SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 4
Downloaden Sie, um offline zu lesen
1
IMPERIALISMO, GUERRA E TERRORISMO DE ESTADO
Fernando Alcoforado*
O terrorismo é utilizado por organizações como um meio para alcançar um fim. O
terrorismo difere da guerrilha quanto aos alvos a atingir em suas ações. Enquanto a
guerrilha escolhe alvos militares, as forças do adversário, sua logística, os depósitos de
munições, o terrorismo procura atingir alvos civis e militares indiscriminadamente. O
terrorismo não busca apenas o ataque seletivo, mas também o ataque em massa. Um
movimento terrorista pode, em função da correlação de forças, utilizar simultaneamente
ou separadamente terrorismo, guerrilha e operações militares clássicas desde que
disponha da capacidade suficiente. Este é o caso da Al Qaeda e do denominado Estado
Islâmico que surgiram no Oriente Médio.
A ação terrorista sempre foi vista no passado em um contexto revolucionário. O propósito
mais comum do terrorismo no passado era causar um estado de medo no governo ou perda
de confiança por parte de setores específicos da população que o apoiava. Terrorismo é
freqüentemente o último recurso dos desesperados, e pode ser usado por grandes ou
pequenas organizações. O terrorismo depende fortemente da surpresa e é frequente que
ocorra quando e onde é menos esperado. No passado, o terrorismo evitava matar e ferir
mulheres, crianças, idosos ou outros inocentes. Nos tempos atuais, o terrorismo não
delimita mais aqueles que serão atingidos ou não por suas ações. O termo terrorismo
passou a ser mais largamente empregado na história a partir de 1793 na França de
Robespierre durante o regime do Terror da Revolução Francesa.
Em artigo publicado na Revista Espaço Acadêmico, no. 51, de agosto de 2005, sob o
título A questão do terrorismo e suas raízes históricas, Lejeune Mato Grosso Xavier de
Carvalho, sociólogo da Fundação Unesp, professor da Unimep, membro da Academia de
Altos Estudos Ibero-Árabe de Lisboa e membro da International Sociological
Association, afirma que pode-se classificar, a grosso modo, em quatro tipos as ações que
se dizem “terroristas”: 1) o terror religioso e fundamentalista (no caso de muçulmanos,
cristãos e judeus extremistas que muitas vezes fazem de seu corpo uma arma de guerra);
2) os do tipo mercenário (aqueles cujo interesse é o dinheiro); 3) os nacionalistas (como
o exército Republicano Irlandês – IRA na Irlanda e a ETA, no país Basco); e, 4) os
ideológicos sejam eles de esquerda que lutam por mudanças sociais ou de direita que tem
por objetivo a manutenção do “status quo”.
Outra forma de terrorismo não citada por Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho é o
terrorismo de estado. Modernamente, a expressão terrorismo de Estado surgiu durante a
Guerra Fria para designar a Operação Condor que foi uma estratégia de repressão comum
aos governos ditatoriais da América do Sul na década de 1970, para o enfrentamento dos
movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil, no Chile e na Argentina. A
expressão terrorismo de Estado passou a ser comum nas denúncias das práticas
repressivas pelos serviços secretos que resultaram em assassinatos, torturas, censura aos
meios de comunicação e exercício enfim de uma série de violências praticadas pelo estado
similares aos empregados no terrorismo. Apesar de ter as mesmas consequências, mas ser
bastante diferente nos métodos, a repressão política em estados ditatoriais é muitas vezes
associada ao terrorismo, como o Terror durante a Revolução Francesa de Rosbepierre, a
repressão na Europa ocupada pela Alemanha nazista e as ditaduras na América Latina nas
décadas de 1960 e 1970, entre outros regimes de exceção em todo o mundo.
2
O mundo vive na atualidade dois tipos de terrorismo globalizado: 1) o terrorismo
praticado pelas grandes potências imperialistas, sobretudo pelos setores dirigentes dos
Estados Unidos e seus aliados visando a conquista de recursos naturais e a dominação dos
mercados dos países capitalistas periféricos; e, 2) o terrorismo praticado por organizações
que reagem à ação imperialista em todo o mundo, sobretudo árabes, combatendo a
ocupação militar de seus países pelas grandes potências imperialistas, como ocorre no
Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Síria, entre outros países.
