1. Escola
Técnica
Sandra Silva
CURSO DE COMANDOS ELÉTRICOS
Botoeira ou Botão de comando
Em comandos elétricos a “chave” que liga os motores é diferente de uma chave usual,
destas que se tem em casa para ligar a luz por exemplo. A diferença principal está no
fato de que ao movimentar a “chave residencial” ela vai para uma posição e
permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na “chave industrial” ou
botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma mola.
Contatores
É um dispositivo eletro-mecânico de comando a distância, com uma única posição de
repouso e sem travamento, o contator consiste basicamente de um núcleo magnético
excitado por uma bobina. Uma parte do núcleo magnético é móvel, e é atraído por
forças de ação magnética quando a bobina é percorrida por corrente e cria um fluxo
magnético. Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do
núcleo é repelida por ação de molas. Contatos elétricos são distribuídos
solidariamente a esta parte móvel do núcleo, constituindo um conjunto de contatos
móveis. Solidário a carcaça do contator existe um conjunto de contatos fixos. Cada
jogo de contatos fixos e móveis podem ser do tipo: Normalmente abertos (NA), ou
normalmente fechados (NF).
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Os contatores podem ser classificados como principais (CW, CWM) ou auxiliares
(CAW). De forma simples pode-se afirmar que os contatores auxiliares tem corrente
máxima de 10A e possuem de 4 a 8 contatos, podendo chegar a 12 contatos. Os
contatores principais têm corrente máxima de até 600A. De uma maneira geral
possuem 3 contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas a 3 fios.
Classificação:
AC1: é aplicada em cargas ôhmicas ou pouco indutivas, como aquecedores e fornos a
resistência.
AC2: é para acionamento de motores de indução com rotor bobinado.
AC3: é aplicação de motores com rotor de gaiola em cargas normais como bombas,
ventiladores e compressores.
AC4: é para manobras pesadas, como acionar o motor de indução em plena carga,
reversão em plena marcha e operação intermitente.
Fusíveis
Os fusíveis são elementos bem conhecidos, pois se encontram em instalações
residenciais, nos carros, em equipamentos eletrônicos, máquinas, entre outros. São
elementos que se destinam a proteção contra correntes de curto-circuito. Sua atuação
deve-se a fusão de um elemento pelo efeito Joule, provocado pela súbita elevação de
corrente em determinado circuito. O elemento fusível tem propriedades físicas, tais
que o seu ponto de fusão é inferior ao ponto de fusão do cobre. Este último é o
material mais utilizado em condutores de aplicação geral.
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Disjuntores
Assim como os fusíveis, são elementos que também se destinam a proteção do
circuito contra correntes de curto-circuito. Em alguns casos, quando há o elemento
térmico os disjuntores também podem se destinar a proteção contra correntes de
sobrecarga. A corrente de sobrecarga pode ser causada por uma súbita elevação na
carga mecânica, ou mesmo pela operação do motor em determinados ambientes
fabris, onde a temperatura é elevada. A vantagem dos disjuntores é que permitem a
re-ligação do sistema após a ocorrência da elevação da corrente, enquanto os fusíveis
devem ser substituídos antes de uma nova operação.
Relé Térmico ou de Sobrecarga
Antigamente a proteção contra corrente de sobrecarga era feita por um elemento
separado denominado de relé térmico. Este elemento é composto por uma junta
bimetálica que se dilatava na presença de uma corrente acima da nominal por um
período de tempo longo. Atualmente os disjuntores englobam esta função e sendo
assim os relés de sobrecarga caíram em desuso
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Simbologia numérica e
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literal
Assim como cada elemento em um comando tem o seu símbolo gráfico específico,
também a numeração dos contatos e denominação literal dos mesmos tem um padrão
que deve ser seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes, para
maiores informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.
A numeração dos contatos que representam terminais de força é feita da seguinte
maneira:
1, 3 e 5
Circuito de entrada (linha)
2, 4 e 6
Circuito de saída (terminal)
Já a numeração dos contatos auxiliares segue o seguinte padrão:
1e2
Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída
3e4
Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída
Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. Os contatos
auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração, pois o número é
composto por dois dígitos, sendo:
Primeiro dígito: indica o número do contato
Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4)
Os motores de indução podem ser comprados com 6 pontas e 12
pontas.
No caso do motor de 6 pontas existem dois tipos de ligação:
Triângulo: a tensão nominal é de 220 V (ver figura 9.1a)
Estrela: a tensão nominal é de 380 V (ver figura 9.1b)
No caso do motor de 12 pontas, existem quatro tipos possíveis de ligação:
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Triângulo em paralelo: a tensão nominal é 220 V
Estrela em paralelo: a tensão nominal é 380 V
Triângulo em série: a tensão nominal é 440 V
Estrela em série: a tensão nominal é 760 V
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Comando simples
Programa em Ladder
Obs:
Será utilizado no térmico o contato fechado 95 e 96. Por isso o contato I1 é aberto.
A chave de desliga também é normalmente fechada. Por isso o contato I2 também é
aberto.
Se o térmico atuar irá aparecer na tela do CLP a mensagem `` Térmico atuado ´´
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Comando com Reversão
Programação em Ladder
Obs : O térmico e o STOP são comuns para os dois comandos, por isso, é utilizado uma
memória. (Como o térmico e o stop são normalmente fechados é utilizado um contato fechado
dessa memória nas duas linhas de comando.
