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A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO

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A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO

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Hoje é comemorada a Revolução Francesa que foi um marco divisório da história da humanidade dando início à idade contemporânea. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo.

Hoje é comemorada a Revolução Francesa que foi um marco divisório da história da humanidade dando início à idade contemporânea. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo.

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A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO

  1. 1. 1 A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO Fernando Alcoforado* Hoje é comemorada a Revolução Francesa que foi um marco divisório da história da humanidade dando início à idade contemporânea. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo. A Revolução Francesa contou com grande participação da população marginalizada (banqueiros, grandes empresários, comerciantes, profissionais liberais, artesãos, comerciantes, aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados e camponeses). Uma das principais causas da Revolução Francesa foi a crise financeira que atingiu o país em consequência dos gastos que a França assumiu com sua participação (e derrota) na Guerra dos Sete Anos e na Guerra de Independência dos Estados Unidos da América, além dos elevados custos da Corte de Luís XVI que deixaram as finanças da França em estado de bancarrota. Em 1789, a população da França estava dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado). O clero e a nobreza tinham vários privilégios como o de não pagar impostos, receber pensões do estado e poderem exercer cargos públicos. Por sua vez, o povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero (1º estado) e a nobreza (2º estado). Sentindo que seus privilégios poderiam ser também ameaçados, o clero e a nobreza pressionaram o rei para convocar a Assembleia dos Estados Gerais, que era formada por integrantes dos três estados que não se reunia há 175 anos, para obrigar o povo a assumir os tributos. Em maio de 1789, após a reunião da Assembleia dos Estados Gerais no palácio de Versalhes, estabeleceu-se o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo. A nobreza e o clero perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social porque, assim, eles ganhariam por 2 a 1. Os representantes do povo queriam que o voto fosse individual. Para que isso acontecesse, seria necessário fazer uma alteração na Constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais. Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembleia Nacional Constituinte. Com o passar do tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão contra o antigo regime e pregava maior liberdade econômica e política, o povo começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Combatiam, entre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero. Enquanto isto, a economia francesa passava por uma crise sem precedentes. O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A Revolução Francesa foi motivada, principalmente, pela crescente desigualdade social, pela crise econômica devastadora e pela fome endêmica sofrida pela grande maioria da população. A Revolução Francesa foi um movimento social e político que teve por objetivo principal derrubar o Antigo Regime e instaurar um Estado democrático que representasse e assegurasse os direitos de todos os cidadãos. Em 1788 e 1789, a França teve colheitas ruins, o preço do alimento aumentou, e muitos camponeses não tinham condições de comprá-los. Resultado: a fome aumentou. A população parisiense foi às ruas da cidade para lutar contra esta situação no dia 12 de julho de 1789. A agitação popular
  2. 2. 2 não arrefeceu e, no dia 14 de julho, o povo seguiu com o seu levante, atacando primeiro o Arsenal dos Inválidos e depois promoveu a queda da Bastilha que era uma antiga fortaleza que havia sido transformada em prisão para os opositores políticos dos reis franceses. Com a notícia da queda da Bastilha, a revolução espalhou-se por toda a França, precipitando transformações no país e levando milhares de pessoas, nas cidades e no campo, a se rebelarem contra a aristocracia francesa e contra o Antigo Regime. A Revolução Francesa causou também profundas transformações e marcou o início da queda do absolutismo na Europa. O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza. Com a revolução, o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram. No dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram: 1) o respeito pela dignidade das pessoas; 2) liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei; 3) direito à propriedade individual; 4) direito de resistência à opressão política; e, 5) liberdade de pensamento e opinião. Em 1790, a Assembleia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado “Constituição Civil do Clero”. Entretanto, o Papa não aceitou essa determinação. Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei: sair da França ou lutar contra a revolução. Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para combater a revolução. Em 1791, foi concluída a Constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte. Os principais tópicos dessa Constituição eram os seguintes: 1) Igualdade jurídica entre os indivíduos; 2) Fim dos privilégios do clero e da nobreza; 3) Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado); 4) Proibição de greves; 5) Liberdade de crença; 6) Separação do Estado da Igreja; 7) Nacionalização dos bens do clero; e, 8) Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário). O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução. Para isso contatava com nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contrarrevolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta. Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contrarrevolucionários e tentou fugir da França, mas foi reconhecido e preso em Varennes. Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da revolução a decidir proclamar a República em 22 de setembro de 1792. Com a proclamação da República, a Assembleia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova Constituição para a França. Nessa época, as principais forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes: 1) Girondinos composto pela alta burguesia, eram moderados e liderados por Danton; e, 2) Jacobinos constituído pela burguesia (pequena e média) e proletariado de Paris, eram radicais e defendiam os interesses do povo e eram liderados por Robespierre e Saint-Just que pregavam a condenação do rei à morte. Mesmo contra a vontade dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793.
  3. 3. 3 A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras. Para lidar com esses problemas, foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária). Esse período ficou conhecido como “Terror”. Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava se equilibrar e entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares. Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras. Durante o governo de Robespierre vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo: 1) direito ao voto; 2) direito de rebelião; 3) direito ao trabalho e a subsistência; e, 4) continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos. Após o período designado pelos historiadores como Reino do Terror no qual as garantias dos cidadãos foram suspensas e a facção Montanha, do partido jacobino, assassinou e perseguiu seus opositores, alguns girondinos sobreviveram e se organizaram na articulação de um golpe. No dia 27 de julho de 1794, data conhecida como 9 Termidor pelo calendário da Revolução Francesa, Robespierre e seu partido foram derrubados em uma ágil manobra da Convenção Nacional. Os dirigentes do partido jacobino e Robespierre foram guilhotinados. Desta forma, representantes da alta burguesia assumiram o poder, iniciando um refluxo do movimento revolucionário. Este episódio é denominado reação termidoriana representando uma das fases finais da Revolução Francesa. Após a morte de Robespierre, a Convenção Nacional decidiu elaborar outra Constituição para a França quando foi resgatado o voto censitário nas eleições, anulou-se o sufrágio universal e a maioria da população voltou a ser politicamente marginalizada. Com isso, surgem diversos levantes na França que foram severamente combatidas. Com a sucessão de conflitos populares, foi aberto o caminho para que os generais assumissem o poder. Em 1793, o exército francês era considerado o maior de toda a Europa no qual se destacou o general Napoleão Bonaparte. Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando a situação. Após uma vitória respeitável contra a Áustria, Napoleão ganha notório prestígio na sociedade francesa. Então, quando retorna à França, Napoleão protagoniza um Golpe de Estado que dura entre os anos de 1799 e 1802. Com isso, tem início um período de ordem política ditatorial na França. Em 10/11/1799, Napoleão Bonaparte dissolveu o Diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado. Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim aos propósitos iniciais da revolução. Depreende-se, pelo exposto, que os ideais da Revolução Francesa chegou ao fim com a derrubada pela burguesia do governo jacobino sob a liderança de Robespierre que radicalizou na luta contra os inimigos da revolução e na defesa dos interesses do país contra a agressão externa e culminou com a implantação da ditadura de Napoleão Bonaparte. Apesar deste retrocesso político com a ditadura bonapartista, os ideais da revolução francesa proliferaram pelo mundo se constituindo em bandeira de inúmeros movimentos revolucionários que ocorreram em vários países que culminaram, inclusive, com a Independência de vários países da América do Sul. Seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade entre os seres humanos mobiliza ainda muitos povos em todo o
  4. 4. 4 mundo, sobretudo na era contemporânea, com o ressurgimento do fascismo, inclusive no Brasil. Longue vie à la France. Vive la Révolution française. REFERÊNCIAS ALCOFORADO, FERNANDO. As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo. Curitiba: Editora CRV, 2016. GAXOTTE, Pierre. La Révolution Française. Paris: Librairie Arthème Fayard, 1957. * Fernando Alcoforado, 81, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co- autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019) e A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, 2021).

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