2. GRUPO
Fábio Nogueira Pereira
Hervacy Brito
Geraldo Ferreira Dos Santos
José Pacheco de Jesus
Marina Gomes dos Santos
Rosangela Cardoso Silva Barreto
3. Do que vamos falar?
• Interdisciplinaridade;
• Transversalidade;
• Redes de Conhecimento;
• Cognição e autopoiese;
• Articulação dos saberes;
4. Os autores
• Nilda Alves
• Hugo Assmann
• Gilles Delleuze e Felix Guattari
• Foucault by Marisa Eizirik
• Silvio Gallo
• Virginia Kastrup
• Edgar Morin
6. Contribuições de Monsieur Foucault
• Os regimes de verdades são engendrados pelo
discurso, são configurações históricas;
• A morte do homem existencialista, criador do
seu próprio sentido;
• A materialidade do discurso produz verdade
7. Foucault- cinco características importantes
da economia política da verdade
1) Centrada na forma do discurso científico e nas
instituições que o produzem;
2) Está submetida a uma constante incitação
econômica e política;
3) É objeto, de várias formas, de uma intensa difusão
e de um imenso consumo;
4) É produzida e transmitida sob o controle, não
exclusivo, mas dominante, de alguns grandes
aparelhos políticos e econômicos;
5) É objeto de debate político e de confronto social
8. Onde Foucault nos leva
pra Deleze e Guattari
• O saber que produz e sustenta o discurso do
sistema centrado (árvore) quer permanecer
uno e quer que o conhecimento não seja
multiplicidade, mas que seja sempre reduzido
a ele (tronco). Não quer ser subtraído pelo
pensamento/discurso rizomático que escreve
n-1.
9. • “É preciso fazer o múltiplo, não acrescentando
sempre uma dimensão superior, mas, ao
contrário, da maneira simples, com força de
sobriedade, no nível das dimensões de que se
dispõe, sempre n-1 (é somente assim que o
uno faz parte do múltiplo, estando sempre
subtraído dele). Subtrair o único da
multiplicidade a ser constituída; escrever a n-
1.”
(DELEUZE, GUATTARI, 1995, pg 14)
11. Caminhos para o rizoma
• Mesmo a educação e a nossa cultura, que tem
estrutura arborística, podem produzir
rizomas, porque este tem entradas múltiplas.
• “O pensamento não é arborescente e o
cérebro não é uma matéria enraizada nem
ramificada”.
12. Rizomas: sistemas a-centrados
• Rejeitar o sistema arborescente é rejeitar
sistemas centrados, hierárquicos, onde até as
formas de subjetivação obedecem ao um
comando superior. É escrever n-1.
13. Bem-vindo ao meio
• Começar pelo meio é o convite que Deleuze e
Guattari fazem, assim evitamos olhar as coisas
sob ponto de partida e de chegada, de cima
para baixo ou de direita para esquerda. No
meio, onde se ganha velocidade, o movimento
é transversal.
14. A COGNIÇÃO AUTOPOÍÉTICA
* A invenção dos limites;
* A aprendizagem como invenção de problemas;
* Invenção e subjetividade
15. A INVENÇÃO
A Invenção não é apenas um tema a mais ou um
processo dentre outros, mas o PROBLEMA que
move a investigação, seu ponto de partida e
sua originalidade.
O sentido da Investigação
CONHECER # REPRESENTAR
16. Maturana & Varela
• Como biologos, a referencia da COGNIÇÃO a
um sistema vivo assumirá papel de destaque
para a afirmaçao do sistema cognitivo como
inventivo;
• A Biologia não só foi insuficiente para um
tratamento adequado da invenção, como foi
identificada exatamente como um dos fatores
que impediu sua investigação (Piaget).
17. “Sistema autopoiético”
• Sistema que tem como atributo essencial
produzir a si mesmo.
• Sistema vivo = sistema cognitivo.
• Recolocar o problema;
• Concepção de organismo;
• Teorias: Criacionista X Evolucionista.
