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CRIATIVIDADE

E

INOVAÇÃO

Um Guia Prático para o Desenvolvimento dessas
Competências

Fátima Alves Holanda

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SUMÁRIO:

Criatividade e inovação. São a mesma coisa?................................................................ 4

Algumas histórias de pessoas Criativas e Inovadoras......................................................8

Por que algumas inovações não dão certo? ....................................................................14

Algumas ferramentas que fomentam ideias facilitando a criatividade ........................17

Algumas ferramentas que facilitam a inovação .......................................................... 29

Desenvolvendo a sua Competência de Criatividade........................................................33

Desenvolvendo a sua Competência de Inovação..............................................................48

A Serendipidade e a Inovação...........................................................................................53

Considerações finais .......................................................................................................55

Recomendações Bibliográficas ......................................................................................58

Sobre a Autora:.................................................................................................................61

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APRESENTAÇÃO

A proposta deste material é levar o leitor à reflexão sobre a importância de se ter o foco na
inovação e de se desenvolver a criatividade como uma competência estratégica de pessoas no
contexto atual, onde impera um ambiente regido pela globalização, transformação
tecnológica, pela extrema ênfase na relação custo – benefício, satisfação do cliente e pela
rápida emergência de novos produtos e serviços e que as organizações precisam de
profissionais que rapidamente implementem mudanças e inovações e que tragam resultados
significativos para a empresa.
No passado, o que imperava era o valor da padronização dos processos de trabalho, mas agora
o cerne são as pessoas, como assimiladoras e criadoras do conhecimento que as organizações
precisam para serem competitivas.
Estamos no terceiro milênio! Os concorrentes estão em qualquer lugar não mais reduzidos a
aspectos geográficos, não há fronteiras e, dessa forma, inicia-se um processo de revitalização
dos seres humanos e de sua capacidade criativa e de sua aprendizagem, diferenciando-os
através dos seus talentos. Assim sendo, a inovação e a sua precursora a criatividade são
ingredientes imprescindíveis para o diferencial competitivo das organizações e o crescimento
sustentável no mundo dos negócios.
Faz-se mister, portanto, que a empresa estimule a criatividade dos seus colaboradores e
proporcione condições para que esta se transforme numa inovação implementada dentro da
organização.
Por outro lado, os profissionais, de qualquer área que seja, devem desenvolver ao máximo
essas competências para que possam contribuir de modo significativo no ambiente
organizacional.
Além da reflexão, aqui são apresentadas várias técnicas para o desenvolvimento da
criatividade e implantação da inovação em nível pessoal/profissional que terão impacto
significativo no meio organizacional.
Este e-book consolida alguns conteúdos de minhas palestras, treinamentos, workshops sobre o
tema, bem como alguns artigos já publicados por mim em sites diversos sobre este assunto.
Boa leitura!

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CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO. SÃO A MESMA COISA?

"As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam
e quando não as encontram, as criam"
Bernard Shaw

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Todas as pessoas são potencialmente criativas. No entanto, ao longo dos anos de
socialização, a criatividade vai tornando-se mais “latente” em alguns indivíduos devido a todo
o processo rotineiro que permeia a vida das pessoas.

Quando crianças, por exemplo, desenhamos o que achamos que devemos desenhar, pois ainda
não possuímos padrões totalmente estabelecidos e quando adultos nos apegamos às regras,
aos padrões que nos impedem de criar e inovar.
Há alguns anos, o próprio sistema educacional não estimulava o “pensar” das crianças.
maioria dos conceitos era transmitida e aprendida utilizando-se a memória, através
repetição contínua. O objetivo final de uma aula era a informação decorada. O método
ensino não estimulava a curiosidade e a pequisa. Dava-se muita informação, mas não
ensinava como usar as informações aprendidas.

A
da
de
se

E isso também funcionava nas organizações, ou seja, os indivíduos eram considerados como
meras peças de uma grande engrenagem, recebendo apenas comandos de pessoas “pensantes”
do topo da hierarquia da empresa.

Hoje, obviamente, a visão administrativa mudou e as empresas precisam estimular o
afloramento e desenvolvimento dessa potencialidade nas pessoas. Quando a empresa utiliza,
realmente, uma gestão participativa, muitas idéias surgem. Mas o importante é que a empresa
esteja disposta a implementá-las e acredite firmemente na inovação como um diferencial de
seu negócio. E inovação significa tornar algo novo, diferente do concebido anteriormente. É
na verdade, uma descoberta e quando descobrimos algo, estamos de alguma forma abertos à
mudança e a aceitar o imprevisto, o impensado e o transponível. Mas, como conseguir fazer
isto sem coragem, sem ousadia para empreender?

Um outro aspecto que estimula o processo criativo é a curiosidade. As empresas precisam
possuir pessoas curiosas e devem, também, incitar a curiosidade, usando diferentes técnicas
que levem ao despertar de idéias totalmente diferentes das preconcebidas pela organização.

Na maioria das vezes, o despertar da criatividade acontece em decorrência de
questionamentos acerca de algo que poderia ser feito de forma diferente, ou que não existe
ainda, mas que poderia existir. O importante é tirar alguns minutos durante o dia e perguntar:
como eu posso fazer isto diferente?

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Hamel cita o exemplo de como surgiu a fotografia instantânea a partir de uma pergunta
inocente: “depois de observar o pai tirar uma foto, a filha de três anos do Dr. Edward Land
perguntou se poderia ver os resultados naquele instante. Essa pergunta fez com que Land
procurasse o caminho da busca pela fotografia instantânea. Anos depois, na Polaroid, Land
refletiu que na verdade, não inventamos novos produtos..., os melhores produtos já estão aí,
só que invisíveis, esperando para serem descobertos.”

Algumas perguntas facilitam o despertar criativo: por que isto é feito desta forma? Por que
não podemos fazer de forma diferente? E se fizéssemos deste outro modo? E por que não
implementar esta idéia?

É importante que se converse com clientes, fornecedores, com a equipe de trabalho, com
outras pessoas da organização, com pessoas da comunidade, que se pesquise em livros , na
internet, com outras empresas e discuta-se a questão que se quer implementar, criar, ou
modificar.

O clima da empresa, por outro lado, deve favorecer o desabrochar criativo que existe em cada
um de seus colaboradores. Todos devem ter a liberdade para experimentar novas idéias e ser
estimulados a pensar sobre um modo diferente de fazer as coisas, a mudar as regras e os
procedimentos rotineiros e estar preparados não apenas para entender, mas questionar e mudar
paradigmas.

No entanto, criatividade e inovação são características distintas. Criatividade é quando se
pensa as coisas de uma maneira nova, diferente. Inovação , por outro lado, é a capacidade de
implementá-las. Todas as pessoas são criativas, mas nem todas conseguem ser inovadoras,
pois isso requer outras habilidades, tais como , determinação, persistência,
bom
relacionamento interpessoal, aproveitamento de oportunidades e foco estratégico, dentre
outras. É a capacidade de tangibilizar e materializar uma nova idéia em novos produtos ou
serviços.

Luc de Brabandere distingue os dois conceitos da seguinte maneira: " inovação significa a
capacidade dos funcionários de mudar a realidade e criatividade, sua capacidade de mudar a
sua percepção da realidade ". Ele acrescenta, ainda, vários aspectos que diferenciam a
criatividade da inovação. São eles:

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Mudança de Percepção
Mudança da Realidade
É denominada Criatividade
É denominada Inovação
Necessita de reflexão
Necessita de ação
É um desafio para um indivíduo
É um desafio para uma equipe
O processo é descontínuo
O processo é contínuo
Acontece em um instante
Leva um longo tempo
Imagina um novo sistema
Produz algo de novo para o sistema
Seu impacto não pode ser medido
Seu impacto é certo e mensurável
Exige brainstorming
Exige gestão de projeto
Alimenta-se de questionamentos, surpresas, Alimenta-se de idéias práticas e de sugestões
idéias estranhas e incompletas
úteis

Porém , é claro que para que se possa inovar, é preciso que sejam instigadas a criatividade e a
curiosidade. A criatividade é um componente da inovação. É necessário, ainda, que o
processo, produto ou serviço inovador sejam apoiados pelos dirigentes da empresa e
efetivamente implementados. Idéias sem ações não adiantam nada. Em algumas empresas,
ótimos negócios são abandonados antes de saírem do papel, produtos deixam de ser
fabricados e boas idéias se perdem e são esquecidas.

Volto a questão: todas as pessoas têm capacidade criativa. Porém algumas conseguem
implementar suas idéias e outras não. Têm receio, medo do grupo social, de parecerem
ridículas e acabam acomodando-se.
A criatividade por si só não basta. É preciso implementá-la. Transformá-la em uma inovação
concreta através de novos produtos, serviços, formas de gestão etc, senão ela não passa de
uma elucubração mental e não se transforma em ação.

Como bem afirma Peter Drucker, a inovação é o instrumento específico do espírito
empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de gerar riqueza.
A inovação, de fato, cria um recurso. Não existe algo chamado de “recurso” até que o homem
encontre um uso para alguma coisa na natureza e assim o dote de valor econômico.

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ALGUMAS HISTÓRIAS DE PESSOAS CRIATIVAS E INOVADORAS:

" A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original "
Einstein

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O que aconteceria se uma pessoa não fosse informada de que algo é impossível? Isso se
tornaria possível?

" Um dia, um jovem estudante universitário entrou correndo em sua aula de estatística na
Universidade da Califórnia, em Berkeley, atrasado.
Havia dois problemas escritos no quadro que ele pensou ser a tarefa do dia. Ele os copiou e
trabalhando durante horas no fim de semana, finalmente concluiu e entregou o trabalho.
O professor havia simplesmente escrito no quadro exemplos de problemas matemáticos
insolúveis. Desde o tempo de Einstein, todos os experts haviam concordado que esses
problemas eram impossíveis de solucionar. O estudante George B. Danzig, hoje é conhecido
como o pai da programação linear.
Por não ter ouvido a palavra impossível, a mente do estudante – livre para explorar –
descobriu o possível." (Hurley e Dobson)

O Coador de Café

A história do coador de papel citado no livro de Antonio Carlos Teixeira da Silva . Inovação
(2003) também é muito interessante. Ei-la: "O coador de café de pano era usado há muitos
anos. Nada parecia ser capaz de mudar essa mesmice. Até que , certo dia, um homem
reclamou à sua esposa que o café não estava tão gostoso quanto antes. Ultimamente, queixouse ele, o gosto do café estava estranho. A solícita esposa usou intuitivamente um dos
princípios da criatividade: o questionamento. E questionou: por que o sabor do café estava
desagradável?
Observadora (essa é outra característica das pessoas criativas) , a esposa constatou que, nas
entranhas do tecido do coador, acumulavam-se restos de café e poeira. Mesmo com as
lavagens do coador, essas substâncias permaneciam ali, alterando o sabor do café.
A criativa dona de casa, então, fez vários furos no fundo de uma caneca de latão. Depois,
cortou um pedaço de papel mata-borrão em círculo e cobriu o fundo da caneca.

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Melitta Bentz (era esse o nome dela) acabava de criar o coador de papel. Sua invenção
começou a ser comercializada em Dresden , uma pequena cidade do norte da Alemanha. E
assim surgiram os filtros Melitta."

O leite em pó e o leite condensado
Gail Borden, procurando uma forma de prolongar o armazenamento do leite, reduzir o seu
volume e contornar a falta de refrigeração na época, inventou um método, que dependendo
do estágio da operação, ele obtinha tanto o leite condensado, quanto o leite em pó. A sua
descoberta foi patenteada em 1856, mas na época não despertou muito interesse, até que com
a Guerra Civil nos Estados Unidos, o exército incluiu o produto para as tropas, comprando
grande quantidade de leite condensado. Quando os soldados voltaram para casa, contaram às
famílias sobre o novo tipo de leite. O resto todos já conhecem.

Harry Potter - o personagem

Joanne Rowling nascida em Chipping Sodbury, em 1965 é uma escritora britânica da
internacionalmente famosa série literária de fantasia sobre o jovem feiticeiro Harry Potter.
Antes de publicar o primeiro livro, sua editora, Bloomsbury sugeriu a Joanne que usasse as
iniciais de seu nome na capa dos livros de Harry Potter (pensando que alguns rapazes
poderiam ter preconceitos em comprar um livro escrito por uma mulher). Como tinha apenas
um nome próprio, ela escolheu para segundo nome o nome da sua avó favorita, Kathleen.
Em março de 2006, Rowling estava listada pela revista Forbes como detentora de uma fortuna
de 1 bilhão de dólares. Mesmo que os números sejam apenas estimativas, os seis primeiros
livros de Harry Potter já ultrapassaram a marca de 300 milhões de exemplares vendidos.
A idéia de escrever um livro lhe ocorreu em 1990, mas só efetivamente começou a obra mais
tarde depois que havia se divorciado do marido e ido morar na Escócia. Nesta época, dava
aula de francês em uma escola e o dinheiro mal dava para sustentar a si e a filha.

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Hoje, Rowling é a única autora bilionária do mundo, mas quando fez o seu primeiro livro
teve que duramente acreditar nos seus ideais e colocar a sua criatividade em prática. Escreveu
em esplanadas de cafés, enquanto o seu bebe dormia e desta forma terminou o seu primeiro
livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Dele fez diversas cópias manuscritas por não ter
dinheiro para tirar fotocópias e foi entregando-o a várias editoras e iniciando-se uma série de
respostas negativas destas. Por fim, a Blomsbury decide comprar os direitos da obra que foi
lançada em julho de 1997 com estrondoso sucesso de crítica e público. Sem recursos para
divulgar seu livro, Joanne contou apenas com a propaganda boca-a-boca e com a resenha de
grandes jornais britânicos para levar Harry Potter ao conhecimento de todos.
De imediato, Harry Potter fascina os leitores e torna-se um bestseller mundial. A vida de J.
K. Rowling se transformaria para sempre.
A obra foi parar rapidamente no topo dos mais vendidos do país. O segundo livro "Harry
Potter and the Chamber of Secrets" (Harry Potter e a Câmara Secreta) teve o mesmo
resultado. Desde então, os livros da autora já foram traduzidos em mais de 200 países e em
55 idiomas, gerando uma série de produtos e filmes baseados nos seus livros.
Em 2003, Rowling foi agraciada com o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia, um dos
mais importantes concedido pela Fundação Príncipe de Astúrias. Este é concedido a pessoas,
instituições, ou grupos cujo trabalho tenha contribuído de forma exemplar e relevante para a
fraternidade entre os homens e a luta contra a injustiça, a pobreza, e enfermidade e a
ignorância.

A Refrigeração sem Eletricidade

Mohammed Bah Abba desenvolveu em 1995 na Nigéria um refrigerador que dispensa o uso
de energia elétrica, denominado “Pot in Pot”. Como nesta região não existia eletricidade e,
dessa forma, não havia refrigeração, os alimentos estragavam com muita rapidez no imenso
calor africano. Descendente de uma família de oleiros, começou a adaptar vasos tradicionais
para criar um refrigerador natural. Este consiste de dois vasos de diferentes diâmetros,
encaixados um dentro do outro. O espaço entre eles é preenchido com areia que deve ser
mantida constantemente úmida.

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O pote serve para conservar os alimentos por períodos mais longos. Por exemplo, o período
de conservação de berinjelas passou de 3 para 27 dias e o do espinafre de 1 para 12 dias. Bah
Abba colocou oleiros da região para produzir milhares desses vasos e hoje, a vida de milhares
de aldeões nigerianos melhorou por causa dessa inovação de simples, mas notável. Em 2000,
ele recebeu o prêmio Rolex destinado a pessoas que desenvolvem projetos sociais de alto
impacto.

Viajando um Pouco no Tempo
" ...a emoção da descoberta parece nascer quando uma experiência vem desmentir um mundo
de concepções já suficientemente arraigadas em nós. Sempre que tal contradição é sentida
com força e intensidade, experimentamos uma reação decisiva na maneira de interpretar o
mundo. O desenvolvimento desta interpretação é , em certo sentido, como um vôo contínuo a
partir da surpresa ".
Einstein

Olhando para os nossos alicerces do passado, lembramos de pessoas que foram extremamente
criativas e inovadoras e que deixaram sua marca imprimindo mudanças duradouras nas
nossas vidas. Como por exemplo, Thomas Edison, fundador da General Eletric, propôs a si
mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam
tentado construir lâmpadas elétricas, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta. Após
inúmeras tentativas, finalmente conseguiu realizar seu objetivo. Numa conhecida frase de
Edison, ele diz: “ eu cometo mais falhas do que qualquer pessoa, mas cedo ou tarde, eu
patenteio a maioria delas”. O que mostra a sua determinação e persistência para levar a frente
as suas idéias.

Outro pesquisador, também bastante conhecido, foi Grahan Bell, que após numerosas
tentativas, conseguiu por fim, encontrar a forma definitiva do telefone, fazendo com que as
ondas sonoras, partindo da nossa boca, batam num disco, situado no bocal do telefone. Esse
disco acha-se ligado a fios metálicos, por onde passa uma corrente elétrica. As ondas sonoras
são transmitidas instantaneamente a um outro disco situado a quilômetros de distância. Desta
forma, este último vibra como o primeiro, repetindo as palavras pronunciadas. O novo
invento foi apresentado na Exposição da Filadélfia, em 1876 . Neste evento, D. Pedro II após
experimentar o aparelho disse comovido: "Meu Deus, isto fala!
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A sua imaginação, curiosidade, pesquisa, experimentação e persistência fizeram com que esse
meio de comunicação fizesse parte de nossas vidas e encurtasse as nossas distâncias.

As novidades que de certa maneira revolucionaram o mundo em sua época foram resultado de
pessoas que insistiram nas suas idéias, acreditando ser possível a mudança e que, na verdade,
acabaram por transformar toda uma forma de pensar, agir e de comportamento das pessoas.
As mudanças induziram os novos hábitos, refletindo numa nova cultura e numa nova
sociedade.

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POR QUE ALGUMAS INOVAÇÕES NÃO DÃO CERTO?

"Às vezes me pergunto por que fui eu que desenvolvi a teoria da relatividade. A razão,
segundo me parece, está em que o adulto normal nunca pára para pensar nos problemas do
espaço e tempo. São coisas que ele pensava quando era criança. Mas meu desenvolvimento
intelectual foi mais lento e, por isso, só comecei a pensar no espaço e no tempo depois que já
era adulto "
Albert Einstein

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As pessoas têm medo de errar e de serem ridicularizadas por seus erros. Porém errar é a
maneira de aprender a fazer a coisa certa. Muito do que aprendemos vem da nossa própria
experiência e não é ensinado por ninguém. Através dos erros que comete a pessoa fica mais
atenta e evita próximos erros. Os erros são essenciais ao desenvolvimento das idéias. As
coisas certas só são feitas perfeitamente se já foram feitas antes. Quando é feito algo novo,
isso é passível de erros.

Em muitas organizações os erros são severamente punidos até mesmo com demissões e este
tipo de cultura faz com que o que possa ser transformado num processo de aprendizagem na
busca de um resultado, leva à inação e a repetição de padrões pré-estabelecidos e a
manutenção do status quo. Este é o caso das empresas que administram com a combinação
do chicote (punição/medo) e da cenoura (premiação). No entanto, esta combinação de
motivos tem efeito devastador na criatividade.

Outro aspecto é a falta de comunicação objetiva sobre as metas da empresa, a sua estratégia,
bem como os problemas que devem ser solucionados. Se os colaboradores não tiverem bem
estabelecido este foco, ficarão sem saber onde suas idéias poderiam ser melhores
aproveitadas.

