Este documento apresenta o portfólio de estágio de uma estudante de licenciatura em ciências biológicas. Ela realizou estágio em uma escola pública com infraestrutura precária e alunos desmotivados. A estagiária observou aulas da professora regente e depois ministrou aulas aplicando métodos construtivistas, embora enfrentando dificuldades com a disciplina dos alunos.
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CAMPUS II – ALAGOINHAS - BAHIA
PORTFÓLIO
Turma 2010.2
2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CAMPUS II – ALAGOINHAS - BAHIA
Portfólio apresentado ao curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas da Universidade do
Estado da Bahia, DCET, Campus II como
requisito Avaliativo do Componente Curricular
Estágio Supervisionado II, sob regência da Profa.
Cláudia Regina Teixeira de Souza.
Alagoinhas - BA
2011
3. “Ninguém nega o valor da educação e que um bom
professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem
bons professores para seus filhos, poucos pais
desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos
mostra o reconhecimento que o trabalho de educar
é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que
esses profissionais continuem sendo desvalorizados.
Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio
social e responsabilizados pelo fracasso da
educação, grande parte resiste e continua
apaixonada pelo seu trabalho.
Charlene Rodrigues Carneiro A data é um convite para que todos, pais, alunos,
Autora
sociedade, repensemos nossos papéis e nossas
atitudes, pois com elas demonstramos o
compromisso com a educação que queremos. Aos
professores, fica o convite para que não descuidem
de sua missão de educar, nem desanimem diante
dos desafios, nem deixem de educar as pessoas
para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois,
se a educação sozinha não transforma a sociedade,
sem ela, tampouco, a sociedade muda.”
Paulo Freire
4. ÍNDICE
Pág.
O Estágio ..................................................................... 1
A Escola ....................................................................... 3
A Turma ....................................................................... 5
O livro didático ............................................................ 7
A professora regente ................................................... 9
Período de regência .................................................. 11
Auxilio na conduta do estágio ................................... 20
Resultado .................................................................. 26
Considerações Finais ................................................. 27
Referências ................................................................ 29
5. 1
O Estágio
O estágio é um momento em que o acadêmico pode vivenciar
experiências, colocando na prática tudo ou parte daquilo que lhe é
apresentado na teoria, tomando uma consciência da responsabilidade e
deveres de sua futura profissão. De acordo com Francisco e Pereira
(2004) o estágio surge como um processo fundamental na formação do
aluno estagiário, pois é a forma de fazer a transição de aluno para
professor “aluno de tantos anos descobre-se no lugar de professor”.
Estágio Supervisionado parte da necessidade de uma formação
profissional mais ampla, e que acompanhasse as tendências de um
mercado de trabalho cada vez mais globalizado. A capacitação técnica
adequada, a formação linguística e a experiência de trabalho, foram
fatores fundamentais para solidificação de uma visão global, das
perspectivas de mercado para o futuro profissional.
6. 2
No momento estágio percebi que meu medo em “comandar”
uma sala de aula pode ser vencido, quer a insegurança foi superada.
Coloquei em prática tudo aquilo que aprendi nas aulas teóricas, foi um
momento valioso para minha formação.
O Estágio Supervisionado na área de Licenciatura em Ciências
Biológicas deve englobar a aprendizagem do processo produtivo, favorecer
um envolvimento na rotina da escola, facilitando a troca de conhecimentos
e experiências. Segundo Dorneles (2007) este processo é de suma
importância para o desenvolvimento da vida profissional, pois é nesta
etapa que os conhecimentos técnicos adquiridos ao longo da vida
acadêmica são colocados em prática, aprimorando a forma de
compreendê-los e analisá-los.
O Estágio de Licenciatura é uma
exigência da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (nº 9394/96). O
estágio é necessário à formação
profissional a fim de adequar essa
formação às expectativas do mercado de
trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim
o estágio dá oportunidade de aliar a
teoria à prática.
7. 3
A Escola
O local de estudo foi um colégio de Ensino Fundamental II (6°
ano ao 9° ano) e Ensino Médio, o qual funciona em três turnos. Sua
estrutura física se apresenta de forma precária, são notórias algumas
deficiências no âmbito de organização, higiene e espaço físico.