18. EVOLUÇÃO
• Como deriva natural e como evolução criadora
• Críticam Lamark e Darwin;
• Acoplamentos e Perturbações;
• Adaptação minimal, conservação da
autopoiese e limites da evolução;
• A vida é um élan;
• Bifurcações e rizomas;
• Rede autopoiética: Organização e estrutura.
19. a) A INVENÇÃO DOS LIMITES
• Clausura operacional;
• Noção de autonomia e autopoiese;
• Noção de ENAÇÃO;
• Sistema vivo = Sistema cognitivo;
• Teorias da CONDUTA: behaviorismo e abordagem
de Piaget – Imprevisibilidade;
• Breakdown – oscilações sinápticas;
• Cognitivismo Computacional;
• Superação do modelo da representação.
20. b) A aprendizagem como invenção de
problemas
• O Sistema Nervoso (SN);
• Rede neural e as sinapses;
• Corporificação do conhecimento;
• Acoplamento = AGENCIAMENTO;
• Agenciamento maquínico;
• Invenção de problemas;
• Senso comum e breakdown.
21. c) Invenção e subjetividade
• Cognição em relação ao sujeito e ao objeto;
• Problematização e limites – entraves da
autopoiese;
• Obstáculos à invenção;
• Conceito de normatividade – propulsivo e
repulsivo – Inventividade cognitiva;
• Possibilidades: potência inventiva do social;
• Pensar a subjetividade autopoiética.
23. As formas híbridas da cognição
• Foucault aponta um erro da Psicologia
como ciência: tentar estudar o homem a
partir do conhecimento positivo das
ciências naturais.
1. Homem natural
2. Metodologia
• Construção de hipóteses
• Verificação experimental
24. Natureza X Cultura
1. Projeção orgânica
2. Computador como equivalente
3. Novas tecnologias e produção da
subjetividade
25. Teoria da projeção orgânica (Gestalt)
• Inteligência é compreensão prática, análise do
problema, insight e ajuste a situações concretas;
• Instrumentos como acoplamentos com a
finalidade de amplificar a capacidade biológica;
• Inteligência complementa o instinto;
• Corpo é limitado pela programação genética;
• Desconsidera o efeito do instrumento sobre o
corpo (cognicação não afetada pelos objetos);
32. AGECIAMENTOS
DIFERENÇAS
DEVIR
PRODUÇÃO
(RESSONÂNCIAS, RAMIFICAÇÕES) /
RECOGNIÇÃO (TEMPORÁRIAS)
33.
34.
35.
36.
37. Aprender a aprender
• Saber especialista, rígido e pronto
• Problematização ociosa, estudante crônico e de
baixa auto-estima
• Pensar (Kohan): trabalhar a tensão entre ação e
problematização, acolher a incerteza
Vídeos : E se?
Perguntas movem o mundo
38. ARTICULAR OS SABERES
EDGAR MORIN EM MEGA CONFERÊNCIA
EM NATAL, RN-BRASIL
21 DE SETEMBRO DE 2010
ARTICULAR AS DISCIPLINAS
Disciplina é uma categoria organizadora
do conhecimento científico.
39. 1636 –Universidade de Harvard
A disciplina institui a divisão e
especialização do trabalho e responde à
diversidade dos domínios que recobrem
as ciências.
Tende naturalmente à autonomia pela
delimitação de suas fronteiras, pela
linguagem que ela institui, pelas técnicas
que é levada a elaborar ou a utilizar
e, eventualmente, pelas teorias que lhe
são próprias.
A organização disciplinar instituiu-se no Século XIX, principalmente com a formação das
universidades modernas e desenvolveu-se no Século XX com o progresso da pesquisa
científica.
As disciplinas têm uma história: nascimento, institucionalização, evolução, decadência, etc.
A instituição disciplinar conduz ao mesmo tempo a hiper-especialização do pesquisador e
ao risco de “coisificação” do objeto estudado.
