O documento descreve a história bíblica de Noé e do Dilúvio. Resume-se em 3 frases:
1) Deus avisou Noé sobre o Dilúvio e instruiu-o a construir uma arca para salvar sua família.
2) Noé construiu a arca conforme as instruções de Deus e entrou nela com sua família e os animais.
3) Choveu por 40 dias e 40 noites e o Dilúvio destruiu toda a terra, exceto Noé e aqueles que estavam com ele na arca
2. TEXTO ÁUREO
“Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda
não se viam, temeu, e, para salvação da sua família,
preparou a arca [...]” (Hb 11.7).
VERDADE PRÁTICA
Apesar da corrupção generalizada do mundo atual, é
possível manter nossa família nos padrões da Palavra de
Deus.
3. TEXTO BASE DE ESTUDO
• Gênesis 7.1-12.
•
• 1 — Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo
diante de mim nesta geração.
• 2 — De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que
não são limpos, dois: o macho e sua fêmea.
• 3 — Também das aves dos céus sete e sete: macho e fêmea, para se conservar em vida a semente
sobre a face de toda a terra.
• 4 — Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e
desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz.
• 5 — E fez Noé conforme tudo o que o SENHOR lhe ordenara.
• 6 — E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
• 7 — E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa
das águas do dilúvio.
• 8 — Dos animais limpos, e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a
terra,
• 9 — entraram de dois em dois para Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
• 10 — E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
• 11 — No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo
dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
• 12 — e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
• I. Mostrar como se deu o anúncio do dilúvio;
• II. Analisar a respeito da construção da arca;
• III. Explicar o dilúvio;
• IV. Saber que os contemporâneos de Noé fizeram-
se surdos à proclamação do juízo divino.
•
5. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
• O Senhor levantou Noé, um homem justo e que buscava ter
comunhão com Deus, mesmo vivendo em uma sociedade
perversa, para anunciar o juízo divino em forma de dilúvio
que viria sobre a terra.
• Noé trabalhou na construção da arca e pregou a verdade
divina durante 120 anos. Todos tiveram oportunidade e
tempo para se arrependerem dos seus pecados, mas ninguém
deu crédito a pregação de Noé. Somente ele, sua família e os
animais foram salvos das águas do dilúvio.
• A arca construída por Noé é um tipo de Cristo, aquele que é o
nosso único meio de Salvação. Somente Jesus pode livrar essa
geração do juízo e da morte (1Pe 3.20,21), por isso, não
podemos perder mais tempo e anunciar a todos os povos e
nações a mensagem da salvação e o Salvador — Jesus.
•
6. INTRODUÇÃO
• Resistindo sistematicamente ao Espírito de Deus, o
mundo de Lameque depravou-se irreversível e
totalmente.
• A apostasia, agora, era universal. Adultos, jovens e
crianças; todos corrompidos. Por isso, o Senhor anuncia
um juízo também universal: o Dilúvio.
• Em meio àquela geração, sobressai a justiça de Noé.
Divinamente alertado, o patriarca constrói uma arca, na
qual sobrevive, com a sua família, à grande inundação.
• O mesmo desafio cabe hoje à igreja do Senhor. Se por
um lado, cabe-nos proclamar o Evangelho até aos
confins da Terra, por outro, devemos preservar nosso lar
em meio a uma sociedade que jaz no maligno.
7. PONTO CENTRAL
• É possível viver de modo santo e justo, mesmo
vivendo em meio a uma sociedade
corrompida pelo pecado.
8. I. DEUS ANUNCIA O DILÚVIO
• Em toda aquela geração, apenas Noé podia ser considerado justo e íntegro. Por essa
razão, Deus anuncia-lhe o Dilúvio, instruindo-o a construir a arca de salvação.
• 1. O anúncio do Dilúvio. Já decidido a destruir a Terra, o Senhor acha graça em Noé (Gn
6.8). O patriarca soube como preservar moral e espiritualmente a esposa e os filhos. No
entanto, pelo que inferimos do texto sagrado, nada pôde fazer aos seus irmãos e
sobrinhos, pois estes também haviam se deixado corromper pelo exemplo de Lameque.
• Ao justo e íntegro Noé, anuncia Deus o Dilúvio; “O fim de toda carne é vindo perante a
minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra”
(Gn 6.13). O patriarca sabia, através da fé, que o juízo era certo. Quanto aos seus
contemporâneos, preferiram ignorar a iminência do castigo divino.
• 2. Um juízo que parecia improvável. Se considerarmos Gênesis 2.5, concluiremos que,
naquele tempo, a terra não era regada pela chuva como nos dias de hoje (Gn 2.6).
Portanto, como acreditar no Dilúvio se nem chuva havia? Dessa forma, os “cientistas”
da época devem ter questionado sarcasticamente a Noé. Nossa geração assim reage
quanto à vinda de Cristo (2Pe 3.4). O que parece improvável, porém, está prestes a
acontecer. Jesus está às portas.
• SÍNTESE DO TÓPICO (I) Deus anuncia a Noé o Dilúvio.
9. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Em meio à iniquidade e maldade generalizada daqueles dias, Deus chamou Noé um
homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era ‘varão justo’. (1) ‘Reto em
suas gerações’, equivale dizer que ele se mantinha distanciado da iniquidade moral da
sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta
condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus. (2) Essa retidão de Noé
era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus. A
salvação no Novo Testamento é obtida exatamente da mesma maneira, mediante a
graça e a misericórdia de Deus, recebidas pela fé, cuja eficácia conduz o crente a um
esforço para andar com Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu redor.
Hebreus 11.7 declara que Noé ‘foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé’. (3) O
Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo, como também
pregador da justiça (2Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).
11. II. A CONSTRUÇÃO DA ARCA
• A fim de escapar ao Dilúvio, o patriarca foi orientado a construir um
grande navio. Obediente, ele levou o projeto adiante.
• 1. A planta da arca. A salvação é pela fé, mas a fé salvadora conduz-
nos às boas obras (Ef 2.8-10). Por isso Noé, movido por uma forte
convicção quanto à iminência do juízo divino, pôs-se a construir o
grande barco.
• A planta da arca, mesmo que bastante simples, era eficaz: “Faze para ti
uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a
betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira farás:
de trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados
a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela
e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu
lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros” (Gn 6.14-16).
• O texto sagrado nos mostra que a Arca era um enorme barco, e sem
leme. A finalidade da arca não era navegar, mas flutuar durante a
grande inundação. O patriarca cumpriu a vontade divina; em suas
promessas, repousou. Deus é o nosso piloto. Não se aflija. Deus está
no comando
12. 2. A construção da arca.
• Enquanto Noé e seus filhos construíam a arca,
apregoavam o juízo divino. Por isso, ele é
chamado de pregoeiro da justiça (2Pe 2.5). Assim
faz a Igreja. Enquanto aguardamos a volta de
Cristo, proclamemos o Evangelho e o fim de
todas as coisas (1Pe 3.20).
• O Senhor não tarda
13. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
• “A arca não continha todas as espécies de animais, mas o
protótipo de cada uma delas. Uma simples junta de gado
portava os genes que provêm da ampla variação dessas
classes animal. O relato bíblico da criação refuta a noção de
que toda a vida animal evoluiu dos antepassados
unicelulares. Contudo, não questiona o relato de
evolucionistas sobre a variação dentro das espécies.
• Maldade e violência. Essas palavras são usadas para
caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis.
Maldade érasah, atos criminosos que violam os direitos dos
outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência
é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam
prejudicar outras pessoas” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).
14. III. O DILÚVIO
• Concluída a arca, Noé e sua família entram na formidável embarcação. Passados
sete dias, veio o Dilúvio.
• 1. O Dilúvio. Caiu uma chuva torrencial durante quarenta dias e quarenta noites
(Gn 7.12). Oceanos, mares e rios confundem-se em ondas sucessivas,
intermináveis e destruidoras. O fim de um mundo corrupto e depravado havia
chegado.
• Noé, porém, estava seguro. Junto a ele, a esposa, os três filhos e suas respectivas
mulheres. Ao todo oito pessoas (Gn 7.7). E, para conservar a vida sobre a nova
Terra, os animais: dois de cada espécie, macho e fêmea (Gn 6.19).
• 2. O Dilúvio foi local ou Universal?
• Em 26 de dezembro de 2004, ocorreu um tsunami no Oceano Índico, cujo
epicentro deu-se na costa da Indonésia. Apesar de local, o fenônemo foi sentido
em várias partes do mundo. O que não diremos do Dilúvio? Acreditamos na
universalidade da grande inundação. A narrativa bíblica é bastante clara:
• “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a
terra; e todos os altos montes que havia debaixo de
todo o céu foram cobertos” (Gn 7.19).
•
15. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
• Cristãos que mantêm uma ampla visão das Escrituras debatem se o
dilúvio descrito em Gênesis foi uma inundação universal, que cobriu a
total superfície do globo, ou uma inundação limitada, que afetou somente
áreas habitadas pelo homem. Versos como ‘todos os altos montes que
havia debaixo de todo o céu foram cobertos’ (7.19,20) e ‘tudo que tinha
fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco,
morreu’ (vv.21-23) sugerem um cataclisma mundial. Mas como seria o
fato de que não há água suficiente em nosso planeta e na atmosfera para
cobrir montanhas tais como o Evereste? Aqueles que mantêm a visão
universal acreditam que o dilúvio modificou a face da terra, levando o
leito dos mares e formar reentrâncias e empurrando montanhas para um
lugar mais alto. Seja qual for a nossa visão, está claro que o relato do
dilúvio estabelece uma poderosa declaração. Ele afirmava que Deus é
Regente moral deste universo, que tem o poder de julgar o pecado. 2
Pedro 3 lembra-nos daqueles que escarnecem da ideia do Juízo Final que
o Senhor perpetuou nos tempos de Noé para julgar os homens ímpios e
violentos. O Todo-Poderoso, cujo ódio ao pecado está revelado no dilúvio,
não permitirá que os pecados continuem impunes” (RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo
por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29)
16. IV. O JUÍZO DE DEUS
• Os contemporâneos de Noé tiveram mais de um século
para se arrependerem e voltar para Deus. Fizeram-se,
porém surdos à proclamação do juízo divino.
