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O AVATAR
INTRODUÇÃO
O caminho
Eram 21:11h na Ilha onde vivia o escritor. Na noite anterior, havia
chovido muito e as comunicações haviam sido interrompidas. Ele havia
recebido um recado de que os seus amigos iriam visitar a pequena Vila
onde fora criado, um local entre a Grande Cidade e a Serra da
Cantareira, de nome Tremembé.
Esses amigos sabiam que iriam encontrar algo que iria desvendar
alguns mistérios acerca da Entidade de quem ele tanto falava, mistérios
esses que eles mais ou menos já sabiam, e que a sua Madrinha, que
vivia em Tremembé, reconhecera nele quando ainda era muito criança…
Para ela nem eram mistérios, afinal ela deixou de ser freira mas trazia
consigo a particularidade do Corpo Astral ou Corpo mais sutil, que
através da sexualidade aflora, por isso o celibato era mantido pela Igreja.
Um dos mistérios que seus amigos conheciam estava relacionado
com O Ermitão da Picinguaba, "um SER que habita o meu SER", dizia o
escritor; o outro estava relacionado com o nome do seu personagem Ale
Mohamed, um nome que na data em que ele escrevia o primeiro capítulo
de O Avatar já se tornara muito falado quando do atentado em Bagdá
contra a Mesquita onde estavam os restos mortais de Ali Mohamed,
MAOMÉ, profeta dos antigos e atuais Muçulmanos. Tudo isso envolvia
algo de que já se vinha falando através da Entidade citada, há muito
tempo.
A primeira manifestação da Entidade deu-se em 1979, na Vila
Piscatória da Picinguaba, através de mensagens que eram recebidas
pelo corpo físico do escritor, o qual deixara de ser vice-presidente de
uma empresa multinacional para cumprir um destino de isolamento e
introspecção, o que o levou a se conhecer mais e a se auto-descobrir
entre a Natureza e Civilizações muito antigas como os Tupy Guaranis ,
toda a união de Nações Indígenas que se intitulavam Tamoios e muitas
outras que foi conhecendo pelo mundo, após o seu eremitério na
Picinguaba.
Todavia, naquela noite o escritor sabia que algo muito especial
iria acontecer; era o dia de São Francisco e no dia anterior fora o dia dos
Anjos… Uma notícia iria novamente mudar todo o rumo da sua
existência terrena e quem sabe ele então poderia novamente enviar as
mensagens que vinha recebendo desde menino, quando sua Madrinha
já então descobrira o quanto de fato ele absorvera O EON CRÍSTICO
durante a cerimônia do Batismo.
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Havia quem pensasse que o Eon Crístico era algo que apenas
Jesus poderia ter recebido e assim, muitos esperavam séculos, milênios,
na expectativa da VINDA DO MESSIAS, mas em Verdade, em Verdade
nos foi dito que deveríamos ir e pregar, cuidar, zelar porque o momento
está próximo… por que então esperar tanto?
Mal imaginava o nosso escritor que a notícia chegaria muito mais
célere do que ele poderia realmente imaginar; afinal quem se incumbiu
de ir, ver e vencer, além de ter um conhecimento muito profundo, estava
cercado de falanges existenciais e angelicais.
Assim, ao entardecer daquele dia a MENSAGEM HAVIA SIDO
PASSADA, mas o vento, a chuva e a queda de alguns cabos de energia
e da própria rede telefônica não lhe permitiram tomar conhecimento do
que aconteceu de fato em Tremembé.
Walkyria saíra de Santa Catarina rumo a São Paulo, onde era
esperada pelo seu irmão Mário Moreno, o qual já sabia mais ou menos
da sua missão. Cumprimentaram-se e logo se dirigiram à Editora onde
estava sendo programada a edição de outro livro do escritor. Todavia os
motivos maiores estavam relacionados com um imenso SEGREDO que
entre colunas se iria discutir.
Sê Creta dizia sempre O Ermitão da Picinguaba, e estas palavras,
ao entrar no salão do Administrador da Editora, ficaram retumbando em
seus ouvidos… Walkyria não sabia se ouvia vozes ou se era uma vaga
lembrança das conversas que tiveram com aquela figura ancestral…
– Boa tarde, Walkyria, fez boa viagem? Era o amigo Luiz que a
recebeu na recepção da Editora, acompanhando-os até a sala do editor.
Mário os acompanhava , depois de cumprimentar Luiz. Ambos tinham
muitas afinidades, viviam na mesma cidade e eram, de alguma forma
muito mais séria do que se possa pensar, irmãos.
A porta se abriu quase que eletronicamente, e por detrás dela
surgiu a figura de Wagner que, com seu habitual sorriso os recebeu
prazerosa e respeitosamente.
A reunião decorreu entre intervenções de um e de outro, o Editor
apresentando-se e à sua Empresa, afinal a notícia de que poderiam vir a
conhecer o Vale do Kiriri, por si só já denotava algo de especial;
sentiriam a vibração, a energia, e sem dúvidas era uma conversa para
muitos dias, mas como Walkyria não teria muito tempo em São Paulo
logo falaram sobre a possibilidade da edição de "O Avatar", que estava
sendo escrito na Europa e poderia ser editado em São Paulo.
Ficou acertado o encaminhamento de um capítulo para análise do
perfil da obra, além da possibilidade de reedição de outros dois livros, "O
Planeta Exterminador" e "O Mestre e os Discípulos", já editados em
várias partes do mundo.
Após acertarem os detalhes, despediram-se.
4
Walkyria, no entanto pediu ao Irmão Mário que a acompanhasse
até Tremembé… E lá ficou pesquisando o que de fato ocorrera com o
menino de antanho que agora era escritor…
Teve várias surpresas...
Uma foi chegar à Igreja de Tremembé e a porta estar fechada,
mas conversou com a zeladora que gentilmente lhe abriu a porta do
lado, e lhe indicou o Altar oferecido em homenagem a Rosa Almeida
Silva, madrinha do escritor, que doara as terras do convento e da
Igreja…"Eu vou para Deus mas não esquecerei aqueles que deixei na
Terra!" (Santo Agostinho).
Ao adentrarem a Igreja, que estava vazia, foram diretamente ao
altar erigido a Nossa Senhora Aparecida. Lá estava o vitral que o escritor
havia citado várias vezes.
Ao se aperceber que aquele era o altar, ajoelhou-se e começou
rezar, e logo a seguir um grupo de senhoras começou a cantar… Mas se
a Igreja estava trancada...? No vitral Nossa Senhora Aparecida sorria e
na casa do escritor três velas acesas para Nossa Senhora Aparecida,
tremeluziam e amenizavam a falta de luz…
Mário tirou algumas fotos, se emocionou com tudo aquilo e chorou
junto com Walkyria.
Afinal… quais mensagens viriam desse livro, "O Avatar"?
Depois, a segunda surpresa foi procurar a casa da Tia do escritor
e ao chegarem a uma rua sem saída o Mário perguntar:
– Mas quem você vem procurar em uma rua sem saída?
– A Tia dele, Dona Celina …
Uma garagem estava entreaberta, Mário perguntou a um jovem
se conhecia a tal senhora.
– É minha mãe!!
Os dois se entreolharam e sorriram. O jovem, que nem sabia
quem eles eram, manteve-se um pouco em expectativa mas logo tudo se
compôs… e então ficaram sabendo do passado do escritor que agora
estava na Ilha da Madeira, esperando notícias deles…
Enquanto isso, onde mora o escritor, a comunicação fora
interrompida pela chuva e vendavais. Quando a luz elétrica foi
restabelecida, o escritor, do outro lado do Atlântico, abriu o sistema e
pôde ver as fotos, o Altar, o primo Roger, e chorou… chorou pelo imenso
tempo que passara e pelo sacrifício que teve que fazer para cumprir os
ditames da LEI, uma LEI que poucos compreendiam e poucos
conseguiriam compreender; e para isto seria mesmo muito importante
que se conseguisse publicar a Obra. Não por ele, que escrevia, mas
porque ele sabia que no interior daquele livro estaria passando uma
mensagem muito simples para os seres humanos, uma mensagem tão
simples que todos teriam alcance para entendê-la, e assim o
ecumenismo se faria presente.
Não tinha realmente cabimento continuarem a se enganar e a
enganar o Povo todo da Terra, era necessário que alguém
ecumenizasse os humanos e isto não poderia ser uma tentativa. Afinal,
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quem Tenta e cria a tentação nós já sabemos quem é, ou pelo menos
quem levou a culpa. Mas saber mesmo PASSAR A PALAVRA, O
VERBO, era muito mais simples do que poderia imaginar a nossa vã
Filosofia . não eram necessários os costumes do passado e nem mesmo
a força da juventude, era necessário apenas que a Alma que começasse
a dizer o que tinha para ser dito se afastasse o máximo possível dos
meios Urbanos e Terrenos.
Depois, só depois que estivesse realmente PURA é que iria então
começar a transcrever para o papel aquilo que lhe ditava o Senhor do
Universo, ou se quiserem O Grande Arquiteto do Universo, ou então
Allah, enfim, o nome ou o título nem era importante. Era importante sim,
e MUITO IMPORTANTE, que a própria Pureza do que iria ser dito
estivesse em estado de papel em branco, como O PRIMEIRO ÁTOMO
VIVO QUE CONSTRUIU TODO O UNIVERSO, e, para isto só mesmo o
próprio primeiro átomo vivo para explicar o quanto se arrependeu de ter
explodido na Busca de algo que ele nem sabia o que era …
E se arrependeu, não pela Beleza Universal mas pelo que fez
sofrer a tantos que nem se apercebiam que eram nada mais nada
menos do que a somatória dele mesmo.
O escritor acendeu o cachimbo e começou a imaginar como iria
passar agora as imagens, como faria passar para o papel as imagens
que recebera virtualmente, vindas de Itapema… que significava algo
ligado a uma Pedra em Tupy Guarani…
A Rádio anunciava que o Papa estava à beira da morte… e o
mundo católico se preocupava… Sobre a escrivaninha do escritor o
Cartão de Condolências do falecimento da sua madrinha estava aberto,
e ao lado dele o do seu padrinho… Ambos viveram uma vida de
santos… tanto um como outro eram pessoas de Fé.
Ao fechar o cartão do padrinho o escritor viu a imagem que
mostrava a Morte de São José… com Jesus e Maria ao seu lado… "Pai,
perdoai-os porque não sabem o que fazem!" pediu Jesus a São José,
pensou o escritor.
Uma lágrima rolou de seu rosto… quando poderia sair do exílio e
voltar para sua Terra Natal?
Nem sempre dizer a Verdade não merece castigo, pensou… e apagou a
luz do candeeiro.
Os cães uivavam...
Um suspiro o acompanhou enquanto descia as escadas que
davam do sótão ao salão mais abaixo.
Uns sobem outros descem… É verdade… pensou o escritor, mas
será lindo o dia em que todos estejamos no mesmo nível…
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CAPÍTULO 2
Diz o Mestre:
– Assim como o código de acesso aos computadores é que
permite a interação entre o Homem e os programas contidos na memória
da máquina que armazena dados e por isto tem condições de ampliar
suas atividades no dia a dia da sua existência, assim também o acesso
ao Avatar deste Milênio só é possível quando acionamos o código de
acesso e mesmo assim há que ter as condições mínimas para o
encontro entre Ele e os humanos que o buscam…
Com esta explanação acredito que vocês já têm material
necessário e suficiente para durante as férias pesquisarem a respeito
deste tema.
Lembrem-se: Buda, Jesus, Apolônio, Maomé, Moisés, vários foram os
Avatares que estiveram entre nós, humanos, e através deles os povos
do Oriente e do Ocidente, assim como os do Norte e do Sul, puderam
compreender e aceitar as escrituras ou as leis de cada povo ou
civilização.
O Terceiro Milênio é regido pela Era de Aquário; a Era de Peixes
deixa um imenso rastro de luz com a vinda de Jesus…
A importância ou a relevância que cada um de nós dará aos novos
tempos está no livre arbítrio que nos foi concedido pelo Criador a todas
as criaturas.
– Mestre, eu gostaria de perguntar antes de sair de férias se é
necessário de fato a cada novo milênio surgir um novo Avatar…
Ale Mohamed, filho de uma terra Lusitana, de nome Almeida,
tinha 23 anos e estava completando o 3º Ano do curso de Antropologia
Teológica, um curso criado na Universidade que freqüentava e que tinha
como base o estudo antropológico da Teologia com o intuito de tanto
filosófica como cientificamente provar a existência de Deus como Criador
e da Energia Vital para as Raças Humanas espalhadas por todo o
Planeta Terra.
Ale Mohamed recebeu este nome devido à sua origem luso-
mourisco-judaica; sua família, assim como muitas outras, viveu à
margem até que a chegada de um regime democrático permitiu que
retornassem à sua Pátria…
Dizem que os Judeus são apátridas e assim, tanto os Árabes,
Mouros, Judeus e todos os que vieram do Oriente para o Ocidente
permaneceram longos anos, gerações a gerações, a buscar um lugar ao
Sol em meio às sociedades constituídas.
O único País aberto ao mundo dos mundos, sempre fôra O
BRASIL, onde nasceu Ale Mohamed.
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A Antropologia havia sido uma opção para que Ale Mohamed
pudesse encontrar respostas às imensas perguntas que tanto genética
como sensitivamente seu ser buscava.
– Há possibilidades de um Avatar permanecer Eternizado entre os
humanos, o que geralmente se imagina no caso de Buda que é invocado
inicialmente através de Sidarta, um jovem de nobreza indiana que
buscou o seu canal de comunicação com o Criador e gerou o que hoje
chamamos Budismo.
Há também o caso de Jesus, o Nazareno, que através da energia
Crística, conseguiu estar entre nós por mais de dois mil anos e acredita-
se que esta crença permanecerá pois é assim lançada a semente de Luz
e da Divindade pelos Avatares.
Quanto ao Terceiro Milênio depois de Cristo, há movimentos que
se intitulam relacionados com a NOVA ERA e que citam Matreya, cuja
tradução tem várias vertentes, inclusive Mãe Terra.
A verdade da Teologia está assente na Lei e a Lei é a Palavra de
Deus, passada de geração a geração através dos tempos. Assim, em
que pese o nosso estudo ser humanamente e cientificamente
desenvolvido, cremos que as gerações do futuro irão contatar com o
NOVO AVATAR. Aliás há muitas mudanças em todo o Planeta oriundas
da energia de Aquário, a qual faz com que as coisas do mundo vão
dando lugar às luminescências Cósmicas desta Nova Era.
– O Mestre então afirma a existência da NOVA ERA já com a
conseqüente vinda do Novo Avatar?
– A Nova Era é inquestionável. Basta dizermos que o próprio
Universo já está sendo questionado… Ao iniciar o século XX, nem
podíamos imaginar os feitos ocorridos nos últimos cinqüenta anos,
alguns inclusive já anunciados no século XVI mas contestados por quem
controlava religiosa e politicamente o Velho Mundo… A energia e o
simbolismo de Peixes mostrou excessos de sacrifícios em busca da
Luz…
Aquário pressupõe abertura mental, ampliação e doação do
conhecimento que antes estava sob o controle de poucos.
Já hoje em dia temos acesso pelos meios de comunicação a
fontes de conhecimentos Templários, Científicos, Religiosos, Segredos
de Estado de uma década passada, que agora são do conhecimento dos
que acessam estes mesmos novos sistemas, e assim podemos quase
afirmar que este é um dos sinais de que esta nova fase intelectual,
tecnológica e humana irá também conseguir gerir ou gerar o NOVO
AVATAR… A cada NOVO MILÊNIO há choques interessantíssimos que
ocorrem desde sempre…
Einstein jamais contestou a existência de Deus e a sua Teoria da
Relatividade até hoje é base prática para todos os fenômenos científicos
onde ele, ao tornar ciente uma experiência, acrescentava aos seus
apontamentos a Deidade …como algo superior ao que ficou ciente…
Cientificamente inconcebível, mas relativamente participante e integrado
ao que a experiência gerou.
É assim então que Deus faz com que nos atualizemos e nos
desenvolvamos cada dia mais e mais…
Boas Férias!!! Até ao ano 2000… da Era Cristã.
8
CAPÍTULO 3
O chamamento
Era o ano de 1999. A Universidade vivia um clima de intensa
energia. Os jovens discípulos e seus Mestres haviam superado
situações quase intransponíveis, tanto no que diz respeito às lutas pelos
novos meios de pesquisa quanto à maior adaptação das novas
Universidades, num contexto considerado arcaico de um passado bem
recente. Os dogmas, tabus e tradições impostos pelos antigos
controladores do sistema como um Todo, estavam dando lugar a um
povo mais aberto, mais descontraído, mais ávido do SABER….
Ale Mohamed apanhou seus alfarrábios, juntamente com o seu
computador de bolso, despediu-se do Mestre Jorge Martins e dos seus
colegas mais próximos, indo em seguida apanhar o Metro. Lisboa estava
vivendo momentos de imensas mudanças e a Expo 98 chegara ao fim,
deixando um imenso vazio na vida da cidade que fora toda preparada
para a Exposição Mundial… Universal… Oceânica…
Ao descer as escadarias do Metro, lembrou-se do último dia da
Expo. O Benfica ganhara… A superlotação do espaço Expo 98 foi uma
loucura quase plena, os jovens desencadearam uma catarse jamais vista
em Portugal… LAVARAM A ALMA.
Chegou à Estação do Cais Oriente e as cúpulas iluminadas entre
os acrílicos e aço pareciam uma imensa
NAVE que ali aportara aguardando o momento exato da partida.
Uma cigana descia a escada rolante em sentido contrário ao seu. Olhou-
o profundamente… Esse olhar levou Ale Mohamed a uma cidadezinha
do litoral brasileiro, construída pelos portugueses no século XVII…
A Praça da velha e bela cidadela estava vazia. Na noite anterior
houvera o Festival de Cinema … Ale Mohamed havia sido convidado por
um grupo de amigos para apresentar um monólogo… Eles o
acompanhavam com flautas, violão, cavaquinho… Vozes.
– Um dia, em minha montanha, lá pelas quatro horas da manhã
ouvi gritos e pragas que me trouxeram de volta do mundo dos sonhos.
Ao abrir a pequena janela do rancho em que vivia, ainda
sonambulescamente pude ver alguns homens próximos da árvore de
canela que ali existe, e eles atiravam paus e pedras contra a ramagem
da imensa árvore que crescera à beira do Rio dos Peixes e abaixo da
Montanha que ali iniciava o seu Crê…SER em direção aos céus…
Eu, sem compreender muito bem o que estava acontecendo fui
permitindo a minha visão clarificar e juntamente com a luz do Luar ouvi
alguém dizer:
– "Ela comeu os três filhotes!" – gritara um dos homens…
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Só então me apercebi que uma cobra cajarana subira pelo tronco
da Canela e foi em direção ao ninho do sabiá preto que toda madrugada,
com seu cântico mavioso, amanhecia o dia e a…cor… dava-me….
Encantava-me.
Saltei pela pequena janela, fui mais próximo da turba ignara e
humana para então perceber a sabiá fêmea atirando-
se contra a cobra tal e qual um Kamikase… suicida…
O sabiá macho voava desesperado em circunferência e os
homens continuavam a agredir de várias maneiras a cobra que parecia
não sentir nada…
– "Serpente"…
– "Bicho de Satanás"…
– "Víbora"…
Eram as mais suaves imprecações que ouvira daqueles que se
julgavam os donos da Natureza, da Vila Piscatória, dos Barcos e do Mar
onde pescavam...
Ali bem perto havia uma aldeia de Índios Tupy Guaranis. Nenhum
deles havia participado na guerra contra a serpente…
Ao ver que seria quase impossível parar aquela escaramuça, subi
a Montanha, chorando e perguntei à Minha Mãe Lua, por que ser assim?
E Ela me respondeu:
– "Vá e pergunte aos homens!"
Desci a Montanha e fui lentamente chegando até à Aldeia dos
Tupy Guaranis… Haviam uns que se preparavam para irem à pesca…
pescavam de canoa, e com um arpão feito de madeira da canela, muito
rígida e forte… Na ponta havia uma fisga para poder fisgar o peixe.
Ao longe avistei Eugênio… um nome dado pelos brancos a um
Tupy Guarani que fora batizado… Contei-lhe tudo o que vira e ouvira… e
ele me respondeu:
– "Quando o Homem encosta a mão nos ovos, a cobra
vem e come os filhotes!"
Agradeci seus sábios ensinamentos, despedi-me e saí da aldeia
muito mais triste do que entrei… Saí da Taba um tanto atônito, subi a
Montanha e fui perguntar ao Sol que amanhecia o Dia, desta feita sem o
cantar do Sabiá Preto… Então, entre uma lágrima e outra, salgada tal e
qual o sabor Mar eu perguntei ao meu Amigo Sol: por que ser assim?
E ele ainda amanhecendo… o amanhecer, respondeu com sua
Luz nascente:
– "Meu Filho, a Mãe Natureza se preparou para receber todos os
seres que com ela hoje convivem… até que se aprimorou mais ainda
para receber o SER HUMANO, livre, solto, forte e belo… E assim como
ela o quer livre, solto, forte e belo, quer a todos os seus filhos… Então
prefere que a cobra venha e coma os filhotes do que os homens os
tenham presos só para ouvi-los cantar!"
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Neste exato momento nasceu esta canção:
"Bom dia meu amigo Sol, eu quero te cumprimentar,
Andava pelo mundo a sós, queria simplesmente amar,
Agora você está à direita,
Mais tarde você está à esquerda,
A tudo você enfeita,
Não existe nenhuma perda…
E quando anoitecer,
Se a Lua não aparecer,
Não fique triste oh Sol, não!
Vá iluminar o Japão,
Pois a Lua é dos Poetas, a grande inspiração,
No céu ela é uma Festa, que faz bem ao coração."
A Igreja de Santa Rita, que havia se transformado no espaço do
Festival de Cinema de Paraty, estava repleta de
pessoas que aplaudiram o Ermitão da Picinguaba, nome que
as pessoas deram a Ale Mohamed por ele viver dois anos isolado
na Montanha da Picinguaba.
Naquela manhã em Paraty, Ale Mohamed encontrou-se com uma
Cigana… ela também o olhou no mais profundo dos olhos, pediu-lhe um
minuto da sua atenção e ele a atendeu…
– "Você irá viajar muito, atravessará os Oceanos… e descobrirá um
Mundo Novo em um Velho e Antigo Mundo… onde quase nada mudou!"
A Cúpula mais ao norte da estação do Oriente do Metro de
Lisboa, agora estava com a tonalidade violeta… Saint Germain…
pensou Ale Mohamed…
Dez anos se passaram desde a pequena cidade no Mato Grosso
onde havia ido para implantar uma emissora de televisão, colaborar na
maior FEIRA AGRO PECUÁRIA DA AMÉRICA DO SUL e ainda editar
um jornal de nome Presença Popular, com mais de 100.000 exemplares
distribuídos por todo o Mato Grosso… A Feira Agropecuária atraíra
gente do mundo e do Brasil inteiro. Com muitas atrações campesinas,
pecuárias, cavalos puro sangue, touros, parque de diversões, cantores,
culinária típica de várias partes do Brasil, muita gente e muita
animação… Ali ele conhecera Maria Gabriela, a Madeirense que o
levaria através dos Oceanos…
1990, Ilha da Madeira……… 1998, Lisboa…… 1999, O Avatar!
Seria o Avatar uma Tese ou seria um estudo apenas, ou ainda,
seria uma Profecia???
Em 1979 acontecera Picinguaba... Abandonara o mundo das
evoluções materialistas… chegara ao cargo mais cobiçado de uma
Multinacional Americana… e após abandonar tudo, …a MENSAGEM
CHEGOU… O CHAMAMENTO.
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– E por que Eu?
Sempre se perguntara isto, até que em um Curso ZEN, ao receber
um legado que tinha 2.500 anos, vindo diretamente do Tibet , que lhe foi
entregue por um descendente direto de Buda – Mestre Hogan Sam – ao
perguntar porquê só ele fora merecedor de receber o legado, o Mestre
sorriu e nada disse…
Ale Mohamed compreendera que nunca mais perguntaria.
Aceitaria e agradeceria… Este era o caminho (avatar).
Dirigiu-se ao aeroporto onde iria apanhar um avião com destino
ao Porto… Gabriela o aguardava…
Seguiram viagem em um vôo com destino a França, com escala
no Porto. A polícia de fronteiras quase nem o deixara embarcar, apesar
de estarem em espaço Sheguem, onde todo cidadão residente na
Europa tem livre trânsito… Quantas barreiras os seres humanos criam
na sua própria Terra… Em seu íntimo os códigos de acesso à força da
criação também iam se complicando… O que seria necessário se fazer
para que a carga humana ficasse mais suave?
Será que a anunciada NOVA ERA iria trazer alguma luz a tudo
isto?
A viagem a bordo do vôo da Air France foi bem rápida, o Air-bus
completou-a em reduzidos 53 minutos entre Lisboa e Porto.
Para variar, Ale Mohamed escreveu durante o vôo e o que
escreveu estava relacionado com o trabalho de Margarida Martins,
responsável pela Fundação Abraço que cuidava dos pacientes que
haviam contraído o vírus da AIDS.
Quando entregou o que escreveu à valente lutadora na luta contra
esta praga do século XX percebeu que deveria colaborar com a causa,
deveria abraçar esta causa…
Gabriela, que o acompanhava, sabia que as férias prometidas
seriam sempre com envolvências em situações e responsabilidades que
Ale não conseguia deixar para amanhã…
Houve épocas em que ela teve que ser bastante incisiva com ele,
pois a sua estada em Picinguaba e suas "viagens" através das
evoluções, involuções, regressões e ascensões cósmicas haviam dado
cabo de todos os tabus, preconceitos, dogmas terrenos e o colocado em
um plano acima do plano Terra, e assim, às vezes envolvia-se com
algum excesso de generosidade no problema dos outros. Como se
soubesse a solução… sem se preocupar consigo próprio, doando-se de
uma maneira tal que chegou a ficar sem comer e sem dormir para acudir
pessoas que nunca vira, pelo período de quase um mês.