As ligações e solidariedades desse objeto com outros objetos, tratados por outras
disciplinas, serão negligenciados, assim como as ligações e solidariedades desse objeto com
o universo do qual ele faz parte.
40.
41. Tentilhões
de galápagos
Deriva dos continentes
Evolução das espécies
42. Se a história oficial a ciência é a da disciplinaridade, uma outra história, que lhe é ligada e
inseparável, é aquela da inter-trans-poli-disciplinaridade.
Sobre invasões, contatos e transferências.
A noção de “informação”, resultado
da prática social, tomou um sentido
preciso, novo, na teoria de Shannon;
depois, migrou na biologia para
inscrever-se no gene; ela associou-
se, então, à noção de “código”, saída
da linguagem jurídica, que
“biologizou-se” na noção de “código
genético”.
A biologia molecular esquece muitas
vezes que, sem essas noções de
patrimônio, código, informação, men
sagem, todas vindas de outras
disciplinas, a organização da vida
seria ininteligível.
43. Roman O. Jakobson Claude Lévi-Strauss
(Linguística estrutural) (Antropologia estrutural)
44. Certos campos de pesquisa disciplinar cada
vez mais complexos, fazem apelo a
disciplinas muito distintas, ao mesmo tempo
que à policompetência do pesquisador.
Assim é com a pré-história, cujo objeto, a partir das
descobertas de Louis Leakey na África Austral em 1959, foi
a hominização ou seja, a evolução, dos primatas aos
homens.
A necessidade de cooperação, quebrando isolamento
A constituição de um objeto ao mesmo tempo interdisciplinar, polidisciplinar e
transdisciplinar, permite, muito bem, criar a troca, a cooperação e a policompetência.
45. Casos de hibridação extremamente fecundos
Encontros entre engenheiros e matemáticos – criação a informática e da inteligência
artificial que se irradiaram para todas as ciências, naturais e sociais.
As disciplinas são plenamente justificadas intelectualmente, contando que elas guardem
um campo de visão que reconheça e compreenda a existência das ligações de
solidariedade.
46. A noção de homem encontra-se esfacelada entre diferentes disciplinas biológicas
e todas as disciplinas das ciências humanas.
Releitura de Guernica
Não se pode certamente criar uma ciência unitária do homem,
ela mesma dissolveria a multiplicidade complexa do que é humano.
47. Tudo é físico mas, ao mesmo tempo, tudo é humano. O grande problema é encontrar o
difícil caminho da articulação entre as ciências que têm, cada uma, sua linguagem
própria e conceitos fundamentais que não podem passar de uma linguagem à outra.
Sobre um novo paradigma do conhecer
O reino do paradigma da
“ordem” fissurou-se em Hoje emerge um paradigma
numerosos lugares. A missão cognitivo que começa a poder
da ciência não e mais banir a estabelecer pontos entre as
desordem de suas ciências e as disciplinas não-
teorias, mas de tratar dela. comunicantes.
Não é anular a ideia de
organização, mas de compreendê-la e
de introduzi-la para reunir as
disciplinas parceladas.
Interdisciplinaridade = afirmação de direitos e soberanias em relação às invasões dos
vizinhos (reunião das diferentes nações da ONU).
Interdisciplinaridade = troca e cooperação, algo orgânico.
48. Polidisciplinaridade:
• Associação de disciplinas ao redor de um projeto ou objeto que lhes é comum. Junta
médica com diversos especialistas em torno de um caso clínico.
• Associação de disciplinas ao redor de um projeto ou objeto e que estão em profunda
interação par atentar compreender esse projeto ou objeto (estudos da hominização).
Transdisciplinaridade – caracteriza-se
muitas vezes por esquemas cognitivos que
atravessam as disciplinas, às vezes com tal
virulência que as colocam de sobressalto.
Foram as misturas de inter, poli e trandisciplinaridade
que operaram e desempenharam um papel profícuo na
historia das ciências.