O imperialismo praticado pelas grandes potências ocidentais contra os países capitalistas
periféricos tem significado guerra e terrorismo ao longo da história. De todas as forças
violentas surgidas até hoje ao longo da história, foi o imperialismo (alemão, britânico,
francês e norte-americano, entre outros), quem cometeu os maiores crimes contra a
Humanidade — das guerras interimperialistas como a 1ª e 2ª Guerra Mundial às chamadas
guerras limitadas como a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã e o patrocínio dos regimes
de terror como as ditaduras militares implantadas através de golpes de estado na América
Latina nas décadas de 1960 e 1970, inclusive no Brasil. Através de regimes subordinados
a seus interesses, o governo dos Estados Unidos e seus aliados patrocinaram todos os
possíveis atos de terrorismo, o que inclui prisões e detenções ilegais, torturas,
assassinatos, entre outras ações. Milhares de pessoas na Ásia, África e América Latina
sofreram com esses atos de terrorismo de Estado.
Nos últimos 20 anos, o governo dos Estados Unidos e seus aliados desencadearam cinco
guerras de agressão em larga escala — as do Iraque, da Iugoslávia, do Afeganistão, da
Líbia e da Síria — e no processo lucraram com espólios, como os recursos petrolíferos,
enquanto os povos destes países sofreram terrivelmente com o terror imperialista em
todas essas guerras de agressão. Os alvos mais recentes dos Estados Unidos e seus aliados
são a tentativa de derrubada dos regimes de Assad na Síria e a dos aiatolás no Irã contando
com o apoio de Israel. O que faz tais guerras serem extremamente abomináveis é a
covardia na utilização do poder aéreo com o uso inclusive de aviões não tripulados
(drones) e de outras armas de alta tecnologia para bombardear e massacrar a população
civil, destruir infraestruturas, incluindo barragens, usinas elétricas, hospitais, creches,
escolas, fábricas, edifícios de escritórios, igrejas e meios de comunicação.
Os Estados Unidos e seus aliados imperialistas são responsáveis pela ruína econômica e
social dos países periféricos do mundo. Além disso, instiga os conflitos étnicos e
religiosos, gerando rivalidades e massacres civis. Os Estados Unidos é o agressor e
terrorista número um da Humanidade. Não importa o quanto seja, ocasionalmente,
chocante a atividade de pequenos grupos privados de terroristas todos eles são minúsculos
perante o superterrorismo dos Estados Unidos. Internamente, o governo dos Estados
Unidos está oprimindo imigrantes da Ásia, África e América Latina e, sobretudo, aqueles
que pertencem à fé islâmica. Promulgaram o Patriot Act fascista durante o governo Bush,
sob o disfarce de antiterrorismo, impondo a outros países o modelo de legislação
antidemocrática e medidas draconianas.
O governo dos Estados Unidos está induzindo a repressão dos países sob sua tutela a fazer
prisões arbitrárias, detenções incomunicáveis e sem acusações, tribunais militares contra
civis, assassinatos ou rapto de líderes anti-imperialistas para serem julgados em tribunais
controlados por eles mesmos. Além disso, são concedidas permissões à CIA para
assassinar líderes anti-imperialistas no estrangeiro como o praticado pelos Estados
Unidos assassinando por drones o general iraniano Qasem Soleimani, chefe da Força de
inteligência Quds do Irã, na última quinta-feira (2/1/2020). A escalada do terror
3
globalizado encontra um terreno fértil para sua proliferação com o terrorismo de Estado
praticado pelo governo dos Estados Unidos.
A história da humanidade tem se caracterizado há séculos pela vitória da barbárie sobre
a civilização. Civilização e Barbárie são antônimas, ou seja, palavras com significados
opostos. Segundo o dicionário, Civilização é uma palavra imbuída de qualidades, isto é,
inclui os bens educados, os que vivem em sociedade, em suma, os que se adéquam a
padrões pré-estabelecidos. Em contraposição, Barbárie é o estado em que vivem os
bárbaros e estes são aqueles sem cultura, sem civilização, violentos, cruéis, em suma, os
que não se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Se o conceito de civilizado não se aplica
aos povos da periferia capitalista porque não são bem educados, o conceito de bárbaro se
aplica mais do que o de civilizado aos que se consideram civilizados (governos norte-
americanos e europeus) porque são violentos, cruéis e não se adéquam aos padrões