Gabriela, com a sua formação de Médica Veterinária, origem
Madeirense, vivendo trinta anos no Brasil,
Compreendia muito bem o coração de Ale Mohamed…
comparava-o a Carlos Castanheda… que conhecera Don Juan, um Índio
12
com conhecimentos profundos dos mundos esotéricos e dimensões
paralelas…
Ale considerava-se um ser humano comum, como outro qualquer
e assim era bastante difícil alguém conseguir travá-lo nos seus anseios
de ver o mundo à sua volta mais saudável, mais feliz, mais solidário e
mais autêntico, integrado ao Cosmo e à energia Vital que emana de
todos os seres do Universo sem distinção deste ou daquele. Bastava
olhar para o céu e via-se as estrelas com um brilho semelhante… O
PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER…
A Cidade do Porto o encantou e logo que chegou ao Hotel Castor,
na Cidade do Porto, foi procurar uma lista telefónica para encontrar o
nome de algum Ancestral…
A busca da sua ancestralidade era latente e constante…
Seus traços fisionômicos eram bem vincados ao árabe. Testa
larga e alta, moreno, estatura mais para o alto, ombros largos, tórax de
remador, fartos bigodes, pernas fortíssimas, olhos negros, muito
cintilantes e vivos… Com a idade ia se tornando de cabelos grisalhos e a
barba mais ainda… O peso um pouco acima da média para a estatura
que tinha, adorava sorvetes e doces, mas mantinha uma grande
agilidade e força física, mental, emocional e espiritual… Emanava Fé!!!
Nadava muito bem e adorava andar a pé em montanhas, vales,
florestas, beira-mar…
– Ale, você não vai jantar? não tem fome?
Acordou de sua busca antropológica e ancestral, olhou para Gaby
que o chamava e estava já com trajes mais adequados para o frio que
fazia no Porto.
Era loura, alta, olhos cor de mel, pele clara, seios firmes e uma
elegância descontraída, seus cabelos semi encaracolados caíam sobre
os ombros em suaves ondas.
Ali à sua frente, na cidade próxima das suas origens Lusitanas,
encontrava-se a mesma figura que a sua Montanha lhe havia anunciado
muitos anos atrás…
13
CAPÍTULO 4
Caverna Submersa
Era uma tarde em que o mar estava muito calmo na praia do
Camburí - entre Picinguaba e Paraty. A Mata Atlântica cobria os dois
lados do asfalto da BR101 uma estrada litorânea que vai de São Paulo
ao Rio de Janeiro e depois segue até o Nordeste Brasileiro… O Ermitão
nadava e observava as ondas alísias indo e vindo de encontro à
costeira, uma alta costa rochosa, com imensas pedras que tinham a
forma de vários animais, não era só ele que via… os turistas e alguns
pescadores também.
Naquele dia ele havia descido a Grande Cachoeira com seus
oitenta metros de altura em patamares suaves, pesquisando as imagens
que encontrava nas Pedras…
UM CAVALO PRETO, uma Tartaruga, um Dragão, e assim ao
entardecer estava entre a Ilha das Couves e a Costeira do Camburí em
meio a uma imensa baía. A água estava quase morna… os olhos ardiam
um pouco com o sal marinho. Lembrou-se do tempo em que nadava em
piscinas e tinha medo do Mar… agora era como se estivesse integrado
com o Oceano e todos Oceanos Siderais… parecia um peixe… ou um
Golfinho… pois subia apenas para apanhar ar… Adorava nadar… em
baixo d'água mais ainda…
O seu estudo a respeito de Atlântida começou no Peru, nos
Andes… passou pelo Mar dos Xaraés (Pantanal do Mato Grosso),
Chapada dos Guimarães, onde encontrara fósseis marítimos a 800
metros de altitude… Amazônia… México, Venezuela… e no fundo dos
Oceanos em túneis que se
interligavam com várias áreas que já conhecera, onde, sem dúvidas,
viviam os Intra-Terrenos… seres que tinham um conhecimento bastante
evoluído e se comunicavam com os da superfície e com os Extra-
Terrestres…
Decidiu que mergulharia na caverna submersa existente naquela
costeira e assim ficou boa parte da tarde preparando-se para o melhor
momento…
As ondas iam e vinham em correntes submarinas para o interior
da caverna, cuja entrada tinha como defensores e guardiães, ouriços
enormes.
O Ermitão não se intimidara, pediu licença a Netuno, foi se
aproximando e quando a correnteza o arrastou com mais suavidade
soltou-se e foi como um corpo inerte sendo arrastado suavemente até à
entrada… Os ouriços pareciam acariciá-lo… A entrada era longa e teve
um pouco de receio
de ficar sem fôlego. De repente percebeu que estava em uma imensa
Caverna, ampla, iluminada com uma cor entre o rosa e o violeta… (Saint
14
Germain), viu que dava pé e ficou em pé… Caberiam ali umas 10
pessoas… o teto era todo cintilante, refletindo as ondas que iam e
vinham… Algo sublime. Rosáceo… lembrou-se da Rosa Cruz… deitou-
se para descansar um pouco… adormeceu, com as ondas a
massagearem seus pés… Sonhou.
No sonho uma voz dizia-lhe que a partir daquele momento nada
mais iria lhe faltar… Acordou com o rugido de um Leão… era o vento, a
água, Eolo… Druza… Percebeu que um tronco de árvore trancava a
saída de ar e de água. Foi agachado e tentou tirá-la, parecia um apelo
da Caverna… o rugido vinha dali… Ao tirar o tronco ,após um imenso
esforço, a água que estava ali retida começou a inundar a
22
caverna. Em poucos segundos a água chegou-lhe ao peito. Olhou ao
redor, ...uma chaminé natural… Foi-se esgueirando por ali, subindo pela
garganta interna daquela imensa Montanha... Fincava as mãos e os pés
como melhor lhe convinha. Foram séculos aparentemente… até chegar
ao topo da Montanha.
Lá em baixo, como se fossem miniaturas, os barcos de pesca, as
cabanas dos índios, as casas de alguns Caiçaras… Ao olhar para os
seus próprios pés, por instinto e puro instinto, o Ermitão percebeu que
estava sobre duas pegadas enormes …seriam suas pegadas do
passado que ficaram ali marcadas?!!!
Ao longe, no Oceano, uma visão: uma Caravela… A Cruz de
Malta… Uma moça loura… nas nuvens… Um Deus com um imenso
bigode a sorrir, uma Deusa Oriental a dizer-
22
lhe: fomos seus Pais… um Amor Proibido… E você criou-se na
Natureza, no Mar, nas Montanhas… Viva sempre assim… nós
vigiaremos… e você será feliz…
No quarto do Hotel Castor, na cidade do Porto , Gabriela o
"acordou" do transe…
– Ale, então, vamos jantar?
Beijou-a com carinho, abriu a porta do armário, apanhou o
sobretudo, vestiu-o e saíram no frio da noite… em busca de alimento.
A emoção de estar muito próximo das suas origens não lhe dava
fome, nem sede, nem sono, só queria desvendar os mistérios e
descobrir a verdadeira história da sua vida…
Jantaram em uma casa típica do Norte de Portugal, conversaram
sobre as suas esperanças, a nova casa que nunca ficava pronta, como
sempre foi… As crianças, os netos, Arthur, Dominique, André Luís…
algo muito familiar. Há tempos nem queria ouvir falar em família e agora
descobrira que é o único meio para desvendar as histórias e ir de
encontro à Verdade Universal… a partir da Célula Social… e Familiar.
Vivera dos 12 aos 53 anos afastado da família, fora como um
visitante na casa dos Pais…
15
O início em vários colégios de padre, depois um internato, quase
seminarista, Salesiano, depois a Academia Militar… os Mares, os Portos,
os Povos, seus usos e costumes… A revolução de 1964… a
contestação, o revolucionário… o sonho desfeito de um lado por se
negar a
matar BRASILEIROS, a vida civil com formação rígida a mais, as
empresas, os clientes, o mundo da Comunicação. E a família era e ainda
é a Célula Social. Uma vez por ano ou no Natal, aniversários… Os
sobrinhos e sobrinhos netos o chamavam Tio Indiana Jones…
E assim, naquela noite, no Restaurante Típico do Porto, algo
começava a intrigá-lo… Nunca dependera aparentemente de ninguém…
e se calhar era carente de coisas que os outros não eram carentes…
Que grande descoberta na caverna do seu coração!
Chegaram ao Hotel Castor, verificaram se havia algum recado.
Subiram pelo elevador muito antigo com portas pantográficas, estilo
século… sabe-se lá qual… O apartamento era o 471, dava vistas para o
imenso Rio Douro,
onde seus ancestrais ainda produziam em suas margens o Vinho do
Porto, desde a plantação até à exportação. Chegaram alguns deles ao
Brasil em 1575, expulsos de Portugal… Judeus… Os outros que ficaram
converteram-se e eram NOVOS CRISTÃOS…
Portugal começara ali no Norte e estendera o seu Reinado até ao
Sul. O Oceano era e é a grande Porta deste País que se considerava a
Cabeça da Europa… mesmo a Testa da Europa… pois a Espanha era a
Cabeça, que se desunira da testa…
No outro dia foram visitar os monumentos, a Bolsa, O Salão
Árabe …parecia ter vivido ali, naquele ambiente… Gabriela percebia a
sua emoção com cada esquina daquela cidade cortada ao meio pelo
belíssimo Rio Douro; a sua arquitetura lembrava muito Salvador, na
Bahia...
Apanharam o Barco e foram subindo o Douro. As Quintas… as
plantações… as vindimas, os Casarões Antigos, as Janelas onde os
Lusitanos avistaram NOVOS RUMOS…NOVOS MUNDOS….E
CRIARAM NOVAS CIVILIZAÇÕES…
Pois é: Misturaram as raças, e geraram um povo totalmente
diferente de todos os povos, os Brasileiros, os Luso-Africanos. Criaram o
que o sapateiro de Foz Côa profetizara no Século XVI, O QUINTO
IMPÉRIO… O Espírito de Portugal no Mundo e o Mundo que foi feito
a partir de Portugal… todos juntos a falar uma mesma língua, usos e
costumes, novos tipos genéticos, novos ritmos, nova indumentária, ou
sem indumentária nenhuma… sem lenço e sem documento… Desde o
mais nú e mais feliz até ao mais
requintado e também feliz, com samba no pé e ginga muito diferente da
do Europeu… Que diferença se criou a partir dali de onde ele se
encontrava… Diferentes mas iguais… "Crescei e Multiplicai-vos"… e
assim foi feito…
16
CAPÍTULO 5
A VERDADE...a...ver...dá...dê!
Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, era apenas
entrega e porte pago.
Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, era o que era,
sem tirar nem pôr.
Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, nunca findava
nem começava, vivia-se!
Sinto saudades da vida, onde a escrita inexistia, pois o que se
combinou se cumpria.
Assim, sinto saudades de mim, quando eu era o SER que habita o
meu SER.
E me pergunto, todos os dias, que fiz, para merecer conviver com
este mundo nojento?
Mundo, onde os irmãos estupram as irmãs e o que de maior
grandeza existe
está jogado na lama dos latifúndios que dia a dia, mais afundam o
planeta todo.
Sinto saudades daquela vida, não porque fosse melhor, mas
porque era o que É.
Sei que É, e sinto-a dentro de mim com a mesma energia que senti Lá.
Aqui, o que sinto, é que quiseram me testar, e explodiu a bobina
central.
Afinal minha ENERGIA é superior a de todos que me cercam e
me olham.
Como se olhassem para um reator a transferir toda sua Força
para uma mísera Luz artificial. "VAI EXPLODIR !"
Por isto digo, de todo meu coração, que VENCEREI mais esta
etapa, mesmo do lado de cá.
Mas com uma certeza maior ainda, muitos irão sucumbir, outros
assistirão meu triunfo humilde, sóbrio e altaneiro, e assistirão de pé a
minha vitória.
Deus lhes dê vida longa.
No entanto, quem irá se regozijar mais serei eu mesmo, como
tudo o que pressinto e me estimula a seguir avante.
17
Do que sinto pena?
Dos que nem sequer ainda passaram para Lá, nem sequer sabem
dar amor a um gato, um pássaro ou a uma flor.
Realmente ser Anjo não é fácil, se fosse, esta tarefa não seria
minha.
Vem, serei, junto contigo, o que há de Amor mais que antigo.
Onde a luz dos que São, é esparsa, bela e intensa e não precisa
de rea...tor.
Pois Thor é um Deus que anda a frente, nunca a ré.
Coitados dos que se metem com Deuses, ainda mais quando a
Galáxia foi ao encontro de sua própria origem primeira.
Onde Duendes, Fadas e Deuses convivem Eternamente o bom
lado da Vida.
Creia-me, irei vencer, e estarás comigo, pois tudo o que somos
Amada Sacerdotisa, é o encontro eterno de quem foi gerado em meio ao
luxuriante momento orgasmótico da Geração.
Todos os Deuses passaram por isto e todos, meninos e meninas,
também passarão.
O que mais importa AGORA, É ÁGORA, a...cor...dar...
Do sono profundo que aceitou, no momento em que o menino
Deus decidiu pelo mundo de seus Pais perambular, peregrinar, sonhar,
agir.
Vão retornar em essência, vida e Alma
Ao mais eterno dos caminhos, AVATAR,
Que reencontra entre os seus os que traem,
Os que perjuram, os que impuros ainda são,
Para lhe dizerem: "Hei, HOMEM DE DEUS, ainda estás tão tenro!"
Ah, menina Eterna, Mãe de Ventre Livre, saibas, os Deuses nos
receberão de braços abertos, pois quem aqui vive, além do SER que
habita o meu SER, é o Divino e mais que perfeito Átomo.
O Primeiro Átomo vivo que MATER...ia...lizou os sonhos da
amada Eterna e sonhada MADRUGADA...
A PRIMEIRA, madrugada, ONDE NADA, ADAN, EXISTIA, volátil,
sonhador e unânime na essência de sua busca incontida, dentro do
invólucro Atômico. De um núcleo todo Eterno... e...terno... núcleo...
Se hoje a Mater... ía, amanhã ;virá...!!!
18
E assim, sempre será...Sem dúvidas, uns querendo a Deidade,
outros apenas e tão somente a verdade...a...ver...dá, Dê!
Havia um caminho...
Ale Mohamed tinha certeza, havia um caminho entre o Amor e a
Aspereza, entre a emoção e o espiritual...
Havia um Caminho Invisível, aparentemente estranho... Onde
NELE, encontraria Irmãos, Veneráveis e Mestres.
Havia, ah se havia este Caminho...
Nada a ver com os citados...
UM Caminho especial, ou seria Espacial.
Mas se nem há espaço e nem há Tempo???!!!
Ah!... O AVATAR, sempre iria sofrer muito mais em seu interior
que busca do que no flagelo da tortura que rebusca e lhe traz a luz.
"Pai afasta de mim este... Cale-se!!!”
Tinha que gritar a viva voz, afinal o MUNDO QUERIA OUVIR.
O MUNDO INTERIOR ouvia, no silêncio das meditações...
PAI... ME...DITA... Seja em meu interior, ou seja, onde for...
Me Dita Pai!!!!
O tempo se escoa, meu coração de menino está preste a
explodir... E assim como ele Pai, O Planeta Todo nova...MENTE irá
surgir...
Onde será que começa, eu preciso saber!!!...
O pior é que ele sabia, apenas não se lembrava... E isto sim o
angustiava...
Uma luz violeta separava as Ilhas naquela hora do crepúsculo.
Uma onda imensa veio se estatelar nas rochas, mesmo aos pés
de Ale Mohamed que parecia olhar o infinito esperando uma resposta...
No Mar da Travessa a Ilha de Arduin naquele dia não aparecia...
Como diziam os antigos, ali a Ilha de Arduin aparecia aos que
procuravam o Mundo esquecido...
Ale não se esquecera, deu branco, era isto...
Um olho azul se refletia na onda, do Mar... O Olho da Sorte dos
Atlantes...
Lembrou-se daquele patuá que lhe deram quando esteve na
Amazônia: tinha um olho azul...
Lembrou-se, foi se lembrando...
19
CAPÍTULO 6
A Iniciação
Há muitos e muitos anos, no mais antigo do antigo, uma
comunidade se reuniu e decidiu que alguns de seus elementos iriam
percorrer terras longínquas, para então, quando voltassem expusessem
aos que ficaram o que poderia lhes faltar em um futuro próximo ou
distante.
Os escolhidos partiram e singraram mares nunca dantes
navegados, enfrentando tormentas e recrudescendo a sua força de vida
interior, na simbiose entre as agruras dos Oceanos Terrenos e Siderais.
Após chegarem a terra firme, decidiram, em primeiro lugar,
perceber o que os envolvia naquele novo útero terreno e só depois, após
terem absorvido toda a química e física que lhes era necessário
absorver, resolveram começar uma caminhada por entre as veredas que
eles mesmos abriam diante da mata imensa que não mata.
Assim, percorreram montes, colinas e cordilheiras, desceram
vales e se redescobriram em cada uma das pedras do caminho.
Vivenciaram as vidas dos vários Reinos e compreenderam que
nada eram nem seriam sem aquelas plagas de antanho, que, se calhar,
os levou para outras plagas, de uma forma invisível ou invencível.
A tudo que absorviam, procuravam anotar com seus mecanismos
de memorização, usando a visão, o tato, o paladar, o olfato e, claro, o
espírito.
Nos momentos em que a Luz se esvaecia tinham que ser uns
pelos outros na escuridão do CAMINHO (AVATAR) e, assim, uniram-se
cada dia mais e mais, compreendendo que a solidariedade era algo que
deveria ser muito bem apontado em seus registros eletro-magnéticos. A
liberdade em cada um poder respirar e atingir o seu ponto de equilíbrio
físico também era muito importante para que todos seguissem avante na
longa pesquisa que iriam fazer em prol do todo de sua comunidade, e o
sentimento de fraternidade superou todas as quizilas e dissabores que
por ventura houvera antes, quando estavam no bem bom do Reino
daquela Comunidade. Afinal agora enfrentavam Reinos desconhecidos,
onde o SER humano ainda nem tinha chegado e somente os
verdadeiros Reis da Natureza ali prevaleciam, como duendes, fadas,
gnomos, os minerais, vegetais e animais, em forma elementares que
provavam a que vinham e porque vinham.
Ora, nem é preciso explicar muito para dizer que, ao retornarem
ao outro lado dos Oceanos Terrenos e Siderais, os DESBRAVADORES
levavam consigo UMA NOVA ALMA, um NOVO ALENTO, uma NOVA
MANEIRA em ver o Mundo que os rodeava e os que nele habitavam.
Dentro deles as células haviam se transmutado e seus corpos se
volatilizaram conseguindo SENTIR PORTAIS INVISÍVEIS E
INVENCÍVEIS, por onde só passam os que deixam de ser apenas Ego
20
para se entregarem a um SER SUPERIOR E MUITO PRÓXIMO, que é,
nada mais nada menos, do que o nosso Pai Interno, o qual nos direciona
e nos alimenta, nos estimula a continuar, mesmo diante das maiores
agruras.
Assim, ao se reunirem todos da Comunidade, o que mais
embeveceu aos que esperavam TESOUROS E RIQUEZAS MATERIAIS
foi perceber que os desbravadores estavam de mãos vazias, com o
corpo aparentemente todo machucado e doído, mas com algo que nunca
mais eles esqueceriam.
Estavam, o que ERAM, na origem do SER.
E só isto já era o seu maior Tesouro, pois só assim poderiam
viajar por todo o sempre, sem nenhuma preocupação maior do que
terem a Água da Vida e o Calor Humano do verdadeiro Amor e Fé.
Os que ainda não tinham subido os vales e montanhas, nem
cruzado rios e oceanos, ficaram ouvindo seus relatos, embevecidos pela
força de vontade e pelo altruísmo que cada um deles trouxe e levou
consigo, deixando muito claramente impresso na Alma da Comunidade
que o maior TESOURO DO MUNDO se chama LIBERDADE,
IGUALDADE E FRATERNIDADE, unidas à NATUREZA , ao Amor e à
Luz do Cristo Cósmico.
21
CAPÍTULO 7
A Maneira do Universo
Eram 11:22 horas, e Ale Mohamed ao olhar para o painel do Black
Horse, seu Jeep que rodara vários locais do mundo com ele, ficou
pensando como eram engraçados estes momentos em que um número
digital se mostre, seja em duplicado ou, no caso, em multiplicado...
Lembrou-se do Livro que o editor havia lhe entregue em São
Paulo, Portal 11:11 e lembrou-se que a autora do livro citava locais onde
eram determinantes as conexões com o Universo, conexões estas que,
na opinião do Peregrino dos Espaços, eram tão naturais que não havia
necessidade de se determinar nada numerológica ou geográficamente e
nem mesmo espiritualmente. Afinal, o Universo, assim como o Vento,
que é seu filho, sabe muito bem para onde vai...
Sendo nós filhos do Universo, por qual motivo ficaríamos alijados
dos momentos que estavam para nós preparados?
Será que a autora havia feito todas as suas descobertas
caminhando pelo mundo e lendo registros que estavam nas Pirâmides
do Egito, nos Templos dos Maias no México, ou mesmo no Perú, onde
muitos segredos dos Incas estavam ainda por serem desvendados? No
Brasil então, nem se fala. Por mais que as pessoas não comentassem,
claro que no Brasil haviam vários tesouros arqueológicos para serem
desvendados.... A religião naquele País havia cerceado em muito a
abertura para o que realmente o Universo espera de nós. O curioso é
que Khapitolykus em Grego simbolizava Universal...
Onde se havia perdido o Elo Eterno???
Ao chegar em seu sótão, a primeira coisa que fez foi pesquisar
em seus arquivos muito antigos. Em meio a papéis amarelados e
abandonados no tempo, ele encontrou algo que há muito lhe chamara a
atenção...
Era uma peça em cristal, com uma simbologia do Universo,
contendo muitos Astros e Estrelas.
Havia um pormenor muito importante naquela peça: ela só
funcionava com água...
A água movia todo o mecanismo de cristal ali inserido, de forma a
nos dar uma idéia de como funcionava a força Cósmica que fazia com
que o Universo se movesse.
Houve uma época em que ele pensava que o vento também
poderia fazer funcionar aquele símbolo do que afinal é a Vida e como ela
se movimenta universalmente...
22
laro que tudo de uma forma apenas simplória aos olhos de muitos,
mas ele sabia, claro que sabia, que quem criou aquela peça era alguém
muito iluminado e a fez com a integração não apenas dos elementos
terrenos, mas com a luminescência Eterna, aquela luminescência que
afinal tem a ver com a energia eterna que a tudo e a todos envolve e faz
Crê SER.
Desceu as escadas entre o sótão e o grande salão, atravessou os
pórticos, dirigiu-se a uma fonte e com um cuidado imenso, começou a
montar as peças que compunham aquele exemplo de energia
Universal...
Os Cristais que iam se juntando davam uma idéia de algo muito
sublime, e o lusco-fusco de seus raios logo davam a ele uma idéia do
que realmente estava ali inserido no Todo...
A peça completa tinha seus 3 metros de diâmetro e 3 metros de
altura...
Quando estava toda montada, por si só já era um imenso exemplo
de obra de arte criada por uma ENTIDADE
DE LUZ, pois realmente era um grande espetáculo à vista, emocionava a
quem ali parasse para observar. Uma emoção que vinha das estrelas,
passava pelos planetas, energizava-se com os cometas e vagava no
vácuo universal....
Algo que Ale Mohamed de vez em quando sentia quando entrava
em transe.
O CAMINHO - pensou – O AVATAR...
Foi interligando então a Água que vinha da fonte até ao ponto
onde ela deveria começar a acionar a RÉPLICA CRISTALIZADA DO
UNIVERSO...
E assim, quando tudo estava preparado, ele deixou o Mundo girar
nas órbitas de todos os outros Astros e Estrelas... e ficou ali,
admirando... O cintilar de cada gota de água causava um reflexo
diferente na integração com os sóis da própria peça, afinal eram muitos
sóis e muitas luas. E o mais curioso é que ainda era de dia... Algo que
não se podia ver realmente à luz do dia...
Ale então, sem querer, olhou para o relógio digital que estava
assentado em uma pedra de mármore ...3.33...
Sorriu para si mesmo. Mais uma vez o Cosmo conspirou para lhe
chamar a atenção... 11.22... 33...
Deixou a peça a se movimentar, subiu à varanda e lá de cima
ficou observando aquele movimento todo.
23
O fundo esverdeado do jardim lhe permitia ver um Universo
esperançoso... livre e solto... como deveriam ser
Todos os seres humanos e todos os seres da Natureza, fossem
eles Terrenos, Uranianos, Arcturianos, Marcianos, Venuselanos, filhos
de Andrômeda ou de que outros mundos visíveis e invisíveis
existissem...
O caminho entre cada corpo celeste, além de ser imensamente
iluminado, ainda contava com a luz de outros, luzes que se intervinham
cósmicamente sem gerar nada além da energia que movimentava o
Todo Universal, onde a Água era o símbolo da Vida que se unindo à
Terra gerou o todo, que gerou este poema:
Amar: É Água passando por Pedra... e Ale apontou o que lhe
vinha a mente, nascendo então o poema:
AMAR, AMANDO...
Amar: É Água passando por PEDRA,
sem a PEDRA se aperceber,
que a Água de tanto passar,
transforma a PEDRA em grão.