49. “Sendo todas as coisas causadas e causantes, auxiliadas e auxiliantes, mediatas e imediatas, e
mantendo-se todas elas por meio de um vínculo natural e insensível, que une as mais
afastadas e as mais diferentes, julgo impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, assim
como conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes”.
Blaise Pascal - 19 de junho de 1623 –
Paris, 19 de agosto de 1662.
físico, matemático, filosofo moralista e
teólogo francês.
Para não automatizar-se
nem esterilizar-se a
disciplina deve ir além
da própria disciplina
remetendo-se a um
ponto de vista
METADISCIPLINAR.
50.
51. O SENTIDO DA ESCOLA
Esta obra parte da prática docente em
busca de sentidos para a escola e da
escola. É também uma discussão sobre a
crise educacional em contraponto com a
modernidade. A tecnologia é fato. Ela
vem para facilitar porém não chega a
todos os cantos. Os desafios que os
professores enfrentam frente à essa
diversidade cultural e social são
inúmeros e imprevisíveis. As
transformações e a urgência da
sociedade perante determinados temas
e a mudança radical de conceitos na
sociedade nos mostra a necessidade
imperiosa que a escola tem de se
adaptar e procurar o seu papel como
instituição na modernidade.
52. NILDA ALVES
OBRAS:
ALVES, Nilda; OLIVEIRA, Inês B. de (Org.).
Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das
escolas. 3. ed. Petrópolis: DP et Alii, 2008.
ALVES, Nilda; CIAVATTA, Maria (Org.). A
leitura de imagens na pesquisa social-
História, Comunicação e Educação. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2008.
ALVES, Nilda; MACEDO, Elizabeth F. de;
OLIVEIRA, Inês B. de; MANHÃES, L. C. Criar
currículo no cotidiano. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2006.
53. TECER CONHECIMENTOS EM REDE
1. Um novo mundo;
2. As tensões atuais;
3. Educação-espaço/tempo da prática
57. O conhecimento em redes substitui a idéia de que
o conhecimento se “constrói” daquela maneira
ordenada, linear e hierarquizadas por um único e
obrigatório caminho pela idéia de que, ao
contrário, não há ordem nessa criação
(ALVES, 2000 p. 115)
58. Sendo assim, para se entender, realmente, como
por diversos fios se tece a ideia de conhecimento
em rede é preciso admitir que existe o uso
cotidiano de novas tecnologias e novos
conhecimentos. (ALVES, 2000 p. 120)
59. E é nessa SOCIEDADE que se tecem os fios
da racionalidade transversal...
TRANSDISCIPLINARIDADE
60. Apesar do panorama desolador no
sistema educacional brasileiro, tanto
em termos de técnicas, metodologias
e experiências, criativas, HUGO
ASSMANN defende uma persistência
dos processos de aprendizagem, em
que os processos vitais e os de
conhecimento despertem novidades
fascinantes e motivações positivas
para reencantar a educação.
61. TRANSDISCIPLINARIDADE: enfoque científico e
pedagógico que torna explicito o problema de que
um diálogo entre diversas disciplinas e áreas
cientificas implica necessariamente uma questão
epistemológica. (ASSMANN, 2000 p. 182)
64. • Vivemos na educação o Enigma da
Esfinge;
• Superar momento de rupturas;
• A crise na educação é multifacetada;
• Qual é a função da escola?
65. • Educação e instrução não se EXCLUEM, mas se
COMPLEMENTAM;
• Instrução;
• Trabalha a aquisição de ferramentas de
comunicação;
• Linguagem Matemática – Imprescindível para
comunicação cientifica.
• Cosmologia.
• Educação não se resume a transmissão de
conhecimentos.
• Uma pessoa de posse de tais instrumentos ainda
está apta a relacionar-se com o mundo?
• Como se ensina POSTURA?
66. • Na escola, na família, nas diversas instituições
sociais;
• Ao passar do tempo a criança vai
FILTRANDO, CRISTALIZANDO, formando o
caráter, a personalidade.