civilizacionais estabelecidos.
A situação atual do planeta é dramática. A humanidade se sente esmagada pelas grandes
potências mundiais a serviço dos grupos monopolistas que comandam suas economias e
que tudo fazem em defesa de seus interesses, desrespeitando leis, culturas, tradições e
religiões. Invasões em países periféricos, de forma aberta ou sub-reptícia, são realizadas
desrespeitando leis e tratados internacionais. Desde suas origens como modo de
produção social no século XVI, o capitalismo tem se caracterizado pela barbárie que
significa selvageria, crueldade, desumanidade, incivilidade. Massacres, genocídios e
múltiplas formas de degradação humana caracterizam o capitalismo em seu
desenvolvimento histórico. É na periferia capitalista que o capitalismo expõe sua face
mais bárbara. É o que tem feito o capitalismo em todo o mundo, destruindo por dinheiro,
matando por riqueza e poder, fazendo com que as vidas já não valham mais nada, tudo
isso por poder e riqueza! Enquanto prevalecer esta situação no mundo o terrorismo tende
a proliferar em todos os quadrantes da Terra.
O cenário em que vivemos atualmente no planeta apresenta o que Thomas Hobbes
denominou de estado de natureza ou estado de guerra de todos contra todos. Segundo
Hobbes, no “estado de natureza”, reina a ausência do Direito, logo não há espaço para a
justiça. Neste contexto, todos procuram defender seus direitos por meio da força. No
“estado de natureza”, portanto, como concebera Hobbes, reina a guerra de todos contra
todos. O estado de natureza é, portanto, o estado da liberdade sem lei externa, isto é,
ninguém pode estar obrigado a respeitar os direitos alheios tampouco pode estar seguro
de que os outros respeitarão os seus e muito menos pode estar protegido contra os atos de
violência dos demais (HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Ícone Editora). Esta é a
situação que prevalece nas relações internacionais atuais.
Não existe na atualidade o que Hobbes denomina de poder comum no plano mundial, isto
é, a existência de acordo de todos para sair do estado de natureza para instituir uma
situação tal que permita a cada um seguir os ditames da razão, com a segurança de que os
outros farão o mesmo. A tentativa de constituir a Liga das Nações após a 1ª Guerra
Mundial e da ONU após a 2ª Guerra Mundial não foi capaz de estabelecer um poder
comum interestatal no plano mundial para evitar a guerra de todos contra todos. Esta é,
segundo Hobbes, a condição preliminar para obter a paz. Hobbes afirma que o estado de
natureza é um estado de insegurança e que a finalidade de um poder comum é remover
as causas dessa insegurança. A causa principal da insegurança é a falta de um poder
mundial comum e o único meio para isso é que todos os estados consintam em renunciar
4
a seu próprio poder transferindo-o para uma pessoa jurídica, como, por exemplo, a ONU
reestruturada.
Enquanto a humanidade não construir um poder mundial comum prevalecerá a lei das
selvas, isto é o estado de natureza no plano internacional. Enquanto prevalecer a
hegemonia política, econômica e militar dos Estados Unidos que procura impor sua
vontade no contexto do sistema interestatal, a guerra de todos contra todos imperará. Até
o surgimento de um poder mundial comum, isto é, um governo mundial, as relações
internacionais serão regidas pela lei do mais forte. E este é o pior cenário porque nenhum
país por mais poderoso que seja terá capacidade de evitar a guerra de todos contra todos.
* Fernando Alcoforado, 80, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor
nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de
sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC-
O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil
(Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de
doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização
e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século
XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions
of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017),
Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria)
e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...
As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...
As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...Fernando Alcoforado
 
