalho
principal, por sexo, na RMPA — 2000-14
FONTE: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
NOTA: O inflator utilizado é o IPC-IEPE; valores em reais de nov./14.
19. Rendimento das mulheres:
proporção em relação ao dos homens – 2000 e 2014
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
2000
2014
68.3 75.4
Mulheres
Homens
(%)
FONTE: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT.
NOTA: O inflator utilizado é o IPC-IEPE; valores em reais de nov./14.
20. Pontos favoráveis Diferenças não favoráveis
Ocupação
Queda do nível ocupacional para ambos os sexos,
sendo que o contingente feminino ocupado continua
inferior ao dos homens
Redução da formalização do emprego para ambos os
sexos
Desemprego
taxa de desemprego - para as mulheres houve redução
- para os homens ficou estável
taxa de desemprego continua mais elevada para as
mulheres
- para as mulheres a taxa vem caindo desde 2004
- diminui desigualdade nas taxas de desemprego
mulheres constituem a maioria dos desempregados,
desde 1998
Rendimento
desigualdade de rendimentos entre gêneros
praticamente não se altera
mulheres seguem tendo rendimento inferior ao dos
homens
persiste desigualdade de rendimentos
Considerações