As salas de aula são amplas, porém não arejadas; paredes e
iluminação precisam de reparos bem como suas instalações sanitárias
(banheiros); além de bebedouros sem higienização adequada; as
carteiras não são conservadas e nem há quantidade suficiente para
todos os alunos. Possui um espaço para a biblioteca, quadra esportiva,
sala de vídeo com TV e DVD, ainda que precárias. Possui ainda espaços
que servem de secretaria, sala da direção e sala dos professores. Essas
deficiências interferem diretamente na vida escolar do aluno, uma vez
que este ambiente será cenário de estudo, discussão, debates,
reflexões, convívios sociais e lazer.
8. 4
No momento que entrei na escola, pela primeira vez,
percebi que a escola tinha uma péssima administração, “como o
aluno pode gostar de ir assistir aula em um lugar sujo?!” Onde falta
cadeiras, mesa, bebedouros e banheiros sujos, visto que o ambiente
influência bastante na aprendizado.
Segundo CORRÊA (1995), o espaço físico da escola deve ser
convidativo para os alunos, um lugar que represente relações de
intimidade e afetividade, em que se manifesta através de apreciação
visual ou estética e pelos sentidos a partir de uma longa vivência
(p.15). Sendo assim, cria-se vínculos afetivos e possibilita um espaço
facilitador para o desenvolvimento cognitivo, além de estabelecer ou
restabelecer valores como preservação e valorização de um espaço
social.
9. 5
A Turma
A turma era
composta por vinte e cinco
alunos matriculados, mas
aproximadamente dezoito
alunos frequentavam as
aulas, com idade de
variando de dezoito a vinte
anos e era uma turma de
bons alunos e a maioria de
zona rural de Feira de
Santana.
Os alunos eram muito agitados e se dispersavam com muita
facilidade e conversavam muito. Nessa turma, foi possível formar vários
grupos de alunos: os atenciosos, os desinteressados, mas com facilidade para
aprender; os atenciosos com dificuldade para aprender; e os desinteressados
com dificuldade para aprender. Nem todos participavam da aula,
perguntando, questionando.
10. 6
Em relação ao cumprimento das
regras e a resolução de atividades, uma grande
maioria eram indisciplinados não realizando
tanto as atividades de casa como as de classe.
Contudo, havia um percentual considerável de
alunos que faziam todas as atividades
trabalhadas em sala. Havia também aqueles
alunos que não frequentavam as aulas por
estarem aprovados na disciplina.
Senti receio nas primeiras aulas pois os
alunos possuía um carinho e amizade pela
professora regente, gostavam da metodologia
dela.
Segundo ABREU & MASETTO (1990),
afirma que “é o modo de agir do professor em sala
de aula, mais do que suas características de
personalidade que colabora para uma adequada
aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa
determinada concepção do papel do professor,
que por sua vez reflete valores e padrões da
sociedade”.
11. 7
O Livro Didático
O livro didático (LD) utilizado pela escola era Biologia dos
Organismos de Amabis e Martho. Mas os alunos não utilizava o livro em
sala de aula, pois alegavam que esse era muito pesado. Com isso, utilizei
apostila em sala de aula e solicitava exercício do livro no final de toda aula,
na tentativa.
O LD representou uma ferramenta importante nas aulas, mas ele
sempre foi utilizado de forma complementar nas aulas.
O Ministério da Educação afirma
que o livro didático brasileiro, ainda hoje, é
uma das principais formas de documentação
e consulta empregado por professores e
alunos. Nessa condição, ele às vezes termina
por influenciar o trabalho pedagógico e o
cotidiano da sala de aula (BRASIL, 2003, p.
275).
12. 8
De acordo com SANDRIN (2005) o LD constitui um dos
recursos mais tradicionais utilizados pelos docentes da escola básica
como material de apoio aos processos de ensino e aprendizagem, e tem
sido alvo de intensa avaliação em diferentes aspectos: conceitual,
industrial, comercial, adoção, avaliação e utilização.