Ditaduras na América Latina - Resumo
Ditaduras na América Latina - ResumoDitaduras na América Latina - Resumo
Ditaduras na América Latina - ResumoAlinnie Moreira
 
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy foster
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy fosterA redescoberta do imperialismo, por john bellamy foster
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy fosterFelix
 
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01WILLISON ARAUJO
 
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASILA BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASILFernando Alcoforado
 
Novos conflitos e tensões internacionais
Novos conflitos e tensões internacionaisNovos conflitos e tensões internacionais
Novos conflitos e tensões internacionaisWellemKaren
 
Terrorismo do séc. xxi
Terrorismo do séc. xxiTerrorismo do séc. xxi
Terrorismo do séc. xxiberenvaz
 
Guerra Fria e Am. Latina
Guerra Fria e Am. LatinaGuerra Fria e Am. Latina
Guerra Fria e Am. LatinaLais Kerry
 
Ditaduras na america latina
Ditaduras na america latinaDitaduras na america latina
Ditaduras na america latinaIsabel Aguiar
 

Was ist angesagt? (20)

Trabalho história
Trabalho históriaTrabalho história
Trabalho história
 
Terrorismo
TerrorismoTerrorismo
Terrorismo
 
Ditadura na américa latina
Ditadura na américa latinaDitadura na américa latina
Ditadura na américa latina
 
SOCIOLOGIA TERRORISMO
SOCIOLOGIA TERRORISMOSOCIOLOGIA TERRORISMO
SOCIOLOGIA TERRORISMO
 
As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...
As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...
As eleições presidenciais nos estados unidos e o futuro das relações internac...
 
Terrorismo
TerrorismoTerrorismo
Terrorismo
 
Lição 3 o terrorismo marca o novo século ebd
Lição 3   o terrorismo marca o novo século   ebdLição 3   o terrorismo marca o novo século   ebd
Lição 3 o terrorismo marca o novo século ebd
 
Aula 2 terrorismo
Aula 2   terrorismoAula 2   terrorismo
Aula 2 terrorismo
 
Ditaduras na América Latina - Resumo
Ditaduras na América Latina - ResumoDitaduras na América Latina - Resumo
Ditaduras na América Latina - Resumo
 
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy foster
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy fosterA redescoberta do imperialismo, por john bellamy foster
A redescoberta do imperialismo, por john bellamy foster
 
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01
Ditaduramilitar1964 1985trabalho-100608211232-phpapp01
 
Capitalismo e fascismo global
Capitalismo e fascismo globalCapitalismo e fascismo global
Capitalismo e fascismo global
 
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASILA BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL
A BARBÁRIE DO FASCISMO NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL
 
Venezuela rumo à guerra civil
Venezuela rumo à guerra civilVenezuela rumo à guerra civil
Venezuela rumo à guerra civil
 
Trabalho de história
Trabalho de históriaTrabalho de história
Trabalho de história
 
Novos conflitos e tensões internacionais
Novos conflitos e tensões internacionaisNovos conflitos e tensões internacionais
Novos conflitos e tensões internacionais
 
Conflitos na américa latina
Conflitos na américa latinaConflitos na américa latina
Conflitos na américa latina
 
Terrorismo do séc. xxi
Terrorismo do séc. xxiTerrorismo do séc. xxi
Terrorismo do séc. xxi
 
Guerra Fria e Am. Latina
Guerra Fria e Am. LatinaGuerra Fria e Am. Latina
Guerra Fria e Am. Latina
 
Ditaduras na america latina
Ditaduras na america latinaDitaduras na america latina
Ditaduras na america latina
 

Ähnlich wie Imperialismo, guerra e terrorismo de estado

Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° ano
Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° anoConflitos armados no mundo - Geografia - 2° ano
Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° anofernandasaraivadacun1
 