E o grão, assustado, intrigado,
pergunta à Água: “Oh Água,
por que ser assim?”
A Água, NADA responde
e leva o grão para o MAR….
Amando: É grão se juntando a grão,
até uma NOVA PEDRA se formar,
para que venha a Água,
mesmo salgada do mar,
para tudo recomeçar.
Lá embaixo, no jardim, o Universo em miniatura emitia suas luzes,
em consonância com as luzes das Estrelas... Já era noite... .22:22
Ale Mohamed sonhava, voava, vivenciava a energia cósmica que
o impelia para os vários PORTAIS UNIVERSAIS, e comprovava que
realmente nada, nem ninguém, precisava se preocupar com nada, pois o
universo, até em sonhos era Real... Mono, Uno, e ao mesmo tempo
TODO...
Uma Estrela cadente cruzou os espaços siderais e atrás dela
vinham as Perseidas, chuva de estrelas...
24
CAPÍTULO 8
Eolo, Druza e A Eternidade
Portal 11:11
– Então quer dizer que Druza e Eolo eram apaixonados um pelo
outro? Perguntou Ale Mohamed, enquanto Ila estava lhe explicando as
tarefas que o NOMO havia sugerido na última aula, a qual desta feita
ocorrera na maravilhosa floresta de Urânia.
Ale sabia que em Urânia a vida era muito diferente do que aquela
que vivia na Terra e os seus contatos paranormais com Ila de
Fuztemberg em muito o ajudavam a compreender afinal o que era a tal
memória genética, sensitiva, cósmica e espiritual.
Vivendo na Ilha da Madeira, ele compreendia também que os
ensinamentos tinham mesmo que vir do Éter, pois sempre fora assim.
Sendo um Ser do Deserto não tinha dúvidas que é no Éter que está o
conhecimento e não na humanidade, a qual era nada mais nada menos
do que a conseqüência de atos e fatos de um passado recente ou muito
antigo, e para isto era necessário ACREDITAR que realmente havia uma
ascensão e descendência da essência cósmica, telúrica, Divina e
Ancestral.
– Muito bem, Ila, então me explica como é possível Eolo, sendo
um Planeta, gerar o vento e também como é possível Druza, sendo uma
Estrela, chorar para gerar Caciopéia, a Constelação que a gente só vê
no hemisfério norte do planeta Terra.
– Olha Ale, fica tão simples você compreender se inverter a
marcha dos acontecimentos; em primeiro lugar, paixão é coisa aqui da
Terra e não do Universo, principalmente de Urânia, o PLANETA
HORTO. Imagina você, todo apaixonado, conduzir sua NAVE lá em
Urânia pelo pensamento, os riscos que estaria correndo. Poderia até
usar o tato, e ela lhe obedeceria bem, aliás, ela tem sensores que
sublimariam qualquer atitude mais apaixonante tua, para evitar que
outros saíssem prejudicados; o que lá acontece tem freqüências
vibracionais que aqui na Terra existem mas não foram captadas,
principalmente pelos povos LATINOS, muito mais sensíveis na opinião
de todos que lá vivem.
De que adianta, por exemplo, alguém dizer que fulano fez isto,
sicrano fez aquilo, se no fundo no fundo dói para todos os envolvidos,
não é mesmo, Ale???
Então, Druza era uma Estrela responsável pela Ordenação de
uma parte do Universo, e isto era um Contrato Sagrado que ela fizera,
tinha que cumpri-lo..
Eolo, ainda o Planeta, emitia o que chamam de Vento aí na Terra.
Comparados um com o outro, ela tinha brilho próprio e ele necessitava
25
da Luz das Estrelas, assim, cada qual com sua energia cuidava das suas
responsabilidades... até que um dia Eolo, sem querer, afastou uma parte
da Obra de Druza para muito, mas muitooooooooooooo longe, e ali ela
tinha realizado vários sonhos de Estrela. Imagina a dor que ela sentiu
sendo uma simples brisazinha em relação a Eolo que, comparado a ela,
era um Tufão... emitia velocidades impensáveis ao que entrava em sua
órbita, consegue compreender? Agora imagina a ANARQUIA que Eolo
gerou no Espaço, que era responsabilidade de Druza… claro, ela
chorou… Como tudo, sente, ressente, não são apenas os humanos que
sentem, tudo tem um sentido e uma direção vetorial. Infelizmente os
ditos humanos imaginam-se só eles com este dom… e as lágrimas de
Druza viraram Caciopéia, o que em nada substituiu o Sonho de Druza,
ou os Sonhos de Druza, mas, a LEI foi esta e a LEI SE CUMPRIU.
– Ah... então quer dizer que primeiro somos Estrelas, Planetas,
para depois nascerem os Deuses, como no caso dos Deuses Gregos... é
isto???
– Ale, não há necessidade nenhuma de você ficar voltando no
espaço-tempo nestas aulas do Nomo; se conscientize apenas do
seguinte, pois senão iremos e voltaremos, de lá para cá, de cá
para lá e nunca iremos conseguir concluir um raciocínio correto.
Aliás, quem o conhece sabe o quanto você se perde nas palavras,
pois vai por aí afora com O VERBO, que é realmente o seu
MELHOR AMIGO e pronto. Ambos fazem com que muitos que
ainda nem conseguiram se auto compreender fiquem mais
embaralhados ainda. Estas aulas e tarefas do NOMO, Ale, são
para que você, que hoje vive na Terra, possa compreender
melhor a sua missão…
Realmente está correta a sua colocação, houve Estrelas,
Planetas, Asteróides, enfim… Universo em decomposição e em
composição; lembre-se, há os chamados planetas que são gazeificados,
ou seja, formados por gazes, outros por minerais, outros por vegetais, e
por aí vamos… Então, recapitulando, um Anjo foi sem dúvida uma
Estrela e se transmutou em Anjo, pois tinha que passar mensagens em
outras Dimensões. Podendo se deslocar com maior rapidez, levando
adiante o que está escrito no LIVRO DA SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA,
este Anjo na Terra, um dia encarnado, também com uma imensa
Missão, transformou-se no que chamam um DEUS, pois ele trazia a
LEMBRANÇA Cósmica que havia lá em cima. Por exemplo, Eolo, o
Planeta, claro, era então o Deus do Vento.
E assim, veja, houve Diana, Minerva, Zeus, o Deus dos Deuses,
Apolo, Plutão, Marte o Deus da Guerra, e um mundo de figuras que até
hoje vocês na Terra estudam através da Mitologia Grega. Lembre-se Ale
Mohamed, a HISTÓRIA SEMPRE SE REPETE, e é muito bom cada qual
rever o seu LIVRO DA VIDA.
– Ah... então foi por isto que ao pintar a Capela Cistina, Miguel
Ângelo tinha uma noção exata do Universo, com Anjos, Deuses,
Planetas, Estrelas, e ali retratou o que sentia em seu SER, é isto???
- Parabéns meu amiguinho terreno, é isto mesmo; então, agora
raciocine comigo como foi possível Miguel Ângelo se lembrar de tudo
aquilo... não havia tecnologia nem nada para ele lá chegar, e conseguiu,
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tanto é que o PAPA o considerava um Protegido da Igreja, apesar de
que, como todo artista ele era muito irreverente... Ar…em Ti…está…
artista, certo Ale???
Continuando, para eu não perder o fio da meada, e assim, será
que Ale faz uma pequena idéia de quem foi Miguel Ângelo?
Miguel, o Anjo, era este o seu nome, abençoado por Deus e
bonito por Natureza, será que preciso falar mais? Geneticamente
Italiano, berço da civilização que Pedro levou até Roma... a civilização
do POVO DE DEUS, como se diz na Terra.
Abençoada a pessoa que guardou este livro imenso, que vocês
chamam Bíblia. Muito bem, Ale, eu sei que você vai falar do Alcorão, do
Torah, do I Ching, do Tarot e tudo o que há de chamados LIVROS
SAGRADOS, mas estou contando uma história que eu vejo aí na Terra,
se eu ficar aqui contando todas, nossa Mãe do Céu, nunca chegarei a
lado nenhum e irei chorar como Druza pois você me fará ficar perdida...
e isto é algo que você precisa mudar, pois tem por hábito desviar tudo e
todos de seus rumos, haja leme para controlar os seus impulsos, aliás
muito semelhantes aos de Eolo... Esta é para você meditar, Ale.
Então meu amiguinho, eu acho que você já compreendeu metade
da História que a aula de hoje nos passou aqui em Urânia, e a tarefa que
o Nomo nos deu foi escrever o máximo possível tudo isto porque, sem
isto estaremos nos afastando e muito do que está pré estabelecido no
Cosmo, via Energias que são voláteis ou condensadas. Lembre-se,
muito pouco há mais que isto... As terminologias Ale, não importam
muito. Se puder escrever e se quiser até ser O ESCRIBA aceito pelo
Nomo como um ESCRIBA DE FÉ CÓSMICA e, se isto te estimula, eu
posso dar um jeito de ver se o Nomo aceita, apesar de que ele está em
outras ondas… Lembre-se Ale, a Fé é a Chave que abre os Portais.
Ale, você se lembra que, quando nos conhecemos, ou nos
reencontramos, eu sempre lhe pedi para ensinar o máximo possível ao
Poeta, aquele teu amigo que anda contigo e diz que é O VERBO?
Observe-o bem, oh Ale Mohamed, afinal você já foi um Grande Homem
e várias pessoas já lhe disseram isto, agora você anda pelo mundo de
seus ancestrais, a LUSITÂNIA, vive por uns tempos em busca de
Atlântida, em uma Ilha que você mesmo diz ser o Epicentro de Atlântida.
Os grandes Maremotos, causados pelo Fogo e pelo Vento... fogo
vulcânico do interior da TERRA... PAI... CHÃO... paixão... e Ventos
fustigantes que a tudo destroem por onde passam, ou será que apenas
MUDAM DE LUGAR?
Pense se quiser, ou nem pense, deixe fluir Ale Mohamed, vá lá
para o seu sótão como todos chamam e deixe fluir, irei estar ao seu lado
sempre... mas, passe ao POETA o VERBO todo, não o deixe mais
perdido do que ele já se encontra. Com tantas diabruras que andam
acontecendo na Terra, ele sozinho não pode mudar o mundo, mas todos
sabemos, Ale, que ele tem algo que Miguel Ângelo também tinha e,
todos aí na Terra, de alguma forma escutam suas freqüências vibratórias
e nem precisam de livros ou computadores ou seja lá o que for, mas
precisam, sim, de terem mais calma ao iniciarem o seu dia, que não adia
27
o dia seguinte ,nem apressa o dia anterior... Tudo, Ale, mas tudo
mesmo, está escrito nas Estrelas e por isto você gostou muito
de conhecer aquela cantora no Pantanal, Tetê Spinola...
Espinha dos Ts... Espinha dos Ets... tantas interpretações, não é
mesmo, Ale Mohamed?
Em ter pretas ações!!! Caos e Luz, meu menino...
Na próxima aula, iremos falar a respeito das moças e moços que
precisam cumprir o seu CONTRATO SAGRADO e você, Ale, lhes levará
os ensinamentos, está bem assim?
Ale dirigiu-se ao sótão depois de rapidamente passar uma água
no rosto, pois não podia perder nada daqueles ensinamentos; ao lado
dele havia um altarzinho onde sua Madrinha, Tia Rosinha, sorria... o
Jardim ia ficar cada dia mais florido, dizia ela ao seu afilhado de
batismo...
Uma lágrima salgada foi caindo em slow motion, até chegar às mãos
enrugadas do Velho e Eterno Escriba... Suas rugas eram rugas de
PERSONAL..IDADE... Éter...na... idade... Andava adormecido...
a...dor...me...sendo...
Os cães uivaram e as 5 Águias levantaram vôo...no Sítio da
Relva, pousada de Ale Mohamed.
28
CAPÍTULO 9
A Peregrinação
Assim como chegou ele partiu, sabendo que em todos os desertos
havia sempre uma enorme força que vinha do interior da terra. Esta
mesma força tanto alimentava como simplesmente neutralizava todas as
outras forças chamadas de vida, criando então algo que ficava entre o
antes e o depois, chamado NADA.
Ale Mohamed seguiu sua caminhada noite a dentro, e durante o
dia descansava, pois no Deserto a vida era intensa à noite; durante o dia
ela chegava a cegar ou a iludir os viajantes, mas a noite, esta sim, era a
companheira ideal para quem vivesse em função das grandes travessias
que o Deserto permitia.
Ele nunca entendeu por qual motivo as pessoas tinham pressa em
atravessar aquela imensidão de areia, cactos, sol, estrelas, vento,
cobras e lagartos, fora algo que estava no ar e que poucos se
apercebiam, algo que Ele vivenciara e o fez compreender que nada, mas
nada mesmo é necessário se fazer, nem mesmo atravessar o Deserto,
porque o que tiver que ser já É, seja no início da caminhada, no meio ou
no final – ou no aparente final – porque depois do Deserto a Caminhada
continua, muitas vezes muito mais difícil do que quando se tem apenas
sol, areia e estrelas a nos dirigir.
Em um momento da travessia ele se apercebeu que uma
ESTRELA dava-lhe um sinal.
Parou, sentou-se sobre uma duna, observou a estrela a cintilar
com uma variação de cores quase indefinidas, até que se apercebeu que
eram cores entre o AMAR...ELO, LAR...ANJA, VER...MELHOR... E foi
então compreendendo que tinha que ativar estes chacras, que estavam
de alguma forma sem energia, pela imensa travessia ou porque
realmente descuidou-se, mas a tradução das cores é que tinha tudo a
ver com a MENSAGEM DA ESTRELA.
O VERBO, sempre O VERBO a mostrar a ele, Ale Mohamed, que
algo estava mais do que certo no universo e os humanos por mais que
caminhassem de aviões, a pé, navios ou naves com tecnologias das
mais avançadas, mais se afastavam desta imensa e saudável verdade:
O QUANTO O UNIVERSO ERA TODO CERTINHO.
Senão vejamos, como seria possível tantos e tantos planetas,
galáxias e estrelas conviverem sem grandes choques, e na Terra, por
qualquer coisinha explodirem guerras pessoais, sociais, religiosas e
planetárias???
Que lógica mais besta esta dos humanos, pensava Ale Mohamed
enquanto fazia os exercícios de respiração, mentalizando as cores que
necessitava para continuar a grande travessia. Sabia que um dia ainda
teria um canto sossegado, no DESERTO ou em qualquer outro lugar do
PLANETA, apenas para colocar no papel aquelas mensagens todas.
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Lembrou-se de uma amiga que trabalhava numa linha aérea e
fazia o CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA, Monica Pursini. A
imagem dela veio ter a sua frente, sorrindo e dizendo com seu olhar
esverdeado o quanto a peregrinação lhe havia ensinado que é NO
CAMINHO que purificamos todo nosso SER.
Poucas pessoas conseguiam compreender isto.
Muitas iam e vinham até em encarnações seguidas mas
continuavam sem conseguir a purificação tão falada e comentada...
Afinal, o que faltava?
Nada, disse uma voz dentro dele, nada faltava, tudo estava certíssimo,
como certíssimo estava todo o Universo, apenas havia quem ainda estava em
estado x, y,ou z... Nada estava fora do lugar, apenas uns não entendiam as
atitudes dos outros, mas também, viverem milhões de pessoas
amontoadas nas cidades, e os Desertos desertos é que não estava
mesmo certo.
Conforto... todos queriam conforto, mas ao fim e ao cabo davam
cabo de qualquer sossego que poderiam ter onde não vivesse viva alma.
Ale foi adormecendo, adormecendo... e sonhou que vivia em um
sótão, distante das cidades, cercado por um bosque de pinheiros, com
seus cavalos, cães, águias, gatos, pássaros em profusão e lá distante,
bem distante, o Deserto do Saara a contemplar e a ser contemplado pela
ESTRELA que lhe ensinou a se reenergizar através das cores dos
chacras.
Amem, dizia o Anjo que velava pelo seu sono...Quibyr era seu
nome... Do outro lado do sono Epaminondas, o seu outro Anjo,
aguardava que Ale Mohamed acordasse para continuarem a caminhada,
dois Anjos e uma Estrela.
Para que mais???
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CAPÍTULO 10
Energia Angelical
Dois Anjos e uma Estrela, realmente era tudo que qualquer
pessoa poderia querer a fim de cumprir sua caminhada ou peregrinação
terrena.
Ale Mohamed sabia que muitas vezes praticara atos que
afastaram de alguma forma os Dois Anjos e nem via mais as luzes das
estrelas, e, justamente por ter conseguido superar estas fases em sua
vida é que tinha a missão de passar a outros que ainda estavam
começando a peregrinação, o quanto aprendera CONSIGO MESMO.
É verdade, quem mais nos ensina somos nós próprios.
Por mais que os outros tentem nos passar seus ensinamentos, o
que mais fica gravado em nossa alma são as nossas experiências, nesta
e noutras vidas.
Por este motivo, e tão somente por este motivo, ele sonhou e
conquistou o SÓTÃO, local que para muitos era apenas um canto de se
guardar antiguidades ou coisas sem mais utilidade, enquanto para Ale
Mohamed era o local de recolhimento, o seu Altar, sua conexão com seu
Deus interior, com o Planeta e todo o Cosmo.
E assim, após ter conquistado o que mais sonhara em sua vida,
qual seja, o seu cantinho de reflexão, colocou mãos a obra e dia a dia
escrevia parte do livro que, sem dúvidas, iria colaborar com ele mesmo e
com muitas outras pessoas que um dia viessem a ler O AVATAR.
Ale também tinha certeza que nada mais poderia atrapalhar esta
sua peregrinação pelo mundo do VERBO, e com tal convicção dedicou-
se a este LABOR que nem sentia o tempo passar, nem sequer
conseguia sentir fome ou sede. E se alguém de vez em quando não lhe
levasse algo para se alimentar ficaria ali apenas escrevendo, como se os
seus dedos respondessem a impulsos que não tinham conexão com a
Terra mas com algo muito superior ao próprio universo.
Lembrou-se de quando Ila lhe explicou que ele não tinha que
voltar à Terra antes de cumprir todas as tarefas que lhe eram delegadas
no ALINHAMENTO DAS GALÁXIAS.
Realmente algo havia entre o Cosmo, a Terra e os Seres
humanos que foi descodificado pelo sistema constituído fazendo com
que os humanos, que se diziam tão inteligentes, perdessem o seu
próprio instinto de sobrevivência, nem se apercebendo que a cada dia
que passasse mais se enterravam no consumismo e no materialismo.
Um vício, era exatamente assim que Ale Mohamed sentia que a
humanidade ia se tornando cada dia mais. Um vício terrível! Por esse
motivo achou por bem abandonar tudo e dedicar os dias que lhe
restassem para concluir O AVATAR.
31
O mais importante era a forma como ele pretendia divulgar aquele
livro. Em primeiro lugar ele sabia que a mensagem lhe estava sendo
enviada via Éter, e logicamente também seria reenviada via Éter para
todos os que captassem essas freqüências. E assim ia dedilhando tecla
por tecla, até que sentia estar novamente na Terra. Então parava um
pouco para refletir, sintonizar-se com o mundo que o rodeava, o mundo
do seu sótão, um sonho que se tornou realidade, graças a sua
perseverança durante toda a vida em seguir O CAMINHO… AVATAR.
Curiosamente havia recebido centenas de propostas durante toda
a sua vida, algumas irrecusáveis, outras muito tentadoras, mas, por mais
que lhe quisessem dar certas mordomias, até em sua terra natal, qual
seja, Brasil, ele compreendera que O AVATAR seria escrito no seu
sótão, e o seu sótão seria o local onde, se calhar, viveria
ETERNAMENTE.
Como poderia alguém compreender uma pessoa que vive no 3º
Milênio da Era Cristã convivendo anteriormente com o mundo dos
mundos, atuando em grandes empresas e projetos, tendo passado pela
Vila Piscatória da Picinguaba, Amazônia, Vale do Kiriri, Peru e outros
locais que ele considerava Sagrados e, de uma hora para outra,
vivenciar apenas o espaço do seu sótão?
Uma mensagem vinha toda hora a lhe dizer que estava
corretíssimo: Só…Tao.
Ah... se Ale Mohamed pudesse dizer com todas as letras, para O
MUNDO inteiro o quanto estarmos com nós próprios é a maior de
todas as dádivas, sem dúvidas ele iria conseguir colaborar para que a
PAZ viesse ao encontro de muitos, afinal a PAZ é um sentido de
Ecologia Pessoal, Social e Planetária.
Ila, sua amada e companheira eterna, sabia que agora ele
encontraria o que mais realmente procurara durante toda a sua vida,
pois só mesmo se afastando dos ruídos das cidades e dos espaços
laborais é que ele iria voltar para dentro de si mesmo e de lá, para a sua
origem Ancestral, a qual se conectava com as indivisíveis ligações com
os mundos dos mundos, invisíveis para uns e sensíveis para outros.
O mundo que fizera vir à Terra o Primeiro Avatar e tantos outros a
seguirem suas pegadas.
Seria realmente muito interessante o dia em que as pessoas
compreendessem que tudo é interligado e nada é separado, por isto não
havia necessidade alguma das pessoas correrem de um lado para o
outro em busca do sabe-se lá o quê!!!
Quando nos deslocamos, deslocamos energias; agora imaginem
quantas energias se deslocam e logicamente movimentam outras
energias desnecessariamente por causa dos tais PROGRESSOS
impostos por um sistema que ao fim e ao cabo, está mais do que
provado, deixa as pessoas cada vez mais afastadas de si mesmas.
A Mãe Terra já fora muito magoada e realmente algo havia que
ser feito, e, se cada qual acordasse para esta verdade, tudo iria aos
poucos se equilibrando, natural e cosmicamente.
32
CAPÍTULO 11
Valores Relativos e Valores Absolutos
Eram 5:13h de uma madrugada fria. Lá fora, as estrelas no céu
anunciavam o quanto de luminescência transmitiam umas às outras em
suas andanças pelo que na Terra chamavam órbita. Todavia, a olhos
nus Ale Mohamed apenas observava o brilho e a intensidade que cada
qual lhe transmitia, como uma criança que olha para um móbile
pendurado sobre o seu berço e vê apenas as cores de cada uma das
peças do móbile, sem se preocupar com o que prende cada uma das
peças e o que afinal gera o movimento que a distrai.
E esta simples colocação deixou Ale Mohamed com uma vontade
imensa de transmitir, em seu percurso de vida, o quanto algo é relativo e
o quanto algo é absoluto, ou seja, havia valores relativos e valores
absolutos que infelizmente o sistema não permitia às pessoas deles
tomarem consciência, e, quando menos esperassem estariam fadadas a
terem que redescobrir seus verdadeiros valores ou então viverem sem
nem se aperceberem o quanto poderiam ter mais bem aproveitado
aquilo que Ale Mohamed considerava a verdadeira Vivência Eterna.
Era realmente muito interessante a mensagem que as Estrelas
haviam acabado de lhe passar. Fechou a vidraça da varanda suspensa
onde sempre que podia observava a MADRUGADA e entrou em seu
sótão aquecido pela lareira situada no piso inferior da casa que o
abrigava no Santo da Serra, Ilha da Madeira, Portugal.
Sentou-se em sua antiga escrivaninha, e apanhando um lápis
começou apontá-lo para poder escrever o que sentia em seu íntimo e
então passar aos outros que viviam, como ele, no Planeta Terra,
sabendo quase com certeza absoluta, que os seres dos OUTROS
PLANETAS queriam mesmo que ele passasse para o papel aquele
ensinamento, aparentemente simples mas de uma profundidade que
poderia resolver imensos problemas existenciais, inclusive com ele
mesmo.
Ora, se a vivência de uma pessoa lhe demarcara pontos
cabalísticos elevados a determinada freqüência vibratória que lhe
permitia interagir com todo o Universo, como seria possível esta pessoa
conviver com um sistema carcomido pelo tempo onde as formas de se
passar as 24 horas do dia por si só estavam comprometidas com algo
que em NADA, mas em NADA, colaborava para que cada um dos seres
humanos conseguisse entrar em órbita com o próprio PLANETA e sentir
a vibração que ele captava em cada micro milésimo de espaço-tempo
por onde circulava ?
Assim sendo, na opinião de Ale Mohamed, a maioria da
humanidade andava alienada da VERDADE SUPREMA, ou seja, do que
era realmente viver no céu, em um planeta que fazia parte de um
sistema solar que vagava dentro de uma galáxia e esta por sua vez
33
vagava no Universo, procurando de alguma forma a sua melhor posição
em relação a outras galáxias que também tinham vida própria e
precisavam se equilibrar na imensa simbiose cósmica e universal.
Este equilíbrio era tão semelhante ao equilíbrio dos átomos que
compunham cada ser vivo e tinham uma componente universal tão
comum a todos estes seres, que na opinião de Ale Mohamed a própria
Ciência tinha que se capacitar, tinha que ser revista para então poder
haver algo na Terra que corroborasse a existência de todos os reinos em
maior equilíbrio do que até então.
Neste exato momento o escritor, ensaísta, poeta, peregrino das
estrelas, homem do deserto e de todos recantos do mundo, começou se
aperceber o quanto de repente tudo aquilo que as estrelas lhe haviam
transmitido era algo tão relativo, mas tão relativo que em nada poderia
colaborar com o que de absoluto seria o amanhecer, onde apenas UMA
ESTRELA CINTILAVA NO CÉU e apagava a maravilha da própria
madrugada.
O silêncio em seu sótão e em toda volta do Sítio da Relva, onde
vivia, era naquele exato momento um dos maiores exemplos de valores
relativos e valores absolutos; tão logo o dia começasse a clarear, na
estradinha próxima os ruídos iriam começar com os veículos indo e
vindo, com as pessoas acordando e seguindo o seu rumo de vida, e,
antes disso os próprios pássaros acordariam o dia pois, por instinto,
sabiam que o seu cantar trazia a luz do sol e a natureza toda despertava
para o que chamavam o novo dia.