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PROCEDIMENTO PARA PARAMETRIZAÇÃO BÁSICA PARA OPERAÇÃO COM
COMANDOS VIA IHM (INTERFACE HOMEM MÁQUINA
DESBLOQUEAR O INVERSOR PARA A ALTERAÇÃO DE VALORES DOS
PARÂMETROS.
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Apertar na tecla PROG.
Acessar o parâmetro p000 através da tecla ▲ ou da tecla ▼.
Apertar novamente na tecla PROG. Aparecerá o número 0 no visor. Alterar o
valor do parâmetro para 5 através da tecla ▲.
Pressionar novamente a tecla prog para gravar o valor selecionado. Aparecerá
p000 no visor.
DEFINIÇÃO DA FAIXA DE FREQUÊNCIAS DE OPERAÇÃO (FAIXA DE VELOCIDADES
DE OPERAÇÃO DO MOTOR)
A frequência mínima é definida no parâmetro 133 e a frequência máxima no
parâmetro 134. Considerando uma faixa de operação entre uma velocidade bem
pequena, próxima de zero, e uma velocidade de aproximadamente 1,5 vezes a
velocidade nominal, nesta aula, a frequência mínima deverá ser ajustada em 5 hz
e a frequência máxima em 90 hz.
DEFINIÇÃO DA TENSÃO MÁXIMA DE SAÍDA DO INVERSOR.
• A tensão máxima de saída do inversor pode ser ajustada entre 0 e 100% do
valor da tensão da rede, através do parâmetro 142. A rede de entrada é de 220
v. O motor deverá ser alimentado em 220 v. Desta forma, a máxima tensão
de saída do inversor deverá ser ajustada em 100% do valor da tensão da rede
DEFINIÇÃO DA CORRENTE DE SOBRECARGA.
• Define-se como corrente de sobrecarga a máxima corrente que será permitida
na saída do inversor em regime contínuo de funcionamento. Correntes de saída
acima deste valor provocam o desligamento do inversor. O tempo de
desligamento é regido por uma curva corrente versus tempo semelhante
aquelas de dispositivos de proteção como, por exemplo, relés de sobrecarga.
• Quanto mais severa for a sobrecarga, mais rapidamente o inversor será
desligado. Este parâmetro não atua em sobrecargas transitórias de curta
duração, como é o caso das partidas. Usualmente, a corrente de sobrecarga é
ajustada num valor
• superior ao valor da corrente nominal do motor que será acionado.
Procedimento prático:
• Acessar o parâmetro 156 e ajustar o valor do parâmetro, no valor
correspondente a uma sobrecarga de 20% no valor da corrente nominal do
motor.
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•
A referência de velocidade, neste caso, é constituída por um intervalo de
aceleração, um intervalo de operação com velocidade constante e um intervalo
de desaceleração. Três parâmetros devem ser configurados: o tempo de
aceleração, o tempo de desaceleração e a frequência correspondente a
velocidade de operação.
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P 100 — V=6 segundos (tempo de aceleração)
P101—V=12 segundos (tempo de desaceleração)
P121—V=50 Hz (frequência correspondente a velocidade de operação)
SELEÇÃO DA FONTE.
•
Serve para definir se a operação será considerada como local ou como remota.
(verificar configurações possíveis no manual de operações)
P 220 — V=0 (local)
SELEÇÃO DA FONTE DE COMANDOS.
•
Serve para definir a origem dos comandos, ou seja, se virão das teclas ou se
virão dos bornes.
P229- 0
SELEÇÃO DO SENTIDO DE GIRO.
•
Serve para definir se a operação será sempre no sentido horário, sempre no
sentido anti-horário ou se a definição do sentido de giro será feita através de
comandos. Para maiores detalhes, consultar o manual
P231 – 2
LEITURA DA FREQUÊNCIA DE SAÍDA DO INVERSOR.
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A leitura da frequência de saída do inversor é realizada através do parâmetro
P005.
A leitura da corrente de saída do inversor é realizada através do parâmetro
P003.
A leitura da tensão de saída do inversor é realizada através do parâmetro P007.
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MULTISPEED (CONTROLE DE VELOCIDADE, MODO REMOTO).
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Fazer com que uma pessoa controle a velocidade de um motor a distância. O
multispeed é utilizado quando se deseja até 8 velocidades fixas préprogramadas.
• Permite o controle da velocidade de saída relacionando os valores definidos
pelos parâmetros P124 a P131, conforme a combinação lógica das entradas
digitais programadas para multispeed.
• Entrar com a senha de acesso → P000 –V=5.
Programações dos parâmetros definição remoto, modo multispeed
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Para que o inversor inicia o funcionamento devemos ativar a saída I1 e mais
uma saída das quais foram programadas. Pois, o inversor neste modo só inicia o
funcionamento com no mínimo duas saídas ativadas.
Na tabela abaixo, para que a coluna I1e I2 seja ativada, ou seja, receba 0V, os
dois devem estar ativados. Ativar I1 mais I3, para verificação da velocidade
(freqüência) que o motor esta funcionando, basta verificar o valor do
parâmetro de P126. Para tira a prova, basta fazer a leitura da freqüência no
parâmetro P005.
Para os demais basta verificar as saídas ativadas (0V) e verificar o parâmetro de
referência indicado na tabela.