2. Ao tentar ventilar, o socorrista pode deparar com uma
resistência.
Isso significa que, por qualquer problema, o ar não está
conseguindo chegar aos pulmões da vítima.
Torna-se de suma importância eliminar está obstrução, antes
de continuar a análise primária.
Esta obstrução pode ser causada: pela língua ou por corpos
estranhos.
3. CAUSADOS PELA LÍNGUA
Comum nas vítimas inconscientes devido à queda da base da língua.
Acontece quando a vítima se encontra com a cabeça flexionada para
frente, com ou sem objeto sob a nuca e nesse caso, a simples retirada do
mesmo libera as vias aéreas.
Caso continue obstruído ou caso não haja objeto sob a nuca, o simples
reposicionamento da cabeça pode liberar as vias aéreas.
4. POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
Obstrução por substâncias líquidas, sólidas ou pastosas; dentes ou
próteses quebradas, etc.
Constatado o corpo estranho deveremos utilizar algumas manobras para
retira-lo.
Em vitimas conscientes tenta-se o Método de Tapotagem e se isto não for
eficaz use a seguir a Manobra de Heimlich (abraço da vida).
Em vitimas sem consciência utilizamos a Manobra de Heimlich ou
Compressão Torácica.
5. MÉTODO DA TAPOTAGEM (UTILIZADO EM VÍTIMAS ACIMA DE 1 ANO)
Observe se a vítima pode respirar, tossir, falara ou chorar, se não;
Coloque o paciente sentado ou em pé;
Flexione o corpo do paciente à frente;
Abaixe a cabeça abaixo do quadril com hiperextensão do pescoço;
Com a mão em forma de concha, de tapas nas costas na altura das
escápulas, pausadamente até que o objeto seja expelido, se obter êxito
executar manobra de Heimlich.
6. ◦ Para constatar essa obstrução o socorrista perguntará a
vítima:
- “Você está engasgado?”
- “Você consegue respirar?”
◦ Se a vítima confirmar através de movimentos afirmativos
(como balançar a cabeça, por exemplo), imediatamente
inicie a Manobra de Heimlich:
MANOBRA DE HEIMLICH
Em adulto consciente:
◦ Quando o adulto está engasgado e encontra-se consciente, ele fica muito
nervoso e agitado, segurando no pescoço, abrindo amplamente a boca;
7. MANOBRA DE HEIMLICH
Posicione-se atrás da vítima;
Posicione sua mão fechada com a face do polegar
encostada na parede abdominal, entre o apêndice
xifóide e a cicatriz umbilical;
Com a outra mão espalmada sobre a primeira
comprima o abdome num movimento rápido
direcionado para trás e para cima;
Repetir a compressão até a desobstrução ou a vítima
tornar-se inconsciente, quando então será executada
a manobra correspondente.
8. MANOBRA DE HEIMLICH
Em gestante ou obeso:
Se a vítima for excessivamente obesa ou gestante, realize as
compressões no terço inferior do osso esterno.
9. MANOBRA DE HEIMLICH
Em adulto inconsciente:
Posicione a vítima deitada com as costas em superfície rígida;
Faça a abertura da vias aéreas com a manobra mais adequada e
inspecione a boca, se houver corpo estranho visível remove-lo com os
dedos;
Ajoelhe-se colocando seu joelho esquerdo do lado da coxa direita da vítima
e joelho direito do lado da coxa esquerda da vítima;
Coloque a palma de uma das mãos no ponto médio entre a cicatriz
umbilical e a ponta do osso esterno (apêndice xifóide) da vítima;
Apoie a outra mão por sobre a primeira e posicione os ombros de modo a
coincidir com o abdômen da vítima;
10. MANOBRA DE HEIMLICH
Em adulto inconsciente:
Comprimir o abdome num movimento rápido, direcionando para baixo e para frente;
Efetue 5 compressões abdominais;
Tente visualizar na boca e remover o corpo estranho com o dedo;
Cheque o pulso carotídeo e, se ainda presente, continue nas manobras de
compressões abdominais ou torácicas;
Cheque o pulso carotídeo a cada ciclo de manobras e, quando ausente, inicie a
reanimação cardiopulmonar;
11. MANOBRA DE HEIMLICH – COMPRESSÃO TORÁCICA
Em gestante ou obeso inconsciente:
◦ Posicione a vítima deitada com as costas numa superfície rígida;
◦ Posicione-se lateralmente à vítima na altura dos seus ombros;
◦ Apoie suas mãos sobrepostas, com os dedos entrelaçados no local
correspondente ao da reanimação cardiopulmonar;
◦ Comprima o tórax da vítima em movimento rápido, direcionado para
baixo;
◦ Efetue 5 (cinco) compressões.