Como ele poderia passar o que lhe ia n'alma? Como poderia dizer
às pessoas daquele mundo, cercado de água por todos os lados, com
uma área terrena de no máximo 1.200 quilômetros quadrados, o quanto
havia uma CONTINUIDADE das suas vidas no próprio Oceano, que em
suas tangências unia-se ao cosmo via galáxia que o continha,
juntamente com outros OCEANOS SIDERAIS?
Próximo havia o Santo da Serra, uma vila com no máximo 6.000
habitantes, os quais viviam em quintas antigas, onde a fauna rural era
uma constante, e no centro da vila uma igreja demonstrava um povo
católico, que reunia-se aos finais de semana para a missa, quando então
o responsável pelo RELIGAMENTO de toda aquela população procurava
passar os ensinamentos que um Avatar deixara quando de sua
passagem pela Terra.
Este Avatar, chamado Jesus, vivera como filho de um carpinteiro
de nome José e de sua mulher Maria, que, na história daquele povo
muito antigo, fora Mãe de Jesus, pelo poder do Espírito Santo.
Ali estava algo que uns poderiam considerar relativo e outros
absolutos. O que Ale Mohamed não conseguia compreender era
justamente isto: por que tanta separatividade?
Não seria muito mais interessante as pessoas tomarem
consciência de que o RELIGARE era desnecessário se todas elas
34
estivessem conscientes da mesma freqüência vibratória que as estrelas
lhe passavam naquela madrugada?
Será que ainda se passariam mais 2.005 anos e as pessoas
daquele pedaço de Terra continuariam esperando a vinda do AVATAR
que tinha sucumbido justamente porque desafiou o sistema constituído à
época em que vivera? Um sistema que tinha sido criado por um POVO
INVASOR, cujo Imperador exigia que se cumprissem as SUAS LEIS, as
SUAS ORDENS, sem nem querer saber se diante dele tinha um Deus ou
um mendigo.
Ale na hora parou de escrever e meditou... O café que ele
colocara sobre a escrivaninha, escorria, ele nem se apercebia o quanto
aquele néctar tão Afro-Brasileiro poderia estragar tudo o que escrevera...
UM DEUS OU UM MENDIGO... mas que disparate!!! ...Cá...Fé... !!!
Ficou meditando em suas próprias palavras ESCRITAS, e logo,
mas logo mesmo, várias interlocuções bateram em seu hemisfério
sensitivo... Afinal, quem era o MENDIGO E QUEM ERA DEUS, qual era
mais feliz, qual tinha mais oportunidade nesta vida de vivenciar cada um
dos seus átomos e do seu próprio conhecimento eterno?
Nada respondeu, apenas ficou meditando...
Lá longe um cão latia, defendendo o espaço que, em seu
universo, ele considerava seu... A madrugada seguia adiante, o planeta
girava, o café escorria de uma xícara a moda antiga...
Realmente, haviam valores relativos e valores absolutos...
Extremos que se atraíam...Magnética, humana, terrena, cósmica e
universalmente...
Ale apagou a luz e foi se deitar. No outro dia iria caminhar, sentir a
vida, ver se conseguia compreender melhor o que acabara de escrever...
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CAPÍTULO 12
O Portal Cósmico
Ficou meditando em suas próprias palavras ESCRITAS, e logo,
mas logo mesmo, várias interlocuções bateram em seu hemisfério
sensitivo... Afinal, quem era o MENDIGO E QUEM ERA DEUS, qual era
mais feliz, qual tinha mais oportunidade nesta vida de vivenciar cada um
dos seus átomos e do seu próprio conhecimento eterno?
Enquanto caminhava entre a Serra e Mar, Ale Mohamed lembrou-
se que, quando chegou ao Arquipélago da Madeira, disse ao motorista
de táxi que tinha vindo em busca de Atlântida… e que um dia iriam andar
naquela Ilha novamente por dentro da Terra…
Caminhava e observava as cinco águias que o acompanhavam
sempre… girando nas camadas térmicas e emitindo o seu silvar.
A maneira como havia se recolhido no outro dia o deixara
encafifado. Então, como era possível uma pessoa comum vivenciar cada
um dos seus átomos?
Ele seguia enquanto Coringa e Xandy, seus cães e amigos,
também o seguiam, fazendo incursões pela mata adentro e depois
voltando na mesma trilha que ele abria com seus pés de peregrino
eterno.
Lá embaixo o imenso Oceano cintilava, emprestando à planície de
água, estrelas vivas e iluminadas pela luz solar…
Engraçado, será que Deus sentia seus próprios Átomos?
Uma pergunta que ficara dentro de seus sonhos, em seu
despertar e em tudo o que ia fazendo… Sorria ao ver uma borboleta a
polarizar uma flor, cumprindo a sua missão de levar o lado da
fecundação à maravilha do reino vegetal. E os reinos... ah... os reinos...
que vieram se preparando para receber os seres humanos, cada qual a
sua maneira, cumprindo ATOMICAMENTE a sua parte...
Caramba!!!
Quantos anos seus Átomos o ajudaram a ir, vir, sonhar, brincar,
escrever, sair de si e compreender o que de mais belo e mais singelo o
universo lhe preparara... a ele e aos que com ele vivenciaram todo um
viver...
Ele tinha por hábito BEBER A SABEDORIA dos mais velhos...
Jorge Martins, seu MESTRE na juventude, surgiu de repente à
sua frente, com aqueles olhos risonhos, esverdeados e sábios. Apenas
sorria...
No coração do peregrino cósmico algo explodiu. Seriam Átomos?
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Seria a mesma explosão que o PRIMEIRO ÁTOMO VIVO
sentiu???
Ali, à sua frente, o professor de Mecânica Celeste e amigo eterno,
agora vivendo em Arcturo apenas sorria...
“Por um ponto passam infinitas retas!”
A frase que Ale Mohamed nunca esquecera e que seu amigo lhe
dissera quando ainda habitava a Terra...
E, por um corpo físico passam infinitos Átomos!
Mas se nós não conseguimos ver os Átomos a olho nu, também
não vemos as outras dimensões...!!!???
Uma luz imensa explodiu à sua frente e Jorge Martins sumiu
nela...
Ele era a própria Luz! Claro, estava mais do que claro...
Lembrou-se que seu amigo Pedro Abreu por diversas vezes
tentara acertar as correntes de luz e as instalações elétricas na pousada
onde vivia e começou a unir as pontas, interpretando melhor a
mensagem do dia anterior...
Gente do céu! Se todo Planeta está no céu, claro, evidente!
A maior de todas as ilusões é que somos apenas esta dimensão.
Claro, tão claro quanto a água cristalina que agora ele usava para
esfriar sua cabeça, tanto pela caminhada como pelo sol que já ia alto.
Coringa e Xandy mergulharam na pequena fonte de água pura que
formava um belíssimo recanto entre a vegetação e a LEVADA, um canal
de irrigação que seguia pela Ilha afora, desde o norte até ao sul...
Um arco-íris se formou entre as gotículas de água e o FOGO
SOLAR...
É ISTO!!!
Nossa visão foi CONDICIONADA a ver apenas o que queremos
ver... Ou, nos doutrinaram a ver. “O pior cego é aquele que não quer
ver!”
Ale lembrou-se do quanto já havia peregrinado em busca de uma
resposta, e ela estava justamente ali, na simplicidade em descer a
montanha em direção ao mar, sem se preocupar com nada, mas com
nada mesmo, esvaziando o seu SER terreno para conseguir se unir ao
Cosmo... pois a verdadeira energia é o TODO, integrado.
Ora, se seu corpo físico era feito da união de Átomos, todo o
Universo era exatamente isto e nada mais do que isto.
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O essencial é invisível aos olhos... Saint-Exupéry em “O Pequeno
Príncipe”.
Caramba!!!
“Você lembra muito Exupéry!” disse-lhe Paulo Urban, seu amigo e
médico psiquiatra, em um aeroporto... juntamente com Patrícia, a
Psicóloga, e Carlos Estudante...
Gente do céu...
Quanta gente o estaria ouvindo agora, pois se justamente agora
ele abrira O PORTAL CÓSMICO, com um intensidade tal que, claro, o
Universo todo o estava escutando!
Ora se conseguimos compreender isto, temos o MOTO
CONTÍNUO e temos A PEDRA FILOSOFAL, tão simples quanto isto
...ficou matutando Ale Mohamed.
Então, tudo o mais é apenas retórica...
Gente, que LOUCURA!!!
Coringa e Xandy, deitados ao lado de uma figueira imensa, quase
adormeciam, nem estavam aí para a HORA DO BRASIL...
A cabeça de Ale Mohamed parecia que ia pegar fogo. Mas ele era
assim mesmo, quando encasquetava com uma coisa, ainda mais
daquela magnitude, entre Deus e um Mendigo...
Seria por isto que Jesus entrou em Jerusalém montando um
jegue???
Seria por isto que escolheu os pescadores? Homens simples, mas
com uma força física imensa, uma fonte de renda inesgotável que era o
mar???
Mas, Jesus aprendera muito em seu viver...
Ale Mohamed era apenas um peregrino... um ser que buscava
respostas entre a Natureza, terrena, humana e cósmica.
Jesus era um AVATAR, e até João Baptista o reconheceu tão logo
se aproximou Dele.
Mas afinal, o que interessava voltar aos tempos de Jesus, se ali
onde ele se encontrava é que SURGIU A RESPOSTA QUE
BUSCAVA???
Olhou para as suas mãos. Bem no centro da mão esquerda havia
uma Estrela de David.
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Ale Mohamed chorou... Suas lágrimas, salgadas, tal e qual o
movimento MAR, caíam como a fonte d’água que alimentava a vida, e
gerava as LEVADAS, que irrigavam toda a Ilha da Madeira.
Um pássaro começou cantar, anunciando aos outros que a
floresta iria receber um AMIGO... Um amigo eterno e que compreendeu,
ali mesmo, o quanto era feito de átomos, apenas de átomos e nada
mais. Tudo o mais era complemento, tudo o mais era estrutura física
para ele poder ir e vir, mostrar a que veio, com que veio, como veio, de
onde veio, para quem veio, porque veio...
Entre Ale Mohamed e a Floresta, a Montanha, o Oceano, e tudo o
que já andara e percorrera, haviam apenas Átomos. Invisíveis para
alguns, mas tremendamente visíveis para outros, fosse com auxílio de
lentes, que aos cientistas eram dadas, e até muito mais, mas AO POVO
HUMILDE era negado, ao POVO HUMILDE nem era dito... pois alguém
tinha que se alimentar com o pseudoconhecimento.
Engraçado, em outras andanças Ale Mohamed citara os
pseudopoderosos, agora o pseudoconhecimento.
Mas que injustiça... Pensava consigo mesmo.
As lágrimas cessaram, foi novamente até a fonte, lavou o rosto e
comentou com o seu coração:
“Quanta gente poderia ver tudo isto e não vê; além de não ver fica
subjugada pelos idiotas deste sistema fálico…!”
Deitou-se à sombra da imensa figueira e aos poucos foi
adormecendo...
A DOR... ME SENDO...
Além dos Átomos, havia o que transcodificava dentro dele, na
linguagem que determinaram chamar PORTUGUÊS. Muito bem...
pensou.
ME... DITAR...
E entrou em Alpha, Beta, Gama... até Omega...
Em sua viagem via o seu pai lhe entregando um relógio Vacheron
Constantin, comparando-o a um Omega. “É muito melhor...” disse-lhe o
pai, que já falecera e estava ali em sua viagem...
ALIPIO... Ali...pio... era seu nome... Ali, piedoso... E ele era Ale...
vixi !!!
Marianna era sua Mãe… Mãe e Avó de Jesus...Duas vezes ;vixi!!!
Átomos, tudo átomo...
Mas que diabo, por qual motivo vivenciaram suas vidas de uma
forma tão TERRA A TERRA... Na viagem eles não souberam lhe
responder. E também nem interessava mais...
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Sua missão era além de si mesmo, e podia até ser diminutiva,
missãozinha...
Mas que ele iria fazer muita gente, a...cor...dar, ia. Ah! se iria!
Não iria atacar ninguém, nem era esta a sua índole.
Lembrou-se de tantos Avatares que já haviam passado pela Terra
e não conseguiu ver ou lembrar de nenhum deles explicando aquilo.
Todos Átomos... E claro, iria a partir daquele momento estudar
melhor os Átomos, não em um laboratório, senão ficaria hermeticamente
encerrado na mesma prisão que os outros ficaram, pois custa imenso
um labor...ator...io...
É, LABOR...ATOR...IO... O TRABALHO DO ATOR QUE EU SOU,
pensou.
Ila surgiu em sua viagem, a grande companheira cósmica, amiga
eterna e LUZ.
“Então Ale, conseguiu encontrar a Violeta?”
A ovelha, que andava por Urânia, brincando com as borboletas e
que recebera seu amigo Rui Relvas tão logo ele lá chegou; aliás, todos
os que chegavam a Urânia eram recebidos por Violeta.
Ali eles recebiam um tratamento ATÔMICO e em poucos dias
estavam novinhos em folha...
Ale sorriu para Ila e nada disse.
Sorriu...
Coringa latiu para uma lagartixa que apanhava sol sobre uma
pedra.
E acordou Ale de seus sonhos.
Apanhou seu cajado, recomeçou a peregrinar, desta feita em
direção a Camacha, um local, que também ficava nas montanhas e que
mantinha grande tradição do folclore, gastronomia, músicas...
Entre a Camacha e o Santo da Serra, onde vivia, haviam muitos
poios, que lembravam o PERU, MATCHU PITCHU...
Ale Mohamed sorria... tudo átomos... a forma, o conteúdo e os
átomos. Visíveis para uns, invisíveis para a maioria....
1945... Bomba Atômica... nascia Ale Mohamed... Engraçado…
pensou ele, muito engraçado.
Tão engraçado que só mesmo quem teve seus átomos acrescidos
desta forma para compreender o que acabara de compreender...
Coringa escorregava pelos poios, brincando com Xandy. Parecia
estarem em um tobogan.
O cajado ajudava Ale a descer sem escorregar, senão iria parar lá
no fundo do imenso vale que unia o Santo da Serra à Camacha.
Uns turistas passaram caminhando pela levada.
...tudo Átomo...!!!
40
CAPÍTULO 13
Tudo Átomos
Naquela noite Ale Mohamed nem conseguia se concentrar nos
seus afazeres, nem queria jantar, nem nada, havia ficado com a frase
em sua cabeça:
TUDO ÁTOMOS...
Ele sabia que realmente um Átomo ninguém vê. Um Átomo
sozinho representa aparentemente NADA, mas, unido ao que ele ainda
não compreendera dava início a TODO UNIVERSO! E, se assim foi,
assim era e assim sempre será.
Deixou de se preocupar apenas com seu corpo físico, aliás,
sempre procurava analisar vários assuntos sem se preocupar apenas
com ele mas com o universo que o cercava e que estava inserido em
todo universo, o que a maioria das pessoas nem se davam conta.
Lá fora os cães uivaram mais uma vez e ele então usou este
exemplo para clarear suas idéias, que estavam alicerçadas no que
vemos ou não vemos, mas existem e estão a nossa volta: os mundos
paralelos.
Se os cães uivavam tinham algum motivo, viam alguma coisa e,
por que eles conseguiam ver, sentir, e nós não?
Várias vezes os cães uivavam ali onde ele vivia, em um bosque
de pinheiros a 660 metros de altitude. O que poderia ser que os fazia
uivar tanto?
Alguns diziam que os cães uivam quando seus donos morrem...
mas não havia morrido ninguém e durante vários meses eles uivaram, e
muito.
Outro exemplo eram os golfinhos que previam as catástrofes
antes delas acontecerem e socorriam náufragos, ajudavam outros peixes
em dificuldades, mudavam de zonas onde estavam vivendo e assim
preservavam a sua espécie e a dos outros.
Foi assim que se começou a estudar também as CRIANÇAS
INDIGO E CRISTAIS, que dizem têm contatos com os golfinhos...
Seriam estas crianças especiais porque tinham poderes que
outras crianças não tinham ou porque VIAM ALÉM DO QUE VEMOS
NÓS???
Sentir, já era algo muito mais importante do que ver.
41
É verdade, os sensitivos tinham qualidades que poucos tinham.
Lembrou-se de sua avó, que era cega de um olho mas enxergava muito
mais que a maioria das pessoas...
“Eu sou católica, vou a missa, mas creio que o Espiritismo é uma
Ciência muito bem desenvolvida!”
Era verdade... haviam então espíritos a nossa volta e nós nem
nos apercebíamos, eram outros seres de luz que vinham até nosso
ORBE.
E por quê não conseguíamos vê-los?
Quando Miguel Ângelo pintou a Capela Cistina, imaginou tudo
aquilo... Os Anjos, Arcanjos, Querubins, a figura mesmo de um SER
SUPERIOR ILUMINADO chamado Deus, enfim, de onde ele tirou tudo
aquilo? E mesmo que tenha sido orientado pelos que tomam conta do
Vaticano, de onde tiraram aquela visão???
E por quê apenas eles poderiam tê-la???
Ale estava entrando em um terreno extremamente minado, mas
tinha que entrar, tinha que desvendar, afinal não queria mais saber que
no Planeta Terra algumas pessoas podiam isto e outras pessoas não
podiam.
Lembrou-se de um tio-avô, maçom, que lhe explicou o quanto
algumas pessoas realmente não podiam ter acesso a certos PODERES.
Mas afinal, por que esta separatividade toda?
Estávamos ainda muito involuídos para dizermos uma coisa
destas.
Ou será que Ale Mohamed realmente vivenciava outra dimensão
e nem se apercebia?
Em sua dimensão nada era proibido a ninguém, tudo era
compartilhado com todos, e nada havia de diferenciação como na Terra.
De onde então viera Ale Mohamed, ou, em que dimensão vivia
Ale Mohamed?
Um dia, uma pessoa que lera seu livro “O Planeta Exterminador”,
escrito lá pelos anos 80, e que citava um Planeta que se aproximava do
sistema solar, disse a ele:
“Ali Mohamed foi um profeta Persa que deu origem ao Islão!”
Ale tinha a letra E em seu nome, mas ficou matutando sobre
aquelas palavras.
Islão significava “Deus em você!”
Nossa Mãe do Céu... comentou consigo mesmo o nosso
peregrino... ”Arrepiei-me todo!”
NAMASTÊ significa : Eu reverencio o Deus que habita em você!
Sempre que encontrava algo que era muito forte arrepiava, e
naquele exato momento ocorrera isto.
Fez seus apontamentos, fechou sua escrivaninha antiga e se
recolheu. Se calhar um sonho lhe traria as respostas que buscava.
42
CAPÍTULO 14
Sintonia
Mas afinal, o fato de Islão significar “Deus em você” o que
mudaria?
Se somos filhos do Universo, descendendo do primeiro átomo
vivo que construiu todo o universo, tendo sido iniciados em uma religião
x, y, ou z, que fala de um Deus e de nossa imagem e semelhança, o que
poderia ter feito Ale Mohamed se arrepiar?
O que afinal seria este sintoma de arrepiarmo-nos?
Um calafrio voltou à espinha de Ale, que se lembrou dos
ensinamentos do Mestre Hoguen Sam a respeito do ZEN, a postura
sentado, olhar em todas as direções, manter a mão direita sobre a mão
esquerda bem direcionada para o nosso umbigo, uma expiração,
ativando assim o acundaline e procurando o NADA ABSOLUTO.
Ora, NADA ABSOLUTO significava também a ausência de tudo
em nós, porque a função da expiração era justamente eliminar tudo o
que havia em nossos hemisférios cerebrais, incluindo-se a idéia de um
Deus.
E agora???
Ale lembrou-se de quando fez o processo Fisher e Hoffman, no
Rio de Janeiro, e aos poucos foi novamente entrando na mesma sintonia
em que estivera na Picinguaba, sentindo os corpos a se decomporem, e,
um dia, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sentou-se para meditar e
viajou durante 12 horas, sentado em uma pedra. Lá pelas tantas da
noite, apareceu um guarda e pediu para ele voltar do transe. Ao lado do
guarda um senhor acompanhou a “volta” de Ale para a Terra e logo de
cara lhe perguntou se era maçom, ao que obteve resposta negativa.
Conversaram pela noite adentro na Casa da Administração, pois o
senhor era o Diretor do Jardim Botânico e ficara impressionado com a
capacidade que Ale tinha em se concentrar...
- Em que você meditava?
Perguntou o gentil senhor, enquanto lhe servia um chá.
- Em NADA, absolutamente NADA!
Muitos anos se passaram até aquele momento em que ele se
arrepiara, lembrando a frase que citava o Profeta do Islão.
Lembrou-se também de um amigo persa, de nome
Abbi, que o chamava de Darwish, o que na Pérsia antiga
simbolizava um sábio, um ser iluminado, alguém que vivia entre dois
mundos, passando informações aos do mundo terreno, como um
ORÁCULO.
43
Ver ou sentir???
Sentir, logicamente era a resposta de Ale, pois quem sente tem
tudo, percebe melhor, intuitiva e sensitivamente capta melhor o que é a
mensagem ou a situação.
O coração tem razões que a própria razão desconhece, já dizia
Blaise Pascal. (não Vinícius de Morais – este apenas repetiu a frase ).
No entanto Ale estava querendo interpretar o arrepio. A presença
de Deus é que o teria causado?
Deus nunca estaria em um local desagradável ou na companhia
de uma pessoa desagradável.
Nem mesmo um Anjo da Guarda ficaria em uma situação assim,
quanto mais Deus.
Os pensamentos ferviam em sua cabeça, estava mesmo
encucado com tudo aquilo.
E costumava dizer que não pensava, mas é que tinha um
raciocínio tão rápido, esclarecia as coisas de uma maneira tão simples
que dava a impressão que realmente não pensava.
O ar que nos cerca pesa tanto ou mais que toda a água do mar...
Que mensagem, mas isto , tudo quanto é cientista sabe...
Então, se pesa tanto, é porque tem elementos ou dimensões que
o fazem ser tão pesado, e por qual motivo não o sentimos?
Ora os peixes também não sentem o peso da água dos
Oceanos... é verdade!!!
A cada questionamento, logo vinha uma resposta, como se
houvesse um diálogo íntimo entre o peregrino e um outro ser dentro dele
mesmo.
E quantas pessoas conseguiriam estas respostas com tanta
rapidez como as obtinha Ale Mohamed? Mas também o que interessaria
isto?
Se calhar, quem não obtinha as respostas também não tinha
nenhuma pergunta a fazer e aceitava a vida com muito mais
simplicidade.
Caramba!!!
É isto mesmo!!!
Quanto mais simples somos, mais leve será para nós a vida.
44
Então, quer dizer que, quanto mais tomamos conhecimento das
coisas mais ficamos entalados?
Era mais ou menos isto mesmo.
A nossa responsabilidade logicamente aumentava em função
daquilo que íamos, durante nossa estada na terra, conhecendo mais ,
mais e mais...
E o que significava esta responsabilidade?
Tinha a ver com O POVO DA TERRA ou apenas com nós
próprios?
Além do POVO DA TERRA havia ainda todo O PLANETA, o
ambiente, os reinos que o faziam, vegetal, mineral, animal, reinos que se
prepararam para a nossa chegada e nem todos nós soubemos conviver
com eles.
Ale ficou matutando em tudo aquilo, enquanto seu fiel cão Coringa
cochilava debaixo da escrivaninha antiga, onde ele se punha a estudar
todos estes temas, os quais em geral nasciam em sua cabeça ou vinham
pelo Éter, que é a fonte do nosso conhecimento...
Ora, se a fonte do conhecimento era o Éter, e todo o
conhecimento encontrava-se no cosmo e através dele nos era enviado,
não para todos ,mas para os que melhor conseguissem sintonizar-se
com as esferas celestiais, por qual motivo a responsabilidade do
tomarmos conhecimento aumentava algo em nós???
Sem querer fugir à pergunta que agora martelava sua cabeça, Ale
Mohamed decidiu sair com seu cão a dar umas voltas para desanuviar
um pouco e também fazer exercícios, porque sabia que o exercício físico
ajudava-o muito a fazer uma catarse sanguínea, ou seja, aquilo que o
incomodava por dentro era expelido pela própria transpiração...
Há muitos ele fora um excelente atleta, praticara quase tudo o que
se vê numa Olimpíada.
É claro que a idade chegando ele não poderia mais praticar todos
os esportes que em sua juventude praticara, mas dentro dele havia
ainda muito do que aprendera até então.
E quando menos esperava, andando entre os pinheiros nas
montanhas do Santo da Serra, na paradisíaca Ilha da Madeira, toda de
origem vulcânica, lembrando mesmo Atlântida, Ale Mohamed recebeu a
mensagem que esperava a respeito da responsabilidade daquilo que
aprendera, e que deveria de alguma forma passar a quem de direito,
fosse o POVO DO MUNDO ou seu filho, ou seus familiares, não
interessava... A responsabilidade, esta sim, o estava incomodando, mas
a resposta veio, ali, de uma hora para outra.
A...prender... aprender... inverta Ale, inverta!
Ouviu uma voz a lhe dizer isto. Ora, inverter a…prender é soltá-
la... ou no caso do conhecimento, soltá-lo...
45
E soltar onde? Como?
No ar Ale Mohamed, apenas no ar, através dos átomos...
Lembrou-se então dos diálogos gregos, tudo era ouvido, sentido e
comentado na hora...
Ia também para o Éter.
Os Átomos os transmitiam... e naquele tempo então, que Ale
estava vivendo com tantas antenas, satélites, feixes hertezianos, nada
mais fácil para nós passarmos uma mensagem ou transferir
conhecimentos...