O LD é ainda a fonte de acesso ao saber institucionalizado de
que dispõem professores e alunos (CARMAGNANI, 1999) e constitui o
centro do processo de ensino-aprendizagem em todos os graus de
ensino no cenário atual da educação brasileira (CORACINI, 1999),
cabendo, portanto, ressaltar três questões principais que precisam ser
urgentemente revistas: a noção dos assuntos, os critérios adotados e as
habilidades trabalhadas.
13. 9
A Professora Regente
A professora regente estava prestes a se aposentar e
desmotivada com o desempenho dos alunos no últimos anos.
O perfil do professor em sala e
muito importante para os alunos, uma
vez que este será um facilitador do
conhecimento. A relação da educadora
com os alunos é considerada excelente,
pois é sempre simpática. Ela era pontual
e um pouco desorganizada, articulava
aulas simples sem muito
aprofundamento do conteúdo, alegando
que aulas mais rebuscadas, os alunos
acabariam não entendendo e atrasando
a programação curricular.
O desânimo da professora
justificava-se com o desinteresse dos
alunos.
14. 10
A competência do professor não está no fato de “dar uma boa
aula”. E sim quando ele consegue articular os diferentes saberes e dar
significado ao que ensina (OLIVEIRA & LAMPERT, 2004, p. 141). Perrenoud
(1999) define competência como sendo “uma capacidade de agir
eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em
conhecimentos, mas sem limitar-se a eles” (p.7).
Em relação ao tratamento dado à estagiária, a professora
regente se apresentou disposta a ajudar e orientar sempre que
necessário e possui uma boa relação com os seus colegas de trabalho,
mostrando-se simpática.
15. 11
Período de Regência
O exercício da regência na
área de educação propicia ao estagiário,
possibilidades de enfrentar as diversas
variáveis que interferem em seu campo
de trabalho. A vivência adequada e bem
orientada destes dois momentos
permite aos estagiários experimentarem
realidades que encontrarão em sua vida
profissional.
O Estágio Supervisionado II
procedeu-se em duas etapas, a de
observação e a de atuação. A
observação é uma etapa muito valiosa,
é nesse momento que nos é permitido
perceber e avaliar o âmbito de atuação
e conhecer a turma. A Observação foi
em duas aulas onde a professora
regente corrigiu exercícios e entregou
provas e notas da terceira unidade.
16. 12
A execução da regência em sala de aula proposta pelo Estágio
Supervisionado II, teve início no dia 19/10 e término no dia 14/12/2010,
da citada escola, para que esse fosse efetivado de maneira formal. De
acordo com Freire & Verenguer (2007, p.115),
[...] além de compreender as características do público
atendido, é importante que o profissional compreenda
as particularidades das diferentes áreas de intervenção
profissional. Isso estimula o desenvolvimento da
competência para a investigação científica, sendo um
momento de criação ou recriação de conhecimentos,
essencial para que o profissional possa pesquisar e
compreender sua própria intervenção e construir
novas propostas para a área. E, faz com que o
estagiário conheça o ambiente real de intervenção
profissional, se preparando para identificar, interpretar
e propor soluções para os problemas que enfrentará
no cotidiano da profissão.
17. 13
A etapa de atuação foi um tanto complicada, senti algumas
dificuldades e medos no início, e foi bem diferente do imaginado. Nessa
etapa percebi que não necessitamos só conhecermos as leis, as teorias
e tantas outras coisas que nos é pregado desde o momento em que
ingressamos na universidade. É preciso saber como por em prática tudo
que aprendemos ao longo da nossa vida acadêmica, a níveis
intelectuais, éticos, morais e controle de turma. E acima de tudo é
preciso saber como nos portar diante das diferenças e eventualidades,
quebrando tabus e tentando alcançar a zona desenvolvimento proximal,
a qual é tão defendida por Vygotsky (1978).
A grande maioria das minhas aulas foram baseadas no
construtivismo. Trabalhei o mesmo assunto de maneiras distintas,
visando atingir as principais zonas de aprendizagem, utilizei
apontamento no quadro e apostilas (como complemento), mesmo a
turma possuindo livro didático, não foram muitas as aulas áudios-visuais
devido dificuldade da utilização desse recurso na escola. Não foi um
trabalho fácil, eu me sentia fracassada e insatisfeita toda fez que não
percebia o interesse deles pela aula, e por isso tentava sempre trazer
inovações que despertasse o interesse deles.