O choque de civilizações e o avanço do terrorismo
O choque de civilizações e o avanço do terrorismoO choque de civilizações e o avanço do terrorismo
O choque de civilizações e o avanço do terrorismoFernando Alcoforado
 
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoComo impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoFernando Alcoforado
 
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoComo impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoFernando Alcoforado
 
Terrorismo, capitalismo e governança mundial
Terrorismo, capitalismo e governança mundialTerrorismo, capitalismo e governança mundial
Terrorismo, capitalismo e governança mundialFernando Alcoforado
 
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptx
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptxCONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptx
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptxEduardoBarroso37
 
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventadaA democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventadaaugustodefranco .
 
Terrorismo e relações internacionais.pdf
Terrorismo e relações internacionais.pdfTerrorismo e relações internacionais.pdf
Terrorismo e relações internacionais.pdfEduardoNeto70
 
Você sabe o que é Fascismo.pdf
Você sabe o que é Fascismo.pdfVocê sabe o que é Fascismo.pdf
Você sabe o que é Fascismo.pdfHenrique Pontes
 
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdf
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdfSlides-Guerra-fria-ditaduras.pdf
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdfMikellonLira2
 
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazComo combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazRoberto Rabat Chame
 
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazComo combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazFernando Alcoforado
 
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trump
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trumpO renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trump
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trumpFernando Alcoforado
 

Ähnlich wie Imperialismo, guerra e terrorismo de estado (20)

2º Ma Grupo 01
2º Ma   Grupo 012º Ma   Grupo 01
2º Ma Grupo 01
 
Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° ano
Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° anoConflitos armados no mundo - Geografia - 2° ano
Conflitos armados no mundo - Geografia - 2° ano
 
O choque de civilizações e o avanço do terrorismo
O choque de civilizações e o avanço do terrorismoO choque de civilizações e o avanço do terrorismo
O choque de civilizações e o avanço do terrorismo
 
Terrorismo no século xxi
Terrorismo no século xxiTerrorismo no século xxi
Terrorismo no século xxi
 
O mundo em conflito
O mundo em conflitoO mundo em conflito
O mundo em conflito
 
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoComo impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
 
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneoComo impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
Como impedir a débâcle humanitária no mundo contemporâneo
 
Terrorismo, capitalismo e governança mundial
Terrorismo, capitalismo e governança mundialTerrorismo, capitalismo e governança mundial
Terrorismo, capitalismo e governança mundial
 
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptx
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptxCONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptx
CONFLITOS ARMADOS E TERRORISMO.pptx
 
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventadaA democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
 
Jornal mundo
Jornal mundoJornal mundo
Jornal mundo
 
Jornal mundo
Jornal mundoJornal mundo
Jornal mundo
 
Terrorismo e relações internacionais.pdf
Terrorismo e relações internacionais.pdfTerrorismo e relações internacionais.pdf
Terrorismo e relações internacionais.pdf
 
Você sabe o que é Fascismo.pdf
Você sabe o que é Fascismo.pdfVocê sabe o que é Fascismo.pdf
Você sabe o que é Fascismo.pdf
 
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdf
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdfSlides-Guerra-fria-ditaduras.pdf
Slides-Guerra-fria-ditaduras.pdf
 
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazComo combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
 
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de pazComo combater o terrorismo e construir um mundo de paz
Como combater o terrorismo e construir um mundo de paz
 
Terrorismo de Estado.pptx
Terrorismo de Estado.pptxTerrorismo de Estado.pptx
Terrorismo de Estado.pptx
 
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trump
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trumpO renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trump
O renascimento do fascismo nos estados unidos com donald trump
 
Terrorismo
TerrorismoTerrorismo
Terrorismo
 

Mehr von Fernando Alcoforado

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO Fernando Alcoforado
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENFernando Alcoforado
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?Fernando Alcoforado
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALFernando Alcoforado
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGEFernando Alcoforado
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALFernando Alcoforado
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDFernando Alcoforado
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE Fernando Alcoforado
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOFernando Alcoforado
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
 