Então, por qual motivo nasceram as escolas, as universidades, os
cursos de doutoramento?
Tudo aquilo realmente confundia a cabeça do nosso peregrino...
E lá ia ele com seu fiel Coringa andando pelas montanhas que
foram purificadas vulcânicamente, pelo FOGO...LUZ.
O FOGO PURIFICA... ORA O SOL É FOGO... RÁ!!!!!!!!!!!!!!!
Gritou bem forte: RÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!
MA…………………..LUA.
DEI…………………..DEUS
RÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!SOL
MADEIRA... Ilha da Madeira... e lá estava Ale Mohamed, o
menino homem, peregrino, que nem sabia o que a vida lhe reservara em
suas várias reencarnações...
Em um outro local da Ilha, alguém se perguntava por onde andava
Ale, onde ele havia se enfiado?
Tinha sempre esta mania de fugir ao convívio com a sociedade, e
deixava algum vazio nas pessoas que gostavam dele...
Por qual motivo ele era tão Ermitão? Perguntava-se uma pessoa
do outro lado da Ilha, em meio a uma escrivaninha cheia de papéis, mas
papéis que estavam relacionados com o planejamento dos mundos
constituídos pela União Européia.
Um amigo é sempre um Amigo e aceita o Amigo como é!!!
Ale olhava para Coringa e ficava ali brincando de jogar um pedaço
de pau enquanto o seu fiel amigo ia apanhá-lo tantas vezes quantas Ale
o atirasse .
O que as pessoas não entendiam em um ser como Ale Mohamed,
era justamente a capacidade que ele tinha em ir buscar no Éter
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O caminho espiritual do escritor e as mensagens de seu livro 'O Avatar

  • 1.
  • 2. 2 O AVATAR INTRODUÇÃO O caminho Eram 21:11h na Ilha onde vivia o escritor. Na noite anterior, havia chovido muito e as comunicações haviam sido interrompidas. Ele havia recebido um recado de que os seus amigos iriam visitar a pequena Vila onde fora criado, um local entre a Grande Cidade e a Serra da Cantareira, de nome Tremembé. Esses amigos sabiam que iriam encontrar algo que iria desvendar alguns mistérios acerca da Entidade de quem ele tanto falava, mistérios esses que eles mais ou menos já sabiam, e que a sua Madrinha, que vivia em Tremembé, reconhecera nele quando ainda era muito criança… Para ela nem eram mistérios, afinal ela deixou de ser freira mas trazia consigo a particularidade do Corpo Astral ou Corpo mais sutil, que através da sexualidade aflora, por isso o celibato era mantido pela Igreja. Um dos mistérios que seus amigos conheciam estava relacionado com O Ermitão da Picinguaba, "um SER que habita o meu SER", dizia o escritor; o outro estava relacionado com o nome do seu personagem Ale Mohamed, um nome que na data em que ele escrevia o primeiro capítulo de O Avatar já se tornara muito falado quando do atentado em Bagdá contra a Mesquita onde estavam os restos mortais de Ali Mohamed, MAOMÉ, profeta dos antigos e atuais Muçulmanos. Tudo isso envolvia algo de que já se vinha falando através da Entidade citada, há muito tempo. A primeira manifestação da Entidade deu-se em 1979, na Vila Piscatória da Picinguaba, através de mensagens que eram recebidas pelo corpo físico do escritor, o qual deixara de ser vice-presidente de uma empresa multinacional para cumprir um destino de isolamento e introspecção, o que o levou a se conhecer mais e a se auto-descobrir entre a Natureza e Civilizações muito antigas como os Tupy Guaranis , toda a união de Nações Indígenas que se intitulavam Tamoios e muitas outras que foi conhecendo pelo mundo, após o seu eremitério na Picinguaba. Todavia, naquela noite o escritor sabia que algo muito especial iria acontecer; era o dia de São Francisco e no dia anterior fora o dia dos Anjos… Uma notícia iria novamente mudar todo o rumo da sua existência terrena e quem sabe ele então poderia novamente enviar as mensagens que vinha recebendo desde menino, quando sua Madrinha já então descobrira o quanto de fato ele absorvera O EON CRÍSTICO durante a cerimônia do Batismo.
  • 3. 3 Havia quem pensasse que o Eon Crístico era algo que apenas Jesus poderia ter recebido e assim, muitos esperavam séculos, milênios, na expectativa da VINDA DO MESSIAS, mas em Verdade, em Verdade nos foi dito que deveríamos ir e pregar, cuidar, zelar porque o momento está próximo… por que então esperar tanto? Mal imaginava o nosso escritor que a notícia chegaria muito mais célere do que ele poderia realmente imaginar; afinal quem se incumbiu de ir, ver e vencer, além de ter um conhecimento muito profundo, estava cercado de falanges existenciais e angelicais. Assim, ao entardecer daquele dia a MENSAGEM HAVIA SIDO PASSADA, mas o vento, a chuva e a queda de alguns cabos de energia e da própria rede telefônica não lhe permitiram tomar conhecimento do que aconteceu de fato em Tremembé. Walkyria saíra de Santa Catarina rumo a São Paulo, onde era esperada pelo seu irmão Mário Moreno, o qual já sabia mais ou menos da sua missão. Cumprimentaram-se e logo se dirigiram à Editora onde estava sendo programada a edição de outro livro do escritor. Todavia os motivos maiores estavam relacionados com um imenso SEGREDO que entre colunas se iria discutir. Sê Creta dizia sempre O Ermitão da Picinguaba, e estas palavras, ao entrar no salão do Administrador da Editora, ficaram retumbando em seus ouvidos… Walkyria não sabia se ouvia vozes ou se era uma vaga lembrança das conversas que tiveram com aquela figura ancestral… – Boa tarde, Walkyria, fez boa viagem? Era o amigo Luiz que a recebeu na recepção da Editora, acompanhando-os até a sala do editor. Mário os acompanhava , depois de cumprimentar Luiz. Ambos tinham muitas afinidades, viviam na mesma cidade e eram, de alguma forma muito mais séria do que se possa pensar, irmãos. A porta se abriu quase que eletronicamente, e por detrás dela surgiu a figura de Wagner que, com seu habitual sorriso os recebeu prazerosa e respeitosamente. A reunião decorreu entre intervenções de um e de outro, o Editor apresentando-se e à sua Empresa, afinal a notícia de que poderiam vir a conhecer o Vale do Kiriri, por si só já denotava algo de especial; sentiriam a vibração, a energia, e sem dúvidas era uma conversa para muitos dias, mas como Walkyria não teria muito tempo em São Paulo logo falaram sobre a possibilidade da edição de "O Avatar", que estava sendo escrito na Europa e poderia ser editado em São Paulo. Ficou acertado o encaminhamento de um capítulo para análise do perfil da obra, além da possibilidade de reedição de outros dois livros, "O Planeta Exterminador" e "O Mestre e os Discípulos", já editados em várias partes do mundo. Após acertarem os detalhes, despediram-se.
  • 4. 4 Walkyria, no entanto pediu ao Irmão Mário que a acompanhasse até Tremembé… E lá ficou pesquisando o que de fato ocorrera com o menino de antanho que agora era escritor… Teve várias surpresas... Uma foi chegar à Igreja de Tremembé e a porta estar fechada, mas conversou com a zeladora que gentilmente lhe abriu a porta do lado, e lhe indicou o Altar oferecido em homenagem a Rosa Almeida Silva, madrinha do escritor, que doara as terras do convento e da Igreja…"Eu vou para Deus mas não esquecerei aqueles que deixei na Terra!" (Santo Agostinho). Ao adentrarem a Igreja, que estava vazia, foram diretamente ao altar erigido a Nossa Senhora Aparecida. Lá estava o vitral que o escritor havia citado várias vezes. Ao se aperceber que aquele era o altar, ajoelhou-se e começou rezar, e logo a seguir um grupo de senhoras começou a cantar… Mas se a Igreja estava trancada...? No vitral Nossa Senhora Aparecida sorria e na casa do escritor três velas acesas para Nossa Senhora Aparecida, tremeluziam e amenizavam a falta de luz… Mário tirou algumas fotos, se emocionou com tudo aquilo e chorou junto com Walkyria. Afinal… quais mensagens viriam desse livro, "O Avatar"? Depois, a segunda surpresa foi procurar a casa da Tia do escritor e ao chegarem a uma rua sem saída o Mário perguntar: – Mas quem você vem procurar em uma rua sem saída? – A Tia dele, Dona Celina … Uma garagem estava entreaberta, Mário perguntou a um jovem se conhecia a tal senhora. – É minha mãe!! Os dois se entreolharam e sorriram. O jovem, que nem sabia quem eles eram, manteve-se um pouco em expectativa mas logo tudo se compôs… e então ficaram sabendo do passado do escritor que agora estava na Ilha da Madeira, esperando notícias deles… Enquanto isso, onde mora o escritor, a comunicação fora interrompida pela chuva e vendavais. Quando a luz elétrica foi restabelecida, o escritor, do outro lado do Atlântico, abriu o sistema e pôde ver as fotos, o Altar, o primo Roger, e chorou… chorou pelo imenso tempo que passara e pelo sacrifício que teve que fazer para cumprir os ditames da LEI, uma LEI que poucos compreendiam e poucos conseguiriam compreender; e para isto seria mesmo muito importante que se conseguisse publicar a Obra. Não por ele, que escrevia, mas porque ele sabia que no interior daquele livro estaria passando uma mensagem muito simples para os seres humanos, uma mensagem tão simples que todos teriam alcance para entendê-la, e assim o ecumenismo se faria presente. Não tinha realmente cabimento continuarem a se enganar e a enganar o Povo todo da Terra, era necessário que alguém ecumenizasse os humanos e isto não poderia ser uma tentativa. Afinal,
  • 5. 5 quem Tenta e cria a tentação nós já sabemos quem é, ou pelo menos quem levou a culpa. Mas saber mesmo PASSAR A PALAVRA, O VERBO, era muito mais simples do que poderia imaginar a nossa vã Filosofia . não eram necessários os costumes do passado e nem mesmo a força da juventude, era necessário apenas que a Alma que começasse a dizer o que tinha para ser dito se afastasse o máximo possível dos meios Urbanos e Terrenos. Depois, só depois que estivesse realmente PURA é que iria então começar a transcrever para o papel aquilo que lhe ditava o Senhor do Universo, ou se quiserem O Grande Arquiteto do Universo, ou então Allah, enfim, o nome ou o título nem era importante. Era importante sim, e MUITO IMPORTANTE, que a própria Pureza do que iria ser dito estivesse em estado de papel em branco, como O PRIMEIRO ÁTOMO VIVO QUE CONSTRUIU TODO O UNIVERSO, e, para isto só mesmo o próprio primeiro átomo vivo para explicar o quanto se arrependeu de ter explodido na Busca de algo que ele nem sabia o que era … E se arrependeu, não pela Beleza Universal mas pelo que fez sofrer a tantos que nem se apercebiam que eram nada mais nada menos do que a somatória dele mesmo. O escritor acendeu o cachimbo e começou a imaginar como iria passar agora as imagens, como faria passar para o papel as imagens que recebera virtualmente, vindas de Itapema… que significava algo ligado a uma Pedra em Tupy Guarani… A Rádio anunciava que o Papa estava à beira da morte… e o mundo católico se preocupava… Sobre a escrivaninha do escritor o Cartão de Condolências do falecimento da sua madrinha estava aberto, e ao lado dele o do seu padrinho… Ambos viveram uma vida de santos… tanto um como outro eram pessoas de Fé. Ao fechar o cartão do padrinho o escritor viu a imagem que mostrava a Morte de São José… com Jesus e Maria ao seu lado… "Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem!" pediu Jesus a São José, pensou o escritor. Uma lágrima rolou de seu rosto… quando poderia sair do exílio e voltar para sua Terra Natal? Nem sempre dizer a Verdade não merece castigo, pensou… e apagou a luz do candeeiro. Os cães uivavam... Um suspiro o acompanhou enquanto descia as escadas que davam do sótão ao salão mais abaixo. Uns sobem outros descem… É verdade… pensou o escritor, mas será lindo o dia em que todos estejamos no mesmo nível…
  • 6. 6 CAPÍTULO 2 Diz o Mestre: – Assim como o código de acesso aos computadores é que permite a interação entre o Homem e os programas contidos na memória da máquina que armazena dados e por isto tem condições de ampliar suas atividades no dia a dia da sua existência, assim também o acesso ao Avatar deste Milênio só é possível quando acionamos o código de acesso e mesmo assim há que ter as condições mínimas para o encontro entre Ele e os humanos que o buscam… Com esta explanação acredito que vocês já têm material necessário e suficiente para durante as férias pesquisarem a respeito deste tema. Lembrem-se: Buda, Jesus, Apolônio, Maomé, Moisés, vários foram os Avatares que estiveram entre nós, humanos, e através deles os povos do Oriente e do Ocidente, assim como os do Norte e do Sul, puderam compreender e aceitar as escrituras ou as leis de cada povo ou civilização. O Terceiro Milênio é regido pela Era de Aquário; a Era de Peixes deixa um imenso rastro de luz com a vinda de Jesus… A importância ou a relevância que cada um de nós dará aos novos tempos está no livre arbítrio que nos foi concedido pelo Criador a todas as criaturas. – Mestre, eu gostaria de perguntar antes de sair de férias se é necessário de fato a cada novo milênio surgir um novo Avatar… Ale Mohamed, filho de uma terra Lusitana, de nome Almeida, tinha 23 anos e estava completando o 3º Ano do curso de Antropologia Teológica, um curso criado na Universidade que freqüentava e que tinha como base o estudo antropológico da Teologia com o intuito de tanto filosófica como cientificamente provar a existência de Deus como Criador e da Energia Vital para as Raças Humanas espalhadas por todo o Planeta Terra. Ale Mohamed recebeu este nome devido à sua origem luso- mourisco-judaica; sua família, assim como muitas outras, viveu à margem até que a chegada de um regime democrático permitiu que retornassem à sua Pátria… Dizem que os Judeus são apátridas e assim, tanto os Árabes, Mouros, Judeus e todos os que vieram do Oriente para o Ocidente permaneceram longos anos, gerações a gerações, a buscar um lugar ao Sol em meio às sociedades constituídas. O único País aberto ao mundo dos mundos, sempre fôra O BRASIL, onde nasceu Ale Mohamed.
  • 7. 7 A Antropologia havia sido uma opção para que Ale Mohamed pudesse encontrar respostas às imensas perguntas que tanto genética como sensitivamente seu ser buscava. – Há possibilidades de um Avatar permanecer Eternizado entre os humanos, o que geralmente se imagina no caso de Buda que é invocado inicialmente através de Sidarta, um jovem de nobreza indiana que buscou o seu canal de comunicação com o Criador e gerou o que hoje chamamos Budismo. Há também o caso de Jesus, o Nazareno, que através da energia Crística, conseguiu estar entre nós por mais de dois mil anos e acredita- se que esta crença permanecerá pois é assim lançada a semente de Luz e da Divindade pelos Avatares. Quanto ao Terceiro Milênio depois de Cristo, há movimentos que se intitulam relacionados com a NOVA ERA e que citam Matreya, cuja tradução tem várias vertentes, inclusive Mãe Terra. A verdade da Teologia está assente na Lei e a Lei é a Palavra de Deus, passada de geração a geração através dos tempos. Assim, em que pese o nosso estudo ser humanamente e cientificamente desenvolvido, cremos que as gerações do futuro irão contatar com o NOVO AVATAR. Aliás há muitas mudanças em todo o Planeta oriundas da energia de Aquário, a qual faz com que as coisas do mundo vão dando lugar às luminescências Cósmicas desta Nova Era. – O Mestre então afirma a existência da NOVA ERA já com a conseqüente vinda do Novo Avatar? – A Nova Era é inquestionável. Basta dizermos que o próprio Universo já está sendo questionado… Ao iniciar o século XX, nem podíamos imaginar os feitos ocorridos nos últimos cinqüenta anos, alguns inclusive já anunciados no século XVI mas contestados por quem controlava religiosa e politicamente o Velho Mundo… A energia e o simbolismo de Peixes mostrou excessos de sacrifícios em busca da Luz… Aquário pressupõe abertura mental, ampliação e doação do conhecimento que antes estava sob o controle de poucos. Já hoje em dia temos acesso pelos meios de comunicação a fontes de conhecimentos Templários, Científicos, Religiosos, Segredos de Estado de uma década passada, que agora são do conhecimento dos que acessam estes mesmos novos sistemas, e assim podemos quase afirmar que este é um dos sinais de que esta nova fase intelectual, tecnológica e humana irá também conseguir gerir ou gerar o NOVO AVATAR… A cada NOVO MILÊNIO há choques interessantíssimos que ocorrem desde sempre… Einstein jamais contestou a existência de Deus e a sua Teoria da Relatividade até hoje é base prática para todos os fenômenos científicos onde ele, ao tornar ciente uma experiência, acrescentava aos seus apontamentos a Deidade …como algo superior ao que ficou ciente… Cientificamente inconcebível, mas relativamente participante e integrado ao que a experiência gerou. É assim então que Deus faz com que nos atualizemos e nos desenvolvamos cada dia mais e mais… Boas Férias!!! Até ao ano 2000… da Era Cristã.
  • 8. 8 CAPÍTULO 3 O chamamento Era o ano de 1999. A Universidade vivia um clima de intensa energia. Os jovens discípulos e seus Mestres haviam superado situações quase intransponíveis, tanto no que diz respeito às lutas pelos novos meios de pesquisa quanto à maior adaptação das novas Universidades, num contexto considerado arcaico de um passado bem recente. Os dogmas, tabus e tradições impostos pelos antigos controladores do sistema como um Todo, estavam dando lugar a um povo mais aberto, mais descontraído, mais ávido do SABER…. Ale Mohamed apanhou seus alfarrábios, juntamente com o seu computador de bolso, despediu-se do Mestre Jorge Martins e dos seus colegas mais próximos, indo em seguida apanhar o Metro. Lisboa estava vivendo momentos de imensas mudanças e a Expo 98 chegara ao fim, deixando um imenso vazio na vida da cidade que fora toda preparada para a Exposição Mundial… Universal… Oceânica… Ao descer as escadarias do Metro, lembrou-se do último dia da Expo. O Benfica ganhara… A superlotação do espaço Expo 98 foi uma loucura quase plena, os jovens desencadearam uma catarse jamais vista em Portugal… LAVARAM A ALMA. Chegou à Estação do Cais Oriente e as cúpulas iluminadas entre os acrílicos e aço pareciam uma imensa NAVE que ali aportara aguardando o momento exato da partida. Uma cigana descia a escada rolante em sentido contrário ao seu. Olhou- o profundamente… Esse olhar levou Ale Mohamed a uma cidadezinha do litoral brasileiro, construída pelos portugueses no século XVII… A Praça da velha e bela cidadela estava vazia. Na noite anterior houvera o Festival de Cinema … Ale Mohamed havia sido convidado por um grupo de amigos para apresentar um monólogo… Eles o acompanhavam com flautas, violão, cavaquinho… Vozes. – Um dia, em minha montanha, lá pelas quatro horas da manhã ouvi gritos e pragas que me trouxeram de volta do mundo dos sonhos. Ao abrir a pequena janela do rancho em que vivia, ainda sonambulescamente pude ver alguns homens próximos da árvore de canela que ali existe, e eles atiravam paus e pedras contra a ramagem da imensa árvore que crescera à beira do Rio dos Peixes e abaixo da Montanha que ali iniciava o seu Crê…SER em direção aos céus… Eu, sem compreender muito bem o que estava acontecendo fui permitindo a minha visão clarificar e juntamente com a luz do Luar ouvi alguém dizer: – "Ela comeu os três filhotes!" – gritara um dos homens…
  • 9. 9 Só então me apercebi que uma cobra cajarana subira pelo tronco da Canela e foi em direção ao ninho do sabiá preto que toda madrugada, com seu cântico mavioso, amanhecia o dia e a…cor… dava-me…. Encantava-me. Saltei pela pequena janela, fui mais próximo da turba ignara e humana para então perceber a sabiá fêmea atirando- se contra a cobra tal e qual um Kamikase… suicida… O sabiá macho voava desesperado em circunferência e os homens continuavam a agredir de várias maneiras a cobra que parecia não sentir nada… – "Serpente"… – "Bicho de Satanás"… – "Víbora"… Eram as mais suaves imprecações que ouvira daqueles que se julgavam os donos da Natureza, da Vila Piscatória, dos Barcos e do Mar onde pescavam... Ali bem perto havia uma aldeia de Índios Tupy Guaranis. Nenhum deles havia participado na guerra contra a serpente… Ao ver que seria quase impossível parar aquela escaramuça, subi a Montanha, chorando e perguntei à Minha Mãe Lua, por que ser assim? E Ela me respondeu: – "Vá e pergunte aos homens!" Desci a Montanha e fui lentamente chegando até à Aldeia dos Tupy Guaranis… Haviam uns que se preparavam para irem à pesca… pescavam de canoa, e com um arpão feito de madeira da canela, muito rígida e forte… Na ponta havia uma fisga para poder fisgar o peixe. Ao longe avistei Eugênio… um nome dado pelos brancos a um Tupy Guarani que fora batizado… Contei-lhe tudo o que vira e ouvira… e ele me respondeu: – "Quando o Homem encosta a mão nos ovos, a cobra vem e come os filhotes!" Agradeci seus sábios ensinamentos, despedi-me e saí da aldeia muito mais triste do que entrei… Saí da Taba um tanto atônito, subi a Montanha e fui perguntar ao Sol que amanhecia o Dia, desta feita sem o cantar do Sabiá Preto… Então, entre uma lágrima e outra, salgada tal e qual o sabor Mar eu perguntei ao meu Amigo Sol: por que ser assim? E ele ainda amanhecendo… o amanhecer, respondeu com sua Luz nascente: – "Meu Filho, a Mãe Natureza se preparou para receber todos os seres que com ela hoje convivem… até que se aprimorou mais ainda para receber o SER HUMANO, livre, solto, forte e belo… E assim como ela o quer livre, solto, forte e belo, quer a todos os seus filhos… Então prefere que a cobra venha e coma os filhotes do que os homens os tenham presos só para ouvi-los cantar!"
  • 10. 10 Neste exato momento nasceu esta canção: "Bom dia meu amigo Sol, eu quero te cumprimentar, Andava pelo mundo a sós, queria simplesmente amar, Agora você está à direita, Mais tarde você está à esquerda, A tudo você enfeita, Não existe nenhuma perda… E quando anoitecer, Se a Lua não aparecer, Não fique triste oh Sol, não! Vá iluminar o Japão, Pois a Lua é dos Poetas, a grande inspiração, No céu ela é uma Festa, que faz bem ao coração." A Igreja de Santa Rita, que havia se transformado no espaço do Festival de Cinema de Paraty, estava repleta de pessoas que aplaudiram o Ermitão da Picinguaba, nome que as pessoas deram a Ale Mohamed por ele viver dois anos isolado na Montanha da Picinguaba. Naquela manhã em Paraty, Ale Mohamed encontrou-se com uma Cigana… ela também o olhou no mais profundo dos olhos, pediu-lhe um minuto da sua atenção e ele a atendeu… – "Você irá viajar muito, atravessará os Oceanos… e descobrirá um Mundo Novo em um Velho e Antigo Mundo… onde quase nada mudou!" A Cúpula mais ao norte da estação do Oriente do Metro de Lisboa, agora estava com a tonalidade violeta… Saint Germain… pensou Ale Mohamed… Dez anos se passaram desde a pequena cidade no Mato Grosso onde havia ido para implantar uma emissora de televisão, colaborar na maior FEIRA AGRO PECUÁRIA DA AMÉRICA DO SUL e ainda editar um jornal de nome Presença Popular, com mais de 100.000 exemplares distribuídos por todo o Mato Grosso… A Feira Agropecuária atraíra gente do mundo e do Brasil inteiro. Com muitas atrações campesinas, pecuárias, cavalos puro sangue, touros, parque de diversões, cantores, culinária típica de várias partes do Brasil, muita gente e muita animação… Ali ele conhecera Maria Gabriela, a Madeirense que o levaria através dos Oceanos… 1990, Ilha da Madeira……… 1998, Lisboa…… 1999, O Avatar! Seria o Avatar uma Tese ou seria um estudo apenas, ou ainda, seria uma Profecia??? Em 1979 acontecera Picinguaba... Abandonara o mundo das evoluções materialistas… chegara ao cargo mais cobiçado de uma Multinacional Americana… e após abandonar tudo, …a MENSAGEM CHEGOU… O CHAMAMENTO.