Por outro lado, quando um ambiente organizacional é alicerçado em inúmeras cobranças
superficiais e as pessoas não têm a chance de questionar, de perguntar o por quê aquilo ter que
ser feito daquela maneira, quando a liderança é excessivamente autoritária há o receio
exagerado dos riscos da exposição. Dessa forma, a empresa perde a oportunidade do
afloramento de novas idéias e acaba por tolher a capacidade de criatividade das pessoas.

Os indivíduos que vivenciam esse clima organizacional acabam perdendo a perseverança, a
determinação, aniquilam a sua curiosidade e escondem a sua sabedoria.

Temos que ter o cuidado com empresas que praticam o discurso da inovação, mas na prática
agem de forma diversa e é comum alguns líderes proferirem frases que eliminam qualquer
iniciativa inovadora.

Em muitas organizações vivencia-se a concepção mecanicista com normas rígidas e mais do
que previsíveis e dessa forma, o novo, o inusitado não faz ainda parte deste universo. Só o
que já foi testado e que deu certo em outras empresas é que é implementado.

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O afogamento com rotinas e burocracias é um outro aspecto que dificulta a inovação. O dia a
dia acaba impedindo a reflexão. Alguns gestores estão tão habituados às suas práticas de
trabalho que nem conseguem enxergar que as tarefas e processos possam ser feitos de modo
diferente. O tempo é curto e não dá nem para corrigir certos problemas que já estão
estruturados na rotina de trabalho. Vive-se sufocado pelo prazo das coisas acontecerem.

A idéia de que algo não deu certo no passado e não dará certo nunca mais também deve ser
contornada, pois as circunstâncias mudam, as pessoas mudam, a empresa muda e os erros do
passado já servem para se evitar reproduzir na tentativa posterior os mesmos aspectos que
causaram o fracasso anteriormente.

Na história da inovação muitos pensamentos são conhecidos pelo fato de considerarem que
algo não ia dar certo, como por exemplo (citado em Thorpe):
“ A Teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula. “ - Pierre Pachet, professor de
fisiologia , 1872.
“ Este telefone tem muitos problemas que nos impedem de considerá-lo um meio sério de
comunicação. O aparelho não tem nenhum valor intrínseco para nós.” - Memorando interno
da Western Union, 1876.
“ É impossível construir uma máquina voadora mais pesada dos que o ar.” – Lorde Kelvin,
presidente da Royal Society, 1895.
“ Nós não gostamos do som deles e a música tocada com guitarras está em vias de extinção.”
– Decca Recording Company, sobre os Beatles, 1962.

Há alguns anos atrás a criatividade tratava de encontrar um novo "como" , ou seja, um novo
modo de fazer a mesma coisa. Agora, a criatividade trata de um novo "o que " deve ser feito.
E é o bom clima organizacional que irá facilitar e permitir que a grande diversidade dos
talentos existentes na organização possam colocar suas idéias sem medo e, consequentemente
serem mais produtivos e felizes na busca dos resultados esperados.

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ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FOMENTAM IDEIAS FACILITANDO A
CRIATIVIDADE:

" Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando o meu
machado ".
Abrahan Lincon

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As ferramentas auxiliam não só a resolver problemas, como encontrar novas alternativas para
o modo de pensar e são fundamentais para a determinação das estratégias. Quando se utiliza
no entanto apenas uma ferramenta específica há dependência e não se enxerga outras
soluções interessantes. Se o indivíduo utilizar várias ferramentas diferentes, poderá abrir a
sua mente para um considerável número de novas idéias e novas soluções.

O sábio não é o homem que dá as verdadeiras respostas; é aquele que faz as verdadeiras
perguntas Claude Lévi-Strauss

. Mind Map

Uma ferramenta bastante interessante não só para estimular a criatividade, mas também para
montar projetos ou solução de problemas é o Mind Map (mapa mental), criada pelos ingleses
Tony e Bany Buzan a partir de estudos e pesquisas sobre a fisiologia e o funcionamento do
cérebro humano.

O mapa mental é uma técnica gráfica que facilita o registro de idéias, obedecendo a três
princípios fundamentais: o pensamento irradiante, a capacidade multisensorial do cérebro e a
associação de idéias.

O pensamento irradiante é representado na estrutura dos mapas semelhante à dos neurônios.
A capacidade multisensorial é presente dos desenhos, imagens e cores e a associação é
realizada através das idéias, numa cadeia de conexões infinitas.

Mapa Mental (Mind Map)
(desenvolvida pelos ingleses, Tony e Bany Buzan)

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Sub- itens

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Depois de ser feito o mind map, a pessoa pode revê-lo e acrescentar algumas idéias para
expansão de sua percepção, como por exemplo:
-

Novas estratégias,

-

Novos locais,

-

Novas soluções,

-

Novas perspectivas,

-

Novas ferramentas,

-

Novos aliados ,

-

Novas aplicações,

-

Novas características,

-

Novos conhecimentos, etc

. Mapa de Obstáculos:
Quando a questão a ser resolvida for superar algum obstáculo, ou seja, qualquer coisa que
esteja impedindo a pessoa, ou a equipe de trabalho de alcançar o seu objetivo, é interessante a
utilização desta ferramente para se dimensionar com mais exatidão a oposição ao objetivo.
Funciona da seguinte forma: primeiro a pessoa/equipe formula com clareza o objetivo (como
quer que as coisas estejam) e com clareza também o situação atual (como as coisas estão
atualmente) e depois preenche os obstáculos. Desta forma, se consegue uma visualização com
maior nitidez , quais os obstáculos que realmente existem e como podem ser superados. Birch
e Clegg dimensionam esta ferramenta da seguinte maneira:

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Como as coisas
estão atualmente

Obstáculos

Como quero que
as coisas estejam

Provavelmente, só o fato de desenhar o mapa de obstáculos já auxilia as equipes a clarificar
melhor os problemas e achar as devidas soluções.

. Benchmarking:
O benchmarking é um sistema contínuo de pesquisa que permite aos executivos realizar
comparações entre processos e práticas de empresas para identificar as melhores e alcançar
um nível de superioridade ou de vantagem competitiva.

No final da década de 70, a Xerox Corporation redigiu um roteiro para o estudo disciplinado
da concorrência, demonstrando o poder do benchmarking em suas operações de manufatura.
A empresa queria comparar seu desempenho em manufatura nos Estados Unidos com o
desempenho de concorrentes estrangeiros. O estudo revelou que os concorrentes estavam
vendendo os seus produtos a preços equivalentes aos custos de produção da Xerox. Em
resultado, a empresa rapidamente passou a adotar alguns parâmetros externos como meta para
orientar seus planos empresariais.

Essa experiência alterou de forma radical as operações de manufatura, a tal ponto que, no
final de 1981, a empresa resolveu adotar o benchmarking como um programa geral a ser
desenvolvido por todas as suas áreas.

A palavra japonesa dantotsu, que significa buscar ser o melhor entre os melhores, capta a
essência do benchmarking Trata-se de um processo positivo e ativo para mudar as operações
da empresa de maneira estruturada e assim obter um desempenho melhor.
Seus objetivos derivam principalmente da necessidade de se estabelecerem metas e perseguir
a melhoria continua. Antes de mais nada, é um processo de orientação que nos leva a
descobrir e entender as práticas necessárias para alcançar as novas metas.

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O benchmarking legitima a direção e as metas de uma empresa com base numa orientação
externa, em vez de uma projeção feita a partir das práticas internas e tendências passadas. Em
virtude das mudanças no mercado, definir metas olhando para dentro da empresa geralmente
não atende às expectativas dos clientes.

As expectativas dos clientes são guiadas pelos padrões estabelecidos pelos melhores
fornecedores do setor e também pelas boas boas experiências de fornecedores dos outros
segmentos de negócios.

O maior benefício do benchmarking é, portanto, o de ajudar a alcançar níveis de desempenho
de liderança que atendam plenamente às crescentes expectativas dos consumidores.

Essencialmente, o benchmarking é uma experiência de aprendizado. Ajuda o profissional e a
empresa a focalizar o que deve ser feito e como, de forma consensual, em vez de perder
tempo discutindo o que fazer. Pode estimular os profissionais de todos os níveis hierárquicos
a alcançar, a partir de parâmetros externos níveis de desempenho de padrão internacional e
com elevada satisfação dos clientes.

O principal benefício do benchmarking é, portanto, o aumento de competitividade e do valor
percebido pelos clientes. O emprego eficaz desse processo no desenvolvimento e na
implementação de ações que podem ajudar uma empresa a alcançar um patamar superior nos
serviços ao cliente. Isso, por sua vez, levará ao aumento em participação de mercado e
melhorará os resultados financeiros.

É importante que se faça benchmarking também com concorrentes potenciais de outros
países. As tecnologias em uso podem ser facilmente importadas e oferecer vantagens
significativas. Além disso, empresas de outros países estarão mais dispostas a repartir seus
conhecimentos se não forem concorrentes diretos e se estiverem propícias também a trocarem
informações em benefício de ambas as empresas envolvidas.

Antes de realizar o benchmarking, no entanto , é preciso estar preparado, fazer um
planejamento dos pontos-chave que irão ser observados e perguntados, para que a visita seja a
mais proveitosa possível.
Além do benchmarking externo, os gestores podem fazer também um benchmarking interno
na própria organização, em outras áreas e em outras unidades de negócio.

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Sugestão: Separe pelo menos um dia a cada bimestre ou trimestre para passar um dia inteiro
em outras áreas/unidades de negócio, conhecendo-as mais intensamente e obtendo idéias para
aplicar nas suas atividades.

O Benchmarking no processo de inovação deve ser usado não só como uma ferramenta para
melhoria ou para uma atuação tão boa como a de outra empresa ou grupo de empresas , mas
sim para a partir daí gerar novas idéias e projetos para a organização.

-

Scannig

Enquanto o benchmarking copia o que está sendo feito atualmente, o scannig focaliza o que
pode ser feito e o que está sendo desenvolvido. Ou seja, o benchmarking examina as
tecnologias-chaves e algumas jovens, enquanto o scanning busca tecnologias jovens e
emergentes - aquelas que estão sendo introduzidas ou estão ainda em desenvolvimento.

O scanning comumente envolve uma série de táticas, sendo que muitas delas também são
utilizadas no benchmarking. Entretanto, o scanning coloca maior ênfase na identificação e
no monitoramento de fontes de novas tecnologias para um setor industrial. Pode também
recomendar que os executivos leiam periódicos de pesquisa de ponta e participem mais de
conferências e seminários. A importância do scanning depende largamente do quão
proximamente do estado-da-arte da tecnologia a empresa precisa operar (Bateman e Snell).

-

O Brainstorming

-

“ A tempestade de idéias”

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“Precisamos tornar nossos produtos obsoletos antes que os concorrentes o façam”.
Bill Gates

O braisntorming ou "tempestade de idéias " é uma ferramenta que apoia as pessoas a
liberarem a imaginação, é uma atividade que serve para explorar a potencialidade criativa do
indivíduo, trabalhando-a em prol de seus objetivos.

Há dois princípios que norteiam esta técnica, que são:

-

O atraso no julgamento;

-

Criatividade em quantidade e qualidade.

Quando se adia o julgamento é fornecida a possibilidade de serem geradas muitas ideias antes
de se decidir por uma. Neste patamar, todas as ideias são iguais. Não existem ideias boas ou
ruins. É necessário atrasar o julgamento enquanto não se terminou de se colocar todas as
ideias.

E quanto mais ideias foram geradas, maior a probabilidade de se encontrar uma boa ideia.
Uma ideia se associa à outra.

O braisntorming funciona da seguinte maneira: coloca-se um tema central ou uma descrição
clara do problema que se quer explorar, como por exemplo, como poderíamos adquirir novos
mercados? Ou Como transformar nossos clientes em extremamente satisfeitos e leais a
empresa? Ou como deveríamos modificar tal produto? As regras devem ser claras antes do
braisntorming propriamente dito, ou seja, de que não se pode julgar ou policiar, ou censurar
as idéias dos demais participantes e que a geração de muitas idéias é extremamente
importante para o sucesso do mesmo. Após a explicação pode-se fazer um pequeno
aquecimento para dar início (descrito mais adiante). Os participantes começam, então, a
expor as suas idéias "sem censura " do grupo de forma livre. É importante que as pessoas se
policiem no sentido de não fazer caretas, ou expressões faciais para as idéias dos outros que

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não gostaram. A condução do brainstorming por um coordenador do grupo, ajuda no sentido
de lembrar a todos a metodologia a ser seguida e a não censura das idéias alheias. Deve-se
ser construtivo e positivo em relação às idéias do grupo.

Nesta técnica as idéias pegam "carona " umas nas outras e uma idéia original pode ser
transformada e enriquecida pelos membros da equipe. Há um estímulo recíproco de idéias.
Cada uma dará origem a uma variedade grande de associações. Além disso, a quantidade e
velocidade de idéias aliados à ausência de julgamento facilita o desabrochar de diversos
insights. A questão, desta forma é considerada de muitas perspectivas diferentes. Quando um
único indivíduo pensa sobre o assunto o ponto de vista é mais pessoal e limitado, ao passo que
várias pessoas podem aplicar ao problema uma gama mais ampla de conhecimento, que
nenhum dos indivíduos isolados possui.

A numeração das idéias também pode ser utilizada, pois motiva os participantes e dá um
ritmo maior à reunião.

É importante que as idéias sejam escritas e todos as visualizem, pois assim fica mais fácil a
geração de mais novas idéias. Podem ser utilizados vários recursos, tais como, canetas de
diferentes cores, post it, quadros brancos etc.

Uma variante da brainstorming é escrever as idéias num papel e o coordenador abre e as
escreve num flip chart. Pode servir para "esquentar" a dinâmica no início e para desinibir os
participantes.
Outra forma de “esquentar” o Brainstorming antes de começar a técnica é escrever uma
palavra qualquer num flip chart e solicitar aos participantes que associem o que vier à mente
àquela palavra. Esse é um exercício divertido e uma forma de descontrair e “alongar” a
mente.

Depois que todas as idéias ligadas ao tema são exploradas, faz-se uma segunda rodada para
eleger com consenso da equipe, quais as que serão priorizadas e efetua-se um plano de ação
para a sua implementação.

Outro aspecto a ser considerado, é que os membros do grupo se identificarão muito mais com
as decisões e os planos , os quais eles participaram, facilitando, assim, a implementação.

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Deve-se também conscientizar as pessoas do grupo a não utilizarem celulares e a não ser
interrompidas durante a reunião, para não atrapalhar o processo criativo.

Uma variante do brainstorming é o brainstorming imaginário (King e Schlicksupp), que
utiliza a substituição dos temas principais por artifícios imaginários e, após isto, volta-se ao
problema original com as novas idéias geradas e adaptadas à questão principal. Outra forma
de variação do brainstorming imaginário é solicitar à equipe que busquem antes da reunião
por palavras raras ou pouco conhecidas e depois utiliza-las num contexto que seja aplicável ao
negócio.

A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se
atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais
rápido.

Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade.

-

Associação de idéias:

Nas associações de idéias deve-se deixar a mente livre vagando sem censura e ir anotando
tudo o que vier a mente que a pessoa for se lembrando com relação ao estímulo original, que
pode ser uma palavra, um problema, um produto, serviço ou outra coisa qualquer.

Vamos começar a exercitar agora? Associe todas as palavras que vier a sua mente sem
censura com relação aos estímulos a seguir:

Computador:
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Planta:
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Crie outro estímulo e faça a sua associação de ideias:
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Outra técnica pode ser a de pegar várias idéias de um jornal diário, recortá-las e acrescentar as
suas ideias àquele tema recortado.

-

Analogias:

Muitas inovações nascem a partir de analogias que despertam o processo criativo, que são por
exemplo, comparações , conexões que se faz entre um objeto, conceito , ou ideia e outros
objeto, conceito ou ideia e daí surge a descoberta de um padrão oculto de conexão entre as
coisas. " Analogias e comparações ajudam a inserir as coisas num contexto novo ou
contemplá-las de um ponto de vista inteiramente original "
( Goleman).

Na analogia pode-se, por exemplo, pensar em alguém que se admire por realizar um trabalho
bastante destacado, que pode ser num esporte, ou na música, ou numa empresa, enfim, que se
destaque por sua atuação e relacionar todas as qualidades dessa pessoa e a sua forma de atuar.
Terminada esta etapa, faz-se a conexão com o projeto ou a atividade, na qual querem
desenvolver novas idéias. O que existe em comum, quais as semelhanças? Quais as
diferenças? O que pode ser implantado a partir das semelhanças e diferenças?

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Convido você também a prática desta ferramenta. Imagine todas as possíveis analogias entre
os pares de estímulos a seguir e escreva sem censura:

Montanha

Mesa:

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Garrafa

Yogurte:

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Razão

Emoção:

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- Palavra aleatória:
A palavra aleatória é uma técnica citada por vários estudiosos do assunto. Trata-se do
seguinte: a pessoa escolhe uma palavra qualquer, que pode ser tirada de um artigo, jornal ou
revista e desenvolve associações com relação à palavra e que não tem nada a ver com o
problema ou idéia que se quer desenvolver. Depois de realizadas as associações , tenta-se
relacionar ou fazer alguma analogia ao problema em questão.

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-

Utilidades:

Uma ferramenta bastante interessante é começar a listar a utilidade de objetos que não são o
seu uso principal. Como por exemplo, quais as outras utilidades que se pode ter um pote de
colocar alimento? Ou um tijolo?

O interessante é listar o máximo de utilidades que a mente conseguir. As pessoas vão se
surpreender com a quantidade que elas mesmas descobriram!

Relacione você também as várias utilidades para os objetos a seguir:

Pedra:
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Pedaço de pano:
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Tijolo:
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ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FACILITAM A INOVAÇÃO
“ A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles
exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço
diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina, ser apreendida e ser
praticada”
Peter Drucker

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- Metas de Inovação

Tanto individualmente quanto empresarialmente, podem-se ter metas de inovação. Na medida
em que se tem como objetivo bem estabelecido e quantificado a inovação, a sua ocorrência é
bem mais provável de acontecer.

Ao se estabelecer metas de inovação seja esta mensal, trimestral, semestral ou anual tanto o
indivíduo como a organização vai se preparar para esta implementação.
No processo de estabelecimento de meta, deve ser lembrado que esta deve ser “smart”, ou
seja, a meta deve ser:
S – Específica (specific)
M – Mensurável
A – Alcançável
R – Relevante
T – Temporal

Específica: deve ser colocado o quê especificamente vai ser a inovação ou o objeto da
inovação, o que vai ser efetivamente inovado.

Mensurável: deve ser estabelecido como vai ser medida, mensurada a meta;

Alcançável: deve ser refletido se há possibilidade da meta ser alcançável, para que não se
torne frustrante.
Relevante: pode ser questionado o “por quê” a meta é importante.

Temporal: a meta deve ser especificada em termos de prazos reais.

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-

5 W 's e 2 H 's

Os 5 W 's e 2 H 's facilitam a estruturação de uma idéia e a sua implementação. Muito
utilizado na análise de problemas da qualidade é também uma ferramenta interessante para os
processos de inovação, pois como já mencionado anteriormente, criatividade é o fato de gerar
idéias e a inovação é a implantação destas idéias. Ou seja, de todo o processo inovador, 1% é
de inspiração e 99% de transpiração!

Na verdade, estas letras significam o início de palavras em inglês:

What - O que (deve ser implementado);

Why - Por que ( deve ser implementado; que benefícios vai trazer);

Who - Quem (vai implementar; qual o responsável, ou responsáveis?);

Where - Onde (local de atuação);

When - Quando (datas e prazos para cada etapa e prazo final);

How - Como ( como será implementado, quais as etapas ou metodologia a ser utilizada);

How much - Quanto custa (investimento necessário);

- Planos de Contingência:
Estabelecida a meta de inovação, o plano de ação para alcançar a meta com as etapas bem
delineadas e definidas, é importante a elaboração do plano de contingência, ou plano “B” para
transpor possíveis obstáculos em cada etapa do plano de ação inicialmente estabelecido.