Mehr von Fernando Alcoforado (20)

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
 

Imperialismo, guerra e terrorismo de estado

  • 1. 1 IMPERIALISMO, GUERRA E TERRORISMO DE ESTADO Fernando Alcoforado* O terrorismo é utilizado por organizações como um meio para alcançar um fim. O terrorismo difere da guerrilha quanto aos alvos a atingir em suas ações. Enquanto a guerrilha escolhe alvos militares, as forças do adversário, sua logística, os depósitos de munições, o terrorismo procura atingir alvos civis e militares indiscriminadamente. O terrorismo não busca apenas o ataque seletivo, mas também o ataque em massa. Um movimento terrorista pode, em função da correlação de forças, utilizar simultaneamente ou separadamente terrorismo, guerrilha e operações militares clássicas desde que disponha da capacidade suficiente. Este é o caso da Al Qaeda e do denominado Estado Islâmico que surgiram no Oriente Médio. A ação terrorista sempre foi vista no passado em um contexto revolucionário. O propósito mais comum do terrorismo no passado era causar um estado de medo no governo ou perda de confiança por parte de setores específicos da população que o apoiava. Terrorismo é freqüentemente o último recurso dos desesperados, e pode ser usado por grandes ou pequenas organizações. O terrorismo depende fortemente da surpresa e é frequente que ocorra quando e onde é menos esperado. No passado, o terrorismo evitava matar e ferir mulheres, crianças, idosos ou outros inocentes. Nos tempos atuais, o terrorismo não delimita mais aqueles que serão atingidos ou não por suas ações. O termo terrorismo passou a ser mais largamente empregado na história a partir de 1793 na França de Robespierre durante o regime do Terror da Revolução Francesa. Em artigo publicado na Revista Espaço Acadêmico, no. 51, de agosto de 2005, sob o título A questão do terrorismo e suas raízes históricas, Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho, sociólogo da Fundação Unesp, professor da Unimep, membro da Academia de Altos Estudos Ibero-Árabe de Lisboa e membro da International Sociological Association, afirma que pode-se classificar, a grosso modo, em quatro tipos as ações que se dizem “terroristas”: 1) o terror religioso e fundamentalista (no caso de muçulmanos, cristãos e judeus extremistas que muitas vezes fazem de seu corpo uma arma de guerra); 2) os do tipo mercenário (aqueles cujo interesse é o dinheiro); 3) os nacionalistas (como o exército Republicano Irlandês – IRA na Irlanda e a ETA, no país Basco); e, 4) os ideológicos sejam eles de esquerda que lutam por mudanças sociais ou de direita que tem por objetivo a manutenção do “status quo”. Outra forma de terrorismo não citada por Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho é o terrorismo de estado. Modernamente, a expressão terrorismo de Estado surgiu durante a Guerra Fria para designar a Operação Condor que foi uma estratégia de repressão comum aos governos ditatoriais da América do Sul na década de 1970, para o enfrentamento dos movimentos de extrema esquerda, notadamente no Brasil, no Chile e na Argentina. A expressão terrorismo de Estado passou a ser comum nas denúncias das práticas repressivas pelos serviços secretos que resultaram em assassinatos, torturas, censura aos meios de comunicação e exercício enfim de uma série de violências praticadas pelo estado similares aos empregados no terrorismo. Apesar de ter as mesmas consequências, mas ser bastante diferente nos métodos, a repressão política em estados ditatoriais é muitas vezes associada ao terrorismo, como o Terror durante a Revolução Francesa de Rosbepierre, a repressão na Europa ocupada pela Alemanha nazista e as ditaduras na América Latina nas décadas de 1960 e 1970, entre outros regimes de exceção em todo o mundo.