  • 11. 11 – E por que Eu? Sempre se perguntara isto, até que em um Curso ZEN, ao receber um legado que tinha 2.500 anos, vindo diretamente do Tibet , que lhe foi entregue por um descendente direto de Buda – Mestre Hogan Sam – ao perguntar porquê só ele fora merecedor de receber o legado, o Mestre sorriu e nada disse… Ale Mohamed compreendera que nunca mais perguntaria. Aceitaria e agradeceria… Este era o caminho (avatar). Dirigiu-se ao aeroporto onde iria apanhar um avião com destino ao Porto… Gabriela o aguardava… Seguiram viagem em um vôo com destino a França, com escala no Porto. A polícia de fronteiras quase nem o deixara embarcar, apesar de estarem em espaço Sheguem, onde todo cidadão residente na Europa tem livre trânsito… Quantas barreiras os seres humanos criam na sua própria Terra… Em seu íntimo os códigos de acesso à força da criação também iam se complicando… O que seria necessário se fazer para que a carga humana ficasse mais suave? Será que a anunciada NOVA ERA iria trazer alguma luz a tudo isto? A viagem a bordo do vôo da Air France foi bem rápida, o Air-bus completou-a em reduzidos 53 minutos entre Lisboa e Porto. Para variar, Ale Mohamed escreveu durante o vôo e o que escreveu estava relacionado com o trabalho de Margarida Martins, responsável pela Fundação Abraço que cuidava dos pacientes que haviam contraído o vírus da AIDS. Quando entregou o que escreveu à valente lutadora na luta contra esta praga do século XX percebeu que deveria colaborar com a causa, deveria abraçar esta causa… Gabriela, que o acompanhava, sabia que as férias prometidas seriam sempre com envolvências em situações e responsabilidades que Ale não conseguia deixar para amanhã… Houve épocas em que ela teve que ser bastante incisiva com ele, pois a sua estada em Picinguaba e suas "viagens" através das evoluções, involuções, regressões e ascensões cósmicas haviam dado cabo de todos os tabus, preconceitos, dogmas terrenos e o colocado em um plano acima do plano Terra, e assim, às vezes envolvia-se com algum excesso de generosidade no problema dos outros. Como se soubesse a solução… sem se preocupar consigo próprio, doando-se de uma maneira tal que chegou a ficar sem comer e sem dormir para acudir pessoas que nunca vira, pelo período de quase um mês. Gabriela, com a sua formação de Médica Veterinária, origem Madeirense, vivendo trinta anos no Brasil, Compreendia muito bem o coração de Ale Mohamed… comparava-o a Carlos Castanheda… que conhecera Don Juan, um Índio
  • 12. 12 com conhecimentos profundos dos mundos esotéricos e dimensões paralelas… Ale considerava-se um ser humano comum, como outro qualquer e assim era bastante difícil alguém conseguir travá-lo nos seus anseios de ver o mundo à sua volta mais saudável, mais feliz, mais solidário e mais autêntico, integrado ao Cosmo e à energia Vital que emana de todos os seres do Universo sem distinção deste ou daquele. Bastava olhar para o céu e via-se as estrelas com um brilho semelhante… O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER… A Cidade do Porto o encantou e logo que chegou ao Hotel Castor, na Cidade do Porto, foi procurar uma lista telefónica para encontrar o nome de algum Ancestral… A busca da sua ancestralidade era latente e constante… Seus traços fisionômicos eram bem vincados ao árabe. Testa larga e alta, moreno, estatura mais para o alto, ombros largos, tórax de remador, fartos bigodes, pernas fortíssimas, olhos negros, muito cintilantes e vivos… Com a idade ia se tornando de cabelos grisalhos e a barba mais ainda… O peso um pouco acima da média para a estatura que tinha, adorava sorvetes e doces, mas mantinha uma grande agilidade e força física, mental, emocional e espiritual… Emanava Fé!!! Nadava muito bem e adorava andar a pé em montanhas, vales, florestas, beira-mar… – Ale, você não vai jantar? não tem fome? Acordou de sua busca antropológica e ancestral, olhou para Gaby que o chamava e estava já com trajes mais adequados para o frio que fazia no Porto. Era loura, alta, olhos cor de mel, pele clara, seios firmes e uma elegância descontraída, seus cabelos semi encaracolados caíam sobre os ombros em suaves ondas. Ali à sua frente, na cidade próxima das suas origens Lusitanas, encontrava-se a mesma figura que a sua Montanha lhe havia anunciado muitos anos atrás…
  • 13. 13 CAPÍTULO 4 Caverna Submersa Era uma tarde em que o mar estava muito calmo na praia do Camburí - entre Picinguaba e Paraty. A Mata Atlântica cobria os dois lados do asfalto da BR101 uma estrada litorânea que vai de São Paulo ao Rio de Janeiro e depois segue até o Nordeste Brasileiro… O Ermitão nadava e observava as ondas alísias indo e vindo de encontro à costeira, uma alta costa rochosa, com imensas pedras que tinham a forma de vários animais, não era só ele que via… os turistas e alguns pescadores também. Naquele dia ele havia descido a Grande Cachoeira com seus oitenta metros de altura em patamares suaves, pesquisando as imagens que encontrava nas Pedras… UM CAVALO PRETO, uma Tartaruga, um Dragão, e assim ao entardecer estava entre a Ilha das Couves e a Costeira do Camburí em meio a uma imensa baía. A água estava quase morna… os olhos ardiam um pouco com o sal marinho. Lembrou-se do tempo em que nadava em piscinas e tinha medo do Mar… agora era como se estivesse integrado com o Oceano e todos Oceanos Siderais… parecia um peixe… ou um Golfinho… pois subia apenas para apanhar ar… Adorava nadar… em baixo d'água mais ainda… O seu estudo a respeito de Atlântida começou no Peru, nos Andes… passou pelo Mar dos Xaraés (Pantanal do Mato Grosso), Chapada dos Guimarães, onde encontrara fósseis marítimos a 800 metros de altitude… Amazônia… México, Venezuela… e no fundo dos Oceanos em túneis que se interligavam com várias áreas que já conhecera, onde, sem dúvidas, viviam os Intra-Terrenos… seres que tinham um conhecimento bastante evoluído e se comunicavam com os da superfície e com os Extra- Terrestres… Decidiu que mergulharia na caverna submersa existente naquela costeira e assim ficou boa parte da tarde preparando-se para o melhor momento… As ondas iam e vinham em correntes submarinas para o interior da caverna, cuja entrada tinha como defensores e guardiães, ouriços enormes. O Ermitão não se intimidara, pediu licença a Netuno, foi se aproximando e quando a correnteza o arrastou com mais suavidade soltou-se e foi como um corpo inerte sendo arrastado suavemente até à entrada… Os ouriços pareciam acariciá-lo… A entrada era longa e teve um pouco de receio de ficar sem fôlego. De repente percebeu que estava em uma imensa Caverna, ampla, iluminada com uma cor entre o rosa e o violeta… (Saint
  • 14. 14 Germain), viu que dava pé e ficou em pé… Caberiam ali umas 10 pessoas… o teto era todo cintilante, refletindo as ondas que iam e vinham… Algo sublime. Rosáceo… lembrou-se da Rosa Cruz… deitou- se para descansar um pouco… adormeceu, com as ondas a massagearem seus pés… Sonhou. No sonho uma voz dizia-lhe que a partir daquele momento nada mais iria lhe faltar… Acordou com o rugido de um Leão… era o vento, a água, Eolo… Druza… Percebeu que um tronco de árvore trancava a saída de ar e de água. Foi agachado e tentou tirá-la, parecia um apelo da Caverna… o rugido vinha dali… Ao tirar o tronco ,após um imenso esforço, a água que estava ali retida começou a inundar a 22 caverna. Em poucos segundos a água chegou-lhe ao peito. Olhou ao redor, ...uma chaminé natural… Foi-se esgueirando por ali, subindo pela garganta interna daquela imensa Montanha... Fincava as mãos e os pés como melhor lhe convinha. Foram séculos aparentemente… até chegar ao topo da Montanha. Lá em baixo, como se fossem miniaturas, os barcos de pesca, as cabanas dos índios, as casas de alguns Caiçaras… Ao olhar para os seus próprios pés, por instinto e puro instinto, o Ermitão percebeu que estava sobre duas pegadas enormes …seriam suas pegadas do passado que ficaram ali marcadas?!!! Ao longe, no Oceano, uma visão: uma Caravela… A Cruz de Malta… Uma moça loura… nas nuvens… Um Deus com um imenso bigode a sorrir, uma Deusa Oriental a dizer- 22 lhe: fomos seus Pais… um Amor Proibido… E você criou-se na Natureza, no Mar, nas Montanhas… Viva sempre assim… nós vigiaremos… e você será feliz… No quarto do Hotel Castor, na cidade do Porto , Gabriela o "acordou" do transe… – Ale, então, vamos jantar? Beijou-a com carinho, abriu a porta do armário, apanhou o sobretudo, vestiu-o e saíram no frio da noite… em busca de alimento. A emoção de estar muito próximo das suas origens não lhe dava fome, nem sede, nem sono, só queria desvendar os mistérios e descobrir a verdadeira história da sua vida… Jantaram em uma casa típica do Norte de Portugal, conversaram sobre as suas esperanças, a nova casa que nunca ficava pronta, como sempre foi… As crianças, os netos, Arthur, Dominique, André Luís… algo muito familiar. Há tempos nem queria ouvir falar em família e agora descobrira que é o único meio para desvendar as histórias e ir de encontro à Verdade Universal… a partir da Célula Social… e Familiar. Vivera dos 12 aos 53 anos afastado da família, fora como um visitante na casa dos Pais…
  • 15. 15 O início em vários colégios de padre, depois um internato, quase seminarista, Salesiano, depois a Academia Militar… os Mares, os Portos, os Povos, seus usos e costumes… A revolução de 1964… a contestação, o revolucionário… o sonho desfeito de um lado por se negar a matar BRASILEIROS, a vida civil com formação rígida a mais, as empresas, os clientes, o mundo da Comunicação. E a família era e ainda é a Célula Social. Uma vez por ano ou no Natal, aniversários… Os sobrinhos e sobrinhos netos o chamavam Tio Indiana Jones… E assim, naquela noite, no Restaurante Típico do Porto, algo começava a intrigá-lo… Nunca dependera aparentemente de ninguém… e se calhar era carente de coisas que os outros não eram carentes… Que grande descoberta na caverna do seu coração! Chegaram ao Hotel Castor, verificaram se havia algum recado. Subiram pelo elevador muito antigo com portas pantográficas, estilo século… sabe-se lá qual… O apartamento era o 471, dava vistas para o imenso Rio Douro, onde seus ancestrais ainda produziam em suas margens o Vinho do Porto, desde a plantação até à exportação. Chegaram alguns deles ao Brasil em 1575, expulsos de Portugal… Judeus… Os outros que ficaram converteram-se e eram NOVOS CRISTÃOS… Portugal começara ali no Norte e estendera o seu Reinado até ao Sul. O Oceano era e é a grande Porta deste País que se considerava a Cabeça da Europa… mesmo a Testa da Europa… pois a Espanha era a Cabeça, que se desunira da testa… No outro dia foram visitar os monumentos, a Bolsa, O Salão Árabe …parecia ter vivido ali, naquele ambiente… Gabriela percebia a sua emoção com cada esquina daquela cidade cortada ao meio pelo belíssimo Rio Douro; a sua arquitetura lembrava muito Salvador, na Bahia... Apanharam o Barco e foram subindo o Douro. As Quintas… as plantações… as vindimas, os Casarões Antigos, as Janelas onde os Lusitanos avistaram NOVOS RUMOS…NOVOS MUNDOS….E CRIARAM NOVAS CIVILIZAÇÕES… Pois é: Misturaram as raças, e geraram um povo totalmente diferente de todos os povos, os Brasileiros, os Luso-Africanos. Criaram o que o sapateiro de Foz Côa profetizara no Século XVI, O QUINTO IMPÉRIO… O Espírito de Portugal no Mundo e o Mundo que foi feito a partir de Portugal… todos juntos a falar uma mesma língua, usos e costumes, novos tipos genéticos, novos ritmos, nova indumentária, ou sem indumentária nenhuma… sem lenço e sem documento… Desde o mais nú e mais feliz até ao mais requintado e também feliz, com samba no pé e ginga muito diferente da do Europeu… Que diferença se criou a partir dali de onde ele se encontrava… Diferentes mas iguais… "Crescei e Multiplicai-vos"… e assim foi feito…
  • 16. 16 CAPÍTULO 5 A VERDADE...a...ver...dá...dê! Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, era apenas entrega e porte pago. Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, era o que era, sem tirar nem pôr. Sinto saudades da vida que do outro lado de lá, nunca findava nem começava, vivia-se! Sinto saudades da vida, onde a escrita inexistia, pois o que se combinou se cumpria. Assim, sinto saudades de mim, quando eu era o SER que habita o meu SER. E me pergunto, todos os dias, que fiz, para merecer conviver com este mundo nojento? Mundo, onde os irmãos estupram as irmãs e o que de maior grandeza existe está jogado na lama dos latifúndios que dia a dia, mais afundam o planeta todo. Sinto saudades daquela vida, não porque fosse melhor, mas porque era o que É. Sei que É, e sinto-a dentro de mim com a mesma energia que senti Lá. Aqui, o que sinto, é que quiseram me testar, e explodiu a bobina central. Afinal minha ENERGIA é superior a de todos que me cercam e me olham. Como se olhassem para um reator a transferir toda sua Força para uma mísera Luz artificial. "VAI EXPLODIR !" Por isto digo, de todo meu coração, que VENCEREI mais esta etapa, mesmo do lado de cá. Mas com uma certeza maior ainda, muitos irão sucumbir, outros assistirão meu triunfo humilde, sóbrio e altaneiro, e assistirão de pé a minha vitória. Deus lhes dê vida longa. No entanto, quem irá se regozijar mais serei eu mesmo, como tudo o que pressinto e me estimula a seguir avante.
  • 17. 17 Do que sinto pena? Dos que nem sequer ainda passaram para Lá, nem sequer sabem dar amor a um gato, um pássaro ou a uma flor. Realmente ser Anjo não é fácil, se fosse, esta tarefa não seria minha. Vem, serei, junto contigo, o que há de Amor mais que antigo. Onde a luz dos que São, é esparsa, bela e intensa e não precisa de rea...tor. Pois Thor é um Deus que anda a frente, nunca a ré. Coitados dos que se metem com Deuses, ainda mais quando a Galáxia foi ao encontro de sua própria origem primeira. Onde Duendes, Fadas e Deuses convivem Eternamente o bom lado da Vida. Creia-me, irei vencer, e estarás comigo, pois tudo o que somos Amada Sacerdotisa, é o encontro eterno de quem foi gerado em meio ao luxuriante momento orgasmótico da Geração. Todos os Deuses passaram por isto e todos, meninos e meninas, também passarão. O que mais importa AGORA, É ÁGORA, a...cor...dar... Do sono profundo que aceitou, no momento em que o menino Deus decidiu pelo mundo de seus Pais perambular, peregrinar, sonhar, agir. Vão retornar em essência, vida e Alma Ao mais eterno dos caminhos, AVATAR, Que reencontra entre os seus os que traem, Os que perjuram, os que impuros ainda são, Para lhe dizerem: "Hei, HOMEM DE DEUS, ainda estás tão tenro!" Ah, menina Eterna, Mãe de Ventre Livre, saibas, os Deuses nos receberão de braços abertos, pois quem aqui vive, além do SER que habita o meu SER, é o Divino e mais que perfeito Átomo. O Primeiro Átomo vivo que MATER...ia...lizou os sonhos da amada Eterna e sonhada MADRUGADA... A PRIMEIRA, madrugada, ONDE NADA, ADAN, EXISTIA, volátil, sonhador e unânime na essência de sua busca incontida, dentro do invólucro Atômico. De um núcleo todo Eterno... e...terno... núcleo... Se hoje a Mater... ía, amanhã ;virá...!!!
  • 18. 18 E assim, sempre será...Sem dúvidas, uns querendo a Deidade, outros apenas e tão somente a verdade...a...ver...dá, Dê! Havia um caminho... Ale Mohamed tinha certeza, havia um caminho entre o Amor e a Aspereza, entre a emoção e o espiritual... Havia um Caminho Invisível, aparentemente estranho... Onde NELE, encontraria Irmãos, Veneráveis e Mestres. Havia, ah se havia este Caminho... Nada a ver com os citados... UM Caminho especial, ou seria Espacial. Mas se nem há espaço e nem há Tempo???!!! Ah!... O AVATAR, sempre iria sofrer muito mais em seu interior que busca do que no flagelo da tortura que rebusca e lhe traz a luz. "Pai afasta de mim este... Cale-se!!!” Tinha que gritar a viva voz, afinal o MUNDO QUERIA OUVIR. O MUNDO INTERIOR ouvia, no silêncio das meditações... PAI... ME...DITA... Seja em meu interior, ou seja, onde for... Me Dita Pai!!!! O tempo se escoa, meu coração de menino está preste a explodir... E assim como ele Pai, O Planeta Todo nova...MENTE irá surgir... Onde será que começa, eu preciso saber!!!... O pior é que ele sabia, apenas não se lembrava... E isto sim o angustiava... Uma luz violeta separava as Ilhas naquela hora do crepúsculo. Uma onda imensa veio se estatelar nas rochas, mesmo aos pés de Ale Mohamed que parecia olhar o infinito esperando uma resposta... No Mar da Travessa a Ilha de Arduin naquele dia não aparecia... Como diziam os antigos, ali a Ilha de Arduin aparecia aos que procuravam o Mundo esquecido... Ale não se esquecera, deu branco, era isto... Um olho azul se refletia na onda, do Mar... O Olho da Sorte dos Atlantes... Lembrou-se daquele patuá que lhe deram quando esteve na Amazônia: tinha um olho azul... Lembrou-se, foi se lembrando...
  • 19. 19 CAPÍTULO 6 A Iniciação Há muitos e muitos anos, no mais antigo do antigo, uma comunidade se reuniu e decidiu que alguns de seus elementos iriam percorrer terras longínquas, para então, quando voltassem expusessem aos que ficaram o que poderia lhes faltar em um futuro próximo ou distante. Os escolhidos partiram e singraram mares nunca dantes navegados, enfrentando tormentas e recrudescendo a sua força de vida interior, na simbiose entre as agruras dos Oceanos Terrenos e Siderais. Após chegarem a terra firme, decidiram, em primeiro lugar, perceber o que os envolvia naquele novo útero terreno e só depois, após terem absorvido toda a química e física que lhes era necessário absorver, resolveram começar uma caminhada por entre as veredas que eles mesmos abriam diante da mata imensa que não mata. Assim, percorreram montes, colinas e cordilheiras, desceram vales e se redescobriram em cada uma das pedras do caminho. Vivenciaram as vidas dos vários Reinos e compreenderam que nada eram nem seriam sem aquelas plagas de antanho, que, se calhar, os levou para outras plagas, de uma forma invisível ou invencível. A tudo que absorviam, procuravam anotar com seus mecanismos de memorização, usando a visão, o tato, o paladar, o olfato e, claro, o espírito. Nos momentos em que a Luz se esvaecia tinham que ser uns pelos outros na escuridão do CAMINHO (AVATAR) e, assim, uniram-se cada dia mais e mais, compreendendo que a solidariedade era algo que deveria ser muito bem apontado em seus registros eletro-magnéticos. A liberdade em cada um poder respirar e atingir o seu ponto de equilíbrio físico também era muito importante para que todos seguissem avante na longa pesquisa que iriam fazer em prol do todo de sua comunidade, e o sentimento de fraternidade superou todas as quizilas e dissabores que por ventura houvera antes, quando estavam no bem bom do Reino daquela Comunidade. Afinal agora enfrentavam Reinos desconhecidos, onde o SER humano ainda nem tinha chegado e somente os verdadeiros Reis da Natureza ali prevaleciam, como duendes, fadas, gnomos, os minerais, vegetais e animais, em forma elementares que provavam a que vinham e porque vinham. Ora, nem é preciso explicar muito para dizer que, ao retornarem ao outro lado dos Oceanos Terrenos e Siderais, os DESBRAVADORES levavam consigo UMA NOVA ALMA, um NOVO ALENTO, uma NOVA MANEIRA em ver o Mundo que os rodeava e os que nele habitavam. Dentro deles as células haviam se transmutado e seus corpos se volatilizaram conseguindo SENTIR PORTAIS INVISÍVEIS E INVENCÍVEIS, por onde só passam os que deixam de ser apenas Ego
  • 20. 20 para se entregarem a um SER SUPERIOR E MUITO PRÓXIMO, que é, nada mais nada menos, do que o nosso Pai Interno, o qual nos direciona e nos alimenta, nos estimula a continuar, mesmo diante das maiores agruras. Assim, ao se reunirem todos da Comunidade, o que mais embeveceu aos que esperavam TESOUROS E RIQUEZAS MATERIAIS foi perceber que os desbravadores estavam de mãos vazias, com o corpo aparentemente todo machucado e doído, mas com algo que nunca mais eles esqueceriam. Estavam, o que ERAM, na origem do SER. E só isto já era o seu maior Tesouro, pois só assim poderiam viajar por todo o sempre, sem nenhuma preocupação maior do que terem a Água da Vida e o Calor Humano do verdadeiro Amor e Fé. Os que ainda não tinham subido os vales e montanhas, nem cruzado rios e oceanos, ficaram ouvindo seus relatos, embevecidos pela força de vontade e pelo altruísmo que cada um deles trouxe e levou consigo, deixando muito claramente impresso na Alma da Comunidade que o maior TESOURO DO MUNDO se chama LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, unidas à NATUREZA , ao Amor e à Luz do Cristo Cósmico.
  • 21. 21 CAPÍTULO 7 A Maneira do Universo Eram 11:22 horas, e Ale Mohamed ao olhar para o painel do Black Horse, seu Jeep que rodara vários locais do mundo com ele, ficou pensando como eram engraçados estes momentos em que um número digital se mostre, seja em duplicado ou, no caso, em multiplicado... Lembrou-se do Livro que o editor havia lhe entregue em São Paulo, Portal 11:11 e lembrou-se que a autora do livro citava locais onde eram determinantes as conexões com o Universo, conexões estas que, na opinião do Peregrino dos Espaços, eram tão naturais que não havia necessidade de se determinar nada numerológica ou geográficamente e nem mesmo espiritualmente. Afinal, o Universo, assim como o Vento, que é seu filho, sabe muito bem para onde vai... Sendo nós filhos do Universo, por qual motivo ficaríamos alijados dos momentos que estavam para nós preparados? Será que a autora havia feito todas as suas descobertas caminhando pelo mundo e lendo registros que estavam nas Pirâmides do Egito, nos Templos dos Maias no México, ou mesmo no Perú, onde muitos segredos dos Incas estavam ainda por serem desvendados? No Brasil então, nem se fala. Por mais que as pessoas não comentassem, claro que no Brasil haviam vários tesouros arqueológicos para serem desvendados.... A religião naquele País havia cerceado em muito a abertura para o que realmente o Universo espera de nós. O curioso é que Khapitolykus em Grego simbolizava Universal... Onde se havia perdido o Elo Eterno??? Ao chegar em seu sótão, a primeira coisa que fez foi pesquisar em seus arquivos muito antigos. Em meio a papéis amarelados e abandonados no tempo, ele encontrou algo que há muito lhe chamara a atenção... Era uma peça em cristal, com uma simbologia do Universo, contendo muitos Astros e Estrelas. Havia um pormenor muito importante naquela peça: ela só funcionava com água... A água movia todo o mecanismo de cristal ali inserido, de forma a nos dar uma idéia de como funcionava a força Cósmica que fazia com que o Universo se movesse. Houve uma época em que ele pensava que o vento também poderia fazer funcionar aquele símbolo do que afinal é a Vida e como ela se movimenta universalmente...
  • 22. 22 laro que tudo de uma forma apenas simplória aos olhos de muitos, mas ele sabia, claro que sabia, que quem criou aquela peça era alguém muito iluminado e a fez com a integração não apenas dos elementos terrenos, mas com a luminescência Eterna, aquela luminescência que afinal tem a ver com a energia eterna que a tudo e a todos envolve e faz Crê SER. Desceu as escadas entre o sótão e o grande salão, atravessou os pórticos, dirigiu-se a uma fonte e com um cuidado imenso, começou a montar as peças que compunham aquele exemplo de energia Universal... Os Cristais que iam se juntando davam uma idéia de algo muito sublime, e o lusco-fusco de seus raios logo davam a ele uma idéia do que realmente estava ali inserido no Todo... A peça completa tinha seus 3 metros de diâmetro e 3 metros de altura... Quando estava toda montada, por si só já era um imenso exemplo de obra de arte criada por uma ENTIDADE DE LUZ, pois realmente era um grande espetáculo à vista, emocionava a quem ali parasse para observar. Uma emoção que vinha das estrelas, passava pelos planetas, energizava-se com os cometas e vagava no vácuo universal.... Algo que Ale Mohamed de vez em quando sentia quando entrava em transe. O CAMINHO - pensou – O AVATAR... Foi interligando então a Água que vinha da fonte até ao ponto onde ela deveria começar a acionar a RÉPLICA CRISTALIZADA DO UNIVERSO... E assim, quando tudo estava preparado, ele deixou o Mundo girar nas órbitas de todos os outros Astros e Estrelas... e ficou ali, admirando... O cintilar de cada gota de água causava um reflexo diferente na integração com os sóis da própria peça, afinal eram muitos sóis e muitas luas. E o mais curioso é que ainda era de dia... Algo que não se podia ver realmente à luz do dia... Ale então, sem querer, olhou para o relógio digital que estava assentado em uma pedra de mármore ...3.33... Sorriu para si mesmo. Mais uma vez o Cosmo conspirou para lhe chamar a atenção... 11.22... 33... Deixou a peça a se movimentar, subiu à varanda e lá de cima ficou observando aquele movimento todo.
  • 23. 23 O fundo esverdeado do jardim lhe permitia ver um Universo esperançoso... livre e solto... como deveriam ser Todos os seres humanos e todos os seres da Natureza, fossem eles Terrenos, Uranianos, Arcturianos, Marcianos, Venuselanos, filhos de Andrômeda ou de que outros mundos visíveis e invisíveis existissem... O caminho entre cada corpo celeste, além de ser imensamente iluminado, ainda contava com a luz de outros, luzes que se intervinham cósmicamente sem gerar nada além da energia que movimentava o Todo Universal, onde a Água era o símbolo da Vida que se unindo à Terra gerou o todo, que gerou este poema: Amar: É Água passando por Pedra... e Ale apontou o que lhe vinha a mente, nascendo então o poema: AMAR, AMANDO... Amar: É Água passando por PEDRA, sem a PEDRA se aperceber, que a Água de tanto passar, transforma a PEDRA em grão. E o grão, assustado, intrigado, pergunta à Água: “Oh Água, por que ser assim?” A Água, NADA responde e leva o grão para o MAR…. Amando: É grão se juntando a grão, até uma NOVA PEDRA se formar, para que venha a Água, mesmo salgada do mar, para tudo recomeçar. Lá embaixo, no jardim, o Universo em miniatura emitia suas luzes, em consonância com as luzes das Estrelas... Já era noite... .22:22 Ale Mohamed sonhava, voava, vivenciava a energia cósmica que o impelia para os vários PORTAIS UNIVERSAIS, e comprovava que realmente nada, nem ninguém, precisava se preocupar com nada, pois o universo, até em sonhos era Real... Mono, Uno, e ao mesmo tempo TODO... Uma Estrela cadente cruzou os espaços siderais e atrás dela vinham as Perseidas, chuva de estrelas...