Desta forma são pensados e analisados todos os possíveis problemas e obstáculos e quais as
formas de superá-los para a implantação da meta de inovação.
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- Uso da Tecnologia para fomentar troca de idéias:

O uso de e-mails, chats, fóruns, bibliotecas virtuais com mecanismo de busca de temas
certamente facilitam a troca de idéias e o fomento de novas aprendizagens. Facilita a busca
de informação e conhecimento e a colaboração de novas formas de pensar.

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DESENVOLVENDO A SUA COMPETÊNCIA DE CRIATIVIDADE

..." a mais profunda emoção que podemos experimentar é inspirada pelo senso de mistério.
Essa é a emoção fundamental que inspira a verdadeira arte e a verdadeira ciência. Quem
despreze esse fato e não é mais capaz de se questionar ou de se maravilhar, está mais morto
do que vivo, sua visão está comprometida..."
Einstein

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- Atitudes e Comportamentos:

Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado. Nele se encontram todos os segredos,
inclusive o da felicidade.
Charles Chaplin

Hoje o fator tempo tem um significado diferente de alguns anos atrás.
Ele é muito
mais importante, pois está escasso para a maioria das pessoas. Dessa forma, todo tipo de
serviço que gere alguma comodidade para quem quer aproveitar melhor o tempo é bastante
precioso e as pessoas pagam por esse conforto.

As pessoas, atualmente, reúnem mais informações sobre os produtos e serviços, comparam
preço e qualidade, buscam sempre melhores alternativas e avaliam ininterruptamente a
relação custo e benefício daquilo que estão recebendo.

Dessa forma, o timing de maturação das idéias não pode ser muito longo, pois se demorar
muito pode acabar tornando-as obsoletas e perdendo a relevância. Porém não há tempo certo,
nem errado, o importante é estar em sintonia com o ambiente e com as oportunidades.

Quando as idéias não são executadas, perdem o significado. Portanto, o indivíduo deve
estruturar suas ações e colocá-las em prática. Deve ter segurança do seu significado, para
lutar
por
ela,
para
defendê-la
externamente
e
estar
preparado para responder aos questionamentos. Tudo o que é novo gera incertezas e as
pessoas procurarão saber de todos os detalhes e verificarão se o indivíduo apresenta confiança
e segurança em suas apresentações.

Qualquer nova idéia implica sempre a aceitação de algum risco. Portanto, para implantar as
inovações é preciso que as pessoas sejam empreendedoras e estejam dispostas a correr riscos.
Além disso, é importante para que as idéias sejam compartilhadas, que haja alguma habilidade
na comunicação, certo poder de persuasão na exposição das mesmas. É preciso entusiasmo
na apresentação.

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É preciso encarar as críticas de forma aberta, pois podem ser bastante úteis para a melhoria
do projeto apresentado, podem agregar valor e não representarem necessariamente uma
resistência.
Para se implementar inovações, os profissionais devem sempre procurar novos desafios e sair
da rotina.

Outro aspecto relevante para a implantação de idéias é a utilização não só da inteligência
racional, com aspectos ligados à lógica, à razão, ao que é certo e errado, ao planejamento e à
organização (associados ao lado esquerdo do cérebro) mas principalmente àqueles
relacionados à inteligência emocional , que dá vazão ao equilíbrio emocional, à empatia, à
visão, ao sonho, à intuição (associados ao lado direito do cérebro) e, também, ao conceito
surgido mais recentemente, que é o da inteligência espiritual, ligada ao significado da vida,
aos propósitos e sentido de missão.

- Pensamento convergente e pensamento divergente
“Os inovadores bem sucedidos usam tanto o lado direito como o lado esquerdo de seu
cérebro.”
Peter Drucker

O pensamento divergente já vem sendo apontado desde a década de 50 por Guilford, que
vinha realizando pesquisas sobre a inteligência e identificou este componente da estrutura do
intelecto, que se distingue, sobretudo, pela originalidade das idéias. O pensamento divergente
proporciona a imaginação e a criação. O pensamento convergente refere-se à lógica, à análise
crítica, ao desenvolvimento racional das idéias.

Estes aspectos são vistos por muitos cientistas como relacionados ao hemisfério esquerdo do
cérebro (pensamento convergente) que parece governar a linguagem, a escrita e a matemática,
as deduções lógicas e outros tipos de análises. Já o hemisfério direito do cérebro parece
governar os conceitos visuais, espaciais, artísticos e intuitivos e ser a fonte da imaginação e da
brincadeira espontânea.
“O pensamento convergente é adequado para situações controladas, que possuem variáveis
definidas e mensuráveis com um certo grau de previsibilidade. Já a estratégia divergente
trabalha com o cenário oposto. Não existem métodos conhecidos e seguros para enfrentar a
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situação e nem variáveis facilmente identificáveis ou mensuráveis que possam interferir na
solução do problema” (Souza).

Para criar mudanças os dois tipos de pensamento devem se alternar sempre. A criatividade se
apóia na imaginação, na reestruturação do campo perceptivo e a inovação necessita de uma
análise crítica e detalhada para que a idéia se transforme em ação.

- Aprendizagem sempre
“... riscos elevados são inerentes na inovação baseada em conhecimento. É o preço que
temos que pagar por seu impacto, e acima de tudo pela sua capacidade de provocar
mudança, não somente em produtos e serviços, mas na maneira como vemos o mundo, nosso
lugar nele e, eventualmente, a nós mesmos.”
Peter Drucker

O profissional tem que estar permanentemente preocupado em aumentar o seu conhecimento.
Deve fazer a auto crítica e estar sempre se questionando:

- Quantos livros eu tenho lido nos últimos meses?

- Quantos artigos?

- Quantos cursos eu tenho feito?

- Quantas palestras eu tenho assistido?

Quanto mais conhecimento o profissional adquire, além de se tornar mais capacitado
tecnicamente, está alimentando o seu cérebro com mais informação para fazer analogias,
associações com ideias novas e criativas, precursoras da inovação.

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Ninguém pode ter uma ideia original na física , se não tiver algum conhecimento a respeito.
Da mesma maneira será difícil escrever uma nova composição musical, se não tiver a
proficiência neste campo específico.

A interação com elementos de nossa cultura - livros, filmes, artigos, peças teatrais, cinema,
musicais e outras obras de arte - , faz com que também surjam novas ideias.

-

Pensando “fora da caixa, em outras caixas, em novas caixas”

Sempre se ouve falar em criatividade como “pensando fora da caixa”, mas o que na verdade
significa isso?

Colocando o exemplo para um profissional dentro de uma organização é fazer com que ele
saia do seu “habitat” , saia de sua rotina, saia das delimitações de sua área e, por exemplo,
mergulhe no que acontece em outras áreas da empresa, ou seja, vivencie o dia-a-dia de “outras
caixas” . Isso traz inúmeros benefício, como compreender exatamente como funcionam os
processos da empresa, a pessoa adquire maior conhecimento do negócio como um todo, há
maior integração entre os diversos departamentos e, por conseguinte menor burocracia e
maior agilidade na solução dos problemas e novas idéias surgem em conjunto.
O “pensar em novas caixas” significa ir além da sua organização, ou seja, buscar o que e
como outras empresas estão trabalhando e trazer para a sua realidade. Significa buscar em

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nível nacional e internacional outras tendências, outros processos e outras aprendizagens. É
buscar pensar de forma diferente do habitual.

A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se
atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais
rápido.

Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade.

-

Leituras diversas:

Ler vários livros sobre criatividade e sobre assuntos diversos sobre os quais a pessoa não está
acostumada no seu cotidiano. Por exemplo, mesmo que a pessoa não goste de aventuras,
pode ler alguma reportagem sobre esportes radicais, ou sobre um assunto completamente
diferente de sua profissão. Ler artigos científicos, tecnológicos, de economia, de outras
culturas, enfim de temas diversos que dêem estímulos cognitivos vários para que a mente seja
enriquecida.

-

Mudança de Hábitos:

“Os seres humanos, mudando as atitudes internas da mente, são capazes de também
mudar os aspectos externos da vida”
William James

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Uma outra técnica que facilita o desabrochar da criatividade é a mudança da rotina e de
hábitos que já estão confortavelmente enraizados. Esta atitude desperta um novo padrão de
pensamento. É importante fazer algumas destas mudanças, como por exemplo: mudança de
material de leitura. Ler assuntos com os quais não se está acostumado. Mudar também
atividades de lazer. Fazer alguma atividade nova, inusitada. Sair da rotina pode ser feita
com coisas bastante simples, como por exemplo:

- Resolver mudar a trajetória de ida e/ou volta do trabalho;

- Comer em novos restaurantes e novas comidas;

- No meio do expediente fazer uma reunião relâmpago com a equipe distribuindo bombons
para todos os que sugerirem novas idéias;

- Programar uma viagem ou atividade diferente para o fim de semana;

- Fazer piquenique com a família;

- Tomar banho de cachoeira;

- Ir a uma praia diferente;

- Rever antigos amigos;

- Fazer novos amigos;

- Se é destro, escrever com a mão esquerda e vice-versa;

- Ler novas revistas;

- Ler novos jornais;

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- Ver filmes de estilos diferentes ao habitual;

- Dormir do outro lado da cama;

- Dormir em horários diferentes;

- Escutar novas músicas e novos estilos musicais;

- Ir a outros supermercados;

- Ir a outros cinemas; teatros;

Os hábitos logo são incorporados ao cotidiano e são feitos sem se pensar. Para ser criativo é
preciso abrir-se à ambigüidade e às novas possibilidades. Às vezes, precisamos romper os
hábitos e o estímulo para fazer isso pode estar fora de nossa experiência ou zona de conforto.
As pessoas criativas adaptam com facilidade uma idéia de um contexto em outros.

Quando se está no mesmo ambiente repetidas vezes, o mais provável é que as idéias surgidas
também sejam as mesmas. Se a pessoa freqüentar sempre os mesmos lugares e com as
mesmas pessoas, estará pensando e conversando sempre as mesmas coisas, mas se mudar de
ambiente, será mais fácil imaginar novos conceitos. Assim como o corpo precisa de
exercícios físicos para se manter em forma, o cérebro precisa de estímulos para ser mais
criativo!

O desenvolvimento de interesses numa variedade de coisas fora do esquema normal de
trabalho, traz diversas idéias que possam ser implementadas.

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-

Registro das ideias:

Uma ideia gera outras, mas é importante que elas não se percam nos artifícios da memória e,
portanto, devem ser registradas no momento de sua criação. Se estas não forem anotadas, elas
podem se perder.

É importante andar sempre com um "caderninho de anotações ", que são perfeitos para o
registro de pensamentos, reflexões, imaginações, ideias. A lembrança posterior delas abrirá
caminho para o desenvolvimento de outras.

É importante, num primeiro momento anotá-las, mas procurar não avaliá-las. Posteriormente,
sim, faz-se um detalhamento do funcionamento daquela ideia.

Pode ser utilizado também um gravador para registrar ideias quando não é possível escrevêlas, por exemplo, quando se está dirigindo.

-

Observação:

Outro aspecto para o desenvolvimento da criatividade é praticar a observação das coisas.
Procurar em alguns momentos do dia ficar atento a algum objeto, observando nos seus
mínimos detalhes e começar a descobrir aspectos que estavam despercebidos anteriormente.
Este exercício começa a ampliar o campo perceptivo e treina a mente a observar detalhes que
favorecem a criatividade.
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Quando estamos habituados a determinada coisa, funcionamos como se estivéssemos num
"piloto automático " e não prestamos a devida atenção a elas e acabamos ficando "cegos "
para os detalhes da situação. Não o percebemos. Aquilo com o que nos deparamos todos os
dias se torna comum e perdem seu caráter distintivo. Um modo de evitar isso é elaborar um
novo esquema, ou seja, uma nova maneira de contemplar o corriqueiro.

Na observação deve-se procurar prestar atenção no maior uso possível da informação
disponível. Pode-se praticar a observação também, buscar ir além dos objetos, na postura das
pessoas, na comunicação não-verbal, nos gestos, no tom de voz e na linguagem corporal do
interlocutor.

Observe agora um objeto, uma pessoa ou uma paisagem, ou aquilo que está mais próximo de
você neste momento. O que você detectou nos detalhes? O que percebeu agora, que não
havia observado antes?

-

A curiosidade

A palavra inglesa question (pergunta) deriva do latim quaerere (procurar), sendo da mesma
raiz de quest (procura). Uma vida criativa é uma procura constante e boas perguntas são
ótimas para gerar descobertas.

Um obstáculo ao questionamento é a preocupação de que o excesso de perguntas, além de
revelar ignorância, possa aborrecer os outros e tornar a pessoa inconveniente, mas se não se
faz perguntas, não se aprende, não se avança, não se evolui.

Outro inimigo das perguntas é o valor que se adquire desde a tenra infância, nas escolas, de
que temos que ser conhecedores e não descobridores. Com a idade, aprendemos que é bom
ser culto e acaba-se negligenciando a curiosidade da primeira infância.

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Uma pessoa curiosa está sendo querendo investigar o modo como são feitas as coisas ,
por que elas são feitas desta ou daquela maneira, por que existem, por que não podem ser
feitas de maneira diferentes. Elas querem saber e investigar sempre mais.

-

O Bom Humor

"Nenhuma obra criativa veio a luz sem o jogo lúdico da fantasia. A dívida que temos para
com o jogo da imaginação é incalculável."
Carl Jung

É difícil imaginar alguém expandindo a sua criatividade de mal humor. Criatividade está
associada ao entusiasmo, ao bom humor, ao alto astral. Pessoas mal humoradas costumam ser
carrancudas, formais e quando ficam formais têm o pensamento linear. A criatividade, no
entanto, movimenta-se através de insights, através de caminhos imprevisíveis, através da
liberdade do pensar.

A tristeza embota o pensamento e é difícil o indivíduo neste estado ter a abertura para novas
idéias. Quando se está mal-humorado, nada melhor do que dar uma caminhada, ligar para um
amigo, ou ler um bom livro para mudar o nível de energia.

Quando as pessoas visualizam uma idéia com bom humor, estarão mais aptas a explorá-la,
pois não têm o bloqueio do “certo” ou “racional” e como estão encarando-a de forma lúdica,
tudo é possível!

Um ambiente agradável pode ser incorporado às tarefas do dia-a-dia, basta interpor atividades
com comemorações, reconhecimento e humor. O contexto mais descontraído funciona não
só como motivador , mas fornece um alívio ao estresse e às pressões do ambiente de trabalho.

Como bem diz Goleman, a alegria ajuda a pessoa a desarmar o censor interno, que se apressa
a condenar suas idéias como ridículas e quando se faz piada, torna-se mais livre para
considerar qualquer possibilidade, afinal, está apenas brincando.

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Quando as pessoas sorriem , elas utilizam 17 músculos e quando franzem o rosto usam 43
músculos. Portanto, até por economia, deveriam sorrir mais, pois fazem bem menos esforço!

- A Automotivação

"Escolha o trabalho que gostas e não terás que trabalhar um único dia em tua vida ".
Confucio

A palavra motivo vem do latim motivus, que significa aquilo que se movimenta, que faz
andar. Motivo é tudo que impulsiona o indivíduo a agir de determinada forma, ou seja, dá
origem a um comportamento específico.

A automotivação é encontrar um motivo para a própria ação. Mas o que fazer para ser uma
pessoa automotivada? Se associarmos esta atitude à prática criaremos o hábito. O hábito da
automotivação.

Alguns estudiosos afirmam que a motivação é um fator interno, já que o desejo de realizar
algo é proveniente de motivos ou necessidades do ser humano. Segundo estes estudos, as
necessidades do indivíduo são escalonadas das mais simples até as mais complexas, ou seja,
desde aquelas de sobrevivência até as de auto-realização.

Quando passamos estes conceitos para o mundo corporativo, temos que selecionar e manter as
pessoas entusiasmadas com o trabalho a ser realizado. As ações têm que ser alinhadas não só
com os objetivos corporativos , mas com o seu significado pessoal de vida, com os seus
objetivos pessoais. Isso vai gerar um colaborador , satisfeito, feliz e empolgado por implantar
novas idéias para a organização.

Um funcionário satisfeito não é necessariamente mais produtivo do que um funcionário
insatisfeito, mas a insatisfação cria uma força de trabalho capaz de gerar uma rotatividade

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mais alta na empresa, maior absenteísmo, mais queixas e processos trabalhistas, greves,
sabotagens e uma pior saúde física e mental.

As pessoas devem se sentir importantes para a organização e entender como as suas
atividades exercem um papel fundamental nos objetivos da corporação. É importante que a
empresa faça o seu papel e transmita ao indivíduo que ele faz parte de algo maior e que sua
contribuição é única e fundamental. Quando a pessoa consegue visualizar qual o propósito
daquilo que está fazendo, sua atitude torna-se muito mais cooperativa, seu desempenho
melhora e ele torna-se mais produtivo. O seu trabalho tem um significado mais amplo.

Para que uma pessoa dê o melhor de si é preciso estar motivado. Um colaborador
entusiasmado pode dar uma contribuição muito mais expressiva. Além disso, ele contagia as
demais pessoas da organização. Uma empresa ímpar é aquela que consegue gerar paixão nos
seus colaboradores e atrelar isto aos resultados desejados.

A automotivação funciona de modo surpreendente quando a pessoa gosta da questão em que
está trabalhando. Dessa forma, empenha o esforço e tempo necessários até achar uma
solução.

No entanto, a questão se complica quando estímulos externos dificultam esta automotivação.
Quando a organização não dá incentivo, dificultando o processo. O problema é que nos atuais
ambientes corporativos competitivos, as pessoas sentem-se cada vez mais pressionadas e
estressadas com as inúmeras cobranças e os prazos cada vez mais curtos e isso acaba
afetando o clima organizacional. Adicionando-se a estes fatores ainda encontramos em certas
organizações a falta de reconhecimento, falta de transparência, poucos treinamentos e vários
conflitos gerados por vaidades e políticas internas competitivas. Infelizmente, também, ainda
vemos alguns gestores que deveriam ser líderes, mas que na prática são apenas pessoas
autoritárias, radicais, que só sabem impor a sua vontade e decisão. Dessa forma, não há
motivação e muito menos criatividade que resistam.

Hoje, já há dados comprovatórios de que as melhores empresas para se trabalhar, também
possuem os maiores índices de lucratividade (divulgados nos estudos da pesquisa "Melhores
Empresas para se Trabalhar " da Revista Você S/A) e , desta forma, não sombra de dúvidas de
que os resultados financeiros estão atrelados aos ao bom clima organizacional.

As pessoas satisfeitas estão muito mais propícias a pensar e oferecer soluções inovadoras e
para isso a empresa deve oferecer um ambiente favorável, onde se estimule a iniciativa e a
participação.

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Além disso, temos que ter lideranças que se preocupem além dos resultados numéricos e
objetivos. Que se preocupem com seus seres humanos. Temos que ter a humanização do
sucesso. Este compartilhado, fortalecendo e multiplicando os elogios e valorizando os
talentos na gestão organizacional. Buscar sempre a construção e manutenção de ambientes
harmoniosos e isto é em grande parte determinado pelos líderes da empresa, por suas atitudes
positivas. Como bem nos ensina Goleman, "a função do líder é nos esticar, levar-nos além do
limite, levar-nos mais longe do que achamos que podemos ir ".

