Muitas tecnologias que estão ganhando relevância e adoção do público são antigas. Realidade virtual e aumentada, inteligência artificial, interfaces de voz, Wearables, reconhecimento biométrico... todas estas tecnologias existem há algum tempo, porém, de maneira isolada.
Novas Experiências Integradas com Tecnologias Emergentes
1. The New Possible: Experiências Integradas
Muitas tecnologias que estão
ganhando relevância e adoção do
público são antigas. Realidade
virtual e aumentada, inteligência
artificial, interfaces de voz,
Wearables, reconhecimento
biométrico... todas estas tecnologias
existem há algum tempo, porém, de
maneira isolada.
Agora, as tecnologias estão
começando a se misturar
criando experiências integradas, o
que abre possibilidades realmente
significativas no modo como
resolvemos problemas e criamos
melhores produtos e experiências.
À medida que as experiências
evoluem, também há uma
necessidade de explorar novas
fronteiras, imaginando interações
totalmente novas - possibilitadas por
novas capacidades sofisticadas.
Novos tipos de interação
Há um grande movimento para o uso
de interações por voz. De acordo
com estimativas, no final de 2017,
foram reportados cerca de 33
milhões de dispositivos habilitados
para interação por voz para uso
domiciliar, nos Estados Unidos.
Hoje, há também câmeras de vídeo
mais evoluídas, que podem capturar
pessoas em movimento, suas
posições e expressões - aliadas às
capacidades de redes neurais que
podem ser treinadas para identificar
e classificar pessoas, suas
atividades e gestos. Elas revelam
um cenário sem precedentes criando
um novo espaço para design de
interação baseado em gestos,
possibilitando controlar dispositivos
e serviços com nossa linguagem
corporal.
Ou seja, cada vez mais teremos
questionamentos de quando é
melhor utilizar interação pela
modalidade de voz, toque ou gesto.
Movidos pelas dificuldades e
limitações das interações por voz,
pesquisadores estão explorando as
possibilidades do movimento
gestual/corporal para criar uma nova
categoria de produtos.
2. À medida em que criamos novas
experiências, também devemos
gerenciar a expectativa dos usuários
e entender necessidades de controle
para cada contexto.
Nem sempre o novo pode ser uma
substituição do antigo com
resultados felizes. Há que se
considerar o contexto e o esforço
realizado para tarefas corriqueiras.
Por exemplo, no caso de chatbots,
para construir uma frase que faça
sentido, é necessário digitar muito
mais do que teríamos que
simplesmente tocar em opções de
uma interface gráfica.
É preciso considerar que a interação
por voz é mais natural, no entanto,
não devemos deixar de usar
recursos visuais que estão
disponíveis para oferecer maior
entendimento e controle pelos
usuários.
Por exemplo, controlar um
dispositivo por gesto pode ser mais
rápido e eficaz, quando é uma
interação simples como aumentar
velocidade ou volume. É também
possível, mais rápido e mais natural
comunicar uma expressão por gesto
como, por exemplo, “gostei!” ou “não
gostei!”.
E o papel do designer neste novo
cenário?
"A interação do futuro não é feita de
botões”.
A aplicação adequada de
tecnologias é simplesmente uma
questão de usar o que está à nossa
disposição para criar os próximos
padrões de produtos e serviços com
um processo centrado no ser
humano - que mantém em foco as
necessidades reais do usuário.
Designers colocam o usuário na
frente. Já não se trata de desenhar
uma tela ou uma interface
conversacional, e sim usar os
recursos disponíveis para resolver o
problema e criar uma experiência
diferencial, que pode ser uma
graphic user interaction, language
user interaction, voice user
interaction, augmented or virtual
reality interaction, gesture based
interaction, no user interaction, ou
tudo isso junto ao mesmo tempo.
O papel do designer mais do que
nunca se concentra na UX: fazer
pesquisa com usuários, entender o
contexto, apoiar criações empáticas
e testar soluções com intuito de
medir aderência e satisfação.
Natali Abreu Garcia
Experience Design everis Brasil