  • 24. 24 CAPÍTULO 8 Eolo, Druza e A Eternidade Portal 11:11 – Então quer dizer que Druza e Eolo eram apaixonados um pelo outro? Perguntou Ale Mohamed, enquanto Ila estava lhe explicando as tarefas que o NOMO havia sugerido na última aula, a qual desta feita ocorrera na maravilhosa floresta de Urânia. Ale sabia que em Urânia a vida era muito diferente do que aquela que vivia na Terra e os seus contatos paranormais com Ila de Fuztemberg em muito o ajudavam a compreender afinal o que era a tal memória genética, sensitiva, cósmica e espiritual. Vivendo na Ilha da Madeira, ele compreendia também que os ensinamentos tinham mesmo que vir do Éter, pois sempre fora assim. Sendo um Ser do Deserto não tinha dúvidas que é no Éter que está o conhecimento e não na humanidade, a qual era nada mais nada menos do que a conseqüência de atos e fatos de um passado recente ou muito antigo, e para isto era necessário ACREDITAR que realmente havia uma ascensão e descendência da essência cósmica, telúrica, Divina e Ancestral. – Muito bem, Ila, então me explica como é possível Eolo, sendo um Planeta, gerar o vento e também como é possível Druza, sendo uma Estrela, chorar para gerar Caciopéia, a Constelação que a gente só vê no hemisfério norte do planeta Terra. – Olha Ale, fica tão simples você compreender se inverter a marcha dos acontecimentos; em primeiro lugar, paixão é coisa aqui da Terra e não do Universo, principalmente de Urânia, o PLANETA HORTO. Imagina você, todo apaixonado, conduzir sua NAVE lá em Urânia pelo pensamento, os riscos que estaria correndo. Poderia até usar o tato, e ela lhe obedeceria bem, aliás, ela tem sensores que sublimariam qualquer atitude mais apaixonante tua, para evitar que outros saíssem prejudicados; o que lá acontece tem freqüências vibracionais que aqui na Terra existem mas não foram captadas, principalmente pelos povos LATINOS, muito mais sensíveis na opinião de todos que lá vivem. De que adianta, por exemplo, alguém dizer que fulano fez isto, sicrano fez aquilo, se no fundo no fundo dói para todos os envolvidos, não é mesmo, Ale??? Então, Druza era uma Estrela responsável pela Ordenação de uma parte do Universo, e isto era um Contrato Sagrado que ela fizera, tinha que cumpri-lo.. Eolo, ainda o Planeta, emitia o que chamam de Vento aí na Terra. Comparados um com o outro, ela tinha brilho próprio e ele necessitava
  • 25. 25 da Luz das Estrelas, assim, cada qual com sua energia cuidava das suas responsabilidades... até que um dia Eolo, sem querer, afastou uma parte da Obra de Druza para muito, mas muitooooooooooooo longe, e ali ela tinha realizado vários sonhos de Estrela. Imagina a dor que ela sentiu sendo uma simples brisazinha em relação a Eolo que, comparado a ela, era um Tufão... emitia velocidades impensáveis ao que entrava em sua órbita, consegue compreender? Agora imagina a ANARQUIA que Eolo gerou no Espaço, que era responsabilidade de Druza… claro, ela chorou… Como tudo, sente, ressente, não são apenas os humanos que sentem, tudo tem um sentido e uma direção vetorial. Infelizmente os ditos humanos imaginam-se só eles com este dom… e as lágrimas de Druza viraram Caciopéia, o que em nada substituiu o Sonho de Druza, ou os Sonhos de Druza, mas, a LEI foi esta e a LEI SE CUMPRIU. – Ah... então quer dizer que primeiro somos Estrelas, Planetas, para depois nascerem os Deuses, como no caso dos Deuses Gregos... é isto??? – Ale, não há necessidade nenhuma de você ficar voltando no espaço-tempo nestas aulas do Nomo; se conscientize apenas do seguinte, pois senão iremos e voltaremos, de lá para cá, de cá para lá e nunca iremos conseguir concluir um raciocínio correto. Aliás, quem o conhece sabe o quanto você se perde nas palavras, pois vai por aí afora com O VERBO, que é realmente o seu MELHOR AMIGO e pronto. Ambos fazem com que muitos que ainda nem conseguiram se auto compreender fiquem mais embaralhados ainda. Estas aulas e tarefas do NOMO, Ale, são para que você, que hoje vive na Terra, possa compreender melhor a sua missão… Realmente está correta a sua colocação, houve Estrelas, Planetas, Asteróides, enfim… Universo em decomposição e em composição; lembre-se, há os chamados planetas que são gazeificados, ou seja, formados por gazes, outros por minerais, outros por vegetais, e por aí vamos… Então, recapitulando, um Anjo foi sem dúvida uma Estrela e se transmutou em Anjo, pois tinha que passar mensagens em outras Dimensões. Podendo se deslocar com maior rapidez, levando adiante o que está escrito no LIVRO DA SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA, este Anjo na Terra, um dia encarnado, também com uma imensa Missão, transformou-se no que chamam um DEUS, pois ele trazia a LEMBRANÇA Cósmica que havia lá em cima. Por exemplo, Eolo, o Planeta, claro, era então o Deus do Vento. E assim, veja, houve Diana, Minerva, Zeus, o Deus dos Deuses, Apolo, Plutão, Marte o Deus da Guerra, e um mundo de figuras que até hoje vocês na Terra estudam através da Mitologia Grega. Lembre-se Ale Mohamed, a HISTÓRIA SEMPRE SE REPETE, e é muito bom cada qual rever o seu LIVRO DA VIDA. – Ah... então foi por isto que ao pintar a Capela Cistina, Miguel Ângelo tinha uma noção exata do Universo, com Anjos, Deuses, Planetas, Estrelas, e ali retratou o que sentia em seu SER, é isto??? - Parabéns meu amiguinho terreno, é isto mesmo; então, agora raciocine comigo como foi possível Miguel Ângelo se lembrar de tudo aquilo... não havia tecnologia nem nada para ele lá chegar, e conseguiu,
  • 26. 26 tanto é que o PAPA o considerava um Protegido da Igreja, apesar de que, como todo artista ele era muito irreverente... Ar…em Ti…está… artista, certo Ale??? Continuando, para eu não perder o fio da meada, e assim, será que Ale faz uma pequena idéia de quem foi Miguel Ângelo? Miguel, o Anjo, era este o seu nome, abençoado por Deus e bonito por Natureza, será que preciso falar mais? Geneticamente Italiano, berço da civilização que Pedro levou até Roma... a civilização do POVO DE DEUS, como se diz na Terra. Abençoada a pessoa que guardou este livro imenso, que vocês chamam Bíblia. Muito bem, Ale, eu sei que você vai falar do Alcorão, do Torah, do I Ching, do Tarot e tudo o que há de chamados LIVROS SAGRADOS, mas estou contando uma história que eu vejo aí na Terra, se eu ficar aqui contando todas, nossa Mãe do Céu, nunca chegarei a lado nenhum e irei chorar como Druza pois você me fará ficar perdida... e isto é algo que você precisa mudar, pois tem por hábito desviar tudo e todos de seus rumos, haja leme para controlar os seus impulsos, aliás muito semelhantes aos de Eolo... Esta é para você meditar, Ale. Então meu amiguinho, eu acho que você já compreendeu metade da História que a aula de hoje nos passou aqui em Urânia, e a tarefa que o Nomo nos deu foi escrever o máximo possível tudo isto porque, sem isto estaremos nos afastando e muito do que está pré estabelecido no Cosmo, via Energias que são voláteis ou condensadas. Lembre-se, muito pouco há mais que isto... As terminologias Ale, não importam muito. Se puder escrever e se quiser até ser O ESCRIBA aceito pelo Nomo como um ESCRIBA DE FÉ CÓSMICA e, se isto te estimula, eu posso dar um jeito de ver se o Nomo aceita, apesar de que ele está em outras ondas… Lembre-se Ale, a Fé é a Chave que abre os Portais. Ale, você se lembra que, quando nos conhecemos, ou nos reencontramos, eu sempre lhe pedi para ensinar o máximo possível ao Poeta, aquele teu amigo que anda contigo e diz que é O VERBO? Observe-o bem, oh Ale Mohamed, afinal você já foi um Grande Homem e várias pessoas já lhe disseram isto, agora você anda pelo mundo de seus ancestrais, a LUSITÂNIA, vive por uns tempos em busca de Atlântida, em uma Ilha que você mesmo diz ser o Epicentro de Atlântida. Os grandes Maremotos, causados pelo Fogo e pelo Vento... fogo vulcânico do interior da TERRA... PAI... CHÃO... paixão... e Ventos fustigantes que a tudo destroem por onde passam, ou será que apenas MUDAM DE LUGAR? Pense se quiser, ou nem pense, deixe fluir Ale Mohamed, vá lá para o seu sótão como todos chamam e deixe fluir, irei estar ao seu lado sempre... mas, passe ao POETA o VERBO todo, não o deixe mais perdido do que ele já se encontra. Com tantas diabruras que andam acontecendo na Terra, ele sozinho não pode mudar o mundo, mas todos sabemos, Ale, que ele tem algo que Miguel Ângelo também tinha e, todos aí na Terra, de alguma forma escutam suas freqüências vibratórias e nem precisam de livros ou computadores ou seja lá o que for, mas precisam, sim, de terem mais calma ao iniciarem o seu dia, que não adia
  • 27. 27 o dia seguinte ,nem apressa o dia anterior... Tudo, Ale, mas tudo mesmo, está escrito nas Estrelas e por isto você gostou muito de conhecer aquela cantora no Pantanal, Tetê Spinola... Espinha dos Ts... Espinha dos Ets... tantas interpretações, não é mesmo, Ale Mohamed? Em ter pretas ações!!! Caos e Luz, meu menino... Na próxima aula, iremos falar a respeito das moças e moços que precisam cumprir o seu CONTRATO SAGRADO e você, Ale, lhes levará os ensinamentos, está bem assim? Ale dirigiu-se ao sótão depois de rapidamente passar uma água no rosto, pois não podia perder nada daqueles ensinamentos; ao lado dele havia um altarzinho onde sua Madrinha, Tia Rosinha, sorria... o Jardim ia ficar cada dia mais florido, dizia ela ao seu afilhado de batismo... Uma lágrima salgada foi caindo em slow motion, até chegar às mãos enrugadas do Velho e Eterno Escriba... Suas rugas eram rugas de PERSONAL..IDADE... Éter...na... idade... Andava adormecido... a...dor...me...sendo... Os cães uivaram e as 5 Águias levantaram vôo...no Sítio da Relva, pousada de Ale Mohamed.
  • 28. 28 CAPÍTULO 9 A Peregrinação Assim como chegou ele partiu, sabendo que em todos os desertos havia sempre uma enorme força que vinha do interior da terra. Esta mesma força tanto alimentava como simplesmente neutralizava todas as outras forças chamadas de vida, criando então algo que ficava entre o antes e o depois, chamado NADA. Ale Mohamed seguiu sua caminhada noite a dentro, e durante o dia descansava, pois no Deserto a vida era intensa à noite; durante o dia ela chegava a cegar ou a iludir os viajantes, mas a noite, esta sim, era a companheira ideal para quem vivesse em função das grandes travessias que o Deserto permitia. Ele nunca entendeu por qual motivo as pessoas tinham pressa em atravessar aquela imensidão de areia, cactos, sol, estrelas, vento, cobras e lagartos, fora algo que estava no ar e que poucos se apercebiam, algo que Ele vivenciara e o fez compreender que nada, mas nada mesmo é necessário se fazer, nem mesmo atravessar o Deserto, porque o que tiver que ser já É, seja no início da caminhada, no meio ou no final – ou no aparente final – porque depois do Deserto a Caminhada continua, muitas vezes muito mais difícil do que quando se tem apenas sol, areia e estrelas a nos dirigir. Em um momento da travessia ele se apercebeu que uma ESTRELA dava-lhe um sinal. Parou, sentou-se sobre uma duna, observou a estrela a cintilar com uma variação de cores quase indefinidas, até que se apercebeu que eram cores entre o AMAR...ELO, LAR...ANJA, VER...MELHOR... E foi então compreendendo que tinha que ativar estes chacras, que estavam de alguma forma sem energia, pela imensa travessia ou porque realmente descuidou-se, mas a tradução das cores é que tinha tudo a ver com a MENSAGEM DA ESTRELA. O VERBO, sempre O VERBO a mostrar a ele, Ale Mohamed, que algo estava mais do que certo no universo e os humanos por mais que caminhassem de aviões, a pé, navios ou naves com tecnologias das mais avançadas, mais se afastavam desta imensa e saudável verdade: O QUANTO O UNIVERSO ERA TODO CERTINHO. Senão vejamos, como seria possível tantos e tantos planetas, galáxias e estrelas conviverem sem grandes choques, e na Terra, por qualquer coisinha explodirem guerras pessoais, sociais, religiosas e planetárias??? Que lógica mais besta esta dos humanos, pensava Ale Mohamed enquanto fazia os exercícios de respiração, mentalizando as cores que necessitava para continuar a grande travessia. Sabia que um dia ainda teria um canto sossegado, no DESERTO ou em qualquer outro lugar do PLANETA, apenas para colocar no papel aquelas mensagens todas.
  • 29. 29 Lembrou-se de uma amiga que trabalhava numa linha aérea e fazia o CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA, Monica Pursini. A imagem dela veio ter a sua frente, sorrindo e dizendo com seu olhar esverdeado o quanto a peregrinação lhe havia ensinado que é NO CAMINHO que purificamos todo nosso SER. Poucas pessoas conseguiam compreender isto. Muitas iam e vinham até em encarnações seguidas mas continuavam sem conseguir a purificação tão falada e comentada... Afinal, o que faltava? Nada, disse uma voz dentro dele, nada faltava, tudo estava certíssimo, como certíssimo estava todo o Universo, apenas havia quem ainda estava em estado x, y,ou z... Nada estava fora do lugar, apenas uns não entendiam as atitudes dos outros, mas também, viverem milhões de pessoas amontoadas nas cidades, e os Desertos desertos é que não estava mesmo certo. Conforto... todos queriam conforto, mas ao fim e ao cabo davam cabo de qualquer sossego que poderiam ter onde não vivesse viva alma. Ale foi adormecendo, adormecendo... e sonhou que vivia em um sótão, distante das cidades, cercado por um bosque de pinheiros, com seus cavalos, cães, águias, gatos, pássaros em profusão e lá distante, bem distante, o Deserto do Saara a contemplar e a ser contemplado pela ESTRELA que lhe ensinou a se reenergizar através das cores dos chacras. Amem, dizia o Anjo que velava pelo seu sono...Quibyr era seu nome... Do outro lado do sono Epaminondas, o seu outro Anjo, aguardava que Ale Mohamed acordasse para continuarem a caminhada, dois Anjos e uma Estrela. Para que mais???
  • 30. 30 CAPÍTULO 10 Energia Angelical Dois Anjos e uma Estrela, realmente era tudo que qualquer pessoa poderia querer a fim de cumprir sua caminhada ou peregrinação terrena. Ale Mohamed sabia que muitas vezes praticara atos que afastaram de alguma forma os Dois Anjos e nem via mais as luzes das estrelas, e, justamente por ter conseguido superar estas fases em sua vida é que tinha a missão de passar a outros que ainda estavam começando a peregrinação, o quanto aprendera CONSIGO MESMO. É verdade, quem mais nos ensina somos nós próprios. Por mais que os outros tentem nos passar seus ensinamentos, o que mais fica gravado em nossa alma são as nossas experiências, nesta e noutras vidas. Por este motivo, e tão somente por este motivo, ele sonhou e conquistou o SÓTÃO, local que para muitos era apenas um canto de se guardar antiguidades ou coisas sem mais utilidade, enquanto para Ale Mohamed era o local de recolhimento, o seu Altar, sua conexão com seu Deus interior, com o Planeta e todo o Cosmo. E assim, após ter conquistado o que mais sonhara em sua vida, qual seja, o seu cantinho de reflexão, colocou mãos a obra e dia a dia escrevia parte do livro que, sem dúvidas, iria colaborar com ele mesmo e com muitas outras pessoas que um dia viessem a ler O AVATAR. Ale também tinha certeza que nada mais poderia atrapalhar esta sua peregrinação pelo mundo do VERBO, e com tal convicção dedicou- se a este LABOR que nem sentia o tempo passar, nem sequer conseguia sentir fome ou sede. E se alguém de vez em quando não lhe levasse algo para se alimentar ficaria ali apenas escrevendo, como se os seus dedos respondessem a impulsos que não tinham conexão com a Terra mas com algo muito superior ao próprio universo. Lembrou-se de quando Ila lhe explicou que ele não tinha que voltar à Terra antes de cumprir todas as tarefas que lhe eram delegadas no ALINHAMENTO DAS GALÁXIAS. Realmente algo havia entre o Cosmo, a Terra e os Seres humanos que foi descodificado pelo sistema constituído fazendo com que os humanos, que se diziam tão inteligentes, perdessem o seu próprio instinto de sobrevivência, nem se apercebendo que a cada dia que passasse mais se enterravam no consumismo e no materialismo. Um vício, era exatamente assim que Ale Mohamed sentia que a humanidade ia se tornando cada dia mais. Um vício terrível! Por esse motivo achou por bem abandonar tudo e dedicar os dias que lhe restassem para concluir O AVATAR.
  • 31. 31 O mais importante era a forma como ele pretendia divulgar aquele livro. Em primeiro lugar ele sabia que a mensagem lhe estava sendo enviada via Éter, e logicamente também seria reenviada via Éter para todos os que captassem essas freqüências. E assim ia dedilhando tecla por tecla, até que sentia estar novamente na Terra. Então parava um pouco para refletir, sintonizar-se com o mundo que o rodeava, o mundo do seu sótão, um sonho que se tornou realidade, graças a sua perseverança durante toda a vida em seguir O CAMINHO… AVATAR. Curiosamente havia recebido centenas de propostas durante toda a sua vida, algumas irrecusáveis, outras muito tentadoras, mas, por mais que lhe quisessem dar certas mordomias, até em sua terra natal, qual seja, Brasil, ele compreendera que O AVATAR seria escrito no seu sótão, e o seu sótão seria o local onde, se calhar, viveria ETERNAMENTE. Como poderia alguém compreender uma pessoa que vive no 3º Milênio da Era Cristã convivendo anteriormente com o mundo dos mundos, atuando em grandes empresas e projetos, tendo passado pela Vila Piscatória da Picinguaba, Amazônia, Vale do Kiriri, Peru e outros locais que ele considerava Sagrados e, de uma hora para outra, vivenciar apenas o espaço do seu sótão? Uma mensagem vinha toda hora a lhe dizer que estava corretíssimo: Só…Tao. Ah... se Ale Mohamed pudesse dizer com todas as letras, para O MUNDO inteiro o quanto estarmos com nós próprios é a maior de todas as dádivas, sem dúvidas ele iria conseguir colaborar para que a PAZ viesse ao encontro de muitos, afinal a PAZ é um sentido de Ecologia Pessoal, Social e Planetária. Ila, sua amada e companheira eterna, sabia que agora ele encontraria o que mais realmente procurara durante toda a sua vida, pois só mesmo se afastando dos ruídos das cidades e dos espaços laborais é que ele iria voltar para dentro de si mesmo e de lá, para a sua origem Ancestral, a qual se conectava com as indivisíveis ligações com os mundos dos mundos, invisíveis para uns e sensíveis para outros. O mundo que fizera vir à Terra o Primeiro Avatar e tantos outros a seguirem suas pegadas. Seria realmente muito interessante o dia em que as pessoas compreendessem que tudo é interligado e nada é separado, por isto não havia necessidade alguma das pessoas correrem de um lado para o outro em busca do sabe-se lá o quê!!! Quando nos deslocamos, deslocamos energias; agora imaginem quantas energias se deslocam e logicamente movimentam outras energias desnecessariamente por causa dos tais PROGRESSOS impostos por um sistema que ao fim e ao cabo, está mais do que provado, deixa as pessoas cada vez mais afastadas de si mesmas. A Mãe Terra já fora muito magoada e realmente algo havia que ser feito, e, se cada qual acordasse para esta verdade, tudo iria aos poucos se equilibrando, natural e cosmicamente.
  • 32. 32 CAPÍTULO 11 Valores Relativos e Valores Absolutos Eram 5:13h de uma madrugada fria. Lá fora, as estrelas no céu anunciavam o quanto de luminescência transmitiam umas às outras em suas andanças pelo que na Terra chamavam órbita. Todavia, a olhos nus Ale Mohamed apenas observava o brilho e a intensidade que cada qual lhe transmitia, como uma criança que olha para um móbile pendurado sobre o seu berço e vê apenas as cores de cada uma das peças do móbile, sem se preocupar com o que prende cada uma das peças e o que afinal gera o movimento que a distrai. E esta simples colocação deixou Ale Mohamed com uma vontade imensa de transmitir, em seu percurso de vida, o quanto algo é relativo e o quanto algo é absoluto, ou seja, havia valores relativos e valores absolutos que infelizmente o sistema não permitia às pessoas deles tomarem consciência, e, quando menos esperassem estariam fadadas a terem que redescobrir seus verdadeiros valores ou então viverem sem nem se aperceberem o quanto poderiam ter mais bem aproveitado aquilo que Ale Mohamed considerava a verdadeira Vivência Eterna. Era realmente muito interessante a mensagem que as Estrelas haviam acabado de lhe passar. Fechou a vidraça da varanda suspensa onde sempre que podia observava a MADRUGADA e entrou em seu sótão aquecido pela lareira situada no piso inferior da casa que o abrigava no Santo da Serra, Ilha da Madeira, Portugal. Sentou-se em sua antiga escrivaninha, e apanhando um lápis começou apontá-lo para poder escrever o que sentia em seu íntimo e então passar aos outros que viviam, como ele, no Planeta Terra, sabendo quase com certeza absoluta, que os seres dos OUTROS PLANETAS queriam mesmo que ele passasse para o papel aquele ensinamento, aparentemente simples mas de uma profundidade que poderia resolver imensos problemas existenciais, inclusive com ele mesmo. Ora, se a vivência de uma pessoa lhe demarcara pontos cabalísticos elevados a determinada freqüência vibratória que lhe permitia interagir com todo o Universo, como seria possível esta pessoa conviver com um sistema carcomido pelo tempo onde as formas de se passar as 24 horas do dia por si só estavam comprometidas com algo que em NADA, mas em NADA, colaborava para que cada um dos seres humanos conseguisse entrar em órbita com o próprio PLANETA e sentir a vibração que ele captava em cada micro milésimo de espaço-tempo por onde circulava ? Assim sendo, na opinião de Ale Mohamed, a maioria da humanidade andava alienada da VERDADE SUPREMA, ou seja, do que era realmente viver no céu, em um planeta que fazia parte de um sistema solar que vagava dentro de uma galáxia e esta por sua vez
  • 33. 33 vagava no Universo, procurando de alguma forma a sua melhor posição em relação a outras galáxias que também tinham vida própria e precisavam se equilibrar na imensa simbiose cósmica e universal. Este equilíbrio era tão semelhante ao equilíbrio dos átomos que compunham cada ser vivo e tinham uma componente universal tão comum a todos estes seres, que na opinião de Ale Mohamed a própria Ciência tinha que se capacitar, tinha que ser revista para então poder haver algo na Terra que corroborasse a existência de todos os reinos em maior equilíbrio do que até então. Neste exato momento o escritor, ensaísta, poeta, peregrino das estrelas, homem do deserto e de todos recantos do mundo, começou se aperceber o quanto de repente tudo aquilo que as estrelas lhe haviam transmitido era algo tão relativo, mas tão relativo que em nada poderia colaborar com o que de absoluto seria o amanhecer, onde apenas UMA ESTRELA CINTILAVA NO CÉU e apagava a maravilha da própria madrugada. O silêncio em seu sótão e em toda volta do Sítio da Relva, onde vivia, era naquele exato momento um dos maiores exemplos de valores relativos e valores absolutos; tão logo o dia começasse a clarear, na estradinha próxima os ruídos iriam começar com os veículos indo e vindo, com as pessoas acordando e seguindo o seu rumo de vida, e, antes disso os próprios pássaros acordariam o dia pois, por instinto, sabiam que o seu cantar trazia a luz do sol e a natureza toda despertava para o que chamavam o novo dia. Como ele poderia passar o que lhe ia n'alma? Como poderia dizer às pessoas daquele mundo, cercado de água por todos os lados, com uma área terrena de no máximo 1.200 quilômetros quadrados, o quanto havia uma CONTINUIDADE das suas vidas no próprio Oceano, que em suas tangências unia-se ao cosmo via galáxia que o continha, juntamente com outros OCEANOS SIDERAIS? Próximo havia o Santo da Serra, uma vila com no máximo 6.000 habitantes, os quais viviam em quintas antigas, onde a fauna rural era uma constante, e no centro da vila uma igreja demonstrava um povo católico, que reunia-se aos finais de semana para a missa, quando então o responsável pelo RELIGAMENTO de toda aquela população procurava passar os ensinamentos que um Avatar deixara quando de sua passagem pela Terra. Este Avatar, chamado Jesus, vivera como filho de um carpinteiro de nome José e de sua mulher Maria, que, na história daquele povo muito antigo, fora Mãe de Jesus, pelo poder do Espírito Santo. Ali estava algo que uns poderiam considerar relativo e outros absolutos. O que Ale Mohamed não conseguia compreender era justamente isto: por que tanta separatividade? Não seria muito mais interessante as pessoas tomarem consciência de que o RELIGARE era desnecessário se todas elas
  • 34. 34 estivessem conscientes da mesma freqüência vibratória que as estrelas lhe passavam naquela madrugada? Será que ainda se passariam mais 2.005 anos e as pessoas daquele pedaço de Terra continuariam esperando a vinda do AVATAR que tinha sucumbido justamente porque desafiou o sistema constituído à época em que vivera? Um sistema que tinha sido criado por um POVO INVASOR, cujo Imperador exigia que se cumprissem as SUAS LEIS, as SUAS ORDENS, sem nem querer saber se diante dele tinha um Deus ou um mendigo. Ale na hora parou de escrever e meditou... O café que ele colocara sobre a escrivaninha, escorria, ele nem se apercebia o quanto aquele néctar tão Afro-Brasileiro poderia estragar tudo o que escrevera... UM DEUS OU UM MENDIGO... mas que disparate!!! ...Cá...Fé... !!! Ficou meditando em suas próprias palavras ESCRITAS, e logo, mas logo mesmo, várias interlocuções bateram em seu hemisfério sensitivo... Afinal, quem era o MENDIGO E QUEM ERA DEUS, qual era mais feliz, qual tinha mais oportunidade nesta vida de vivenciar cada um dos seus átomos e do seu próprio conhecimento eterno? Nada respondeu, apenas ficou meditando... Lá longe um cão latia, defendendo o espaço que, em seu universo, ele considerava seu... A madrugada seguia adiante, o planeta girava, o café escorria de uma xícara a moda antiga... Realmente, haviam valores relativos e valores absolutos... Extremos que se atraíam...Magnética, humana, terrena, cósmica e universalmente... Ale apagou a luz e foi se deitar. No outro dia iria caminhar, sentir a vida, ver se conseguia compreender melhor o que acabara de escrever...