-

Qualidade de Vida:

"O dia mais desperdiçado de todos é aquele no qual não demos uma risada."
Nicolas Chamfort

Hoje em dia ser workaholic (viver o tempo todo trabalhando e só pensar em trabalho) além de
estar fora de moda, já é comprovado que apesar de aumentar a produtividade a curto prazo, a
longo prazo diminuem não só a quantidade do trabalho esperado, bem como a qualidade , as
idéias e o pior gera doença, O organismo chega uma hora que não aguenta e começa a
sinalizar. A pessoa , no entanto, não dá bola e aí, é pega de surpresa, com alguma doença
decorrente do estresse e do esgotamento físico e psíquico.

Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido
em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o
estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra
infecções e outras doenças. Um aspecto importante desse processo é o fato de que a
enfermidade é frequentemente percebida, consciente ou inconscientemente, como uma saída
para a situação estressante, representando as várias espécies de enfermidades diferentes
diferentes vias de fuga. A cura da doença não fará necessariamente com que a pessoa fique
saudável, mas a enfermidade pode representar uma oportunidade para a introspecção que
resolva a raiz do problema.

Porém, como lidar com os inúmeros aspectos do meio organizacional contribuem para o
surgimento e agravamento do estresse, tais como, a competitividade, a preocupação com a
estabilidade, a pressão, a sobrecarga de trabalho, os conflitos de relacionamento, as
infindáveis reuniões sem planejamento e programadas de última hora, o mal-humor dos
líderes, as cobranças para ontem, a urgência de atualização de informações ?
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É necessário tanto um movimento da empresa para melhorar permanentemente esta qualidade
de vida de seus colaboradores, como uma conscientização do próprio indivíduo para
melhorar a sua própria qualidade de vida. Por exemplo, fazendo alguns intervalos no seu
trabalho, levantando e procurando se movimentar, cuidando mais da sua alimentação e do seu
sono, do seu lazer e dando prioridade também ao seus momentos sociais com os amigos e
família.

As pessoas são um conjunto complexo de muitas variáveis, sejam estas racionais, emocionais,
físicas , familiares, sociais, valorativas, espirituais etc, que impulsionam suas atitudes,
comportamento e que dão significado aos projetos pessoais.

O bem-estar dos profissionais é fundamental para que utilizem todo o seu potencial e energia
de uma maneira produtiva e se sintam inspirado na geração de novas ideias e na implantação
de inovações no ambiente corporativo.

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DESENVOLVENDO A COMPETÊNCIA DA INOVAÇÃO
“...algo superior e poderoso torna os homens diferentes e os faz resistir além de suas
forças e alcançar limites acima do possível: a vontade”.
Amyr Klink

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- A coragem para efetuar mudanças e correr riscos

Pessoas que possuem maior autoconfiança, que gostam de mudanças, que acreditam em suas
competências e que não têm medo de se expor e correr riscos são mais propensas a
aproveitarem as oportunidades para desenvolver e disseminar suas idéias e possuem, de modo
geral, mais coragem para assumir riscos ao lidar com o desconhecido.

Muito provavelmente haverá críticas e por isso o profissional deve ter a habilidade para lidar
com elas.

Iniciar o novo não é tarefa fácil, exige boa dose de exposição dentro da organização. O
profissional deve desenvolver a ousadia e acreditar que é possível. Confiar na inovação
proposta e acima de tudo em si mesmo.

- A Comunicação

Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem a mensagem. Comunicação é a troca de
entendimento e para isso devem ser consideradas além das palavras, as emoções e a situação
em que fazemos a tentativa de tornar comuns os conhecimentos, ideias, instruções projetos ou
qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal. A comunicação é o centro
gravitacional de todas as atividades humanas. Literalmente nada acontece sem que haja
prévia comunicação.

É importante o conhecimento prévio das características da audiência que vai ser explanada a
inovação, para que a linguagem desperte o nível de interesse na mensagem que vai ser
transmitida.

Um aspecto que deve ser considerado é o planejamento sobre o que vai ser dito, a importância
do tema, quem estará ouvindo, como vai ser dito (para que a audiência não durma, deve-se
colocar entusiasmo na apresentação) e quais os benefícios que a inovação trará para a
organização, qual o impacto nos custos, lucros e maior fidelidade ou encantamento dos
clientes e em quanto tempo trará os resultados almejados.

Deve ser ressaltado que, antes de qualquer apresentação, é fundamental buscar algumas
parcerias dentro e até fora da empresa. Deve-se ter a habilidade de ouvir diversas opiniões e
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incorporá-las ao projeto. As pessoas ao redor, além de envolvidas, se comprometerão com o
sucesso da implantação do mesmo. E a habilidade de ouvir significa dar atenção e valorizar o
que o outro está dizendo, procurar entender o que o interlocutor está dizendo e não se
precipitar com discordâncias ou concordâncias ilusórias, mas sim em realmente compreender
a mensagem que está sendo transmitida. A maneira mais fácil de aprender a ouvir é colocarse no lugar do outro e dar a atenção que gostaria que lhe fosse dada. A simples atitude de
saber ouvir já facilita (e muito) a comunicação e, posteriormente, o relacionamento.

Outro aspecto importante na comunicação é a assertividade para expor os conhecimentos e a
demonstração de segurança. Na apresentação deve-se procurar usar as habilidades
persuasivas e pensar sobre as possíveis objeções que possam surgir e como contorná-las,
antes da apresentação do projeto. Dessa forma o profissional se mostrará muito mais seguro
e convicto na sua argumentação, pois se preparou antecipadamente.

- A Determinação
“ O gênio é um por cento inspiração e noventa e nove por cento transpiração”.
Thomas Edison

Goleman afirma em seu livro - O Espírito Criativo: "se as pessoas quiserem perseverar, a
despeito dos obstáculos, terão de parar de esmiuçar as razões pelas quais alguma coisa não
funciona e começar a descobrir as maneiras de fazê-la funcionar".

A determinação é a capacidade de tentar , tentar e tentar inúmeras vezes. Tantas vezes quanto
for preciso para se atingir uma solução, ou implementar algo. Chegar a um objetivo. E é
assim, que a ciência avança! Se não fossem as infinitas tentativas de vários cientistas, eles
não obteriam os resultados almejados e a ciência não evoluiria e novas descobertas não teriam
sido possíveis. Thomas Edison que o diga! Conhecido pelas suas inúmeras tentativas até a
obtenção do efeito final da lâmpada elétrica, uma de suas descobertas. (houve mais de 6.000
tentativas, antes que ele pudesse apreciar por 45 horas seguidas o brilho da lâmpada).

As crenças comuns de que somente pessoas especiais são criativas e inovadoras e que são
assim porque nasceram com estas capacidades diminui a autoconfiança das pessoas nas suas

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próprias possibilidades.
A excelência em qualquer atividade é determinada pela
determinação, treinamento e aprendizagem, motivação e acima de tudo, muita prática.

- O Relacionamento Interpessoal e a construção de parcerias

Criatividade pode até ser gerada através de um insight individual, mas a inovação
necessariamente implica no trabalho conjunto multifuncional dentro da organização e fora
dela. Afinal tem que haver pessoas interessadas em implementá-la na empresa e pessoas de
fora dela para adquiri-la, seja através de um novo produto, ou serviço e para que isso possa
gerar crescimento e sustentabilidade para a Companhia.

Ninguém faz nada sozinho. Necessariamente o profissional vai precisar de apoio e isso
implica na habilidade de estabelecer um bom relacionamento interno e externo, pautado numa
comunicação transparente e de confiança. A proximidade com outras pessoas elimina a
burocracia e os obstáculos. Quanto mais outros profissionais aderirem à idéia, maior a
probabilidade de que ela seja defendida e implementada com agilidade, eficácia e sucesso.

O terreno fértil tanto para a criatividade como para a inovação é o trabalho em equipe e se
envolver pessoas de diferentes formações e disciplinas melhor ainda, pois cada um pode
“enxergar” o problema de diferentes ângulos e contribuir para a geração de soluções inéditas.

Um aspecto que gera a aproximação e o estreitamento do relacionamento interpessoal é a
integração também fora do ambiente de trabalho, pois permite maior informalidade e
conhecimento mútuo das pessoas e se reflete posteriormente numa maior “camaradagem”
dentro da organização

As reuniões de integração fora do local do trabalho permitem que as pessoas conheçam outros
aspectos dos colegas com quem convivem diariamente na organização, tais como o lado mais
descontraído, divertido, opiniões sobre assuntos diversos, esportes preferidos, enfim uma
infinidade de características, anteriormente desconhecidas, da personalidade passam a ser
mais transparentes. A percepção do "outro "passa a ser mais global, visto que as pessoas são
conhecidas fora do contexto organizacional em que cada uma tem atitudes e comportamentos
estreitamente relacionados à sua função e à sua posição hierárquica.

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Pessoas de setores diferentes passam a ter maior oportunidade de se conhecer e de eliminar
estereótipos e percepções desfavoráveis que porventura possam existir, e isso, pelo simples
fato de possuir um contato mais estreito, um maior relacionamento interpessoal.

As relações posteriores dentro da organização tendem a ser muito mais fáceis e trazem como
conseqüência o fortalecimento da cooperação, a agilidade na solução de problemas, a
diminuição de procedimentos tradicionais e burocráticos e, claro, o apoio na implantação das
inovações.

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A SERENDIPIDADE E A INOVAÇÃO
“As sementes da descoberta flutuam constantemente à nossa volta, mas apenas lançam
raízes nas mentes bem preparadas para recebê-las.”
Henry ( físico americano -1842)

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Serendipidade em uma tradução mais próxima para o português da palavra inglesa serendipity
significa: capacidade de se fazer descobertas importantes ao acaso. “ Foi cunhada em 1754
pelo escritor e político Inglês Horace Walpole, depois de ter lido um conto de origem persa,
relatando as façanhas dos “Três Príncipes de Serendip”. Serendip ou Serendib era o termo
árabe da ilha que mais tarde se chamou Ceilão e hoje se conhece como Sri Lanka. A história
dos três príncipes que eram privilegiados não apenas pela ascendência nobre mas também, e
principalmente, pelo “dom” para os descobrimentos fortuitos. Conta a história que esses três
personagens encontravam, sem procurar, a resposta para problemas que não haviam sido
propostos. E que, graças à capacidade de observação e sagacidade descobriam,
“acidentalmente”, a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais
e importantes. O conto parece assinalar que os personagens tinham não apenas um dom
especial, mas sim inteligência e preparo, além de uma mente aberta para as múltiplas
possibilidades (wikipédia – internet).
A inovação, às vezes, surge num processo de serendipidade, quando um pesquisador está
investigando ou pesquisando uma coisa e descobre por acaso outra, que acaba sendo um
grande sucesso. É o caso, por exemplo do viagra. Quando o Dr. Simon Campbell, da Royal
Society of Chemistry e descobridor da substância Sildenafil – tinha intenção inicial de
desenvolver um fármaco para combater doenças cardiovasculares. O trabalho de pesquisa
levou cerca de 13 anos, incluindo os diversos testes que devem ser feitos para se colocar um
novo medicamento no mercado. Os testes começaram na década de 90 e foram um fracasso e
indicavam que os pacientes começaram a apresentar um inusitado efeito colateral – ereções
duradouras. Em pouco tempo, a Pfizer começou a testar o remédio justamente para combater
a impotência e em 1998 o Viagra se tornou a primeira droga a tratar do problema.
A serendipidade funciona no fato de descobrir coisas que não eram objeto da busca
inicialmente. Assim, também, ocorreu com a descoberta da penicilina pelo escocês Alexander
Fleming em 1928, quando adentrou sua placa de experiência um mofo sobre as culturas de
estafilococos que estava realizando o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma
substância bactericida O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, de
onde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida (relato do professor Joffre
de
Rezende
–
Faculdade
de
http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende).

Medicina

da

Universidade

federal

de

Goiás

–

Outro exemplo foi a descoberta do Pyrex (vidro resistente ao fogo direto). Os técnicos da
empresa Corning Glass (EUA) procuravam, na verdade fabricar lobos de vidros resistentes
destinados à iluminação pública. Demoraram para conseguir chegar aos tais globos, mas no
entanto, descobriram o Pyrex (wikipédia – internet).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

"Alguns homens vêm as coisas como são e perguntam: Por que? Eu sonho com coisas que
nunca existiram e pergunto: E por que não?"
Bernard Shaw

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O mundo está cada dia mais ágil, integrado nas informações e tem-se reconfigurado
constantemente diante da diversidade crescente advinda do progresso. A mudança
permanente é irreversível.

Mas quem faz as mudanças?

São as pessoas! Através do conhecimento, tecnologia, comunicação, determinação,
criatividade e inovação.

As boas idéias, práticas, métodos e conceitos inovadores existem, em grande quantidade, à
disposição das Organizações. Porém, muitas implantam-nas com sucesso, enquanto outras
não conseguem atingir tal eficácia. Provavelmente, a resposta esteja no fato de que muitos
gestores esperam que a inovação funcione por si só e não administram o processo de execução
com a devida atenção, persistência e, principalmente, com entusiasmo.

Quando a pessoa experimenta o seu poder criativo, prova a si mesmo que pode realizar algo,
que o seu papel no mundo tem importância. Acrescentar-se valor ao trabalho e cria-se um
significado. Quando o indivíduo participa de uma atividade criativa e criadora, identifica um
propósito a mais no trabalho.

A criatividade ocorre em qualquer cargo ocupado na organização, por qualquer pessoa. Basta
que se queira implementá-la. Aqueles que fazem contribuições confiam em sua capacidade
criativa. A criatividade é uma competência essencial para todos na organização e um dos
caminhos para se destacar na competição globalizada. A criatividade corporativa induz a
percepção de novos caminhos, faz conexões entre aspectos não relacionados e gera novas
soluções.

Quanto mais se exerce a criatividade, mais se é capaz de fazer outras associações que as
pessoas ainda não fizeram. Fator este gerador de inovação. Começa uma fonte infinita de
possibilidades.

Com o desenvolvimento da criatividade o profissional torna-se mais apto a gerar novas idéias
e com o da inovação a capacidade para implementá-las na Organização.

A inovação é necessária para que as empresas possam suprir cada vez mais as necessidades
específicas de seus clientes, produzir novos serviços e produtos que agreguem valor, possam
captar mais consumidores, dêem acesso a novos mercados, aumentem os lucros e fortaleçam
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marcas. É preciso utilizar as diversas ferramentas disponíveis para se facilitar a implantação
da inovação.

As empresas que mais interagem com o futuro já perceberam que a chave do seu sucesso é a
capacidade criativa de cada colaborador, cliente, fornecedor e parceiros para o
desenvolvimento de novas oportunidades de negócios. A efetividade está justamente na
competência dessas empresas de gerenciar de forma inteligente a energia criativa de todos os
envolvidos com a organização, sejam os stakeholders, clientes, colaboradores, fornecedores e
comunidade. O capital criativo não é uma coleção de idéias individuais, mas o produto da
interação.

Nos dias atuais a grande vantagem competitiva é o conhecimento e a atividade de cria-lo e
produzi-lo tem como solo fértil a criatividade e a inovação contínua. E os gestores devem ser
estimulados e desenvolvidos no gerenciamento dessas atividades.

Se voltarmos o nosso pensamento para o século XVIII, vamos relembrar que Adam Smith
definiu a riqueza em termos de produtividade . Hoje em dia, podemos definir riqueza em
termos de criatividade e aprendizado (ideias e conhecimento).

Por outro lado, a inovação nos dias atuais é necessária para não se sobressair no mercado de
trabalho. Porém requer muita determinação, pois há riscos e resultados incertos. Por
exemplo, desenvolver um novo produto pode levar algum tempo e envolver quantidade
considerável de recursos financeiros, técnicos e humanos. No desenvolvimento há o ensaio e
erro e neste meio tempo, a concorrência se for mais rápida, implanta algo melhor.

Inovar não é sempre fácil. Exige coragem para se expor e para romper paradigmas, pois
sempre que é lançada uma nova ideia, há a possibilidade de críticas. Exige determinação.
Envolve riscos e desafios, pois é aceitação do novo, do inusitado, do desconhecido, das
mudanças. Significa um amanhã diferente.

Mas esse é o desafio!

O nosso desafio!

O seu desafio!

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-

Thorpe, Scott - Pense como Einstein - uma maneira simples de transgredir as regras e
descobrir o seu gênio oculto, SP: Editora Cultrix, 2000.

60
Fátima Holanda – DH3 Consultoria
E-mail: fátima.holanda@terra.com.br
Tel.: (21) 9429-6865

SOBRE A AUTORA:

Fátima Holanda é Mestre em Psicologia Social e da Personalidade, pela Fundação Getúlio
Vargas e Psicóloga formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui MBA em
Gerência em Saúde – Fundação Getúlio Vargas.
Autora do livro: Liderança para Competitividade – gestão estratégica da Produtividade, do
Relacionamento e da Qualidade. RJ: Qualitymark, 1996 (esgotado) e de vários artigos sobre
gestão em sites diversos.

Ao longo de sua experiência como executiva, consultora e palestrante tem implementado
novas formas de atuação, sempre numa abordagem holística em processos relacionados à
gestão empresarial.

Além de ter proferido várias palestras em Congressos e em empresas, já atuou como
professora universitária e em cursos de pós-graduação. Sempre se posiciona de maneira a
estimular a busca do conhecimento, da reflexão, do desenvolvimento de competências e,
principalmente, da experimentação de novas idéias que impulsionem o crescimento das
pessoas e das organizações.

Atualmente, como consultora realiza atividades de assessment individual e organizacional,
executive coaching, além de campanhas de reconhecimento e workshops em empresas.