12. MANOBRA DE HEIMLICH
Importante:
Caso não obtenha êxito na desobstrução, transporte à vítima ao hospital
rapidamente, sem interromper a manobra correspondente de desobstrução
das vias aéreas;
Se a vítima em questão for vítima de trauma, manter a imobilização
manual da cabeça e coluna cervical, mantendo-a em posição neutra
durante as tentativas de desobstrução das vias aéreas.
Utilize a manobra de elevação da mandíbula e mantenha a vítima
deitada com as costas em superfície plana.
13. Obs.: No caso de pacientes com engasgamento parcial, tossindo, debruce-
o sobre o espaldar de uma cadeira forçando o abdômen e encoraje-o a
tossir, auxiliado com tapotagens na altura das escápulas.
Caso a pessoa esteja engasgada com espinha de peixe ou qualquer outro
corpo estranho, que provoque obstrução parcial, onde a vítima continua
respirando, procure a manter calma e aquecida, encaminhe-a para o
hospital, sem no entanto retirar o corpo estranho, ou forçá-lo para dentro,
deixando tal manobra para o médico a nível hospitalar.
14. Uma vez constatada a parada respiratória, após a análise primária, inicie
compressões torácicas na vitima.
Mantenha as vias aéreas da vítima liberadas,
utilizando-se para tal, manobras adequadas (atenção
especial com a coluna cervical);
15. Uma vez constatada a inconsciência, ausência de respiração e ausência
de pulso, deve-se iniciar imediatamente a RCP (Reanimação
Cardiopulmonar)
◦ É um procedimento de emergência onde através da compressões
torácicas, poderemos manter artificialmente a circulação e a respiração
da vítima até que haja um socorro médico adequado.
Para possibilitar a eficiente compressão torácica é imprescindível aplicar a
técnica adequada.
◦ Isto inclui o correto posicionamento da vítima e do socorrista,
◦ A localização dos pontos de compressão e avaliação,
◦ A permeabilidade das vias aéreas através da manobra mais indicada,
◦ E a adequada intensidade dos movimentos.
16. RCP em vítimas acima adultas:
Confirmar a parada cardiorrespiratória, ao constatar:
◦ Ausência de movimento respiratório e ausência de pulso.
Execute o seguinte procedimento:
◦ Peça auxílio;
◦ Posicionar a vítima deitada em uma superfície rígida;
◦ Posicione-se lateralmente à vítima, na altura de seu tórax;
◦ Localize o apêndice xifoide com o dedo de uma das mãos,
se houver dificuldade em localizá-lo, palpe a última costela
e siga dedilhando a borda das costelas até o centro do
tórax onde encontrará o apêndice xifoide;
17. ◦ Coloque uma mão, apoiando a região tênar e hipotênar no centro do
esterno e a outra sobre a primeira entrelaçando e estendendo os dedos,
uma distância de dois dedos acima do apêndice xifoide;
TenarHipotenar
18. ◦ Mantenha os braços estendidos, num ângulo de 90º com o corpo da
vítima;
◦ Comprima o esterno com o peso do seu corpo (e não com a força de
seus braços), cerca de 3 a 5 cm;
◦ Após cada compressão, alivie totalmente o peso para que o tórax
retorne à posição normal e permita o enchimento sanguíneo das
cavidades cardíacas, mas não perca o contato entre a base da mão e o
tórax da vítima;
19. ◦ Efetue compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto;
◦ Verifique o pulso central a cada 1 min.;
◦ Se não houver pulso, a RCP deve ser reiniciada pelas compressões
torácicas;
◦ Quando em dois socorrista, só efetuar a técnica um de cada vez,
devendo o socorrista que não estiver atuando ficar responsável por
avaliar a eficácia da compressão, controle do tempo e verificação do
pulso central e ser houver necessidade de trocar de posição entre
socorristas, deverá ser feita durante a verificação do pulso central, não
devendo exceder a 5 seg.
20. RCP:
Posicione a vítima deitada em uma superfície rígida;
Efetue compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por min.;
Verifique o pulso central e respiração a cada 1minutos;
Se não houver pulso, reinicie a RCP pelas compressões torácicas;
Após iniciada a RCP, o socorrista só poderá interrompê-la se:
A vítima recuperar e manter o pulso espontaneamente;
Durante a substituição ou troca de posição de socorristas;
Durante a verificação do pulso e respiração (entre os ciclos a cada 01 minuto);
Vítima entregue aos cuidados da equipe médica;
Determinação de interrupção da RCP por Médico identificado.