• Como se dá o processo de formação da
personalidade, por meio de um aprendizado
direto?
• Não se adquire postura por meio de um
discurso.
67. • Processo MICROSSOCIAL, onde este é levado a
assumir posturas de
LIBERDADE, RESPEITO, RESPONSABILIDADE;
• Uma aula constitui-se parte do processo de
formação;
• Esse processo ocorre , na sala de aula, no ambiente
escolar, com funcionários, enfim toda comunidade.
• FACETAS;
• Os conteúdos trabalhados são expressão da
instrução;
• Esse tipo de educação deve estar
materializada nos currículos de nossas
escolas;
68. Compartimentalização dos saberes e
currículos escolares
• A realidade do ensino contemporâneo:
compartimentalização do conhecimento;
• A especialização do saber.
• Como se dava a produção de conhecimento nas
sociedades antigas.
• O acumulo cada vez maior de especializações;
• Exemplo do físico e do cliníco geral;
• A necessidade de compreender essas
especializações como parte de um todo complexo
e Interrelacionado.
69. • A relação de tudo isso com a educação;
• O total alheamento, a completa dissociação
entre os vários conhecimentos.
• Esse processo de construção histórica dos
conhecimentos científicos reflete-se nos
currículos escolares: eles são mapas onde os
territórios são arrasado pela fragmentação fica
mais evidente.
70. • Gavetinha é um estanque;
• O que a disciplinarização dos currículos escolares
reflete?
• Nela esta embutida uma questão de poder.
• O saber e o poder possuem um elo muito íntimo
de ligação: CONHECER É DOMINAR.
• Desejo humano = desejo secreto;
71. • O que a disciplinarização possibilita?
• A sala de aula nunca é caótica;
• A compartimentalização do saber é o exercício do
poder;
• De quem é a responsabilidade pelo desvio da
especialização;
• Os professores podem ter uma participação no processo
de romper com essa tradição.
• Podemos fazer de nossos currículos novos mapas;
• Um dos caminhos possíveis é o da interdisciplinaridade.
72. Interdisciplinaridade e seus limites
• A questão da interdisciplinaridade tem estado
muito na moda nos debates educacionais;
• Sentido de INTERDISCIPLINARIDADE;
• Interdisciplinaridade
auxiliar, complementar, composta, de
engrenagem, estrutural, heterogênea, linear, re
stritiva, unificadora.
• Outros conceitos: pseudointerdisciplinaridade;
a pluridisciplinaridade.
73. • Criaram a TRANSDISCIPLINARIDADE;
• O sentido geral da Interdisciplinaridade: é a
consciência de um interrelacionamento explicito
e direto entre todas as disciplinas;
• Problemas ecológicos = Problemas Híbridos;
• Ecologia é uma ciência?;
• As propostas de interdisciplinaridade surgiram
para possibilitar esse livre trânsito pelos
saberes, rompendo com suas fronteiras e
buscando respostas para os assuntos complexos
como ecológicos e os educacionais;
74. • A interdisciplinaridade dá conta de romper
conta de romper com as barreiras das
disciplinas?
• A interdisciplinaridade é a afirmação em
última instância, da disciplinarização;
• Para problemas híbridos precisamos de
saberes híbridos.
• A interdisciplinaridade contribui para
minimizar os efeitos perniciosos da
compartimentalização, mas não significaria de
forma alguma, o avanço para um currículo
não-disciplinar.
75. Pensando a possibilidade de uma
educação não-disciplinar
• É necessário que tentemos visualizar o
conhecimento e seu processo de construção
de outra maneira.
• METÁFORA DA ÁRVORE;
• Mas será que o pensamento e o
conhecimento seguem a estrutura proposta
por esse paradigma e os problemas híbridos?
• Os filósofos franceses Gillles Deleuze e Felix
Guattari apresentaram o RIZOMA;
76. • O paradigma rizomático é regido por seis
princípios:
a) Princípio da conexão;
b) Princípio da heterogeneidade;
c) Princípio de multiplicidade;
d) Princípio de ruptura a-significante;
e) Princípio de cartografia;
f) Princípio de decalcomania;
77. • Adoção de um novo paradigma o que significa?