E-mail para contato: fátima.holanda@terra.com.br

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Criatividade e inovação um guia prático - Fátima Alves Holanda

  • 1. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Um Guia Prático para o Desenvolvimento dessas Competências Fátima Alves Holanda 1
  • 2. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 SUMÁRIO: Criatividade e inovação. São a mesma coisa?................................................................ 4 Algumas histórias de pessoas Criativas e Inovadoras......................................................8 Por que algumas inovações não dão certo? ....................................................................14 Algumas ferramentas que fomentam ideias facilitando a criatividade ........................17 Algumas ferramentas que facilitam a inovação .......................................................... 29 Desenvolvendo a sua Competência de Criatividade........................................................33 Desenvolvendo a sua Competência de Inovação..............................................................48 A Serendipidade e a Inovação...........................................................................................53 Considerações finais .......................................................................................................55 Recomendações Bibliográficas ......................................................................................58 Sobre a Autora:.................................................................................................................61 2
  • 3. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 APRESENTAÇÃO A proposta deste material é levar o leitor à reflexão sobre a importância de se ter o foco na inovação e de se desenvolver a criatividade como uma competência estratégica de pessoas no contexto atual, onde impera um ambiente regido pela globalização, transformação tecnológica, pela extrema ênfase na relação custo – benefício, satisfação do cliente e pela rápida emergência de novos produtos e serviços e que as organizações precisam de profissionais que rapidamente implementem mudanças e inovações e que tragam resultados significativos para a empresa. No passado, o que imperava era o valor da padronização dos processos de trabalho, mas agora o cerne são as pessoas, como assimiladoras e criadoras do conhecimento que as organizações precisam para serem competitivas. Estamos no terceiro milênio! Os concorrentes estão em qualquer lugar não mais reduzidos a aspectos geográficos, não há fronteiras e, dessa forma, inicia-se um processo de revitalização dos seres humanos e de sua capacidade criativa e de sua aprendizagem, diferenciando-os através dos seus talentos. Assim sendo, a inovação e a sua precursora a criatividade são ingredientes imprescindíveis para o diferencial competitivo das organizações e o crescimento sustentável no mundo dos negócios. Faz-se mister, portanto, que a empresa estimule a criatividade dos seus colaboradores e proporcione condições para que esta se transforme numa inovação implementada dentro da organização. Por outro lado, os profissionais, de qualquer área que seja, devem desenvolver ao máximo essas competências para que possam contribuir de modo significativo no ambiente organizacional. Além da reflexão, aqui são apresentadas várias técnicas para o desenvolvimento da criatividade e implantação da inovação em nível pessoal/profissional que terão impacto significativo no meio organizacional. Este e-book consolida alguns conteúdos de minhas palestras, treinamentos, workshops sobre o tema, bem como alguns artigos já publicados por mim em sites diversos sobre este assunto. Boa leitura! 3
  • 4. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO. SÃO A MESMA COISA? "As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e quando não as encontram, as criam" Bernard Shaw 4
  • 5. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Todas as pessoas são potencialmente criativas. No entanto, ao longo dos anos de socialização, a criatividade vai tornando-se mais “latente” em alguns indivíduos devido a todo o processo rotineiro que permeia a vida das pessoas. Quando crianças, por exemplo, desenhamos o que achamos que devemos desenhar, pois ainda não possuímos padrões totalmente estabelecidos e quando adultos nos apegamos às regras, aos padrões que nos impedem de criar e inovar. Há alguns anos, o próprio sistema educacional não estimulava o “pensar” das crianças. maioria dos conceitos era transmitida e aprendida utilizando-se a memória, através repetição contínua. O objetivo final de uma aula era a informação decorada. O método ensino não estimulava a curiosidade e a pequisa. Dava-se muita informação, mas não ensinava como usar as informações aprendidas. A da de se E isso também funcionava nas organizações, ou seja, os indivíduos eram considerados como meras peças de uma grande engrenagem, recebendo apenas comandos de pessoas “pensantes” do topo da hierarquia da empresa. Hoje, obviamente, a visão administrativa mudou e as empresas precisam estimular o afloramento e desenvolvimento dessa potencialidade nas pessoas. Quando a empresa utiliza, realmente, uma gestão participativa, muitas idéias surgem. Mas o importante é que a empresa esteja disposta a implementá-las e acredite firmemente na inovação como um diferencial de seu negócio. E inovação significa tornar algo novo, diferente do concebido anteriormente. É na verdade, uma descoberta e quando descobrimos algo, estamos de alguma forma abertos à mudança e a aceitar o imprevisto, o impensado e o transponível. Mas, como conseguir fazer isto sem coragem, sem ousadia para empreender? Um outro aspecto que estimula o processo criativo é a curiosidade. As empresas precisam possuir pessoas curiosas e devem, também, incitar a curiosidade, usando diferentes técnicas que levem ao despertar de idéias totalmente diferentes das preconcebidas pela organização. Na maioria das vezes, o despertar da criatividade acontece em decorrência de questionamentos acerca de algo que poderia ser feito de forma diferente, ou que não existe ainda, mas que poderia existir. O importante é tirar alguns minutos durante o dia e perguntar: como eu posso fazer isto diferente? 5
  • 6. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Hamel cita o exemplo de como surgiu a fotografia instantânea a partir de uma pergunta inocente: “depois de observar o pai tirar uma foto, a filha de três anos do Dr. Edward Land perguntou se poderia ver os resultados naquele instante. Essa pergunta fez com que Land procurasse o caminho da busca pela fotografia instantânea. Anos depois, na Polaroid, Land refletiu que na verdade, não inventamos novos produtos..., os melhores produtos já estão aí, só que invisíveis, esperando para serem descobertos.” Algumas perguntas facilitam o despertar criativo: por que isto é feito desta forma? Por que não podemos fazer de forma diferente? E se fizéssemos deste outro modo? E por que não implementar esta idéia? É importante que se converse com clientes, fornecedores, com a equipe de trabalho, com outras pessoas da organização, com pessoas da comunidade, que se pesquise em livros , na internet, com outras empresas e discuta-se a questão que se quer implementar, criar, ou modificar. O clima da empresa, por outro lado, deve favorecer o desabrochar criativo que existe em cada um de seus colaboradores. Todos devem ter a liberdade para experimentar novas idéias e ser estimulados a pensar sobre um modo diferente de fazer as coisas, a mudar as regras e os procedimentos rotineiros e estar preparados não apenas para entender, mas questionar e mudar paradigmas. No entanto, criatividade e inovação são características distintas. Criatividade é quando se pensa as coisas de uma maneira nova, diferente. Inovação , por outro lado, é a capacidade de implementá-las. Todas as pessoas são criativas, mas nem todas conseguem ser inovadoras, pois isso requer outras habilidades, tais como , determinação, persistência, bom relacionamento interpessoal, aproveitamento de oportunidades e foco estratégico, dentre outras. É a capacidade de tangibilizar e materializar uma nova idéia em novos produtos ou serviços. Luc de Brabandere distingue os dois conceitos da seguinte maneira: " inovação significa a capacidade dos funcionários de mudar a realidade e criatividade, sua capacidade de mudar a sua percepção da realidade ". Ele acrescenta, ainda, vários aspectos que diferenciam a criatividade da inovação. São eles: 6
  • 7. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Mudança de Percepção Mudança da Realidade É denominada Criatividade É denominada Inovação Necessita de reflexão Necessita de ação É um desafio para um indivíduo É um desafio para uma equipe O processo é descontínuo O processo é contínuo Acontece em um instante Leva um longo tempo Imagina um novo sistema Produz algo de novo para o sistema Seu impacto não pode ser medido Seu impacto é certo e mensurável Exige brainstorming Exige gestão de projeto Alimenta-se de questionamentos, surpresas, Alimenta-se de idéias práticas e de sugestões idéias estranhas e incompletas úteis Porém , é claro que para que se possa inovar, é preciso que sejam instigadas a criatividade e a curiosidade. A criatividade é um componente da inovação. É necessário, ainda, que o processo, produto ou serviço inovador sejam apoiados pelos dirigentes da empresa e efetivamente implementados. Idéias sem ações não adiantam nada. Em algumas empresas, ótimos negócios são abandonados antes de saírem do papel, produtos deixam de ser fabricados e boas idéias se perdem e são esquecidas. Volto a questão: todas as pessoas têm capacidade criativa. Porém algumas conseguem implementar suas idéias e outras não. Têm receio, medo do grupo social, de parecerem ridículas e acabam acomodando-se. A criatividade por si só não basta. É preciso implementá-la. Transformá-la em uma inovação concreta através de novos produtos, serviços, formas de gestão etc, senão ela não passa de uma elucubração mental e não se transforma em ação. Como bem afirma Peter Drucker, a inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de gerar riqueza. A inovação, de fato, cria um recurso. Não existe algo chamado de “recurso” até que o homem encontre um uso para alguma coisa na natureza e assim o dote de valor econômico. 7
  • 8. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 ALGUMAS HISTÓRIAS DE PESSOAS CRIATIVAS E INOVADORAS: " A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original " Einstein 8
  • 9. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 O que aconteceria se uma pessoa não fosse informada de que algo é impossível? Isso se tornaria possível? " Um dia, um jovem estudante universitário entrou correndo em sua aula de estatística na Universidade da Califórnia, em Berkeley, atrasado. Havia dois problemas escritos no quadro que ele pensou ser a tarefa do dia. Ele os copiou e trabalhando durante horas no fim de semana, finalmente concluiu e entregou o trabalho. O professor havia simplesmente escrito no quadro exemplos de problemas matemáticos insolúveis. Desde o tempo de Einstein, todos os experts haviam concordado que esses problemas eram impossíveis de solucionar. O estudante George B. Danzig, hoje é conhecido como o pai da programação linear. Por não ter ouvido a palavra impossível, a mente do estudante – livre para explorar – descobriu o possível." (Hurley e Dobson) O Coador de Café A história do coador de papel citado no livro de Antonio Carlos Teixeira da Silva . Inovação (2003) também é muito interessante. Ei-la: "O coador de café de pano era usado há muitos anos. Nada parecia ser capaz de mudar essa mesmice. Até que , certo dia, um homem reclamou à sua esposa que o café não estava tão gostoso quanto antes. Ultimamente, queixouse ele, o gosto do café estava estranho. A solícita esposa usou intuitivamente um dos princípios da criatividade: o questionamento. E questionou: por que o sabor do café estava desagradável? Observadora (essa é outra característica das pessoas criativas) , a esposa constatou que, nas entranhas do tecido do coador, acumulavam-se restos de café e poeira. Mesmo com as lavagens do coador, essas substâncias permaneciam ali, alterando o sabor do café. A criativa dona de casa, então, fez vários furos no fundo de uma caneca de latão. Depois, cortou um pedaço de papel mata-borrão em círculo e cobriu o fundo da caneca. 9
  • 10. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Melitta Bentz (era esse o nome dela) acabava de criar o coador de papel. Sua invenção começou a ser comercializada em Dresden , uma pequena cidade do norte da Alemanha. E assim surgiram os filtros Melitta." O leite em pó e o leite condensado Gail Borden, procurando uma forma de prolongar o armazenamento do leite, reduzir o seu volume e contornar a falta de refrigeração na época, inventou um método, que dependendo do estágio da operação, ele obtinha tanto o leite condensado, quanto o leite em pó. A sua descoberta foi patenteada em 1856, mas na época não despertou muito interesse, até que com a Guerra Civil nos Estados Unidos, o exército incluiu o produto para as tropas, comprando grande quantidade de leite condensado. Quando os soldados voltaram para casa, contaram às famílias sobre o novo tipo de leite. O resto todos já conhecem. Harry Potter - o personagem Joanne Rowling nascida em Chipping Sodbury, em 1965 é uma escritora britânica da internacionalmente famosa série literária de fantasia sobre o jovem feiticeiro Harry Potter. Antes de publicar o primeiro livro, sua editora, Bloomsbury sugeriu a Joanne que usasse as iniciais de seu nome na capa dos livros de Harry Potter (pensando que alguns rapazes poderiam ter preconceitos em comprar um livro escrito por uma mulher). Como tinha apenas um nome próprio, ela escolheu para segundo nome o nome da sua avó favorita, Kathleen. Em março de 2006, Rowling estava listada pela revista Forbes como detentora de uma fortuna de 1 bilhão de dólares. Mesmo que os números sejam apenas estimativas, os seis primeiros livros de Harry Potter já ultrapassaram a marca de 300 milhões de exemplares vendidos. A idéia de escrever um livro lhe ocorreu em 1990, mas só efetivamente começou a obra mais tarde depois que havia se divorciado do marido e ido morar na Escócia. Nesta época, dava aula de francês em uma escola e o dinheiro mal dava para sustentar a si e a filha. 10
  • 11. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Hoje, Rowling é a única autora bilionária do mundo, mas quando fez o seu primeiro livro teve que duramente acreditar nos seus ideais e colocar a sua criatividade em prática. Escreveu em esplanadas de cafés, enquanto o seu bebe dormia e desta forma terminou o seu primeiro livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Dele fez diversas cópias manuscritas por não ter dinheiro para tirar fotocópias e foi entregando-o a várias editoras e iniciando-se uma série de respostas negativas destas. Por fim, a Blomsbury decide comprar os direitos da obra que foi lançada em julho de 1997 com estrondoso sucesso de crítica e público. Sem recursos para divulgar seu livro, Joanne contou apenas com a propaganda boca-a-boca e com a resenha de grandes jornais britânicos para levar Harry Potter ao conhecimento de todos. De imediato, Harry Potter fascina os leitores e torna-se um bestseller mundial. A vida de J. K. Rowling se transformaria para sempre. A obra foi parar rapidamente no topo dos mais vendidos do país. O segundo livro "Harry Potter and the Chamber of Secrets" (Harry Potter e a Câmara Secreta) teve o mesmo resultado. Desde então, os livros da autora já foram traduzidos em mais de 200 países e em 55 idiomas, gerando uma série de produtos e filmes baseados nos seus livros. Em 2003, Rowling foi agraciada com o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia, um dos mais importantes concedido pela Fundação Príncipe de Astúrias. Este é concedido a pessoas, instituições, ou grupos cujo trabalho tenha contribuído de forma exemplar e relevante para a fraternidade entre os homens e a luta contra a injustiça, a pobreza, e enfermidade e a ignorância. A Refrigeração sem Eletricidade Mohammed Bah Abba desenvolveu em 1995 na Nigéria um refrigerador que dispensa o uso de energia elétrica, denominado “Pot in Pot”. Como nesta região não existia eletricidade e, dessa forma, não havia refrigeração, os alimentos estragavam com muita rapidez no imenso calor africano. Descendente de uma família de oleiros, começou a adaptar vasos tradicionais para criar um refrigerador natural. Este consiste de dois vasos de diferentes diâmetros, encaixados um dentro do outro. O espaço entre eles é preenchido com areia que deve ser mantida constantemente úmida. 11
  • 12. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 O pote serve para conservar os alimentos por períodos mais longos. Por exemplo, o período de conservação de berinjelas passou de 3 para 27 dias e o do espinafre de 1 para 12 dias. Bah Abba colocou oleiros da região para produzir milhares desses vasos e hoje, a vida de milhares de aldeões nigerianos melhorou por causa dessa inovação de simples, mas notável. Em 2000, ele recebeu o prêmio Rolex destinado a pessoas que desenvolvem projetos sociais de alto impacto. Viajando um Pouco no Tempo " ...a emoção da descoberta parece nascer quando uma experiência vem desmentir um mundo de concepções já suficientemente arraigadas em nós. Sempre que tal contradição é sentida com força e intensidade, experimentamos uma reação decisiva na maneira de interpretar o mundo. O desenvolvimento desta interpretação é , em certo sentido, como um vôo contínuo a partir da surpresa ". Einstein Olhando para os nossos alicerces do passado, lembramos de pessoas que foram extremamente criativas e inovadoras e que deixaram sua marca imprimindo mudanças duradouras nas nossas vidas. Como por exemplo, Thomas Edison, fundador da General Eletric, propôs a si mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado construir lâmpadas elétricas, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta. Após inúmeras tentativas, finalmente conseguiu realizar seu objetivo. Numa conhecida frase de Edison, ele diz: “ eu cometo mais falhas do que qualquer pessoa, mas cedo ou tarde, eu patenteio a maioria delas”. O que mostra a sua determinação e persistência para levar a frente as suas idéias. Outro pesquisador, também bastante conhecido, foi Grahan Bell, que após numerosas tentativas, conseguiu por fim, encontrar a forma definitiva do telefone, fazendo com que as ondas sonoras, partindo da nossa boca, batam num disco, situado no bocal do telefone. Esse disco acha-se ligado a fios metálicos, por onde passa uma corrente elétrica. As ondas sonoras são transmitidas instantaneamente a um outro disco situado a quilômetros de distância. Desta forma, este último vibra como o primeiro, repetindo as palavras pronunciadas. O novo invento foi apresentado na Exposição da Filadélfia, em 1876 . Neste evento, D. Pedro II após experimentar o aparelho disse comovido: "Meu Deus, isto fala! 12
  • 13. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 A sua imaginação, curiosidade, pesquisa, experimentação e persistência fizeram com que esse meio de comunicação fizesse parte de nossas vidas e encurtasse as nossas distâncias. As novidades que de certa maneira revolucionaram o mundo em sua época foram resultado de pessoas que insistiram nas suas idéias, acreditando ser possível a mudança e que, na verdade, acabaram por transformar toda uma forma de pensar, agir e de comportamento das pessoas. As mudanças induziram os novos hábitos, refletindo numa nova cultura e numa nova sociedade. 13
  • 14. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 POR QUE ALGUMAS INOVAÇÕES NÃO DÃO CERTO? "Às vezes me pergunto por que fui eu que desenvolvi a teoria da relatividade. A razão, segundo me parece, está em que o adulto normal nunca pára para pensar nos problemas do espaço e tempo. São coisas que ele pensava quando era criança. Mas meu desenvolvimento intelectual foi mais lento e, por isso, só comecei a pensar no espaço e no tempo depois que já era adulto " Albert Einstein 14
  • 15. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 As pessoas têm medo de errar e de serem ridicularizadas por seus erros. Porém errar é a maneira de aprender a fazer a coisa certa. Muito do que aprendemos vem da nossa própria experiência e não é ensinado por ninguém. Através dos erros que comete a pessoa fica mais atenta e evita próximos erros. Os erros são essenciais ao desenvolvimento das idéias. As coisas certas só são feitas perfeitamente se já foram feitas antes. Quando é feito algo novo, isso é passível de erros. Em muitas organizações os erros são severamente punidos até mesmo com demissões e este tipo de cultura faz com que o que possa ser transformado num processo de aprendizagem na busca de um resultado, leva à inação e a repetição de padrões pré-estabelecidos e a manutenção do status quo. Este é o caso das empresas que administram com a combinação do chicote (punição/medo) e da cenoura (premiação). No entanto, esta combinação de motivos tem efeito devastador na criatividade. Outro aspecto é a falta de comunicação objetiva sobre as metas da empresa, a sua estratégia, bem como os problemas que devem ser solucionados. Se os colaboradores não tiverem bem estabelecido este foco, ficarão sem saber onde suas idéias poderiam ser melhores aproveitadas. Por outro lado, quando um ambiente organizacional é alicerçado em inúmeras cobranças superficiais e as pessoas não têm a chance de questionar, de perguntar o por quê aquilo ter que ser feito daquela maneira, quando a liderança é excessivamente autoritária há o receio exagerado dos riscos da exposição. Dessa forma, a empresa perde a oportunidade do afloramento de novas idéias e acaba por tolher a capacidade de criatividade das pessoas. Os indivíduos que vivenciam esse clima organizacional acabam perdendo a perseverança, a determinação, aniquilam a sua curiosidade e escondem a sua sabedoria. Temos que ter o cuidado com empresas que praticam o discurso da inovação, mas na prática agem de forma diversa e é comum alguns líderes proferirem frases que eliminam qualquer iniciativa inovadora. Em muitas organizações vivencia-se a concepção mecanicista com normas rígidas e mais do que previsíveis e dessa forma, o novo, o inusitado não faz ainda parte deste universo. Só o que já foi testado e que deu certo em outras empresas é que é implementado. 15