  • 2. 2 O mundo vive na atualidade dois tipos de terrorismo globalizado: 1) o terrorismo praticado pelas grandes potências imperialistas, sobretudo pelos setores dirigentes dos Estados Unidos e seus aliados visando a conquista de recursos naturais e a dominação dos mercados dos países capitalistas periféricos; e, 2) o terrorismo praticado por organizações que reagem à ação imperialista em todo o mundo, sobretudo árabes, combatendo a ocupação militar de seus países pelas grandes potências imperialistas, como ocorre no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Síria, entre outros países. O imperialismo praticado pelas grandes potências ocidentais contra os países capitalistas periféricos tem significado guerra e terrorismo ao longo da história. De todas as forças violentas surgidas até hoje ao longo da história, foi o imperialismo (alemão, britânico, francês e norte-americano, entre outros), quem cometeu os maiores crimes contra a Humanidade — das guerras interimperialistas como a 1ª e 2ª Guerra Mundial às chamadas guerras limitadas como a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã e o patrocínio dos regimes de terror como as ditaduras militares implantadas através de golpes de estado na América Latina nas décadas de 1960 e 1970, inclusive no Brasil. Através de regimes subordinados a seus interesses, o governo dos Estados Unidos e seus aliados patrocinaram todos os possíveis atos de terrorismo, o que inclui prisões e detenções ilegais, torturas, assassinatos, entre outras ações. Milhares de pessoas na Ásia, África e América Latina sofreram com esses atos de terrorismo de Estado. Nos últimos 20 anos, o governo dos Estados Unidos e seus aliados desencadearam cinco guerras de agressão em larga escala — as do Iraque, da Iugoslávia, do Afeganistão, da Líbia e da Síria — e no processo lucraram com espólios, como os recursos petrolíferos, enquanto os povos destes países sofreram terrivelmente com o terror imperialista em todas essas guerras de agressão. Os alvos mais recentes dos Estados Unidos e seus aliados são a tentativa de derrubada dos regimes de Assad na Síria e a dos aiatolás no Irã contando com o apoio de Israel. O que faz tais guerras serem extremamente abomináveis é a covardia na utilização do poder aéreo com o uso inclusive de aviões não tripulados (drones) e de outras armas de alta tecnologia para bombardear e massacrar a população civil, destruir infraestruturas, incluindo barragens, usinas elétricas, hospitais, creches, escolas, fábricas, edifícios de escritórios, igrejas e meios de comunicação. Os Estados Unidos e seus aliados imperialistas são responsáveis pela ruína econômica e social dos países periféricos do mundo. Além disso, instiga os conflitos étnicos e religiosos, gerando rivalidades e massacres civis. Os Estados Unidos é o agressor e terrorista número um da Humanidade. Não importa o quanto seja, ocasionalmente, chocante a atividade de pequenos grupos privados de terroristas todos eles são minúsculos perante o superterrorismo dos Estados Unidos. Internamente, o governo dos Estados Unidos está oprimindo imigrantes da Ásia, África e América Latina e, sobretudo, aqueles que pertencem à fé islâmica. Promulgaram o Patriot Act fascista durante o governo Bush, sob o disfarce de antiterrorismo, impondo a outros países o modelo de legislação antidemocrática e medidas draconianas. O governo dos Estados Unidos está induzindo a repressão dos países sob sua tutela a fazer prisões arbitrárias, detenções incomunicáveis e sem acusações, tribunais militares contra civis, assassinatos ou rapto de líderes anti-imperialistas para serem julgados em tribunais controlados por eles mesmos. Além disso, são concedidas permissões à CIA para assassinar líderes anti-imperialistas no estrangeiro como o praticado pelos Estados Unidos assassinando por drones o general iraniano Qasem Soleimani, chefe da Força de inteligência Quds do Irã, na última quinta-feira (2/1/2020). A escalada do terror