18. 14
Em alguns momentos usei de autoritarismo na tentativa de
não perdesse o controle da turma, mesmo sabendo que essa prática é
muito criticada por vários autores. Segundo (FREIRE, 2000a, p. 99). “o
autoritarismo é a ruptura em favor da autoridade contra a liberdade e a
licenciosidade, a ruptura em favor da liberdade contra a autoridade"
Nas avaliações (teste e prova) busquei trabalhar com questões
objetivas e subjetivas, cobrando somente aquilo que foi discutido em
sala de aula, buscando treina-los a escrever sobre aquilo que foi
explanado e apreendido, na tentativa de torna-los críticos sobre o
assunto. Procurei avaliar também, durante todo o processo, usando
estratégias de verificação de aprendizagem que desenvolvessem o
raciocínio, a criatividade dos educandos, considerando a participação e
compromisso nas atividades propostas, com isso foi possível perceber
de forma mais clara, a dificuldade de muitos alunos em relação à
ciência. O conjunto de todas as atividades produzidas durante o estágio
e a prova constituiu a nota final dos alunos
19. 15
Primeiros dias ...
Aulas sobre Poríferos e Cnidários
No início estava muito nervosa porque não
conhecia direito a turma, apesar de já ter feito a
observação. Mas depois fui ficando a vontade, a
turma parecia muito bom. Quando fui explicando
o assunto eles prestaram bastante atenção e
participaram da aula. Mas o tempo era meu pior
inimigo, tudo que planejei não deu certo, os
pouquíssimos minutos passaram “voando”.
20. 16
O planejamento um instrumento direcional de todo o processo
educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as
prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios
necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da
educação.” (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001)
21. 17
Dias que se seguem ...
A aula sobre Platelmintos e Nematelmintos
A aula foi muito proveitosa, os alunos participaram
e questionaram bastante. Como os recursos audio-visuais era
quase que “utópicos”, levei imagens impressa em folha de
papel oficio para facilitar a aprendizagem. Quando finalmente
consegui cronometrar o tempo de aula outra dificuldade veio
à tona, não conseguia impor autoridade.
Segundo FERNANDES (1998), a maioria dos alunos
vê a biologia apresentada em sala, como uma disciplina cheia
de nomes, ciclos e tabelas a serem decorados, enfim, uma
disciplina “chata”. Assim, a questão que se coloca é: como
atrair os alunos ao estudo e como estimular seu interesse e
participação? A resposta, claro, não é simples e nem há uma
receita pronta. O mesmo autor argumenta que para esta
questão não pode haver uma fórmula universal, pois cada
situação de ensino é única. Acredita, porém, que é necessário
buscar soluções, refletir sobre o assunto e trocar experiências.
22. 18
Dias que se seguem ...
Feriados
Quando já estava conseguindo me
adaptar à turma, eis que surgem os
feriados, dificultando ainda mais
minhas aulas. Então solicitei
atividades, como lista de exercício e
estudo dirigido, para serem resolvidas
em casa.
A utilização de outras modalidades
didáticas tais como: audiovisuais,
ferramentas computacionais, práticas
no laboratório e na sala de aula, Para Moura e Vale (2003), os
atividades externas, programas de professores devem enfatizar
estudo por projetos e discussões, atividades que favoreçam a
entre outras, quando ocorre, se dá por espontaneidade do aluno e seus
iniciativas esporádicas de alguns conceitos cotidianos, permitindo que
professores, levadas a diante por (o aluno) construa noções
enorme esforço pessoal de tais necessárias para a compreensão da
profissionais. ciência.
23. 19
Dias que se seguem ...
Teste
O teste transcorreu normalmente, não houve reclamações e nem
problemas. O teste foi uma “novidade” para essa turma, pois não era
comum nas atividade solicitadas pela professora regente.