  • 16. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 O afogamento com rotinas e burocracias é um outro aspecto que dificulta a inovação. O dia a dia acaba impedindo a reflexão. Alguns gestores estão tão habituados às suas práticas de trabalho que nem conseguem enxergar que as tarefas e processos possam ser feitos de modo diferente. O tempo é curto e não dá nem para corrigir certos problemas que já estão estruturados na rotina de trabalho. Vive-se sufocado pelo prazo das coisas acontecerem. A idéia de que algo não deu certo no passado e não dará certo nunca mais também deve ser contornada, pois as circunstâncias mudam, as pessoas mudam, a empresa muda e os erros do passado já servem para se evitar reproduzir na tentativa posterior os mesmos aspectos que causaram o fracasso anteriormente. Na história da inovação muitos pensamentos são conhecidos pelo fato de considerarem que algo não ia dar certo, como por exemplo (citado em Thorpe): “ A Teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula. “ - Pierre Pachet, professor de fisiologia , 1872. “ Este telefone tem muitos problemas que nos impedem de considerá-lo um meio sério de comunicação. O aparelho não tem nenhum valor intrínseco para nós.” - Memorando interno da Western Union, 1876. “ É impossível construir uma máquina voadora mais pesada dos que o ar.” – Lorde Kelvin, presidente da Royal Society, 1895. “ Nós não gostamos do som deles e a música tocada com guitarras está em vias de extinção.” – Decca Recording Company, sobre os Beatles, 1962. Há alguns anos atrás a criatividade tratava de encontrar um novo "como" , ou seja, um novo modo de fazer a mesma coisa. Agora, a criatividade trata de um novo "o que " deve ser feito. E é o bom clima organizacional que irá facilitar e permitir que a grande diversidade dos talentos existentes na organização possam colocar suas idéias sem medo e, consequentemente serem mais produtivos e felizes na busca dos resultados esperados. 16
  • 17. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FOMENTAM IDEIAS FACILITANDO A CRIATIVIDADE: " Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando o meu machado ". Abrahan Lincon 17
  • 18. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 As ferramentas auxiliam não só a resolver problemas, como encontrar novas alternativas para o modo de pensar e são fundamentais para a determinação das estratégias. Quando se utiliza no entanto apenas uma ferramenta específica há dependência e não se enxerga outras soluções interessantes. Se o indivíduo utilizar várias ferramentas diferentes, poderá abrir a sua mente para um considerável número de novas idéias e novas soluções. O sábio não é o homem que dá as verdadeiras respostas; é aquele que faz as verdadeiras perguntas Claude Lévi-Strauss . Mind Map Uma ferramenta bastante interessante não só para estimular a criatividade, mas também para montar projetos ou solução de problemas é o Mind Map (mapa mental), criada pelos ingleses Tony e Bany Buzan a partir de estudos e pesquisas sobre a fisiologia e o funcionamento do cérebro humano. O mapa mental é uma técnica gráfica que facilita o registro de idéias, obedecendo a três princípios fundamentais: o pensamento irradiante, a capacidade multisensorial do cérebro e a associação de idéias. O pensamento irradiante é representado na estrutura dos mapas semelhante à dos neurônios. A capacidade multisensorial é presente dos desenhos, imagens e cores e a associação é realizada através das idéias, numa cadeia de conexões infinitas. Mapa Mental (Mind Map) (desenvolvida pelos ingleses, Tony e Bany Buzan) Te ma s Sub- itens e cu nd d ário e cun ma s Te ário Título/Tema principal rio dá ário ns te -i - it e ns cun d b Su T un ec as S em ub T em a se 18
  • 19. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Depois de ser feito o mind map, a pessoa pode revê-lo e acrescentar algumas idéias para expansão de sua percepção, como por exemplo: - Novas estratégias, - Novos locais, - Novas soluções, - Novas perspectivas, - Novas ferramentas, - Novos aliados , - Novas aplicações, - Novas características, - Novos conhecimentos, etc . Mapa de Obstáculos: Quando a questão a ser resolvida for superar algum obstáculo, ou seja, qualquer coisa que esteja impedindo a pessoa, ou a equipe de trabalho de alcançar o seu objetivo, é interessante a utilização desta ferramente para se dimensionar com mais exatidão a oposição ao objetivo. Funciona da seguinte forma: primeiro a pessoa/equipe formula com clareza o objetivo (como quer que as coisas estejam) e com clareza também o situação atual (como as coisas estão atualmente) e depois preenche os obstáculos. Desta forma, se consegue uma visualização com maior nitidez , quais os obstáculos que realmente existem e como podem ser superados. Birch e Clegg dimensionam esta ferramenta da seguinte maneira: 19
  • 20. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Como as coisas estão atualmente Obstáculos Como quero que as coisas estejam Provavelmente, só o fato de desenhar o mapa de obstáculos já auxilia as equipes a clarificar melhor os problemas e achar as devidas soluções. . Benchmarking: O benchmarking é um sistema contínuo de pesquisa que permite aos executivos realizar comparações entre processos e práticas de empresas para identificar as melhores e alcançar um nível de superioridade ou de vantagem competitiva. No final da década de 70, a Xerox Corporation redigiu um roteiro para o estudo disciplinado da concorrência, demonstrando o poder do benchmarking em suas operações de manufatura. A empresa queria comparar seu desempenho em manufatura nos Estados Unidos com o desempenho de concorrentes estrangeiros. O estudo revelou que os concorrentes estavam vendendo os seus produtos a preços equivalentes aos custos de produção da Xerox. Em resultado, a empresa rapidamente passou a adotar alguns parâmetros externos como meta para orientar seus planos empresariais. Essa experiência alterou de forma radical as operações de manufatura, a tal ponto que, no final de 1981, a empresa resolveu adotar o benchmarking como um programa geral a ser desenvolvido por todas as suas áreas. A palavra japonesa dantotsu, que significa buscar ser o melhor entre os melhores, capta a essência do benchmarking Trata-se de um processo positivo e ativo para mudar as operações da empresa de maneira estruturada e assim obter um desempenho melhor. Seus objetivos derivam principalmente da necessidade de se estabelecerem metas e perseguir a melhoria continua. Antes de mais nada, é um processo de orientação que nos leva a descobrir e entender as práticas necessárias para alcançar as novas metas. 20
  • 21. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 O benchmarking legitima a direção e as metas de uma empresa com base numa orientação externa, em vez de uma projeção feita a partir das práticas internas e tendências passadas. Em virtude das mudanças no mercado, definir metas olhando para dentro da empresa geralmente não atende às expectativas dos clientes. As expectativas dos clientes são guiadas pelos padrões estabelecidos pelos melhores fornecedores do setor e também pelas boas boas experiências de fornecedores dos outros segmentos de negócios. O maior benefício do benchmarking é, portanto, o de ajudar a alcançar níveis de desempenho de liderança que atendam plenamente às crescentes expectativas dos consumidores. Essencialmente, o benchmarking é uma experiência de aprendizado. Ajuda o profissional e a empresa a focalizar o que deve ser feito e como, de forma consensual, em vez de perder tempo discutindo o que fazer. Pode estimular os profissionais de todos os níveis hierárquicos a alcançar, a partir de parâmetros externos níveis de desempenho de padrão internacional e com elevada satisfação dos clientes. O principal benefício do benchmarking é, portanto, o aumento de competitividade e do valor percebido pelos clientes. O emprego eficaz desse processo no desenvolvimento e na implementação de ações que podem ajudar uma empresa a alcançar um patamar superior nos serviços ao cliente. Isso, por sua vez, levará ao aumento em participação de mercado e melhorará os resultados financeiros. É importante que se faça benchmarking também com concorrentes potenciais de outros países. As tecnologias em uso podem ser facilmente importadas e oferecer vantagens significativas. Além disso, empresas de outros países estarão mais dispostas a repartir seus conhecimentos se não forem concorrentes diretos e se estiverem propícias também a trocarem informações em benefício de ambas as empresas envolvidas. Antes de realizar o benchmarking, no entanto , é preciso estar preparado, fazer um planejamento dos pontos-chave que irão ser observados e perguntados, para que a visita seja a mais proveitosa possível. Além do benchmarking externo, os gestores podem fazer também um benchmarking interno na própria organização, em outras áreas e em outras unidades de negócio. 21
  • 22. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Sugestão: Separe pelo menos um dia a cada bimestre ou trimestre para passar um dia inteiro em outras áreas/unidades de negócio, conhecendo-as mais intensamente e obtendo idéias para aplicar nas suas atividades. O Benchmarking no processo de inovação deve ser usado não só como uma ferramenta para melhoria ou para uma atuação tão boa como a de outra empresa ou grupo de empresas , mas sim para a partir daí gerar novas idéias e projetos para a organização. - Scannig Enquanto o benchmarking copia o que está sendo feito atualmente, o scannig focaliza o que pode ser feito e o que está sendo desenvolvido. Ou seja, o benchmarking examina as tecnologias-chaves e algumas jovens, enquanto o scanning busca tecnologias jovens e emergentes - aquelas que estão sendo introduzidas ou estão ainda em desenvolvimento. O scanning comumente envolve uma série de táticas, sendo que muitas delas também são utilizadas no benchmarking. Entretanto, o scanning coloca maior ênfase na identificação e no monitoramento de fontes de novas tecnologias para um setor industrial. Pode também recomendar que os executivos leiam periódicos de pesquisa de ponta e participem mais de conferências e seminários. A importância do scanning depende largamente do quão proximamente do estado-da-arte da tecnologia a empresa precisa operar (Bateman e Snell). - O Brainstorming - “ A tempestade de idéias” 22
  • 23. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 “Precisamos tornar nossos produtos obsoletos antes que os concorrentes o façam”. Bill Gates O braisntorming ou "tempestade de idéias " é uma ferramenta que apoia as pessoas a liberarem a imaginação, é uma atividade que serve para explorar a potencialidade criativa do indivíduo, trabalhando-a em prol de seus objetivos. Há dois princípios que norteiam esta técnica, que são: - O atraso no julgamento; - Criatividade em quantidade e qualidade. Quando se adia o julgamento é fornecida a possibilidade de serem geradas muitas ideias antes de se decidir por uma. Neste patamar, todas as ideias são iguais. Não existem ideias boas ou ruins. É necessário atrasar o julgamento enquanto não se terminou de se colocar todas as ideias. E quanto mais ideias foram geradas, maior a probabilidade de se encontrar uma boa ideia. Uma ideia se associa à outra. O braisntorming funciona da seguinte maneira: coloca-se um tema central ou uma descrição clara do problema que se quer explorar, como por exemplo, como poderíamos adquirir novos mercados? Ou Como transformar nossos clientes em extremamente satisfeitos e leais a empresa? Ou como deveríamos modificar tal produto? As regras devem ser claras antes do braisntorming propriamente dito, ou seja, de que não se pode julgar ou policiar, ou censurar as idéias dos demais participantes e que a geração de muitas idéias é extremamente importante para o sucesso do mesmo. Após a explicação pode-se fazer um pequeno aquecimento para dar início (descrito mais adiante). Os participantes começam, então, a expor as suas idéias "sem censura " do grupo de forma livre. É importante que as pessoas se policiem no sentido de não fazer caretas, ou expressões faciais para as idéias dos outros que 23
  • 24. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 não gostaram. A condução do brainstorming por um coordenador do grupo, ajuda no sentido de lembrar a todos a metodologia a ser seguida e a não censura das idéias alheias. Deve-se ser construtivo e positivo em relação às idéias do grupo. Nesta técnica as idéias pegam "carona " umas nas outras e uma idéia original pode ser transformada e enriquecida pelos membros da equipe. Há um estímulo recíproco de idéias. Cada uma dará origem a uma variedade grande de associações. Além disso, a quantidade e velocidade de idéias aliados à ausência de julgamento facilita o desabrochar de diversos insights. A questão, desta forma é considerada de muitas perspectivas diferentes. Quando um único indivíduo pensa sobre o assunto o ponto de vista é mais pessoal e limitado, ao passo que várias pessoas podem aplicar ao problema uma gama mais ampla de conhecimento, que nenhum dos indivíduos isolados possui. A numeração das idéias também pode ser utilizada, pois motiva os participantes e dá um ritmo maior à reunião. É importante que as idéias sejam escritas e todos as visualizem, pois assim fica mais fácil a geração de mais novas idéias. Podem ser utilizados vários recursos, tais como, canetas de diferentes cores, post it, quadros brancos etc. Uma variante da brainstorming é escrever as idéias num papel e o coordenador abre e as escreve num flip chart. Pode servir para "esquentar" a dinâmica no início e para desinibir os participantes. Outra forma de “esquentar” o Brainstorming antes de começar a técnica é escrever uma palavra qualquer num flip chart e solicitar aos participantes que associem o que vier à mente àquela palavra. Esse é um exercício divertido e uma forma de descontrair e “alongar” a mente. Depois que todas as idéias ligadas ao tema são exploradas, faz-se uma segunda rodada para eleger com consenso da equipe, quais as que serão priorizadas e efetua-se um plano de ação para a sua implementação. Outro aspecto a ser considerado, é que os membros do grupo se identificarão muito mais com as decisões e os planos , os quais eles participaram, facilitando, assim, a implementação. 24
  • 25. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Deve-se também conscientizar as pessoas do grupo a não utilizarem celulares e a não ser interrompidas durante a reunião, para não atrapalhar o processo criativo. Uma variante do brainstorming é o brainstorming imaginário (King e Schlicksupp), que utiliza a substituição dos temas principais por artifícios imaginários e, após isto, volta-se ao problema original com as novas idéias geradas e adaptadas à questão principal. Outra forma de variação do brainstorming imaginário é solicitar à equipe que busquem antes da reunião por palavras raras ou pouco conhecidas e depois utiliza-las num contexto que seja aplicável ao negócio. A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais rápido. Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade. - Associação de idéias: Nas associações de idéias deve-se deixar a mente livre vagando sem censura e ir anotando tudo o que vier a mente que a pessoa for se lembrando com relação ao estímulo original, que pode ser uma palavra, um problema, um produto, serviço ou outra coisa qualquer. Vamos começar a exercitar agora? Associe todas as palavras que vier a sua mente sem censura com relação aos estímulos a seguir: Computador: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25
  • 26. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Planta: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Crie outro estímulo e faça a sua associação de ideias: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Outra técnica pode ser a de pegar várias idéias de um jornal diário, recortá-las e acrescentar as suas ideias àquele tema recortado. - Analogias: Muitas inovações nascem a partir de analogias que despertam o processo criativo, que são por exemplo, comparações , conexões que se faz entre um objeto, conceito , ou ideia e outros objeto, conceito ou ideia e daí surge a descoberta de um padrão oculto de conexão entre as coisas. " Analogias e comparações ajudam a inserir as coisas num contexto novo ou contemplá-las de um ponto de vista inteiramente original " ( Goleman). Na analogia pode-se, por exemplo, pensar em alguém que se admire por realizar um trabalho bastante destacado, que pode ser num esporte, ou na música, ou numa empresa, enfim, que se destaque por sua atuação e relacionar todas as qualidades dessa pessoa e a sua forma de atuar. Terminada esta etapa, faz-se a conexão com o projeto ou a atividade, na qual querem desenvolver novas idéias. O que existe em comum, quais as semelhanças? Quais as diferenças? O que pode ser implantado a partir das semelhanças e diferenças? 26
  • 27. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Convido você também a prática desta ferramenta. Imagine todas as possíveis analogias entre os pares de estímulos a seguir e escreva sem censura: Montanha Mesa: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Garrafa Yogurte: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Razão Emoção: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- - Palavra aleatória: A palavra aleatória é uma técnica citada por vários estudiosos do assunto. Trata-se do seguinte: a pessoa escolhe uma palavra qualquer, que pode ser tirada de um artigo, jornal ou revista e desenvolve associações com relação à palavra e que não tem nada a ver com o problema ou idéia que se quer desenvolver. Depois de realizadas as associações , tenta-se relacionar ou fazer alguma analogia ao problema em questão. 27
  • 28. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Utilidades: Uma ferramenta bastante interessante é começar a listar a utilidade de objetos que não são o seu uso principal. Como por exemplo, quais as outras utilidades que se pode ter um pote de colocar alimento? Ou um tijolo? O interessante é listar o máximo de utilidades que a mente conseguir. As pessoas vão se surpreender com a quantidade que elas mesmas descobriram! Relacione você também as várias utilidades para os objetos a seguir: Pedra: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Pedaço de pano: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Tijolo: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28
  • 29. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FACILITAM A INOVAÇÃO “ A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina, ser apreendida e ser praticada” Peter Drucker 29
  • 30. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Metas de Inovação Tanto individualmente quanto empresarialmente, podem-se ter metas de inovação. Na medida em que se tem como objetivo bem estabelecido e quantificado a inovação, a sua ocorrência é bem mais provável de acontecer. Ao se estabelecer metas de inovação seja esta mensal, trimestral, semestral ou anual tanto o indivíduo como a organização vai se preparar para esta implementação. No processo de estabelecimento de meta, deve ser lembrado que esta deve ser “smart”, ou seja, a meta deve ser: S – Específica (specific) M – Mensurável A – Alcançável R – Relevante T – Temporal Específica: deve ser colocado o quê especificamente vai ser a inovação ou o objeto da inovação, o que vai ser efetivamente inovado. Mensurável: deve ser estabelecido como vai ser medida, mensurada a meta; Alcançável: deve ser refletido se há possibilidade da meta ser alcançável, para que não se torne frustrante. Relevante: pode ser questionado o “por quê” a meta é importante. Temporal: a meta deve ser especificada em termos de prazos reais. 30
  • 31. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - 5 W 's e 2 H 's Os 5 W 's e 2 H 's facilitam a estruturação de uma idéia e a sua implementação. Muito utilizado na análise de problemas da qualidade é também uma ferramenta interessante para os processos de inovação, pois como já mencionado anteriormente, criatividade é o fato de gerar idéias e a inovação é a implantação destas idéias. Ou seja, de todo o processo inovador, 1% é de inspiração e 99% de transpiração! Na verdade, estas letras significam o início de palavras em inglês: What - O que (deve ser implementado); Why - Por que ( deve ser implementado; que benefícios vai trazer); Who - Quem (vai implementar; qual o responsável, ou responsáveis?); Where - Onde (local de atuação); When - Quando (datas e prazos para cada etapa e prazo final); How - Como ( como será implementado, quais as etapas ou metodologia a ser utilizada); How much - Quanto custa (investimento necessário); - Planos de Contingência: Estabelecida a meta de inovação, o plano de ação para alcançar a meta com as etapas bem delineadas e definidas, é importante a elaboração do plano de contingência, ou plano “B” para transpor possíveis obstáculos em cada etapa do plano de ação inicialmente estabelecido. Desta forma são pensados e analisados todos os possíveis problemas e obstáculos e quais as formas de superá-los para a implantação da meta de inovação. 31
  • 32. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Uso da Tecnologia para fomentar troca de idéias: O uso de e-mails, chats, fóruns, bibliotecas virtuais com mecanismo de busca de temas certamente facilitam a troca de idéias e o fomento de novas aprendizagens. Facilita a busca de informação e conhecimento e a colaboração de novas formas de pensar. 32