  • 35. 35 CAPÍTULO 12 O Portal Cósmico Ficou meditando em suas próprias palavras ESCRITAS, e logo, mas logo mesmo, várias interlocuções bateram em seu hemisfério sensitivo... Afinal, quem era o MENDIGO E QUEM ERA DEUS, qual era mais feliz, qual tinha mais oportunidade nesta vida de vivenciar cada um dos seus átomos e do seu próprio conhecimento eterno? Enquanto caminhava entre a Serra e Mar, Ale Mohamed lembrou- se que, quando chegou ao Arquipélago da Madeira, disse ao motorista de táxi que tinha vindo em busca de Atlântida… e que um dia iriam andar naquela Ilha novamente por dentro da Terra… Caminhava e observava as cinco águias que o acompanhavam sempre… girando nas camadas térmicas e emitindo o seu silvar. A maneira como havia se recolhido no outro dia o deixara encafifado. Então, como era possível uma pessoa comum vivenciar cada um dos seus átomos? Ele seguia enquanto Coringa e Xandy, seus cães e amigos, também o seguiam, fazendo incursões pela mata adentro e depois voltando na mesma trilha que ele abria com seus pés de peregrino eterno. Lá embaixo o imenso Oceano cintilava, emprestando à planície de água, estrelas vivas e iluminadas pela luz solar… Engraçado, será que Deus sentia seus próprios Átomos? Uma pergunta que ficara dentro de seus sonhos, em seu despertar e em tudo o que ia fazendo… Sorria ao ver uma borboleta a polarizar uma flor, cumprindo a sua missão de levar o lado da fecundação à maravilha do reino vegetal. E os reinos... ah... os reinos... que vieram se preparando para receber os seres humanos, cada qual a sua maneira, cumprindo ATOMICAMENTE a sua parte... Caramba!!! Quantos anos seus Átomos o ajudaram a ir, vir, sonhar, brincar, escrever, sair de si e compreender o que de mais belo e mais singelo o universo lhe preparara... a ele e aos que com ele vivenciaram todo um viver... Ele tinha por hábito BEBER A SABEDORIA dos mais velhos... Jorge Martins, seu MESTRE na juventude, surgiu de repente à sua frente, com aqueles olhos risonhos, esverdeados e sábios. Apenas sorria... No coração do peregrino cósmico algo explodiu. Seriam Átomos?
  • 36. 36 Seria a mesma explosão que o PRIMEIRO ÁTOMO VIVO sentiu??? Ali, à sua frente, o professor de Mecânica Celeste e amigo eterno, agora vivendo em Arcturo apenas sorria... “Por um ponto passam infinitas retas!” A frase que Ale Mohamed nunca esquecera e que seu amigo lhe dissera quando ainda habitava a Terra... E, por um corpo físico passam infinitos Átomos! Mas se nós não conseguimos ver os Átomos a olho nu, também não vemos as outras dimensões...!!!??? Uma luz imensa explodiu à sua frente e Jorge Martins sumiu nela... Ele era a própria Luz! Claro, estava mais do que claro... Lembrou-se que seu amigo Pedro Abreu por diversas vezes tentara acertar as correntes de luz e as instalações elétricas na pousada onde vivia e começou a unir as pontas, interpretando melhor a mensagem do dia anterior... Gente do céu! Se todo Planeta está no céu, claro, evidente! A maior de todas as ilusões é que somos apenas esta dimensão. Claro, tão claro quanto a água cristalina que agora ele usava para esfriar sua cabeça, tanto pela caminhada como pelo sol que já ia alto. Coringa e Xandy mergulharam na pequena fonte de água pura que formava um belíssimo recanto entre a vegetação e a LEVADA, um canal de irrigação que seguia pela Ilha afora, desde o norte até ao sul... Um arco-íris se formou entre as gotículas de água e o FOGO SOLAR... É ISTO!!! Nossa visão foi CONDICIONADA a ver apenas o que queremos ver... Ou, nos doutrinaram a ver. “O pior cego é aquele que não quer ver!” Ale lembrou-se do quanto já havia peregrinado em busca de uma resposta, e ela estava justamente ali, na simplicidade em descer a montanha em direção ao mar, sem se preocupar com nada, mas com nada mesmo, esvaziando o seu SER terreno para conseguir se unir ao Cosmo... pois a verdadeira energia é o TODO, integrado. Ora, se seu corpo físico era feito da união de Átomos, todo o Universo era exatamente isto e nada mais do que isto.
  • 37. 37 O essencial é invisível aos olhos... Saint-Exupéry em “O Pequeno Príncipe”. Caramba!!! “Você lembra muito Exupéry!” disse-lhe Paulo Urban, seu amigo e médico psiquiatra, em um aeroporto... juntamente com Patrícia, a Psicóloga, e Carlos Estudante... Gente do céu... Quanta gente o estaria ouvindo agora, pois se justamente agora ele abrira O PORTAL CÓSMICO, com um intensidade tal que, claro, o Universo todo o estava escutando! Ora se conseguimos compreender isto, temos o MOTO CONTÍNUO e temos A PEDRA FILOSOFAL, tão simples quanto isto ...ficou matutando Ale Mohamed. Então, tudo o mais é apenas retórica... Gente, que LOUCURA!!! Coringa e Xandy, deitados ao lado de uma figueira imensa, quase adormeciam, nem estavam aí para a HORA DO BRASIL... A cabeça de Ale Mohamed parecia que ia pegar fogo. Mas ele era assim mesmo, quando encasquetava com uma coisa, ainda mais daquela magnitude, entre Deus e um Mendigo... Seria por isto que Jesus entrou em Jerusalém montando um jegue??? Seria por isto que escolheu os pescadores? Homens simples, mas com uma força física imensa, uma fonte de renda inesgotável que era o mar??? Mas, Jesus aprendera muito em seu viver... Ale Mohamed era apenas um peregrino... um ser que buscava respostas entre a Natureza, terrena, humana e cósmica. Jesus era um AVATAR, e até João Baptista o reconheceu tão logo se aproximou Dele. Mas afinal, o que interessava voltar aos tempos de Jesus, se ali onde ele se encontrava é que SURGIU A RESPOSTA QUE BUSCAVA??? Olhou para as suas mãos. Bem no centro da mão esquerda havia uma Estrela de David.
  • 38. 38 Ale Mohamed chorou... Suas lágrimas, salgadas, tal e qual o movimento MAR, caíam como a fonte d’água que alimentava a vida, e gerava as LEVADAS, que irrigavam toda a Ilha da Madeira. Um pássaro começou cantar, anunciando aos outros que a floresta iria receber um AMIGO... Um amigo eterno e que compreendeu, ali mesmo, o quanto era feito de átomos, apenas de átomos e nada mais. Tudo o mais era complemento, tudo o mais era estrutura física para ele poder ir e vir, mostrar a que veio, com que veio, como veio, de onde veio, para quem veio, porque veio... Entre Ale Mohamed e a Floresta, a Montanha, o Oceano, e tudo o que já andara e percorrera, haviam apenas Átomos. Invisíveis para alguns, mas tremendamente visíveis para outros, fosse com auxílio de lentes, que aos cientistas eram dadas, e até muito mais, mas AO POVO HUMILDE era negado, ao POVO HUMILDE nem era dito... pois alguém tinha que se alimentar com o pseudoconhecimento. Engraçado, em outras andanças Ale Mohamed citara os pseudopoderosos, agora o pseudoconhecimento. Mas que injustiça... Pensava consigo mesmo. As lágrimas cessaram, foi novamente até a fonte, lavou o rosto e comentou com o seu coração: “Quanta gente poderia ver tudo isto e não vê; além de não ver fica subjugada pelos idiotas deste sistema fálico…!” Deitou-se à sombra da imensa figueira e aos poucos foi adormecendo... A DOR... ME SENDO... Além dos Átomos, havia o que transcodificava dentro dele, na linguagem que determinaram chamar PORTUGUÊS. Muito bem... pensou. ME... DITAR... E entrou em Alpha, Beta, Gama... até Omega... Em sua viagem via o seu pai lhe entregando um relógio Vacheron Constantin, comparando-o a um Omega. “É muito melhor...” disse-lhe o pai, que já falecera e estava ali em sua viagem... ALIPIO... Ali...pio... era seu nome... Ali, piedoso... E ele era Ale... vixi !!! Marianna era sua Mãe… Mãe e Avó de Jesus...Duas vezes ;vixi!!! Átomos, tudo átomo... Mas que diabo, por qual motivo vivenciaram suas vidas de uma forma tão TERRA A TERRA... Na viagem eles não souberam lhe responder. E também nem interessava mais...
  • 39. 39 Sua missão era além de si mesmo, e podia até ser diminutiva, missãozinha... Mas que ele iria fazer muita gente, a...cor...dar, ia. Ah! se iria! Não iria atacar ninguém, nem era esta a sua índole. Lembrou-se de tantos Avatares que já haviam passado pela Terra e não conseguiu ver ou lembrar de nenhum deles explicando aquilo. Todos Átomos... E claro, iria a partir daquele momento estudar melhor os Átomos, não em um laboratório, senão ficaria hermeticamente encerrado na mesma prisão que os outros ficaram, pois custa imenso um labor...ator...io... É, LABOR...ATOR...IO... O TRABALHO DO ATOR QUE EU SOU, pensou. Ila surgiu em sua viagem, a grande companheira cósmica, amiga eterna e LUZ. “Então Ale, conseguiu encontrar a Violeta?” A ovelha, que andava por Urânia, brincando com as borboletas e que recebera seu amigo Rui Relvas tão logo ele lá chegou; aliás, todos os que chegavam a Urânia eram recebidos por Violeta. Ali eles recebiam um tratamento ATÔMICO e em poucos dias estavam novinhos em folha... Ale sorriu para Ila e nada disse. Sorriu... Coringa latiu para uma lagartixa que apanhava sol sobre uma pedra. E acordou Ale de seus sonhos. Apanhou seu cajado, recomeçou a peregrinar, desta feita em direção a Camacha, um local, que também ficava nas montanhas e que mantinha grande tradição do folclore, gastronomia, músicas... Entre a Camacha e o Santo da Serra, onde vivia, haviam muitos poios, que lembravam o PERU, MATCHU PITCHU... Ale Mohamed sorria... tudo átomos... a forma, o conteúdo e os átomos. Visíveis para uns, invisíveis para a maioria.... 1945... Bomba Atômica... nascia Ale Mohamed... Engraçado… pensou ele, muito engraçado. Tão engraçado que só mesmo quem teve seus átomos acrescidos desta forma para compreender o que acabara de compreender... Coringa escorregava pelos poios, brincando com Xandy. Parecia estarem em um tobogan. O cajado ajudava Ale a descer sem escorregar, senão iria parar lá no fundo do imenso vale que unia o Santo da Serra à Camacha. Uns turistas passaram caminhando pela levada. ...tudo Átomo...!!!
  • 40. 40 CAPÍTULO 13 Tudo Átomos Naquela noite Ale Mohamed nem conseguia se concentrar nos seus afazeres, nem queria jantar, nem nada, havia ficado com a frase em sua cabeça: TUDO ÁTOMOS... Ele sabia que realmente um Átomo ninguém vê. Um Átomo sozinho representa aparentemente NADA, mas, unido ao que ele ainda não compreendera dava início a TODO UNIVERSO! E, se assim foi, assim era e assim sempre será. Deixou de se preocupar apenas com seu corpo físico, aliás, sempre procurava analisar vários assuntos sem se preocupar apenas com ele mas com o universo que o cercava e que estava inserido em todo universo, o que a maioria das pessoas nem se davam conta. Lá fora os cães uivaram mais uma vez e ele então usou este exemplo para clarear suas idéias, que estavam alicerçadas no que vemos ou não vemos, mas existem e estão a nossa volta: os mundos paralelos. Se os cães uivavam tinham algum motivo, viam alguma coisa e, por que eles conseguiam ver, sentir, e nós não? Várias vezes os cães uivavam ali onde ele vivia, em um bosque de pinheiros a 660 metros de altitude. O que poderia ser que os fazia uivar tanto? Alguns diziam que os cães uivam quando seus donos morrem... mas não havia morrido ninguém e durante vários meses eles uivaram, e muito. Outro exemplo eram os golfinhos que previam as catástrofes antes delas acontecerem e socorriam náufragos, ajudavam outros peixes em dificuldades, mudavam de zonas onde estavam vivendo e assim preservavam a sua espécie e a dos outros. Foi assim que se começou a estudar também as CRIANÇAS INDIGO E CRISTAIS, que dizem têm contatos com os golfinhos... Seriam estas crianças especiais porque tinham poderes que outras crianças não tinham ou porque VIAM ALÉM DO QUE VEMOS NÓS??? Sentir, já era algo muito mais importante do que ver.
  • 41. 41 É verdade, os sensitivos tinham qualidades que poucos tinham. Lembrou-se de sua avó, que era cega de um olho mas enxergava muito mais que a maioria das pessoas... “Eu sou católica, vou a missa, mas creio que o Espiritismo é uma Ciência muito bem desenvolvida!” Era verdade... haviam então espíritos a nossa volta e nós nem nos apercebíamos, eram outros seres de luz que vinham até nosso ORBE. E por quê não conseguíamos vê-los? Quando Miguel Ângelo pintou a Capela Cistina, imaginou tudo aquilo... Os Anjos, Arcanjos, Querubins, a figura mesmo de um SER SUPERIOR ILUMINADO chamado Deus, enfim, de onde ele tirou tudo aquilo? E mesmo que tenha sido orientado pelos que tomam conta do Vaticano, de onde tiraram aquela visão??? E por quê apenas eles poderiam tê-la??? Ale estava entrando em um terreno extremamente minado, mas tinha que entrar, tinha que desvendar, afinal não queria mais saber que no Planeta Terra algumas pessoas podiam isto e outras pessoas não podiam. Lembrou-se de um tio-avô, maçom, que lhe explicou o quanto algumas pessoas realmente não podiam ter acesso a certos PODERES. Mas afinal, por que esta separatividade toda? Estávamos ainda muito involuídos para dizermos uma coisa destas. Ou será que Ale Mohamed realmente vivenciava outra dimensão e nem se apercebia? Em sua dimensão nada era proibido a ninguém, tudo era compartilhado com todos, e nada havia de diferenciação como na Terra. De onde então viera Ale Mohamed, ou, em que dimensão vivia Ale Mohamed? Um dia, uma pessoa que lera seu livro “O Planeta Exterminador”, escrito lá pelos anos 80, e que citava um Planeta que se aproximava do sistema solar, disse a ele: “Ali Mohamed foi um profeta Persa que deu origem ao Islão!” Ale tinha a letra E em seu nome, mas ficou matutando sobre aquelas palavras. Islão significava “Deus em você!” Nossa Mãe do Céu... comentou consigo mesmo o nosso peregrino... ”Arrepiei-me todo!” NAMASTÊ significa : Eu reverencio o Deus que habita em você! Sempre que encontrava algo que era muito forte arrepiava, e naquele exato momento ocorrera isto. Fez seus apontamentos, fechou sua escrivaninha antiga e se recolheu. Se calhar um sonho lhe traria as respostas que buscava.
  • 42. 42 CAPÍTULO 14 Sintonia Mas afinal, o fato de Islão significar “Deus em você” o que mudaria? Se somos filhos do Universo, descendendo do primeiro átomo vivo que construiu todo o universo, tendo sido iniciados em uma religião x, y, ou z, que fala de um Deus e de nossa imagem e semelhança, o que poderia ter feito Ale Mohamed se arrepiar? O que afinal seria este sintoma de arrepiarmo-nos? Um calafrio voltou à espinha de Ale, que se lembrou dos ensinamentos do Mestre Hoguen Sam a respeito do ZEN, a postura sentado, olhar em todas as direções, manter a mão direita sobre a mão esquerda bem direcionada para o nosso umbigo, uma expiração, ativando assim o acundaline e procurando o NADA ABSOLUTO. Ora, NADA ABSOLUTO significava também a ausência de tudo em nós, porque a função da expiração era justamente eliminar tudo o que havia em nossos hemisférios cerebrais, incluindo-se a idéia de um Deus. E agora??? Ale lembrou-se de quando fez o processo Fisher e Hoffman, no Rio de Janeiro, e aos poucos foi novamente entrando na mesma sintonia em que estivera na Picinguaba, sentindo os corpos a se decomporem, e, um dia, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sentou-se para meditar e viajou durante 12 horas, sentado em uma pedra. Lá pelas tantas da noite, apareceu um guarda e pediu para ele voltar do transe. Ao lado do guarda um senhor acompanhou a “volta” de Ale para a Terra e logo de cara lhe perguntou se era maçom, ao que obteve resposta negativa. Conversaram pela noite adentro na Casa da Administração, pois o senhor era o Diretor do Jardim Botânico e ficara impressionado com a capacidade que Ale tinha em se concentrar... - Em que você meditava? Perguntou o gentil senhor, enquanto lhe servia um chá. - Em NADA, absolutamente NADA! Muitos anos se passaram até aquele momento em que ele se arrepiara, lembrando a frase que citava o Profeta do Islão. Lembrou-se também de um amigo persa, de nome Abbi, que o chamava de Darwish, o que na Pérsia antiga simbolizava um sábio, um ser iluminado, alguém que vivia entre dois mundos, passando informações aos do mundo terreno, como um ORÁCULO.
  • 43. 43 Ver ou sentir??? Sentir, logicamente era a resposta de Ale, pois quem sente tem tudo, percebe melhor, intuitiva e sensitivamente capta melhor o que é a mensagem ou a situação. O coração tem razões que a própria razão desconhece, já dizia Blaise Pascal. (não Vinícius de Morais – este apenas repetiu a frase ). No entanto Ale estava querendo interpretar o arrepio. A presença de Deus é que o teria causado? Deus nunca estaria em um local desagradável ou na companhia de uma pessoa desagradável. Nem mesmo um Anjo da Guarda ficaria em uma situação assim, quanto mais Deus. Os pensamentos ferviam em sua cabeça, estava mesmo encucado com tudo aquilo. E costumava dizer que não pensava, mas é que tinha um raciocínio tão rápido, esclarecia as coisas de uma maneira tão simples que dava a impressão que realmente não pensava. O ar que nos cerca pesa tanto ou mais que toda a água do mar... Que mensagem, mas isto , tudo quanto é cientista sabe... Então, se pesa tanto, é porque tem elementos ou dimensões que o fazem ser tão pesado, e por qual motivo não o sentimos? Ora os peixes também não sentem o peso da água dos Oceanos... é verdade!!! A cada questionamento, logo vinha uma resposta, como se houvesse um diálogo íntimo entre o peregrino e um outro ser dentro dele mesmo. E quantas pessoas conseguiriam estas respostas com tanta rapidez como as obtinha Ale Mohamed? Mas também o que interessaria isto? Se calhar, quem não obtinha as respostas também não tinha nenhuma pergunta a fazer e aceitava a vida com muito mais simplicidade. Caramba!!! É isto mesmo!!! Quanto mais simples somos, mais leve será para nós a vida.
  • 44. 44 Então, quer dizer que, quanto mais tomamos conhecimento das coisas mais ficamos entalados? Era mais ou menos isto mesmo. A nossa responsabilidade logicamente aumentava em função daquilo que íamos, durante nossa estada na terra, conhecendo mais , mais e mais... E o que significava esta responsabilidade? Tinha a ver com O POVO DA TERRA ou apenas com nós próprios? Além do POVO DA TERRA havia ainda todo O PLANETA, o ambiente, os reinos que o faziam, vegetal, mineral, animal, reinos que se prepararam para a nossa chegada e nem todos nós soubemos conviver com eles. Ale ficou matutando em tudo aquilo, enquanto seu fiel cão Coringa cochilava debaixo da escrivaninha antiga, onde ele se punha a estudar todos estes temas, os quais em geral nasciam em sua cabeça ou vinham pelo Éter, que é a fonte do nosso conhecimento... Ora, se a fonte do conhecimento era o Éter, e todo o conhecimento encontrava-se no cosmo e através dele nos era enviado, não para todos ,mas para os que melhor conseguissem sintonizar-se com as esferas celestiais, por qual motivo a responsabilidade do tomarmos conhecimento aumentava algo em nós??? Sem querer fugir à pergunta que agora martelava sua cabeça, Ale Mohamed decidiu sair com seu cão a dar umas voltas para desanuviar um pouco e também fazer exercícios, porque sabia que o exercício físico ajudava-o muito a fazer uma catarse sanguínea, ou seja, aquilo que o incomodava por dentro era expelido pela própria transpiração... Há muitos ele fora um excelente atleta, praticara quase tudo o que se vê numa Olimpíada. É claro que a idade chegando ele não poderia mais praticar todos os esportes que em sua juventude praticara, mas dentro dele havia ainda muito do que aprendera até então. E quando menos esperava, andando entre os pinheiros nas montanhas do Santo da Serra, na paradisíaca Ilha da Madeira, toda de origem vulcânica, lembrando mesmo Atlântida, Ale Mohamed recebeu a mensagem que esperava a respeito da responsabilidade daquilo que aprendera, e que deveria de alguma forma passar a quem de direito, fosse o POVO DO MUNDO ou seu filho, ou seus familiares, não interessava... A responsabilidade, esta sim, o estava incomodando, mas a resposta veio, ali, de uma hora para outra. A...prender... aprender... inverta Ale, inverta! Ouviu uma voz a lhe dizer isto. Ora, inverter a…prender é soltá- la... ou no caso do conhecimento, soltá-lo...
  • 45. 45 E soltar onde? Como? No ar Ale Mohamed, apenas no ar, através dos átomos... Lembrou-se então dos diálogos gregos, tudo era ouvido, sentido e comentado na hora... Ia também para o Éter. Os Átomos os transmitiam... e naquele tempo então, que Ale estava vivendo com tantas antenas, satélites, feixes hertezianos, nada mais fácil para nós passarmos uma mensagem ou transferir conhecimentos... Então, por qual motivo nasceram as escolas, as universidades, os cursos de doutoramento? Tudo aquilo realmente confundia a cabeça do nosso peregrino... E lá ia ele com seu fiel Coringa andando pelas montanhas que foram purificadas vulcânicamente, pelo FOGO...LUZ. O FOGO PURIFICA... ORA O SOL É FOGO... RÁ!!!!!!!!!!!!!!! Gritou bem forte: RÁ!!!!!!!!!!!!!!!!! MA…………………..LUA. DEI…………………..DEUS RÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!SOL MADEIRA... Ilha da Madeira... e lá estava Ale Mohamed, o menino homem, peregrino, que nem sabia o que a vida lhe reservara em suas várias reencarnações... Em um outro local da Ilha, alguém se perguntava por onde andava Ale, onde ele havia se enfiado? Tinha sempre esta mania de fugir ao convívio com a sociedade, e deixava algum vazio nas pessoas que gostavam dele... Por qual motivo ele era tão Ermitão? Perguntava-se uma pessoa do outro lado da Ilha, em meio a uma escrivaninha cheia de papéis, mas papéis que estavam relacionados com o planejamento dos mundos constituídos pela União Européia. Um amigo é sempre um Amigo e aceita o Amigo como é!!! Ale olhava para Coringa e ficava ali brincando de jogar um pedaço de pau enquanto o seu fiel amigo ia apanhá-lo tantas vezes quantas Ale o atirasse . O que as pessoas não entendiam em um ser como Ale Mohamed, era justamente a capacidade que ele tinha em ir buscar no Éter