Segundo Vendramini (2004) uma avaliação bem estruturada seja na
forma de dissertação, teste, em grupo, entre outras, deve proporcionar
aos docentes condições de conhecer seus educandos, quais suas reais
dificuldades na aprendizagem, determinar se os objetivos propostos pelo
educador foram alcançados, bem como promover o desempenho
acadêmico.
24. 20
Dias que se seguem ...
Aula sobre Peixes
Bem a aula foi bem interessante, pois dividi com minha companheira de
estágio Paula Gabriele. Fiquei nervosa devido à presença da professora
orientadora Cláudia Regina me observado, é difícil saber que você esta
sendo avaliada. Estava me sentido muito segura com o conteúdo, visto
que o conhecia bastante. Os alunos “responderam” de forma positiva,
prestando atenção no que era explanado, percebi isso através dos olhares
atento ao que falava e as perguntas. A aula com o auxílio data show foi
recurso no qual pude mostrar figuras dos animais e das estruturas
morfológicas, o que facilita a visualização dos alunos.
A utilização de slides que, apesar de parecer um recurso “fora de moda”
nestes tempos de informática é defendida por FERNANDES (1998).
Segundo ele, os slides permitem uma projeção de alta resolução,
enfatizando cores, beleza e detalhes, visíveis de qualquer ponto de uma
sala de aula.
25. 21
Dias que se seguem ...
Aulas sobre Anfíbios e Repteis
Não houve problemas durantes as aulas, os alunos participaram da correção
dos exercícios e tiraram dúvidas sobre os assuntos.
De acordo com GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o
diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes,
colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo
um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.
26. 23
Dias que se seguem ...
Aulas sobre Aves e Mamíferos
Inicialmente alunos estavam um pouco agitados, com isso dificultou um
pouco a aula. Mas a comecei a questioná-los sobre o assunto, fazendo que
eles interagissem, o conteúdo da IV unidade foi concluído, me despedi dos
alunos e agradeci pela compreensão dele em alguns momentos e por terem
aceito minha presença em sala de aula.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento
através da absorção de informações, mas também pelo processo de
construção da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é
necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador
de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender,
numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus
alunos e tentar levá-los à autorealização (SOUZA E SILVA, 2007).
27. 24
Ultimo dia ...
A prova final
O último dia de aula foi encerrado com a
aplicação de um prova com 10 questões. A
prova transcorreu normalmente, não houve
reclamações e nem problemas.
Segundo Freire (1996) “o professor autoritário,
o professor licencioso, o professor
competente, sério, o professor incompetente,
irresponsável, o professor amoroso da vida e
das gentes, o professor mal-amado, sempre
com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa
pelos alunos sem deixar sua marca”.
28. 25
Auxílio na condução do Estágio
Durante o desenvolvimento da
regência era realizado o acompanhamento
semanal e individual com a professora do
componente curricular, Cláudia Regina
Teixeira de Souza. Esses momentos eram
reservados para esclarecer dúvidas para o
melhor desempenho durante as atividades
relacionadas ao estágio, com a
apresentação de planos de aulas.
Cláudia Regina Teixeira de Souza
Motivadora
29. 26
Resultados
A proposta de trabalho teve resultados favoráveis, visto que
no momento da correção da prova foi possível notar que os alunos que
prestavam atenção na aula tiveram um excelente resultado, enquanto
aqueles que não assistiam às aulas, ou não prestavam atenção, não
tiveram um resultado muito favorável. Mostrando assim que a
metodologia utilizada em sala foi satisfatória. Percebi também que nas
aulas prática e as que usei recursos áudios-visuais, ocorreu uma maior
interação dos alunos com o conteúdo.
A experiência adquirida
durante o Estágio me fez ver a
importância que este representa na
formação docente. Foi o momento em
que procurei ver com outros olhos a
teoria sendo posta em prática na sala de
aula, e reafirmei opção pela profissão de
docente em Ciências Biológicas.