  • 33. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 DESENVOLVENDO A SUA COMPETÊNCIA DE CRIATIVIDADE ..." a mais profunda emoção que podemos experimentar é inspirada pelo senso de mistério. Essa é a emoção fundamental que inspira a verdadeira arte e a verdadeira ciência. Quem despreze esse fato e não é mais capaz de se questionar ou de se maravilhar, está mais morto do que vivo, sua visão está comprometida..." Einstein 33
  • 34. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Atitudes e Comportamentos: Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado. Nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade. Charles Chaplin Hoje o fator tempo tem um significado diferente de alguns anos atrás. Ele é muito mais importante, pois está escasso para a maioria das pessoas. Dessa forma, todo tipo de serviço que gere alguma comodidade para quem quer aproveitar melhor o tempo é bastante precioso e as pessoas pagam por esse conforto. As pessoas, atualmente, reúnem mais informações sobre os produtos e serviços, comparam preço e qualidade, buscam sempre melhores alternativas e avaliam ininterruptamente a relação custo e benefício daquilo que estão recebendo. Dessa forma, o timing de maturação das idéias não pode ser muito longo, pois se demorar muito pode acabar tornando-as obsoletas e perdendo a relevância. Porém não há tempo certo, nem errado, o importante é estar em sintonia com o ambiente e com as oportunidades. Quando as idéias não são executadas, perdem o significado. Portanto, o indivíduo deve estruturar suas ações e colocá-las em prática. Deve ter segurança do seu significado, para lutar por ela, para defendê-la externamente e estar preparado para responder aos questionamentos. Tudo o que é novo gera incertezas e as pessoas procurarão saber de todos os detalhes e verificarão se o indivíduo apresenta confiança e segurança em suas apresentações. Qualquer nova idéia implica sempre a aceitação de algum risco. Portanto, para implantar as inovações é preciso que as pessoas sejam empreendedoras e estejam dispostas a correr riscos. Além disso, é importante para que as idéias sejam compartilhadas, que haja alguma habilidade na comunicação, certo poder de persuasão na exposição das mesmas. É preciso entusiasmo na apresentação. 34
  • 35. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 É preciso encarar as críticas de forma aberta, pois podem ser bastante úteis para a melhoria do projeto apresentado, podem agregar valor e não representarem necessariamente uma resistência. Para se implementar inovações, os profissionais devem sempre procurar novos desafios e sair da rotina. Outro aspecto relevante para a implantação de idéias é a utilização não só da inteligência racional, com aspectos ligados à lógica, à razão, ao que é certo e errado, ao planejamento e à organização (associados ao lado esquerdo do cérebro) mas principalmente àqueles relacionados à inteligência emocional , que dá vazão ao equilíbrio emocional, à empatia, à visão, ao sonho, à intuição (associados ao lado direito do cérebro) e, também, ao conceito surgido mais recentemente, que é o da inteligência espiritual, ligada ao significado da vida, aos propósitos e sentido de missão. - Pensamento convergente e pensamento divergente “Os inovadores bem sucedidos usam tanto o lado direito como o lado esquerdo de seu cérebro.” Peter Drucker O pensamento divergente já vem sendo apontado desde a década de 50 por Guilford, que vinha realizando pesquisas sobre a inteligência e identificou este componente da estrutura do intelecto, que se distingue, sobretudo, pela originalidade das idéias. O pensamento divergente proporciona a imaginação e a criação. O pensamento convergente refere-se à lógica, à análise crítica, ao desenvolvimento racional das idéias. Estes aspectos são vistos por muitos cientistas como relacionados ao hemisfério esquerdo do cérebro (pensamento convergente) que parece governar a linguagem, a escrita e a matemática, as deduções lógicas e outros tipos de análises. Já o hemisfério direito do cérebro parece governar os conceitos visuais, espaciais, artísticos e intuitivos e ser a fonte da imaginação e da brincadeira espontânea. “O pensamento convergente é adequado para situações controladas, que possuem variáveis definidas e mensuráveis com um certo grau de previsibilidade. Já a estratégia divergente trabalha com o cenário oposto. Não existem métodos conhecidos e seguros para enfrentar a 35
  • 36. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 situação e nem variáveis facilmente identificáveis ou mensuráveis que possam interferir na solução do problema” (Souza). Para criar mudanças os dois tipos de pensamento devem se alternar sempre. A criatividade se apóia na imaginação, na reestruturação do campo perceptivo e a inovação necessita de uma análise crítica e detalhada para que a idéia se transforme em ação. - Aprendizagem sempre “... riscos elevados são inerentes na inovação baseada em conhecimento. É o preço que temos que pagar por seu impacto, e acima de tudo pela sua capacidade de provocar mudança, não somente em produtos e serviços, mas na maneira como vemos o mundo, nosso lugar nele e, eventualmente, a nós mesmos.” Peter Drucker O profissional tem que estar permanentemente preocupado em aumentar o seu conhecimento. Deve fazer a auto crítica e estar sempre se questionando: - Quantos livros eu tenho lido nos últimos meses? - Quantos artigos? - Quantos cursos eu tenho feito? - Quantas palestras eu tenho assistido? Quanto mais conhecimento o profissional adquire, além de se tornar mais capacitado tecnicamente, está alimentando o seu cérebro com mais informação para fazer analogias, associações com ideias novas e criativas, precursoras da inovação. 36
  • 37. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Ninguém pode ter uma ideia original na física , se não tiver algum conhecimento a respeito. Da mesma maneira será difícil escrever uma nova composição musical, se não tiver a proficiência neste campo específico. A interação com elementos de nossa cultura - livros, filmes, artigos, peças teatrais, cinema, musicais e outras obras de arte - , faz com que também surjam novas ideias. - Pensando “fora da caixa, em outras caixas, em novas caixas” Sempre se ouve falar em criatividade como “pensando fora da caixa”, mas o que na verdade significa isso? Colocando o exemplo para um profissional dentro de uma organização é fazer com que ele saia do seu “habitat” , saia de sua rotina, saia das delimitações de sua área e, por exemplo, mergulhe no que acontece em outras áreas da empresa, ou seja, vivencie o dia-a-dia de “outras caixas” . Isso traz inúmeros benefício, como compreender exatamente como funcionam os processos da empresa, a pessoa adquire maior conhecimento do negócio como um todo, há maior integração entre os diversos departamentos e, por conseguinte menor burocracia e maior agilidade na solução dos problemas e novas idéias surgem em conjunto. O “pensar em novas caixas” significa ir além da sua organização, ou seja, buscar o que e como outras empresas estão trabalhando e trazer para a sua realidade. Significa buscar em 37
  • 38. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 nível nacional e internacional outras tendências, outros processos e outras aprendizagens. É buscar pensar de forma diferente do habitual. A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais rápido. Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade. - Leituras diversas: Ler vários livros sobre criatividade e sobre assuntos diversos sobre os quais a pessoa não está acostumada no seu cotidiano. Por exemplo, mesmo que a pessoa não goste de aventuras, pode ler alguma reportagem sobre esportes radicais, ou sobre um assunto completamente diferente de sua profissão. Ler artigos científicos, tecnológicos, de economia, de outras culturas, enfim de temas diversos que dêem estímulos cognitivos vários para que a mente seja enriquecida. - Mudança de Hábitos: “Os seres humanos, mudando as atitudes internas da mente, são capazes de também mudar os aspectos externos da vida” William James 38
  • 39. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Uma outra técnica que facilita o desabrochar da criatividade é a mudança da rotina e de hábitos que já estão confortavelmente enraizados. Esta atitude desperta um novo padrão de pensamento. É importante fazer algumas destas mudanças, como por exemplo: mudança de material de leitura. Ler assuntos com os quais não se está acostumado. Mudar também atividades de lazer. Fazer alguma atividade nova, inusitada. Sair da rotina pode ser feita com coisas bastante simples, como por exemplo: - Resolver mudar a trajetória de ida e/ou volta do trabalho; - Comer em novos restaurantes e novas comidas; - No meio do expediente fazer uma reunião relâmpago com a equipe distribuindo bombons para todos os que sugerirem novas idéias; - Programar uma viagem ou atividade diferente para o fim de semana; - Fazer piquenique com a família; - Tomar banho de cachoeira; - Ir a uma praia diferente; - Rever antigos amigos; - Fazer novos amigos; - Se é destro, escrever com a mão esquerda e vice-versa; - Ler novas revistas; - Ler novos jornais; 39
  • 40. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Ver filmes de estilos diferentes ao habitual; - Dormir do outro lado da cama; - Dormir em horários diferentes; - Escutar novas músicas e novos estilos musicais; - Ir a outros supermercados; - Ir a outros cinemas; teatros; Os hábitos logo são incorporados ao cotidiano e são feitos sem se pensar. Para ser criativo é preciso abrir-se à ambigüidade e às novas possibilidades. Às vezes, precisamos romper os hábitos e o estímulo para fazer isso pode estar fora de nossa experiência ou zona de conforto. As pessoas criativas adaptam com facilidade uma idéia de um contexto em outros. Quando se está no mesmo ambiente repetidas vezes, o mais provável é que as idéias surgidas também sejam as mesmas. Se a pessoa freqüentar sempre os mesmos lugares e com as mesmas pessoas, estará pensando e conversando sempre as mesmas coisas, mas se mudar de ambiente, será mais fácil imaginar novos conceitos. Assim como o corpo precisa de exercícios físicos para se manter em forma, o cérebro precisa de estímulos para ser mais criativo! O desenvolvimento de interesses numa variedade de coisas fora do esquema normal de trabalho, traz diversas idéias que possam ser implementadas. 40
  • 41. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Registro das ideias: Uma ideia gera outras, mas é importante que elas não se percam nos artifícios da memória e, portanto, devem ser registradas no momento de sua criação. Se estas não forem anotadas, elas podem se perder. É importante andar sempre com um "caderninho de anotações ", que são perfeitos para o registro de pensamentos, reflexões, imaginações, ideias. A lembrança posterior delas abrirá caminho para o desenvolvimento de outras. É importante, num primeiro momento anotá-las, mas procurar não avaliá-las. Posteriormente, sim, faz-se um detalhamento do funcionamento daquela ideia. Pode ser utilizado também um gravador para registrar ideias quando não é possível escrevêlas, por exemplo, quando se está dirigindo. - Observação: Outro aspecto para o desenvolvimento da criatividade é praticar a observação das coisas. Procurar em alguns momentos do dia ficar atento a algum objeto, observando nos seus mínimos detalhes e começar a descobrir aspectos que estavam despercebidos anteriormente. Este exercício começa a ampliar o campo perceptivo e treina a mente a observar detalhes que favorecem a criatividade. 41
  • 42. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Quando estamos habituados a determinada coisa, funcionamos como se estivéssemos num "piloto automático " e não prestamos a devida atenção a elas e acabamos ficando "cegos " para os detalhes da situação. Não o percebemos. Aquilo com o que nos deparamos todos os dias se torna comum e perdem seu caráter distintivo. Um modo de evitar isso é elaborar um novo esquema, ou seja, uma nova maneira de contemplar o corriqueiro. Na observação deve-se procurar prestar atenção no maior uso possível da informação disponível. Pode-se praticar a observação também, buscar ir além dos objetos, na postura das pessoas, na comunicação não-verbal, nos gestos, no tom de voz e na linguagem corporal do interlocutor. Observe agora um objeto, uma pessoa ou uma paisagem, ou aquilo que está mais próximo de você neste momento. O que você detectou nos detalhes? O que percebeu agora, que não havia observado antes? - A curiosidade A palavra inglesa question (pergunta) deriva do latim quaerere (procurar), sendo da mesma raiz de quest (procura). Uma vida criativa é uma procura constante e boas perguntas são ótimas para gerar descobertas. Um obstáculo ao questionamento é a preocupação de que o excesso de perguntas, além de revelar ignorância, possa aborrecer os outros e tornar a pessoa inconveniente, mas se não se faz perguntas, não se aprende, não se avança, não se evolui. Outro inimigo das perguntas é o valor que se adquire desde a tenra infância, nas escolas, de que temos que ser conhecedores e não descobridores. Com a idade, aprendemos que é bom ser culto e acaba-se negligenciando a curiosidade da primeira infância. 42
  • 43. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Uma pessoa curiosa está sendo querendo investigar o modo como são feitas as coisas , por que elas são feitas desta ou daquela maneira, por que existem, por que não podem ser feitas de maneira diferentes. Elas querem saber e investigar sempre mais. - O Bom Humor "Nenhuma obra criativa veio a luz sem o jogo lúdico da fantasia. A dívida que temos para com o jogo da imaginação é incalculável." Carl Jung É difícil imaginar alguém expandindo a sua criatividade de mal humor. Criatividade está associada ao entusiasmo, ao bom humor, ao alto astral. Pessoas mal humoradas costumam ser carrancudas, formais e quando ficam formais têm o pensamento linear. A criatividade, no entanto, movimenta-se através de insights, através de caminhos imprevisíveis, através da liberdade do pensar. A tristeza embota o pensamento e é difícil o indivíduo neste estado ter a abertura para novas idéias. Quando se está mal-humorado, nada melhor do que dar uma caminhada, ligar para um amigo, ou ler um bom livro para mudar o nível de energia. Quando as pessoas visualizam uma idéia com bom humor, estarão mais aptas a explorá-la, pois não têm o bloqueio do “certo” ou “racional” e como estão encarando-a de forma lúdica, tudo é possível! Um ambiente agradável pode ser incorporado às tarefas do dia-a-dia, basta interpor atividades com comemorações, reconhecimento e humor. O contexto mais descontraído funciona não só como motivador , mas fornece um alívio ao estresse e às pressões do ambiente de trabalho. Como bem diz Goleman, a alegria ajuda a pessoa a desarmar o censor interno, que se apressa a condenar suas idéias como ridículas e quando se faz piada, torna-se mais livre para considerar qualquer possibilidade, afinal, está apenas brincando. 43
  • 44. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Quando as pessoas sorriem , elas utilizam 17 músculos e quando franzem o rosto usam 43 músculos. Portanto, até por economia, deveriam sorrir mais, pois fazem bem menos esforço! - A Automotivação "Escolha o trabalho que gostas e não terás que trabalhar um único dia em tua vida ". Confucio A palavra motivo vem do latim motivus, que significa aquilo que se movimenta, que faz andar. Motivo é tudo que impulsiona o indivíduo a agir de determinada forma, ou seja, dá origem a um comportamento específico. A automotivação é encontrar um motivo para a própria ação. Mas o que fazer para ser uma pessoa automotivada? Se associarmos esta atitude à prática criaremos o hábito. O hábito da automotivação. Alguns estudiosos afirmam que a motivação é um fator interno, já que o desejo de realizar algo é proveniente de motivos ou necessidades do ser humano. Segundo estes estudos, as necessidades do indivíduo são escalonadas das mais simples até as mais complexas, ou seja, desde aquelas de sobrevivência até as de auto-realização. Quando passamos estes conceitos para o mundo corporativo, temos que selecionar e manter as pessoas entusiasmadas com o trabalho a ser realizado. As ações têm que ser alinhadas não só com os objetivos corporativos , mas com o seu significado pessoal de vida, com os seus objetivos pessoais. Isso vai gerar um colaborador , satisfeito, feliz e empolgado por implantar novas idéias para a organização. Um funcionário satisfeito não é necessariamente mais produtivo do que um funcionário insatisfeito, mas a insatisfação cria uma força de trabalho capaz de gerar uma rotatividade 44
  • 45. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 mais alta na empresa, maior absenteísmo, mais queixas e processos trabalhistas, greves, sabotagens e uma pior saúde física e mental. As pessoas devem se sentir importantes para a organização e entender como as suas atividades exercem um papel fundamental nos objetivos da corporação. É importante que a empresa faça o seu papel e transmita ao indivíduo que ele faz parte de algo maior e que sua contribuição é única e fundamental. Quando a pessoa consegue visualizar qual o propósito daquilo que está fazendo, sua atitude torna-se muito mais cooperativa, seu desempenho melhora e ele torna-se mais produtivo. O seu trabalho tem um significado mais amplo. Para que uma pessoa dê o melhor de si é preciso estar motivado. Um colaborador entusiasmado pode dar uma contribuição muito mais expressiva. Além disso, ele contagia as demais pessoas da organização. Uma empresa ímpar é aquela que consegue gerar paixão nos seus colaboradores e atrelar isto aos resultados desejados. A automotivação funciona de modo surpreendente quando a pessoa gosta da questão em que está trabalhando. Dessa forma, empenha o esforço e tempo necessários até achar uma solução. No entanto, a questão se complica quando estímulos externos dificultam esta automotivação. Quando a organização não dá incentivo, dificultando o processo. O problema é que nos atuais ambientes corporativos competitivos, as pessoas sentem-se cada vez mais pressionadas e estressadas com as inúmeras cobranças e os prazos cada vez mais curtos e isso acaba afetando o clima organizacional. Adicionando-se a estes fatores ainda encontramos em certas organizações a falta de reconhecimento, falta de transparência, poucos treinamentos e vários conflitos gerados por vaidades e políticas internas competitivas. Infelizmente, também, ainda vemos alguns gestores que deveriam ser líderes, mas que na prática são apenas pessoas autoritárias, radicais, que só sabem impor a sua vontade e decisão. Dessa forma, não há motivação e muito menos criatividade que resistam. Hoje, já há dados comprovatórios de que as melhores empresas para se trabalhar, também possuem os maiores índices de lucratividade (divulgados nos estudos da pesquisa "Melhores Empresas para se Trabalhar " da Revista Você S/A) e , desta forma, não sombra de dúvidas de que os resultados financeiros estão atrelados aos ao bom clima organizacional. As pessoas satisfeitas estão muito mais propícias a pensar e oferecer soluções inovadoras e para isso a empresa deve oferecer um ambiente favorável, onde se estimule a iniciativa e a participação. 45
  • 46. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Além disso, temos que ter lideranças que se preocupem além dos resultados numéricos e objetivos. Que se preocupem com seus seres humanos. Temos que ter a humanização do sucesso. Este compartilhado, fortalecendo e multiplicando os elogios e valorizando os talentos na gestão organizacional. Buscar sempre a construção e manutenção de ambientes harmoniosos e isto é em grande parte determinado pelos líderes da empresa, por suas atitudes positivas. Como bem nos ensina Goleman, "a função do líder é nos esticar, levar-nos além do limite, levar-nos mais longe do que achamos que podemos ir ". - Qualidade de Vida: "O dia mais desperdiçado de todos é aquele no qual não demos uma risada." Nicolas Chamfort Hoje em dia ser workaholic (viver o tempo todo trabalhando e só pensar em trabalho) além de estar fora de moda, já é comprovado que apesar de aumentar a produtividade a curto prazo, a longo prazo diminuem não só a quantidade do trabalho esperado, bem como a qualidade , as idéias e o pior gera doença, O organismo chega uma hora que não aguenta e começa a sinalizar. A pessoa , no entanto, não dá bola e aí, é pega de surpresa, com alguma doença decorrente do estresse e do esgotamento físico e psíquico. Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra infecções e outras doenças. Um aspecto importante desse processo é o fato de que a enfermidade é frequentemente percebida, consciente ou inconscientemente, como uma saída para a situação estressante, representando as várias espécies de enfermidades diferentes diferentes vias de fuga. A cura da doença não fará necessariamente com que a pessoa fique saudável, mas a enfermidade pode representar uma oportunidade para a introspecção que resolva a raiz do problema. Porém, como lidar com os inúmeros aspectos do meio organizacional contribuem para o surgimento e agravamento do estresse, tais como, a competitividade, a preocupação com a estabilidade, a pressão, a sobrecarga de trabalho, os conflitos de relacionamento, as infindáveis reuniões sem planejamento e programadas de última hora, o mal-humor dos líderes, as cobranças para ontem, a urgência de atualização de informações ? 46
  • 47. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 É necessário tanto um movimento da empresa para melhorar permanentemente esta qualidade de vida de seus colaboradores, como uma conscientização do próprio indivíduo para melhorar a sua própria qualidade de vida. Por exemplo, fazendo alguns intervalos no seu trabalho, levantando e procurando se movimentar, cuidando mais da sua alimentação e do seu sono, do seu lazer e dando prioridade também ao seus momentos sociais com os amigos e família. As pessoas são um conjunto complexo de muitas variáveis, sejam estas racionais, emocionais, físicas , familiares, sociais, valorativas, espirituais etc, que impulsionam suas atitudes, comportamento e que dão significado aos projetos pessoais. O bem-estar dos profissionais é fundamental para que utilizem todo o seu potencial e energia de uma maneira produtiva e se sintam inspirado na geração de novas ideias e na implantação de inovações no ambiente corporativo. 47