  • 3. 3 globalizado encontra um terreno fértil para sua proliferação com o terrorismo de Estado praticado pelo governo dos Estados Unidos. A história da humanidade tem se caracterizado há séculos pela vitória da barbárie sobre a civilização. Civilização e Barbárie são antônimas, ou seja, palavras com significados opostos. Segundo o dicionário, Civilização é uma palavra imbuída de qualidades, isto é, inclui os bens educados, os que vivem em sociedade, em suma, os que se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Em contraposição, Barbárie é o estado em que vivem os bárbaros e estes são aqueles sem cultura, sem civilização, violentos, cruéis, em suma, os que não se adéquam a padrões pré-estabelecidos. Se o conceito de civilizado não se aplica aos povos da periferia capitalista porque não são bem educados, o conceito de bárbaro se aplica mais do que o de civilizado aos que se consideram civilizados (governos norte- americanos e europeus) porque são violentos, cruéis e não se adéquam aos padrões civilizacionais estabelecidos. A situação atual do planeta é dramática. A humanidade se sente esmagada pelas grandes potências mundiais a serviço dos grupos monopolistas que comandam suas economias e que tudo fazem em defesa de seus interesses, desrespeitando leis, culturas, tradições e religiões. Invasões em países periféricos, de forma aberta ou sub-reptícia, são realizadas desrespeitando leis e tratados internacionais. Desde suas origens como modo de produção social no século XVI, o capitalismo tem se caracterizado pela barbárie que significa selvageria, crueldade, desumanidade, incivilidade. Massacres, genocídios e múltiplas formas de degradação humana caracterizam o capitalismo em seu desenvolvimento histórico. É na periferia capitalista que o capitalismo expõe sua face mais bárbara. É o que tem feito o capitalismo em todo o mundo, destruindo por dinheiro, matando por riqueza e poder, fazendo com que as vidas já não valham mais nada, tudo isso por poder e riqueza! Enquanto prevalecer esta situação no mundo o terrorismo tende a proliferar em todos os quadrantes da Terra. O cenário em que vivemos atualmente no planeta apresenta o que Thomas Hobbes denominou de estado de natureza ou estado de guerra de todos contra todos. Segundo Hobbes, no “estado de natureza”, reina a ausência do Direito, logo não há espaço para a justiça. Neste contexto, todos procuram defender seus direitos por meio da força. No “estado de natureza”, portanto, como concebera Hobbes, reina a guerra de todos contra todos. O estado de natureza é, portanto, o estado da liberdade sem lei externa, isto é, ninguém pode estar obrigado a respeitar os direitos alheios tampouco pode estar seguro de que os outros respeitarão os seus e muito menos pode estar protegido contra os atos de violência dos demais (HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Ícone Editora). Esta é a situação que prevalece nas relações internacionais atuais. Não existe na atualidade o que Hobbes denomina de poder comum no plano mundial, isto é, a existência de acordo de todos para sair do estado de natureza para instituir uma situação tal que permita a cada um seguir os ditames da razão, com a segurança de que os outros farão o mesmo. A tentativa de constituir a Liga das Nações após a 1ª Guerra Mundial e da ONU após a 2ª Guerra Mundial não foi capaz de estabelecer um poder comum interestatal no plano mundial para evitar a guerra de todos contra todos. Esta é, segundo Hobbes, a condição preliminar para obter a paz. Hobbes afirma que o estado de natureza é um estado de insegurança e que a finalidade de um poder comum é remover as causas dessa insegurança. A causa principal da insegurança é a falta de um poder mundial comum e o único meio para isso é que todos os estados consintam em renunciar
  • 4. 4 a seu próprio poder transferindo-o para uma pessoa jurídica, como, por exemplo, a ONU reestruturada. Enquanto a humanidade não construir um poder mundial comum prevalecerá a lei das selvas, isto é o estado de natureza no plano internacional. Enquanto prevalecer a hegemonia política, econômica e militar dos Estados Unidos que procura impor sua vontade no contexto do sistema interestatal, a guerra de todos contra todos imperará. Até o surgimento de um poder mundial comum, isto é, um governo mundial, as relações internacionais serão regidas pela lei do mais forte. E este é o pior cenário porque nenhum país por mais poderoso que seja terá capacidade de evitar a guerra de todos contra todos. * Fernando Alcoforado, 80, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).