• 1. Um juízo universal. A inundação foi universal como
universal foi o juízo divino sobre a Terra. O relato bíblico é
impressionante e preciso: “E expirou toda carne que se
movia sobre a terra, tanto de ave como de gado, e de feras,
e de todo o réptil que rasteja sobre a terra, e de todo
homem” (Gn 7.21).
• Apenas Noé e a sua família, bem como os animais que se
encontravam com eles na arca, foram preservados. A
geração de Noé teve tempo para ouvir sua mensagem e ver
a arca sendo construída, mas não deu ouvidos à pregação e
ao trabalho daquele servo de Deus, e foi destruída. O pior
juízo, contudo, achava-se no além.
17. 2. O juízo divino no inferno.
• Não resta dúvida de que toda aquela geração pereceu e foi lançada no
inferno, onde aguarda a última ressurreição, a fim de comparecer ao Juízo
Final (Ap 20.11-15). Eles sabem que isso acontecerá, pois o Senhor Jesus,
no interlúdio entre a sua morte e ressurreição, esteve no Hades, onde
lhes proclamou a eficácia da justiça divina.
• Escreve o apóstolo Pedro: “Pois também Cristo morreu, uma única vez,
pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto,
sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos
espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando
a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se
preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos,
através da água” (1Pe 3.18-20 — ARA).
• A geração de Noé recusou-se a ouvi-lo, mas viu-se obrigada a escutar o
Senhor Jesus que, além de pregoeiro da justiça, apresentava-se, agora,
como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sua pregação não era redentiva,
mas vindicativa.
18. CONCLUSÃO
•
• Os antediluvianos não deram crédito à pregação
de Noé. Viviam para pecar. Sua depravação não
conhecia limites. A Deus não restou alternativa
senão condená-los à destruição. Nosso mundo
caminha no mesmo sentido. Todavia, se formos
zelosos quanto à pregação do Evangelho,
levaremos muitas almas a Cristo, antes que venha
o grande e terrível dia do Senhor.
• Sua família está segura? Jesus em breve virá.
•
19. PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
O que foi o Dilúvio?
O fim de toda a carne. O juízo de Deus.
O Dilúvio foi local ou Universal? Explique.
A inundação foi universal como universal foi o
juízo divino sobre a Terra. O relato bíblico é
impressionante e preciso: “E expirou toda
carne que se movia sobre a terra, tanto de ave
como de gado, e de feras, e de todo o réptil
que se roja sobre a terra, e de todo homem”
(Gn 7.21).
20. SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
• A família que sobreviveu ao Dilúvio
O quadro acima mostra fatos que a narrativa de Noé destaca em relação ao texto de Gênesis
de 1 a 3. Em primeiro lugar, a expressão de que “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24) e a
repetição com a pessoa de Noé — “Noé andava com Deus” (Gn 6.9) — fazem eco para uma
vida de justiça e se correlacionam com Adão e Eva, o primeiro casal, que andava com Deus no
jardim. Neste sentido, a narrativa de Noé intensifica uma série de paralelos com a de Adão e
Eva:
1) A terra se torna, de certa forma, novamente sem forma e vazia (Gn 7.17-24), como em
Gênesis 1.1;
2) O restabelecimento do ciclo das estações (Gn 8.22), como em Gênesis 1.14;
3) Nova ordem para a multiplicação do gênero humano (Gn 9.6), como em Gênesis 1.27;
4) Houve, então, um novo começo (Gn 9.1), como tudo começou em Gênesis 1.1.
Entretanto, da mesma forma que Gênesis 3 narra a queda do primeiro casal, a narrativa de
Noé mostra uma “queda” que envolveu a embriaguês de Noé e a maldição do filho mais novo
de Cam, Canaã. Ou seja, a história de Noé repete a história do ser humano: Criação, Queda,
mas promessa de Redenção. A narrativa conclui com a bênção sobre Sem, de cuja
descendência virá a redenção da humanidade. A história do Dilúvio nos revela a chance que
Deus deu para a humanidade, mergulhada em violência e corrupção, arrepender-se do mau
caminho. Ela mostra que, para Deus, formar o homem conforme a Sua imagem e semelhança
foi bom, apesar de tudo. O relato de Noé aponta para a pessoa bendita de Jesus Cristo, a
grande “Arca” que deseja livrar mais uma vez a humanidade do caos existencial, do caos
psicológico, espiritual, moral e ético, e de tudo o que força o ser humano a uma natureza que nada tem a
ver com o que o Pai deseja a seus filhos. Como aconteceu nos dias de Noé, o caos insiste em aterrorizar
nossa vida, mas “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).