  • 48. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 DESENVOLVENDO A COMPETÊNCIA DA INOVAÇÃO “...algo superior e poderoso torna os homens diferentes e os faz resistir além de suas forças e alcançar limites acima do possível: a vontade”. Amyr Klink 48
  • 49. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - A coragem para efetuar mudanças e correr riscos Pessoas que possuem maior autoconfiança, que gostam de mudanças, que acreditam em suas competências e que não têm medo de se expor e correr riscos são mais propensas a aproveitarem as oportunidades para desenvolver e disseminar suas idéias e possuem, de modo geral, mais coragem para assumir riscos ao lidar com o desconhecido. Muito provavelmente haverá críticas e por isso o profissional deve ter a habilidade para lidar com elas. Iniciar o novo não é tarefa fácil, exige boa dose de exposição dentro da organização. O profissional deve desenvolver a ousadia e acreditar que é possível. Confiar na inovação proposta e acima de tudo em si mesmo. - A Comunicação Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem a mensagem. Comunicação é a troca de entendimento e para isso devem ser consideradas além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns os conhecimentos, ideias, instruções projetos ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal. A comunicação é o centro gravitacional de todas as atividades humanas. Literalmente nada acontece sem que haja prévia comunicação. É importante o conhecimento prévio das características da audiência que vai ser explanada a inovação, para que a linguagem desperte o nível de interesse na mensagem que vai ser transmitida. Um aspecto que deve ser considerado é o planejamento sobre o que vai ser dito, a importância do tema, quem estará ouvindo, como vai ser dito (para que a audiência não durma, deve-se colocar entusiasmo na apresentação) e quais os benefícios que a inovação trará para a organização, qual o impacto nos custos, lucros e maior fidelidade ou encantamento dos clientes e em quanto tempo trará os resultados almejados. Deve ser ressaltado que, antes de qualquer apresentação, é fundamental buscar algumas parcerias dentro e até fora da empresa. Deve-se ter a habilidade de ouvir diversas opiniões e 49
  • 50. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 incorporá-las ao projeto. As pessoas ao redor, além de envolvidas, se comprometerão com o sucesso da implantação do mesmo. E a habilidade de ouvir significa dar atenção e valorizar o que o outro está dizendo, procurar entender o que o interlocutor está dizendo e não se precipitar com discordâncias ou concordâncias ilusórias, mas sim em realmente compreender a mensagem que está sendo transmitida. A maneira mais fácil de aprender a ouvir é colocarse no lugar do outro e dar a atenção que gostaria que lhe fosse dada. A simples atitude de saber ouvir já facilita (e muito) a comunicação e, posteriormente, o relacionamento. Outro aspecto importante na comunicação é a assertividade para expor os conhecimentos e a demonstração de segurança. Na apresentação deve-se procurar usar as habilidades persuasivas e pensar sobre as possíveis objeções que possam surgir e como contorná-las, antes da apresentação do projeto. Dessa forma o profissional se mostrará muito mais seguro e convicto na sua argumentação, pois se preparou antecipadamente. - A Determinação “ O gênio é um por cento inspiração e noventa e nove por cento transpiração”. Thomas Edison Goleman afirma em seu livro - O Espírito Criativo: "se as pessoas quiserem perseverar, a despeito dos obstáculos, terão de parar de esmiuçar as razões pelas quais alguma coisa não funciona e começar a descobrir as maneiras de fazê-la funcionar". A determinação é a capacidade de tentar , tentar e tentar inúmeras vezes. Tantas vezes quanto for preciso para se atingir uma solução, ou implementar algo. Chegar a um objetivo. E é assim, que a ciência avança! Se não fossem as infinitas tentativas de vários cientistas, eles não obteriam os resultados almejados e a ciência não evoluiria e novas descobertas não teriam sido possíveis. Thomas Edison que o diga! Conhecido pelas suas inúmeras tentativas até a obtenção do efeito final da lâmpada elétrica, uma de suas descobertas. (houve mais de 6.000 tentativas, antes que ele pudesse apreciar por 45 horas seguidas o brilho da lâmpada). As crenças comuns de que somente pessoas especiais são criativas e inovadoras e que são assim porque nasceram com estas capacidades diminui a autoconfiança das pessoas nas suas 50
  • 51. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 próprias possibilidades. A excelência em qualquer atividade é determinada pela determinação, treinamento e aprendizagem, motivação e acima de tudo, muita prática. - O Relacionamento Interpessoal e a construção de parcerias Criatividade pode até ser gerada através de um insight individual, mas a inovação necessariamente implica no trabalho conjunto multifuncional dentro da organização e fora dela. Afinal tem que haver pessoas interessadas em implementá-la na empresa e pessoas de fora dela para adquiri-la, seja através de um novo produto, ou serviço e para que isso possa gerar crescimento e sustentabilidade para a Companhia. Ninguém faz nada sozinho. Necessariamente o profissional vai precisar de apoio e isso implica na habilidade de estabelecer um bom relacionamento interno e externo, pautado numa comunicação transparente e de confiança. A proximidade com outras pessoas elimina a burocracia e os obstáculos. Quanto mais outros profissionais aderirem à idéia, maior a probabilidade de que ela seja defendida e implementada com agilidade, eficácia e sucesso. O terreno fértil tanto para a criatividade como para a inovação é o trabalho em equipe e se envolver pessoas de diferentes formações e disciplinas melhor ainda, pois cada um pode “enxergar” o problema de diferentes ângulos e contribuir para a geração de soluções inéditas. Um aspecto que gera a aproximação e o estreitamento do relacionamento interpessoal é a integração também fora do ambiente de trabalho, pois permite maior informalidade e conhecimento mútuo das pessoas e se reflete posteriormente numa maior “camaradagem” dentro da organização As reuniões de integração fora do local do trabalho permitem que as pessoas conheçam outros aspectos dos colegas com quem convivem diariamente na organização, tais como o lado mais descontraído, divertido, opiniões sobre assuntos diversos, esportes preferidos, enfim uma infinidade de características, anteriormente desconhecidas, da personalidade passam a ser mais transparentes. A percepção do "outro "passa a ser mais global, visto que as pessoas são conhecidas fora do contexto organizacional em que cada uma tem atitudes e comportamentos estreitamente relacionados à sua função e à sua posição hierárquica. 51
  • 52. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Pessoas de setores diferentes passam a ter maior oportunidade de se conhecer e de eliminar estereótipos e percepções desfavoráveis que porventura possam existir, e isso, pelo simples fato de possuir um contato mais estreito, um maior relacionamento interpessoal. As relações posteriores dentro da organização tendem a ser muito mais fáceis e trazem como conseqüência o fortalecimento da cooperação, a agilidade na solução de problemas, a diminuição de procedimentos tradicionais e burocráticos e, claro, o apoio na implantação das inovações. 52
  • 53. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 A SERENDIPIDADE E A INOVAÇÃO “As sementes da descoberta flutuam constantemente à nossa volta, mas apenas lançam raízes nas mentes bem preparadas para recebê-las.” Henry ( físico americano -1842) 53
  • 54. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 Serendipidade em uma tradução mais próxima para o português da palavra inglesa serendipity significa: capacidade de se fazer descobertas importantes ao acaso. “ Foi cunhada em 1754 pelo escritor e político Inglês Horace Walpole, depois de ter lido um conto de origem persa, relatando as façanhas dos “Três Príncipes de Serendip”. Serendip ou Serendib era o termo árabe da ilha que mais tarde se chamou Ceilão e hoje se conhece como Sri Lanka. A história dos três príncipes que eram privilegiados não apenas pela ascendência nobre mas também, e principalmente, pelo “dom” para os descobrimentos fortuitos. Conta a história que esses três personagens encontravam, sem procurar, a resposta para problemas que não haviam sido propostos. E que, graças à capacidade de observação e sagacidade descobriam, “acidentalmente”, a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes. O conto parece assinalar que os personagens tinham não apenas um dom especial, mas sim inteligência e preparo, além de uma mente aberta para as múltiplas possibilidades (wikipédia – internet). A inovação, às vezes, surge num processo de serendipidade, quando um pesquisador está investigando ou pesquisando uma coisa e descobre por acaso outra, que acaba sendo um grande sucesso. É o caso, por exemplo do viagra. Quando o Dr. Simon Campbell, da Royal Society of Chemistry e descobridor da substância Sildenafil – tinha intenção inicial de desenvolver um fármaco para combater doenças cardiovasculares. O trabalho de pesquisa levou cerca de 13 anos, incluindo os diversos testes que devem ser feitos para se colocar um novo medicamento no mercado. Os testes começaram na década de 90 e foram um fracasso e indicavam que os pacientes começaram a apresentar um inusitado efeito colateral – ereções duradouras. Em pouco tempo, a Pfizer começou a testar o remédio justamente para combater a impotência e em 1998 o Viagra se tornou a primeira droga a tratar do problema. A serendipidade funciona no fato de descobrir coisas que não eram objeto da busca inicialmente. Assim, também, ocorreu com a descoberta da penicilina pelo escocês Alexander Fleming em 1928, quando adentrou sua placa de experiência um mofo sobre as culturas de estafilococos que estava realizando o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, de onde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida (relato do professor Joffre de Rezende – Faculdade de http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende). Medicina da Universidade federal de Goiás – Outro exemplo foi a descoberta do Pyrex (vidro resistente ao fogo direto). Os técnicos da empresa Corning Glass (EUA) procuravam, na verdade fabricar lobos de vidros resistentes destinados à iluminação pública. Demoraram para conseguir chegar aos tais globos, mas no entanto, descobriram o Pyrex (wikipédia – internet). 54
  • 55. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 CONSIDERAÇÕES FINAIS "Alguns homens vêm as coisas como são e perguntam: Por que? Eu sonho com coisas que nunca existiram e pergunto: E por que não?" Bernard Shaw 55
  • 56. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 O mundo está cada dia mais ágil, integrado nas informações e tem-se reconfigurado constantemente diante da diversidade crescente advinda do progresso. A mudança permanente é irreversível. Mas quem faz as mudanças? São as pessoas! Através do conhecimento, tecnologia, comunicação, determinação, criatividade e inovação. As boas idéias, práticas, métodos e conceitos inovadores existem, em grande quantidade, à disposição das Organizações. Porém, muitas implantam-nas com sucesso, enquanto outras não conseguem atingir tal eficácia. Provavelmente, a resposta esteja no fato de que muitos gestores esperam que a inovação funcione por si só e não administram o processo de execução com a devida atenção, persistência e, principalmente, com entusiasmo. Quando a pessoa experimenta o seu poder criativo, prova a si mesmo que pode realizar algo, que o seu papel no mundo tem importância. Acrescentar-se valor ao trabalho e cria-se um significado. Quando o indivíduo participa de uma atividade criativa e criadora, identifica um propósito a mais no trabalho. A criatividade ocorre em qualquer cargo ocupado na organização, por qualquer pessoa. Basta que se queira implementá-la. Aqueles que fazem contribuições confiam em sua capacidade criativa. A criatividade é uma competência essencial para todos na organização e um dos caminhos para se destacar na competição globalizada. A criatividade corporativa induz a percepção de novos caminhos, faz conexões entre aspectos não relacionados e gera novas soluções. Quanto mais se exerce a criatividade, mais se é capaz de fazer outras associações que as pessoas ainda não fizeram. Fator este gerador de inovação. Começa uma fonte infinita de possibilidades. Com o desenvolvimento da criatividade o profissional torna-se mais apto a gerar novas idéias e com o da inovação a capacidade para implementá-las na Organização. A inovação é necessária para que as empresas possam suprir cada vez mais as necessidades específicas de seus clientes, produzir novos serviços e produtos que agreguem valor, possam captar mais consumidores, dêem acesso a novos mercados, aumentem os lucros e fortaleçam 56
  • 57. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 marcas. É preciso utilizar as diversas ferramentas disponíveis para se facilitar a implantação da inovação. As empresas que mais interagem com o futuro já perceberam que a chave do seu sucesso é a capacidade criativa de cada colaborador, cliente, fornecedor e parceiros para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios. A efetividade está justamente na competência dessas empresas de gerenciar de forma inteligente a energia criativa de todos os envolvidos com a organização, sejam os stakeholders, clientes, colaboradores, fornecedores e comunidade. O capital criativo não é uma coleção de idéias individuais, mas o produto da interação. Nos dias atuais a grande vantagem competitiva é o conhecimento e a atividade de cria-lo e produzi-lo tem como solo fértil a criatividade e a inovação contínua. E os gestores devem ser estimulados e desenvolvidos no gerenciamento dessas atividades. Se voltarmos o nosso pensamento para o século XVIII, vamos relembrar que Adam Smith definiu a riqueza em termos de produtividade . Hoje em dia, podemos definir riqueza em termos de criatividade e aprendizado (ideias e conhecimento). Por outro lado, a inovação nos dias atuais é necessária para não se sobressair no mercado de trabalho. Porém requer muita determinação, pois há riscos e resultados incertos. Por exemplo, desenvolver um novo produto pode levar algum tempo e envolver quantidade considerável de recursos financeiros, técnicos e humanos. No desenvolvimento há o ensaio e erro e neste meio tempo, a concorrência se for mais rápida, implanta algo melhor. Inovar não é sempre fácil. Exige coragem para se expor e para romper paradigmas, pois sempre que é lançada uma nova ideia, há a possibilidade de críticas. Exige determinação. Envolve riscos e desafios, pois é aceitação do novo, do inusitado, do desconhecido, das mudanças. Significa um amanhã diferente. Mas esse é o desafio! O nosso desafio! O seu desafio! 57
  • 58. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 RECOMENDAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS SOBRE O TEMA: - Alencar, E. L. S. Desenvolvendo a Criatividade nas Organizações – o Desafio da Inovação, RAE – Revista de Administração de Empresas, SP, Vol. 35, nº 6, , nov-dez1995, p – 6-11. - Araújo Filho, Geraldo Ferreira. A Criatividade Corporativa na Era dos Resultados. RJ: Editora Ciência Moderna Ltda, 2003. - Bateman, Thomas S. e Snell, Scott A, Competitiva. São Paulo: Editora Atlas, 1998. Administração - Construindo Vantagem Birch, Paul e Clegg , Brian. Criatividade nos Negócios – um guia para empresários, gerentes e administradores de empresas. Clio Editora, 1995. - Brabandere, Luc de. O Lado Oculto das Mudanças: a verdadeira inovação requer mudança de percepção. Tradução de Ricardo Bastos Vieira. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2006. - Buzan, Barry & Tony - El Libro de los Mapas Mentales , Barcelona, Espanha, Editora Urano, 1996. - Capra, Fritjof. O Ponto de Mutação - A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente. SP: Editora Cultrix, 1999. - César, Ricardo, Sete Lições da Apple. Revista Exame, ano 41, nº 12, 04/07/2007, 22-30. - Christensen, Clayton. A Inovação e a Empresa Madura, in HSM Management, nº 23 , ano 4, nov-dez 2000, pag.: 40-46. - Claxton, Guy e Lucas, Bill. Criative-se - um guia prático para turbinar o seu potencial. SP: Editora Gente, 2005. - Cruz, Renato, O Escritório do Google no Brasil mostra novo estilo de gestão, O Estado de São Paulo On Line, 1/12/2006. - Drucker, Peter. Inovação e Espírito Empreendedor. SP: Thompson Pioneira, 2005. - Frost, P. J. The many facts of creativity. In C. M. Ford& D A. Gioia (Eds.), Creative Action in organizations. Londres; Sage Publications, 1995. - Ganem e Santos (org.). Brasil Inovador: o desafio empreendedor – 40 histórias de sucesso de empresas que investem em inovação. Brasília: IEL – NC, 2006. 58
  • 59. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Gates, Bill, A Empresa na Velocidade do Pensamento - com um sistema nervoso digital. SP: Companhia das Letras, 1999 - Gramigna, Maria Rita, Líderes Inovadores - Ferramentas que fazem a Diferença, SP, Editora Mbooks, 2004. - Goleman, D., Kaufman, P. e Ray, M. O Espírito Criativo, São Paulo: Editora Cultrix, 2001. - Guilford, J. P. Creativity. American Psychologist. Vol 4. p 444-454,1950 - Guzzo, J. R. , As Vantagens de Quem Conhece, Revista Exame, edição 871, Ano 40 , nº 13, em 5 de julho de 2006. - Holanda, F. Liderança para Competitividade - Gestão Estratégica da Produtividade, do Relacionamento e da Qualidade, RJ: Qualitymark Editora, 1996. - Hurley, Kathleen e Dobson, Theodore. Meu Eu Melhor - usando o eneagrama para liberar o poder do eu interior. SP: Editora Mercuryio, 1995. - Leifer, R., O'Connor, G. C. e Rice, M., A Implementação de Inovação Radical em Empresas Maduras, RAE - Revista de Administração de Empresas, Abr/jun.2002, V. 42, nº 2, p. 17-30. - Levy, Steven – A Coisa perfeita – a saga do nascimento do Ipod – Revista Época Negócios On Line– Edição 1 - 07/03/2007. - Kanter, R. M, Kao, J., Wiersema, F. Inovação - Pensamento Inovador na 3M, Dupont, GE,Pfizer e Rubbeimaid, . SP: Negócio Editora, 1998. - Kelley, Tom, Littman, Jonathan. As 10 Faces da Inovação: estratégias para turbinar a criatividade. RJ: Elsevier, 2007. - King, Bob e Schlicksupp, Helmut. Qualitymark Editora, 1999. - Mackay, H. Como Nadar com os Tubarões sem ser Comido Vivo. SP: Editora Best Seller, 1989, p. 64-65. - Martins, R. A. A Descoberta dos Raios X : o primeiro comunicado de Rontgen, Revista Brasileira de Ensino de Física, Vol 20, Nº 4, dez 1998. - Moser-Wellman, Annette, Cinco Fases de um Gênio - como descobrir e genialidade e a criatividade humana. SO: Editora Alegro, 2001. Criatividade: Uma vantagem Competitiva. RJ: desenvolver a 59
  • 60. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 - Montalvão, Alberto. O Comércio através dos Tempos. . SP: Novo Brasil Editora Ltda, 1979. - Revista Exame, edição 889, ano 41, nº 5 , 28/03/2007, pág. 40 a 42. - Mari, Juliana de- Microsoft – a força da equipe, Revista Exame/Você S/A – 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar – Edição /especial, 2006. - Segala, Amauri. O Triunfo da Toyota, Revista Época – Negócios, edição 2 – 04/04/2007. - Sethi, D. - Os sete Rs da auto-estima em Hesselbein, F. Goldsmith, M. e Beckhard, R. A Organização do Futuro. SP: Editora Futura, Fundação Peter Drucker, 1997, 252-259. - Silva, Antônio Carlos Teixeira da . Inovação: como gerar idéias que geram resultados. RJ: Qualitymark Editora, 2003. - Somerville, Jain e Mroz, John Edwin, Novas Competências para um Novo Mundo, em Hesselbein, F. Goldsmith, M. e Beckhard, R. A Organização do Futuro. SP: Editora Futura, Fundação Peter Drucker, 1997, 84-98. - Souza, Bruno Carvalho Castro. Criatividade – uma arquitetura cognitiva. Dissertação de mestrado, programa de pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. - Spitzer, Dean R. Supermotivação - uma estratégia para dinamizar todos os níveis da organização. SP: Editora Futura, 1997. - Thorpe, Scott - Pense como Einstein - uma maneira simples de transgredir as regras e descobrir o seu gênio oculto, SP: Editora Cultrix, 2000. 60
  • 61. Fátima Holanda – DH3 Consultoria E-mail: fátima.holanda@terra.com.br Tel.: (21) 9429-6865 SOBRE A AUTORA: Fátima Holanda é Mestre em Psicologia Social e da Personalidade, pela Fundação Getúlio Vargas e Psicóloga formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui MBA em Gerência em Saúde – Fundação Getúlio Vargas. Autora do livro: Liderança para Competitividade – gestão estratégica da Produtividade, do Relacionamento e da Qualidade. RJ: Qualitymark, 1996 (esgotado) e de vários artigos sobre gestão em sites diversos. Ao longo de sua experiência como executiva, consultora e palestrante tem implementado novas formas de atuação, sempre numa abordagem holística em processos relacionados à gestão empresarial. Além de ter proferido várias palestras em Congressos e em empresas, já atuou como professora universitária e em cursos de pós-graduação. Sempre se posiciona de maneira a estimular a busca do conhecimento, da reflexão, do desenvolvimento de competências e, principalmente, da experimentação de novas idéias que impulsionem o crescimento das pessoas e das organizações. Atualmente, como consultora realiza atividades de assessment individual e organizacional, executive coaching, além de campanhas de reconhecimento e workshops em empresas. E-mail para contato: fátima.holanda@terra.com.br 61