30. 27
Considerações Finais
A partir da realização desse trabalho, foi percebida a
fragmentação e carência do ensino público no âmbito municipal. Ainda
há muito que ser feito, em termos estruturais como também pessoais. E
por isso, pela vivência em sala de aula através das observações e
regência, que é possível afirmar que o estágio supervisionado pode nos
frustrar, quando se pensa em seguir uma vida docente e de repente
depara-se com uma realidade muito além da imaginada, ou pelo
contrário, o estágio pode nos instigar a buscar maneiras para contornar
as dificuldades impostas pelo sistema educacional, trabalhando de
forma simples, com estruturas precárias, porém, buscando o interesse
dos educandos. Ao término deste estágio, percebi também a
importância do mesmo para o cotidiano acadêmico(estando em uma
Licenciatura), e quais dificuldades que se enfrenta por não realiza-lo.
Analisei também as possibilidades e soluções para construí-lo e
trabalha-lo no dia-a-dia, na construção de cidadãos reflexivos, críticos e
transformadores, pois a educação está nos atos e atitudes, nas
responsabilidades, no interesse, no se dispor para o aprender-ensinar e
na busca de uma sociedade justa e igualitária.
31. 28
Com a observação e regência foi possível constatar a fundamental
importância desta etapa para o desenvolvimento do profissional
docente. Foi através de comportamento do professor e dos alunos
que percebi o que devo aprender e o que não devo. A regência
possibilitou uma experiência para avaliar a atuação em sala de aula,
percebendo se erros tão criticados se fazem presente.
Desta forma, o desenvolvimento do estágio foi extremamente
positivo, cumprindo com os objetivos anteriormente apresentados.
A forma como o processo de aprendizagem foi elaborado ao longo
do período de trabalho tornou possível não somente a aquisição,
mas também a aplicação de diversos conhecimentos que foram
adquiridos ao longo da vida acadêmica.
32. 29
Referências
BRASIL. MEC - Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Programa Nacional do Livro
Didático 2004. Guia de livros didáticos 1ª a 4ª Séries. V. 2, 275p. Brasília: MEC, 2003
CORRÊA, Roberto L. Espaço, um conceito-chave da Geografia In: CASTRO, I. E., CORREA, R. L. e GOMES, P. C.
C. (orgs.). Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, p. 15-47.
CARMAGNANI. A concepção de Professor e de aluno no livro didático e o Ensino de Redação em LM e LE. In:
CORACINI, M. C. (Org). Interpretação, autoria e legitimação do Livro Didático. SP: Ed. Pontes, 1999.
CORACINI, M. C. Interpretação, autoria e legitimação do Livro Didático. SP: Ed. Pontes, 1999.
DORNELES, I. H. Relatório de estágio supervisionado. Universidade Hochschule Niederrhein – University of
Applied Sciences – Alemanha. Santa Maria: Hochschule Niederrhein, 2007. Disponível em
<http://marta.tocchetto.com/site/?q=node/54>. Acesso em 15 de agosto de 2010.
33. 30
Referências
FRANCISCO, C. M. e PEREIRA, A. S. Supervisão e Sucesso do desempenho do aluno no estágio, 2004.
Disponível em internet. http://www.efdeportes.com/efd69/aluno.htm. Acesso em 31 Jul. 2010.
FREIRE, E. S. & VERENGUER, R. C. G. Estágio supervisionado: a nova proposta para o curso de bacharelado em
educação física da universidade presbiteriana mackenzie. Barueri: Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte, 6(2):115-119, 2007.
FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP,
2000.
OLIVEIRA, M.O. de.; LAMPERT, J. Revisitando os saberes para o exercício da docência: a formação inicial do
professor em Artes Visuais. In: MEDEIROS, M.B. de (Org). Arte em pesquisa: especificidades. Vol. 2. Brasília:
ANPAP/UnB, 2004. p. 141-147.
SANDRIN, M. F. N.; PUORTO, G. & NARDI, R. Serpentes e acidentes ofídicos: um estudo sobre erros
conceituais em livros didáticos. Porto Alegre: Investigação no ensino de ciências, Vol.10, n.3. 2005.
<http://www.if.ufrgs.br/public/ensino>. Acesso em 11 de abril de 2010.
VYGOTSKY L. S. (1978). Mind in Society – The Development of Higher Psychological Processes. Cambridge
MA : Harvard University Press.