• No rizoma são múltiplas linhas de FUGA;
• Felix Guatarri desenvolveu a noção de
transversalidade para tratar das relações entre
pacientes e terapeutas;
• Substituindo a idéia de TRANSFERÊNCIA de
Freud;
• A transversalidade, como forma de atravessar as
relações entre as pessoas;
• Saberes Transversais, que atravessam diferentes
campos de conhecimento;
78. • A mobilidade por entre os liames do rizoma é um
fluxo que pode tomar qualquer direção, sem
nenhuma hierarquia definida de antemão.
• As propostas de interdisciplinaridade, numa
perspectiva arbórea;
• Na perspectiva rizomática, as várias áreas do saber
são integradas, senão em sua totalidade, pelo
menos de forma muito abrangente, possibilitando
assumir conexões inimagináveis;
• Assumir a transversalidade é transitar pelo território
do saber como sinapses;
• A proposta interdisciplinar aponta para uma
tentativa de globalização;
79. • A transversalidade rizomática, aponta para o respeito
as diferenças, construindo possíveis trânsitos pela
multiplicidade dos saberes, estabelecendo
policompreensões;
• A aplicação do paradigma rizomático na organização
curricular da escola.
• O acesso transversal significaria o fim da
compartimentalização, pois as gavetas seriam
abertas, reconhecendo a multiplicidade das áreas de
conhecimento.
• O máximo para a educação no
paradigma arbóreo seria uma
globalização aparente;
80. • No paradigma rizomático, a educação poderia
possibilitar a cada aluno acesso a diferenciado as
áreas do saber de seu particular interesse;
• O desaparecimento da escola com as
hierarquizações e disciplinarizações;
• O rompimento com as barreiras
disciplinares, altera o equilíbrio de forças das
teias de poder;
• O fluxo informacional abre possibilidade tanto ao
totalitarismo quanto a democracia direta;
• CENTRALIZAR = fornece as regras base para o
totalitarismo;
• DESCENTRALIZÁ-LO = será a senha de acesso para
o mundo democratizado;
81. • Revisões curriculares;
• Romper a disciplinarização;
• A transversalidade do conhecimento implica a
possibilidade de escolas e currículos bem diferentes;
• Transversalidade de acordo com a proposta do MEC;
• Os temas transversais não passam de uma tentativa
de colocar em prática a ideia de
interdisciplinaridade;
• Buscar soluções mais complexas, mas também mais
criativas;
• O objetivo é de convidar os colegas a reflexão e ao
debate, rompendo acima de tudo as nossas
amarras;
82. • É bastante difícil para qualquer professor
trabalhar na perspectiva de uma
transversalidade;
• O aluno na “sutil inocência” apreende o mundo
com essa pluralidade compreendendo-a ou não;
• Deveríamos começar o processo educacional na
realidade que o aluno vivencia em seu cotidiano;
• Nós professores estamos com pés e mãos atados
pela burocracia escolar;
83. • Uma pequena ação transformadora;
• Posturas desejáveis;
• Cada professor poderia tentar mostrar que os
conteúdo que ensina em suas aulas não estão
isolados;
• Podemos no mínimo esperar do aluno:
1. Que consiga compreender essas inter-relações
básicas entre as disciplinas que estuda;
2. Que possa perceber as relações da apreensão
do espaço histórico com a cosmologia, e assim
por diante.
84. • O que nos guia é algo bem maior:
“a construção de uma concepção de saber que
vislumbre a multiplicidade sem
fragmentação;Um currículo e uma escola na
qual vivem, um mundo múltiplo e cheio de
surpresas, e possam dominar as diferentes
ferramentas que permitam seu acesso de saberes
possibilitados por esse mundo, e possam aprender a
relacionar-se com os outros e com o mundo em
liberdade.”